Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO AOS
MATERIAIS CERÂMICOS
CAPÍTULO 3 -
PROPRIEDADES E
ESTRUTURA
PPGEM - EE - UFRGS
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.1 INTRODUÇÃO
3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.1 Porosidade
3.3.2 Densidade
3.3.3 Permeabilidade dos gases
3.3.4 Capacidade Térmica
3.3.5 Expansão térmica
3.3.6 Condutividade térmica
3.3.7 Mecanismos de condução e bandas de energia
3.3.8 Condutividade elétrica dos materiais iônicos
3.3.9 Condutividade elétrica dos materiais covalentes
3.3.10 Semicondutores – condutividade eletrônica
3.3.11 Supercondutividade elétrtica
3.3.12 Comportamento dielétrico
3.3.13 Diamagnetismo
3.3.14 Paramagnetismo
3.3.15 Ferrimagnetismo
3.3.16 Antiferromagnetismo
3.3.17 Magnetos macios e duros
3.3.18 Propriedades ópticas dos materiais cerâmicos
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.1 POROSIDADE
A - Tipos de porosidades:
Distribuição de porosidades
abertas em porcelana
tradicional
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.1 POROSIDADE
CERÂMICOS
B - Influencia: kf = condutividade térmica devida aos fônons
kTOTAL = kf +ke ke = condutividade térmica devida aos elétrons
Condutividade térmica: Kc
1
k ar
1 2P
Considera-se a porosidade uma 1
2k c
k ar
km
segunda fase dispersa no material. 1
Kc
k ar
1 P
2k c
1
A condutividade térmica de um k ar
a b
picnômetro Porosidade aparente Volume
(Princípio de Arquimedes) aparente do sólido
Pu Ps Pu = Peso úmido (geométrico)
Pap *100 Ps = Peso seco
Pu Pi Pi = Peso imerso
D - Absorção de água:
- princípio de Arquimedes
- relação peso seco e úmido
Está ligada a
porosidade aberta Pu Ps Pu = Peso úmido
AA *100 Ps = Peso seco
do material Ps Pi = Peso imerso
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.2 DENSIDADE
Métodos para medição da densidade:
real aparente geométrica c
a b
picnômetro Densidade aparente Relaciona massa e volume
(Princípio de Arquimedes) aparente do sólido
Pu Ps Pu = Peso úmido m
d ap *100 Ps = Peso seco d geométrica
Pu Pi Vgeométrica
Pi = Peso imerso
m
d real
Vreal
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.3 PERMEABILIDADE DOS GASES
Depende da quantidade de poros abertos.
Importante, por exemplo na produção de coque e gás combustível, onde os refratários
devem ser estanques para impedir a perda de gás através do revestimento.
Materiais permeáveis têm importância na distribuição uniforme das temperaturas nas
paredes do forno.
onde: K - permeabilidade,
4Vh - viscosidade do fluido
k 2 V - volume de gás
d tp h - espessura do meio
d - diâmetro do cilindro onde o gás escoa
t - tempo em que o gás escoa
p - queda de pressão
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
COMPORTAMENTO TÉRMICO
T1-Tm (2.Cp2.K2)0,5
=
T2-Tm (1.Cp1.K1)0,5
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.5 EXPANSÃO TÉRMICA
Tijolo refratário
eletrofundido
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.5 EXPANSÃO TÉRMICA
Matérias-primas:
ZrO2
- transformação cristalográfica:
Monoclínica tetragonal - aumento de volume (~7%)
(Tambiente) (1000ºC) - modificação reversível
- ZrO2 + MgO, CaO ou outros:
formação de solução T acima de cúbica aumento
sólida junto com ZrO2 2350ºC irreversível de volume (~6%)
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.6 CONDUTIVIDADE TÉRMICA
• Materiais cerâmicos são maus condutores de calor
• O valor de k dos cerâmicos é cerca de 1/5 da dos metais
• Propriedade anisotrópica, principalmente para os prensados
• Condutividade térmica é a habilidade de um material para transferir calor.
