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DIRETRIZES

Departamentos de Nutrologia e
Hematologia-Hemoterapia

Nº 2 / Junho / 2018
atualizado em 24.07.18

CONSENSO SOBRE ANEMIA FERROPRIVA:


MAIS QUE UMA DOENÇA, UMA URGÊNCIA MÉDICA!

Coordenadores: Mauro Fisberg1,2,3, Isa Lyra4, Virginia Weffort1

Participantes: Hélcio de Sousa Maranhão1, Junaura Rocha Barretto1, Valmin Ramos da Silva1,
Jocemara Gurmini1, Monica de Araujo Moretzsohn1,
Carlos Alberto Nogueira de Almeida1, Rafaela Cristina Ricco1,
Paulo Jose Medeiros de Souza Costa4, Célia Martins Campanaro4,
Josefina Aparecida Pellegrini Braga4, Maria Lucia de Martino Lee4,
Paulo Ivo Cortez de Araujo4, Rosana Cipolotti4, Cláudio Galvão de Castro Junior4,
Benigna Maria de Oliveira4, Maria Arlete Meil Schmidt Escrivão2, Sandra Loggetto5,
Rachel HV Machado6

Colaboradores: Dirceu Solé7, Luciana Rodrigues Silva8, Rubens Feferbaum2, Claudio Barsanti9

1. Departamento de Nutrologia – Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP); 6. Instituto Pensi;


2. Departamento de Nutrologia – Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP); 7. Coordenador Departamentos Científicos – SBP;
3. Centro de Dificuldades Alimentares – Instituto Pensi; 8. Presidente SBP;
4. Departamento de Hematologia e Hemoterapia – SBP; 9. Presidente SPSP.
5. Departamento de Hematologia – SPSP;

Índice
Introdução .................................................................................. 2
A anemia ferropriva ................................................................. 2
Repercussões da anemia para a saúde ................................. 3
Diagnóstico clínico e laboratorial ......................................... 4
Prevenção e tratamento da anemia ferropriva ................... 6
Declaração de interesses ........................................................ 9
Referências .............................................................................. 10
Consenso Sobre Anemia Ferropriva: mais que uma doença, uma urgência médica!

O comitê conjunto buscou o questionamen-


Introdução
to e reflexão sobre as principais questões rele-
vantes para a prática clínica do pediatra, com
Nos últimos anos, inúmeras ações governa- sugestões para os profissionais e entidades go-
mentais e não governamentais têm buscado in- vernamentais, visando o diagnóstico e manejo
terferir nos níveis de anemia ferropriva na popu- da anemia ferropriva na infância, organizados
lação. Apesar de diferentes intervenções com o segundo aspectos epidemiológicos, etiológicos,
uso de medidas profiláticas, educativas, modifi- critérios diagnósticos, aspectos do tratamento e
cações ambientais e um maior interesse político, prevenção. Em reunião na Cidade de Campinas,
os índices de anemia seguem muito altos. Ainda nos dias 5 e 6 de abril de 2018, foi realizado o
não há um estudo nacional de prevalência e de encontro dos grupos e redigido o consenso -
incidência de anemia ferropriva considerado me- Anemia Carencial Ferropriva: mais do que uma
todologicamente adequado, sendo a maior parte doença, uma emergência pediátrica.
dos estudos existentes de caráter regional e/ou
com amostras de conveniência, além da utiliza-
ção de diferentes critérios diagnósticos. Projetos
de intervenção com o uso de medidas importa-
A anemia ferropriva
das de países em desenvolvimento, como o uso
de suplementação com sachês à base de vitami- Anemia é, segundo a Organização Mundial da
nas e minerais, mostram resultados interessantes Saúde (OMS), a condição na qual a concentração
para populações de alto risco, mas inadequado sanguínea de hemoglobina se encontra abaixo
para uso individual. A fortificação alimentar man- dos valores esperados (inferior a -2DP), tornan-
datória, especialmente a da farinha, tampouco do-se insuficiente para atender as necessidades
mostra os resultados esperados, por não atingir a fisiológicas exigidas de acordo com idade, sexo,
faixa etária de maior risco, o lactente. Do mesmo gestação e altitude1. De origem multifatorial,
modo, a orientação nutricional prescrita pelo pe- pode ser ocasionada pela deficiência de ferro e/
diatra parece ainda enfrentar dificuldades quan- ou diversos outros micronutrientes, por perdas
to à tradução das orientações técnicas em práti- sanguíneas, processos infecciosos e patológicos
cas culinárias palpáveis para as famílias. concomitantes, uso de medicações específicas
que impeçam ou prejudiquem a absorção do fer-
As dificuldades na obtenção de um diagnósti-
ro2,3. A principal causa de anemia é a deficiência
co precoce, com exames simples e objetivos, as-
de ferro, estando associada a mais de 60% dos
sim como a indiferença de grande parte dos pro-
casos em todo o mundo4.
fissionais para a gravidade do problema, tanto no
nível saúde pública quanto no individual (com- O ferro é o metal mais presente no corpo
prometimento no crescimento e desenvolvimen- humano e participa de todas as fases da síntese
to das crianças), motivaram a busca por nova proteica e dos sistemas respiratórios, oxidativos
abordagem frente a este tópico de discussão. O e anti-infecciosos do organismo5-7. A maior parte
Centro de Dificuldades Alimentares - CDA (Insti- do ferro utilizado no organismo humano é pro-
tuto Pensi - Fundação José Luiz Egydio Setúbal), veniente do próprio sistema de reciclagem de
os Departamento de Nutrologia e de Hematolo- hemácias, e uma pequena parte proveniente da
gia e Hemoterapia da Sociedade Brasileira de Pe- dieta, advindo de fontes vegetais ou inorgânicas
diatria e os de Hematologia e de Nutrição Infantil (ferro não hemínico), e da carne e ovos (ferro he-
da Sociedade de Pediatria de São Paulo uniram- mínico ou orgânico). Diferente do ferro não heme,
-se para atualizar normas para a conscientização que sofre intensa influência de fatores antinutri-
do pediatra quanto ao diagnóstico precoce, às cionais no seu processo absortivo, o ferro heme
consequências a longo prazo, profilaxia e trata- tem regulagem própria e independente de ação
mento da anemia ferropriva. de mecanismos inibidores ou facilitadores da die-

