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1 Introdução ................................................................................................................................ 2
1.1 Objectivos......................................................................................................................... 2
2.2 A dignidade da pessoa humana baseada na declaração universal dos direitos humanos . 6
3 Conclusão .............................................................................................................................. 11
4 Bibliografia ............................................................................................................................ 12
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1 Introdução
Nos últimos anos, é notório o rápido e crescente interesse no estudo sobre a dignidade humana
pois, a dignidade da pessoa humana é um tema profundo que toca o homem na sua essência,
envolve tanto a nossa reflexão cognitiva como também nos leva a encontrar maneiras de vivermos
e pormos em prática os frutos desta reflexão.
1.1 Objectivos
1.1.1 Objectivo Geral
❖ Compreender a pessoa humana na luz da fé cristã através da sua dignidade a partir da
encarnação do verbo.
1.1.3 Metodologia
Para tanto, este trabalho foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica que segundo Santos
(2013) abrange "o conjunto de materiais escritos/gravados, mecânica ou electronicamente, que
contêm informações já elaboradas e publicadas por outros autores.
Nesse sentido, a metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho envolverá também uma
abordagem teórico-reflexiva, a partir da pesquisa bibliográfica.
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Na visão do autor, na história humana, “Jesus é o único homem, o único verdadeiro, que foi
sempre verdadeiro com a sua humanidade, Jesus foi desde a sua encarnação do princípio ao fim
de sua vida totalmente homem e verdadeiro com a sua humanidade”. Brighenti (2005), reafirma
que Jesus é o único de entre todos, Ele é o único por todos, ele não é o solitário, mas o solidário.
Deste modo, pode se afirmar que Jesus Cristo é protótipo do Homem justamente no momento em
que é tentado. Jesus permanece homem, permanece filho na sua relação com Deus e nos mostra
que, ser homem é ocupar o seu lugar na criação sem jamais se cansar de ser filho e de se relacionar
correctamente de modo a compor com o universo e com os outros.
Para este autor, A dignidade humana é um tema que em Moltmann assume um papel muito
importante, a sua história leva-o a pensar, reflectir sobre quem é homem, nesta caminhada que faz
encontra a História de um povo que caminha com Deus, de Deus que caminha na história do
homem. Este é um ponto importante, pois para Moltmann a teologia é fruto da experiência, que
ela seja individual ou colectiva, de Deus.
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A teologia surge como a reflexão sobre a presença de Deus na história do homem, pensar no
homem é também pensar em Deus, e vice-versa. O homem é digno porque foi criado à imagem de
Deus. (ROCHA, 2012)
O autor em locução acredita que Primeiro, é desenvolvido a temática da pessoa humana e da sua
dignidade, alicerceando-a na fé cristã, demonstra que a dignidade humana encontra a sua raiz, no
relato do Génesis, o homem criado à imagem de Deus”. A dignidade do homem está ligada aos
direitos, estes não são apenas individuais, mas também sociais.
Ao passo que para Rabenhorst (2008) citado em Rocha (2012), originado do latim dignitas, o termo
“dignidade designa tudo aquilo que merece respeito, consideração ou estima, representando uma
categoria moral da condição humana, sendo, portanto, um conceito, historicamente, construído a
partir de uma consciência humanista da dignidade humana que foi sedimentada desde os filósofos
da Antiguidade”.
O autor afirma que a ideia de dignidade era uma qualidade intrínseca ao homem para os filósofos
estoicistas na medida em que permitia sua “distinção perante os demais seres vivos” onde essa
visão de dignidade da pessoa humana era avaliada de acordo com a posição do indivíduo na
sociedade, dependendo também da forma como ela o reconhecia.
De tal modo que Brighenti (2005) elucida que a Dignidade da pessoa Humana é:
“A dignidade do homem está ligada aos seus direitos, por isso a dignidade possui três dimensões:
a pessoal, a social e a jurídica. A dimensão jurídica está ligada ao papel que o estado tem em
defender os direitos do homem”.
No mesmo contexto o autor elucida que o Moltmann, demonstrou que “a dignidade alcança o seu
horizonte máximo dentro do cristianismo.” O modo simples como o homem moderno define a sua
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liberdade, de tudo e de todos, inclusivamente de Deus, não lhe facilitou em nada, porque ao perder
a noção de relação perdeu-se o sentido da liberdade para o agir.
Tanto que, o convite da luta pela dignidade da pessoa humana, feita pela fé cristã, parte da relação,
primeiro da relação de Deus com o homem, e consequentemente da relação entre os homens, por
este motivo a liberdade não é tido como a liberdade de, mas como liberdade para. (Idem)
De acordo com as precisas conclusões de Souto (2019), baseado com as ideias de (Sarlet, 2009).
