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AUXÍLIO ACIDENTE

Por Vanusa Mendes

NATUREZA JURÍDICA

O auxílio-acidente de qualquer natureza é


benefício previdenciário que não visa substituir renda ou ganho habitual do
trabalhador, antes visa indenizar pelo sinistro, no caso o acidente de qualquer
natureza.

Logo, pode ser inferior ao salário mínimo.

ACIDENTE DE QUALQUER NATUREZA

O que é?

O Regulamento da Previdência, Decreto 3048/99


traz uma definição:

Decreto 3048/99 art. 30:


§ 1º Entende-se como acidente de qualquer
natureza ou causa aquele de origem traumática e por exposição a agentes
exógenos, físicos, químicos ou biológicos, que acarrete lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou a redução permanente
ou temporária da capacidade laborativa. (Incluído pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)

ACIDENTE DE TRABALHO

Toda a vez que houver nexo com o trabalho,


estamos diante de um acidente de trabalho, que pode ser típico:

Lei 8213/91

Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo


exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou
pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11
desta Lei *, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a
morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para
o trabalho. (*Segurado especial)

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos


termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:
I – doença profissional, assim entendida a
produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a
determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social;

II – doença do trabalho, assim entendida a


adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o
trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação
mencionada no inciso I.

§ 1º Não são consideradas como doença do


trabalho:

a) A doença degenerativa;
b) A inerente a grupo etário;
c) A que não produza incapacidade
laborativa;
d) A doença endêmica adquirida por
segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho.

§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a


doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou
das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona
diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.

Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do


trabalho, para efeitos desta Lei:
I – o acidente ligado ao trabalho que, embora não
tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do
segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou
produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

II – o acidente sofrido pelo segurado no local e no


horário do trabalho, em consequência de:

a) Ato de agressão, sabotagem ou


terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
b) Ofensa física intencional, inclusive de
terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) Ato de imprudência, de negligência ou
de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) Ato de pessoa privada do0 uso da
razão;
e) Desabamento, inundação, incêndio e
outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;

III – a doença proveniente de contaminação


acidental do empregado no exercício de sua atividade;

IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que


fora do local e horário de trabalho;

a) Na execução de ordem ou na
realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) Na prestação espontânea de qualquer
serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
c) Em viagem a serviço da empresa,
inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos
para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio
de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;

d) No percurso da residência para o local


de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

CONCAUSA

É a “causa que acompanha ou coexiste com outra


para determinado efeito”. Ou seja, é uma outra causa que, ao se juntar com
a principal, contribui para o resultado.

“O nexo de causalidade, para efeito de


reconhecimento de doença ocupacional equiparada a acidente de trabalho,
pode se dar quando verificado que a atividade laboral realizada contribuiu
para o surgimento ou agravamento da doença, juntamente com outros
fatores. Inteligência do art. 21, inc. I, da Lei nº8.213/91.” (TRT 04ª R.
RO0001542-52.2011.5.04.0771, 11ª T. Rel. Des. Ricardo Hofmeister de
Almeida Martins Costa, DJE 14.09.2012)

A doutrina elenca três tipos de concausas:


As CONCAUSAS PREEXISTENTES são aquelas
que existiam antes mesmo da causa principal do acidente. Por exemplo, um
trabalhador é diabético e ao se ferir durante o exercício de suas atividades, a
lesão decorrente do acidente se agrava pela dificuldade de repará-la, haja
vista as complicações provenientes da diabetes.

Já as CONCAUSAS SUPERVENIENTES são


aquelas que ocorrem após a conduta principal e contribuem para o resultado,
seja ele o próprio acidente ou o agravamento de uma doença.

Pode-se citar como exemplo quando o trabalhador


sofre um acidente e é levado imediatamente ao hospital, contudo, ainda que
a atuação do empregador tenha sido adequada, durante sua internação o
empregado não recebe o tratamento devido e morre.