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ta. A secreção gástrica de ácido clorídrico (neces- ...continuação

sária para a solubilização dos sais de ferro e para


se regional. Contar com apoio de grandes
a manutenção do ferro na forma ferrosa Fe2+) tam-
corporações, sociedades cientificas ou mis-
bém é importante para a absorção do mineral7,8.
tas, para analisar a prevalência em amostras
Calcula-se que quase dois bilhões de pesso- representativas ou de grande porte. Agregar
as em todo o mundo apresentam anemia e que também dados de grandes laboratórios, hos-
de 27% a 50% da população seja afetada pela pitais públicos e privados, que disponham
deficiência de ferro2,4. Mesmo acometendo to- de dados de hemograma, ferritina, marcado-
dos os grupos etários e níveis sociais, com am- res inflamatórios e CID (Código internacio-
pla distribuição geográfica, a anemia ferropriva nal de classificação de doenças) registrado
ainda é uma doença que atinge prioritariamente de anemia ferropriva. Há necessidade de da-
as camadas socialmente menos favorecidas, de dos atualizados, representativos e de confia-
menor renda e desenvolvimento2,4,9,10. No Brasil, bilidade, para a continuidade de programas
os dados variam muito, mas a maior parte pro- de prevenção e tratamento mais adequados.
vém de estudos isolados, de grupos e não repre-
sentativos da realidade nacional. Variam de 40%
a 50% das crianças estudadas, sendo maior em
crianças menores de três anos e gestantes11,12.
Repercussões da anemia
para a saúde
Em revisão sistemática de 53 artigos brasileiros
realizada em 2009 pelo grupo de Jordão (total
aproximado de 21000 crianças avaliadas), a pre- A anemia ferropriva tem efeito no cresci-
valência descrita para anemia foi de 53%, sendo mento e desenvolvimento de populações em
maior nas regiões Norte e Nordeste4,13. risco, por afetar grupos em idade de crescimen-
to e comprometer o desenvolvimento cerebral1.
Desde o período pré-natal, tem repercussões
Recomendação do consenso: houve discreta importantes e deletérias de longo prazo no de-
melhora na situação da anemia no Brasil nos senvolvimento de habilidades cognitivas, com-
últimos anos, especialmente por aumen- portamentais, linguagem e capacidades motoras
to da prevalência do aleitamento materno, das crianças14,15, sendo que o possível impacto
uso de fórmulas enriquecidas, melhoria do
negativo permanece mesmo após o tratamento
acesso a fontes alimentares, programas de
precoce por décadas, especialmente em crianças
fortificação e enriquecimento de alimentos,
pouco estimuladas ou de baixo nível social e eco-
campanhas educativas governamentais e
nômico16. A carência de ferro na infância também
privadas, além de modificações ambientais.
predispõe a cáries dentárias, menor discrimina-
No entanto, os resultados de estudos de pre-
ção e identificação de odores em comparação
valência de âmbito nacional são controver-
aos grupos controle, alterações na imunidade
sos, escassos, com populações pequenas e
não específica, paladar e apetite (com associa-
regionalizadas. Há necessidade de estudos
ção a quadros de pica - alterações do sabor e
que utilizem amostras representativas e
calculadas, com base populacional. Sugere- apetite); resposta alterada ao estresse metabóli-
-se a criação de suplementos em periódicos, co e desenvolvimento audiovisual13,17-20. Nos tra-
incentivando a publicação atualizada a res- balhos que avaliaram a suplementação com fer-
peito do tema na população brasileira e que ro, o déficit cognitivo é descrito como maior nas
possam contemplar artigos nacionais que crianças anêmicas, porém não foi revertido com
não obtiveram espaço editorial em revistas a suplementação precoce por períodos curtos
internacionais por serem temas de interes- (30 dias); sendo necessário mínimo de 90 dias
para serem identificados os efeitos positivos
continua... modestos na repleção das reservas de ferro,

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Consenso Sobre Anemia Ferropriva: mais que uma doença, uma urgência médica!

