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Contabilidade de

Transportes, Construção
Civil, Rural e Terceiro Setor

Unidade 2:
Obrigações da atividade rural

Objetivos
• Identificar as obrigações acessórias e tributárias da atividade rural;

• Elaborar as demonstrações contábeis da atividade rural;

• Estudar o fluxo contábil da atividade rural.


Unidade 2

Na Unidade 1, conhecemos as particularidades da atividade rural. Essa


atividade difere-se da atividade industrial, principalmente no setor operacional,
pois, enquanto o setor operacional na atividade industrial geralmente possui
uma produção média mensal, a atividade rural calcula sua produção por sa-
fra. No entanto, a contabilidade em ambas as atividades deve caminhar para-
lelamente para dar suporte ao processo de tomada de decisão. Nesse sentido,
vamos estudar, agora, o reconhecimento e a mensuração da receita, os custos
e as despesas, além das demonstrações contábeis na atividade rural. Também
vamos nos aprofundar nas obrigações tributárias principais e acessórias a que a
atividade rural está sujeita.

Reconhecimento e mensuração
da receita da atividade agrícola
Na Unidade 1, estudamos a respeito das culturas temporária e permanente.
Agora, chegou a hora de nos aprofundarmos em relação ao reconhecimento e a
mensuração do Ativo Biológico. Antes disso, precisamos conhecer algumas defi-
nições relacionadas à área agrícola estabelecidas pelo CPC 29.

1) Definições importantes para


reconhecimento da receita
Uma definição importante é referente à planta portadora. De acordo com
o item 5 do CPC 29, a planta portadora é uma planta que:

“(a) é utilizada na produção ou no fornecimento de produtos agrícolas;


(b) é cultivada para produzir frutos por mais de um período; e
(c) tem uma probabilidade remota de ser vendida como produto agrí-
cola, exceto para eventual venda como sucata”.

Se compararmos a atividade agrícola à uma indústria, podemos equiparar


as plantas portadoras às máquinas que fabricam os produtos. Nesse sentido, o
CPC 29 não é aplicável às plantas portadoras, pois estas são contabilizadas como
Imobilizado, de modo que são abrangidas pelo CPC 27 (NBC TG 27 – Ativo Imo-
bilizado). No entanto, os “produtos agrícolas” provenientes das plantas portadoras
são abrangidos pelo CPC 29.

Outra definição importante é referente às plantas não portadoras, que,


conforme o item 5A do CPC 29, são as:

“(a) plantas cultivadas para serem colhidas como produto agrícola


(por exemplo, árvores cultivadas para o uso como madeira);

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(b) plantas cultivadas para a produção de produtos agrícolas, quando


há a possibilidade maior do que remota de que a entidade também
vai colher e vender a planta como produto agrícola, exceto as vendas
de sucata como incidentais (por exemplo, árvores que são cultivadas
por seus frutos e sua madeira); e
(c) culturas anuais (por exemplo, milho e trigo)”.

Destaca-se que as plantas portadoras são registradas pelo seu valor de custo
enquanto as plantas não portadoras devem ser reconhecidas pelo valor justo. O
valor justo, conforme definição do item 8 do CPC 29, compreende “o preço que
seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um
passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na daa de
mensuração”. Abordaremos este assunto com um exemplo prático mais adiante.

Vejamos um exemplo do que estudamos até agora:

Uma laranjeira é uma planta portadora. Seu fruto é o produto agrícola e,


portanto, um ativo biológico (um animal ou uma planta vivos).

Fonte: Lavoura (2019).

Para cultivar um pomar de laranjeiras são necessários alguns meses até o iní-
cio de sua produção. Enquanto o pomar não tiver floração, todos os gastos realizados
com os cuidados com o pomar (plantio, cultivo, adubação, poda) são acumulados
como “custo com formação” e devem ser debitados na conta do Ativo Não Circulante
> Ativo Imobilizado > Ativo Biológico (Planta Portadora) > Laranjeira em Formação.

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Unidade 2

Quando o pomar começa a floração, os custos acumulados na conta Laran-


jeira em Formação devem ser transferidos para uma nova conta chamada Laran-
jeira Formada (subconta do Ativo Imobilizado). Desse momento em diante, a par-
tir de cada colheita, a planta portadora (laranjeira) passa a ser depreciada (como
se fosse uma máquina pronta para fabricar produtos). Logo, com o lançamento da
despesa com depreciação, a cada colheita, uma parcela desse valor será debitada
no custo do produto vendido.

Os próximos gastos realizados no pomar serão especificamente para a safra,


de modo que devem ser registrados em uma nova conta, no caso, Ativo Circulante
> Ativo Biológico > Laranjeiras (Custo/Valor Justo).

No momento da colheita, todos esses gastos com a safra devem ser transferi-
dos para o Ativo Circulante > Estoque de Produto Agrícola > Laranjeiras, e, assim, se
encerra o ciclo de produção, e os novos custos serão para o próximo ciclo produtivo.

Lembre-se
O Estoque é abrangido pelo CPC 16.

