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0. Introdução …………………………………………………………………4
1. Conceito de pessoa…………………………………….…………………..5
3. Consciência moral…………………………………………………………..11
4. Resumo………………………………………………………………………14
5.Referências Bibliográficas………………………………………..…………..15
0.Introdução
Este trabalho debruça em torno de pessoa humana, que é considerado como ser
consciente e social nas suas acções. Desde os tempos antigos que esta foi a preocupação
da definição para adequada do conceito pessoa que começaremos por perceber o trabalho
de William Norris Clarke sobre a integração entre a tradição metafísica e tradição
fenomenológica contemporânea sob o conceito de Tomas de Aquino. Torres faz um
desenvolvimento sobre a pessoa jurídica. René Descartes defende que pessoa psicológica
não é definida pela autonomia do ser, mas sim em relação à autoconsciência do
individuo. Kant destaca o carácter racional do ser humano que o diferencia de todas as
outras coisas (incluindo os animais não-humanos), por disporem de desejos e objectivos
autoconscientes. Em outras palavras, os seres humanos são agentes racionais, ou seja,
agentes livres capazes de tomar suas próprias decisões, estabelecer seus próprios
objectivos e guiar suas condutas por meio da razão (CRUZ, 2014). Assevera Xavier
(2009) que o filósofo cristão Santo Tomás de Aquino (1225-1274), ressaltou, sobretudo,
a singularidade da pessoa humana, distinguindo-a de todos os demais seres pela sua
completude, incomunicabilidade, especialidade e racionalidade.
1.Pessoa
Para Torres, Pessoa Jurídica é uma entidade (empresa, sociedade, organização etc)
formada por uma ou mais Pessoas Físicas, com propósitos e finalidades específicos, e
direitos e deveres próprios e característicos.
Cada indivíduo, ao nascer, segundo Strey (2002, p. 59), “encontra-se num sistema social
criado através de gerações já existentes e que é assimilado por meio de inter-reacções
sociais”. O homem, desde seus primórdios, é considerado um ser de relações sociais, que
incorpora normas, valores vigentes na família, em seus pares, na sociedade. Assim, a
formação da personalidade do ser humano é decorrente, segundo Savoia (1989, p. 54),
“de um processo de socialização, no qual intervêm factores inatos e adquiridos”.
Entende-se, por factores inatos, aquilo que herdamos geneticamente dos nossos
familiares, e os factores adquiridos provém da natureza social e cultural. O homem é um
animal que depende de interacção para receber afecto, cuidados e até mesmo para se
manter vivo. Somos animais sociais, pois o fato de ouvir, tocar, sentir, ver o outro fazem
parte da nossa natureza social. O ser humano precisa se relacionar com os outros por
diversos motivos: por necessidade de se comunicar, de aprender, de ensinar, de dizer que
ama o seu próximo, de exigir melhores condições de vida, bem como de melhorar o seu
ambiente externo, de expressar seus desejos e vontades.
No começo, Immanuel Kant afirma que a antiga filosofia grega dividia a ciência em três:
a lógica, a ética e a física. Para ele, a divisão está correta, mas era preciso apresentar seus
princípios. A intenção de Kant é a fixação do princípio supremo da ética. Além disso, o
objectivo de Kant não é somente especulativo, mas também prático. Ele entende que é
preciso expor o critério para que cada um possa analisar o valor de suas acções. Para
fazer isso, Kant separa a parte empírica das considerações éticas e se volta para a
racionalidade. Ou seja, ele não analisa o que as pessoas estão fazendo, a experiência. Seu
interesse é buscar o fundamento racional e universal da moralidade. É por isso que
fundamentação é metafísica, pois esta palavra na filosofia de Kant se refere ao
conhecimento racional. Para Kant, a moralidade é a submissão da vontade humana a um
dever. E o dever é a necessidade de cumprir uma acção em respeito à lei moral. Kant
define o dever de duas formas: dever por dever e o dever conforme o dever. Somente o
primeiro tem valor moral, pois ele é livre de qualquer interesse, excepto o de cumprir a
lei moral. Já o dever conforme o dever é algo feito visando um retorno. Por exemplo,
defender a própria vida é agir conforme o dever, mas mantê-la mesmo diante de
sofrimentos é um dever pelo dever.
A palavra ética vem do grego, ethos, que significa costume. Kant entende que o ponto
principal da Ética está na boa vontade humana. Para ele, as coisas não são boas ou más
em si mesmas, só a nossa vontade pode ser realmente boa ou má. A boa vontade é
dirigida pela razão e não pelos sentimentos. Além disso, ela é boa por dever e não
conforme o dever. A moralidade, portanto, é fruto de uma boa intenção. O critério da
moralidade de uma acção está no princípio da acção Uma acção só pode ser vista como
ética pelos princípios que orientam a pessoa que a realiza. Ou seja, ela não está no
conteúdo da acção (o que é feito), nem nos efeitos (finalidade), mas pela obediência à lei
moral. Ou seja, uma grande máxima que define Kant seria a boa e velha “o que vale é a
intensão”.
Como o critério para saber se uma acção é moral ou não está na boa vontade, não
podemos saber se as acções que vemos por aí são realizadas por este critério. Deste
modo, a experiência não pode ser o factor principal para basear a ética. Por isso, a lei
moral só pode se basear na razão. Para definir a lei moral, Kant utiliza a definição do
imperativo categórico, que é a forma como ela aparece para nós. Imperativo categórico é
uma obrigação moral incondicional não subordinada a qualquer fim exterior que tem
valor em si e se impõe de maneira absoluta. O imperativo categórico vale em todas as
circunstâncias e independente das consequências.