com plena adesão do paciente e do profissional ...continuação

de saúde. A literatura considera ideal tempos


comportamento, mesmo muitos anos após
maiores de intervenção, de acordo com o sal uti-
o tratamento. A profilaxia e identificação da
lizado19-24. Durante a gestação a anemia (espe-
anemia ferropriva trata-se, pois de uma ver-
cialmente no primeiro e segundo trimestres) as-
dadeira urgência pediátrica. Para que ocorra
socia-se a desfechos obstétricos desfavoráveis,
o mais precocemente possível a supressão
como prematuridade, baixo peso ao nascer e au- destes problemas, sugere-se o apoio e par-
mento da mortalidade perinatal e neonatal. No ceria das sociedades científicas ou mistas
período pós-parto se associa à redução da qua- no sentido de estimular a consulta pediá-
lidade de vida e aumento nos níveis de depres- trica no pré-natal para ajustes na avaliação
são, o que pode implicar diretamente no cuida- de anemia materna e suplementação pre-
do com o recém-nascido e seu desenvolvimento, ventiva/corretiva. Nenhuma criança deveria
desfavorecendo o aleitamento materno2,16. ter deficiência de ferro por pré-natal inade-
Pesquisas nacionais evidenciaram que ane- quado, ausência de aleitamento materno ou
mia materna exerceu influência sobre os valores inadequada introdução de alimentos com-
plementares com boas fontes de ferro.
de hemoglobina do lactente aos 6 meses de vida,
mesmo em aleitamento materno exclusivo.25,26 A
Academia Americana de Pediatria inicia a suple-
mentação de ferro aos 4 meses de vida27. Diagnóstico clínico
e laboratorial

Recomendação do consenso: há evidências


de reversão parcial do déficit cognitivo oca- As manifestações clínicas da deficiência de
sionado pela anemia quando o tratamento ferro são determinadas pelos estágios de deple-
ocorre de maneira precoce e prolongada, ção, deficiência de ferro e anemia propriamente
com mínimo de dois meses de utilização dita, quando as repercussões clínicas e fisiológi-
adequada do ferro (sugere-se o mínimo de cas são aparentes, como apatia, cansaço, irritabi-
três meses para a reposição das reservas). lidade, taquicardia e outros. Exames laboratoriais
Seguramente, os dados mostram que crian- específicos oferecem diagnóstico em cada um
ças com deficiência de ferro já partem de pa- destes períodos2,28. A depleção de ferro, primeiro
tamares inferiores de capacidade cognitiva estágio, é caracterizada por diminuição dos de-
quando comparadas ao grupo sem deficiên-
pósitos de ferro no fígado, baço e medula óssea
cia, mesmo quando pareados os níveis so-
e pode ser diagnosticada a partir da ferritina sé-
ciais e econômicos. O tratamento ocasiona
rica, principal parâmetro utilizado para avaliar as
melhora cognitiva, mas não nos mesmos va-
reservas de ferro, por apresentar forte correlação
lores que o grupo controle sem deficiência
de ferro. Os estudos de coorte (seguimento com o ferro armazenado nos tecidos. Entretanto,
de longo prazo) apontam para resultados a concentração de ferritina é influenciada pela
inadequados para comportamentos, risco de presença de doenças hepáticas e processos in-
violência, dificuldades sociais, mesmo após fecciosos e inflamatórios, devendo ser interpre-
mais de 20 anos após o tratamento, com tada com cautela. Valores inferiores a 12μg/L são
sequelas que são mais importantes quanto fortes indicadores de depleção das reservas cor-
menor o grau de estimulação e o nível social porais de ferro em crianças menores de 5 anos,
e econômico da população afetada. Quanto e inferiores a 15μg/L para crianças entre 5 e 12
mais precoce, mais intensa e prolongada a anos. No segundo estágio (deficiência de ferro),
depleção de ferro, maiores as possibilidades são utilizados para diagnóstico a própria redução
de ocorrência de alterações no desenvolvi-
do ferro sérico, aumento da capacidade total de
mento, cognição, resultados escolares e de
ligação da transferrina (>250-390μg/dl) e a dimi-
continua... nuição da saturação da transferrina (<16%).

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Outros exames podem ser necessários como