Resumindo, enquanto a planta portadora não iniciar a florada, os gastos


com o cultivo são registrados na conta de Ativo Não Circulante - Imobilizado.
Quando se inicia o ciclo produtivo, geralmente com a primeira florada, os custos
com a produção são registrados no Ativo Circulante - Estoque, pois serão referen-
tes ao ciclo produtivo.

Fonte: Univates (2020).

Agora que você conheceu um pouco mais sobre a mensuração da receita na


atividade agrícola, vamos estudar a respeito de custos, despesas e receitas da atividade.

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2) Despesas, custos e receitas


Os valores referentes a custos e despesas, muitas vezes, são compreendidos
como sinônimos. Porém, existe uma diferença entre esses termos.

Considera-se custo todos os gastos, desde que possíveis de identificar de


forma direta ou indireta. Entre os custos, podemos citar, por exemplo, as semen-
tes, os adubos, o combustível, a depreciação das máquinas e equipamentos uti-
lizados com a cultura, além da mão de obra (direta ou indireta) e dos serviços
agronômicos e topográficos (MARION, 2020).

Já as despesas, na visão de Marion (2020, p. 19), são:

“[...] os gastos não identificáveis com a cultura, não sendo, portan-


to, acumulados no estoque (culturas temporárias), mas apropriados
como despesa do período. São as despesas de venda (propaganda,
comissão de vendedores...), despesas administrativas (honorários
dos diretores, pessoal de escritório...) e despesas financeiras (juros,
taxas bancárias...)”

Quanto às receitas, cabe reforçar que, na atividade agrícola, geralmente a


receita não ocorre ao longo de 12 meses como em uma indústria, e sim durante ou
logo após a colheita.

Vimos também que um dos custos da atividade agrícola é a depreciação, a


qual merece nossa atenção para a atividade agrícola.

2.1) Depreciação da atividade


Como estudamos nesta unidade, toda cultura permanente que produz fru-
tos é um Ativo Biológico, portanto alvo de depreciação. Contudo, a depreciação da
atividade agrícola é um pouco diferente da atividade industrial.

A taxa de depreciação de uma indústria é tabelada pelo fisco e independe


da localização da empresa. Já na atividade agrícola, a taxa de depreciação só pode
ser conhecida através de técnicos em agronomia ou por meio de agricultores que
conhecem a vida útil e o número de anos de produção das árvores. Além disso, a
vida útil da cultura pode depender desde a variedade cultivada até o tipo e a qua-
lidade do solo (MARION, 2020).

É importante lembrar que a depreciação só pode ser adicionada ao custo


do produto agrícola a partir do momento da primeira colheita (período em que
a cultura já se encontra formada). Ou seja, não existe depreciação de cultura per-
manente em formação.

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Unidade 2

Em relação aos maquinários e equipamentos, Marion (2020) salienta que a


taxa anual de depreciação normalmente empregada nas indústrias não pode ser
aplicada na atividade agrícola. O autor sugere que a taxa de depreciação dos equi-
pamentos seja apurada em horas.
Dica de leitura
Para aprofundar seus conhecimentos sobre a depreciação da atividade agríco-
la, leia o Capítulo 4, Depreciação na agropecuária, do livro Contabilidade rural:
contabilidade agrícola, contabilidade da pecuária, imposto de renda - pessoa jurídica, de
José Carlos Marion.

No próximo capítulo, vamos ver como funciona o fluxo contábil da pro-


dução agrícola.

Fluxo contábil da atividade agrícola


Na atividade agrícola, o custo histórico ou de transformação cede lugar ao
valor justo menos as despesas de venda, como determinam os itens 12 e 13 do
CPC 29. Dessa forma, o fluxo contábil merece atenção especial.

Vamos abordar de forma prática como ocorre o fluxo contábil na formação


do nosso pomar de laranjeiras.

Inicialmente, precisamos lembrar que a Lei n.º 12.973/2014, em seu art. 13,
determina que o ganho com a avaliação do ativo ao valor justo deve ser contabili-
zado em uma subconta vinculada àquele ativo, e, caso não seja registrada em conta
separada, este ganho será tributado. Estudaremos o registro contábil da avaliação
do valor justo em contas separadas também para facilitar o entendimento.

Vamos ao exemplo de contabilização:

A fazenda Agrolaranjal Ltda. iniciou o cultivo de laranjeiras e ocorreram os


seguintes fatos neste cultivo (todos os fatos ocorreram à vista).

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Gastos com a formação do laranjal


1 Gastos com plantio das mudas 7.500,00
2 Gastos com adubação e poda 3.000,00
3 A cultura foi considerada formada a partir da primeira floração
4 A expectativa de produção do laranjal é de 15 anos

Gastos com a safra


5 Gastos com adubação e poda 500,00
6 Lançamento da depreciação anual
7 Gastos com colheita 400,00
Foram colhidas 2250 kg de laranjas. No ponto de colheita, o kg da laranja
8. A 2.250,00
estava cotado a R$ 1,00.
Os gastos com despesas de venda (comissão e frete) são estimados em
8. B
R$ 0,10 por kg.

