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Materiais de Construção

Aço e metais não ferrosos

Augusto Gomes, A. P. Ferreira Pinto

2019
Augusto Gomes, A. P. Ferreira Pinto, 2019 – “Metais”
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AÇO

AÇO = Liga de ferro + carbono


- O aço é moldável por vazamento e maleável a quente
- A maleabilidade distingue o aço do ferro fundido
ELEMENTOS QUE SÃO INCLUÍDOS NA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS AÇOS
- Elementos de Liga – Ni, Cr, Mn, V, Mo, W, Nv, Ti
- Elementos residuais - Impurezas
AÇOS DE LIGA:

- Baixa - < 5% elementos de liga (normal)


- Alta - > 5% elementos de liga
MATÉRIA PRIMA (Minérios de Ferro)
- Magnetite - Fe3 O4 - 72% Ferro
- Hematite - Fe2 O4 - 70% Ferro
- Limonite - 2Fe2 O4 - 60% Ferro
- Siderite - Fe CO3

FABRICO
- Minério de ferro ® Sinterização (Preparação do minério)
- Britagem
- Junção de calcário
- Sinterização (preparação)
- Carvão - coqueria ® coque
- Destilação sem ar do carvão mineral
- Coque – produto de maior poder calorífico e maior resistência à compressão
- Alto forno (contínuo) – Fusão redutora ® gusa
- Minério de Ferro
- Calcário ® Gusa + Escórias
- Coque
- gases
- Separação por gravidade - Escórias - g = 25 kN/m3
- Gusa - g = 78 kN/m3

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ESQUEMA DE UMA INSTALAÇÃO SIDERÚRGICA

Minério
Coque
Zona
Granular

Zona
de Amolecimento
e Fusão

Zona
de Coque Ativa
Camada
em Amolecimento
Zona
e Fusão
de Coque
Estagnado Zona
de Combustão
Cadinho

Zona de
Gotejamento

ALTO FORNO

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REACÇÕES BÁSICAS NO FORNO


1) Formação do ferro (Reacção de redução do minério de ferro)
- C + O2 ® CO2
- CO2 + C ® 2 CO
- 3 CO + Fe2O3 ® 2 Fe + 3 CO2
2) Formação da Escória
- Ca CO3 ® Ca O + CO2
- n Ca O + m Si O2 + p Al2 O3 ® n Ca O . m Si O2 . p Al2 O3
(silicatos e aluminatos de cálcio)
GUSA - 4% (em peso) de Carbono + 1% impurezas (Silício, enxofre, fósforo, manganésio, )
- O óxido de ferro é facilmente redutível a T=750ºC
- Temperatura de fusão do ferro 1535ºC
- É possível reduzir o óxido de ferro a 800ºC dando origem a metal sólido designado por esponja de ferro

ACIARIA
GUSA ® Aciaria ® Aço
- Gusa + ferro ligas + Oxigénio ® aço (<% C) + CO2
- Purificação da Gusa em convertidores de Bessemer ou em fornos Siemens-Martin
- Injecção de ar na gusa fundida
– Carbono
– Silício - Removidos por oxidação
– Manganésio
– Fósforo e Enxofre – Removidos com cal
- A oxidação do carbono causa a elevação da temperatura para 1600-1650ºC
- O aço resultante do convertidor tem excesso de oxigénio causando a reacção O + C ® CO
que produz efervescência nos moldes do metal fundido.
- É necessário desoxidar o aço antes do vazamento. Vazios ® defeitos
- Processo de desoxidação
– Calmagem - (aços calmados)
Adição de manganês, silício e alumínio que se combinam com o oxigénio
- Aços efervescentes – Desoxidação com Mn - Baixo teor de carbono
(<0.15%) – utilizados na produção de chapas

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CONVERTIDOR
- Da aciaria resulta:
- Ferro macio - %C < 0.025%
- Aço – 0.10% < %C < 1.7%
- Ferro fundido - 1.7% < %C < 4%
- O aço em fusão é moldado em:
- Lingotes – 0.60x0.60x0.90
- Biletes – 0.20x0.20x alguns metros
- Peças de fundição