Em cerâmicos:
ke << kf fônons são facilmente espalhados pelos defeitos cristalinos, o
transporte de calor é menos eficiente que nos metais
Alguns cristais não metálicos puros e de baixa densidade apresentam em algumas faixas de
temperatura k metais: Diamante melhor condutor que Ag de Tamb a 30K
Safira condutor térmico entre 90 a 25K
Compostos cerâmicos:
(BeO, SiC, B4C) pesos atômicos semelhantes k relativamente alto
(UO2, ThO2) pesos atômicos diferentes k cerca de 10x menor
(menor interferência na propagação quando átomos com semelhantes pesos atômicos)
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.6 CONDUTIVIDADE TÉRMICA
- composição;
- condições de queima; Íons em solução sólida
diminuem acentuadamente k
Efeito da microestrutura - quantidade e tipo de porosidade;
- quantidade e tipo de fases; Fases amorfas são piores
- forma e orientação de grãos; condutoras que cristalinas de
igual composição química
Poros diminuem a
condutividade térmica de
cerâmicos
Simplificadamente
1/k=v1/k1+v2/k2+... k= 1+2P(1-Q/2Q+1)
ks 1-P(1-Q/2Q+1) kP = k 1-P
K=v1k1+v2k2+... onde: 1 - 0,5P
k: condutividade térmica
v: volume da fase
kP = condutividade térmica do
Q: kc/kp material com poros
P: quantidade de poros
P = fração volumétrica de poros
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.6 CONDUTIVIDADE TÉRMICA
Efeito da microestrutura
950ºC 1000ºC AUMENTO DA T
-Aumento da fase
amorfa (vítrea);
-Aumento da
porosidade fechada;
-Dimunuição da
porosidade aberta;
Argila vermelha (AV) Argila vermelha (AV)
INTRODUÇÃO DE OUTRAS MP
-Formação de novas fases;
-Formação de maior quantidade
de poros fechados,
AUMENTO DA T
-Aumento da fase
amorfa (vítrea);
-Aumento da
porosidade fechada;
-Dimunuição da
porosidade aberta;
INTRODUÇÃO DE OUTRAS MP
-Formação de novas fases;
-Formação de maior quantidade
de poros fechados,
Temperatura°C
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.6 CONDUTIVIDADE TÉRMICA 1. Tijolo isolante sílico-aluminoso
Efeito da temperatura 2. ZrO2
3.Chamotta
5. Forsterita
6. Cromita
8. Magnésia-cromo
9. Silicato de zircônio
10. Al2O3 99%
11.Carbono pirolítico
12. SiC
13. Magnésia
14. SiC 60
15. SiC 90
16. Grafite
Exemplo de 17. Ferro metálico
curvas de
condutividade
térmica
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
COMPORTAMENTO ELÉTRICO
Metal Cerâmicos
monovalente
Metal
bivalente
Condutor Condutor
metálico metálico
Isolante Semicondutor
Banda de Superposição da Apresentam banda proibida
condução banda de valência
parcialmente com a banda de Eg isolante > Eg semicondutor
ocupada condução vazia
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS BANDA
DE
3.3.7 MECANISMOS DE CONDUÇÃO E BANDAS DE ENERGIA CONDUÇÃO
SEMICONDUTORES
Nível de fermi
- banda de valência preenchida e banda de condução vazia
GAP DE ENERGIA
- largura da banda proibida é pequena e pode ser suplantada levando e- à
banda de condução ativação térmica BANDA
dopantes DE
VALÊNCIA
- exemplos de largura de diamante - 6eV
banda proibida: SiC - 3eV
silício - 1,1eV
germânio - 0,7ev BANDA
InSb - 0,18eV DE
CONDUÇÃO
estanho cinzento - 0,08eV
ISOLANTES Nível de fermi
- polímeros GAP DE ENERGIA
- cerâmicos
- banda proibida é muito larga e difícil de ser suplantada
BANDA
DE
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA MUITO BAIXA VALÊNCIA
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.7 MECANISMOS DE CONDUÇÃO E BANDAS DE ENERGIA
EFEITO DA TEMPERATURA
- semicondutores T aumenta a O aumento da temperatura fornece energia que
liberta transportadores de cargas adicionais.