As CONCAUSAS CONCOMITANTES, por sua


vez, são aquelas que ocorrem durante a vida laboral do empregado. Por
exemplo, um trabalhador que adquire surdez em razão da exposição contínua
ao ruído no ambiente de trabalho.
REQUISITOS

Lei 8213/91 Art. 86. O auxílio-acidente será


concedido, como indenização, ao segurado quando, após a consolidação das
lesões decorrentes de acidente, resultarem sequelas que impliquem redução
da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, conforme
situações discriminadas no regulamento. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 905, de 2019)

DECRETO 3048/99

Art. 104. O auxílio-acidente será concedido, como


indenização, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, ao trabalhador
avulso e ao segurado especial quando, após a consolidação das lesões
decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva que,
a exemplo das situações discriminadas no Anexo III, implique redução da
capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. (Redação dada
pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

I - redução da capacidade para o trabalho que


habitualmente exerciam; (Redação dada pelo Decreto nº 4.729,
de 2003)
II - redução da capacidade para o trabalho que
habitualmente exerciam e exija maior esforço para o desempenho da mesma
atividade que exerciam à época do acidente; ou

III - impossibilidade de desempenho da


atividade que exerciam à época do acidente, porém permita o desempenho
de outra, após processo de reabilitação profissional, nos casos indicados pela
perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social.

Será devido quando consolidadas as lesões


sofridas decorrentes do acidente de qualquer natureza e o segurado venha a
necessitar de maior esforço para realizar a atividade laboral, com
necessidade de empregar maior esforço, então o auxílio-acidente tem por
objetivo recompor, “indenizar” o segurado pela perda parcial de sua
capacidade de trabalho, com consequente redução da remuneração.

Tem de haver nexo de causalidade entre o acidente


e as lesões consolidadas redutoras da capacidade de trabalho.

O Anexo III do RPS elenca as situações que dão


direito ao auxílio-acidente, especificadas em 9 Quadros:
Aparelho visual (Quadro 1), Aparelho auditivo
(Quadro 2), Aparelho de fonação (Quadro 3), Prejuízo estético (Quadro 4),
Perda de segmentos e membros (Quadro 5), Alterações articulares (Quadro
6), Encurtamento de membro inferior (Quadro 7), Redução da força e/ou da
capacidade funcional dos membros (Quadro 8) e outros aparelhos e sistemas
(Quadro 9).

ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL

Tema 426 (Recurso repetitivo STJ)

Exige-se, para concessão do auxílio-acidente, a


existência de lesão, decorrente de acidente do trabalho, que implique redução
da capacidade para o labor habitualmente exercido. O NÍVEL DO DANO,
EM CONSEQUÊNCIA, O GRAU DO MAIOR ESFORÇO, NÃO
INTERFEREM NA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO, O QUAL SERÁ
DEVIDO AINDA QUE MÍNIMA A LESÃO. (Para a concessão de auxílio-
acidente, é necessário verificar, apenas, se existe lesão decorrente da
atividade laboral e que acarrete, no fim das contas, incapacidade (ainda que
mínima) para o trabalho regularmente exercido.) REsp 1109591SC
11/12/2010.

IN77

Art. 319, § 2º Em caso excepcional, constatando-


se que a doença não incluída na relação prevista no Anexo II do RPS,
resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se
relaciona diretamente, a Previdência Social deverá
considerá-la acidente do trabalho.