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LINGOTES BILETES

FUNDIÇÃO

ELABORAÇÃO ELÉCTRICA DO AÇO – Mini Siderurgias


- Produção de aço de qualidade a partir de sucata
- Aquecimento e fusão da sucata através de arco eléctrico entre eléctrodos de carbono
- Temperaturas de 1800ºC
- Eliminação de impurezas através de jacto de oxigénio
- Escória removida por decantação

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SOLIDIFICAÇÃO
- Estado fluido – átomos movem-se livremente
- Solidificação – inicia-se nos pontos de menor agitação térmica
(Força de atracção entre átomos > Energia cinética )
- A solidificação ocorre em torno de núcleos com arranjos cristalinos regulares – Em geral, CCC ou CFC
- Cada núcleo dá origem a um cristal (grão) que se unem por forças atractivas entre cristais
- Dimensão do grão
- depende da velocidade de arrefecimento e da quantidade de impurezas
- > velocidade de arrefecimento Þ < tamanho de grão
- Influencia fortemente as características dos materiais
- ­ grão Þ ­ planos de clivagem Þ ­ escorregamento mais fácil Þ ¯ tensão de cedência

IMPERFEIÇÕES CRISTALINAS - DESLOCAÇÕES


- Resultam de defeitos na estrutura cristalina
- Dão origem às deslocações que justificam a deformabilidade dos metais

TIPOS DE IMPERFEIÇÕES CRISTALINAS

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TIPOS DE COMFORMAÇÃO
- Conformação mecânica – Moldagem
- Remoção ou maquinagem – Fresagem, furação, corte, ...
Extrusão
TIPOS DE MOLDAGEM
- Extrusão – Fios

- Trefilagem – Processo de fieira – fios, varões, arames

- Estiramento – Processo de tracção


Difícil de manter a uniformidade ao longo do comprimento

- Fundição – aço vazado em moldes


- Terras de fundição – areia + argila + carvão
Moldes - Refractários
- Metálicos

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- Estampagem – Ex: cubas de máquinas de lavar roupa,


chapas da carroçaria de automóveis

- Forja – Tratamento e moldagem do aço por


martelamento ou prensagem

- Laminagem a quenta - Processo de deformação plástica


- Elevada produtividade e precisão
- barras, perfis (I, H, T, L, U), barras (barras chatas, vergalhões),
varões (circulares), tubos, carris

- CHAPAS - PERFIS

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PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS AÇOS


- Módulo de Elasticidade – Es = 200 GPa
- Tensão de cedência - fsy
- Tensão limite convencional de proporcionalidade a 0.2% - fs0.2
- Tensão de rotura - fsu

- Extensão de rotura - esu

- Coeficiente de Poisson - n = 0.2

- Peso volúmico - g = 78 kN/m3 (7 850 kg/m3)

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DIAGRAMAS TENSÃO DEFORMAÇÃO

INFLUÊNCIA DO TEOR DE CARBONO


- ­ % C (teor de carbono) Þ ­ fsy e fsu
¯ esy
¯ extensão do patamar de cedência
¯ deformação a que ocorre a tensão máxima
¯ ductilidade
¯ características de soldabilidade

COMPORTAMENTO À TRACÇÃO E À COMPRESSÃO

Em geral, admite-se que os comportamentos à tracção e à compressão são simétricos

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VALOR CARACTERÍSTICO
fsym = valor médio da tensão de cedência;
fsyk = valor característico da tensão de cedência;
fs0.2m = valor médio da tensão limite convencional de
proporcionalidade a 0.2%;
fs0.2k = valor característico da tensão limite convencional
de proporcionalidade a 0.2%;

DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO DO AÇO

- Ferro g – Austenite - dissolve 2% C

- Ferro a - Ferrite - dissolve 0,025% C


- Carboneto de ferro - Fe3C – Cementite – muito dura e frágil contém até 6,7% C
- A T > 730ºC o aço é moldável

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TRATAMENTOS TÉRMICOS
TÊMPERA – Aquecimento a 900º + arrefecimento brusco em água ou óleo
– impede a difusão dos átomos de carbono
- Dá origem a Martensite
REVENIDO – Aquecimento a 200º a 400º + arrefecimento lento
– Permite a difusão do carbono ® Cementite ® maior ductilidade
– > temperatura ® > resistência

