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Após leitura dos oito textos abaixo, elaborar uma resenha EM DUPLA
em forma de Podcast (de 3 a 8 minutos) de três desses textos, sendo
a resenha do texto 1 obrigatória.
Obs.: Gravar em arquivo de áudio (MP3, MP4 ou outro) e postar no
classroom.
Texto 1 – Acidente de Trabalho: Estabilidade, Indenização e
Benefícios no INSS
Waldemar Ramos 25/08/2020
O artigo 21, inciso IV, alínea d da Lei Previdenciária (Lei nº 8.213/91) prevê
como equiparação a acidente de trabalho aquele sofrido pelo trabalhador
ainda que fora do local e horário de trabalho no percurso da residência para
o local de trabalho e vice-versa, qualquer seja o meio de locomoção,
inclusive seu veículo próprio.
• I – práticas religiosas;
• II – descanso;
• III – lazer;
• IV – estudo;
• V – alimentação;
• VI – atividades de relacionamento social;
• VII – higiene pessoal e
• VIII – troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade
de realizar a troca na empresa. Não há aqui menção ao tempo de
deslocamento.
Não há também a necessidade de se exigir que o trabalhador tenha percorrido
o “caminho mais curto” entre a sua residência e o local de trabalho. Ainda
que o trabalhador realize um ligeiro desvio no percurso, ao parar em um
mercado ou farmácia, por exemplo, não se rompe o nexo de causalidade entre
o acidente e o retorno do trabalho para casa.
Por fim, a falta de emissão do CAT não traz nenhum prejuízo ao trabalhador
para o reconhecimento do direito ao benefício previdenciário acidentário.
A natureza acidentária da incapacidade pode ser reconhecida pelo perito
médico do INSS ou por intermédio de ação judicial quando o trabalhador é
submetido à perícia médica judicial.
A partir daí o trabalhador pode ingressar com uma ação no Poder Judiciário,
solicitando o reestabelecimento do benefício por incapacidade contra o
INSS, bem como, de forma concomitante pode ingressar com reclamação
trabalhista para cobrar uma indenização da empresa devido à redução da
capacidade laboral e o pagamento de salários desta a data em que o INSS
cessou o benefício por incapacidade.
Em relação à estabilidade no emprego, o artigo 118 da Lei Lei 8.213/91
estabelece que o trabalhador que sofreu acidente de trabalho tem garantida,
após o encerramento do auxílio-doença acidentário, pelo prazo mínimo de
doze meses, da manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, caso
contrário, o empregador deverá arcar com os custos da demissão antecipada.
(…)
esquecidos
Minerador chileno Mario Sepúlveda: ele é um dos "33 mineradores do Atacama", em sua casa de
Santiago no Chile (AFP/AFP)
Dez anos depois de ficarem presos no fundo da mina San José, no norte do
Chile, os “33 mineradores do Atacama”, sentem-se heróis caídos no
esquecimento e no abandono.
A fama não durou muito, porém. Hoje, quatro deles relatam seus diferentes
destinos à AFP, ainda afetados por traumas, pesadelos e doenças.
José Ojeda foi quem escreveu a famosa mensagem: “Estamos bem no refúgio,
os 33”, alertando o mundo de que estavam vivos quando muitos já haviam
perdido a esperança.
“As pessoas achavam que nós pagávamos pelas viagens. Acham que ficamos
com muito dinheiro, e esse não é o caso”, afirma este homem de 57 anos de
Copiapó, onde vive modestamente com a pensão que recebe do governo, de
aproximadamente 320 dólares.
Jimmy Sánchez era o mais jovem do grupo. Começou a trabalhar na mina aos
19 anos, sem terminar o Ensino Médio.
“É como se tivesse acontecido ontem. Acho que nunca vou me esquecer”, disse
ele, em Copiapó, a cerca de 800 quilômetros ao norte de Santiago, onde vive da
pensão recebida pelas sequelas do acidente.
Mario Sepúlveda, hoje com 49 anos, denuncia que foram tratados mal.
Para Omar Reygadas, um dos mais experientes do grupo, “tudo o que vivemos
na mina e tudo o que vimos ainda é muito latente”.
Hoje, Reygadas trabalha como motorista.
Indenização
Mas, por que não conseguiram manter essa união fora da mina?
“As famílias provocaram toda essa desunião entre nós. Houve um antes, um
durante e um depois. E, depois que saímos, já se transformou em cada um por
si”, acrescenta.