- isolantes condutividade
elétrica
Mg
O
Efeito da condutividade
elétrica em materiais
cerâmicos
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.8 CONDUTIVIDADE ELÉTRICA EM MATERIAIS IÔNICOS
EXEMPLOS DE SEMICONDUTORES
- Silício, Germânio (Grupo IV da Tabela Periódica)
- GaAs, GaN, InP, InSb, etc. (Grupo III-V da Tabela Periódica)
- PbS, CdTe, galena, (Grupo II-VI da Tabela Periódica)
Observe: 95% dos dispositivos eletrônicos são fabricados com Silício
65% dos dispositivos de semicondutores do grupo III-V são para uso militar
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.10 SEMICONDUTORES – CONDUTIVIDADE ELETRÔNICA
Num semicondutor, os elétrons podem ser excitados para a banda de condução por
energia elétrica, térmica ou óptica (fotocondução)
CONDUÇÃO INTRÍNSECA
Ex. Si e Ge são emicondutores intrínsecos
Estrutura cristalina: Cúbica do Diamante
Ligações fortes covalentes direcionais
Cada átomo de Si ou Ge contribui com 4e- valência devido a ligação sp3
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.10 SEMICONDUTORES – CONDUTIVIDADE ELETRÔNICA
Nível aceitador
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.10 SEMICONDUTORES – CONDUTIVIDADE ELETRÔNICA
Elétrons doadores
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.10 SEMICONDUTORES – CONDUTIVIDADE ELETRÔNICA
CONDUÇÃO EXTRÍNSECA (SEMICONDUTOR EXTRÍNSECO)
Exemplos de materiais cerâmicos
semicondutoresextrínsecos tipo n, p e
anfóteros. Tipo n
TiO2 Nb2O5 CdS Cs2Se BaTiO3 Hg2S
V2O5 MnO2 CdSe BaO PbCrO4 ZnF2
U3O8 CdO SnO2 Ta2O5 Fe3O4
ZnO Ag2S Cs2S WO3
Tipo p
Ag2O CoO Cu2O SnS Bi2Te3 MoO2
Cr2O3 SnO Cu2S Sb2S3 Te Hg2O
MnO NiO Pr2O3 CuI Se
Anfótero
Al2O3 SiC PbTe Si Ti2S
Mn3O4 PbS UO2 Ge
Co3O4 PbSe IrO2 Sn
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.10 SEMICONDUTORES – CONDUTIVIDADE ELETRÔNICA
APLICAÇÃO (A)
Dispositivos eletrônicos como transistores,
circuitos integrados, chips, usam a combinação
de semicondutores extrínsecos tipo “p” e tipo “n”
DIODO é um dispositivo que permite a
corrente fluir em um sentido e não em outro. É
construído juntando um semicondutor tipo “n” e
tipo “p”.
JUNÇÃO P-N
- Quando uma voltagem é aplicada como no
esquema (A), os dois tipos de cargas se
moverão em direção à junção onde se
recombinarão. A corrente elétrica irá fluir.
- No esquema (B), a voltagem causará o (B)
movimento de cargas para longe da junção. A
corrente não irá fluir no dispositivo.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.11 SUPERCONDUTIVIDADE ELÉTRICA
Se um pequeno campo magnético atua próximo a um supercondutor este será repelido devido a
supercorrentes induzidas e poderá produzir imagens espelho em cada polo. Se um magneto
permanente for colocado embaixo de um supercondutor, este poderá levitardevido a força
repulsiva. A cerâmica mostrada na figura é um supercondutor de ytrio.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.11 SUPERCONDUTIVIDADE ELÉTRICA
APLICAÇÕES
Levitação magnética: transporte de veículos, assim como
trens através de flutuação sobre supercondutores
magnéticos, eliminando: vibrações e fricção.
Ex.: SCM of the Yamanashi Maglev Test Line
- RIGIDEZ DIELÉTRICA: tensão máxima que o material pode suportar antes de perder as
características de ser isolante para vidros, polímeros e cerâmicos 10 a 40 V/mm
Propriedades Básicas dos Materiais Dielétricos
Constante dielétrica:
Capacitor constituído de duas placas metálicas paralelas separadas por uma distância
"d" e de área "A".
capacitância medida da habilidade de armazenar uma carga elétrica.