TRATAMENTOS MECÂNICOS
ENDURECIMENTO A FRIO – Deformação plástica
- Efeito de envelhecimento que aumenta a tensão de cedência

ESTIRAGEM – Tracção às barras ou fios – Não é constante ao longo das barras


TREFILAGEM – Processo de fieira – Constante ao longo do comprimento
TORÇÃO - Utilizado em varões - Processo constante ao longo do comprimento

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TIPOS DE AÇO PARA BETÃO ARMADO


0.15% < %C < 0.25%C – Aços para varões para betão armado
Classes de Resistência
A235 (S235) A400 (S400) A500 (S500)
A235NL A235NR A235EL A235ER
N – Aço de dureza natural E – Aço endurecido
L – varão liso R – Varão rugoso (nervurado)

AÇOS ACTUAIS – VARÃO PARA BETÃO ARMADO – TEMPCORE


O processo de laminagem actual inclui um tratamento térmico no final constituído por:
a) Têmpera superficial obtida com jactos de água a alta pressão;
b) Revenido natural conferido pelo calor do núcleo do interior da secção do varão

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MARCAÇÃO DOS VARÕES

-
A400NR A500NR

A500NR – DUCTILIDADE NORMAL A500NR SD – DUCTILIDADE ESPECIAL

A500ER – Aço endurecido a frio. Em geral é utilizado em malhas electro-soldadas

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MARCAÇÃO DOS VARÕES – ORIGEM

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AÇOS PARA PRÉ-ESFORÇO


0.6% < %C < 0.9%C – aço para pré-esforço
EN 10 138
CABOS DE PRÉ-ESFORÇO
Classe de resistência: A1600/1860 Û fsp0.2k / fspuk
A1100/1250
ESP = 195 GPa
Fios, cordões, cabos A800/1000
Características dos cordões mais utilizados actualmente:
Ø=15mm (0.6”) A = 140mm2 - 7 Fios Ø=5.0mm
Pu = 260kN p=1.102 kg/m

BARRAS DE PRÉ-ESFORÇO
Ø = 26.5, 32mm, 36mm
A800/1000 ou A1100/1250 Û fsp0.2k / fspuk

RELAÇÃO CONSTITUTIVA DE CÁLCULO – EC2 - VARÃO

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RELAÇÃO CONSTITUTIVA DE CÁLCULO – EC2 – AÇO DE PRÉ-ESFORÇO

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AÇOS PARA ESTRUTURAS METÁLICAS


EN 10 025 – 1994
Classes de Resistência
S235 S275 S355 (fsyk)
PERFIS ESTRUTURAIS

PERFIS TUBULARES
RHS - Round Hollow Section
SHS - Square Hollow Section

PERFIS CORRENTES (SERRALHARIA)

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CHAPAS

PERFIS ENFORMADOS A FRIO

OUTROS METAIS:
- FERRO FUNDIDO
- METAIS NÃO FERROSOS
- ALUMÍNIO
- COBRE
- ESTANHO
- ZINCO

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FERRO FUNDIDO
- No século XIX produziam-se vigas, arcos e colunas em ferro fundido
- Ferro fundido = Ligas Ferro-Carbono com mais de 2% de Carbono
- Os ferros fundidos não são soldáveis e são pouco dúcteis
- Maior resistência à corrosão do que o aço
1) Ferro fundido dúctil (ou nodular)
- A sua estrutura nodular confere-lhe melhor resistência, tenacidade e ductilidade aproximando-o do aço
- Aplicações: Tubagens para esgotos, válvulas, corpo de bombas, engrenagens, componentes de
automóveis.
2) Ferro fundido cinzento
3) Ferro fundido branco
4) Ferro fundido maleável
Não confundir ferro fundido com ferro forjado (= aço produzido em forja)

