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2) Em Senhora, de José de Alencar, há uma cena em que Aurélia sai bruscamente do jardim, onde estava
com Seixas, vai para a sala e fecha as cortinas para apagar os reflexos da “claridade argentina da lua”.
Assinale a opção que explica esse comportamento da personagem:
a) Para Aurélia, assim como para Seixas, a natureza é pouco atrativa.
b) A frieza de Aurélia para com Seixas quase foi quebrada no jardim.
c) As atitudes tingidas do casal são as mesmas em qualquer lugar.
d) Aurélia busca sempre humilhar o marido, ostentando o luxo da casa.
e) Ela quer preparar a sala para jogar cartas com Seixas e vencê-lo no jogo.
4) Publicado em 1875, Senhora, de José de Alencar, aborda a passagem dos valores morais e éticos de
uma dada sociedade patriarcal — a do Brasil do Século XIX — para os de uma sociedade burguesa que
começa a ser regida pelo dinheiro. No centro dessa transformação, que começa a ser operada na corte
imperial, quais personagens do romance de Alencar encerram esse início de uma nova visão de mundo?
a) Aurélia Camargo e Bentinho b) Bentinho e Virgínia c) Aurélia Camargo e Fernando Seixas
d) Fernando Seixas e Virgínia e) Capitu e Fernando Seixas
6) O romance Senhora (1875) é uma das obras mais representativas da ficção de José de Alencar. Nesse
livro, encontramos a formulação do ideal do amor romântico: o amor verdadeiro e absoluto, quando pode
se realizar, leva ao casamento feliz e indissolúvel. Isso se confirma, nessa obra, pelo fato de:
a) o par romântico central – Aurélia e Seixas – se casar no início do romance, pois se apaixonam assim
que se conhecem.
b) o amor de Aurélia e Seixas surgir imediatamente no primeiro encontro e permanecer intenso até o fim
do livro, quando o casal se une efetivamente.
c) o casal Aurélia e Seixas precisar vencer os preconceitos sócioeconômicos para se casar, pois ela é
pobre e ele é rico.
d) a união efetiva só se realizar no final da obra, após a recuperação moral de Seixas, que o torna digno do
amor de Aurélia.
e) o enriquecimento repentino de Aurélia possibilitar que ela se case com Seixas, fatos que são expostos
logo no início do livro.
8) Marque (V) para as declarações que estão de acordo com o romance Senhora, de José de Alencar e (F)
para as que não se aplicam adequadamente ao romance:
( ) O autor coloca no centro do romance não mais um herói, mas um ser venal inferior como é o caso de
Seixas, que se casa pelo dote, em virtude da educação que recebera.
( ) Nesta obra, o equilíbrio, rompido temporariamente, acaba por restabelecer-se na medida em que o
autor arranja uma solene redenção fazendo Seixas resgatar-se na segunda parte da história.
( ) Este romance testemunha que Alencar crê nas “razões do coração” e se seu moralismo se abate sobre
as mazelas de um mundo antinatural (o casamento por dinheiro), sempre se salva a dignidade última dos
protagonistas, e se redimem as transações vis repondo de pé herói e heroína.
( ) Embora existam personagens más em seu romance (Seixas, por exemplo), elas só o são
aparentemente, pois Alencar acredita que pode operar-se nesse caráter uma transformação capaz de
restituí-lo gradualmente à sua natureza generosa.
A alternativa que contém a sequência correta é:
a) F – V – V – V. b) V – V – F – F. c) V – F – F – V. d) F – V – V – F.
10) Assinale a única alternativa verdadeira sobre José de Alencar e sua obra Senhora:
a) ainda que considerado romântico, através de Senhora, Alencar revela traços realistas; constrói uma
personagem feminina sem tantas idealizações e já indica o caminho da crítica social;
b) juntamente com Diva e Iracema, Senhora completa a série considerada de perfis femininos que o autor
utiliza para a composição da crônica de costumes brasileiros;
c) O enredo de Senhora baseia-se na história de uma moça pobre, Lúcia Camargo que, após ser
abandonada por Fernando Seixas, recebe uma herança e vinga-se: “compra” de volta o ambicioso noivo;
d) Fernando, após o casamento, vê-se desprezado e humilhado pela esposa; arrependido, trabalha e
consegue juntar os mil contos do dote para devolução, mas o casamento, já comprometido, é desfeito;
e) Alencar, numa tentativa de representar por completo o Brasil, escreveu romances indianistas e urbanos,
porém nunca se valeu da composição regionalista e, assim, não atingiu seu intento.
2) Quando a televisão ainda não existia, as novelas já apaixonavam o grande público através do rádio. E
se voltarmos um pouco no tempo até mais ou menos o século XIX, vamos encontrá-las, também, sempre
no auge da preferência popular. Para o público desse século, que obviamente não tinha rádio nem
televisão, era por intermédio da palavra escrita que se contavam as histórias. Os jornais da época incluíam
(numa seção diária) o “folhetim”, onde se apresentavam histórias fictícias, seguidas pelos leitores com o
mesmo interesse dado atualmente pelos telespectadores às novelas preferidas. Com o tempo, o termo
“folhetim” passou a designar estas mesmas histórias que, depois, vieram a ser chamadas de “romances”
[...]. [...] são muitas as semelhanças entre o folhetim e o romance do início do século XIX e boa parte das
telenovelas: em ambos encontramos rapazes elegantes e esforçados; jovens belas e solitárias; homens e
mulheres cruéis que querem impedir a união das personagens centrais; figuras simpáticas que auxiliam o
mocinho e a mocinha; tudo isso temperado com emoção, aventura e mistério, até que cheguemos a um
final (geralmente) feliz (Carlos Faraco e outros, em Literatura: autores e época).
