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CAMPUS DE AMARGOSA

CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES


ATIVIDADE FORMATIVA
GCFP 553 - ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA E POLÍTICAS PÚBLICAS
FORMULÁRIO PARA RESENHA 1
SEMESTRE LETIVO 2024.1

“Direito à Educação no Brasil e dívida educacional: e se o povo cobrasse?”, FERRARO (2008)

Estudante: Emilly Ferreira Santos.

1 Segundo Ferraro (2008. p 275), “Não é comum ouvir falar de dívida educacional. No entanto, o
2 Conceito de dívida não oferece dificuldade. Pode-se dizer que ele é de conhecimento universal e que sua
3 aprendizagem independe de escolarização”. Para o autor, a dívida educacional é a falta de garantia do
4 Estado em assegurar a determinadas pessoas ou grupos de pessoas o serviço público de Educação,
5 Resultando em anos de estudo não realizados e acumulados ao longo do tempo. Essa dívida educacional
6 representa a necessidade de investimentos e ações para garantir o direito à Educação para todos os
7 cidadãos.
8 A abordagem da dívida educacional apresentada por ele é perspicaz ao destacar a falha do Estado em
9 garantir acesso equitativo (justo) à Educação, resultando em anos de estudo não realizados para certos
10 Grupos de pessoas. Como a falta de educação adequada não apenas perpetua a desigualdade, mas também
11 limita o potencial de desenvolvimento pessoal e social de muitos indivíduos, é certeiro afirmar que a
12 resolução dessa dívida demanda não apenas recursos financeiros substanciais, mas também políticas
13 educacionais inclusivas e uma abordagem abrangente que considere fatores socioeconômicos e culturais.
14 Nessa perspectiva, Ferraro (2008. p. 281) diz:
15 Vimos que o movimento do Estado para educar a população cria situação jurídica
16 objetiva, e não direito público subjetivo. Quando os nossos professores recusam a
17 matrícula a centenas de milhares de crianças que se apresentam, dão o exemplo de
Estado
18 em que a escola pública não é direito público subjetivo, e sim ato administrativo,
falível,
19 do Estado.
20 O conceito de Educação como Direito Público e Subjetivo, conforme estabelecido pelo autor destaca
a
21 ideia fundamental de que cada indivíduo possui um direito legalmente garantido de receber uma
Educação
22 Fundamental completa. Isso significa que o Estado é responsável por fornecer os recursos e meios
23 necessários para assegurar a efetivação desse direito.
24 Nessa perspectiva, a Educação não é apenas uma possibilidade ou benefício, mas sim um direito
25 inalienável de todos os cidadãos, cuja implementação é obrigação do Estado. Essa abordagem enfatiza a
26 importância de políticas e investimentos públicos robustos na área da Educação, visando garantir a
27 igualdade de acesso e oportunidades educacionais para todos, independentemente de sua condição
28 socioeconômica ou geográfica.
29 Nesse contexto, os agentes da efetividade desempenham um papel fundamental na garantia e
promoção
30 desse direito. De acordo o autor, "Os pais ou o responsável são os principais agentes da efetividade do
31 direito à Educação. Cabe-lhes não só a efetivação da matrícula, mas também o controle da efetividade"
32 (Ferraro, 2008. p. 287).
33 Além desses, o Conselho Tutelar também atua na proteção de crianças e adolescentes em situações
de
34 risco pessoal ou social, incluindo questões educacionais, enquanto o Ministério Público tem o poder de
35 zelar pelo cumprimento dos direitos legais dos jovens, incluindo o direito à Educação, por meio de
medidas
36 judiciais e extrajudiciais. Esses agentes desempenham um papel crucial na efetivação do direito à
37 Educação, garantindo que todos os cidadãos tenham acesso a uma Educação de qualidade e que o Estado
38 cumpra sua obrigação de fornecer esse serviço essencial.
39 Em síntese, a concepção da Educação como um direito público e subjetivo estabelece a
40 responsabilidade do Estado em assegurar a todos os cidadãos o acesso a uma Educação de qualidade. Esta
garantia é efetivada por meio da atuação dos agentes da efetividade, como os pais ou responsáveis legais,
o
41 Conselho Tutelar e o Ministério Público, os quais desempenham um papel fundamental na proteção e
42 promoção dos direitos educacionais dos indivíduos.
43 No entanto, é preciso reconhecer que esses agentes muitas vezes enfrentam desafios consideráveis,
44 incluindo falta de recursos e limitações estruturais. Ainda assim, ao reconhecer a Educação como um
45 direito inalienável e ao envolver ativamente esses agentes na sua efetivação, é possível assegurar que a
46 Educação seja acessível a todos, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
47 A atuação conjunta desses elementos reforça a importância da Educação como um pilar fundamental para
o
48 desenvolvimento humano e social, destacando a necessidade premente de garantir e proteger esse direito
49 fundamental para o pleno exercício da cidadania, mesmo diante dos desafios enfrentados no contexto
50 contemporâneo.
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