Recomendação do consenso: a avaliação
a transferrina, zincoprotoporfirina eritrocitária
clínica não é suficiente para detecção de
e capacidade total de ligação do ferro. O ferro casos precocemente, uma vez que os sinais
sérico é relevante no diagnóstico quando seus clínicos se tornam visíveis apenas depois da
valores se encontram menores que 30mg/dl. condição instalada ou quadro de deficiência
A anemia ferropriva (diminuição sanguínea da já intenso, com consequências graves e de
hemoglobina e hematócrito e alterações he- longa duração. Assim, o diagnóstico preco-
ce é fundamental para a aplicação de trata-
matimétricas) é o estágio final da deficiência
mentos eficazes. A história clínica, o envolvi-
de ferro2,28-30. A OMS estabelece como ponto de mento do pediatra na orientação pré-natal,
corte para diagnóstico de anemia valores de he- na orientação ao aleitamento e introdução
moglobina menores que 11g/dl e 11,5g/dl para de alimentos complementares e o exame
crianças de 6 a 60 meses e crianças de 5 a 11 clínico ainda devem ser parte essenciais da
consulta. Os exames laboratoriais de rotina
anos de idade, respectivamente. Para o hemató-
para diagnóstico e para a profilaxia da ane-
crito, consideram-se inadequados valores abaixo mia são preferencialmente o hemograma
de 33% e 34% para crianças de 6 a 60 meses e completo (com parâmetros hematimétri-
crianças de 5 a 11 anos de idade, respectivamen- cos), contagem de reticulócitos e ferritina.
te. No momento atual, determina-se a utilização O uso da ferritina como marcador da fase
de depleção é essencial, porque, quando há
de variações no nível da hemoglobina de acordo
intervenção nesta fase, os resultados são de
com a idade, com intervalos aceitáveis2. possível profilaxia dos déficits cognitivos. A
proposta do consenso é que haja uma tria-
Ainda na avaliação do hemograma, leucope- gem de exames já em crianças a partir dos
nia e plaquetose também podem ser indicativos 12 meses de vida. Em casos de necessidade,
do quadro de anemia e devem ser considerados. para diagnóstico diferencial ou naqueles não
A contagem dos reticulócitos se relaciona à eri- resolvidos com o tratamento habitual, outras
provas de avaliação podem ser realizadas,
tropoiese, uma vez que o volume de hemoglobi-
como a dosagem do ferro sérico, transferri-
na presente nos reticulócitos representa o volu- na, zincoprotoporfirina eritrocitária, capaci-
me de ferro disponível para a eritropoiese e é um dade total de ligação do ferro, entre outros.
indicador precoce da anemia ferropriva e déficit No entanto, estes exames detectam apenas
de hemoglobinização. A referência para crianças a fase de deficiência de ferro e não a de de-
pleção. O diagnóstico da anemia por valor
do seu valor relativo é de 0,5% a 2%, e do valor
de hemoglobina deve ser feito pelas faixas
absoluto de 25000-85000/mm3, devendo este de normalidade para cada idade e não por
último ser utilizado por ser mais fidedigno3,31. valor absoluto. O critério proposto para fer-
ritina é que a criança deva ter valores acima
Para o diagnóstico da anemia ferropriva tam- de 30μg/dl. Valores inferiores a 15μg/dl in-
bém é necessário considerar os sinais clínicos dicam deficiência grave e valores intermedi-
da deficiência de ferro, que podem ser utiliza- ários devem ser avaliados após suplementa-
ção com ferro. O teste do pezinho (triagem
dos em conjunto com parâmetros bioquímicos e
neonatal) também deve ser utilizado para
laboratoriais, tais como: redução da acidez gás- descartar causas genéticas de anemia (p. ex.
trica, gastrite atrófica, sangramento da mucosa doença falciforme ou deficiência de G6PD,
intestinal, irritabilidade, distúrbios de conduta bem como outras hemoglobinopatias). Uma
e percepção, distúrbio psicomotor, inibição da vez realizado o diagnóstico da anemia fer-
ropriva, o tratamento deve ser estabelecido
capacidade bactericida dos neutrófilos, diminui-
de forma correta e emergencial, com o me-
ção de linfócitos T, diminuição da capacidade de lhor sal disponível, com controle adequado
trabalho e da tolerância a exercícios, palidez da e pelo tempo necessário. Medidas de avalia-
face, das palmas das mãos e das mucosas con- ção de hemograma associado ao PCR (para
juntival e oral, respiração ofegante, astenia e al- descartar infecção e inflamação) e da ferri-
tina, são propostos como exames iniciais em
gia em membros inferiores, unhas quebradiças e
todas as crianças aos 12 meses de idade.
rugosas e estomatite angular2,7,32.

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Consenso Sobre Anemia Ferropriva: mais que uma doença, uma urgência médica!

