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Aspectos geográficos dos países desenvolvidos ligados aos problemas dos recursos
naturais e de muitos outros tópicos da vida internacional.
Fazer uma analise critica do tema em epígrafe, deve-se ter em consideração não apenas
os desafios enfrentados pelos países desenvolvidos em relação aos recursos naturais e à
vida internacional, mas também as oportunidades para cooperação, inovação e
desenvolvimento sustentável. Isso requer uma abordagem holística que leve em
consideração factores económicos, políticos, sociais e ambientais.
De acordo com Souza (1998), os paises desenvolvidos geralmente tem uma variedade
de características geográficas que influenciam seus recursos naturais e questões
internacionais.
Claude Raffestin (1993) destaca a importância dos recursos naturais para um país
pleitear a condição de potência. Para ele, a oferta de recursos é uma das variáveis
centrais, dado que possibilita ao país prover sua matriz material armamentista. Mas é
preciso ainda dispor de tecnologia capaz de produzir os equipamentos de acção militar.
Tudo isso deve estar no território do país, atributo central para exercer soberania com
hegemonia.
Referência bibliográfica
No Norte da África, essa região é amplamente dominada pelo vasto deserto do Saara,
um dos desertos mais extensos do mundo, que se estende por uma grande parte da
região. Este deserto é pontuado por oásis e dunas de areia imponentes. Além disso, o
Norte da África também é marcado por porções montanhosas, como as imponentes
Montanhas Atlas no Marrocos. Estas montanhas não só oferecem uma paisagem
espectacular, mas também influenciam significativamente o clima e a ecologia da
região, fornecendo fontes de água e abrigo para a flora e fauna locais (Diamond, 1997).
Na África Central, encontramos uma paisagem dominada por densas florestas tropicais
que cobrem vastas extensões da região. Esta área é o lar de uma das maiores bacias
hidrográficas do mundo, o rio Congo, que desempenha um papel vital na regulação do
clima local e na sustentação de inúmeras espécies de plantas e animais. As florestas
tropicais aqui também desempenham um papel crucial na manutenção do equilíbrio
ecológico global, capturando carbono e fornecendo importantes serviços ecos sistémicos
(Diamond, 1997).
A África Oriental é conhecida por sua geologia fascinante, que inclui a Grande Fenda,
uma extensa falha geológica visível do espaço. Esta característica única é um marco
significativo na geografia do continente e oferece oportunidades para estudos científicos
e turismo. Além disso, a região inclui o planalto da Etiópia, uma área montanhosa com
altitudes elevadas que influenciam o clima e a ecologia da região. O Vale do Rift, outra
característica proeminente, é uma área de intensa actividade vulcânica e tectónica,
criando paisagens dramáticas e habitats únicos para a vida selvagem (Coomes & Roos,
2016).
Na África Austral, encontramos uma variedade de paisagens, desde vastos desertos até
savanas e planaltos. O deserto do Kalahari domina grande parte da região, enquanto as
vastas savanas oferecem habitat para uma rica diversidade de vida selvagem, incluindo
grandes manadas de animais migratórios. Além disso, características geográficas
notáveis, como o delta do rio Okavango e as majestosas Cataratas Vitória, são destaques
da paisagem da África Austral, atraindo turistas de todo o mundo para testemunhar sua
beleza natural e diversidade biológica (Diamond, 1997).
Na África Central, apesar de possuir ricos recursos naturais, como petróleo, gás e
minerais, a região é frequentemente marcada por conflitos armados e instabilidade
política. Esses conflitos, muitas vezes relacionados à competição pelo controle de
recursos naturais e questões étnicas, podem ter um impacto devastador na economia
local, afetando negativamente o investimento estrangeiro, a infra-estrutura e o
desenvolvimento humano. A instabilidade política também pode levar à corrupção e ao
mau gerenciamento dos recursos naturais, impedindo o crescimento económico
sustentável (Mkandawire, 2009).
A África Oriental tem uma economia diversificada, com agricultura, turismo e comércio
desempenhando papéis importantes. A agricultura é uma fonte crucial de subsistência
para muitas comunidades, com culturas como café, chá e flores sendo exportadas para
mercados globais. O turismo é uma indústria em crescimento em países como o Quénia
e a Tanzânia, atraindo visitantes para explorar parques nacionais, reservas de vida
selvagem e praias paradisíacas. No entanto, a região também enfrenta desafios
significativos relacionados à pobreza, desigualdade e conflitos étnicos, que podem
minar o potencial económico e a estabilidade social (Moyo, 2009).
O acesso limitado a serviços básicos como saúde e educação é outro desafio comum
enfrentado por muitas pessoas na África. A falta de infra-estrutura adequada,
profissionais qualificados e recursos financeiros torna difícil para muitas comunidades
acessar cuidados de saúde adequados e educação de qualidade, o que pode resultar em
taxas elevadas de doenças evitáveis, mortalidade infantil e analfabetismo.
Em suma, os desafios comuns enfrentados por muitas regiões da África são urgentes e
multifacetados, exigindo uma abordagem holística e colaborativa para promover o
desenvolvimento sustentável, a justiça social e a resiliência comunitária em todo o
continente. Essa abordagem deve incluir medidas para combater a pobreza, promover a
igualdade de oportunidades, fortalecer as instituições governamentais, prevenir e
resolver conflitos e mitigar os impactos das mudanças climáticas.
Referências bibiograficas
Collier, P. (2008). The Bottom Billion: Why the Poorest Countries Are Failing and
What Can Be Done About It. Oxford University Press.
Coomes, O. T., & Roos, C. I. (2016). Conservation in a fragmented landscape: The role
of forest patches in supporting the persistence of Amazonian bird species. Biological
Conservation, 197, 50-59.
Diamond, J. (1997). Guns, germs, and steel: The fates of human societies. W. W.
Norton & Company.
Mkandawire, T. (2009). Learning from the South: Development challenges for the
North. Anthem Press.
Moyo, D. (2009). Dead Aid: Why Aid Is Not Working and How There Is a Better Way
for Africa. Farrar, Straus and Giroux.
Fórum 3
A Origem da SADC
Referências
Chipeta, C., & Van den Broeck, K. (2019). The Socioeconomic Characteristics of the
Southern African Development Community. In Southern Africa Toward 2030 (pp. 5-27).
Springer, Cham.
Kaplinsky, R. (2005). Globalization, Poverty and Inequality: Between a Rock and a
Hard Place. Cambridge University Press.