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Liandra Maria Siqueira Madalena

Marilda Vieira Nogueira

INFLUÊNCIA DAS DIFERENTES FORMAS DE


ACRILIZAÇÃO E POLIMENTO DE RESINAS ACRÍLICAS
TERMOPOLIMERIZÁVEIS SOBRE O CRESCIMENTO DE
MICRO-ORGANISMOS EM PRÓTESES DENTÁRIAS

Pindamonhangaba – SP
2020
Liandra Maria Siqueira Madalena
Marilda Vieira Nogueira

INFLUÊNCIA DAS DIFERENTES FORMAS DE


ACRILIZAÇÃO E POLIMENTO DE RESINAS ACRÍLICAS
TERMOPOLIMERIZÁVEIS SOBRE O CRESCIMENTO DE
MICRO-ORGANISMOS EM PRÓTESES DENTÁRIAS

Monografia apresentada como parte dos requisitos para


obtenção do diploma de Bacharel em Odontologia pelo
Curso de Odontologia da Unifunvic / Centro
Universitário FUNVIC.

Orientador:
Profª. Dra. Graziella Nuenberg Back Brito
Co-orientador: Prof. Dr. Vinicius Anéas Rodrigues.

Pindamonhangaba – SP
2020
Liandra Maria Siqueira Madalena
Marilda Vieira Nogueira

INFLUÊNCIA DAS DIFERENTES FORMAS DE ACRILIZAÇÃO E POLIMENTO


DE RESINAS ACRÍLICAS TERMOPOLIMERIZÁVEIS SOBRE O CRESCIMENTO
DE MICRORGANISMOS EM PRÓTESES DENTÁRIAS

Monografia apresentada como parte dos


requisitos para obtenção do diploma de
Bacharel em Odontologia pelo Curso de
Odontologia do UniFUNVIC/Centro

Data: _________________ Universitário FUNVIC

Resultado: _____________

BANCA EXAMINADORA

Prof._________________________________UniFUNVIC/Centro Universitário FUNVIC

Assinatura___________________________________

Prof.__________________________________UniFUNVIC/Centro Universitário FUNVIC

Assinatura___________________________________

Prof.__________________________________UniFUNVIC/Centro Universitário FUNVIC

Assinatura___________________________________
Nogueira, Marilda Vieira; Madalena, Liandra Maria Siqueira.
Influência das diferentes formas de acrilização e polimento de resinas acrílicas termopolimerizáveis sobre o
crescimento de microrganismos em próteses dentárias / Marilda Vieira Nogueira; Liandra Maria
Siqueira Madalena / Pindamonhangaba-SP: UniFUNVIC-Centro Universitário FUNVIC, 2020.
43f. : il.
Monografia (Graduação em Odontologia) UniFUNVIC-SP.
Orientador: Profª Dra. Graziella Nuenberg Back Brito
Co-orientador: Prof. Dr. Vinicius Anéas Rodrigues.

1 Prótese Dentária. 2 Candida albicans.


I Influência das diferentes formas de acrilização e polimento em resina acrílica termo ativada sobre
o crescimento de microrganismo em prótese dentária. II Marilda Vieira Nogueira; Liandra Maria
Siqueira Madalena.
À Deus pela sua infinita misericórdia derramada sobre a minha vida todos os dias.
Aos meus pais Leandro e Angélica, sem eles eu não estaria aqui e esse sonho não teria se
tornado realidade, obrigada por me mostrarem que eu sou capaz, vocês são os melhores pais
que eu poderia ter.
Ao meu noivo Rayan, pelo amor, paciência e apoio durante todos esses anos.

Liandra Madalena

À Deus o autor e sustentador da minha vida, a quem devo toda gratidão por tudo que tenho e
sou.
À Terezinha, minha mãe e a mulher em quem me espelho todos os dias.
À Marcos e Marlene, meus irmãos, suporte e incentivo mesmo na distância.
Ao Gilson meu porto seguro e meu grande amor.
À Samara minha filha e o maior amor da minha vida.

Marilda Nogueira
AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente à Deus, por nos conceder saúde e proporcionar a cada dia
oportunidades de aprendizado. Sem Ele não chegaríamos até aqui.
Às nossas famílias pela compreensão do tempo em que estivemos ausentes dedicando-
nos ao estudo.
À professora Drª Graziella Nuerbeng Back Britto pela competência,atenção, paciência e
dedicação, disponibilizando-se em se locomover até a nossa cidade para realização dos
experimentos, orientando-nos de forma segura neste trabalho.

Ao professor Dr. Vinicius Anéas Rodrigues pela atenção, disponibilidade e dedicação


constante na co-orientação deste trabalho, condições indispensáveis para nossa formação de
pesquisadoras.

Aos demais professores que contribuíram para nossa formação.

Ao Laboratório Nogueira Prótese Dentaria, na pessoa de Gilson Serra Nogueira Junior


por disponibilizar sua infra-estrutura para realização desta pesquisa.

À UniFUNVIC- Centro Universitário Funvic, por disponibilizar sua infra-estrutura para o


experimento microbiológico.
RESUMO

O objetivo desta pesquisa é apontar qual a técnica de polimerização e polimento em resinas


acrílicas para base de prótese, que proporcione o menor e o maior grau de agregação e
proliferação de micro-organismos de leveduras do gênero Candida. albicans. Para isso, foi
analisadas três técnicas de polimerização, tradicional em banho por aquecimento(PB), em
microondas (PM) e termo-penumatíca (PP). Cinquenta e quatro corpos de prova foram
confeccionados em resina acrílica (Vipi Whave e Vipi Cril Plus) divididos em 3 grupos
(n=18) para polimerização. Após acrilização cada grupo (PB, PM e PP) foi divido em 3
subgrupos (n=6) e cada um recebeu um tipo de polimento. Pedra pomes e água impreguinadas
em rodas de pano e pêlo 20 e 10 (tipo 1), pasta vipi de acabamento e polimento impregnadas
em rodas de pano e pêlos 20 e 10 (tipo 2) e aplicação de verniz Glase Fotopolimerizável
(Megaceal) (tipo 3). Todos os grupos foram submetidos a teste microbiológicos mediante a
contagem formadora de colônia (UFC/ml). O presente estudo demonstrou que o Grupo PM
tipo 1 foi o grupo com menor proliferação de leveduras, e não houve diferenças
estatisticamente relevantes entre os grupos PB e PM. , O grupo PP teve um crescimento de C.
albicans bem significativo comparado aos grupos PB e PM. Conclui-se que a técnica de
polimerização é mandatória para obtenção de uma superfície com menos porosidade e mais
lisa, que dificulta a aderência de C. albicans.

