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INFORMAÇÃO PRÉ-CONTRATUAL

SEGURO OBRIGATÓRIO DE ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS

A presente IPC- Informação Pré-Contratual não substitui a leitura da legislação aplicavel a esse contrato, constituindo apenas um resumo das mesmas, nos termos do Decreto-lei nº
58/2020 de 29 de julho, Aviso nº 11/2020 de 11 de dezembro e Aviso 12/2020 de 30 de dezembro.

Definições

a) “Acidente de trabalho”, aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza direta ou indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que
resulte redução da capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte;
b) “Local de trabalho”, todo o lugar em que o trabalhador se encontra ou a que deva dirigir-se em virtude do seu trabalho e em que esteja direta ou indiretamente, sujeito ao
controlo da entidade patronal;
c) “Incapacidade”, situação, clinicamente analisável, em que se encontra a vítima em consequência de um acidente de trabalho ou doença profissional, traduzida na incapa-
cidade de realização dos atos ou comportamentos físicos ou inerentes às funções intelectuais, próprios da atividade pessoal ou profissional de uma pessoa normal;
d) “Incapacidade temporária” impossibilidade física e temporária, suscetível de constatação médica objetiva, de a pessoa segura exercer a sua atividade normal;
e) “Incapacidade permanente” perda anatómica ou impotência funcional de membros ou órgãos, suscetível de constataçãomédica objetiva, sobrevinda em consequência de
lesões corporais produzidas por acidente de trabalho ou doença profissional cobertos pela respetiva apólice;
f) “Incapacidade permanente absoluta e definitiva” circunstância em que se encontra uma pessoa segura quando, em consequência de acidente de trabalho ou doença profis-
sional, ficar totalmente incapacitada, com fundamento em elementos objetivos e clinicamente comprováveis, de exercer qualquer atividade remunerável e desde que o seu
estado de saúde a obrigar a recorrer, de modo contínuo, à assistência de uma terceira pessoa para a satisfação das suas necessidades vitais;
g) “Doença Profissional”, qualquer perturbação funcional ou doença aguda ou crónica causada pelo trabalho e pelas condições em que este decorre;
h) “Retribuição”, valor pecuniário devido aos trabalhadores, por conta de outrem, pela disponibilização da sua força de trabalho, em decorrência de um contrato de trabalho,
incluídos os eventuais subsídios ou suplementos remuneratórios;
i) “Rendimento”, contraprestação devida ao trabalhador independente, autónomo, pela prestação de serviços ocasionais, em decorrência de um contrato de prestação de
serviços.

Âmbito do risco

1. Por acidente de trabalho entende-se o acidente:


a) Que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza direta ou indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade
de trabalho ou de ganho ou a morte;

b) Ocorrido no trajeto:
I. De ida da residência para o local de trabalho e de regresso deste àquela, ainda que o percurso seja interrompido ou desviado em virtude da satisfação de necessidades
atendíveis do trabalhador, bem como por motivo de força maior ou por caso fortuito;
ii. Entre quaisquer dos locais referidos na subalínea precedente e os mencionados nas subalíneas vii e viii da alínea c);
iii.Entre o local de trabalho e o local de refeição;
iv.Entre o local onde, por determinação do tomador do seguro, presta qualquer serviço relacionado com o seu trabalho e as instalações que constituem o seu local de trabalho
habitual ou a sua residência;
v. Entre qualquer dos locais de trabalho da pessoa segura, no caso de ter mais de um emprego, sendo, neste caso, responsável pelo acidente o empregador para cujo local
de trabalho o trabalhador se dirige.

c) Ocorrido:
i. Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito económico para o tomador do seguro;
ii. No local de trabalho e enquanto o trabalhador ali permanecer;
iii. No local de trabalho, ou fora deste, quando no exercício de atividade em representação dos trabalhadores;
iv. No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação profissional ou, fora do local de trabalho, quando exista autorização expressa do tomador do seguro para
tal frequência;
v. Durante os intervalos para as refeições e o descanso;
vi. Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços determinados pelo tomador do seguro ou por este consentidos;
vii. No local do pagamento da retribuição, enquanto o trabalhador aí permanecer;
viii. No local onde ao trabalhador deva ser prestada qualquer forma de assistência ou tratamento por virtude de anterior acidente de trabalho.
2. Por doença profissional entende-se qualquer perturbação funcional ou doença aguda ou crónica causada pelo trabalho e pelas condições em que este decorre.
3. As doenças profissionais são equiparadas aos acidentes de trabalho para todos os efeitos do presente Aviso, sendo a avaliação, graduação e reparação das mesmas re-
gulamentada em diploma próprio.