Transferência para o estoque


9 Foram vendidos 1800 kg de laranjas por R$ 1,00 o kg 1.800,00
9.A Baixa do custo da venda
10 Os gastos com despesas de venda (comissão e frete) foram de 180,00
Fonte: Univates (2020).

A empresa possuía o balanço inicial com as seguintes informações:

Balanço
ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Ano 1 Ano 2 Ano 1 Ano 2
CIRCULANTE
Caixa/Banco 15.000,00
Estoque - Produto Agrícola -
Laranja
Ativo Biológico - Laranja

NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO


Ativo Imobilizado Capital Social 20.000,00
Terras 5.000,00 Lucros Acumulados
Plantas Portadoras
Laranjeira Formada
(-) Depreciação Acumulada
Laranjeira em Formação

TOTAL ATIVO 20.000,00 - TOTAL PASSIVO + PL 20.000,00


Fonte: Univates (2020).

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Vamos aos registros contábeis:


Informação 1: Gastos com plantio das mudas

Fonte: Univates (2020).

Informação 2: Gastos com adubação e poda – 3.000,00

Fonte: Univates (2020).

Todos os gastos com a formação da planta devem ser registrados no ANC


- Imobilizado.

Informação 3: Formação da cultura – transferência

Fonte: Univates (2020).

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Informação 4: A expectativa de produção é de 15 anos. Essa informação é


importante para o cálculo da depreciação.

Informação 5: Gastos com adubação e poda – 500,00

Fonte: Univates (2020).


Lembre-se
A partir da primeira floração, os custos com os tratos da cultura devem ser regis-
trados no Ativo Circulante, subconta Ativo Biológico – Laranja.

Informação 6: Lançamento da depreciação anual

Custo laranjal formado 10.500,00

Vida útil 15

Depreciação anual 700,00

Fonte: Univates (2020).

Fonte: Univates (2020).

Lembre-se
O que está depreciando é a Laranjeira; então, a depreciação da planta compõe o
custo do produto.

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Informação 7: Gastos com colheita – 400,00

Fonte: Univates (2020).

O CPC 29 afirma que o ativo biológico deve ser registrado por quanto ele
vale - valor justo. Até o momento, registramos apenas os custos. Vamos, então,
registrar o ajuste de avaliação do valor justo.

Informação 8: Ajuste a valor justo

Foram colhidos 2250 kg de laranjas. No ponto de colheita, o kg da laranja es-


tava cotado a R$ 1,00 e as despesas com venda estavam cotadas em R$ 0,10 por kg.

Fonte: Univates (2020).

Informação 8. A: Valor justo

De acordo com o CPC 29 e com a Lei n.º 12.973/2014, a avaliação do valor


justo deve ser registrada em uma subconta do ativo. Vejamos como fica:

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Fonte: Univates (2020).

Dessa forma, o ativo biológico ficará registrado na contabilidade pelo seu


valor justo total (ou seja, 2.025,00), porém em contas segregadas (1.600,00 pelo
custo + 425,00 pelo ajuste ao valor justo).

Informação 8. B: Transferência para o Estoque

Por ocorrência da colheita, as laranjas devem ser transferidas da conta Ati-


vo Biológico para o Estoque de Laranja. O mesmo deve ocorrer com a variação
do valor justo.

Fonte: Univates (2020).

A partir do momento que a produção passa para o Estoque, este é abrangido


pelo CPC 16.

Informação 9: Registro da receita


Venda de 1.800 kg de laranjas por R$ 1,00 o quilo:
Quantidade vendida 1.800

Preço unitário 1,00

Receita com venda 1.800,00

Fonte: Univates (2020).

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Fonte: Univates (2020).

Informação 9. A: Baixa do custo da venda

A baixa do custo e do valor justo deve ser proporcional à quantidade vendida.


Custo 1.600,00 Valor Justo 425,00

Quantidade Colhida 2.250,00 Quantidade Colhida 2.250,00

Custo por kg 0,71 Custo por kg 0,19

kg Vendido 1.800 kg Vendido 1.800

CPV 1.280,0 CPV 340,00


Fonte: Univates (2020).

Informação 10: Registro da despesa com venda

Pela venda de 1800 kg de laranja, a despesa com vendas foi de R$ 180,00.

Fonte: Univates (2020).


Enfim, relativo às ocorrências na empresa, estes são os lançamentos neces-
sários para o registro.

Agora, vamos verificar como fica a Demonstração do Resultado do Exercí-


cio (DRE):

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Receita com Vendas - Laranja 1.800,00

(-) CPV

Laranja (Custo) - 1.280,00

Laranja (Valor Justo) - 340,00

(+-) Ajuste a Valor Justo 425,00

Lucro Bruto 605,00

(-) Despesas de Vendas - 180,00

Lucro líquido 425,00

Fonte: Univates (2020).

Podemos observar que a empresa não obteve lucro com a venda da laranja,
mas sim por causa do ajuste ao valor justo.
Desafio
Com base nas informações apuradas no exemplo da Agrolaranjal Ltda., preen-
cha o Balanço Inicial do Ano X2, no Ambiente Virtual.