ALUMÍNIO
Processo de Fabrico
- Matéria Prima – Bauxite –
- Mistura de alumina com óxido de ferro e sílica
Bauxite ® Alumina ® Alumínio
- Extracção da alumina (AL2O3) a partir da bauxite:
ataque a quente sob pressão de uma solução de soda cáustica (T = 240ºC P = 35 atm.)
- Extracção do alumínio - Electrólise (no estado de fusão) da alumina misturada com fluoreto de sódio que
funciona como fundente - Tfusão 2000ºC ® 1000ºC
2 Al2O3 + 3C ® 4 Al + 3CO2
- 4 a 6 ton de bauxite ® 2 ton de alumina ® 1 ton de alumínio
- Corrente eléctrica de 80 000 a 150 000 A sob tensão de 4.5 a 5 V
- 1 ton de alumínio ® 14 MWh
- 1 forno de 100 000 A produz 800 kg de alumínio / dia

PRODUTOS DE ALUMÍNIO
- Lingotes ® fundição ® peças fundidas (moldadas)
- Placas de laminagem ® laminagem ® chapas e folhas
- Biletes ® Extrusão ® perfis
- Fios ® Fieiras ® arames para condutores eléctricos

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PROCESSO DE EXTRUSÃO ® PERFIS


- Aquecimento da bilete até 450-480ºC, em forno a óleo
- Compressão contra a matriz – negativo da secção do perfil
- Têmpera superficial com ventiladores
- Tratamento térmico-mecânico
- Estiramento de 1 a 2%
- Estabilização da liga – 180ºC
LIGAS DE ALUMÍNIO
- Elementos de liga – Manganês (Mn), Sílicio (Si), Magnésio (Mg), Cobre
- Ex: Duralumínio – Al + 4,4% Cu + 1.5% Mg + 0.6%Mn (450 MPa)
LIGAS UTILIZADAS NA CONSTRUÇÃO
- Perfis para caixilhos – 0.375% de Si e 0.625% de Mg
- Perfis estruturais – 0.5% de Mn, 1.0% de Si e 0.625% de Mg
PROPRIEDADES MECÂNICAS DO ALUMÍNIO

- Peso volúmico – g = 27 kN/m3


- Tensão limite de proporcionalidade a 0.2% – f0.2 = 100 a 620 MPa
- Tensão de rotura à tracção – fsu = 300 a 700 MPa
- Deformação de rotura – eu = 5 a 30 %
- Módulo de Elasticidade – E = 70 a 80 GPa
- Coeficiente de dilatação térmica – a = 2.4 x 10-5 /ºC

APLICAÇÕES DO ALUMÍNIO
- Construção civil
- Caixilharias e portas
- Revestimentos – chapas, folhas pára vapor , membranas
- Coberturas – Chapas
- Elementos estruturais
- Outros – puxadores, dobradiças, etc
- Outras aplicações
- Transportes - Aviões, automóveis, comboios, barcos
- Embalagens – folhas de alumínio, latas, etc
- Cabos eléctricos

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ANODIZAÇÃO
Objectivo – criar na superfície uma camada de alumina 200 a 2000 vezes mais espessa que a formada
naturalmente
Alumina – (AL2O3) – Transparente, impermeável, boa resistência mecânica, permite coloração, conserva as
características do alumínio
Fases da anodização:
Preparação da superfície – Desengorduramento, decapagem e acetinagem (ataque com soda cáustica)
Neutralização – neutraliza a acção da soda cáustica
Anodização – banho de água acidulada ® cria camada de alumina que se deposita na superfície através
de electrólise.
– A espessura da anodização depende do tempo de anodização
– No final da anodização a camada de alumina é transparente e porosa (cerca de 60 000
poros/cm2)
Coloração – deposição de corantes minerais por electrólise
Colmatagem – elimina os poros da camada anódica ® hidratação da alumina em banho de água a ferver
® maior resistência à corrosão
CONTROLO DE QUALIDADE DA ANODIZAÇÃO
- Espessura da anodização – depende da agressividade do meio ambiente
- Classe 10 – 10 µ – ambientes não agressivos interiores secos
- Classe 15 – 15 a 19 µ – ambientes fracamente agressivos – interiores com condensações
- Classe 20 – 20 a 24 µ - ambientes moderadamente agressivos – exteriores
- Classe 25 – 25 µ - ambientes muito agressivos – marítimo, industrial
- Grau de colmatagem
- Controlo da coloração
- A camada anódica resiste bem à corrosão atmosférica mas é atacada por ácidos e produtos alcalinos como é
o caso do cimento

