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“A primeira fase da industrialização britânica, baseada nos têxteis, chegara a seus limites ou
parecia estar prestes a fazê-lo” (p. 101)
“Evidentemente, foram necessidades de transporte que deram origem à estrada de ferro” (p.
103)
Hobsbawm menciona que em grande parte as estradas de ferro não eram construídas de
forma racional, pois o acesso a outros meios de transporte era fácil na região, de modo que
as linhas em si não geravam grandes lucros aos investidores. Porém, com o grande
acúmulo de capital, os investidores buscavam qualquer forma de investimento que rendesse
mais que os títulos públicos, alavancando as construções. Na década seguinte, ainda com
grande excedente de capital a ser investido, os investidores começaram a aportar capital no
exterior, propiciados também pelos empréstimos nas guerras e pós guerra (reconstrução).
Além disso, muitos empréstimos para países latino-americanos ou Estados unidos
ocorreram. Porém, tais empréstimos não tiveram retornos satisfatórios.
“Do ponto de vista econômico, a transformação do mercado de capitais na era das ferrovias
constituíam um meio valioso, embora decerto não essencial, para mobilizar capital para
grandes empreendimentos fora do mundo”. (p. 110)
A emigração de capital levou a investimentos industriais fora do país, além dos tradicionais
investimentos em imóveis e títulos. Os chamados homens de negócio dispunham de uma
grande massa de investidores, tanto informados quanto desinformados, interessados em
aportar capital em atividades econômicas por todo o mundo, facilitando com que fosse
levantado capital para empreendimentos. Houve ainda uma transformação no mercado de
capitais com o surgimento da lei de criação de sociedades de responsabilidade limitada,
proporcionando ainda mais o investimento em negócios de risco elevado.
Amanda Cristina – 21076116
Kauane Brandolise Souza Silva – 11202022039
Sofia Marques Soares Lima – 11201720630
“A epopéia da ascensão da classe média vitoriana ia buscar inspiração numa era muitas
vezes mítica de heróis de esforço pessoal” (p. 112)
O autor comenta que a primeira fase da industrialização foi marcada por um cenário não
favorável, onde os capitalistas iniciaram com pouco capital e contra hostilidade dos próprios
trabalhadores avessos a industrialização. Assim, a classe média subsequente em muito se
inspirou nesses “míticos” exemplos de trabalho árduo que resultaram em sucesso para
moldar sua forma de conduzir negócios.