O ex-minerador chileno Jimmy Sánchez, o mais jovem dos “33 mineradores do Atacama” (AFP/AFP)
Oito anos depois, a Justiça condenou o Estado chileno a pagar uma indenização
de US$ 110.000 a cada um e isentou a mineradora San Esteban.
O Conselho de Defesa do Estado (CDE) recorreu da decisão, porém, alegando
que os mineradores já foram ressarcidos ao receberem pensões vitalícias (14
dos 33 por idade e patologias) e ajuda financeira privada. O recurso ainda não
foi resolvido pelo Tribunal de Apelações de Santiago.
Os mineradores também criticam o pouco acompanhamento recebido após o
resgate: “Nos abandonaram rapidinho; ficamos em terapia por apenas um ano”,
reclama Sepúlveda.
Jimmy Sánchez deseja ter sua casa própria. José Ojeda clama por ajuda para
pagar seu tratamento médico contra uma diabetes avançada, e Mario Sepúlveda
afirma que trocaria tudo o que viveu para voltar a trabalhar em uma mina.
Texto 3 – Funcionário de frigorífico morre ao cair dentro de
máquina de hambúrguer, em Mato Grosso do Sul
Alfredo Mergulhão
ter., 31 de agosto de 2021 2:41 PM
Um funcionário de um frigorífico morreu após cair em uma máquina de fazer
hambúrguer, em Dourados, em Mato Grosso do Sul. A vítima foi identificada
como Rodrigo Roa Alvares, de 37 anos. Ele era colaborador terceirizado da JBS
Seara Alimentos.
O acidente de trabalho ocorreu na noite de domingo. Profissional com mais de dez
anos de experiência no ramo, Alvares fazia manutenção da máquina quando caiu
e teve parte do corpo triturado. Ele morreu no local.
O coordenador de segurança do trabalho da Seara acionou a polícia. Um delegado
e uma equipe de peritos esteve na indústria para realizar as investigações. Um
inquérito foi instaurado pela Polícia Civil para investigar o que causou a morte.
De acordo com as primeiras apurações, um outro mecânico que estava no mesmo
ambiente relatou que Alvares estava trocando os rolamentos e embuxamentos da
máquina e voltou depois de ter terminado o serviço para fazer alguns ajustes.
A Polícia Civil informou ao GLOBO que esse outro mecânico relatou que estava
embaixo da máquina, fechando a tampa, quando ouviu um grito. Ele observou que
a misturadora de hambúrgueres estava sem trava de segurança e não soube
informar em qual momento foi retirado o cadeado.
A corporação tenta ainda ouvir uma outra testemunha do acidente. Segundo a
Polícia Civil, trata-se de um funcionário que fazia a higienização no mesmo
ambiente onde estava Alvares. Mas quando os investigadores chegaram ela já
havia se retirado, pois ficou em estado de choque.
Já a JBS confirmou a morte do colaborador e diz que acompanha a investigação
do acidente e presta assistência necessária à família da vítima.
Alvares era casado e deixou três filhos. Nas redes sociais, a víuva publicou uma
imagem de luto, com os dizeres: "A dor é grande, a saudade é eterna". A mãe da
vítima, Nélida Alvares, também escreveu uma mensagem: "descanse em paz meu
filho", diz o texto.
Texto 4 – White Martins: explosão em fábrica não afetará produção de
oxigênio
Três dos feridos foram levados para o Instituto Doutor José Frota (IJF), onde
foram submetidos a exames para avaliação clínica. Mais cedo, o prefeito José
Sarto Nogueira já havia comentado, nas redes sociais, que os três
“pacientes”, cujos nomes não revelou, estavam “estáveis, acompanhados
pelas equipes multiprofissionais do hospital e realizando exames de
imagem”.
O Brasil, por conta de sua área, tamanho da população, capacidade de sua economia (mesmo em
momentos de crise, como o que, infelizmente, ocorre agora), está dentre os destaques e líderes
mundiais em vários aspectos. Alguns destes aspectos são positivos. Outros, infelizmente, são
negativos e não deveriam orgulhar qualquer brasileiro. Mas como são números oficiais, de acordo
com dados fornecidos pelo Governo Federal, devem ser conhecidos e divulgados para todos, até
como forma de possibilitar a adoção de medidas efetivas para que situações reconhecidas como
irregulares não se repitam.