Objeto do contrato - modalidades de prestação


1. O segurador, de acordo com a legislação aplicável e nos termos desta apólice, garante a responsabilidade do tomador do seguro pelos encargos obrigatórios resultantes
de acidentes de trabalho e doenças profissionais em relação às pessoas seguras identificadas na apólice, ao serviço da unidade produtiva também ali identificada e indepen-
dentemente da área em que exerçam a sua atividade, e seus agregados familiares.
2. Constituem prestações em espécie:
a) A assistência médica, paramédica, medicamentosa e cirúrgica;
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b) A hospitalização;
c) Os aparelhos de prótese e ortopedia que os serviços de saúde consideram adequados, em cada caso, aos fins a que se destinam, incluindo os encargos com a aquisição,
reparação e renovação de aparelhos, mesmo nos casos em que a sua danificação resulte do acidente;
d) Outras prestações necessárias e adequadas à cura clínica do trabalhador sinistrado.
3. Constituem prestações em dinheiro:
a) A indemnização por incapacidade temporária absoluta ou parcial para o trabalho;
b) A indemnização por incapacidade permanente correspondente à redução na capacidade de trabalho ou de ganho do sinistrado;
c) A assistência de terceira pessoa enquanto durar o tratamento, se necessário, ou, alternativamente, por decisão do segurador, ouvido o agente de assistência médica, o
internamento em estabelecimento hospitalar;
d) As despesas de transporte do sinistrado pela rede de transportes coletivos, salvo quando estes não existam ou se outros forem mais indicados pela urgência do tratamento
ou por determinação dos serviços médicos;
e) As despesas de funeral, no caso de morte do sinistrado, sob a forma de um subsídio único;
f) Pensões aos familiares da vítima no caso de morte.

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Simultaneidade de regimes
1. Quando o sinistrado de acidente de trabalho for, simultaneamente, trabalhador independente e trabalhador dependente, e havendo dúvida sobre o regime aplicável ao
acidente, presume-se, até prova em contrário, que o acidente ocorreu ao serviço da entidade patronal.
2. Provando-se que o acidente de trabalho ocorreu quando o sinistrado exercia funções de trabalhador independente, a entidade presumida como responsável nos termos do
número anterior adquire direito de regresso contra a seguradora do trabalhador independente ou contra o próprio trabalhador.

Trabalhadores estrangeiros
1. Os trabalhadores estrangeiros que exerçam atividade profissional em Cabo Verde são, para efeitos do presente diploma, equiparados aos trabalhadores cabo-verdianos.
2. A equiparação a que se refere o número anterior é extensiva aos membros do agregado familiar do sinistrado com direito a reparação.
3. Os trabalhadores estrangeiros que se encontrem temporariamente em Cabo Verde ao serviço de empresa estrangeira ou organismos internacionais e tenham direito, por
força disso, à reparação por acidente de trabalho, ficam excluídos do âmbito do presente diploma.
4. Os trabalhadores cabo-verdianos ou trabalhadores estrangeiros residentes em Cabo Verde quando se encontrem temporariamente no estrangeiro ao serviço do Estado
ou de empresas cabo-verdianas, usufruem das garantias do presente diploma, salvo se a legislação do país em que se encontrem lhes garantir o direito à reparação por
acidentes de trabalho, caso em que pode optar por qualquer dos regimes.

Âmbito territorial
1. O presente contrato apenas abrange os acidentes de trabalho e doenças profissionais que ocorram ou sejam resultantes de trabalhos desenvolvidos em Cabo Verde, sem
prejuízo do disposto no n.º 2.
2. Os acidentes de trabalho que ocorram no estrangeiro e de que sejam vítimas trabalhadores cabo-verdianos e trabalhadores estrangeiros residentes em Cabo Verde, ao
serviço de uma empresa cabo-verdiana, estão cobertos por este contrato, salvo se a legislação do Estado onde ocorreu o acidente de trabalho lhes reconhecer direito à
reparação, caso em que o trabalhador pode optar por qualquer dos regimes.
3. O exposto no n.º 2 é aplicável às doenças profissionais resultantes de trabalhos desenvolvidos no estrangeiro pelos trabalhadores ali indicados.