Agora que você já conhece o fluxo contábil da atividade agrícola, vamos


abordar as obrigações a que esta atividade está sujeita.

Obrigações tributárias principais


e acessórias da atividade rural
Assim como qualquer organização, as empresas rurais também estão sujeitas
a entregar determinadas obrigações tributárias principais e acessórias. Basica-
mente, a atividade rural está sujeita a entregar a declaração do Imposto Territorial
Rural, além do Livro Caixa Digital do Produtor Rural (nos casos específicos que
veremos nesta unidade), Declaração do Imposto de Renda, e-Social, contribuições
previdenciárias, CSLL e IRPJ. Vamos ver cada uma delas.

Conceito
Obrigações tributárias principais e acessórias: A obrigação principal diz respeito
ao compromisso com o pagamento de impostos. Já a obrigação acessória é a entre-
ga das declarações ao fisco.

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Unidade 2

1) Imposto Territorial Rural (ITR)


Como estudamos na Unidade 1, um dos bens mais importantes da ativida-
de agrícola é a terra. Assim, as propriedades de terra, referenciadas na legislação
como bens imóveis rurais, são reguladas por meio do Estatuto da Terra. Entre
as obrigações dos proprietários de terras, encontra-se a Declaração do Imposto
Territorial Rural (DITR), estabelecido pelos arts. 48, 49 e 50 da Lei n.º 4.504/64
(dispõe sobre o Estatuto da Terra e dá outras providências).

Fonte: Reed (2018).

De acordo com o art. 49 da Lei n.º 4.504/64, o valor do ITR é apurado levan-
do em consideração:

“I - o valor da terra nua;


II - a área do imóvel rural;
III - o grau de utilização da terra na exploração agrícola, pecuária e
florestal;
IV - o grau de eficiência obtido nas diferentes explorações;
V - a área total, no País, do conjunto de imóveis rurais de um mes-
mo proprietário”.

Já o art. 50 do Estatuto da Terra orienta: “para cálculo do imposto, aplicar-


-se-á sobre o valor da terra nua [...] a alíquota correspondente ao número de mó-
dulos fiscais do imóvel”, conforme a tabela seguinte:

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Númerodemódulosfiscais Alíquotas
Até 2 0,2%
Acima de 2 até 3 0,3%
Acima de 3 até 4 0,4%
Acima de 4 até 5 0,5%
Acima de 5 até 6 0,6%
Acima de 6 até 7 0,7%
Acima de 7 até 8 0,8%
Acima de 8 até 9 0,9%
Acima de 9 até 10 1,0%
Acima de 10 até 15 1,2%
Acima de 15 até 20 1,4%
Acima de 20 até 25 1,6%
Acima de 25 até 30 1,8%
Acima de 30 até 35 2,0%
Acima de 35 até 40 2,2%
Acima de 40 até 50 2,4%
Acima de 50 até 60 2,6%
Acima de 60 até 70 2,8%
Acima de 70 até 80 3,0%
Acima de 80 até 90 3,2%
Acima de 90 até 100 3,4%
Acima de 100 3,5%
Fonte: Adaptado pela Univates com base em Brasil (1964).

Conceito
Módulos fiscais: Um módulo fiscal compreende uma unidade de medida que varia
para cada município, podendo compreender entre 5 a 110 hectares. Por exemplo, no
município de Cruzeiro do Sul, estado do Rio Grande do Sul, 1 módulo fiscal compreen-
de 18 hectares, enquanto no município de São Paulo, do estado de São Paulo, 1 módulo
fiscal compreende apenas 5 hectares.

De forma resumida, podemos dizer que o valor do ITR depende basica-


mente da localização da propriedade, do tamanho (número de módulos fiscais) e
da área de terras utilizada. Cada situação deve ser analisada com cuidado.

Também existem os casos em que os proprietários de imóveis rurais estão


imunes ou isentos do pagamento do ITR (imunes ou isentos ao pagamento, mas
mesmo assim devem entregar a declaração). São imunes do pagamento do ITR
os proprietários de pequenas glebas rurais, segundo o parágrafo único do art. 2º
da Lei n.º 9.393/96:

“Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os imóveis


com área igual ou inferior a:
I - 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia
Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense;

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Unidade 2

II - 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono


das Secas ou na Amazônia Oriental;
III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município”.

E encontram-se isentos do pagamento do ITR, conforme o art. 3º da mes-


ma lei, se (cumulativamente): a) a propriedade fizer parte de programa de reforma
agrária; b) for exercida atividade exclusivamente pela família; c) o proprietário não
possuir imóvel urbano.

Portanto, está obrigada a entregar, anualmente, a Declaração do Imposto


sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) toda pessoa física ou jurídica que
seja proprietária, titular do domínio útil ou possuidora de qualquer título, inclusi-
ve a usufrutuária, de imóvel rural. Essa declaração é entregue por meio do progra-
ma que é disponibilizado a cada ano pela Receita Federal do Brasil.

