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Sequência

didática
CONTAR EM SILÊNCIO
Nesta sequência, serão abordados o teatro e o cinema mudos. A temática apresentará
o processo histórico, as características culturais e os fundamentos de ambos. Serão
propostas aos alunos atividades que estimulem a expressão corporal e imaginativa, por
meio de ações colaborativas e coletivas.

A BNCC na sala de aula


 Teatro
Contextos e práticas
Objetos de conhecimento
Elementos da linguagem
Processos de criação
2. Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas práticas
integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de
informação e comunicação, pelo cinema e pelo audiovisual, nas condições
particulares de produção, na prática de cada linguagem e nas suas
articulações.
Competências específicas 4. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação,
ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte.
5. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação
artística.
8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e
colaborativo nas artes.
Habilidades  Teatro
(EF69AR24) Reconhecer e apreciar artistas e grupos de teatro brasileiros e
estrangeiros de diferentes épocas, investigando os modos de criação,
produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional em
teatro.
(EF69AR26) Explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos
acontecimentos cênicos (figurinos, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia)
e reconhecer seus vocabulários.
(EF69AR27) Pesquisar e criar formas de dramaturgias e espaços cênicos para
o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.

Mat er ia l d is po ni bi li za do em li ce nç a ab er ta do ti po C reat iv e Co mmons – Atr ib ui çã o não c om er ci al


( CC B Y N C – 4. 0 I nt er nat ion al ). P er mi ti da a c ri aç ão de o br a d er iv ad a c om fin s não co me rc ia is ,
d es de que s eja atr ib uí do cr éd it o au tor al e as c ri aç õe s se jam l ic en ci ad as sob os me sm os pa râ me tr os .
Arte – 7º ano – 2º bimestre – Plano de desenvolvimento – 3ª sequência didática

(EF69AR29) Experimentar a gestualidade e as construções corporais e vocais


de maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico.
(EF69AR30) Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em
textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.),
caracterizando personagens (com figurinos e adereços), cenário, iluminação e
sonoplastia e considerando a relação com o espectador.
Compreender o processo histórico, as características culturais e os
Objetivos de aprendizagem fundamentos do teatro e do cinema mudos.
Experimentar e desenvolver a expressão corporal e imaginativa.
Fundamentos do teatro e do cinema mudos
Processo histórico do teatro e do cinema mudos
Conteúdos
Características culturais do teatro e do cinema mudos
Expressão corporal e imaginativa

Materiais e recursos
 Câmera filmadora ou celular com recurso de filmagem.
 Projetor de filmagem.

Desenvolvimento
 Quantidade de aulas: 4 aulas.

Aula 1
Iniciar a aula apresentando aos alunos o contexto histórico, as características
culturais e os fundamentos do teatro e do cinema mudos.

Cinema mudo: No início da história do cinema, as tecnologias disponíveis eram


escassas, impossibilitando que a sonoridade dos filmes fosse ajustada de forma
simultânea às imagens que eram apresentadas nas telas. No entanto, o cinema mudo não
se apresentava totalmente ausente de sons; era frequente as imagens serem
acompanhadas por um pianista, que executava as composições ao vivo. Os diálogos dos
atores eram interpretados por meio de expressões faciais e corporais mais acentuadas,
mímicas e letreiros explicativos. O inglês Charles Chaplin (1889-1977) foi um dos grandes
nomes da era do cinema mudo. Vida de cachorro (1918) é uma de suas películas da época
do cinema mudo. O trabalho dos atores Oliver Hardy (1882-1957) e Stan Laurel (1890-
1965), uma das mais famosas duplas de comediantes do cinema, começou ainda na “era
muda”, denominação dada por alguns estudiosos e historiadores.

