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ATOS DE NAVEGAÇÃO

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Em 1651, a assinatura dos Atos de Navegação (conhecido em inglês


como Acts of Trade and Navigation) contribuiu decisivamente para o
crescimento econômico da Inglaterra, impulsionando o mercantilismo
inglês, ao favorecer a indústria naval e mercadores. Constituiu-se
uma das mais importantes atitudes políticas tomadas pelo governo
puritano de Cromwell, que havia derrubado a Monarquia em 1649 e
que transformou a Inglaterra numa república ditatorial por cerca de
dez anos.[1]

Os atos, que foram uma série de leis, buscavam restringir o uso de


navios estrangeiros, exceto os britânicos, no comércio entre o Reino
Unido e suas colônias pelo mundo.[2] O Ato de Navegação constituía
que o transporte de todo produto comercial a países europeus via
mar deveria ser feito por navios pertencentes a Inglaterra ou ao
próprio país europeu que estivesse realizando importação ou
exportação desses produtos. A razão por ser criada essa lei foi
principalmente a de eliminar a concorrência. O que ocorria era que a
Holanda estava conquistando um patamar alto no comércio marítimo
graças ao uso das suas embarcações para serem levados e trazidos
suprimentos do Novo Mundo. O poderio naval holandês era tanto que
poderia alcançar qualquer lugar de todo o planeta, e claro que com
isso ganhava muito lucro claramente reconhecido na capital da
Holanda de nome Amsterdã, que várias vezes era representada como
capital das finanças e sem citar que a Holanda era a maior potencia
mundial.

A Inglaterra também era um país em plena formação. Portugal e


Espanha foram os primeiros a lançarem seus recursos ao mar,
porém, não administraram bem os recursos encontrados e ficaram à
mercê de outros países. Por outro lado, os britânicos desenvolveram
suas frotas marítimas de modo a fortalece-las tanto em
características bélicas quanto em características comerciais. Quanto
aos recursos encontrados no Novo Mundo, tais foram muito bem
usados para o fortalecimento britânico. A Inglaterra se fortalecia
principalmente pelo comércio internacional que alcançava idealismo
em várias partes do mundo.
Obviamente os britânicos e os holandeses tiveram um choque, já que
tinham interesse igual e garantiam seu poder do mesmo jeito,
principalmente através do comércio marítimo, além de os britânicos
serem os únicos capazes de desafiar os holandeses nesse campo, e
foi aí que houve o choque.

No ano de 1651, Oliver Cromwell, tendo o governo em mãos,


decretou o Ato de Navegação. Alguns anos depois foi também
decretado que o capitão das tripulações de um terço dos navios que
transportariam os produtos deveriam ser de origem britânica.

A reação da criação dessa nova lei teve seu processo rápido. Muitos
países não concordaram, mas tiveram que ceder, pois não tinham
poder para revidar. Foi então que o único país com poder para
revidar o fez. A Holanda declarou guerra a Inglaterra, que duraria
desde 1652 a 1654 com a vitória da Inglaterra que assim seria
coroada vencedora.

A Inglaterra graças a sua vitória teve maior industrialização,


portanto, nem necessitou mais tarde dessa lei.

Referências
1- Harper, Lawrence Averell (1959). The Effect of the Navigation Acts
on the Thirteen Colonies. [S.l.: s.n.]
2 - Craven, Wesley Frank (1968). The Colonies in Transition. [S.l.:
s.n.]
OLIVER CROMWELL PROMULGA OS ATOS DE
NAVEGAÇÃO

https://ensinarhistoria.com.br/linha-do-tempo/oliver-cromwell-atos-
de-navegacao/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues

Em 9 de outubro de 1651, foi aprovado um conjunto de leis


protecionistas chamado Ato para o Aumento da Navegação e
Incentivo à Navegação desta Nação ou Atos de Navegação pelo
parlamento inglês liderado por Oliver Cromwell que, dois anos antes
tinha derrubado a monarquia.

A nova legislação, nascida no contexto da Revolução Inglesa do


século XVII, consolidou a política comercial e colonial britânica e abriu
caminho para, no século seguinte, tornar a Grã-Bretanha a maior
potência econômica e militar do mundo.

O principal impulso para a primeira Lei de Navegação foi a


deterioração ruinosa do comércio inglês com a independência
holandesa, em 1648, que foi decisiva para garantir a primazia
holandesa no comércio mundial. Os holandeses controlavam grande
parte do comércio internacional da Europa e até grande parte do
transporte costeiro da Inglaterra. Excluir os holandeses de
praticamente todo o comércio direto com a Inglaterra foi o objetivo
dos Atos de Navegação.

Os Atos regulavam o comércio internacional da Inglaterra, bem como


o comércio com suas colônias conforme a teoria econômica do
mercantilismo que procurava manter todos os benefícios do comércio
dentro de seus respectivos impérios e minimizar a perda de ouro e
prata, ou lucros, para estrangeiros.

O sistema se desenvolveria com as colônias fornecendo matérias-


primas para a indústria britânica e, em troca desse mercado
garantido, as colônias comprariam bens manufaturados da ou através
da Grã-Bretanha. Determinavam que mercadorias negociadas com a
Inglaterra só poderiam ser transportadas em navios ingleses e com,
no mínimo, ¾ da tripulação formada por ingleses. Proibiam navios
estrangeiros de transportarem mercadorias da Ásia, África ou
América para a Inglaterra ou suas colônias; somente navios com
proprietário, mestre e uma tripulação inglesa majoritária seriam
aceitos. Proibiram as colônias de exportar produtos para países e
colônias que não sejam os britânicos e determinaram que as
importações fossem originárias apenas na Grã-Bretanha.

A violação dos termos do ato resultaria na perda do navio e de sua


carga. A Holanda reagiu aos Atos de Navegação e declarou guerra à
Inglaterra, que duraria de 1652 a 1654. Com a vitória da Inglaterra,
a concorrência holandesa foi afastada abrindo caminho para a
consolidação do comércio marítimo inglês.

Os Atos foram suspensos na restauração monárquica, por Carlos II,


mas retomados em 1660 que, com emendas posteriores (acréscimos
e exceções) formaram a base do comércio exterior inglês e
posteriormente britânico por quase 200 anos.

Ao reservar o comércio colonial britânico para o transporte marítimo


britânico, os Atos favoreceram um rápido aumento no tamanho e na
qualidade da Marinha Real levando a Inglaterra a se tornar a primeira
potência naval e comercial do mundo. Contribuíram, também, para o
crescimento de Londres como um importante porto de entrada para
mercadorias coloniais americanas. Com o desenvolvimento e a
aceitação gradual do livre comércio, os Atos de Navegação foram
revogados em 1849.

Referências
1 - ARRUDA, José Jobson de. A Grande Revolução Inglesa, 1640-
1780. São Paulo: Hucitec, 1996.
2 - HILL, Christopher. A Revolução Inglesa de 1640. Lisboa: Editorial
Presença; São Paulo: Livraria Marins Fontes, 1985.
3 - HILL, Christopher. O século das revoluções (1603-1714). São
Paulo: Unesp, 2012.

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