Participação do acidente de trabalho


1. A entidade patronal e a vítima ou seus familiares devem participar o acidente de trabalho à seguradora, nas quarenta e oito horas seguintes ao momento em que dele
tiverem conhecimento.
2. Presume-se que o acidente é conhecido no momento da sua verificação.

Retribuição - base segura


1. A determinação da retribuição-base segura, valor na base do qual são calculadas as responsabilidades cobertas por esta apólice, é sempre da responsabilidade do to-
mador do seguro.
2. A retribuição-base dos trabalhadores por conta de outrem, que não pode, em caso algum, ser inferior à que resulte da lei, de despacho de regulamentação de trabalho ou
de convenção coletiva de trabalho, corresponde à auferida pela pessoa segura no dia do acidente de trabalho ou do diagnóstico de doença profissional, desde que coresponda
ao salário habitualmente auferido por este e se a retribuição-base auferida no dia do acidente de trabalho ou do diagnóstico de doença profissional não for a habitual, esta é
obtida fazendo a média dos salários auferidos nos seis meses anteriores á data do sinistro, na mesma ou similar atividade profissional e entidade patronal.

Insuficiência da retribuição - base segura


1. No caso de a retribuição declarada ser inferior ao real, o segurador apenas é responsável em relação àquela retribuição e o tomador do seguro responde:
a) Pela diferença relativa às indemnizações e pensões devidas;
b) Proporcionalmente pelas despesas efetuadas com a hospitalização e assistência clínica.
2. No caso previsto no n.º 1, a retribuição declarada não pode ser inferior à retribuição mínima mensal garantida.

Retribuição ou rendimento do dia do acidente


O pagamento da retribuição ou rendimento do dia em que ocorre o acidente de trabalho é da responsabilidade da entidade patronal ou entidade contratante, respetivamente.

Prestação por incapacidade temporária absoluta


1. Na incapacidade temporária absoluta, o sinistrado tem direito a uma indemnização de 60% da retribuição
de referência, durante os primeiros catorze dias de incapacidade e de 80% da mesma retribuição nos restantes.
2. No caso de internamento ou se correrem por conta da seguradora as despesas de estadia do sinistrado, a indemnização por incapacidade temporária absoluta é reduzida
a 50% da retribuição de referência.
3. Se o sinistrado tiver encargos de família, a indemnização, nos casos do número anterior, é de 80% da retribuição de referência.

Prestação por incapacidade temporária parcial


1. Na incapacidade temporária parcial, a indemnização é de 30% da retribuição de referência.
2. Durante o período de incap acidade temporária parcial, as entidades patronais são obrigadas a ocupar os trabalhadores respetivos em funções compatíveis com o grau e
a natureza da incapacidade, seguindo para tanto a orientação que venha a ser dada pelos serviços médicos encarregados do tratamento.
3. Quando a entidade patronal declare a impossibilidade de assegurar ocupação e função compatível com o estado do trabalhador, a situação deve ser avaliada e confirmada
pelo serviço público competente na área do emprego e formação profissional.
4. Se o serviço público competente na área do emprego e formação profissional concluir pela viabilidade da ocupação de um posto de trabalho na empresa ao serviço da qual
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ocorreu o acidente de trabalho ou foi contraída a doença profissional, a entidade patronal deve colocar o trabalhador em ocupação e função compatíveis.
5. A retribuição devida aos trabalhadores em regime de incapacidade temporária parcial, acrescida da indemnização paga pelo segurador, deve ser igual à retribuição do dia
do acidente.

Obrigações do tomador do seguro


1. O tomador do seguro obriga-se:
a) A enviar ao segurador, até ao dia 15 (quinze) de cada mês, cópia das declarações de remunerações do seu pessoal remetidas à segurança social, relativas às retribuições
pagas no mês anterior, devendo no envio mencionar a totalidade das remunerações previstas na lei como integrando a retribuição para efeito de cálculo da reparação por
acidente de trabalho ou doença profissional, e indicar ainda os aprendizes e os estagiários, os eventuais, os temporários e os estagiários;
b) A permitir ao segurador o exame da documentação de base das declarações previstas na alínea anterior, bem como a prestar-lhe qualquer informação sempre que este
o julgue conveniente;

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Obrigações do tomador do seguro - Continuação


c) A comunicar ao segurador a deslocação ao estrangeiro das pessoas seguras, sob pena de responsabilidade por perdas e danos, inoponíveis às pessoas seguras.
2. Salvo convenção em contrário, as comunicações previstas nas alíneas a) e c) do n.º 1 são efetuadas por meio informático, nomeadamente em suporte digital ou correio
eletrónico.