C = k A : constante dielétrica adição de um dielétrico aumenta a capacitância
d e: permeabilidade do por um fator , proporcionalmente.
meio
Materiais cerâmicos são empregados como dielétricos em capacitores. Utiliza-se principalmente
o titanato de bário com outros aditivos (ex: BaTiO3 + baixo % CaTiO3 ou CaTiO3 + BaZrO3, apresenta
= 6500).
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.12 COMPORTAMENTO DIELÉTRICO
FERROELÉTRICOS
- não têm um centro de simetria formam um momento dipolar
- polarização permanente
- utilizados como transdutores eletro-mecânicos.
Ex: transdutor de
limpeza ultra-sônica,
transdutor de ondas
sonoras de baixo de
água.
Materias: BaTiO3,
PbZrO3, PbTiO3
Estrutura do BaTiO3. (a) Acima de 120ºC é cúbica. (b) Abaixo de 120ºC é levemente tetragonal,
apresentando um momento dipolar elétrico.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.12 COMPORTAMENTO DIELÉTRICO
PIEZOELÉTRICOS
- materiais dielétricos onde a polarização pode ser induzida pela
aplicação de forças
COMPORTAMENTO MAGNÉTICO
3.3.13 Diamagnetismo
3.3.14 Paramagnetismo
3.3.15 Ferrimagnetismo
3.3.16 Antiferromagnetismo
3.3.17 Magnetos macios e duros
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
COMPORTAMENTO MAGNÉTICO
Exemplos: ferritas, magnetitas
Vantagem deste tipo de material: armazenar muita informação em pouco espaço
Átomos podem ou não apresentar momento magnético
Propriedades magnéticas são determinadas pela estrutura: eletrônica, cristalina, microestrutura
Materiais tendem a diferir sua resposta quando em presença de um campo magnético
Efeitos magnéticos são originados em correntes elétricas muito pequenas associadas a elétrons em
órbitas atômicas ou a spins de elétrons
As propriedades magnéticas de um material podem ser medidas por diferentes parâmetros
Ex.: permeabilidade magnética relativa Ex.: suscetibilidade magnética relativa (m)
r = e r medem a facilidade com que um campo
magnético B pode ser introduzido em um material m = r - 1
0 sob a ação de um campo externo H
-Forma muito fraca de magnetismo: persiste enquanto um campo magnético externo for aplicado:
ausência de campo externo momento magnético nulo
-Todos materiais são diamagnéticos muito fracos: observa-se quando não há outro tipo de
magnetismo. Ocorre na maioria dos átomos dos materiais cerâmicos
-Susceptibilidade de materiais diamagnéticos(m): -10-6 a -10-5 (não varia com a T)
Configuração de dipolos em
um material paramagnético: Dipolos podem
a) na ausência de campo ser alinhados
externo; b) com campo na direção do
externo aplicado campo aplicado
(metais)
(cerâmicos)
(cerâmicos)
(cerâmicos)
(metais)
a b c
Dependência da temperatura na susceptibilidade magnética (a) paramagnético, (b) ferromagnético
(mostrando a transição para paramagnético), (c) antiferromagnético (mostrando a transição para
paramagnético).