“5. Denota-se dos fólios que o autor foi admitido


pela Empresa Transportadora Cometa S.A. para exercer a função de
AJUDANTE de carregamento de carga e descarga (fls. 15), tendo sido
diagnosticado com PROBLEMAS NO JOELHO E COLUNA, conforme
declarado na CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho (fls. 68), o
que ensejou a concessão do auxílio-doença acidentário (B91) em
07.11.2008 (fls. 16) até 12.08.2009 (fls. 19). 6. Nexo causal reconhecido
pela própria Autarquia Previdenciária. 7. Em que pese a perícia
elaborada pelo Expert judicial (fls. 212/216 – datado em 23.01.2012),
tenha declarado ser o periciando portador de enfermidade
degenerativa, respondeu ao quesito de número 05 que o obreiro não
pode exercer a mesma função, indicando-lhe ainda, a REABILITAÇÃO
PROFISSIONAL (fls. 217). 8. Destarte, importa ressaltar que a
patologia adquirida pelo proponente, apesar de se tratar de doença
degenerativa, que a princípio, não caracteriza acidente de trabalho, no
entanto, observa-se que o autor exercia função que implica a adoção de
posições forçadas e gestos repetitivos, ritmo de trabalho penoso e
condições difíceis de trabalho, que consistem em fatores de risco a
natureza ocupacional, as quais enquadram-se como doença profissional
relacionada ao trabalho, conforme previsão no anexo II, do Decreto nº
3.048/99, alterado pelo Decreto nº 6.042/200). 9. Desse modo, possível,
na hipótese em tela, cogitar-se de outras possibilidades que poderiam ter
contribuído para as enfermidades aqui
discutidas, mas não há como deixar de concluir pelo seu enquadramento
como doença do trabalho (etiologia traumática), pois na definição do
nexo causal de doença de cunho ocupacional, o trabalho pode
representar um elemento apenas secundário, de AGRAVAMENTO, não
precisando ser necessariamente o único elemento gerador da doença nos
termos do art. 21, I, da Lei nº 8.213/91. 10. ((STJ – AREsp: 1209645 PE
2017/0307823-0, Relator: Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, Data de
publicação: DJ 18/12/2017) (apenas trecho do julgado). (GRIFOU-SE)

QUALIDADE DE SEGURADO

Art. 15. Mantém a qualidade de segurado,


independentemente de contribuições:

I – sem limite de prazo, quem está em gozo de


benefício, exceto do auxílio-acidente; (Redação dada pela Lei nº 13.846, 18
de junho de 2019)

Portaria 231de 23/03/2020

§ 1° O auxílio-acidente concedido, ou que tenha


data da consolidação das lesões, até 17 de junho de 2019, véspera da
publicação da Lei n° 13.846/2019, deve ter o período de manutenção da
qualidade de segurado de 12 meses iniciado em 18 de junho de 2019, nos
termos do artigo 15, inciso II, da Lei 8.213/91,
conforme entendimento descrito na Nota n° 00011/2020/CCBEN/PFE-
INSS.

§ 2º O auxílio-acidente com fato gerador a partir de


18 de junho de 2019 não será considerado para manutenção da qualidade de
segurado.

RMI DO AUXÍLIO ACIDENTE

Lei 8213 artigo 86

§ 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a


cinqüenta por cento do salário-de-benefício e será devido, observado o
disposto no § 5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a
data do óbito do segurado. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)

Decreto 3048/99, artigo 36

II para o segurado empregado, inclusive o


doméstico, o trabalhador avulso e o segurado especial, o valor do auxílio-
acidente será considerado como salário de contribuição para fins de
concessão de qualquer aposentadoria, nos termos do disposto no § 8º do art.
32. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
§ 6º Para o segurado especial que não contribui
facultativamente, o disposto no inciso II será aplicado somando-se ao
valor da aposentadoria a renda mensal do auxílio-acidente vigente na
data de início da referida aposentadoria, não sendo, neste caso, aplicada
a limitação contida no inciso I do § 2º do art. 39 e do art. 183. (grifo da
autora)

PERDA AUDITIVA

A lei determina que haja nexo entre a perda


auditiva, e a atividade desempenhada:

Lei 8213 Art.86.

§ 4º A perda de audição, em qualquer grau,


somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, quando, além do
reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, resultar,
comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que
habitualmente exercia.

