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OS DOIS POEMAS PARA PIANO OP.

69 DE ALEXANDER SCRIABIN, O ACORDE


DE PROMETEU E OS PRENÚNICOS DE UMA APOTEOSE PELO DISCURSO

Victor Hugo de Santana Agapito1

Resumo: O presente artigo parte da possível relação entre o discurso musical desenvolvido
nos Dois Poemas para Piano (Opus 69) do compositor russo Alexander Scriabin e o chamado
Acorde de Prometeu, concebido por Leonid Sabaneyev. Desse modo, seu objetivo é verificar
quais os seus elementos presentes na obra em questão e como o compositor os utiliza na
construção de uma sonoridade materializadora do que, já no fim de sua vida, reivindicava
como ser o papel fundamental de sua Arte. Pra isso, inicialmente será discutida técnica e
filosoficamente a constituição do Acorde de Prometeu, a partir de suas características
harmônicas e os seus simbolismos enquanto elementos representativos para; então, serem
trazidos à baila os dois Poemas e ser analisada a presença dos componentes estéticos e
estruturais do acorde no seu texto e como o compositor os explora, de modo que; por fim, se
verifique a possibilidade de relação entre o que foi proposto enquanto discurso (musical) nos
Poemas e o que, posteriormente, Alexander Scriabin reivindicou enquanto seu papel como
artista e compositor. Trata-se, desta forma, de pesquisa exploratória, que se desenvolverá
principalmente por meio de revisão bibliográfica e consulta documental, dada a vasta
disponibilidade de material sobre o tema; e cujos dados levantados serão objeto de análise
qualitativa.
Palavras-chaves: Discurso; Linguagem; Música; Piano; Scriabin.

INTRODUÇÃO

A obra de Alexander Nikholaevitch Scriabin (1872-1915) pode ser dividida


sistematicamente em três fases: entre os setenta e quatro opus publicados pelo compositor, a
maioria destina-se ao Piano, podendo ser traçadas linhas divisórias entre os anos de 1885 e
1902 e, mais nitidamente ainda, entre 1907 e 1914. Do opus 1 (1885) até o opus 29 (Primeira
Sinfonia, datada de 1902), a sua música representa uma absorção do estilo dos mestres
românticos, em particular dos principais compositores para piano – Chopin, Schumann e
Liszt. Beethoven também influencia fortemente a música deste período, assim como o
cromatismo das obras de Wagner. Não obstante, sua obra, mesmo repleta de momentos
inspirados nestes compositores, apresenta uma reconhecível originalidade e um vigor
dramático raramente visto. A Sonata nº. 3 para Piano opus 23 (1898), é uma obra prima desta
fase, e um excelente exemplo de síntese de conteúdo romântico com a forma tradicional.

1. O MISTICISMO POR TRÁS DO ACORDE DE PROMETEU

2. OS POEMAS

1
3. “EU SOU O LIMITE, EU SOU O ÁPICE, EU SOU DEUS”

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

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