O Brasil também apresenta políticas para a


Prevenção e tratamento
suplementação do ferro desde 2005 (Programa
da anemia ferropriva
Nacional de Suplementação de Ferro - PNSF)37,
atingindo crianças de seis a 24 meses de idade,
Ações de educação alimentar e nutricio- gestantes e lactantes até o terceiro mês pós-par-
nal (EAN) voltadas para a prevenção da anemia to com suplementação profilática com sulfato
ferropriva preveem o estímulo ao acesso uni- ferroso via oral. Segundo o programa, crianças
versal à alimentação adequada, ao aleitamen- entre seis e 24 meses devem ser suplementa-
to materno exclusivo e prolongado, de forma das com sulfato ferroso na dosagem de 1mg/kg
a aumentar o consumo de alimentos fontes peso/dia. A recomendação vigente da Sociedade
de ferro, bem como de alimentos que aumen- Brasileira de Pediatria orienta a suplementação
tam a biodisponibilidade e a absorção do ferro profilática com dose de 1mg de ferro elemen-
na introdução de alimentos complementares. tar/kg ao dia dos três aos 24 meses de idade,
A contraindicação de uso de leite de vaca in independentemente do regime de aleitamento.
natura, não processado, em pó ou fluido an- Para lactentes nascidos pré-termo ou com baixo
tes dos 12 meses (limitação de consumo de peso (menor de 1500g), a recomendação é de
500ml/dia após os 12 meses) também é uma suplementação com 2mg/kg/dia a partir do 30º
estratégia reconhecidamente protetora contra dia até os 12 meses. Já para os prematuros com
a deficiência de ferro e o desenvolvimento de baixo peso (entre 1000g e 1500g) a recomenda-
anemia ferropriva, devendo ser continuamen- ção de suplementação é de 3mg/kg/dia até os
te incentivada33-35. Estilos de vida optantes por 12 meses; e para recém-nascidos com menos de
regimes de alimentação restritos para o uso de 1000g, de 4mg/kg/dia. Após o 1º ano de vida, a
carnes e alimentos fontes de ferro hemínico re- suplementação em todos os casos reduz-se para
querem igualmente acompanhamento nutricio- a dose de 1mg/kg/dia por mais 12 meses2,32. A
nal adequado, com apoio de nutricionistas espe- dose de suplementação profilática com ferro
cialistas para garantir o consumo adequado de elementar recomendada é diferenciada (30mg/
ferro e ou suplementação profilática sempre que dia) para crianças entre 2 e 12 anos residentes
necessário34,35. As recomendações de ingestão em regiões com prevalência de anemia ferropri-
de ferro são apresentadas nas Dietary Reference va superior a 40%2.
Intakes (DRIs) e foram desenvolvidas e calcula-
das pelo Institute of Medicine of the National Aca- A suplementação profilática é demonstrada
demies36. em estudos como suficiente para elevar a con-
centração de hemoglobina e estoques de ferro,
Dentre as políticas nacionais que visam a pre- contribuindo para a redução do risco de ane-
venção da anemia ferropriva em crianças, cita-se mia41. Para gestantes, a recomendação profiláti-
a fortificação de alimentos, adotada em conso- ca é de 40mg/dia de ferro elementar para mulhe-
nância com a OMS e que visa abordagem susten- res não anêmicas, 60-120mg/dia para gestantes
tável e custo-efetiva para a prevenção da anemia com anemia, por mínimo de 60 dias37.
ferropriva2,37, a estratégia NutriSus (oferta de sa-
chês com 15 micronutrientes em pó para acrésci- Além das políticas nacionais mencionadas
mo às preparações da criança na rotina escolar)38, acima, a importância de ações no escopo do
e a fortificação da água potável com ferro39. A atenção básica à saúde para a prevenção e con-
política nacional de fortificação de alimentos foi trole da anemia (como o controle de doenças
recentemente atualizada pela ANVISA, prevendo infecciosas e parasitárias, ampliação da rede de
atualmente a fortificação das farinhas de trigo e saneamento básico e higiene pessoal, bem como
milho com fumarato ferroso e sulfato ferroso (de acesso a água tratada) é inegável2,4,10, bem como
boa disponibilidade) em 4 a 9 mg para cada 100g ações voltadas para a saúde reprodutiva da
de farinha (RDC n° 150 de 2017)37,40. mulher, como a prevenção da gravidez na ado-

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lescência, planejamento familiar, estímulo ao Além dos sais ferrosos, os sais férricos e ami-
acompanhamento nutricional no pré-natal pre- noquelatos - ferro polimaltosado, ferro amino-
coce, acesso a cuidados perinatais e pós-natal quelado, EDTA e ferro carbonila - também po-
(clampeamento adequado do cordão umbilical, dem ser utilizados com melhor perfil de adesão,
prevenção de hemorragia pós-parto e intervalo por padrão de absorção mais lento e fisiologi-
Inter gestacional maior que 18 meses)2. camente controlado (taxa de absorção de cerca
de 50%)42,46, por não sofrerem alterações com a
O tratamento da anemia ferropriva é pautado dieta (o que permite administração durante ou
na orientação nutricional para o consumo de ali- após as refeições)42, e por provocarem menos
mentos fonte, e reposição de ferro - por via oral - efeitos adversos (10% a 15%). Os sais férri-
com dose terapêutica de 3 a 5 mg/kg/dia de ferro cos apresentam eficácia semelhante aos ferro-
elementar para crianças por mínimo de oito se- sos quanto à correção da anemia ferropriva46,47.
manas42,43. A suplementação deve ser continuada O ferro quelato também apresenta alta biodispo-
visando a reposição dos estoques de ferro, o que nibilidade (a união do ferro ao aminoácido impe-
varia entre dois a seis meses ou até obtenção de de a formação de compostos insolúveis)48, não é
ferritina sérica maior que 15μg/dL2,42,44 (ressal- prejudicado por fatores inibidores da dieta e não
vando a importância de que o valor alcance os é exposto diretamente à mucosa intestinal (re-
valores esperados entre 30 e 300μg/dL). Dentre duzindo os riscos de toxicidade local e de efeitos
os diversos tipos de sais de ferro disponíveis adversos), apresentando as mesmas vantagens
para a suplementação destacam-se o sulfato do uso dos sais férricos2,48.
ferroso, o fumarato ferroso e o gluconato ferro-
so. Os sais de ferro são eficazes na correção da O ferro carbonila é a alternativa mais abun-
hemoglobina e reposição dos estoques de ferro, dante em teor de ferro elementar (98%)42, com
apresentam baixo custo e a rápida absorção (di- boa disponibilidade e efetividade, e menor taxa
fusão ativa e passiva, no duodeno)42. A suple- de efeitos adversos em relação aos sais ferrosos,
mentação com sais de ferro também exige cau- porém mais do que os outros sais férricos49. Di-
tela quanto ao excesso de dosagem, uma vez que ferentemente das demais alternativas, pode ter
a oxidação do ferro ferroso gera radicais livres45, sua absorção diminuída por componentes da
e a absorção do ferro excessiva eleva a saturação dieta, devendo ser administrado em jejum42,49.
da transferrina e o ferro livre no plasma, tóxico Apesar da absorção lenta e controlada, todas as
para o metabolismo42. Por sofrer influência dos alternativas mencionadas requerem maior tem-
componentes dietéticos, a suplementação com po de tratamento e de apresentar custo para o
sais de ferro deve ser realizada longe das refei- paciente, uma vez que ainda não são distribuí-
ções, recomendando-se a tomada em jejum, 1h dos gratuitamente na rede pública. Assim, a fa-
antes das refeições ou antes de dormir2,42. mília deve ser educada quanto à importância da
adesão ao tratamento37.
Apesar da eficácia, a adesão ao tratamento
com sais ferrosos é geralmente baixa devido aos Além da suplementação de ferro via oral, a
sintomas adversos frequentes (35% a 55%) e reposição parenteral de ferro é recomendada
típicos da suplementação, como náuseas, vômi- em casos excepcionais como os de hospitaliza-
tos, gosto metálico, pirose, dispepsia, plenitude ção por anemia grave após falha terapêutica do
ou desconforto abdominal, diarreia e obstipação. tratamento oral, necessidade de reposição de
Assim, a dose ideal torna-se a dose tolerada pelo ferro por perdas sanguíneas, doenças inflama-
paciente2,42,45. Apesar disto, o sulfato ferroso ain- tórias intestinais, quimioterapia ou diálise ou
da é o composto de escolha pelo Ministério da após cirurgias gástricas com acometimento do
Saúde para os programas de suplementação no intestino delgado, devendo sempre ser solicita-
Sistema Único de Saúde37, o que se reflete em po- da avaliação de especialista experiente para uso
tencial abandono do tratamento ou da profilaxia. prévio44.

