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ISSN: 2525-7943.
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cotações breves as quais devem ser atribuídas a publicação correspondente dos autores.
INTRODUÇÃO: Em doentes renais crônicos (DRC) o excesso de fósforo e potássio pode representar risco, pois seus eletrólitos
se acumulam no sangue. Com a doença renal crônica, a excreção desses minerais não é realizada com eficiência e esse cenário
pode causar elevação da concentração na corrente sanguínea. A hipercalemia pode causar reações adversas como: fraqueza,
paralisia muscular, sensação de formigamento na língua/boca/pernas e alterações na condução cardíaca, podendo levar à assistolia
(parada cardíaca), já a hiperfosfatemia pode causar calcificação cardiovascular; calcificação dos tecidos moles; hiperparatiroidismo
secundário; osteopenia; aumento do risco de fraturas; anemia e hipertensão. Por estes motivos é de extrema importância o
acompanhamento clínico-nutricional dos DRC, além de monitoramento bioquímico regular e orientação sobre adequada ingestão
de alimentos ricos nesses nutrientes. OBJETIVO: Avaliar, acompanhar e intervir nutricionalmente nos pacientes renais dialíticos,
analisando o perfil de potássio e fósforo sanguíneo em doentes renais crônicos em um programa de hemodiálise em Belém – PA.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo e intervenção realizadas em um programa de hemodiálise no serviço de terapia renal
substitutiva (STRS) do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna. Foi um estudo descritivo, retrospectivo de corte transversal, o qual
foi aprovado pelo CEP sob número 2.457.835. Os dados analisados foram referentes nos meses de dezembro/17 e janeiro e
fevereiro/18, a amostra foi composta por 58 pacientes (28 do sexo masculino e 30 do sexo feminino), com idades entre 17 e 89
anos. RESULTADOS: Após 3 meses de orientações e acompanhamento nutricional avaliando o estado nutricional através do
questionário de identificação por meio do recordatório 24 horas e frequência alimentar, realizando avaliações objetivas e mensais,
além de realizada coleta de dados de exames bioquímicos e de pressão arterial a partir do prontuário do paciente, dados da história
de qualidade de vida e exame físico, para então intervir nutricionalmente através de palestras nutricionais educativas em salas de
espera com o uso folderes, foi observado uma notória melhora no perfil sérico: 8 pacientes saíram da hiperfosfatemia e mais 3
saíram do perfil hipofosfatêmico, atingindo a faixa considerada normal de fósforo, totalizando 44 indivíduos representando uma
melhora de 18,97%. Em relação ao potássio, no mês de dezembro, dos 58 pacientes, 31 foram identificados com hipercalemia, 27
com normocalemia e nenhum com hipocalemia. Estes pacientes também receberam orientações em relação à alimentação e em
fevereiro, três meses após o início, 8 pacientes deixaram a faixa de hipercalemia e entraram no perfil considerado normal de
potássio. Totalizando uma melhora de 13,79%. CONCLUSÃO: Foi observado neste estudo que entre os portadores de doenças
crônicas renais existia uma considerável quantidade de pacientes com níveis séricos elevados de fósforo e potássio. Este dado
evidencia a importância do monitoramento e da maior sensibilização desses pacientes. Uma alimentação correta é essencial para
o sucesso no tratamento. É importantíssimo que o paciente esteja em acompanhamento com profissional especializado na área. A
conscientização é uma excelente ferramenta, que pode ser alcançada através de ações de educação alimentar para o controle desses
minerais e vida saudável de uma forma geral.
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