Bruno é um teletrabalhador que sofreu um acidente durante o trabalho em casa. A cadeira fornecida pela empresa quebrou e ele se machucou, ficando afastado por mais de 90 dias. Ele terá direito ao auxílio-doença acidentário e estabilidade provisória, pois o acidente ocorreu durante a jornada de trabalho monitorada pela empresa e ele assinou um termo de responsabilidade sobre as instruções de segurança recebidas.
Bruno é um teletrabalhador que sofreu um acidente durante o trabalho em casa. A cadeira fornecida pela empresa quebrou e ele se machucou, ficando afastado por mais de 90 dias. Ele terá direito ao auxílio-doença acidentário e estabilidade provisória, pois o acidente ocorreu durante a jornada de trabalho monitorada pela empresa e ele assinou um termo de responsabilidade sobre as instruções de segurança recebidas.
Bruno é um teletrabalhador que sofreu um acidente durante o trabalho em casa. A cadeira fornecida pela empresa quebrou e ele se machucou, ficando afastado por mais de 90 dias. Ele terá direito ao auxílio-doença acidentário e estabilidade provisória, pois o acidente ocorreu durante a jornada de trabalho monitorada pela empresa e ele assinou um termo de responsabilidade sobre as instruções de segurança recebidas.
Tema 01 (Direito do Trabalho): Bruno é teletrabalhador e cumpre
jornada preestabelecida pelo empregador, que o monitora por meio de
meios telemáticos. A empresa montou um home office em sua residência, fornecendo móveis (mesa e cadeira ergonômica), computador e impressora. O empregador instruiu Bruno de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. Foi assinado um termo de responsabilidade por Bruno comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador. Em determinado dia de trabalho, quando conferia relatórios, a cadeira em que ele estava sentado quebrou e ele, devido à queda violenta, machucou-se. Bruno ficou afastado das funções por mais de 90 dias. Na hipótese, de acordo com a Lei Previdenciária e com a Lei 13.467/2017, responda:
A) Ocorreu acidente do trabalho tendo em vista que o trabalho é
prestado na residência de Bruno?
B) Bruno terá direito ao recebimento de auxílio-doença acidentário e à
estabilidade provisória, uma vez que assinou termo de responsabilidade?
IMPORTANTE: Há um link “envio de peças e
materiais”, através do qual as redações serão enviadas.
Enviarei o arquivo da redação com a correção para o
email do aluno. (Mantenham o email atualizado).
Limite Máximo 30 linhas.
Desenvolver textos dissertativos. Formato Word para
facilitar correção.
Quem não conseguir enviar por Word pelo site, pode
enviar por email (professoradeborahpaiva@hotmail.com).
Apresentar domínio de conteúdo ao tema abordado.
Não fugir do tema!
Profª Déborah Paiva Página 1
Suporte legislativo e jurisprudencial:
Art. 20 da Lei 8213/91 Consideram-se acidente do trabalho, nos
termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou
desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou
desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região
em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não
incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
Art. 21 da Lei 8213/91 Equiparam-se também ao acidente do
trabalho, para efeitos desta Lei:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a
causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do
trabalho, em conseqüência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro
ou companheiro de trabalho;
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b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou
de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou
decorrentes de força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do
empregado no exercício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e
horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a
autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe
evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando
financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências do anterior.
Profª Déborah Paiva Página 3
DO TELETRABALHO (Reforma Trabalhista – Lei 13.467/2017)
„Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regime de
teletrabalho observará o disposto neste Capítulo.‟
„Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços
preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.‟
„Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho
deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado.
§ 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de
teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual.
§ 2o Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho
para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual.‟
„Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela
aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito. Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a remuneração do empregado.‟
„Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de
maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador.‟”
“Art. 134. § 1o Desde que haja concordância do empregado, as
férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.
§ 2o (Revogado).
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§ 3o É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.” (NR)
Súmula 378 do TST
I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91.