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Consenso Sobre Anemia Ferropriva: mais que uma doença, uma urgência médica!

...continuação
Recomendação do consenso: a prevenção
da anemia em âmbito coletivo deve ser re-
Recomendação
alizada pela manutenção das políticas pú- Situação
revisada
blicas revisadas de proteção ao aleitamento
materno e suplementação profilática, forti- Recém-nascidos 2 mg/kg de peso/dia,
ficação de alimentos e refeições (sugere-se pré-termo com peso a partir de 30 dias
a avaliação da resolutividade do programa entre 2500 e 1500g durante um ano. Após
este prazo, 1mg/kg/dia
nas dosagens atuais), reforço da consulta
mais um ano
pediátrica durante o pré-natal, estímulo aos
testes de triagem neonatal para análise de Recém-nascidos 3 mg/kg de peso/dia,
outras causas da anemia, clampeamento pré-termo com peso a partir de 30 dias
adequado do cordão umbilical após o par- entre 1500 e 1000g durante um ano. Após
este período, 1mg/kg/
to, orientações adequadas para alimentação
dia mais um ano
complementar do lactente e uso adequado
de fórmulas infantis, bem como orienta- Recém-nascidos 4 mg/kg de peso/dia,
ções nutricionais adequadas para famílias pré-termo com peso a partir de 30 dias
com rotinas alimentares específicas, como inferior a 1000g durante um ano. Após
este período, 1mg/kg/
o vegetarianismo ou famílias cujas crianças
dia mais um ano
fazem todas as refeições na escola. A suple-
mentação com ferro deve ser iniciada aos
3 meses de idade e mantida pelo menos até O planejamento do tratamento da anemia
o segundo ano de vida, independentemen- ferropriva deve ser pautado na confirmação
te do regime de aleitamento. O consenso diagnóstica e identificação da etiologia da
sugere a revisão dos critérios de suplemen- anemia, seguida pela correção da causa pri-
tação profilática adotados atualmente pela mária, suplementação com ferro oral (dose
SBP, segundo tabela abaixo: de 3 a 5mg de ferro elementar/kg/dia, fracio-
nado ou em dose única, antes das refeições,
Recomendação por 3 a 6 meses) e confirmação do sucesso
Situação
revisada terapêutico. A dose de ferro depende do sal
utilizado na suplementação, e sua escolha
Recém-nascidos 1 mg de ferro deve ser pautada nos padrões de absorção
a termo, de peso elementar/kg peso/dia
de cada sal, no grau de resposta em relação
adequado para a a partir do 3º mês até
idade gestacional 24º mês de vida ao tempo, e na menor ocorrência de efei-
em aleitamento tos colaterais (sugere-se prioritariamente o
materno exclusivo uso de sais quelatos-bisglicinatos ou ferro
ou não polimaltosado, inclusive nos programas de
suplementação profilática da rede pública,
Recém-nascidos 1 mg de ferro
a termo, de peso elementar/kg peso/dia visando a redução dos efeitos colaterais
adequado para a a partir do 3º mês até que causam a baixa adesão ao programa). O
idade gestacional 24º mês de vida sulfato ferroso poderia ser a escolha dentre
em uso de menos de as opções na inexistência de sais férricos,
500mL de fórmula
monitorando-se a adesão ao programa, pela
infantil por dia
grande quantidade de ocorrência de efeitos
Recém-nascidos 2 mg/kg de peso/dia, colaterais, mesmo em doses baixas. As ações
a termo com peso a partir de 30 dias governamentais de modificar a palatabilida-
inferior a 2500g durante um ano. Após de dos sais distribuídos na rede pública de
este período, 1mg/kg/
dia mais um ano
saúde melhoram a aceitação, mas não impli-
cam em menores efeitos colaterais.

continua... continua...