2. A Pessoa em suas relações
Segundo Soren Kierkegaard (1813 – 1855) citado por ROSA, o elaborador do manual
Introdução a Filosofia da UCM, é um dos filósofos que procurou analisar os problemas
da relação existencial do homem com o mundo, consigo mesmo e com Deus.
A relação do homem com o mundo - outros seres humanos e na natureza - são dominadas
pela angústia. A angústia é entendida como o sentimento profundo que temos ao perceber
a instabilidade de viver num mundo de acontecimentos possíveis, sem garantia de que
nossas expectativas sejam realizadas. “No possível, tudo é, possível”, escreve
Kierkegaard. Assim, vivemos num mundo onde tanto é possível a dor como o prazer, o
bem como o mal, o amor como o ódio, o favorável como o desfavorável.
2.2 A relação do homem consigo mesmo é marcada pela inquietação e pelo desespero.
Isso acontece por duas razões: ou porque o homem nunca está plenamente satisfeito com
as possibilidades que realizou, ou porque não conseguiu realizar o que pretendia,
esgotando os limites do possível e fracassando diante de suas expectativas.
2.3 A relação do homem com Deus seria talvez a única via para a superação da angústia
e do desespero. Contudo, é marcado pelo paradoxo de ter de compreender pela fé o que é
incompreensível pela razão.
O trabalho é toda actividade no qual o ser humano utiliza sua energia física e psíquica
para satisfazer suas necessidades ou para atingir um determinado fim.
Em seu aspecto social, isto é, como esforço conjunto dos membros de uma comunidade,
o trabalho teria como objectivos últimos a manutenção da vida e o desenvolvimento da
sociedade. Assim dentro da visão positiva, o trabalho poderia promover a realização do
indivíduo, a edificação da cultura e a solidariedade entre os homens.
3. Consciência moral
Para já falaremos de graus de consciência, onde daremos menção a três graus, a saber:
Consciência passiva: aquela na qual temos uma vaga e uma confusa percepção
de nós mesmos e do que se passa à nossa volta, como no devaneio, no momento
que precede o sono ou o despertar, na anestesia, e sobretudo, quando somos muito
criança ou muito idosos.
Consciência vivida, mas não reflexiva: é nossa consciência afectiva, que tem a
peculiaridade de ser egocêntrica, isto é, de perceber os outros e as coisas apenas a
partir de nossos sentimentos com relação à elas, como por exemplo, a criança que
bate numa mesa ao tropeçar nela, julgando que a “mesa faz de propósito para
machucá-lo”. Nesse grau de consciência não conseguimos superar o eu e o outro,
o eu e as coisas. É típico por exemplo, das pessoas apaixonadas, para as quais o
mundo existe a partir de seus sentimentos de amor, ódio, cólera, alegria, tristeza,
etc.
Consciência activa e reflexiva é aquela que reconhece a diferença entre interior e
o exterior, entre si e os outros, entre si e as coisas. Esse grau de consciência é o
que permite a existência da consciência em suas quatro modalidades, que são: o
eu, a pessoa, o cidadão e o sujeito.
É a ciência que tem por objecto o fim da vida humana e os meios para alcançá-los.
Historicamente, a palavra ética foi aplicada à moral sob todas as suas formas, quer como
ciência do comportamento efectivo dos homens, quer como arte de guiar o
comportamento. Propriamente a ética deveria ocupar-se do bem como valor primário e
ser assumido pela liberdade como guia das próprias escolhas.
A palavra moral vem do latim, mores, que significa hábitos. Ética e moral, possuem com
efeito, acepções muito próximas uma da outra; se o termo ética é de origem grega, e a
moral, de origem latina, ambos remetem a conteúdos vizinhos, à ideia de costumes, de
hábitos, de modos de agir determinados pelo uso.
Portanto, a grande distinção entre ética e moral está no facto de que a primeira é mais
teórica, pretende-se mais voltada à uma reflexão sobre os fundamentos que esta última. A
ética se esforça por desconstruir as regras de conduta que forma a moral, os juízos do
bem e do mal que se reúnem no seio desta última.
A ética designa uma “metamoral”, uma doutrina que se situa além da moral, uma teoria
raciocinada sobre o bem e o mal, os valores e os juízos morais.
Em suma, a ética desconstrói as regras de conduta, desfaz suas estruturas e desmonta sua
edificação, para se esforçar em descer até os fundamentos ocultos da obrigação.
Diversamente da moral, ela se pretende pois desconstrutora e fundadora, enunciadora dos
princípios ou de fundamentos últimos.
Indiferença
Aqui o individuo toma uma posição de ausente em relação ao alheio. Ele” significa uma
ausência em relação a mim, isto é, o Ele é como se não existisse.
Ódio
Deste trabalho constam esclarecimentos sobre a pessoa nas suas diferentes facetas. Na
linguagem do dia-a-dia, a palavra pessoa refere-se a um ser racional e consciente de si
mesmo, com identidade própria. Pois estão neste trabalho apresentadas as circunstâncias
filosóficas em que nasceu e se desenvolveu o conceito de pessoa humana, perpassando a
história ocidental: desde os gregos, romanos, patrística, escolástica, modernos até os
contemporâneos, para poder introduzir o conceito de pessoa abordado por W. Norris
Clarke. São várias as teorias que definem pessoa e suas relações com o universo.
Referências Bibliográficas:
- Kant, I. (1781), Crítica da Razão Pura, trad. Alexandre F. Morujão e Manuela Pinto
- Kant, I. (1787), A Metafísica dos Costumes, trad. José Lamego, Fundação Calouste
-OCÁRIZ, F.; MATEO SECO, L.; RIESTRA, J. The Mystery of Jesus Christ. 3ed. Four
Courts Press. Inglaterra, 2011.