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9 CONSEQUÊNCIAS QUE “TERCEIRIZAR OS FILHOS” PODE CAUSAR

Hoje em dia é muito comum ouvirmos o termo “criança terceirizada”. Mas o que realmente
isso quer dizer e o que isso pode causar nas crianças?

As crianças terceirizadas são aquelas cujo os pais transferem para terceiros a tarefa de
cuidar, se preocupar e se responsabilizar por elas.

1) Quebra de vínculos

Por mais que a mãe precise trabalhar, é muito importante que ela se planeje e que consiga
ficar o maior tempo possível com seu filho. Substituir os cuidados da criança com algum
outro adulto (babá, avó, avô etc.) não é a mesma coisa. O vínculo, principalmente no
primeiro ano de vida do bebê, é fundamental e é maior com a pessoa que cuida, que fica
junto. Portanto, se o bebê passa 90% do tempo com algum outro cuidador, o vínculo será
maior com ele. Martins não critica as mães que precisam realmente trabalhar e ajudar a
família, mas pede que priorizem os filhos. “Trabalhem, mas não esqueçam as crianças.
Sempre que possível, fiquem com elas. Deem atenção e mostrem carinho”.

2) Educação que os pais não aprovam

Muitos pais exigem que as escolas eduquem seus filhos. Porém, o papel da escola é
alfabetizar, ensinar conhecimentos gerais, dentre outras coisas. Mas a educação vem de
casa. Quem deve ensinar a andar, tirar a fralda, chupeta, falar “obrigado”, “por favor”,
portar-se à mesa, ter afeto, modo de conversar etc., é a família! Portanto, não exija uma
educação exemplar se você não tem paciência para mostrar ao seu filho o que é certo.

3) Falta de limites

Assim como na educação, os pais é que devem saber impor limites às crianças. As crianças
terceirizadas, na grande maioria das vezes, não têm limites. Isso porque os pais chegam
em casa tarde da noite e não querem brigar com os filhos, não querem que as crianças
chorem ou gritem por algum motivo, então eles acabam cedendo a tudo o que os filhos
exigem. E esse tipo de atitude é crucial na educação.

4) Prioridade invertida

O que acontece atualmente é que os pais têm grande limitação em abrir mão do conforto da
vida que tinham antes dos filhos. Ou seja, querem o prazer de ter filhos, mas ignoram o
desprazer, como se o ônus e o bônus não fizessem parte do mesmo pacote. O que é
realmente prioridade na vida dos pais? A presença do pai ou da mãe é fundamental nos
momentos de troca de fralda, quando a criança está adoecida, quando está num momento
de birra… Não apenas quando está sorrindo e brincando.

5) A não valorização do outro


Diversos casos de delinquência juvenil, quando observados de perto, mostram crianças que
foram totalmente solitárias, criadas sem vínculos razoáveis e, por viverem sob um
abandono dilacerante, não aprenderam a valorizar “o outro” e não pensam que as pessoas
devam ser respeitadas.

6) Problemas com figuras de autoridade

As crianças verdadeiramente terceirizadas, ou seja, as que possuem vínculos


enfraquecidos com seus pais, provavelmente terão uma relação complicada com figuras de
autoridade, pois, ao longo de suas vidas, exerceram autoridade sobre ela, pessoas com
quem ela não possuía vínculos afetivos suficientes.

7) Baixa autoestima

A forte ausência dos pais pode também causar baixa autoestima nas crianças. É muito
importante que os pais estejam presentes nos eventos escolares, nas entrevistas com os
professores, nos jogos de futebol do colégio e qualquer outro compromisso em que elas
solicitem sua presença. A “falta” dos pais nessas ocasiões, mexe muito mais com os filhos
do que você imagina. Principalmente, no momento de ir aos consultórios médicos (hoje em
dia muitos pais delegam essa “função” para as babás). As crianças já se sentem acuadas
nesses ambientes, e a presença de um dos pais é fundamental para transmitir confiança,
segurança e conforto.

8) Problemas comportamentais

Estes problemas são muitas vezes um escudo que as crianças usam para proteger suas
questões profundas de abandono e medo. Por exemplo, uma criança que vive em um lar
com pais totalmente ausentes, tem mais chances de desenvolver uma atitude negligente
com um ar de superioridade arrogante para esconder o fato de que ela realmente os quer
em sua vida.

9) Sensação de falta de afeto

Muitos pais podem estar fisicamente próximos de seus filhos durante a maior parte do dia,
mas podem não estar afetivamente disponíveis a eles. Não conversam intimamente, não
brincam, brigam e gritam a maior parte das vezes que se dirigem à criança. Crianças
precisam se sentir amadas, precisam saber que são prioridade! Não consigo imaginar meus
filhos sentindo falta de afeto, isso aperta meu coração. Tudo o que mais queremos na vida é
que nossos filhos saibam que são as pessoas mais importantes das nossas vidas e que são
MUITO amados! Isso faz toda diferença no desenvolvimento deles.

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