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1.

Introdução

O ar é uma mistura de diversos gases que formam a atmosfera terrestre.


Nele pode ser encontrado vapor de água e materiais sólidos denominados
impurezas atmosféricas. Os inúmeros contaminantes do ar podem ser
diferenciados quanto à sua natureza, sendo classificados como químicos,
físicos ou biológicos ou, ainda, como sendo de origem biológica e não-
biológica. Sendo assim, o ar é potencialmente um meio de transporte de
partículas, poeira e gotículas, que podem conter microrganismos. O destino
desses microrganismos é determinado por um conjunto de fatores
atmosféricos, como as condições da umidade, luz e temperatura, as
dimensões das partículas e a natureza dos microrganismos.
O número e tipo de contaminantes do ar são determinados pelas fontes
de poluição presentes no ambiente. Os microrganismos presentes na
atmosfera são provenientes da superfície da terra, do solo e da água. Os
ventos movimentam a poeira do solo e as partículas partículas de pó,
levando os microrganismos para o ar. As gotas de água contendo
microrganismos podem ser originadas em superfícies de oceanos, por
exemplo. Existem, também, diversos processos industriais e agrícolas que
podem gerar aerossóis com elevada concentração de microrganismos.
Neste processo, dependendo do grau de suscetibilidade ou resistência de
uma espécie ao novo ambiente físico ou sua capacidade de formar esporos
ou cistos resistentes, os organismos introduzidos no ar podem morrer em
questão de segundos, outros sobrevivem por semanas, meses ou mais.

2. Procedimentos
Para a coleta, foram utilizadas duas placas de Petri, uma contendo ágar simples TSA, para
o crescimento de bactérias e outra de ágar Sabouraud, para o crescimento de fungos.
Escolhemos um local aberto, atrás do bloco I, onde havia encanamentos e
escoamento de água. Depositamos as placas no chão, as destampamos e as deixamos
expostas ao ar. Aguardamos a sedimentação de microrganismos do ar por 10 minutos.
Após da coleta, as placas foram identificadas e incubadas. A placa de TSA foi incubada
na temperatura de 37° durante 24 horas. Já a placa de ágar Sabouraud, foi incubada na
temperatura de 25° por aproximadamente 5 dias. Posteriormente, as placas foram
armazenadas em geladeira entre 4° a 8° graus, promovendo parada no crescimento.
Para a leitura dos resultados, após a higienização das mãos e desinfeção das bancadas,
observamos o aspecto das colônias e quantidade. Reforçando ser necessário o uso de
luvas para o manuseio das placas, devido ao risco de contaminação.

3. Resultados
Na placa de TSA, as colônias de bactérias apresentavam colorações que variavam entre
o branco, bege e amarelo, o que indica espécies diferentes. Essas tonalidades mais
claras apontam baixa produção de pigmentos nas espécies coletadas. Foram
encontradas cerca de 17 colônias na placa, todas de tamanho pequeno, refletindo o
tamanho das células bacterianas, que também são pequenas comparadas às células
eucarióticas. As colônias encontradas possuíam aspecto de relevo, superfícies lisas,
bordas bem definidas e regulares, algumas com apresentação opaca e outras brilhosas.
Apenas uma única colônia se diferenciou destes aspectos. Apesentou bordas
irregulares e superfície rugosa, assemelhando-se a camadas que se sobravam sobre si.
As colônias de fungos cultivas na placa de ágar Sabouraud, apresentaram maior
diversidade de cores, formas, superfícies e outros aspectos. Os fungos coletados produziram
maior quantidade de pigmento, apresentando colorações além do branco e bege, como verde,
laranja, amarelo e marrom. Nos deparamos com colônias grandes, com superfícies e bordas
irregulares. As células coletadas se reproduziram na forma filamentosa dos fungos, então as
colônias apresentaram aspectos algodonosos e aveludados. É uma forma popularmente
conhecida como mofo ou bolor, diferente das que acometem outros organismos, como os
seres humanos e que causam as micoses.

4. Conclusão

A partir da atividade realizada, podemos comprovar a existência de partículas


contaminantes no ar, muitas delas de origem biológica. A poluição do ar é reconhecida
como de importante risco para a saúde pública. Além disso, pode ser constatado a real
diferença de tamanho e número das células eucariontes e procariontes, através da
diferença de tamanho entre as colônias fúngicas e bacterianas.

5. Referências:
SOUSDALEFF, M. Caracterização de fungos de ar indoor e ar outdoor dos laboratórios da
UTFPR Campus Campo Mourão/PR. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade
Tecnológica Federal do Paraná. 2016.

RODRIGUES, Pamela Medeiros et al. Avaliação da qualidade do ar e pesquisa de fungos em


uma clínica de hemodiálise no município de Caicó-RN, Brasil. Revista Colombiana de
Ciencias Químico-Farmacéuticas, v. 52, n. 3, 2023.

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