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.17 MAGNETOS MACIOS E DUROS
CURVA DE MAGNETIZAÇÃO CURVA HISTERÉTICA PARA LIGAS MAGÉTICAS
OU DE HISTERESE DURAS E MACIAS
- Ligas magnéticas
macias fácil de
magnetizar e
desmagnetizar
COMPORTAMENTO ÓTICO
Cerâmicos não apresentam e- livres (que absorvem fótons de luz) e podem ser transparentes à
luz visível
Fenômenos importantes: Refração, Transmissão, Reflexão e Absorção
REFRAÇÃO (n) E REFLEXÃO (R)
Velocidade de propagação da luz no sólido transparente () é menor que no ar
feixe de luz muda de direção na interface ar/sólido
Índice de refração: n = c = ()½ = permissividade elétrica do material
= permeabilidade magnética do material
(00)½
Material Índice de refração
Índice de refração de alguns materiais cerâmicos
Vidro de sílica 1,458
R
Vidro pyrex 1,47
Quanto maior n do
Vidro óptico “flint” 1,65
material, maior R
Al2O3 – α 1,76
MgO (periclásio) 1,74
Quartzo 1,55
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.18 PROPRIEDADES ÓPTICAS DOS MATERIAIS CERÂMICOS
Conclusão: i) a luz pode ser absorvida por materiais com banda proibida lmin = 0,4 m Emax = 3,1eV
menor que 1,8 eV (SEMICONDUTORES) estes materiais são lmax = 0,7m Emin= 1,8eV
opacos ex.:Si, Ge, AsGa
ii) materiais com banda proibida entre 1,8 e 3,1 eV absorvem
apenas alguns comprimentos de ondas estes materiais são
coloridos ex.:GaP, CdS
iii) a luz visível não pode ser absorvida por este mecanismo em
materiais com banda proibida maior que 3,1 eV
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
3.3.18 PROPRIEDADES ÓPTICAS DOS MATERIAIS CERÂMICOS
3.4.1 Biomaterial
3.4.2 Dentária
3.4.3 Função nuclear
3.4.4 Função química
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3.4.1 BIOMATERIAL
DEFINIÇÃO
ALUMINA SINTERIZADA
sistema femoral utilizava-se ligas de Ti-Al-V
avanço na pesquisa de materias, começou-se a utilizar
Al2O3 de alta pureza e poli-cristalino:
material duro
resiste ao desgaste
apresenta baixa tensão de fricção na junta.
resistência à fratura por apresentar baixa
tenacidade
características de fadiga são pobres.
Então o sistema femoral, é uma liga metálica atada a uma bola de cerâmica
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3.4.1 BIOMATERIAL
Revestimentos de
hidroxapatita
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3.4.1 BIOMATERIAL
CARBONO
excelente compatibilidade com tecidos e fluidos do
organismo humano
alta durabilidade, sendo utilizado na confecção de válvulas
cardíacas
encontrando aplicação na ortopedia.
FOSFATO TRICÁLCICO
propriedade de penetração dos tecidos nas superfícies
porosas
material absorvível pelo
muito utilizado na regeneração óssea, como em defeitos de
vértebras
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS
1. Introdução
2. Propriedades do dente natural
3. Materiais de uso odontológico
4. Porcelana
5. Hidroxiapatita
6. Alumina
7. Novos materiais
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS
1. Introdução
HISTORICAMENTE
Utilização de dentes de animais e marfim para a manufatura de dentes e prótese dentárias;
Evolução utilização de dentes de pessoas mortas como próteses.
Soluções provisórias ocorria a desintegração em pouco
espaço de tempo e uso
Em 1776/1789 mencionou-se a utilização de dentes cerâmicos como substitutos
origem do estudo de materiais biocerâmicos.
Indústria cerâmica iniciou-se em 1827
Denstista Stockton (Philadelphia) fabricou o 1° dente cerâmico eficaz
Meio do século IXX outras fábricas surgiram na Inglaterra e EUA, monopolizando este
mercado
motivou-se e estabeleceu-se o melhoramento da cor e ancoragem
Mais tarde maiores desenvolvimentos no desenvolvimento de luminescencia,
opacidade e condições de queima para obtenção do dednte cerâmico.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS
1. Introdução
UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS CERÂMICOS puros ou como revestimentos
Visa-se otimizar a osseointegração
Principais fatores responsáveis pela obtenção da osseointegração:
- técnica cirúrgica;
- carga transferida aos implantes:
- qualidade do tecido receptor;
- biocompatibilidade do material de implante e o projeto do implante.
dependem do implante selecionado, que deve possuir propriedades
mecânicas e propriedades de superfície adequadas
Aumento do percentual de contato ósseo ao redor dos implantes atua diminuindo a tensão
transmitida ao tecido ósseo, na interface com o implante.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS
2. Propriedades natural do dente
Dentes apresentam estruturas em camadas: esmalte, dentina e raiz.