TERMOLACAGEM
Pintura electroestática com resina sintética - espessuras de 45 a 110 µ
Fases da termolacagem:
Preparação da superfície – Desengorduramento, decapagem, lavagem
Cromatização – aplicação de solução de crómio – melhora resistência à corrosão e aderência da pintura
Pintura – projecção de tinta em pó com pistolas electrostáticas
Polimerização – polimerização da tinta em forno
Controlo de Qualidade da Termolacagem
- Espessura da pintura
- Aderência
- Dodragem
- Impacto
- Corte e maquinação

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COBRE
COBRE PURO
- Muito maleável mas de ductilidade inferior ao aço
- Fácil de trabalhar – cortar, conformar e soldar
- Aumento da resistência à tracção com endurecimento a frio
- Custo elevado
- Utilizado em condutores eléctricos, tubagens, permutadores de calor, ar condicionado, caldeiras
Propriedades físicas
- Peso volúmico – 90 kN/m3
- Resistência à tracção de 70 a 320 MPa
- Elevada condutibilidade térmica
- Elevada resistência à corrosão – é atacado pelos ácidos e cloretos
- Em contacto com o ar seco forma-se uma película de Cu2O que protege a superfície
- Em atmosfera húmida sob acção de sulfuretos e do dióxido de carbono a película fica preta ou verde
- Utilizado em canalizações à excepção de esgotos
- Não se deve colocar em contacto uma conduta de cobre com uma de aço galvanizado ® corrosão galvânica
do cobre

LIGAS DE COBRE
Mais conhecidas: Latão – Liga de cobre com zinco
Bronze – Liga de cobre com estanho
LATÃO – Liga de cobre e zinco
- A resistência do latão é superior à do cobre (com 45% zinco)
- O latão é resistente à corrosão
- Dureza relativamente baixa ® pequena resistência ao desgaste
- Fácil de maquinar - mais fácil do que o bronze
- Existem latões de 90 a 10% de cobre – Ex: CuZn40

Resistência Mecânica
do Latão

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UTILIZAÇÕES DO LATÃO NA CONSTRUÇÃO


– elementos que tenham de ser maquinados, sem exigências de elevada resistência mecânica:
– torneiras, em geral, cromadas - revestimento de níquel e crómio que confere maior dureza superficial e melhor
aspecto decorativo
–peças decorativas (chapas de revestimento), dobradiças, puxadores, fechaduras, ...

BRONZE – Liga de cobre e estanho


- Os bronzes caracterizam-se pela resistência mecânica, dureza superficial (resistência ao desgaste) e
resistência à corrosão
- O teor de estanho não ultrapassa 25%
- Bronzes comuns: 13 a 20% Estanho (Sn)
- Bronze para sinos 25% - CuSn25
- Bronze com cobre, estanho e zinco ® o mais resistente ® engrenagens, segmentos para pistões
- Utilizações na construção:
- elementos decorativos,
- componentes de aparelhos de apoio, Resistência Mecânica
- válvulas hidráulicas, dobradiças, puxadores, .... do Bronze

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ZINCO
ZINCO PURO - resistência à tracção de 30 a 200 MPa
- Massa volúmica - 71 kN/m3
Ligas de Zinco com cobre, chumbo, magnésio, cádmio, alumínio
- Elevada resistência à corrosão atmosférica embora tenha uma fraca resistência química
Utilizações do zinco na construção:
- Chapas de revestimento – coberturas (de mansardas), caleiras de coberturas e ligação entre
paredes e telhados, depósitos de água, ...
- O zinco é aplicado como material de protecção do aço
Galvanização - protecção do aço com um revestimento de zinco
- galvanização por imersão
- deposição electrolítica
Metalização - protecção do aço com um revestimento de zinco aplicado por projecção de pó de zinco seguida
de aquecimento a 350ºC durante várias horas

ESTANHO
- Metal muito macio e de baixo ponto de fusão
- Utilizado na folha de Flandres – chapa de aço estanhado
- Utilizado na soldadura de alguns metais

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