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Capítulo 3
ESTUDO DO TEMPO DE BATIMENTO E USOS DE ADITIVOS NA
QUALIDADE DA ESPUMA DE BACURI
MATERIAIS E MÉTODOS
ELABORAÇÃO DA ESPUMA
Para a produção de espuma, a polpa de bacuri foi diluída em 50% de água mineral, a
polpa pura por apresentar uma alta densidade, não favorecia o processo de obtenção da
espuma. Foram elaboradas três formulações a partir dessa diluição, com a combinação dos
aditivos estabilizante (2,5%) e emulsificante (2,5%, 5,0% e 7,5%), a fim de estabelecer a
melhor espuma para o processo de desidratação, mediante os parâmetros físicos das
espumas. As misturas foram levadas a agitação em batedeira doméstica, nos tempos de 5,
10, 15, 20, 25 e 30 minutos.
As densidades das espumas foram determinadas em cada tempo de agitação com o uso
de um picnômetro de alumínio de 50 mL, mediante relação massa e volume (equação 01).
A partir dos dados das densidades efetuou-se a determinação da expansão volumétrica
(Over-run) de cada espuma, seguindo a equação definida por Fellows (9) – equação 02.
Para determinação das estabilidades das espumas seguiu-se a técnica preconizada por
Baptista (10), onde foi montado um sistema com becker e filtro de tela, adicionando-se 10 g
de espuma sobre a tela de filtro em temperatura ambiente (± 25º C), de acordo com cada
período de batedura. As análises decorreram em triplicata e sob pesagem a cada 15 minutos,
totalizando um tempo de 90 minutos. A estabilidade da espuma é inversamente proporcional
ao volume de líquido drenado na proveta.
Para cálculo da estabilidade da espuma, os dados foram calculados da Equação 03,
tendo como resultado a fração do volume que se desprende da espuma em cada intervalo de
tempo.
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎
𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = (Eq. 01)
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎
𝑃𝑝 − 𝑃𝑒
𝑂𝑣𝑒𝑟 − ℎ𝑢𝑛 = 𝑥 100 (Eq. 02)
𝑃𝑒
Em que:
Over-hun – expansão volumétrica (%);
A indústria de alimentos e a economia circular: alimentando uma nova 42
consciência
Pp – densidade da polpa;
Pe – densidade da espuma.
Em que:
Ө = fração de volume drenado (%);
Vd = volume do líquido drenado (mL) após 90 minutos;
Vi = volume inicial da espuma colocada no funil (mL).
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Densidade
As análises da densidade da espuma da polpa de bacuri (Tabela 1) foram avaliadas
mediante variância apresentada no decorrer da transformação da polpa de bacuri em espuma,
tendo como fator intermitente o tempo de batimento da mesma. Como as formulações
diferiram apenas na concentração de Albumina, os segmentos avaliados se deram em torno
da concentração desse aditivo e do tempo de batimento.
Estabilidade
Tabela 3- Estabilidade, expresso como líquido drenado em gramas, das espumas das
diferentes formulações com a polpa de bacuri após 90 minutos em função do tempo de
batimento
Formulações
Tempo de batimento (min)
Líquido drenado
F1 F2 F3
5 7,793 aB 10,813 aA 6,707 aB
10 5,887 abB 8,499 aA 4,422 abB
15 6,382 abA 5,696 bAB 4,148 bcB
20 7,455 aA 3,972 bcB 2,368 bcdB
25 4,837 bA 1,388 dB 1,534 dB
30 5,523 abA 3,133 cdB 1,883 cdB
DMS linha 2,3275 DMS coluna 1,8897
CV% 18,46
Obs.: Valores seguidos pelas mesmas letras minúsculas para colunas e maiúsculas nas linhas, não diferem estatisticamente pelo teste de
Tukey a 5% de probabilidade. F1: polpa + 2,5% Emustab + 2,5% Albumina; F2: polpa + 2,5% Emustab + 5% Albumina; F3: polpa +
2,5% Emustab + 7,5% Albumina.
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