Você está na página 1de 3

MBA em Gestão Tributária - Aulas 28/10 e 04/11/2021

AgRg no AREsp 23410 / RS


AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2011/0156559-1

Relator(a)
Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO (1133)
Órgão Julgador
T1 - PRIMEIRA TURMA
Data do Julgamento
23/04/2019
Data da Publicação/Fonte
DJe 08/05/2019
Ementa
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
SENTENÇA NÃO SUBMETIDA AO REEXAME NECESSÁRIO. INEXIGIBILIDADE DO
TÍTULO EXECUTIVO. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA 423/STF. ART. 475, § 3o. DO CPC/1973.
DISPENSA DO REEXAME NECESSÁRIO. INAPLICABILIDADE. SUPOSTO LASTRO EM
JURISPRUDÊNCIA DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL QUE NÃO SE
VERIFICA. AGRAVO REGIMENTAL DO BANCO SANTANDER MERIDIONAL S.A. E
OUTRO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Trazem os autos Embargos à Execução opostos pela
Fazenda Nacional em demanda visando à cobrança de honorários advocatícios fixados em sede de
Ação Ordinária, na qual postulou a Contribuinte a exclusão da base de cálculo das contribuições ao
PIS das receitas decorrentes da locação de bens imóveis por não integrarem o conceito de
faturamento. Defendeu o Ente Público a inexigibilidade do título executivo diante da ausência de
submissão da sentença de procedência ao Reexame Necessário, na forma prevista no art. 475, I do
CPC/1973. 2. É certo que a sentença fundada em jurisprudência do plenário do Supremo Tribunal
Federal torna dispensável o Reexame Necessário, nos termos do art. 475, § 3o. do CPC/1973. No
caso destes autos, entretanto, não se verifica que os acórdãos plenários do STF indicados pelos
ora agravantes, quais sejam, RREEs 346.084/PR, 357.950/RS e 390.840/MG, tenham versado
exatamente sobre a mesma controvérsia dos autos, porquanto naqueles precedentes julgou-se
inconstitucional a ampliação do conceito de receita bruta promovida pelo art. 3o., § 1o., da Lei
9.718/1998, não se examinando ali
especificamente a inclusão de receitas decorrentes da locação de bens imóveis na base de cálculo
do PIS. 3. Impende considerar que, em recentes julgados, a Primeira Seção desta Corte Superior
reiterou o entendimento de que as receitas provenientes das operações de locação de bens móveis
caracterizam-se como faturamento, razão pela qual integram a base de cálculo do PIS e da
MBA em Gestão Tributária - Aulas 28/10 e 04/11/2021
COFINS. Há, inclusive, no que tange à COFINS, verbete sumular editado por esta Corte (Súmula
423), que sintetiza sua diretriz jurisprudencial: a Contribuição para Financiamento da Seguridade
Social - COFINS incide sobre as receitas provenientes das operações de locação de bens móveis.
Precedentes. AgInt no AREsp. 1.111.127/MG, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe
20.10.2017; AgInt no REsp. 1.592.663/RS, Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, DJe 16.3.2017. 4.
Logo, não há censura a se fazer ao acórdão de origem, que afastou a aplicação do § 3o. do art. 475
do CPC/1973, declarando a
inexigibilidade do título executivo pela ausência de trânsito em julgado da sentença não submetida
ao Reexame Necessário, segundo a dicção da Súmula 423/STF (Não transita em julgado a sentença
por haver omitido o recurso ex officio, que se considera interposto ex lege). 5. Agravo Regimental
do BANCO SANTANDER MERIDIONAL S.A. E OUTRO a que se nega provimento.
MBA em Gestão Tributária - Aulas 28/10 e 04/11/2021

AgRg no REsp 1515172 / PR


AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL
2015/0029826-0

Relator(a)
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES (1141)
Órgão Julgador
T2 - SEGUNDA TURMA
Data do Julgamento
16/04/2015
Data da Publicação/Fonte
DJe 23/04/2015
Ementa
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
ESPECIAL. CONTRIBUIÇÕES AO PIS E COFINS. POSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA SOBRE
AS RECEITAS DECORRENTES DA LOCAÇÃO DE IMÓVEIS PRÓPRIOS. SÚMULA N.
83/STJ. RECURSO ESPECIAL A QUE SE NEGA SEGUIMENTO (ART. 557, CAPUT, CPC). 1.
A 1ª Seção firmou entendimento no sentido de que as receitas provenientes da locação de móveis
e imóveis integram o conceito de faturamento, para os fins de tributação a título de PIS e COFINS,
incluindo-se aí as receitas provenientes da locação de móveis e imóveis próprios e integrantes
do ativo imobilizado, ainda que este não seja o objeto social da empresa, pois o sentido de faturamento
acolhido pela lei e pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do recurso representativo da
controvérsia com repercussão geral RE n. 585.235 RG-QO (Rel. Min. Cezar Peluso, julgado em
10/09/2008) e no julgamento do RE n. 371.258 AgR (Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma,
julgado em 03.10.2006) não é o estritamente comercial. 2. Agravo regimental não provido.

Você também pode gostar