3. Porcelana dentária
Até os anos 60 - coroas ocas de porcelana eram a solução estética mais aceita
- coroas metalo-cerâmicas tornaram-se populares: melhor
adaptação, menos problemas de fraturas, utilização em destes
posteriores e próteses fixas, porém a estética era menos satisfatória
3. Porcelana dentária
3.1 Matérias-primas básicas e suas propriedades
3.1.1 Feldspato
Utilizam-se apenas feldspatos de alta qualidade
- livres de outros minerais,
- sem impurezas, principalmente Fe2O3 (causador de bolhas em contato com nitrogênio),
- sem muita liberdade de redox, pois isto facilita a troca de íons, pode formar bolhas e
instabilizar o intervalo de temperatura de queima utilizado.
Feldspato com grande intervalo de sinterização utilizado na manufatura de dentes devem ter alto
teor de potássio e baixo de soda.
3. Porcelana dentária
3.2 Composição de corpos dentários
Adições subsidiárias podem ser feitas para modificar propriedades
- Al2O3 calcinada diminuir o brilho superficial do vidro de feldspato
proporcionar resistência elevada
abaixo da Tqueima serve como agente opacificante
- Mulita fundida agente opacificante abaixo de 10%
apresenta maior pureza que a adição de caolim
Adições de agentes opacificantes para ajustar a aparência natural à prótese dentária
- SnO2, ZrO2, CeO2, TiO2 e ZrSiO4 agentes opacificantes abaixo de 5%
- O grau de opacidade é dependente do tamanho de grão dos óxidos adicionados.
- As partículas opacificantes são formadas na fase vítrea pela recristalização durante o
resfriamento.
Pode-se ainda adicionar fibras inorgânicas para aumentar as propriedades mecânicas
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS
3. Porcelana dentária
3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características
3.3.1 Porcelanas sinterizadas
Produção: aglutinação do pó da porcelana a um líquido ou água e esculpir em camadas
sobre um troquel refratário, lâmina de platina ou sobre o metal de uma
metalocerâmica e então,elevada a altas temperaturas.
Tipos:
1. PORCELANAS FELDSPÁTICAS: - constituem-se de 75% a 85% de feldspato, 12% a 22% de
quartzo e 3% a 4% de caolin
- empregadas na confecção de metalo-cerâmicas, facetas,
coroas puras e incrustações.
- usadas isoladamente para confeccionar peças ou em
associação com outros sistemas, onde a porcelana
feldspática recobre uma porcelana aluminizada (In Ceram)
ou um Vitrocerâmico (Dicor), que lhe confere maior
resistência à fratura, funcionando como uma subestrutura.
- utilizada como recobrimento, pois apresenta excelentes
características de translucidez e cor semelhante ao dente
natural
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS
3. Porcelana dentária
3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características
3.3.1 Porcelanas sinterizadas
2.. PORCELANAS FELDSPÁTICAS REFORÇADAS POR LEUCITA
- São mais resistentes que a porcelana feldspática convencional;
- Exemplo: OPTEC HSP que contém 40% do volume de cristais de leucita;
- Utiliza-se em porcelanas de corpo e incisal, pois a opacidade dada pelos cristais de
leucita não necessita do uso da porcelana opaca;
- São indicadas para facetas laminadas e coroas submetidas a baixas tensões;
3. Porcelana dentária
3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características
3.3.2 Porcelanas injetadas ou de vidro fundido
1. Sistemas DICOR e DICOR PLUS
- Cerâmicos vítreos reforçados por mica.
- Utiliza-se um processo de fundição centrífuga, o Vitrocerâmico conserva sua estrutura
amorfa e depois a restauração é envolta em um revestimento especial que produz o
crescimento de cristais, convertendo a fundição para o estado cristalino, o qual aumenta
a resistência (semelhante à técnica da cera perdida). Após, é realizada a pintura
extrínseca e o glazeamento com porcelanas vítreas fluidas.
- Características: resistência final semelhante à porcelana aluminizada.
mastigação pode remover a pintura extrínseca, alterando
as características estéticas
indicado para confecção de facetas, incrustações e coroas
ocas.
