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PRINCIPAIS ESTABILIDADES PROVISÓRIAS

Estabilidade definitiva/decenal - Não existe mais desde 1988 com a CF


Art. 492, CLT
O FGTS passou a ser obrigatório e substituiu esta forma de estabilidade – revogação
tácita

1. GESTANTE
Art. 10, II, “b”, ADCT
Súmula 244, TST
Art. 391-A, CLT
Súmula 396, I e II, TST e Art. 496, CLT (Aplica-se a todas as estabilidades)

TST - Teoria da concepção: a partir da concepção já é garantida a estabilidade


Aviso prévio: só a gestante adquire estabilidade durante o aviso prévio
Reintegração trabalhista com tutela antecipada para reintegração imediata
Se for desaconselhável a reintegração, o juiz pode mandar indenizar todo o
período, desde o afastamento até o final, com salários, 13º, férias e FGTS –
qualquer estabilidade, não só a gestante tem esse direito. O autor da ação pede a
reintegração e a indenização, mas o juiz que vai escolher.
Pode pedir só a indenização? Sim, em uma condição: quando a gestante tiver saído
da empresa durante a gravidez e se tiver passado já o período de estabilidade.
Prazo prescricional de 2 anos a partir da data de demissão para ação judicial.
Gestante pode ser mandada embora COM JUSTA CAUSA e PEDIDO DE
DEMISSÃO, a estabilidade só assegura na demissão sem justa causa.
Se a dispensa for discriminatória (cor, raça, sexo, doença), o empregado tem direito a
ser reintegrado ou pedir indenização de DOBRO do salário até a data da sentença. O
empregado que escolher, não o juiz (diferença da estabilidade).
Quando a mãe morre no parto, a estabilidade passa para o pai para o emprego dele
(quem tem a guarda da criança usufrui da estabilidade).
Também é devida a estabilidade da gestante para a mãe que adota, estabilidade de 5
meses após a guarda.
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição:
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
b) - da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o
parto.

Súmula nº 244 do TST


GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item III alterada na
sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT
divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao
pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o
período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais
direitos correspondentes ao período de estabilidade.
III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10,
inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na
hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.

STF entende que não é cabível a estabilidade da gestante durante o contrato de


prazo determinado.
TST “ignora” a decisão do supremo, na prática, tem estabilidade.

Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de


trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à
empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

SÚMULA Nº 396 - ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE


REINTEGRAÇÃO. CONCESSÃO DO SALÁRIO RELATIVO AO PERÍODO
DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO. INEXISTÊNCIA DE JULGAMENTO
"EXTRA PETITA"

I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do


período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade,
não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego.

II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando
o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT

Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o


grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o
empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em
indenização devida nos termos do artigo seguinte.
2. ESTABILIDADES PROVISÓRIAS NO EMPREGO
CONCEITO (Art. 19 a 21 da lei 8.213/91 – hipóteses que o INSS considera como
acidente de trabalho)
Deve haver nexo causal em virtude do trabalho
Doença ocupacional ou normal, mas é necessário que essa doença faça com que o
empregado fique +15 dias afastado, a empresa paga os 15 dias e deve fazer a CAT
(comunicado de acidente de trabalho) para o INSS, após os 15 dias, o INSS passa a
pagar.
Assim, o empregado receberá o auxílio-doença acidentário e a estabilidade durante
1 ano após a cessação do benefício do INSS.
Se demitir sem justa causa, a empresa terá que indenizá-lo ou reintegrá-lo na
empresa.
Não pode ser demitido sem justa causa, mas o empregado pode pedir demissão ou
dispensa por justa causa.
Se não tiver nexo com o trabalho, o empregado vai receber o auxílio-doença comum,
não adquirindo estabilidade.
Se a doença piorou em decorrência do trabalho, também é acidente de trabalho.

