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25/03/2021

Laminação
Prof. Charles L. Israel

Processo siderúrgico
LINGOTAMENTO CONVENCIONAL

LINGOTAMENTO CONTÍNUO

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Obtenção de chapas a partir


do lingotamento contínuo
Linha de chapas a quente
Fornos

Veio de
lingotamento Forno de soleira rotativa Laminador quadro Laminador
contínuo Tesoura de desbaste Steckel

Linha de chapas a frio

Limpeza da bobina Laminador Sendzimir

Laminação de barras a partir


do lingotamento convencional

Lingotamento Forno Poço Laminador Escarfagem


Desbastador

Forno de soleira
rotativa Lam. Duo Lam. Trio
Retirada da
Carepa

Trem de Laminação

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Obtenção de chapas a partir


do lingotamento contínuo

Laminador Steckel
Chapas grossas

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Laminador Steckel
Chapas grossas Forno em caixa

Tipos de produtos

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processos de laminação

o Laminadores
o Laminação a quente
o Laminação a frio
o Laminação de barras e perfis
o Forças e relações geométricas na laminação
o Classificação dos Produtos Laminados

Composição dos
laminadores
Motor Redutor Transmissão Cilindros

Gaiola

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Composição dos
laminadores

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Cadeia de laminação
Os laminadores primários, chamados também de desbaste, tem a
função de transformar os lingotes em produtos intermediários ou semi
acabados, como blocos, placas e tarugos produtos finais e sempre feita
a quente. Já os laminadores de acabamento, são os que produzem o
produto acabado, como os perfilados em geral, trilhos, chapas e outros.
Esta etapa é normalmente iniciada a quente e em casos de perfis mais
simples como tiras e chapas, terminada a frio.

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Tipos de laminadores

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Tipos de laminadores
Laminador Duo

Dois cilindros de mesmo diâmetro girando em


sentidos opostos com retorno por cima (sempre
mesmo sentido de rotação.

Laminador Duo Reversível

O sentido de rotação é invertido a cada passe.

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Tipos de laminadores
Laminador Trio

Utiliza três cilindros laminadores. A peça avança


entre cilindros inferior e médio mas retorna entre
cilindros superior e médio. Não é necessário reverter
o sentido de giro dos cilindros.

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Tipos de laminadores
Laminador Quádruo

Utiliza quatro cilindros, dois de trabalho e dois de


apoio. Obtém espessura uniforme em toda a seção
transversal

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Tipos de laminadores
Laminador Universal

Utiliza uma combinação de cilindros horizontais e


verticais. Por exemplo, o tipo“Grey” para laminação
de perfilados duplo T. Cilindros verticais conformam
material, mas são rotacionados pelo próprio
movimento do material.

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Tipos de laminadores
Laminador Sendzimir

Utiliza cilindros de trabalho suportados por cilindros


de apoio cada um. Permite maiores reduções de
espessura por passe.

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Tipos de laminadores

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Tipos de laminadores

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Tipos de laminadores

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Tipos de laminadores

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Laminação de barras e
perfis
Na laminação de barras e perfis a seção transversal do material é
reduzida em duas direções. Entretanto, em cada passe o metal é
normalmente comprimido somente em uma direção. No passe
subseqüente ele é girado 900. Um método típico para reduzir um tarugo
quadrado numa barra é alternando-se passes através de ranhuras ovais
e quadradas.

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Laminação de barras e
perfis

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Laminação de barras e perfis

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Laminação de barras e perfis

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Laminação de barras e perfis

Tubos com diâmetro interno entre 10 e 114 mm


e espessura de parede entre 2 e 5 mm

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Laminação de barras e perfis

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DIMENSIONAMENTO DO PRODUTO E
DA FERRAMENTA DE TRABALHO

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DIMENSIONAMENTO DO PRODUTO E
DA FERRAMENTA DE TRABALHO

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DIMENSIONAMENTO DO PRODUTO E
DA FERRAMENTA DE TRABALHO

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FORÇA DE LAMINAÇÃO

DIETER
2 1 𝝁. 𝑹. ∆𝒉
𝑷= . 𝒌𝒇. . 𝑒 ! − 1 . 𝑏. 𝑹. ∆𝒉 𝑸=
3 𝑄 𝒉

OROWAN
𝑷 = 1,2. 𝒌𝒇. 𝑹. ∆𝒉 . 𝒃

EQUELUND
1,6. 𝝁. 𝑹. ∆𝒉 − 1,2. ∆𝒉
𝑷 = 𝒌𝒇. 𝑹. ∆𝒉 . 𝑸𝒆. 𝒃 𝑸𝒆 = 1 +
𝒉0 + 𝒉1

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FORÇA DE LAMINAÇÃO

Condições de mordida e arraste:

Δℎ'() = 𝝁*. 𝑅 𝝁 > tan 𝜶

Ex. Determine a força de laminação para uma tira de aço com 100mm de largura e
9mm de espessura inicial. A espessura final da tira deve ser 6,7mm. O coeficiente de
atrito entre rolo e tira é de 0,2 e o raio dos cilindros de 180mm. Para o material em
questão, o k " = 432φ#,%&MPa.
Obs. Comparar as 3 equações.