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( CC B Y N C – 4. 0 I nt er nat ion al ). P er mi ti da a c ri aç ão de o br a d er iv ad a c om fin s não co me rc ia is ,
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Arte – 7º ano – 2º bimestre – Plano de desenvolvimento – 3ª sequência didática

Teatro mudo: No geral, o teatro difere-se do cinema pelo fato de suas apresentações
serem ao vivo. Mesmo tendo uma estrutura diferenciada, o teatro foi a fonte de inspiração
para o surgimento do cinema. Na atualidade, Denise Stoklos (1950-), atriz, diretora e
escritora brasileira, é uma referência no teatro mudo, unindo a mímica, a dança e a música
em suas produções. Em 1813, o mímico Jean-Gaspard Debureau (1796-1846) criou o
personagem Baptiste, inspirado nos pierrôs da comédia francesa, e reavivou o teatro mudo,
que havia ficado esquecido por um tempo. No Brasil, a técnica da mímica chega em 1952
com o mímico português Luís de Lima, que encenou no país o primeiro mimodrama,
denominado O escriturário. Na década de 1970, nomes como Ricardo Bandeira, Juarez
Machado e Denise Stoklos abrem o caminho para o gênero e uma nova geração de atores.

Aula 2
Organizar os alunos em uma roda de conversa para que troquem ideias sobre as
características do teatro e do cinema mudos, estimulando a percepção de todos.

Em seguida, propor à turma um jogo de mímica. A mímica era um recurso muito


utilizado na Grécia Antiga e em Roma, como forma de interpretação, principalmente em
sátiras e comédias. Por meio da mímica, os atores buscavam retratar ações e sentimentos.
A mímica envolve tanto expressões faciais como movimentos corporais. No teatro, esse
tipo de representação recebe o nome de pantomima. Para complementar o assunto,
apresentar aos alunos a videoaula Pantomima e mímica, da Oficina do estudante, com
duração de 2min06s. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?
v=emWXzCxmNC4>. Acesso em: 23 out. 2018.

Separar os alunos em grupos. Escrever em pedaços de papel o nome de filmes para


que sejam interpretados por meio de mímicas. Um grupo por vez irá sortear um papel e
deverá transmitir o nome do filme sorteado por meio de mímica. Os demais grupos não
terão acesso ao nome do filme e precisarão adivinhar de que filme se trata. A atividade tem
como objetivo demonstrar aos alunos a importância dos gestos na comunicação não
verbal e contribuirá para a elaboração e o desenvolvimento da atividade final. Revezar os
grupos para que todos tenham a oportunidade tanto de fazer mímica quanto de tentar
adivinhar o nome dos filmes.

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Arte – 7º ano – 2º bimestre – Plano de desenvolvimento – 3ª sequência didática

simonekesh/Shutterstock.com

As expressões faciais são um recurso utilizado no teatro e no cinema mudos.

Aula 3
Iniciar a aula separando os alunos em três grupos. Os grupos deverão utilizar o tempo
da aula para elaborar um enredo, que será desenvolvido e representado na próxima aula. A
partir desse enredo deverão pensar em gestos, expressões faciais, atores, cenário e figurino
(estes dois últimos devem ser providenciados para a próxima aula). Para facilitar a
organização e elaboração do enredo, definir o tempo para cada apresentação.

Orientar os grupos a registrarem todas as ideias que surgirem para depois as


organizar e por fim redigir o enredo. Orientar os alunos a, caso haja possibilidade, reunirem-
se para um primeiro ensaio.

Aula 4
Verificar se os grupos tiveram a possibilidade de realizar um primeiro ensaio.
Organizar mais um ensaio para verificar possíveis ajustes na apresentação. Promover a

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Arte – 7º ano – 2º bimestre – Plano de desenvolvimento – 3ª sequência didática

apresentação dos grupos e, se possível, filmar o ensaio para posterior apresentação, a fim
de que todos possam se ver atuando.

Finalizar a atividade promovendo uma roda de conversa sobre os enredos elaborados


e as apresentações.

Para trabalhar dúvidas


A princípio, quando ouvimos falar sobre cinema mudo, é comum de imediato
pensarmos nos famosos filmes do Charles Chaplin. No entanto, é importante acrescentar
que o teatro e o cinema mudos estão presentes em diversas culturas e que as técnicas e os
recursos por eles utilizados ainda continuam presentes, mesmo com o decorrer do tempo,
adaptando-se às necessidades contemporâneas.

Ampliação
A atividade final pode ser ampliada e direcionada à elaboração de uma apresentação
tendo como público toda a comunidade escolar. Nesse caso, será necessário ampliar a
quantidade de aulas de acordo com a necessidade dos ensaios e a organização. Além
disso, será necessário combinar antecipadamente com a direção da escola a data, o
horário e o local de apresentação.

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