BASE LEGAL (Art. 59 e 118 da Lei 8.213/91 e súmula 378, TST)


Qualquer contrato com prazo determinado também garante estabilidade de 1 ano
quando cessa o benefício do INSS.
Requisitos: (1) receber auxílio-doença acidentário + ficar afastado por mais de 15 dias
em razão de acidente
Nomenclaturas:
LER (Lesão por esforço repetitivo): Somente empregado autônomo
DORT (Doença ocupacional relacionada com o trabalho): diante de uma relação de
emprego normal

DOENÇA OCUPACIONAL  É gênero (qualquer tipo de doença em relação do


trabalho é ocupacional)
Enquanto o empregado está recebendo ao auxílio-doença acidentário, a pessoa tem os
seguintes benefícios:
I- Gera estabilidade
II- Não tem carência para liberar benefícios previdenciários
III- Recolhe-se FGTS no período de afastamento
IV- Dano moral e dano material, se tiver culpa do empregador (Súmula 37, STJ)
V- Plano de saúde (Súmula 440, TST)
Divide-se em 2:
a) Doença do trabalho: Acidente do trabalho, empregado precisa provar o nexo
causal, exige-se o ônus da prova.

b) Doença profissional: Não precisa de prova, nexo causal é legal, é absoluto,


aplicado pela previdência

Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a


serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho
dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

§1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e


individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.

§2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de


cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.

§3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da


operação a executar e do produto a manipular.

§4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos


e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do
disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as


seguintes entidades mórbidas:

I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo


exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva
relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;

II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função


de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione
diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.

§1º Não são consideradas como doença do trabalho (cai muito em prova):

a) a doença degenerativa;

b) a inerente a grupo etário;

c) a que não produza incapacidade laborativa;


d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato
direto determinado pela natureza do trabalho.

Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a
sua recuperação;

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em


conseqüência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou


companheiro de trabalho;

b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa


relacionada ao trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de


companheiro de trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de


força maior;

III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício


de sua atividade;

IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de


trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da


empresa;

b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar


prejuízo ou proporcionar proveito;

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por


esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do segurado;

3. MEMBRO DA CIPA (Convenção interna de prevenção de acidente)


NR-5 – Empresas que precisam ter o CIPA. Os membros são os empregados, dentre
eles, tem dois tipos:
Os que o empregador indica: não tem estabilidade.
Os que são eleitos pelos colegas de trabalho: tem estabilidade.
Início da estabilidade: A estabilidade começa com o registro para a candidatura.
Fim da estabilidade: 1 ano após o término do mandato.
OBS: Se não for eleito na candidatura, a estabilidade termina com o fim da eleição.
Art. 164 e ss. da CLT.
Função da CIPA: Fiscalizar o ambiente de trabalho.

4. DIRIGENTE SINDICAL (Estável mais protegido dentre as estabilidades – se


cometer falta grave, empregador tem que provar na justiça por meio de uma ação
judicial única – inquérito judicial para apuração de falta grave)
Assegurada pela constituição - Art. 8º, VIII.
Representante dos empregados de uma determinada categoria na região. Aquele que luta
pelo direito dos trabalhadores.
Também feito por eleição, feita pelos sindicados, os 7 mais votados na chapa tem
estabilidade, além de mais 7 suplentes.
Início da estabilidade: A estabilidade começa com a comunicação do sindicado à
empresa de que o empregado foi registrado para eleição.
Fim da estabilidade: 1 ano após o término do mandato.
Não garante estabilidade no curso do aviso prévio. Única estabilidade no curso do aviso
é a gestante.
Se aceitar a transferência, saindo da base territorial, e a empresa demitir depois de
dois meses? Pode?
R: Sim, pois não garante mais a estabilidade com a transferência.
Se a transferência for abusiva?
R: Reclamação trabalhista e pedir uma liminar para que a empresa impeça a
transferência. Art. 659, X, CLT.
OBS: Readmissão: novo contrato, diferença de reintegração.

5. REPRESENTANTE DOS EMPREGADOS


Art. 11, CF - Empresas com mais de 200 empregados, tem que ter um representante -
Art. 510 – A a 510 – D, CLT.
Também por eleição.
Função: interlocutor entre o patrão e os empregados. Leva os problemas da empresa
para o empregador.
Início da estabilidade: A estabilidade começa com o registro para a candidatura.
Fim da estabilidade: 1 ano após o término do mandato.

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