Conceitualmente, a dignidade da pessoa humana é uma qualidade intrínseca e distintiva de cada
ser humano que implica respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando,
neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto
contra todo e qualquer acto de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as
condições existentes mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua
participação activa e co-responsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão
com os demais seres humanos (p.2)
A dignidade humana, observa Bobbio (2002, p. 54) referenciado por Souto (2019. p.10):
Por sua vez, Rocha (2012) pontua que na obra de Marco Túlio Cícero, filósofo romano fortemente
influenciado pela Escola Estoicista, considerado como precursor da dignidade humana actual, o
termo “dignitas”, apesar de denotar o status elevado de alguns indivíduos, já apontava para o
sentido de honra.
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Para Souto Maior (2011), a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, obteve
grande expressão devido às repercussões da Revolução Francesa, tanto que a Constituição
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A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 objetiva delinear uma ordem política
mundial que é baseada no respeito à dignidade humana, sendo assim consagra valores básicos
universais onde Souto (2019) atrelacado a Declaração dos direitos Humanos reafirma que;
“A dignidade é inerente a toda pessoa humana, titular de direitos iguais e inalienáveis; introduz a
indivisibilidade desses direitos; conjuga aos direitos civis e políticos, direitos económicos, sociais
e culturais; e une o valor da liberdade com o valor da igualdade” (p.7).
Assim, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, segundo Souto (2019), se impõe como um
código de conduta para os Estados integrantes da comunidade internacional e consolida um
parâmetro internacional para a protecção desses direitos, que têm sido incorporados em
Constituições nacionais, servindo de fonte para decisões judiciais nacionais e servindo de
parâmetro para o cumprimento do princípio da dignidade da pessoa humana no Estado
Democrático de Direito.
Na visão do autor a palavra “encarnação” (do latim incarnatio, em grego en-sarkôsis) se torna o
conceito mais usado na teologia ocidental, enquanto “en-hominização” (em grego
“enanthropêsis”) a expressão mais frequente na teologia oriental. Nos primórdios da teologia
“encarnação” é termo utilizado por Santo Inácio de Antioquia e, principalmente, por Santo Ireneu
em referência ao Prólogo de São João (Jo 1, 14): “O Verbo se fez carne e habitou entre nós”. O
significado do termo, porém, não se limita. apenas ao momento histórico em que o Verbo desce
ao seio da Virgem Maria, mas deve ser compreendido em modo mais amplo compreendendo um
sentido histórico, ontológico e soteriológico.
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O mistério da encarnação é revelação do plano salvífico de Deus a favor do homem. Este projecto
divino se origina no seio da Trindade, manifesta-se no envio do Filho e tem sua finalidade na
divinização do homem pelo Espírito Santo.
Segundo o Catecismo da Igreja Católica recitado na formação da pessoa Humana de Praxedes &
Nolito (2014. p. 8), o Verbo de Deus se fez homem para nos salvar, reconciliando-nos com Deus
e para que conhecêssemos seu amor. E ainda, para ser nosso modelo de santidade, Ele que é o
caminho, a verdade e a vida pelo que temos acesso ao Pai a norma da Nova Lei e o modelo das
Bem-aventuranças. O fim último da encarnação, segundo Santo Irineu, é nos tornar participantes
da natureza divina. Pois esta é a razão pela qual o Verbo se fez homem, e o Filho de Deus, Filho
do homem: é para que o homem, entrando em comunhão com o Verbo e recebendo, assim, a
filiação divina, se torne Deus.
De acordo com Bavaresco, Marcos & Fernandes (2018), A doutrina cristã nos ensina que toda a
vida de Cristo é revelação do Pai; mistério de redenção e de recapitulação. Na visão destes, “Tudo
o que Jesus fez, disse e sofreu tinha por meta estabelecer o homem caído em sua vocação primeira”.
Em Cristo toda a história humana e mesmo toda a criação encontram sua recapitulação a sua
consumação transcendente.