Palavra – chave: Prótese Dentária; Candida albicans.


ABSTRACT

The objective of this research is to point out which technique of polymerization and polishing
in acrylic resins for prosthesis base, which provides the lowest and highest degree of
aggregation and proliferation of yeast microorganisms of the genus Candida. albicans. For
this, three polymerization techniques, traditional in heating bath (PB), in microwave (PM) and
thermo-penumatic (PP), were analyzed. Fifty-four specimens were made of acrylic resin (Vipi
Whave and Vipi Cril Plus) divided into 3 groups (n = 18) for polymerization. After
acrylization, each group (PB, PM and PP) was divided into 3 subgroups (n = 6) and each
received a type of polishing. Pumice and water impregnated in cloth and hair wheels 20 and
10 (type 1), vipi finishing and polishing paste impregnated in cloth and hair wheels 20 and 10
(type 2) and application of Glase Photopolymerizable (Megaceal) varnish (type 3). All groups
were submitted to microbiological tests by means of colony forming count (CFU / ml). The
present study demonstrated that the PM type 1 group was the group with the least yeast
proliferation, and there were no statistically significant differences between the PB and PM
groups. , The PP group had a very significant growth of C. albicans compared to the PB and
PM groups. It is concluded that the polymerization technique is mandatory to obtain a surface
with less porosity and smoother, which makes it difficult to adhere to C. albicans.

Key words: Prótese Dentária; Candida albicans.


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Media e desvio padrã 32


Tabela 2 Teste de analise de Variancia ANOVA 1-fator 33
Tabela 3 Teste de Tukey 34
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Vertendo cera nos moldes 18
Figura 2 Moedas usadas na confecção dos moldes e padrões prontos 18
Figura 3 Corpos de prova em cera incluídos em mufla 19
Figura 4 Ciclo de polimerização em microondas 19
Figura 5 Ciclo de polomerização tradicional (banho) 19
Figura 6 Ciclo de polimerização termo-pneumatico 21
Figura 7 Prensa até 1000kg 21
Figura 8 Temperatura de 71.5ºC no ciclo PB 23
Figura 9 Temperatura de 98.5ºC no ciclo PB 23
Figura 10 Acabamento em tira de lixa 24
Figura 11 Polimento tipo 1 24
Figura 12 Polimento tipo 2 25
Figura 13 Polimento tipo 3 25
Figura 14 Fotoativador, com lâmpadas ultravioletas (UVA) 26
Figura 15 Diagrama explicativo sobre a divisão dos grupos 26
Figura 16 Corpos de prova autoclavados, divididos em seus respectivos grupos 28
Figura 17 Corpos de prova colocados em poços de placa de cultura 29
Figura 18 Corpos de prova colocados em poços de placa de cultura 29
Figura 19 Placas incubadas a 37ºC 29
Figura 20 Corpos de prova transferidos para tubo Falcon 30
Figura 21 Transferencia da solução para placa contendo ágar BHI 30
Figura 22 Contagem do numero de colônias 31
Figura 23 Contagem do numero de colônias 31
Figura 24 Dados de media, mediana e desvio padrão por grupo em relação a UFC/ml 32
Figura 25 Dados de media e desvio padrão por grupo em relação a UFC/ml 33
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Ciclos de polimerização e respectivas resinas acrílicas utilizadas 27

Quadro 2 Polimentos e respectivos materiais 27


SUMARIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 11
2 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 13
3 MATERIAIS E MÉTODO ........................................................................................ 17
3.1 Criação dos corpos de prova ................................................................................... 17
3.2 Acabamento e polimento ........................................................................................ 22
3.3 Teste de aderência ao micro-organismo ................................................................. 28
4 RESULTADOS ......................................................................................................... 32
5 DISCUSSÃO ............................................................................................................. 34
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 38
11

1 INTRODUÇÃO

Prótese dentária é a ciência e a arte de prover substitutos convenientes para a porção


coronária dos dentes, ou para um ou mais dentes pedidos e para suas partes associadas, de
maneira a restaurar as funções perdidas, a aparência estética, o conforto e a saúde do paciente,
segundo a Associação Americana das Escolas Odontológicas.1
Analisando a afirmativa do Comitê da Associação Americana das Escolas
Odontológicas, sobre o que é prótese dentária, no qual os itens, saúde e conforto são
incluídos, voltamos nossa atenção ao fato de que a saúde bucal e conforto do paciente em
relação ao uso de suas próteses está intimamente ligada as suas características sistêmicas,
motoras e habituais e inclui-se a qualidade das próteses que fazem uso.
É de conhecimento da classe odontológica, que os pacientes que fazem uso de próteses
dentárias são em sua maioria idosos. Em uma pesquisa sobre a saúde bucal da população
brasileira foi constatado que a porcentagem de usuários de prótese total superior entre 65 a 74
anos foi de 63,1%, 7,6% das pessoas examinadas usava prótese parcial removível superior e
somente 7,3% não necessitava do uso de próteses dentárias2.
Na maioria das vezes essas próteses são confeccionadas em resina acrílica termo
ativada que são polimerizadas através do calor. Essas resinas permitem que o processo de
acrilização ocorra por meio de varias técnicas; utilizando uma panela com ar comprimido,
água e temperatura, um microondas ou uma panela com água sendo aquecida por fogão. Para
o polimento final, são utilizadas tiras de lixa de granulação fina, adaptadas em mandril,
através do motor de bancada e rodas de feltro, de pelo e de pano umedecidas em uma mistura
de pedra pomes e água em motor tipo torno.1
O polimento minimiza as porosidades existentes na resina, e quando não efetuado com
qualidade, acaba permitindo uma aderência de micro-organismos, em um curto prazo de
tempo, e de difícil remoção.3
Candida albicans é um fungo comensal e estima-se que está presente na cavidade
bucal em cerca de 30 a 60% da população.4-5 É capaz de se aderir à superfície da prótese e a
mucosa do palato por meio de uma adesão inicial até se tornar uma espessa camada de
biofilme, formado por leveduras, bactérias e células epiteliais descamativas. Apesar dessa
levedura ser encontrada em toda a superfície da prótese, a superfície interna geralmente
apresenta maior número de biofilme, uma vez que estas superfícies não são polidas e
12

