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Amanda Cristina – 21076116

Kauane Brandolise Souza Silva – 11202022039


Sofia Marques Soares Lima – 11201720630

Fichamento: HOBSBAWM, Cap. VI - Da Revolução Industrial Inglesa ao imperialismo

“A primeira fase da industrialização britânica, baseada nos têxteis, chegara a seus limites ou
parecia estar prestes a fazê-lo” (p. 101)

O autor comenta sobre o aumento da demanda por carvão e ferro, decorrente da


construção ferroviária, como precursores da mudança na industrialização observada na
Grã-Bretanha. O aumento de produção e exportação foi ainda maior do que o observado
durante o período da industrialização têxtil. A expansão das linhas ferroviárias na
Grã-Bretanha impactou a vida dos cidadãos, com o grande aumento da mobilidade urbana.
Em 1850 as estradas de ferro já incorporavam cada vez mais tecnologias novas e uso de
avanços científicos, mostrando-se à frente de muitos outros setores econômicos.

“Evidentemente, foram necessidades de transporte que deram origem à estrada de ferro” (p.
103)

Hobsbawm menciona que em grande parte as estradas de ferro não eram construídas de
forma racional, pois o acesso a outros meios de transporte era fácil na região, de modo que
as linhas em si não geravam grandes lucros aos investidores. Porém, com o grande
acúmulo de capital, os investidores buscavam qualquer forma de investimento que rendesse
mais que os títulos públicos, alavancando as construções. Na década seguinte, ainda com
grande excedente de capital a ser investido, os investidores começaram a aportar capital no
exterior, propiciados também pelos empréstimos nas guerras e pós guerra (reconstrução).
Além disso, muitos empréstimos para países latino-americanos ou Estados unidos
ocorreram. Porém, tais empréstimos não tiveram retornos satisfatórios.

“Essa extraordinária expansão foi reflexo de dois processos paralelos” (p. 7)

Essa grande expansão de ferrovias no mundo decorreu da industrialização nos demais


países e foi, inicialmente, benéfica para Grã-Bretanha, que se consolidou como o maior
exportador de produtos industriais e de bens de capital. Por outro lado, esses países em
processo de industrialização logo se tornariam tão grandes quanto a própria Grã-Bretanha

“Do ponto de vista econômico, a transformação do mercado de capitais na era das ferrovias
constituíam um meio valioso, embora decerto não essencial, para mobilizar capital para
grandes empreendimentos fora do mundo”. (p. 110)

A emigração de capital levou a investimentos industriais fora do país, além dos tradicionais
investimentos em imóveis e títulos. Os chamados homens de negócio dispunham de uma
grande massa de investidores, tanto informados quanto desinformados, interessados em
aportar capital em atividades econômicas por todo o mundo, facilitando com que fosse
levantado capital para empreendimentos. Houve ainda uma transformação no mercado de
capitais com o surgimento da lei de criação de sociedades de responsabilidade limitada,
proporcionando ainda mais o investimento em negócios de risco elevado.
Amanda Cristina – 21076116
Kauane Brandolise Souza Silva – 11202022039
Sofia Marques Soares Lima – 11201720630
“A epopéia da ascensão da classe média vitoriana ia buscar inspiração numa era muitas
vezes mítica de heróis de esforço pessoal” (p. 112)

O autor comenta que a primeira fase da industrialização foi marcada por um cenário não
favorável, onde os capitalistas iniciaram com pouco capital e contra hostilidade dos próprios
trabalhadores avessos a industrialização. Assim, a classe média subsequente em muito se
inspirou nesses “míticos” exemplos de trabalho árduo que resultaram em sucesso para
moldar sua forma de conduzir negócios.

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