Contextualizando no século XIX e com as características mencionadas no texto acima, qual a única opção
que apresenta um romance e o movimento literário descritos, respectivamente?
a) A Moreninha – Romantismo. b) Ressurreição – Realismo. c) Triste fim de Policarpo Quaresma – Pré-
Modernismo. d) Insônia – Modernismo. e) Casa de Pensão – Naturalismo.
3) — Ora dizeis, não é verdade? Pois o Sr. Lúcio queria esse cravo, mas vós lho não podíeis dar, porque o
velho militar não tirava os olhos de vós; ora, conversando com o Sr. Lúcio, acordastes ambos que ele iria
esperar um instante no jardim… MACEDO, J. M. A moreninha. Disponível em:
O trecho faz parte do romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo. Nessa parte do romance, há
um diálogo entre dois personagens. A fala transcrita revela um falante que utiliza uma linguagem
a) informal, com estruturas e léxico coloquiais. b) regional, com termos característicos de uma região.
c) técnica, com termos de áreas específicas. d) culta, com domínio da norma padrão.
e) lírica, com expressões e termos empregados em sentido figurado.
5) Como quiserem, continuou Filipe, pondo-se em hábitos menores; mas, por minha vida, que a
carraspana de hoje ainda me concede apreciar devidamente aqui o meu amigo Fabrício, que talvez acaba
de chegar de alguma visita diplomática, vestido com esmero e alinho, porém, tendo a cabeça encapuzada
com a vermelha e velha carapuça do Leopoldo; este, ali escondido dentro do seu robe-de-chambre cor de
burro quando foge, e sentado em uma cadeira tão desconjuntada que, para não cair com ela, põe em ação
todas as leis de equilíbrio, que estudou em Pouillet; acolá, enfim, o meu romântico Augusto, em ceroulas,
com as fraldas à mostra, estirado em um canapé em tão bom uso, que ainda agora mesmo fez com que
Leopoldo se lembrasse de Bocage. Oh! VV. SS. tomam café!... Ali o senhor descansa a xícara azul em um
pires de porcelana... aquele tem uma chávena com belos lavores dourados, mas o pires é cor-de-rosa...
aquele outro nem porcelana, nem lavores, nem cor azul ou de rosa, nem xícara... nem pires... aquilo é uma
tigela num prato...” (Joaquim Manuel de Macedo, A moreninha)
O fragmento de A moreninha acima pode servir como exemplo:
a) da descrição do ambiente aos moldes do Naturalismo.
b) da literatura romântica em folhetim, que apresentava situações do cotidiano burguês em linguagem
coloquial.
c) da tendência de trazer à tona a realidade social promovida pelo Realismo.
d) de uma das características do Realismo-Naturalismo, que diz respeito à investigação psicológica das
personagens.
e) da tendência clássica do uso do discurso direto na apresentação das personagens.
6) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo, na ordem em que
aparecem:
O primeiro romance brasileiro foi O Filho do Pescador, de Teixeira e Sousa. Foi, entretanto,_______ o
responsável pelo surgimento do verdadeiro romance brasileiro, com________ . Ao fixar os costumes da
sociedade carioca do seu tempo, atendendo às expectativas burguesas, este autor adequou o romance
romântico________ aos cenários _________ e às normas patriarcais.
A) Joaquim Manuel de Macedo — O Moço Loiro —brasileiro — urbanos
B) José de Alencar — Lucíola — europeu — locais
C) Visconde de Taunay — Inocência — brasileiro — rurais
D) Joaquim Manuel de Macedo — A Moreninha —europeu — locais
(E) José de Alencar — Senhora — europeu — urbanos
7) Em uma das ruas do jardim, duas rolinhas mariscavam: mas, ao sentirem passos, voaram e pousando
não muito longe, em um arbusto, começaram a beijar-se com ternura: e esta cena se passava aos olhos de
Augusto e Carolina!...
[...]
– Acaso, já tem a senhora amado!...
– Eu?!...e o senhor?
– Comecei a amar há poucos dias.
[...]
– Eu não perguntei a quem o senhor amava.
[...]
– É a senhora.
D. Carolina fez-se cor-de-rosa e só depois de alguns instantes
pôde perguntar, forcejando um sorriso:
– Por quantos dias?
– Oh! Para sempre!...
(Trecho do romance “A Moreninha”, de 1844, de Joaquim Manuel de Macedo)
No trecho acima, embora entrecortado, Augusto revela seu amor por Carolina. A partir dele, pode-se dizer
que:
I. o fato de Augusto conhecer Carolina há poucos dias e não só já amá-la, mas também “Para sempre!”, é
típico do exagero romântico.
II. as rolinhas, metaforizando as personagens e simbolizando o amor, aparecem como elementos da
natureza, que era cultuada pelos românticos.
III. o romance de Macedo nada tem de romantismo brasileiro, pois não exalta o índio nem o negro, tendo
como personagens apenas descendentes de portugueses como Augusto e Carolina.
Está correto o que se afirma:
a) apenas na proposição III. b) nas proposições I, II e III. c) apenas nas proposições II e III.
d) apenas nas proposições I e II. e) apenas na proposição I.
8) Da leitura do livro "A moreninha", de Joaquim Manuel de Macedo, responda a questão. Augusto era
estudante de:
a) Direito. b) Medicina. c) Engenharia. d) Filosofia.
10) Da leitura do livro "A moreninha", de Joaquim Manuel de Macedo, responda a questão. Dona Ana e
Carolina eram, respectivamente:
a) avó e neta. b) mãe e filha. c) tia e sobrinha. d) madrasta e enteada.