apresentam irregularidades, propiciando a aderência do fungo. Essa condição de crescimento


de biofilme pode ser favorecida por muitos fatores, como por exemplo: gênero, idade,
condição sistêmica e uso de medicamentos3. Visto que na maioria dos casos os usuários de
próteses são idosos, e muitos desses pacientes possuem suas condições sistêmicas e até
mesmo motora comprometidas, o que irá dificultar uma higiene adequada, poderá haver maior
acúmulo de micro-organismos em suas próteses e cavidade bucal, levando a sofrer com
doenças comumente típicas como a Estomatite Protética.6
Neste contexto, esta pesquisa terá como objetivo analisar diferentes técnicas utilizadas
para acrilização e polimento de resinas acrílicas utilizadas em confecção de próteses dentárias,
visando avaliar a técnica que propicie o menor e o maior grau de agregação e proliferação de
de Candida albicans.
13

2 REVISÃO DA LITERATURA

Existem no gênero Candida mais de 350 espécies de fungo, porém dessas somente
uma minoria de espécies são patogênicas em humanos, destacando-se como a mais patogênica
a especie C. albicans.7 Esse micro-organismo é comensal, ou seja, é um micro-organismo
presente na microbiota residente do ser humano e pode ser encontrado nos tratos respiratórios,
digestivos e vaginal.7 Na mucosa oral é encontrado em até 80% da população saudável.8
A mudança de Candida albicans de comensal inofensiva para patogênica pode ocorrer devido
a uma mudança de ambiente da cavidade oral que favoreça o crescimento do fungo, que na
maioria das vezes estão relacionadas ao enfraquecimento imunológico do hospedeiro.9 Na
mucosa oral o gênero Candida se apresenta como um dos principais causadores do biofilme e
das micoses orais, acarretando graves quadros de gengivites, periodontites e estomatites.
Além disso, esse micro-organismo possui a capacidade de se aderir as membranas celulares
do hospedeiro e secretar enzimas hidroliticas, o que aumenta sua capacidade de adesão a
células epiteliais e ao acrílico10, causando ainda mais prejuízo ao hospedeiro usuário de
prótese, visto que o material utilizado para confecção das próteses é a resina acrílica.
Uma vez aderido às próteses, o fungo pode desencadear um infecção que exerce o
papel principal no desenvolvimento da Estomatite Protética, visto que, pode iniciar, manter e
exacerbar tal alteração.11 Mesmo assim ainda existe a necessidade de outros fatores, como por
exemplo, a má adaptação, uma dificuldade mecânica que acarreta a má higienização12 e até
mesmo iatrogenias refletidas em acabamentos e polimentos das próteses mal executados
causando maiores retenções e facilitando a aderência do micro-organismo.
Estomatite protética é um tipo de candidiose atrófica crônica13, infecção mais recorrente
envolvendo Candida, que pode ocorrer em até 65% dos usuários de próteses, geralmente
assintomática8. Clinicamente podemos observar o aspecto da lesão sendo caracterizada por
edema, aspectos eritematosos difusos ou pontilhados na mucosa de suporte, petéquias
hemorrágicas, com inflamação moderada ou intensa. Mesmo rara, ainda pode existir uma
sintomatologia caracterizada por dor, halitose, prurido e queimação.
Para a maioria das bases para próteses, tem sido utilizado em sua confecção, poli metacrilato
de metila, desde a metade dos anos de 1940. Geralmente este material é fornecido como um
sistema pó-líquido. O pó consiste em esferas pré-polimerizadas de poli(metacrilato de metila)
e uma pequena quantidade de peróxido de benzoíla, que é responsável por iniciar o processo
de polimerização sendo chamado de iniciador. O líquido é predominantemente um metacrilato
de metila não-polimerizado com pequena quantidade de hidroquinona, que é adicionada como
14

um inibidor que previne a polimerização do líquido enquanto armazenado. A mistura do pó ao


líquido em devida proporção forma uma massa manipulável, que permite a modelagem por
compressão, para confecção de próteses.
A versatilidade da resina acrílica a base de polimetilmetacrilato (PMMA) corrobora
para sua utilização em odontologia. Esse polímero possui diversas características relevantes
que são bem vistas no momento de escolha do material a ser usado para confecção das bases
de próteses. Entre algumas dessas características estão a sua biocompatibilidade, além de ser
insípida, inodoro e impermeável aos fluidos bucais, para não se tornar anti-higiênica. Outras
características que beneficiam o paciente são, suas propriedades térmicas satisfatórias, um
comportamento estável em termos dimensionais, suficiente dureza, resiliência e resistência ao
desgaste suportando o uso normal. Considerando que a resina também permite um bom
acabamento e polimento, que é imprescindível em uma peça protética, para que possa ser
instalada na cavidade bucal. Pois a redução de rugosidade superficial, minimiza o acúmulo de
restos alimentares e bactérias, beneficiando saúde e função.14
Sua polimerização pode se dar através de adição térmica ou por adição de luz,
classificando-se em: Resina Acrílica Ativada Quimicamente (RAAQ) e Resina Acrílica
Ativada Termicamente (RAAT) e Resina Acrílica Foto ativada. Estas possuem duas
principais propriedades, a capacidade de sorção e solubilidade, que estão relacionadas ás
propriedades polares dos polímeros e a presença física de espaço, portanto, se torna
imprescindível a redução de rugosidades que promovem nichos, permitindo que
microrganismos fiquem protegidos dos procedimentos de higiene, essa redução de rugosidade
em sua superfície é adquirida através de um acabamento e polimento.15
O processo de aquecimento utilizado para polimerização da resina acrílica
termicamente ativada é chamado de Ciclo de polimerização, que controla o aquecimento da
resina para que não ocorra ebulição do monômero, que pode causar porosidade interna na
resina da base da prótese.14
Existem alguns ciclos de Polimerização para resina termicamente ativada, com
diferentes técnicas e equipamentos. Tais como: Polimerização em banho, numa panela
aquecida em um fogão, polimerização termopneumo-hidráulico, usando uma panela de
pressão e em microondas.1
De acordo com Turano1, em relação ao aparecimento de bolhas, ciclo de
polimerização termopneumo-hidráulico é o que tem apresentado os melhores resultados1.
15