- DICOR PLUS: composto por uma infra-estrutura fundida ceraminizada e uma cobertura
feldspática colorida, para tentar diminuir a alta translucidez.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS
3. Porcelana dentária
3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características
3.3.2 Porcelanas injetadas ou de vidro fundido
2. Sistema CERAPEARL
- A fase cristalina principal é a hidroxiapatita
Problema: a hidroxiapatita é muito branca em relação aos dentes
naturais, então aplica-se glazes coloridos
- Em toda cerâmica vítrea fundida, o processo cerâmico não aumenta apenas a
resistência, mas também resulta em contração adicional, provocando porosidade e falta
de homogeneização.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS
3. Porcelana dentária
3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características
3.3.3 Porcelanas injetadas em alta pressão e calor
Neste tipo de processo visa-se diminuir as heterogeneidades e microporosidades e a contração
durante o processamento cerâmico
3. Porcelana dentária
3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características
3.3.3 Porcelanas injetadas em alta pressão e calor
2. Sistema OPTEC OPC
- O sistema OPTEC OPC (OPTEC cerâmica prensada) contém um aumento na quantidade
de cristais de leucita comparado ao OPTEC HSP.
3. Sistema CERESTONE
- O sistema CERESTONE consiste na combinação de óxido de alumínio com óxido de
magnésio.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS
3. Porcelana dentária
3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características
3.3.3 Porcelanas tipo CAD/CAM
1. Sistema CEREC, CEREC 2 e CELAY
- São sistemas computadorizados acoplados a aparelhos que realizam o desgaste de um
bloco cerâmico ou de vidro pré-prensado.
- CEREC: peças são obtidas a partir de impressão óptica do preparo na boca através de
micro-câmeras.
- CELAY: micro sensor leitor de superfície de padrões de resina confeccionam a peça
diretamente na boca ou sobre o modelo.
- Vantagem destes sistemas: confecção e restauração em sessão única,sem moldagem.
- Desvantagens: alto custo do equipamento, escultura e cor.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS
3. Porcelana dentária
3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características
3.3.3 Porcelanas tipo CAD/CAM
2. Sistema PROCERA ALL CERAM
- O sistema PROCERA produz um copping de alumina de alta pureza (99%)
proporcionando à restauração uma alta resistência.
- A peça protética é fabricada a partir de um desenho assistido por um computador e um
processo de usinagem
- A aplicação da cerâmica pode ser executada através do sistema convencional em
qualquer laboratório.
- Características: excelente estética, resistência e durabilidade.
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS
5. Hidroxiapatita
Utilizada como superfícies e/ou revestimentos bioativos (estimula a formação de novo osso).
Superfícies bioativas alteração cínética após a implantação
forma-se uma camada de hidroxicarbonato de apatita
que é química e estruturalmente equivalente à fase
mineral do osso
Biointegração união bioquímica entre a superfície do implante e o osso,
independente de qualquer mecanismo de união mecãnica
5. Hidroxiapatita
6. Alumina
Utilizada em cerâmicas dentais desde os anos 60 objetivo: maximizar a quantidade
de alumina
técnicas de laboratório
convencionais só conseguiam
aumentar o conteúdo de alumina
até um determinado nível.
Continuar a aumentar a quantidade de alumina desenvolvimento de novos
métodos de produção
Em 1994 utilizando-se tecnologia CAD/CAM desenvolveu-se um material com alumina
densamente sinterizada por completo, formado por mais de 99,5% de alumina
resistência do material é superior à de outros materiais hoje disponíveis no
mercado (resistência à flexão biaxial de 687 MPa)
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS
6. Alumina
Óxido de alumínio pré- Óxido de alumínio com
sinterizado produz uma infiltração de vidro
cerâmica com porosidade Um pó de vidro com tratamento
contínua (azul). Exemplo: térmico preenche os poros
In-Ceram® pré-estágio. (vermelho) do óxido de alumínio
pré-sinterizado (infiltração de
vidro), Exemplo: In-Ceram®.
7. Novos materiais
7.2 Vitrocerâmico prensado sobre metal
Vitrocerâmico é prensado sobre uma armação metálica à quente
Vantagens de dois materiais em um único produto:
- alta resistência;
- estética superior;
- retração zero no processo de produção;
- menos trabalho manual.
Aparência
próxima a
MEV de dente natural de uma
vitrocerâmico ponte de
vitrocerâmico
Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS
3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA
3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS
3.4.3 FUNÇÃO NUCLEAR