Dever de declaração do risco


1. O tomador do seguro deve antes da celebração do contrato declarar com exatidão todas as circunstâncias que conheça e razoavelmente deva ter por significativas para a
avaliação do risco e informar sobre as circunstâncias extraordinárias que sejam do seu conhecimento e que possam agravar o risco.
2. Se, o tomador do seguro intencionalmente, ocultar informações ou prestá-las de forma inexacta ou com má-fé à Seguradora, esta pode anular o contrato, mediante uma
simples declaração a ser enviada pela seguradora ao tomador de seguro. Não estando nestes casos a seguradora obrigada a cobrir o sinistro entretanto ocorrido e tendo
direito a ser reembolsada das eventuais indemnizações que tenha pago e a receber do tomador de seguro o prémio devido até ao fim do contrato.
3. Não tendo havido dolo no incumprimento do dever de declaração inicial de risco, a seguradora pode no prazo de 30 (trinta) dias a contar do seu conhecimento, ou fazer
cessar o contrato, ou propor uma alteração do contrato, com novas condições de prémio e de âmbito de risco para o seguro, e, caso não haja aceitação dentro do prazo de-
terminado pela seguradora, não inferior a 15 dias, o contrato poderá ser anulado.
4. Ocorrendo um sinistro antes da anulação ou correção do contrato a indemnização é reduzida proporcionalmente em função do prémio pago e do que deveria ter sido pago
se o risco tivesse sido exatamente declarado. A indemnização poderá até nem ser paga se a seguradora provar que nunca aceitaria o seguro, se tivesse sido corretamente
informado sobre o risco.

Pagamento dos prémios


1. A cobertura dos riscos depende do prévio pagamento do prémio.
2. Na vigência do contrato, e sem prejuízo do disposto na Lei do Contrato de Seguro quanto a situações especiais de realização do aviso prévio ao tomador do seguro, o aviso
da data de vencimento dos prémios subsequentes ou de frações de prémio é realizado na própria apólice, pela
indicação, em caracteres de maior dimensão do que os restantes, da data de vencimento e da obrigação de realizar o pagamento até essa data.
3. O segurador deve avisar por escrito o tomador do seguro sobre o exato montante do prémio devido, com antecedência não inferior a 30 (trinta) dias da data em que se
vence o prémio ou fração variável, reportando-se tal vencimento ao décimo quinto dia subsequente ao da efetiva realização do aviso ao tomador do seguro, quando este não
foi realizado com a antecedência indicada.
4. Do aviso a que se refere o n.º 2, efetuado na apólice, devem obrigatoriamente constar as consequências da falta de pagamento do prémio ou fração, nomeadamente a data
a partir da qual o contrato é automaticamente resolvido, para além de outros elementos que eventualmente sejam fixados em aviso do Banco de Cabo Verde.

Fracionamento e arredondamento dos prémios


1. O prémio anual pode ser fracionado, a pedido do segurado, até ao máximo de quatro prestações, podendo haver um agravamento em 3%, 4%, 5% ou 6%, consoante se trate
do fracionamento de duas, três, quatro ou doze prestações.
2. As importâncias dos prémios, dos sobreprémios são sempre arredondadas para o escudo imediatamente superior.

Falta de pagamento dos prémios


1. A falta de pagamento do prémio na data do vencimento constitui o Tomador do Seguro em mora, com a obrigação de pagar os correspondentes juros.
2. Decorridos 15 (quinze) dias após a data de vencimento, determina a resolução automática do contrato, sem possibilidade de o mesmo ser reposto em vigor.
3. Na pendência do prazo referido no n.º 2 o contrato e respetivas garantias mantêm-se plenamente em vigor, bem como a obrigação por parte do Tomador do Seguro, de pa-
gamento do prémio correspondente ao período em que o contrato vigorou acrescido dos juros de mora devidos, e ainda outros prémios ou frações eventualmente em dívida.
4. O não pagamento, até à data de vencimento de um prémio adicional resultante de uma modificação ao contrato determina a ineficácia da modificação, subsistindo o con-
trato com o âmbito e nas condições que vigoravam antes da pretendida modificação.
5. À situação referida no n.º 4, é aplicável o prazo da mora previsto no n.º 2.
6. Em caso de mora do segurador relativamente á perceção do prémio, considera-se o pagamento efetuado na data em que foi disponibilizado o meio para a sua realização.
7. Quando a cobrança for efetuada por mediadores, estes ficam obrigados a devolver aos seguidores os recibos não cobrados dentro do prazo de 8 (oito) dias subsequentes
ao prazo estabelecido no n.º 2, sob pena de incorrerem nas sanções legalmente estabelecidas.