Em relação ao objeto deste artigo, o nosso país se situa dentre aqueles que mais mutilam, adoecem
e matam os seus trabalhadores, em números que se aproximam de estatísticas de guerra. Segundo
dados da Previdência Social, o Brasil registra, em média, mais de 700 mil acidentes de trabalho
por ano, desde, pelo menos, o ano de 2010. Como exemplo, citamos o ano de 2014, onde foram
registrados cerca de 704 mil acidentes de trabalho, tendo ocorrido 2.783 óbitos e 251 mil e
quinhentos afastamentos por período superior a quinze dias.
Os números, ainda mais quando se sabe que existe grande subnotificação dos acidentes de
trabalho, são absurdos e demonstram a necessidade de adoção de medidas para garantir meio-
ambientes de trabalho mais seguros e com respeito à higidez física e mental dos trabalhadores
brasileiros.
Esta atuação ocorre em todas as áreas e setores da economia, sendo importante destacar, aqui, e
considerando que estes temas correspondem às metas prioritárias de atuação do Ministério
Público do Trabalho, o trabalho nos setores da Construção Civil e dos Frigoríficos e a firme
atuação para que o amianto, substância cancerígena e banida de quase todos os países civilizados
do mundo, também possa ser banido de nosso país.
Mas a atuação ministerial não se limita às investigações, inquéritos e ações judicias. Por
determinação constitucional e considerando as alarmantes estatísticas oficiais, este ramo do
Ministério Público tem procurado participar, junto com todos os atores do sistema de proteção
trabalhista, dos movimentos realizados para a criação de uma cultura de respeito às normas de
segurança, saúde e higiene do trabalho.
Considerando que o dia 07 de abril é considerado o Dia Mundial da Saúde, este ano, e de acordo
com a OMS – Organização Mundial da Saúde, o foco das ações será a necessidade de cuidados
com a saúde mental dos trabalhadores. O dia 28 de abril foi consagrado pela Organização
Internacional do Trabalho como o dia Mundial em Memórias às Vítimas de Trabalho e de
Doenças Ocupacionais (esta mesma data é considerada o dia nacional deste tema, face os termos
da Lei nº 11.121/2005), iniciou-se, há alguns anos, um movimento de conscientização massiva,
em todos os dias do mês, da necessidade de termos ambientes de trabalho mais protegidos.
O Ministério Público do Trabalho apoia e participa ativamente deste movimento, tendo realizado,
ao longo dos últimos meses, articulações e ações com diversos parceiros e atores sociais para
massificar, durante todo o mês de abril, a mensagem da importância da prevenção dos acidentes
de trabalho.
Devemos evitar uma guerra. Por questões humanitárias, de economia e, principalmente, para não
chorarmos pela perda de vidas por situação tão estúpida e atrasada, mas ainda existente nos
tempos atuais. Pelos mesmos motivos, devemos cobrar a adoção de medidas necessárias para a
prevenção de acidentes de trabalho, apoiando o movimento do “Abril Verde”.
Devemos isto em memória de todos aqueles que, infelizmente, merecem ser lembrados neste 28
de abril, mas, em especial, para evitar que os milhões de trabalhadores brasileiros aumentem a já
triste e infeliz estatística oficial. Até porque não existe valor no mundo que possa reparar um
trabalhador falecido, mutilado, física ou mentalmente, por condições de trabalho que não
respeitaram as normas de saúde e segurança vigentes em nosso país.
"Neste momento, estamos dando toda a atenção e suporte às famílias das vítimas, bem
como adotando todas as providências legais e necessárias para minimizar a dor desse
momento de perda, assim como as autoridades competentes", conclui a nota.
Em nota oficial, o Sesc afirma que o acidente ocorreu nas dependências da Aquasis e que
não há nenhum funcionário do Sesc envolvido. "Sendo toda a operacionalização do
espaço cedido de absoluta responsabilidade da Fundação, não é permitida ao Sesc
qualquer gestão, seja de pessoal, técnica ou relativa ao próprio funcionamento do
Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos", diz o texto.
"Informa ainda que as responsabilidades estão sendo apuradas pelas autoridades
competentes e disponibiliza todas as condições necessárias para o esclarecimento dos
fatos e para minimizar esse momento de pesar", conclui.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou, por meio de nota,
que equipes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram no local e
realizaram os primeiros trabalhos de apuração. O inquérito policial foi instaurado pela
DHPP e encaminhado para a Delegacia Metropolitana de Caucaia.
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