Diversos fatores podem influenciar a aderência de micro-organismos aos materiais de


resina para base de prótese, desde a técnica de polimerização e composição das resinas
acrílicas até as características superficiais dos materiais.3
Uma avaliação16 de resina acrílica incolor termopolimerizável por método
convencional e de micro-ondas, para confecção de aparelho interoclusais, tiveram seus corpos
de prova submetidos a acabamento e polimento pelo método mecânico, buscou-se analisar a
microdureza e topografia superficial dos corpos de prova através de microscopia óptca (MO),
além da quantidade de poros. Observou-se então que nos corpos de prova que foram
submetidos à técnica de polimerização de micro-ondas havia uma redução de porosidade,
considerando as técnicas de polimerização utilizadas. Concluindo assim que a resina acrílica
termopolimerizavel através da técnica de polimerização por energia de micro-ondas,
apresentaram em seu aspecto alisado melhores resultados.16
O estudo que fora avaliada adsorção de Candida albicans em resina para base de
próteses removíveis, tiveram seus corpos de prova polimerizados com as resinas Odontoflex,
Onda Cryl, Lucitone 550 e QC-20. Os corpos de prova foram polimerizados e polidos
sequencialmente, com: Lixas de granulação decrescentes 400, 500 e 600 e disco de feltro com
pasta Poli Acrílica (Asfer) em polidora automática (600rpm), após estes procedimentos foram
inoculados com Candida albicans ATCC 283366 (106 CUF/ml). Observaram maior adsorção
de leveduras pela resina de poliamida Odontoflex, seguida pela resina Onda Cryl
(polimetilmetacrilato) ativada por energia de microondas, já as resinas Lucitone 500 e QC-20,
que foram polimerizadas termicamente tiveram menor contagem e semelhança.17
Para uma avaliação da rugosidade de superfície da resina acrílica
termopolimerizável incolor da marca Clássico, foram criados corpos de prova onde a resina
foi manipulada e acrilizada conforme especificações do fabricante, passando por acabamento
através de pedras abrasivas brancas em forma de pera, utilizadas em peça de baixa rotação.
Os corpos de prova foram divididos para se obter um grupo controle, outro grupo foi
submetido a ação de lixa de parede de numeração 180, por 15 segundos de cada lado e
posteriormente polido com pedra-pomes e banco de Espanha (Pason), através de escova de
cerdas macias e cone de tecido (O.G.P), durante 1 minutos de cada lado e o último grupo,
aplicou-se uma fina camada de verniz Over Coat (Homus Biotecnologia Ltda), com pincel de
pelo de camelo número 1 (Tigre), aguardando por cerca de 12 horas sua secagem. Ao final
observou-se que, tão somente fazer um acabamento com pedra ou fazer uma aplicação de
verniz na superfície da resina acrílica, não se mostra suficiente para se obter uma superfície
16

lisa, como mostram os procedimentos habituais de acabamento e polimento que promovem de


forma significante uma superfície lisa.18
O estudo de .Lopes e Alves19 realizou aplicação de Glaze Fotopolimerizável
(Megaseal, Odonto Mega, Ribeirão Preto, SP, Brasil)para selamento da superfície de corpos
de prova da resina acrílica (PMMA). Os corpos de prova receberam uma aplicação de verniz
glaze, em um único sentido de forma uniforme e delgada através de um pincel macio, após 20
segundos foram levados a foto ativação com lâmpadas ultravioletas (UVA) através de um foto
ativador por 5 minutos. Para análise microbiológica utilizaram uma cepa de Candida albicans
(ATCC 90028), com finalidade de observar a aderência fúngica. Ao final do estudo conclui-se
que com a aplicação glaze sobre a superfície do PMMA houve uma diminuição de Candida
albicans sobre a resina acrílica termopolimerizável.19
No estudo de Yamauchi et al.20 foram examinados várias texturas de superfície de
resina de base de prótese na aderência de micro-organismos , através de amostras onde
ambos os lados da resina acrílica para base de dentaduras foram polidas com papel de esmeril
número 400, 2000 e efetuado polimento de lustre, ou com papel de esmeril 2000 e alisamento
de superfície, após este tratamento foram embebidas em cultura e rotulagem de micro-
organismos, inclusive Candida albicans IFO 1060. Foi feita uma análise unidirecional de
variância para cada micro-organismo. Observou-se que as superfícies suavizadas possuíam
maior aderência de C. albicans, o contrário foi observado emsuperfícies polidas. Conclui-se
assim que o alisamento da base da prótese é de suma importância.20
Taylor et al.14 realizou um experimento visando verificar o aumento da rugosidade
da superfície de cobalto-cromo liga e resina acrílica dental. Detectou-se que em um aumento
de rugosidade da superfície de 15 a 3,53 µm, para Candida albicans resultou em um aumento
na retenção de 3% a 9%. Portanto deve-se considerar que o tipo rugosidade e o influenciam
sobremaneira a retenção de micro-organismos as superfícies. Estes autores concluiram que a
padronização nos acabamentos e polimentos em peças protéticas confeccionadas em resina
acrílica impediriam a variação de sua superfície, que quando mau acabada e polida facilitam a
retenção de micro-organismos.21
O cirurgião- dentista ao realizar trabalhos intrabucais em resina acrílica devem
sempre considerar o acabamento e polimento como parte fundamental dos processos
protéticos.22
17

