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Por que todo profissional de Direito precisa

desenvolver a empatia?
Um bom advogado precisa ter muitas qualidades profissionais — domínio da língua
portuguesa, conhecimento amplo e atualizado da área em que atua, e boa
capacidade argumentativa. No entanto, o caminho para o sucesso também depende
de qualidades relacionadas ao psicológico do profissional, sendo a mais importante
delas a empatia.
Ser empático é, em suma, saber colocar-se no lugar do outro, identificando e
compreendendo comportamentos e pensamentos alheios
1. Para representar alguém
• Em seus peticionamentos, bem
como quando fala em audiências, o
advogado está transmitindo o que
aconteceu com seu cliente para o
juiz e demais pessoas presentes; ele
funciona como um porta-voz.
• É muito importante ser empático
nessa hora, para que os problemas e
circunstâncias enfrentados por outra
pessoa possam ser compreendidos e
explicados a terceiros. Um advogado
que não tem empatia com seu
cliente tem muito mais dificuldade
em expor seu ponto.
2. Para relacionar-se com os colegas
• Para advogados que ainda não têm um nome consolidado no
mercado, ter bons contatos é tudo. A maioria dos relacionamentos
que você fará ao longo de sua carreira são seus atuais colegas de
escritório, que eventualmente trabalharão em outros lugares.
• A empatia permite que você desenvolva uma boa relação
interpessoal no dia a dia, inclusive no trabalho. Ter tolerância com
pequenas falhas e importunações das pessoas com quem você
convive é fundamental para criar uma boa convivência com elas.
• Na carreira, isso se traduz em se tornar uma pessoa considerada de
fácil convívio e confiável, duas características que certamente farão
seu nome ser lembrado quando seus antigos colegas forem fazer
uma indicação.
3. Para evitar estresse
• Obviamente, nem sempre é possível
fugir inteiramente de situações
complicadas, que causam incômodo e
fadiga mental. Porém, ao
compreender melhor as outras
pessoas, sejam colegas, juízes,
cartorários ou clientes, você
minimizará o número de situações de
estresse.
• A empatia permite que você entenda
as motivações de outras pessoas
quando elas fazem coisas
aparentemente sem sentido ou
irritantes, e releve situações que
poderiam ser estressantes para você.
4. Para se comunicar melhor
• Quem consegue se colocar no lugar
de outra pessoa e compreender suas
razões é capaz de comunicar-se
melhor, por saber o tipo de
abordagem que funcionará para cada
um. Essa habilidade está relacionada
à inteligência emocional, que
depende diretamente da empatia.
• Dessa forma, será possível não
somente argumentar melhor, como
utilizar suas palavras e gestos para
construir relações saudáveis e sem
conflitos com todos ao seu redor.
5. Para fazer acordos
• O objetivo primário de um advogado não deve ser vencer um processo,
mas, sim, colocar fim ao conflito que o motivou. Por isso, em quase todos
os tipos de processo é possível propor acordos extrajudiciais, bem como
aceitá-los quando eles são feitos pela outra parte.
• Colocar-se no lugar de outra pessoa é o primeiro passo na hora de lidar
com acordos. É preciso humanizar o processo judicial, compreendendo que
do outro lado da ação também há pessoas que estão tendo suas vidas
afetadas pelo problema em tela.
• Além de ser importante em negociações, a empatia também melhora a sua
capacidade de comunicação; desenvolvê-la lhe ajudará duplamente na
hora de obter as condições mais vantajosas para você e para seu cliente.
6. Para ser conciliador ou mediador
• Ser empático é um ponto muito importante na hora de ser
um conciliador ou mediador. Cada uma tem propósitos e
métodos diferentes, porém ambas têm como finalidade compor
duas partes, propondo concessões e compensações, para que
elas resolvam situações de conflito.
• As conciliações geralmente são feitas entre partes que
precisarão ter convívio posterior, como em litígios de família e
de Direito Societário. Já as mediações servem para situações
em que uma das partes foi lesada pela outra, como disputas
entre vizinhos e Direito do Consumidor.
7. Para comunicar-se com o cliente
• O relacionamento entre advogado e cliente não se limita a
compreender o que o cliente tem a dizer para elaborar suas
petições. Embora isso seja muito importante, também é
fundamental dar a devida atenção ao cliente, tirando suas
dúvidas e mantendo-o a par do andamento processual.
• Muitos advogados acabam dando pouca importância para este
tipo de diálogo, geralmente porque o cliente, não sendo pessoa
do meio jurídico, terá dificuldade para compreender o que está
acontecendo. Mas a realidade é que deixá-lo sem esse
conhecimento tem um impacto muito negativo na confiança que
ele deposita em você.
• Lembre-se sempre de que,
por menor que seja a questão
judicial tratada, ela afeta a
vida dessa pessoa. Além
disso, ela está pagando seus
honorários para que você
trabalhe em favor dela, e é
natural que haja desconfiança
se transcorrer muito tempo
sem nenhuma explicação.

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