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Departamentos de Nutrologia e Hematologia-Hemoterapia • Sociedade Brasileira de Pediatria

...continuação ...continuação

A monitorização do quadro deve ser reali- ção da SBP de não utilizar o leite de vaca sem
zada pelos parâmetros laboratoriais de re- modificações antes do primeiro ano de vida.
ticulócitos, hemograma completo a cada 30 É recomendada a produção de fórmula láctea
a 60 dias, e dosagem de marcadores do es- genérica, com características CODEX, porém
toque de ferro-ferritina, com 30 e 90 dias; com a utilização de sais de ferro adequados,
sendo que o tratamento deve durar até a re- de boa disponibilidade e menor custo (ou
posição dos estoques de ferro, quase sem- subsidiadas).
pre por volta dos seis meses de tratamento.
O pediatra deve estar atento a importância
A orientação nutricional se baseia no es- da anemia no país, com cuidado intenso
tímulo ao aleitamento materno exclusivo para evitar a ocorrência de deficiência de
nos primeiros seis meses de vida e ao alei- ferro mesmo em fases iniciais, prevenin-
tamento complementar até os dois anos, do as consequências de longo prazo des-
orientação adequada da introdução da ali- ta carência. Cabe ao profissional de saúde
mentação complementar e contraindicação conscientizar a população e os pacientes da
do consumo de leite e derivados e outros importância da profilaxia e tratamento ade-
fatores anti nutricionais junto às refeições quado, assim como a autoconscientização
da criança com anemia. Recomenda-se dos efeitos a longo prazo que a deficiência
ainda o trabalho de educação alimentar de ferro ocasiona. Daí o lema: anemia ferro-
e nutricional, bem como aconselhamento priva, mais do que uma doença, uma urgên-
dietético em parceria com o profissional cia médica...
nutricionista e/ou produção de manual de
orientação dietética subsidiado por classes
e órgãos científicos, com orientações práti-
cas que o profissional possa utilizar como
base de aconselhamento para tais famílias. Declaração de interesses
Cuidados especiais devem ser realizados
com grupos de risco para deficiência, como
vegetarianos.
O apoio logístico ao encontro dos profissio-
nais que participaram do consenso foi do labo-
Ressalta-se que a criança menor de um ano ratório EMS que não teve qualquer participação
que recebe leite de vaca in natura ou fórmula no mesmo, conhecimento ou interferência no
inadequada se enquadra em situação de ris- conteúdo do documento gerado. Os profissio-
co nutricional para anemia ferropriva e deve nais participantes têm atividades esporádicas
ser avaliada precocemente quanto à necessi-
como docentes, apoio a projetos de pesquisa ou
dade de suplementação. Enfatiza-se a posi-
participação em comitês científicos, públicos e
continua... privados.

9
Consenso Sobre Anemia Ferropriva: mais que uma doença, uma urgência médica!

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Diretoria
Triênio 2016/2018

PRESIDENTE: Adriana Seber (SP) Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG)