3 MATERIAIS E MÉTODO

3.1 Criação dos corpos de prova

Foram criados 2 moldes para os corpos de prova, através de 2 moedas de 1 Real para cada
molde, unidas com Super Bonder e recobertas com cera de escultura (kota) para obter lisura
da superfície, com a medida de 2,5cm em sua circunferência e 4 mm de espessura. Através de
um silicone de condensação denso extraduro laboratorial Zetalabor (Zhermarck, Labordental
Ltda., São Paulo, SP, Brasil), manipulado conforme indicação do fabricante e inserido dentro
de uma caixinha, porta aparelho ortodôntico, os moldes foram introduzidos enfileirados no
silicone, obtendo assim uma forma com 2 moldes para verter a cera derretida e reproduzir os
54 padrões. (Figuras 1 e 2)
Os padrões em cera foram incluídos em muflas para micro-ondas (Fig.3) Vipi-STG, (
Vipi produtos odontológicos, Pirassunga SP, Brasil), que se divide em duas partes; sendo a
parte inferior, a sua base e a parte superior, também chamada de contra-mufla, a sua tampa.
Esta mufla possui quatro parafusos para sua estabilização e travamento. Efetuamos a inclusão
em duas fases: Adicionamos gesso pedra tipo III na base adaptando o padrão de cera no gesso
Pedra tipo III (Asfer, Industria química , São Caetano do Sul- SP, Brasil )ainda amolecido,
ocorrendo a presa total do gesso uma película de isolante foi aplicada sobre ele, que atuou
como um agente de separação, em seguida encaixamos a contra mufla que foi fixada através
de quatro parafusos, por fim preenchemos com o mesmo tipo de gesso aguardando sua presa
total. No processo de eliminação da cera, que posteriormente foi substituída por resina
acrílica, utilizamos a técnica de micro-ondas, que consiste em colocarmos a mufla no micro-
ondas, dentro de um recipiente contendo 250ml de água, utilizando sua potência máxima
durante 3 minutos, em seguida retirando a mufla do micro-ondas para limpeza da cera
derretida, com algodão e auxílio de uma pinça. Novamente a mufla foi levada ao micro-
ondas, para isto colocamos um chumaço de algodão no espaço vazio deixado pela cera
eliminada do seu interior, e fechamos a mufla retornando-a ao micro-ondas por mais 2
minutos na potência máxima, ao completar este ciclo foi retirada do micro-ondas, abrimos
retirando o algodão e lavamos com água quente e sabão neutro para a completa eliminação da
cera. Para o processo de eliminação de cera em muflas metálicas utilizamos um caldeirão com
água aquecida por um ebulidor, inserimos a mufla em água na temperatura ambiente
aguardando sua ebulição para remoção da mufla eliminação da cera. Com a mufla ainda
quente foi aplicada uma película de isolante para gesso, aguardamos então seu resfriamento
18

para efetuar a prensagem da resina acrílica termopolimerizável VIPI CRIL plus e VIPI
WAVE (Vipi Pirassununga, SP, Brasil) que foram empregadas para confecção dos corpos de
provas.

Figura 1- Vertendo cera nos moldes.

Figura 2 – Moedas usadas na confecção


dos moldes e padrões prontos.
19

Figura 3- Corpos de prova em cera


incluídos em mufla

Figura 4- ciclo de polimerização em


micro-ondas

Figura 5- Imersão da mufla em água sobre chamas de fogo.


20

Os corpos de prova foram divididos em três principais grupos de acordo com a técnica de
polimerização Grupo PM submetido ao ciclo de polimerização em micro-ondas (Figura.4),
Grupo PB ciclo de polimerização em banho (imersão da mufla em água sobre chamas de um
fogão) (Figura.5) e Grupo PP ciclo de polimerização termo-pneumático (uma panela de
pressão que possui um bico injetor de ar, um manômetro, um reostato para regular a
temperatura e um termômetro) (Figura.6). Para manipulação e prensagem das resinas
acrílicas, seguimos a indicação do fabricante que consiste em uma a proporção de (6,5ml do
monômero para 14g do polímero), a técnica de manipulação do material foi a mesma técnica
empregada para os dois tipos de resina, quando depositamos a resina acrílica em um
recipiente de vidro, Pote Paladon (Nova OGP, Industria e comercio Eirele, Curitiba, Bragança
Paulista – SP, Brasil ) e manipulamos com uma espátula de plástico, até que a mistura se
tornasse homogênea, aguardando para tanto sua fase plástica para efetuarmos o
preenchimento com resina o espaço vazio deixado pelo padrão de cera. Sobre a superfície da
resina foi colocado um plástico de (polietileno de alta densidade) que acompanha o kit de
resina. Fechamos a mufla e levamos para prensa hidráulica (ESSENSE DENTAL,VH,
Importação e Exportação, Araraquara – SP, Brasil ) prensando lentamente até 1000kg
(Figura.7), logo após abrimos a mufla e retiramos o plástico e o excesso de resina que
extravasou com um instrumental, Lecron (Golgran, São Caetano do Sul – SP, Brasil ),
voltamos a fechar a mufla e colocamos na prensa novamente sob uma pressão de 1000kgf,
estabilizando através de seus parafusos. Aguardamos 24h para efetuar a os ciclos de
polimerização preconizado para cada grupo. Para acrilização do Grupo PM, com resina VIPI
WAVE a mufla foi inserida em um recipiente contendo 250 ml de água levamos ao micro-
ondas para sua fase inicial de acrilização foi utilizado o tempo de 20 minutos a 20% de
potência e sua fase final o tempo de 5 minutos a 60% de potência. O resfriamento foi
aguardado para que fizéssemos a demuflagem fazendo uso de um martelete pneumático
(ESSENSE DENTAL VH). Para o Grupo PB com resina VIPI CLIL plus, a mufla foi
imergida em uma panela contendo 3 litros de água a temperatura ambiente sobre um fogão
com chama baixa até que atingisse 71.5°C (Figura.8) mantivemos a temperatura por
30minutos e em seguida aumentamos a chama para que entrasse em ebulição alcançando
98.9°C (Figura.9) permanecendo por mais 150 minutos, finalizando desligamos o fogão e
aguardamos resfriar até que 40°C para retira-la da água e prosseguir com a demuflagem e
retirada dos corpos de prova. Para o grupo PP a mufla foi inserida na panela polimerizadora (
ESSENSE DENTAL VH ) recoberta por água devidamente fechada, injetamos ar
comprimido a (60 libras). Ligamos a polimerizadora até que fosse atingido a temperatura de
21