Exclusões
1. Além dos acidentes de trabalho ou doenças profissionais excluídos pela legislação aplicável, não ficam cobertos pelo presente contrato:
a) Os acidentes de trabalho ou doenças profissionais devidas a distúrbios laborais, tais como greves e tumultos;
b) Os acidentes de trabalho ou doenças profissionais devidos a atos de terrorismo e de sabotagem, rebelião, insurreição, revolução e guerra civil;
c) Os acidentes de trabalho ou doenças profissionais devidas a invasão e guerras contra país estrangeiro (declarada ou não) e hostilidade entre nações estrangeiras (quer
haja ou não declaração de guerra) ou de atos bélicos provenientes direta ou indiretamente dessas hostilidades;
d) As hérnias com saco formado;
e) Os acidentes de trabalho ou doenças profissionais que sejam consequência da falta de observância das disposições legais sobre segurança;
f) A responsabilidade por quaisquer multas e coimas que recaiam sobre o tomador do seguro por falta de cumprimento das disposições legais.
2. Ficam excluídos do presente contrato os acidentes de trabalho e doenças profissionais de que sejam vítima o tomador do seguro, quando se trate de uma pessoa singular,
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bem como todos aqueles que não tenham com o tomador do seguro um contrato de trabalho.
3. Sendo a incapacidade ou o agravamento do dano consequência da injustificada recusa ou falta de observância das prescrições clínicas ou cirúrgicas, a indemnização pode
ser reduzida ou excluída nos termos gerais.
4. Considera-se sempre justificada a recusa de intervenção cirúrgica quando, pela sua natureza, ou pelo estado do sinistado, ponha em risco a vida deste.

Direito de regresso do segurador


1. Após a ocorrência de acidentes de trabalho ou diagnóstico de uma doença profissional, o segurador tem direito de regresso contra o tomador do seguro, relativamente à
quantia despendida:
a) Quando o acidente de trabalho ou doença profissional tiver sido provocado pelo tomador do seguro, seu representante, ou entidade por aquele contratada e por empresa
utilizadora de mão-de-obra, resultar de falta de observância, por aqueles, das regras sobre segurança e saúde no trabalho, ou aqueles tenham lesado dolorosamente o
segurador após o sinistro;
b) No caso de incumprimento das obrigações referidas nas alíneas do n.º 1 da cláusula 24.ª, na medida em que o dispêndio seja imputável ao incumprimento;

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Direito de regresso do segurador - Continuação
c) Relativamente aos seguros eventualmente celebrados sem indicação de nomes, nos termos do n.º 2 da cláusula 3.ª do aviso nº 11/2020 de 11 de dezembro, quando se
provar que nos trabalhos abrangidos pelo contrato foram utilizadas mais pessoas do que as indicadas como pessoas seguras;
d) Em resultado do agravamento das lesões do sinistrado decorrente de incumprimento do fixado no n.º 1 da cláusula 25.ª do aviso nº 11/2020 de 11 de dezembro.
2. Nos casos previstos nas 1.ª e 2.ª partes da alínea a) do n.º 1, o segurador satisfaz o pagamento das prestações que seriam devidas caso não houvesse atuação culposa,
sem prejuízo do direito de regresso.

Duração do contrato
1. O contrato indica a sua duração, podendo, se tal for estipulado pelas partes, ser celebrado por um período inferior a um ano, prorrogável automática e sucessivamente,
por igual período, ou pelo período de um ou mais anos, prorrogável, automática e sucessivamente, por novos períodos de um ano.
2. Os efeitos do contrato cessam às 24 horas do último dia do seu prazo.
3. A prorrogação prevista no n.º 1 não se efetua se qualquer das partes denunciar o contrato com 30 (trinta) ou 90 (noventa) dias de antecedência mínima em relação à data
da prorrogação, no primeiro caso quando o contrato tenha a duração de um ano e no segundo caso quando o contrato vigore sem duração determinada ou com duração igual
ou superior a cinco anos, ou se o tomador do seguro não proceder ao pagamento do prémio.
4. A presente apólice caduca na data em que ocorra a cessação definitiva da atividade profissional independente, desenvolvida com caráter de autonomia, sendo neste caso
o estorno de prémio processado, salvo convenção em contrário, pro rata temporis, nos termos legais, para o que o tomador do seguro comunica ao segurador.