Salienta-se, ainda, que, anualmente, a Receita Federal do Brasil publica uma


norma com os prazos para a entrega da declaração referente a cada exercício.
Para saber mais
Para aprofundar seus conhecimentos a respeito das regras para o cálculo do ITR,
consulte a Lei n.º 4.504/64. Além disso, você também pode obter informações in-
teressantes no Portal do CNIR.

Além da DITR, os produtores rurais pessoa física estão sujeitos ao Imposto


de Renda. É o que estudaremos a seguir.

2) Imposto de Renda (IR) na atividade rural do produtor


pessoa física
O Decreto n.º 9.580/2018 consolidou toda legislação relativa ao IR que te-
nha sido publicada até 31 de dezembro de 2016. Dessa forma, ficou aprovado o
novo Regulamento do Imposto de Renda (RIR).

Fonte: Lyrarakis (2020).

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Contabilidade de Transportes, Construção Civil, Rural e Terceiro Setor

Além disso, precisamos nos lembrar das Instruções Normativas (IN) emi-
tidas pela Secretaria da Receita Federal (SRF). A IN SRF n.º 83, de 11 de outubro
de 2001, estabelece procedimentos específicos sobre a tributação dos resultados
da atividade rural das pessoas físicas. Considera-se resultado da atividade rural,
segundo o art. 11 dessa IN, “a diferença entre os valores das receitas recebidas e das
despesas de custeio e dos investimentos pagos no ano-calendário, corresponden-
tes a todas as unidades rurais exploradas pela pessoa física”.

Quanto à apuração do resultado, o art. 22 da IN estabelece que deve ocorrer


“mediante escrituração do livro Caixa, abrangendo as receitas, as despesas de custeio,
os investimentos e demais valores que integram a atividade”. Além disso, o contri-
buinte deverá guardar a documentação para futura comprovação, caso seja solicitada.

A falta da escrituração prevista no art. 22 da IN SRF n.º 83 implicará arbitramen-


to da base de cálculo à razão de vinte por cento da receita bruta do ano-calendário.
Justifica-se, portanto, a necessidade de realizar a escrituração da atividade agrícola.
Apesar disso, se o contribuinte não auferir receita anual até o valor definido na legisla-
ção, será facultado de tal escrituração.

Em complemento ao RIR e à IN SRF n.º 83/2001, foi publicada, no Diário


Oficial da União, a IN RFB nº 1.848, de 28 de novembro de 2018, que instituiu a
obrigatoriedade de envio do arquivo digital com a escrituração do Livro Caixa
Digital do Produtor Rural (LCDPR) ao produtor rural que auferisse receita bruta
total da atividade rural superior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil
reais). Assim, o produtor rural que atingir o limite estabelecido deveria entregar a
escrituração do LCDPR.

No entanto, em 24 de julho de 2019, foi lançada a IN RFB nº 1903, que


estabeleceu essa obrigatoriedade para produtor rural que auferir, durante o ano,
receita bruta total da atividade rural superior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões
e oitocentos mil reais), e “para o ano-calendário de 2019, excepcionalmente, o
limite previsto no caput para obrigatoriedade de entrega do LCDPR será de R$
7.200.000,00 (sete milhões e duzentos mil reais)” (BRASIL, 2019, art. 23-A, § 5º).

Anualmente, a RFB publica instruções normativas estabelecendo obrigatorie-


dades de entrega da Declaração do Imposto de Renda. Em 19 de fevereiro de 2020,
foi publicada a IN RFB n.º 1924, de 19 de fevereiro de 2020, estabelecendo que:

“Art. 2º. Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual


referente ao exercício de 2020 a pessoa física residente no Brasil que,
no ano-calendário de 2019: [...]
IV - relativamente à atividade rural:
a) obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 (cento e

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Unidade 2

quarenta e dois mil, setecentos e noventa e oito reais e cinquenta


centavos); ou
b) pretenda compensar, no ano-calendário de 2019 ou posteriores,
prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendá-
rio de 2019”.

Vamos simplificar o que você estudou até aqui:

1. Está obrigado a entregar o LCDPR o produtor rural pessoa física que auferiu
receita no valor de R$ 7.200.000,00, excepcionalmente no ano de 2019 (IN
RFB nº 1903/2019). A partir de então, considera-se a receita bruta total da
atividade rural superior a R$ 4.800.000,00 para estar obrigado à entrega.

2. O resultado da atividade rural é apurado com base na escrituração do Livro


Caixa. Portanto, o produtor rural deve escriturar o Livro Caixa indepen-
dentemente da forma (eletrônica ou manual). Além disso, deve guardar os
documentos originais como forma de prova.

3. Está facultado de registrar Livro Caixa o produtor que auferir receita inferior
a R$ 56.000,00. Porém, caso o produtor queira compensar prejuízos poste-
riores, deverá escriturar o Livro Caixa (consulte o § 4º do art. 22 da IN SRF
n.º 83/2001).