De tal modo que para Santo Irineu citado por Bavaresco, Marcos & Fernandes (2018), aponta a
recapitulação como acção salvífica de Cristo, iniciada na Encarnação, pela qual regenerou o
homem em sua santidade original. A recapitulação foi operada durante todo o curso da vida terrena
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de Jesus, na qual santificou todas as etapas da vida humana a fim de nos restabelecer na comunhão
com Deus, segundo a finalidade da encarnação:
Do mesmo modo Brighenti (2005) suscinta que no cristianismo, à luz do mistério da Encarnação
do Verbo, Jesus de Nazaré é “verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus”: o plenamente
humano é divino e o divino é o autenticamente humano. Na aurora da modernidade, com a irrupção
do humanismo, que em grande medida se erigiu contra a Igreja, místicos medievais, entretanto,
colocaram em evidência a congruência entre o humano e o divino: enquanto São João da Cruz
diviniza o humano, Santa Tereza de Ávila humaniza o divino. (p. 32)
Podemos afirmar que há uma comunhão real entre os mistérios de Jesus e a vida de cada pessoa
humana. Desde a sua encarnação tudo o que Jesus Cristo viveu está destinado a enriquecer a cada
homem e constitui o bem de cada um ou seja, tudo o que Cristo viveu foi para que pudéssemos
viver nele e para que ele o vivesse em nós. Por sua Encarnação o Filho de Deus, de certo modo, se
uniu a cada homem” Nós somos chamados a ser uma só coisa com ele, partilhamos (comungamos)
como membros de seu corpo de tudo o que Ele viveu em sua carne.
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Para o autor, a consciência é uma faculdade moral. A consciência é elemento que “manifesta aos
homens as suas obrigações morais e os impele a cumpri-las” a pessoa humana é receptora de
normas que deve executar na intimidade da sua consciência onde descobre uma lei que lhe é
imposta. É importante sublinhar a individualidade da pessoa humana na descoberta e execução da
tal lei o que concorre para a explicação da responsabilidade pessoal do sujeito ao cometer qualquer
acto humano. Quando a consciência se encontra de acordo com a norma moral objectiva chama-
se consciência certa; no caso contrário chama-se consciência errónea. A formação errada da
consciência designa-se ignorância invencível e o mal cometido por causa da ignorância invencível,
é um mal, embora não possa ser imputado á pessoa que o comete. A consciência é certa quando é
capaz de formular um juízo moral sem medo de se enganar. Quando, porém, existe alguma
possibilidade de se enganar no juízo que se emite, então está-se perante uma situação de
consciência duvidosa. (p.78)
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3 Conclusão
Conclui se que a pessoa humana é uma criatura de Deus, justificada por Jesus Cristo e prometida
à divinização. É evidente que os princípios permanentes da doutrina social da Igreja constituem os
verdadeiros pilares do ensinamento social católico. Eles radicam no princípio da dignidade da
pessoa humana e podem ser desenvolvidos em temas referentes à vida em sociedade. Porem,
percebemos que a dignidade humana é um princípio que possui características de
irrenunciabilidade e intransmissibilidade. conforme consta dos estudos de Souto (2019), também
observamos que a Dignidade Humana é calcada nos princípios de todos os direitos fundamentais
(civis, políticos ou sociais), em que cada indivíduo possui sua liberdade e, especificamente, o
princípio da dignidade estabelece não só os direitos individuais, mas também os de natureza
económica, social e cultural.
Neste sentido, concluímos que na perspectiva cristã o homem possui uma dignidade que não foi
conquistada, mas tem origem em Deus, é desta dignidade pessoal que nasce uma dignidade
colectiva onde homem, que ao reconhecer a sua dignidade luta pela dignidade de todos que estão
à sua volta. Mas, é preciso ter esperança, não só porque Deus está ao nosso lado, mas também
porque age em nós.
Portanto, de acordo com as teorias elucidadas no presente trabalho percebemos e concluímos que
a consciência é o núcleo mais secreto e o santuário da pessoa. Ela não é uma função, mas é a
estrutura do ser humano e pode ser identificada como a essência do ser humano.
Contudo, acredita-se que a perspectiva cristã tem um contributo valiosa estima a dar pois, o cristão
vê em Deus a fonte da sua dignidade, é chamado a respeitar a sua dignidade e consequentemente
a cuidar da dignidade do seu próximo. Desta feita, é através da perspectiva cristã que entendemos
e concluímos que a dignidade do homem de uma forma dinâmica. onde o desejo pelo poder leva
o homem a por em causa a sua dignidade, e a dos outros, por isso, só com as virtudes teologais o
homem reencontra o seu caminho.
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4 Bibliografia
Agenir Bavaresco, L. M. (2018). Antropologia teologica Eclesiologia. TEOLOGIA DA PUCRS.
Retrieved 2023, from http://www.editorafi.org
ROCHA, N. A. (2012, Abril). A Dignidade da pessoa Humana. Exposicao critica sobre um texto
de Jurgen Moltmann. Retrieved Agosto 28, 2023