A perda de audição que dá direito ao auxílio-


acidente deve decorrer do exercício da atividade laborativa habitual do
segurado e reduzir a capacidade de exercício dessa mesma atividade. Sobre
o tema, a súmula 44 do STJ:

“A definição, em ato regulamentar, de grau


mínimo de disacusia, não exclui, por si só, a concessão do benefício
previdenciário”.
“(...) 2. Conforme a jurisprudência deste Tribunal
Superior ora reafirmada, estando presentes os requisitos legais exigidos para
a concessão do auxílio-acidente com base no art. 86, § 4º, da Lei n. 8.213/91
– deficiência auditiva, nexo causal e a redução da capacidade laborativa -,
não se pode recusar a concessão do benefício acidentário ao obreiro, ao
argumento de que o grau de disacusia verificado está abaixo do mínimo
previsto na Tabela de Fowler. 3. O tema, já exaustivamente debatido no
âmbito desta Corte Superior, resultou na edição da Súmula n. 44/STJ,
segundo a qual ‘A definição, em ato regulamentar, de grau mínimo de
disacusia, não exclui, por si só, a concessão do benefício previdenciário’. 4.
A expressão ‘por si só’ contida na citada Súmula significa que o benefício
acidentário não pode ser negado exclusivamente em razão do grau mínimo
de disacusia apresentado pelo Segurado. 5. No caso em apreço, restando
evidenciados os pressupostos elencados na norma previdenciária para a
concessão do benefício acidentário postulado, tem aplicabilidade a Súmula
n 44/STJ (...)” (REsp 1.095.523/SP, 3ª Seção, Rel. Min. Laurita Vaz, DJe
05.11.2009).

CARÊNCIA

O auxílio-acidente independe de Carência (art. 26,


I, da Lei 8213/91)
BENEFICIÁRIOS

Segurado que faz jus:

O segurado empregado, o empregado doméstico, o


trabalhador avulso e o segurado especial (art. 18, §1º, do PBPS). O
empregado doméstico foi incluído pela LC n. 150/2015.

Não têm direito ao auxílio-acidente o contribuinte


individual, e o segurado facultativo.

ACUMULAÇÃO

Súmula 507 STJ 21/03/2014

A acumulação de auxílio-acidente com


aposentadoria pressupõe que a lesão incapacitante e a aposentadoria sejam
anteriores a 11/11/1997, observado o critério do art. 23 da Lei n. 8.213/1991
para definição do momento da lesão nos casos de doença profissional ou do
trabalho.
TERMO INICIAL

Termo inicial será o dia seguinte ao da cessação do


auxílio-doença (art. 86, § 2º, do PBPS e art 104, § 2º, do RPS), após a
consolidação das lesões.

STJ TEMA 862

Fixação do termo inicial do auxílio-acidente,


decorrente da cessação do auxílio-doença, na forma dos arts. 23 e 86, § 2º,
da Lei n. 8.213/1991.

Art. 104, D 3048 § 3º O recebimento de salário ou


concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, não prejudicará a
continuidade do recebimento do auxílio-acidente.

Art. 31. O valor mensal do auxílio-acidente integra


o salário-de-contribuição, para fins de cálculo do salário-de-benefício de
qualquer aposentadoria, observado, no que couber, o disposto no art. 29 e no
art. 86 § 5º.

(art. 29 diz respeito ao fator previdenciário e o art.


86§ 5º foi revogado)
Para fins de cálculo da contribuição previdenciária,
o auxílio-acidente não integra o salário de contribuição (Lei 8.212/91, art.
28, §9º “a”).

SUSPENSÃO DO AUXÍLIO ACIDENTE

Se eventualmente o segurado vier a ficar


incapacitado total e temporariamente em razão do mesmo acidente que deu
origem ao auxílio-acidente, o benefício é suspenso, sendo devido então, o
auxílio-incapacidade temporária:

IN77

Art. 338. O auxílio-acidente será suspenso quando


da concessão ou da reabertura do auxílio-doença, em razão do mesmo
acidente ou de doença que lhe tenha dado origem, observado o disposto no
§ 3º do art. 75 do RPS.

1º O auxílio-acidente suspenso será restabelecido


após a cessação do auxílio-doença concedido ou reaberto, salvo se concedida
ao segurado benefício de aposentadoria subsequente ao auxílio-doença, e
ressalvadas as hipóteses de acumulação.

§ 2º O auxílio-acidente suspenso, na forma do


caput, será cessado se concedida aposentadoria, salvo nos casos em que é
permitida a acumulação, observado o disposto no art. 175. (Nova redação
dada pela IN INSS/PRES nº85, de 18/02/2016).
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