4. Está obrigado a entregar a Declaração do Imposto de Renda o produtor


rural que obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 (no ano de
2019), ou que desejar compensar prejuízos de outros anos (consulte o art. 2
da IN RFB n.º 1924/2020).
Dica de leitura
No ano 2000, a Secretaria da Receita Federal colocou à disposição do contribuin-
te o programa Livro-caixa da Atividade Rural, para uso em computador, com as
algumas vantagens. Nesse programa, foi desenvolvido o e-book História do Im-
posto de Renda no Brasil, um enfoque da pessoa física (1922-2013). Acesse-o.

Você estudou até aqui as obrigações acessórias referente ao ITR e ao IR, mas
essas não são as únicas obrigações. Se um produtor rural pessoa física contratar em-
pregados, ele estará sujeito às mesmas obrigações trabalhistas que as pessoas jurídicas.
Vamos estudar agora quais são essas obrigações e se existem diferentes tributações.

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3) eSocial
O eSocial foi estabelecido por meio do Decreto n.º 8.373, de 11 de dezem-
bro de 2014, como um mecanismo criado pelo governo federal para unificar as
informações relativas às obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas, com o
objetivo de padronizar a transmissão, a validação, o armazenamento e a distribui-
ção das obrigações.

Fonte: ASOSC (2019).

É importante lembrar que o eSocial não cria novas obrigações, apenas uni-
fica todas as obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas em um só ambiente.
Assim, é possível agilizar a troca de informações entre o empregador e o responsá-
vel pela execução das rotinas trabalhistas, ou seja, o contador.

Dessa forma, todas pessoas físicas ou jurídicas que contratem empregados


devem entregar as informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais através des-
se programa. Especificamente os empregadores rurais na forma da pessoa física
(definidos pelo governo federal como pertencentes ao grupo 3) passaram a entre-
gar as obrigações conforme o Cronograma de implantação, disponível na página
do Governo Federal.

Os produtores rurais na forma da pessoa jurídica devem observar os requisitos


de entrega do eSocial conforme o faturamento. Por exemplo, se for uma empresa rural
com faturamento anual superior a R$ 78 milhões, a obrigação do envio digital ocorre
desde 2018. Nesse sentido, é importante observar o faturamento anual para o correto
enquadramento e envio.

Entre as informações entregues no arquivo do eSocial, encontram-se as


informações previdenciárias. Vamos nos aprofundar um pouco mais sobre essa
contribuição.

4) Seguridade Social
A Seguridade Social surgiu no Brasil com o objetivo de assegurar os direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social (BRASIL, 1988, art. 194). Em
contrapartida, quem custeia a Seguridade Social é a sociedade, ou seja, os contri-
buintes.

19
Unidade 2

Assim, os produtores rurais pessoa física que contratam trabalhadores de-


vem recolher a título de Seguridade Social (também conhecida como Contribui-
ção Patronal) o equivalente a 1,2% da receita bruta proveniente da comercialização
da sua produção, além de 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização
da sua produção para financiamento das prestações por acidente do trabalho (Lei
n.º 13.606/2018). Também deve recolher 0,2% incidente sobre a receita bruta pro-
veniente da comercialização de sua produção rural para o Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (SENAR) (Lei n.º 9.528/1997).

Já os produtores rurais pessoa jurídica que contratam empregados devem


recolher o equivalente a 20% incidente sobre a remuneração dos trabalhadores
a título de Seguridade Social, além de 1%, 2% ou 3% correspondente ao risco de
acidente de trabalho (Lei n.º 8.212/1991).

Em 2001, a Lei n.º 10.256 alterou a Lei n.º 8.212/1991, permitindo ao produ-
tor rural optar, em vez da contribuição de 20% incidente sobre a remuneração dos
trabalhadores a título de Seguridade Social, pela alíquota de 2,5% sobre a receita
bruta proveniente da comercialização da produção. E quanto à alíquota de risco
de acidente de trabalho incidente sobre a remuneração, esta passou a ser de 0,1%
sobre a comercialização da produção.

Mais tarde, em 2018, a Lei n.º 13.606, nos artigos 14 e 15, dispôs novas
alíquotas para a contribuição previdenciária. Agora, os produtores rurais pessoa
física ou jurídica podem optar por continuar o recolhimento da contribuição
previdenciária sobre a folha bruta de salários dos empregados e trabalhadores
avulsos ou, então, realizar a contribuição incidente sobre a receita bruta da comer-
cialização da produção rural (o antigo Funrural), com as alíquotas de 1,2% sobre a
receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para os produtores
rurais pessoas físicas e 1,7% sobre a receita bruta proveniente da comercialização
da sua produção para os produtores rurais pessoa jurídica.

Vejamos as diferentes possibilidades de recolhimento de contribuição previ-


denciária de um produtor rural pessoa física e um produtor rural pessoa jurídica.