Resolução do contrato
1. O contrato é resolvido automaticamente se o tomador do seguro não proceder ao pagamento do prémio.
2. Pode ainda ser acordada a possibilidade de as partes resolverem o contrato após uma sucessão de sinistros, presumindo-se, na ausência de estipulação contratual em
contrário, que há sucessão de sinistros quando ocorram dois sinistros num período de doze meses ou, sendo o contrato anual, no decurso da anuidade, podendo ser estipu-
lado regime especial que, atendendo à modalidade de seguro, permita preencher o conceito de sucessão de sinistros de modo diverso.
3. A resolução prevista no n.º 2, a exercer por iniciativa do segurador, não tem eficácia retroativa e deve ser exercida, por declaração escrita, no prazo de 30 (trinta) dias após
o pagamento ou a recusa de pagamento do sinistro.
4. O montante do prémio a devolver ao tomador do seguro em caso de cessação antecipada do contrato é calculado proporcionalmente ao período de tempo que decorreria da
data da cessação da cobertura até ao vencimento do contrato, salvo previsão de cálculo diverso pelas partes em função de razão atendível, como seja a garantia de separação
técnica entre a tarifação dos seguros anuais e a dos seguros temporários.
5. A resolução do contrato produz os seus efeitos às 24 horas do dia em que se verifique.

Regime de transmissão de contrato


A transmissão da posição do tomador do seguro, nos casos em que seja possivel, depende sempre do consentimento do segurador.

Reclamações/Sugestões
O tomador do seguro/cliente poderá fazer as suas reclamações e sugestões de melhoria através da Direção Comercial e do Pós-Venda, unidade orgânica responsável pela
gestão de reclamações à qual poderão ser dirigidas questões relacionadas com o presente contrato.
Em caso de divergência com o segurador, o tomador do seguro ou a pessoa segura podem também apresentar reclamação nos Livros de Reclamações, disponíveis em todos
os nossos escritórios.
O cliente poderá sempre solicitar a intervenção do Banco de Cabo Verde, através do Gabinete de Supervisão Comportamental, sem prejuízo ainda da possibilidade do recurso
à arbitragem ou aos tribunais, de acordo com as disposições legais em vigor.

Autoridade de supervisão
Banco de Cabo Verde.

Lei aplicável
O contrato rege-se pela lei cabo-verdinana.

IMPAR SEGUROS
FOGO
SÃO VICENTE
SÃO FILIPE
SEDE SOCIAL
Largo da Vitoria, atrás do Cruz de Passos
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Telefone: (+238) 281 22 67
PBX: (+238) 230 40 10/11
SANTIAGO SANTO ANTÃO
SEDE ADMINISTRATIVA PORTO NOVO
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RIBEIRA GRANDE
ACHADA DE SANTO ANTÓNIO Av. Luxemburgo, C.P nº 56
Av. OUA, Prédio Comunidades – Bloco G, Praia Telefone: (+238) 221 29 29
PBX: (+238) 260 02 16
MAIO
ASSOMADA PORTO INGLÊS
Rotunda de Portãozinho, Santa Catarina Rua Amilcar Cabral, C.P nº 18
Telefone: (+238) 265 11 22 Tel: (+238) 255 11 84
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SANTA CRUZ SÃO NICOLAU


Achada Fátima, Edif. EMPA, C.P nº 18, Pedra Badejo RIBEIRA BRAVA
Telefone: (+238) 269 13 33 Rua Dr. Júlio José Dias, C.P 63
SAL Telefone: (+238) 235 24 59
ESPARGOS BRAVA
Morro Curral, C.P nº 128 NOVA SINTRA
PBX: (+238) 241 16 19/ 241 22 90 Rua Padre Pio, C.P. 9110
SANTA MARIA Nova Sintra, Brava
Travessa Amílcar Cabral, CP nº 70 Telefone: (+238) 285 10 77
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