Você está na página 1de 2

RESUMO JAC_INTRODUCAO_UC_ACTE_1.

MP3

Prof. João Caramelo

Estudante: Jerre Luna

● Matéria não se dá e na Educação não há matéria;


● Penso que as Ciências da Educação remetem a uma coisa constituída, enquanto
na cientificidade educativa está mais presente um processo de construção e não
um trabalho sobre algo que está construído;
● Compreender a história das coisas;
● Se as Ciências Sociais não quiserem ficar presas ao seu objeto de estudo, é
importante elas saberem como se construiu esse objeto e essa construção
histórica do objetos relativiza os próprios objetos;;\
● Desenvolvimento desde o discurso profano até o discurso científico em Educação;
● É importante ter uma cadeira (UC) ocupada com a abordagem crítica das questões
educativas, que é compreender a “estudicidade” daquilo que se apresentam como
questões educativas e, apesar disso, relativiza essas questões educativas;
● Então como desenvolver essa abordagem crítica instrumentada das questões
educativas?
● A primeira questão foi a designação de uma área curricular que cultiva esse gosto
pela crítica (no sentido positivo);
● Análise das Teorias Críticas em Educação: fazer um percurso sobre alguns autores
das Ciências da Educação que, na sua época, tinham uma postura crítica
relativamente aos modos de se pensar e se fazer Educação; a configuração seria
debater sobre isso;
● Análise CRÍTICA das Teorias em Educação: mais exigente do ponto de vista
epistemológico (natureza da origem do conhecimento);
● Educação é o domínio social do qual menos se sabe e do qual mais se fala porque
toda a gente passa pelo campo educativo, que é estruturado por várias teorias
(áreas);
● E mesmo nessas teorias com pretensões a serem científicas, suas áreas não são
muito estáveis. Em Sociologia da Educação há educadores que fazem abordagens
sociológicas e há sociólogos que escrevem sobre educação; e mesmo em
Sociologia da Educação há modos de pensar sobre Educação que são diferentes;
● Cita Bernard Charlot (Sociologia da Educação - SE) -> A SE deixa de lado o que é
central no campo educativo, que são o saber e a relação com o saber;
● A ação educativa é mais complexa do que a representação que as CE tem dessa
ação educativa;
● A Ciência não permite conhecer o campo, embora possa participar no
conhecimento do campo e a Ciência não se aplica ao campo. Pode ser um suporte
para que os agentes educativos se compreendam naquilo que fazem; A ciência
produzida em contexto;
● Não podemos falar em UMA teoria científica em Educação. Remete-nos a esse
campo multiforme, indeterminado, etc.
● Não há um modelo único de se fazer investigação em CE nem há um modelo único
de escrever a investigação em CE;
● O estilo de Freud, por exemplo, se assemelha mais a um romance do que a um
texto investigativo-científico;
● O que são teorias científicas em Educação? Campo muito ambíguo;
● Há um modelo de TCE? Campo muito ambíguo;
● Há teorias científicas constituídas em Educação? Campo muito ambíguo;
● Já as teorias POLÍTICAS, que também estruturam o campo da educação,
interferem nele, configuram-no, tem a intenção de dizer o que é justo e o que não é
justo em Educação;
● O que era justo nos anos 60 pode ser injusto hoje;
● “Em torno dos princípios da igualdade, hoje, quem fala em igualdade e integração é
um miserável moderno. Hoje, na pós-modernidade, o que temos a falar é em
diferença, em inclusão porque acabaram, por estranho que pareça, as
desigualdades.”
● As justiças educativas são mutáveis;
● Criar categorias para criar a ilusão de que é possível gerir o campo educativo;
● Discursos dos professores;
● Discursos dos pais e alunos (senso comum - opiniões);
● Estamos fazendo análise crítica de quais teorias em educação? Científicas?
Políticas? Pedagógicas-empíricas? Implícitas? Há várias de todas. Porém isso é
uma VANTAGEM, mesmo que o foco sejam as teorias científicas;
● Quando eu falar de TCE não as posso analisar de seu interior, mas tenho que
analisá-las nas relações que elas tem com as outras teorias científicas; (justamente
a frase de BC sobre “objetos”);
● Como se procede uma análise crítica em Ciência?
● A CiÊncia é um bem comum da humanidade e tem por intenção por fim aos
debates;
● A Educação não existe como coisa, mas existe como relações entre coisas, entre
relações;
● Essas relações tornam-se mais dinâmicas ainda se considerarmos que o “objeto”
da ciência educativa tem opiniões e ações sobre a própria abordagem feita a si
essas opiniões e ações modificam a abordagem. Nesse sentido, a investigação em
CE assemelha-se a um diálogo infinito e imprevisível entre as relações
Ciência-objeto.
● O micro tem uma parte da complexidade de macro;
● Nas CE, quando tentamos conhecer, transformamos aquilo que tentamos
conhecer;
● Como posso estabelecer um processo de estranheza sobre aquilo que me é
familiar?
● Manter distância do objeto para não contaminá-lo é uma forma errada de se
colocar a situação; Não se diluir naquilo que é familiar, mas manter aquilo que é
familiar;
● No campo educativo, os fatos são opiniões. E não posso construir um
discurso dos factos sem recorrer às opiniões; essa discussão empobrece
tanto os fatos quanto as opiniões;
● Promover a controvérsia; Qualificação da controvérsia;
● A Educação é uma questão de cidadania e não de direito natural;
● Complementos contraditórios;
● Educativo e não-educativo; É uma distinção que sempre foi artificial e hoje está a
se diluir;
● A escola desconhece a vida que se passa no interior dela mesma;
● Diferenciação entre teorias e práticas; Não é possível distinguir de uma vez por
todas; Não pode ser pensada como dois pólos opostos;
● A construção e a reconstrução das CE passam por pensar essas dicotomias como
complementaridades;
● Quais Teorias em Educação melhor registraram essas contrariedades e não as
trabalharam como dicotomias? Teorias que não produziram discursos sobre
Educação, mas produziram discursos com os discursos sobre Educação.

Você também pode gostar