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Instituto Politécnico de Castelo Branco

Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias


Ciências Biomédicas Laboratoriais
2ºano- 2º Semestre
2023/2024

Coloração de Gram

Discente: Catarina Sofia Baptista Diogo


Unidade Curricular: Microbiologia Clínico- Laboratorial I
Castelo Branco, 8 de Março de 2024
Instituto Politécnico de Castelo Branco
Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias
Ciências Biomédicas Laboratoriais
2ºano- 2º Semestre
2023/2024

Índice
Objetivo.............................................................................................................................3
Introdução..........................................................................................................................3
Materiais e Métodos..........................................................................................................4
Discussão dos resultados e conclusões finais....................................................................5
Bibliografia........................................................................................................................6

Objetivo
O objetivo da atividade laboratorial foi realizar com precisão a coloração de
Gram em duas amostras distintas: amostra A, cultivada no meio MCK, e amostra B,
cultivada no meio MSA. Esse procedimento visa diferenciar dois grupos principais de
bactérias: as gram-positivas e as gram-negativas. Enquanto as bactérias gram-negativas
Discente: Catarina Sofia Baptista Diogo
Unidade Curricular: Microbiologia Clínico- Laboratorial I
Castelo Branco, 8 de Março de 2024
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assumem uma coloração rosa, as gram-positivas aparecem com uma
coloração roxa.
Dessa forma, a coloração permitiu a identificação dessas bactérias com base em
suas morfologias e estruturas celulares, o que contribui para uma análise mais
aprofundada de sua classificação e características distintivas.

Introdução
A coloração de Gram é uma técnica essencial e icônica na microbiologia,
desempenhando um papel central na identificação e classificação de bactérias com base
em suas características de parede celular. Em 1884, Hans Christian Gram, um médico
dinamarquês, desenvolveu uma técnica de coloração diferencial que ainda é a pedra
angular da identificação bacteriana e da divisão taxonómica (Moyes, Reynolds, &
Breakwell, 2009).
A importância da coloração de Gram reside na sua capacidade de diferenciar
bactérias em dois grupos principais: gram-positivas e gram-negativas. Esse método de
coloração é baseado na composição da parede celular bacteriana e na resposta das
bactérias aos corantes utilizados durante o procedimento.
O processo de coloração de Gram envolve uma série de etapas delicadas e
sequenciais, começando com a aplicação de um corante primário, geralmente violeta de
cristal, seguido por uma fixação com uma solução de iodeto de potássio, conhecida
como Lugol. Em seguida, as bactérias são submetidas a um agente descolorante, como
álcool-acetona, que remove o corante das bactérias gram-negativas, mas não das gram-
positivas. Finalmente, as bactérias são coradas com um corante de contraste, como a
safranina, que confere uma cor rosa ou vermelha às bactérias gram-negativas.
A capacidade da coloração de Gram de distinguir entre esses dois grupos de
bactérias é crucial não apenas para fins de identificação bacteriana, mas também para
orientar decisões clínicas importantes, como a escolha de antibióticos. Isso ocorre
porque as bactérias gram-positivas e gram-negativas podem responder de maneira
diferente a diferentes classes de antibióticos, e a identificação correta da natureza
bacteriana de uma infeção é essencial para garantir um tratamento eficaz.
Assim, a coloração de Gram não apenas fornece informações valiosas sobre a
morfologia e a estrutura das bactérias, mas também desempenha um papel vital na
prática clínica, contribuindo para a compreensão e tratamento de uma ampla gama de
doenças infeciosas.

Materiais e Métodos
No procedimento de coloração de Gram realizado em laboratório, foram
utilizadas duas amostras distintas: Amostra A, que consistia em uma cultura de bactérias
cultivadas em meio MCK, e Amostra B, composta por bactérias cultivadas em meio
MSA. Além disso, foram necessários os seguintes materiais e equipamentos: ansa
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esterilizada, soro fisiológico, lâminas de vidro, luvas descartáveis, pipeta
de Pasteur, microscópio ótico, solução de metanol, solução de violeta de
cristal a 1%, solução de Lugol, solução diferenciadora (composta por álcool e acetona),
solução de Safranina e água corrente para limpeza.
O procedimento teve início na câmara de fluxo laminar, onde cada lâmina foi
identificada. Em seguida, uma gota de soro fisiológico foi colocada em cada lâmina.
Utilizando a ansa esterilizada, uma pequena quantidade de colônia bacteriana presente
em cada meio de cultura (MCK ou MSA) foi coletada e espalhada uniformemente sobre
a superfície da lâmina, formando um esfregaço. Após isso, as lâminas foram deixadas
secar completamente.
Posteriormente, os esfregaços foram fixados pela aplicação da solução de
metanol, garantindo a preservação do conteúdo bacteriano durante as etapas
subsequentes do processo de coloração.

O processo de coloração de Gram foi realizado conforme os seguintes passos:

1. As lâminas foram imersas em solução de violeta de cristal a 1% por um


período de 1 minuto;
2. Após escorrer o excesso de corante das lâminas, foi adicionado solução
de Lugol, também por 1 minuto;
3. As lâminas foram levadas em água correte por 5 segundos;
4. Em seguida, foi feita a diferenciação das lâminas utilizando solução de
álcool e acetona por 10 a 15 minutos;
5. As lâminas foram novamente lavadas em água corrente por 5 segundos;
6. Foi aplicada a solução de Safranina por 1 minuto;
7. Por fim, as lâminas foram lavadas em água corrente por mais 5 segundos;

Após a completa secagem, as lâminas foram observadas ao microscópio ótico em uma


ampliação de 100x, utilizando óleo de imersão.

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Discussão dos resultados e conclusões finais

Figura Na
1: Amostra A apósdos
discussão o procedimento
resultados,com Figura 1: Amostra B após o procedimento com
ampliação de 100x ampliação de 100x
podemos observar que a amostra A, proveniente do meio MCK, um meio seletivo que
favorece o crescimento de bactérias gram-negativas enquanto inibe o crescimento de
bactérias gram-positivas, apresentou resultados que corroboram essa característica. A
Figura 1 mostra bactérias com coloração rosa, indicando que são gram-negativas, o que
está em concordância com o tipo de meio em que foram cultivadas. Além disso, a
análise morfológica revela que essas bactérias são bacilos.
Por outro lado, a amostra B, originária do meio MSA, que promove o
crescimento de bactérias gram-positivas e inibe as gram-negativas, também apresentou
resultados consistentes. Na Figura 2, observamos bactérias com coloração violeta,
indicando que são gram-positivas, em conformidade com o meio de cultura utilizado.
Além disso, a análise morfológica revela que essas bactérias são cocos.
Assim, a concordância entre as características dos meios de cultura e os
resultados obtidos valida a precisão da coloração seletiva realizada. Isso evidencia que
os objetivos da atividade laboratorial foram alcançados com sucesso, destacando as
características distintivas dos microrganismos presentes nas amostras A e B.

Bibliografia
Discente: Catarina Sofia Baptista Diogo
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Brush, L. M. (Março de 2023). Considerações gerais sobre bactérias
Gram-Positivas. Obtido de Manual MSD.
Bush, L. M. (Setembro de 2022). Considerações gerais sobre bactérias Gram-negativas.
Obtido de Manual MSD.
Moyes, R. B., Reynolds, J., & Breakwell, D. P. (2009). Differential staining of bacteria:
gram stain .

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