120º C, imediatamente após este patamar ela foi desligada. Aguardamos a queda da
temperatura para 90º C, quando foi religada, até que atingisse novamente 120º C, desligamos
aguardando até que a temperatura decline para 60ºC. Nesta temperatura fizemos a eliminação
da pressão ainda contida no interior da polimerizadora, para que pudéssemos abri-la retirando
a mufla e posteriormente fazer a demuflagem e retirada dos corpos de prova da mesma.

Figura 6- Ciclo de polimerização termo-pneumatico.

Figura 7- Prensa até 1000 kg.


22

3.2 Acabamento e polimento

A técnica inicial de acabamento foi igual para ambos os grupos (PM, PB e PP): a)
fresas de corte fino, b) tiras de lixa de granulação 220, 320 e 600 ( Oxido de alumínio,
Costado papel, MTX, Itaquaquecetuba- SP, Bra sil ) adaptadas em mandril próprio e
utilizamos micro-motor de bancada ( Marathon 3 champion- Talmax, Curitiba-PR, Brasil ),
no qual os procedimentos de acabamento permitiram obtenção de regularização da superfície
dos padrões eliminando os excessos e irregularidades ocasionais dos corpos de prova (Figura.
10). Após o acabamento inicial, cada grupo de corpos de prova (PM, PB e PP) foi submetido
a três técnicas de polimento que visam obtenção de maior regularização, lisura e brilho em
sua superfície e foram divididos de acordo com as técnicas de polimentos: tipo 1 -polimento
através de um motor torno para polimento de duas velocidades (Nova OGP), adotamos as
seguintes sequências: Roda de pelo número 20 (Mac, Vila Independência- SP, Brasil ) com
pedra pomes (Asfer ) umedecida em água, roda de pano algodão (KOTA, Cotia- SP, Brasil )
e pedra pomes molhadas em água e roda de flanela de pano ( KOTA ) seca e impregnada com
pasta de polimento universal para brilho (Ivoclar Vivadent, Alphaville Barueri- SP, Brasil)
(Figura.11). Para o polimento tipo 2 foi realizado polimento com Roda Pelo número 30 e 20,
( Mac ) e Roda de pano ( KOTA) impregnada com material de bastão de acabamento VIPI
BRIL (Vipi Pirassununga, Sp, Brasil), e roda de flanela de pano impregnada com material do
bastão de polimento VIPI BRIL ( Vipi Pirassununga, Sp, Brasil), para obter o brilho final
(Figura.12). Para o polimento tipo 3 realizamos um tratamento de superfície com verniz
Glaze Fotopolimerizável (Megaceal, Odonto Mega Ribeirão Petro, S/P, Brasil) aplicamos
uma fina camada uniforme com um pincel de cerdas macia (Figura.13) em sentido único e
aguardamos 20 segundos para efetuar a fotoativação utilizando um fotoativador, com
lâmpadas ultravioleta (UVA) ( Heraeus Kulzer, Kulzer Brasil, Barra Funda- SP, Brasil )
durante 5 minutos ( Figura.14).
23

Figura 8- Temperatura de 71,5 no ciclo PB.

Figura 9- Temperatura de 98.9º C no ciclo PB.


24

Figura 10- tira de lixa de granulação 220 adaptada


em mandril próprio utilizando micro-motor de
bancada

Figura 11- Polimento tipo 1.


25

Figura 12- Polimento tipo 2.

Figura 13- Polimento tipo 3.


26

Figura 14 - Fotoativador, com lâmpadas ultravioletas (UVA)

Figura 15- Diagrama explicativo sobre a divisão dos grupos.


27

Quadro 1. Resumo dos tipos de polimerização de cada ciclo, além da resina utilizada e a
marca do fabricante.
Ciclo Resina Fabricante
Ciclo PM 20min a 20 de Vipi Wave Vipi-STG, ( Vipi produtos
potência + 5min a 60 de odontológicos, Pirassunga
potencia SP, Brasil)

Ciclo PB manter em 70°C Vipi Cril Vipi-STG, ( Vipi produtos


por 30min + 1h e 30min odontológicos, Pirassunga
em 100°C SP, Brasil)
Ciclo PP 60 libras, atingindo Vipi Cril Vipi-STG, ( Vipi produtos
120°C desliga e religa em odontológicos, Pirassunga
90°C até atingir 120°C SP, Brasil)

Quadro 2. Resumo das Técnicas de polimento e seus respectivos materiais.


Tipo Técnica Material
1 Molhada Pedra-pomes, roda de brim, roda de pelos 20 e 10,
roda de flanela e pasta de polimento universal ( Ivo
2 Seca Roda de brim e roda de pelo 20 e 10, Bastão de
acabamento Vipi Bril, roda de flanela e bastão de
Polimento Vipi Bril

