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Oficina Trilha Sonora ao Vivo para Cinema Mudo

Oficineiro: Pablo Iskaywari

O cinema no seu surgimento, gerou um enorme fascínio como podemos observar


através de notícias e relatos sobre a exibição dos primeiros filmes dos irmãos
Lumiére no final do século XIX, imagens e situações projetadas fora do espaço e
do tempo em que ocorreram era algo espetacular, nunca visto antes. Embora já
houvessem outras atrações que exibiam de imagens em movimento como o teatro
óptico e a lanterna mágica, a reprodução da realidade cativou os olhares do
espectadores de forma definitiva. No entanto, ainda levaria aproximadamente 30
anos para que se pudesse ouvir sons sincronizados com a imagem, o que só foi
possível através do sistema vitaphone, antes disso, tudo que era ouvido na exibição
de um filme era executado ao vivo por músicos e sonoplastas.

Algumas salas mais luxuosas possuíam orquestras e diretores musicais que por sua
vez se encarregaram de compor e escolher peças musicais que estabeleciam
relações com a imagem e com a narrativa, outros espaços mais populares
contavam com grupos menores ou com apenas um único músico. Em algumas
ocasiões havia tempo para a preparação para a trilha sonora, em outros a exibição
acontecia em condições menos ideais.

Embora esse período pareça um pouco caótico, a ausência de padronização serviu


como um terreno fértil para experimentações sonoras de diversas ordens. Na função
de criar e executar tais trilhas, se encontravam orquestras, conjuntos de música
popular, solistas, improvisadores e criadores de engenhocas sonoras, muitos
desses artistas eram oriundos de teatro de variedades. O discurso musical do
cinema, assim como sua linguagem, era algo em formação, as possibilidades a
serem testadas eram muitas. A música procurava seu espaço em uma forma de arte
que estava apenas começando.

A oficina, propõe reviver essas experiências de forma coletiva, juntando músicos


com diferentes formações e estilos para que, com a orientação do oficineiro, criem
trilhas que serão tocadas ao vivo em filmes de artistas do período do cinema mudo
como George Mellie, Buster Keaton, Charlie Chaplin, entre outros.

Durante três encontros, com quatro horas cada um, será conduzido um processo
que vai desde a sensibilização sobre a relação entre som e imagem, até a
apresentação em que os participantes criem e executem a trilha ao vivo. Tais trilhas
serão criadas a partir da linguagem musical dos participantes, também será
proposto que eles se aventurem por novas possibilidades que o diálogo entre som
e imagem os convide a experimentar.
Encontro 1

Será ministrada uma aula de contextualização sobre o início do cinema e a


formação da linguagem da trilha sonora nos filmes como forma de inspirar os
participantes e de gerar reflexões que nos auxiliarão no processo criativo.

Encontro 2

Nesse encontro, os participantes se dividirão em grupos, escolherão um filme e


com a orientação do oficineiro, iniciarão o processo de criação de trilha para esse
filme levando em conta o conteúdo do encontro anterior. Observaremos elementos
como humor, movimento, enquadramento, que serão relacionados ás características
da música como tonalidade, divisão rítmica, dentre outros aspectos.

Encontro 3

Cada grupo se apresentará sonorizando um filme escolhido, depois faremos um


debate sobre o processo criativo e as impressões a respeito do que foi mostrado.

Público alvo: Músicos de todos os estilos e formações, amadores ou profissionais.

Classificação: Livre

Número de vagas: 20

Material necessário:

Projetor ou tela grade

Sistema de Som

Valor: R$ 2.000,0

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