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Contabilidade de Transportes, Construção Civil, Rural e Terceiro Setor

Contribuição previdenciária
PESSOA FÍSICA 1 PESSOA JURÍDICA 2
1,7% sem receita
20% sem folha 20% sem folha
1,2% sem receita bruta (art. 25,
de pagamento de pagamento
Seguridade Social bruta (art. 25, Lei nova redação por
(art. 22, Lei n.º (art. 22, Lei n.º
n.º 8212/91) força da Lei n.º
8212/91) 8212/91)
13.606/2018)
0,1% sem receita 1%, 2% ou 3% sem 0,1% sem receita
Acidente de 1%, 2% ou 3% sem
bruta (art. 25, Lei folha de paga- bruta (art. 25, Lei
trabalho (RAT) folha pagamento
n.º 8212/91) mento n.º 8870/94)

Outras entidades
0,25% sem
0,2% sem receita 0,2% sem receita receita bruta (IN
SENAR bruta (art. 6, Lei bruta (art. 6, Lei 971/2009, alte- -
n.º 9.528/97) n.º 9.528/97) rada pela IN n.º
1453/2014)
2,5% sobre re-
2,5% sobre re- 2,5% sobre re-
muneração (IN
muneração (art. muneração(art.
Salário Educação - n.º 971/2009,
3º do Dec. n.º 3º do Dec. n.º
alterada pela IN n.º
87.043/82) 87.043/82)
1453/2014)
0,2% sobre re-
muneração (IN
0,2% sobre 0,2% sobre
INCRA - n.º 971/2009,
remuneração remuneração
alterada pela IN n.º
1453/2014)
1. Estas regras aplicam-se ao produtor rural contribuinte individual (empregador). 2. Consideram-se tais alíquo-
tas somente para as pessoas jurídicas que se dediquem apenas a atividade de produção rural. Fonte: Adaptado
pela Univates com base no Anexo IV da Instrução Normativa RFB n.º 971, de 13 de novembro de 2009.

Vamos estudar um caso prático:

Exemplo pessoa física: Imagine que um produtor rural pessoa física co-
mercializou sua produção anual de soja no valor de 1.800.000,00 e pagou aos seus
empregados um total de 1.333.333,33 durante todo o ano.

O cálculo do produtor rural pessoa física seria o seguinte:

21
Unidade 2

Pessoa física
Salário pago durante o ano 1.333.333,33
Valor da receita total anual 1.800.000,00

Contribuição previdenciária sobre Contribuição previdenciária sobre folha


comercialização de pagamento
Contribuição previdenciária 23.400,00 Contribuição previdenciária 306.666,67
INSS 1,20% 21.600,00 INSS 20,00% 266.666,67
RAT 0,10% 1.800,00 RAT 3,00% 40.000,00
Outras entidades 39.600,00 Outras entidades 39.600,00
SENAR 0,20% 3.600,00 SENAR 0,20% 3.600,00
Salário Educação 2,50% 33.333,33 Salário Educação 2,50% 33.333,33
Incra 0,20% 2.666,67 Incra 0,20% 2.666,67
TOTAL 63.000,00 TOTAL 346.266,67
Fonte: Univates (2020).

Podemos observar que, se o produtor decidir recolher a contribuição previ-


denciária com base na folha de pagamento, terá pago durante o ano o equivalente
a 346 mil reais; contudo, caso se decida pela contribuição sobre a receita anual,
teria pago o valor de 63 mil reais.

Agora vamos estudar como ficaria no caso de uma pessoa jurídica:

Exemplo pessoa jurídica: supomos que o produtor rural pessoa jurídica


comercializou sua produção anual de soja, milho e café no valor de 250.000.000,00
e pagou aos seus empregados um total de 15.000.000,00 durante todo o ano.

O cálculo do produtor rural pessoa jurídica seria o seguinte:

Pessoa jurídica
Salário pago durante o ano 15.000.000,00
Valor da receita total anual 250.000.000,00

Contribuição previdenciária sobre Contribuição previdenciária sobre folha


comercialização de pagamento
Contribuição previdenciária 4.500.000,00 Contribuição previdenciária 3.450.000,00
INSS 1,70% 4.250.000,00 INSS 20,00% 3.000.000,00
RAT 0,10% 250.000,00 RAT 3,00% 450.000,00
Outras entidades 625.000,0 Outras entidades 405.000,00
SENAR 0,25% 625.000,0 SENAR 0,00
Salário Educação 0,00 Salário Educação 2,50% 375.000,00
Incra 0,00 Incra 0,20% 30.000,00
TOTAL 5.125.000,00 TOTAL 3.855.000,0
Fonte: Univates (2020).

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Contabilidade de Transportes, Construção Civil, Rural e Terceiro Setor

Neste exemplo, podemos observar que, de acordo com os valores praticados


pela organização, seria mais vantajoso para a empresa realizar o recolhimento da
contribuição previdenciária com base na folha de pagamento.

Cabe ao produtor (seja ele pessoa física ou jurídica), portanto, calcular qual
é a melhor forma de tributação, lembrando que a opção é irretratável e deve ser
realizada junto ao pagamento da primeira guia de INSS (janeiro de cada ano ou no
mês de início da atividade rural).