3 Glaze Verniz Glaze Fotopolimerizável (Megaceal,


Odonto)
28

3.3 Teste de aderência de Candida albicans

Os corpos de prova foram divididos em seus respectivos grupos (Figura.16), embalados em


grau cirúrgico e autoclavados de acordo com o ciclo do fabricante.
Os ensaios de aderência foram realizados no Laboratório de Microbiologia e
Imunologia do Campus Pindamonhangaba UNIFUNVIC – Centro Universitário FUNVIC.
O micro-organismo Candida albicans (ATCC 18804) foi semeado em placas de Petri
contendo ágar Brain Hert Infusion (BHI - Himédia) e incubados a 37 ° por 48 horas. A partir
do crescimento, foi preparada suspensão padronizada do micro-organismo em solução salina
estéril (NaCl 0,85%) contendo 106 células/ml pela escala Mac Farland. Os corpos de prova
foram colocados individualmente em poços de placas de cultura de células contendo 2,0 ml de
caldo BHI e 0,1 ml da suspensão padronizada com o micro-organismo (Figuras 17e 18). As
placas de cultura de células foram tampadas e incubadas a 37 °C por 24 h (Figura19). A
seguir, os corpos de prova foram removidos com auxílio de pinças esterilizados e foram
lavados, por três vezes, em solução salina esterilizada para retirada das células bacterianas não
aderidas e transferidos para tubos Falcon de 50 ml. (Figura 20). Os tubos continham 10 ml de
solução fisiológica (NaCl 0,85%) esterilizada e foram submetidos a agitação por 60 segundos
para retirar as células microbianas aderidas. A suspensão inicial obtida foi diluída 100 vezes,
obtendo as diluições 10-2. Alíquotas de 0,1 ml das soluções puras e das diluições foram
transferidas para placas contendo ágar BHI (Figura 21). Após 48 horas de incubação a 37 °C,
as placas foram selecionadas para contagem e o número de colônias foi anotado (Figuras 22 e
23). O número de unidades formadoras de colônias por mililitro (UFC/ml) foi calculado para
cada corpo de prova de cada grupo, de acordo com a seguinte fórmula: Número de UFC/ml =
número de colônias x 10 x diluição

Figura 16- corpos de prova autoclavados divididos em seus respectivos grupos


29

Figura 17- Corpos de prova colocados em poços de placa


de cultura.

Figura 18- Corpos de prova colocado em poços de placa de


cultura

Figura 19- Corpos de prova incubados a 37ºC


30

Figura 20- Corpos de prova


tranferidos para tubo Falcon

Figura 21- Alíquotas de 0,1 ml das soluções sendo


transferidas para placas contendo ágar BHI.
31

Figura 22- Contagem do numero de colônias.

Figura 23- Contagem do número de colônias.


32

4 RESULTADOS

Após análise inicial dos dados obtivemos a divisão dos grupos pela média e desvio padrão, os
valores podem ser observados na tabela 1 e figura 24 e 25.

Tabela 1- Média e desvio padrão dos grupos avaliados.

Grupos Média N Desv Pad


PB tipo 1 21.867 6 8.385
PB tipo 2 14.567 6 1.791
PB tipo 3 16.650 6 6.120
PM tipo 1 5.895 6 2.723
PM tipo 2 23.017 6 6.595
PM tipo 3 7.355 6 1.712
PP tipo 1 123.500 6 79.016
PP tipo 2 168.500 6 74.995
PP tipo 3 76.667 6 29.432

Boxplot of UFC/ml
270000

240000

210000

180000

150000
UFC/ml

120000

90000

60000

30000

PB tipo 1 PB tipo 2 PB tipo 3 PM tipo 1 PM tipo 2 PM tipo 3 PP tipo 1 PP tipo 2 PP tipo 3


Grupos

Figura 24- Dados de media, mediana e desvio padrão divididos por grupo em relação a
quantidade de UFC/ml.
33

Interval Plot of UFC/ml vs Grupos


95% CI for the Mean

200000

150000
UFC/ml

100000

50000

PB tipo 1 PB tipo 2 PB tipo 3 PM tipo 1 PM tipo 2 PM tipo 3 PP tipo 1 PP tipo 2 PP tipo 3


Grupos
The pooled standard deviation was used to calculate the intervals.

Figura 25- Dados de media e desvio padrão, divididos em grupos em relação a UFC/ml.

A fim de verificar se houve diferenças estatísticas, os valores médios foram submetidos a um


teste de análise estatística de variância ANOVA -1 fator, onde o valor de P-Value 0,00 foi
menor do que 0,05 o que significa que houve diferença entre os grupos. (Tabela 4)

Tabela 2- Teste de analise de Variância ANOVA - 1 fator


Source DF Adj SS Adj MS F-Value P-Value
Grupos 8 1,66798E+11 20849734292 14,55 0,000
Error 45 64494487633 1433210836
Total 53 2,3129211

Com o objetivo de sabermos quais foram os grupos que se diferenciaram, foi aplicado o teste
de Tukey 95% (tabela 5), que analisou 95% da confiança, visto que o presente estudo tem
uma margem de erro de 5%.
34

Tabela 3 - Teste Tukey 95% entre os grupos analisados, demonstrando a diferença entre
eles.

Diferença entre os
Grupos Média N
grupos
PP tipo 2 168.500 6 A
PP tipo 1 123.500 6 A B
PP tipo 3 76.667 6 B C
PM tipo 2 23.017 6 C
PB tipo 1 21.867 6 C
PB tipo 3 16,650 6 C
PB tipo 2 14.567 6 C
PM tipo 3 7.355 6 C
PM tipo 1 5.895 6 C

*Médias com letras diferentes são estatisticamente diferentes


35

5 DISCUSSÃO

O presente trabalho avaliou a influência de três técnicas de acrilização em resina


acrílica termopolimerizável utilizada em confecção para base para próteses dentáras e três
técnicas de polimento em relaçãoa aderência de Candida albicans nos diferentes grupos.em
sua superfície.
Sabe-se que a porosidade na superfície de resinas para base de prótese dentárias é um
fator determinante para agregação de biofilme na mucosa oral10. Selecionamos a espécie C.
albicans neste estudo devido à habilidade de formação de biofilme e a forte correlação desta
espécie com a estomatite protética que acomete cerca de 65% dos usuários de próteses12,23,24.
Nesta afecção bucal a presença da prótese é considerada o fator local iniciante para a doença,
pois pode induzir alterações inflamatórias na mucosa que a suporta e a superfície interna da
resina pode apresentar irregularidades e microporosidades que irão facilitar a colonização de
bactérias e fungos. Embora geralmente de curso benigno, alguns autores defendem que lesões
bucais como a leucoplasia, a eritroplasia, o líquen plano, a queilite actínica e a estomatite
protética são passíveis de malignidade25-7.