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DEFEITOS EM PRODUTOS LAMINADOS

1. Vazios: podem ter origem na fundição permanecendo após a


laminação;
2. Gotas frias: são respingos de metal que se solidificam na
parede da lingoteira e se aderem posteriormente ao material;
3. Trincas: Aparecem no próprio lingote ou durante as operações
de redução que acontecem em temperatura inadequada ou em
reduções excessivas;

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DEFEITOS EM PRODUTOS LAMINADOS

4. Dobras: são provenientes de reduções excessivas em que um


excesso de massa metálica ultrapassa os limites do canal e
sofre recalque no passe seguinte;

5. Inclusões: são partículas resultantes da combinação de


elementos presentes na composição química do lingote, ou do
desgaste de refratários e cuja presença pode causar
descontinuidades na superfície;

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DEFEITOS EM PRODUTOS LAMINADOS

6. Segregação: acontecem pela concentração de alguns


elementos nas partes mais quentes do lingote, as últimas a se
solidificarem. Elas acarretam heterogeneidades no material e
tendem a diminuir as propriedades mecânicas dos produtos
laminados;

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DEFEITOS EM PRODUTOS LAMINADOS

7. Dupla laminação: ocorre principalmente nos produtos laminados


(chapas) devido a falta de plasticidade do material decorrente
da temperatura de laminação muito baixa ou excesso de
segregação no material.

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DEFEITOS EM PRODUTOS LAMINADOS

8. Outros: o produto pode empenar ou retorcer por conta da


não uniformidade de deformação ao longo do cilindro;

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Laminação a quente

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Exercícios
1.Porque a laminação é o processo mais usado para
fabricar placas e tarugos, mesmo possuindo um custo
bastante alto para sua instalação?
2.Diferencie o laminador quádruo do Sendzimer.
3.Diferencie trem contínuo de laminação de lingotamento
contínuo.
4.Cite duas vantagens da laminação à frio sobre a laminação à
quente.
5.Porque o planejamento dos passes de perfis estruturais
é complexo e requer experiência?
6.O que é processamento termomecânico?

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israel@upf.br
Atrito

Trabalho a quente
𝜇 = 0,8 1,05 − 0,0005. 𝑇 (temperatura em kelvin)

Trabalho a frio

Material a laminar Sem lubrificação Base de petróleo Óleo mineral


Aço 0,2 – 0,3 0,15 – 0,17 0,1-0,13
Cu 0,2 – 0,25 0,13 – 0,25 0,1-0,13
Al 0,2 – 0,3 0,1 – 0,15 0,08 – 0,09
Bronze 0,12 – 0,15 0,06 0,05
Zn 0,25 - 0,3 0,12 0,03

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Momento ou torque na
Laminação
A carga total de laminação é
distribuída pelo arco de contato
numa curva de distribuição de
pressão, o qual apresenta um
máximo típico (ponto neutro).

Esse máximo típico é


exatamente o ponto neutro.
Assim o torque mínimo
necessário para o motor girar
deve ser a força multiplicada () *.∆,
M= (
pela distância do centro do
cilindro até a máxima carga.
!.#
Pot= $%&,(

Pot – cv
M – kgf*m
n - RPM

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israel@upf.br
Cálculo do Alargamento na
laminação
Quando uma barra é
laminada, tende a
movimentar-se nas
direções de menor
resistência, esperando-se
assim que além do fluxo
longitudinal, haja fluxo
lateral (alargamento)

∆𝑏 = 𝑏! − 𝑏"

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israel@upf.br
Condições de alargamento

Quanto maior o arco de contato:


Aumenta a força de atrito na longitudinal impedindo a deformação e aumentando o
alargamento. Assim o alargamento aumenta com o atrito e com o diâmetro dos rolos;
Largura da barra:
Quanto maior a largura da barra, maior o atrito que se opõe ao alargamento 𝒃 𝟎 > 𝟔. 𝒉 𝟎
(não existe alargamento significativo);

Redução da altura:
Quanto maior a redução por passe (↑ 𝐿 + ) maior o alargamento.

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israel@upf.br
Equação de Alargamento

Segundo TAFEL e SEDLACZEK:

0,435. 𝑏!. 𝑏!. 𝑅. ∆ℎ


∆𝑏 =
𝑏0" + (ℎ!. ℎ#)

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israel@upf.br

Exercício.

Uma tira de aço de espessura 1,2mm e largura


6,1mm é laminada a frio para passe de acabamento
em cilindros que giram a 60 rpm. Sabe-se que para o
caso, as especificações de resistência final do
produto e de encruamento (por ser SAE 1010)
implicam em uma deformação verdadeira de 0,3. O
coeficiente de atrito entre chapa/cilindro é de 0,1. Em
função da disponibilidade de peças, a empresa
utiliza cilindros de raio 45% maior que o necessário.
uvq
Considerando 𝑘q = 78𝜑 r,st , determine a potência
ww ,
máxima de laminação.

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Obrigado!

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