Além da obrigação previdenciária, as pessoas jurídicas rurais que apresen-


tarem resultado positivo da atividade rural estão sujeitas ao recolhimento de Im-
posto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e à Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido (CSLL), conforme a IN RFB n.º 1700/2017. A alíquota de IRPJ
corresponde a 15%, além de 10% de adicional de IRPJ nos casos de lucro superior
a R$ 20.000,00, e a CSLL diz respeito a 9%, todos incidentes sobre o lucro.

Nesta unidade, você estudou o fluxo contábil na atividade rural, bem


como as obrigações tributárias principais e acessórias que a atividade rural
está sujeita.

23
Unidade 2

Referências

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de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas
- eSocial e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Decreto/D8373.htm. Acesso em: 22 ago. 2020.

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Dispõe sobre normas gerais de tributação previdenciária e de arrecadação das
contribuições sociais destinadas à Previdência Social e as destinadas a outras
entidades ou fundos, administradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil
(RFB). Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.
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Dispõe sobre a determinação e o pagamento do imposto sobre a renda e da
contribuição social sobre o lucro líquido das pessoas jurídicas e disciplina o
tratamento tributário da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no que
se refere às alterações introduzidas pela Lei n.º 12.973, de 13 de maio de 2014.
Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.
action?idAto=81268&visao=anotado. Acesso em: 22 ago. 2020.

BRASIL. Decreto n.º 9.580, de 22 de novembro de 2018. Regulamenta a


tributação, a fiscalização, a arrecadação e a administração do Imposto sobre a
Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9580.htm. Acesso em: 22 ago.
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BRASIL. Instrução Normativa RFB n.º 1848, de 28 de novembro de 2018.


Altera a Instrução Normativa SRF n.º 83, de 11 de outubro de 2001, que
dispõe sobre a tributação de resultados da atividade rural de pessoas físicas.
Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.
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BRASIL. Instrução Normativa RFB n.º 1903, de 24 de julho de 2019.


Altera a Instrução Normativa SRF n.º 83, de 11 de outubro de 2001, que
dispõe sobre a tributação de resultados da atividade rural das pessoas físicas.
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Dispõe sobre a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a
Renda da Pessoa Física referente ao exercício de 2020, ano-calendário de 2019,
pela pessoa física residente no Brasil. Disponível em: http://normas.receita.

24
Contabilidade de Transportes, Construção Civil, Rural e Terceiro Setor

fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=107054. Acesso
em: 22 ago. 2020.

BRASIL. Instrução Normativa SRF n.º 83, de 11 de outubro de 2001.


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dezembro de 1996, e a Lei n.º 9.528, de 10 de dezembro de 1997. Disponível em:
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BRASIL. Lei n.º 13.606, de 9 de janeiro de 2018. Institui o Programa de


Regularização Tributária Rural (PRR) na Secretaria da Receita Federal do Brasil
e na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional; altera as Leis n.º 8.212, de 24 de
julho de 1991, 8.870, de 15 de abril de 1994, 9.528, de 10 de dezembro de 1997,
13.340, de 28 de setembro de 2016, 10.522, de 19 de julho de 2002, 9.456, de 25
de abril de 1997, 13.001, de 20 de junho de 2014, 8.427, de 27 de maio de 1992, e
11.076, de 30 de dezembro de 2004, e o Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 (Código Penal); e dá outras providências. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/l13606.htm. Acesso em: 22
ago. 2020.

BRASIL. Lei n.º 12.973, de 13 de maio de 2014. Altera a legislação tributária


federal relativa ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ, à
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, à Contribuição para o PIS/
Pasep e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins;
revoga o Regime Tributário de Transição - RTT, instituído pela Lei n.º 11.941,
de 27 de maio de 2009; dispõe sobre a tributação da pessoa jurídica domiciliada
no Brasil, com relação ao acréscimo patrimonial decorrente de participação em

25
Unidade 2

lucros auferidos no exterior por controladas e coligadas; altera o Decreto-Lei


n.º 1.598, de 26 de dezembro de 1977 e as Leis n.º 9.430, de 27 de dezembro de
1996, 9.249, de 26 de dezembro de 1995, 8.981, de 20 de janeiro de 1995, 4.506,
de 30 de novembro de 1964, 7.689, de 15 de dezembro de 1988, 9.718, de 27 de
novembro de 1998, 10.865, de 30 de abril de 2004, 10.637, de 30 de dezembro de
2002, 10.833, de 29 de dezembro de 2003, 12.865, de 9 de outubro de 2013, 9.532,
de 10 de dezembro de 1997, 9.656, de 3 de junho de 1998, 9.826, de 23 de agosto
de 1999, 10.485, de 3 de julho de 2002, 10.893, de 13 de julho de 2004, 11.312,
de 27 de junho de 2006, 11.941, de 27 de maio de 2009, 12.249, de 11 de junho
de 2010, 12.431, de 24 de junho de 2011, 12.716, de 21 de setembro de 2012, e
12.844, de 19 de julho de 2013; e dá outras providências. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12973.htm. Acesso em:
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