Luciana Rodrigues Silva (BA) Paulo Cesar Koch Nogueira (SP) Flávio Diniz Capanema (MG)
1º VICE-PRESIDENTE: Fabianne Altruda de M. Costa Carlesse (SP) EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA
Clóvis Francisco Constantino (SP) DIRETORIA E COORDENAÇÕES: Renato Procianoy (RS)
2º VICE-PRESIDENTE: DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Edson Ferreira Liberal (RJ) Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
SECRETÁRIO GERAL: COORDENAÇÃO DO CEXTEP: EDITOR ADJUNTO REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Sidnei Ferreira (RJ) Hélcio Villaça Simões (RJ) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
1º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Márcia Garcia Alves Galvão (RJ)
Cláudio Hoineff (RJ) Mauro Batista de Morais (SP) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO
2º SECRETÁRIO: Gil Simões Batista (RJ)
COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Sidnei Ferreira (RJ)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) José Hugo de Lins Pessoa (SP)
3º SECRETÁRIO: Isabel Rey Madeira (RJ)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Sandra Mara Amaral (RJ)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG) Nelson Augusto Rosário Filho (PR) Bianca Carareto Alves Verardino (RJ)
DIRETORIA FINANCEIRA: REPRESENTANTE NO GPEC (Global Pediatric Education Maria de Fátima B. Pombo March (RJ)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Consortium) Sílvio Rocha Carvalho (RJ)
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Ricardo do Rego Barros (RJ) Rafaela Baroni Aurilio (RJ)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP) COORDENAÇÃO DO PRONAP
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Sérgio Augusto Cabral (RJ) Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida (SP)
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL: Francisco José Penna (MG) COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL, BENEFÍCIOS E PREVIDÊNCIA Luciana Rodrigues Silva (BA)
Membros: Marun David Cury (SP) Fábio Ancona Lopez (SP)
Hans Walter Ferreira Greve (BA) DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
Eveline Campos Monteiro de Castro (CE) Sidnei Ferreira (RJ) Joel Alves Lamounier (MG)
Alberto Jorge Félix Costa (MS) Cláudio Barsanti (SP) COORDENAÇÃO DE PESQUISA
Analíria Moraes Pimentel (PE) Paulo Tadeu Falanghe (SP) Cláudio Leone (SP)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Cláudio Orestes Britto Filho (PB) COORDENAÇÃO DE PESQUISA-ADJUNTA
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Mário Roberto Hirschheimer (SP) Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
COORDENADORES REGIONAIS: João Cândido de Souza Borges (CE) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
Norte: COORDENAÇÃO VIGILASUS Rosana Fiorini Puccini (SP)
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) Anamaria Cavalcante e Silva (CE) COORDENAÇÃO ADJUNTA DE GRADUAÇÃO
Nordeste: Fábio Elíseo Fernandes Álvares Leite (SP) Rosana Alves (ES)
Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Jussara Melo de Cerqueira Maia (RN) Suzy Santana Cavalcante (BA)
Sudeste: Edson Ferreira Liberal (RJ) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP)
Luciano Amedée Péret Filho (MG) Célia Maria Stolze Silvany ((BA) Silvia Wanick Sarinho (PE)
Kátia Galeão Brandt (PE)
Sul: Elizete Aparecida Lomazi (SP) COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Darci Vieira Silva Bonetto (PR) Maria Albertina Santiago Rego (MG) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Centro-oeste: Isabel Rey Madeira (RJ) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Regina Maria Santos Marques (GO) Jocileide Sales Campos (CE) Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA: COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR Jefferson Pedro Piva (RS)
Assessoria para Assuntos Parlamentares: Maria Nazareth Ramos Silva (RJ)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
Marun David Cury (SP) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
Álvaro Machado Neto (AL)
Assessoria de Relações Institucionais: Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Joana Angélica Paiva Maciel (CE) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Cecim El Achkar (SC) Clóvis Francisco Constantino (SP)
Assessoria de Políticas Públicas: Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA) Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Mário Roberto Hirschheimer (SP) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO DE CONSULTÓRIO
Rubens Feferbaum (SP) Tânia Denise Resener (RS)
Normeide Pedreira dos Santos (BA) Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL)
Maria Albertina Santiago Rego (MG)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP)
DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Jefferson Pedro Piva (RS)
Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e Dirceu Solé (SP) Sérgio Luís Amantéa (RS)
Adolescentes com Deficiência: DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS Gil Simões Batista (RJ)
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) Lícia Maria Oliveira Moreira (BA) Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ) Aurimery Gomes Chermont (PA)
DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES
Assessoria de Acompanhamento da Licença Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Maternidade e Paternidade: Luciana Rodrigues Silva (BA)
João Coriolano Rego Barros (SP) COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS
Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Hélcio Maranhão (RN)
Alexandre Lopes Miralha (AM) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA) Paulo César Guimarães (RJ)
Cléa Rodrigues Leone (SP) Edson Ferreira Liberal (RJ)
Assessoria para Campanhas: Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ)
Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP) COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO
Ricardo Queiroz Gurgel (SE) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL
GRUPOS DE TRABALHO: Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Drogas e Violência na Adolescência: COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL:
Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL
Evelyn Eisenstein (RJ) Herberto José Chong Neto (PR)
Ruth Guinsburg (SP)
Doenças Raras: DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA
Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) Cláudio Barsanti (SP)
Atividade Física Kátia Laureano dos Santos (PB) COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Coordenadores: Gilberto Pascolat (PR)
Ricardo do Rêgo Barros (RJ) COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Luciana Rodrigues Silva (BA) Isabel Rey Madeira (RJ)
Membros: COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA Joaquim João Caetano Menezes (SP)
Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) PEDIÁTRICA (CANP) Valmin Ramos da Silva (ES)
Patrícia Guedes de Souza (BA) Virgínia Resende S. Weffort (MG) Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Profissionais de Educação Física: PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS Tânia Denise Resener (RS)
Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA) Victor Horácio da Costa Júnior (PR) João Coriolano Rego Barros (SP)
Alex Pinheiro Gordia (BA) PORTAL SBP Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE)
Isabel Guimarães (BA) Flávio Diniz Capanema (MG) Marisa Lopes Miranda (SP)
Jorge Mota (Portugal) COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA CONSELHO FISCAL
Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE) José Maria Lopes (RJ) Titulares:
Colaborador: PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA Núbia Mendonça (SE)
Dirceu Solé (SP) Altacílio Aparecido Nunes (SP) Nélson Grisard (SC)
Metodologia Científica: João Joaquim Freitas do Amaral (CE) Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF)
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Suplentes:
Luciana Rodrigues Silva (BA) Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Cláudio Leone (SP) João de Melo Régis Filho (PE)
Pediatria e Humanidade: Dirceu Solé (SP)
Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Luciana Rodrigues Silva (BA) Joel Alves Lamounier (MG)
Presidente:
João de Melo Régis Filho (PE) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES Mario Santoro Júnior (SP)
Transplante em Pediatria: Fábio Ancona Lopez (SP) Vice-presidente:
Themis Reverbel da Silveira (RS) EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ)
Irene Kazue Miura (SP) Joel Alves Lamounier (MG) Secretário Geral:
Carmen Lúcia Bonnet (PR) Altacílio Aparecido Nunes (SP) Jefferson Pedro Piva (RS)

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