As técnicas de polimerização utilizadas foram denominadas PM (microondas), PB


(por banho ou tradicional e PP (panela termopneumatica) e as técnicas de polimento P1 (
pedra - pomes e água), P2 ( a seco através de bastões de polimento) e P3 ( aplicação de glaze
verniz). Todas as técnicas são utilizadas por Técnicos em Prótese Dentária em laboratórios
para confecção de bases de próteses em resina acrílica.

As próteses que possuem suas bases confeccionadas em resinas acrílicas


termopolimerizáveis passam por processos manuais e mecânicos tendo seu ciclo de
polimerização sob controle de temperatura14. Phillips28, descreve o ciclo de polimerização,
como o processo de aquecimento utilizado para controlar a polimerização em diversas formas,
tamanho e espessuras de bases de prótese. Em sua literatura descreve alguns guias desses
ciclos, dentre estas estão três técnicas para banho em água, sendo a primeira polimerização
em temperatura constante de 75°C por 8 h ou mais, a segunda mantendo em banho a 74°C por
8 h e aumentando para 100°C por 1h e a terceira, em 74°C por 2 h aumentando para 100°C
por 1 h,e uma técnica utilizando energia de micro-ondas, através de uma resina formulada
especificamente para esta técnica com uma mufla não metálica, entretanto não é descrito um
tipo de ciclo. A velocidade que se dá a polimerização através do micro-ondas é uma grande
36

vantagem em comparação com os métodos tradicionais por banho, e quando comparadas as


propriedades físicas destas resinas são compatíveis as utilizadas em técnicas convencionais.

Tendo em vista que este trabalho demonstrou que o ciclo de polimerização por micro-
ondas e por banho (tradicional) mostraram resultados semelhantes no que tange ao
crescimento de Candida albicans, o mesmo corrobora com o estudo de Yannikakis et. Al29
quando em sua pesquisa investigou o ciclo de polimerização convencional para resina Pladon
65 e micro-ondas para resina Acron MC onde conclui que não há porosidades clinicamente
significativas entre resinas elaboradas para técnicas convencionais e micro-ondas, o que
explica a menor aderência do micro-organismo nesses dois ciclos, PM e PB.
Considerando que a polimerização da resina acrílica é exotérmica28 tendo seu ponto de
ebulição do monômero de 100.8ºC, obtivemos resultados com diferenças bem significativas
para o grupo PP em relação a UFC/ml comparado ao ciclo PM e PB. De acordo com
TURANO1 o ciclo de polimerização que tem apresentado os melhores resultados no quesito
de menor aparecimento de porosidades é o ciclo termopeneumatico. Entretanto, no ciclo
preconizado, o reator é ajustado a 100ºC, respeitando a temperatura de ebulição do
monômero, diferente da temperatura indicada pelo fabricante (VIPI Cril) que foram seguidas
nesse estudo. Seria essa uma hipótese sugerida para justificar os resultados obtidos nesse
estudo para o grupo PP, em que a elevação da temperatura, ultrapassando a temperatura de
ebulição do monômero tenha propiciando o aumento de porosidade na resina acrílica,
resultando em uma discrepância nos valores de UFC/ml, comparados aos ciclos PB e PM.
Foi realizado neste estudo o mesmo acabamento para todos os corpos de
prova, removendo de sua superfície, bolhas positivas originadas da inclusão em gesso e
rebarbas da prensagem, através de um motor de bancada com broca Maxicut e tiras de lixa em
mandril nas granulações 220, 320 e 600 para regularização da superfície. Acreditamos que
esta etapa é indispensável para um bom acabamento, visto que uma superfície irregular
facilita a aderência de micro-organismo20. Para o polimento foram utilizadas três técnicas,
molhada, seco e P3 glaze, a fim de analisar qual a melhor técnica que proporcione uma
superfície com melhor lisura minimizando a agregação e proliferação microbiana20. As
técnicas de acabamento e polimento utilizadas neste trabalho tomaram como base, a
literatura1,28 apontando que o polimento tem o objetivo de tornar a superfície mais brilhosa e
lisa com aspecto de esmalte, onde recomenda-se o uso de tiras de lixa, pedra pomes com roda
de pano, roda de feltro e escova de Robbison (pelo nº 10,12 e23).
37

Em relação ao verniz (glaze) Lopes e Alves19 demonstram em seus resultados uma


diminuição significativa na adesão de Candida albicans sobre a superfície da resina acrílica
tratada com verniz fotopolimerizável, onde declara que esse fato se deve em que o verniz
fotopolimerizável torna a superfície hidrofílica, aspecto que interfere na aderência de biofilme
microbiano.19 No presente trabalho as superfícies tratadas com glaze não possuíram
crescimento microbiano superior aos tratados com polimentos mecânicos, porém a pesquisa
de Carneiro30 analisou as propriedades físicas e mecânicas de resinas pigmentadas para base
de prótese que variavam de acordo com o tipo polimento. Os corpos de provas foram
submetidos a ensaios que simulassem condições bucais durante seu uso. Os corpos de prova
tratados com acabamento de glaze em superfície não possuíram longevidade em sua aplicação
durante os ensaios efetuados, concluiu-se que os benefícios gerados pelo tratamento com
glaze não se mantiveram, comparada as superfícies tratadas com acabamento e polimento
tradicional.
O resultado do presente estudo, considerando suas limitações, demonstram que as
técnicas de polimento utilizadas não influenciaram quanto a aderência de C. albicans. O que
não acontece nas diferentes técnicas de acrilização. Contudo, os corpos de prova não foram
submetidos a procedimento determinantes de alterações em sua superfície, sendo necessário
outros estudos relacionando técnicas de polimento em base de próteses dentárias submetendo-
as a situações de uso intra-oral.
38

6 CONCLUSÃO

Concluiu-se a partir dessa pesquisa que o grupo PP (polimerização termo- pneumática)


apresentou um maior aderência de Candida albicans em relação aos outros grupos, PM
(polimerização por micro ondas) e PB (polimerização por banho). Os ciclos de polimento não
influenciaram na agregação e proliferação do micro-organismo neste estudo.
39

7. REFERÊNCIAS

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