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Sobra amor,

falta paciência
na eduação dos filhos
Produção
Clube Auge

Diretora Editorial
Camila Cury

Diretor Executivo
Bruno Oliveira

Gerente de Projeto
André Quites

Redação
Jacqueline Pioli

Arte e Diagramação
Evandro Ferreira

Imagens
Shutterstock
Índice
04. Padecer no paraíso
05. Por que os pais perdem a
paciência com os filhos?
06. Pais sobrecarregados
07. Filhos imaturos
08. Falta de apego
09. Quando a falta de paciência
faz parte da rotina
Padecer no
Paraíso

Não há afirmação melhor para definir maternidade


e paternidade que “padecer no paraíso”. Um filho
proporciona aos pais uma sensação de felicidade
incomparável a qualquer coisa ou situação. Porém,
ao mesmo tempo, ele exige tempo, dedicação e,
sobretudo, paciência para educá-lo. E esta não é
uma tarefa fácil.

Até bem pouco tempo atrás, a falta de paciência


para educar os filhos era um tabu. Poucos falavam
sobre isso. Afinal, admitir que esta missão é difícil
traz um sentimento de culpa para os pais.

Hoje, este assunto já é mais comentado,


principalmente nas redes sociais. As hashtags
#maternidadereal e #paternidadereal trazem à tona
como a parentalidade é de fato.

Assim, perder a paciência com os filhos tem se


tornado um comportamento normal da rotina dos
pais. Entretanto, ser normal não significa que ele
seja aceitável e bom para o desenvolvimento da
criança.
Por que os pais
perdem a paciência
com os filhos?
Há diversos motivos que fazem os pais perderem a
paciência com seus filhos. No entanto, há três
principais que desencadeiam muitas outras razões:

Pais sobrecarregados;

Crianças imaturas;

Falta de apego.

Vamos falar sobre cada um nas próximas páginas.


Pais sobrecarregados

Conciliar profissão, cuidados pessoais e da casa e


educação dos filhos faz com que pais e mães vivam
em uma eterna correria para (tentar) dar conta de
tudo.

Quando os pais buscam os filhos na escola ao final


do dia, eles estão cansados da rotina de oito ou mais
horas de trabalho, mas, não podem chegar em casa
e, apenas, tomar um banho e relaxar no sofá.

É preciso preparar o jantar das crianças, auxiliá-las no


banho e nas tarefas escolares. Depois, ainda, tem de
colocá-las para dormir, o que, para muitas famílias, é
um momento bastante tenso.

Os pequenos também chegam exaustos da escola. E,


além disso, por passarem muito tempo longe dos
pais, exigem ainda mais atenção deles.

Há dias nos quais essa rotina pós trabalho/escola


funciona em perfeita harmonia. Entretanto, na
maioria deles, o que acontece em muitos lares são
situações de estresse: choros, mau comportamento
e gritos das crianças. E como os pais costumam
responder a isso? De maneira bem semelhante à dos
pequenos.

Então, o que era para ser um momento para a família


se curtir torna-se um tempo perdido.
Filhos imaturos

O cérebro humano atinge seu amadurecimento total


no final da adolescência, por volta dos 20 anos de
idade. Ou seja, somente na idade adulta este órgão
está pronto para controlar o raciocínio e o
comportamento emocional e tomar decisões.
Aceitar e saber lidar com isso pode ser libertador para
os pais!

Por terem uma imaturidade neural, as crianças não


controlam seus sentimentos. Então, quando estão
cansadas, com fome ou medo, por exemplo, elas
choram, gritam ou se jogam ao chão –
comportamentos chamados de birra. E o que
costuma acontecer com os pais nesses momentos
de descarga emocional dos filhos? O “sangue ferve” e
eles “explodem” também.

O curioso é que, durante essas “explosões”, os


adultos, já com suas funções cerebrais amadurecidas,
comportam-se como os pequenos. Depois do
período de tensão, vem a culpa por acreditarem que
não são capazes de educar seus filhos.
Falta de apego

O apego é o vínculo emocional que se instala entre a


criança e seu pai/mãe. Diversas pesquisas
comprovam que ele é essencial para o
desenvolvimento social, emocional e até cognitivo
dos pequenos.

E os benefícios não param por aí. As pesquisas ainda


mostram que as relações com apego na infância
continuam a influenciar ideias e sentimentos ao
longo da vida.

O apego também é fundamental para evitar


situações nas quais os pais perdem a paciência.

Segundo estudos coletados pelo Centro de


Excelência para o Desenvolvimento na Primeira
Infância, da Universidade de Montreal, no Canadá,
quando os pais conseguem estabelecer um vínculo
forte com seus filhos, eles podem premeditar
cenários estressantes e, assim, agir preventivamente.

Por exemplo, um abraço é capaz de reconfortar uma


criança com raiva ou tristeza e impedir que a
paciência do adulto ultrapasse o seu limite e o caos
seja instalado.

Entretanto, cansaço, falta de apoio, problemas


conjugais, de saúde ou financeiros e até mesmo a
inexistência de uma experiência de vinculação dos
pais durante a infância deles, podem reduzir essa
capacidade de reagir a seus filhos de forma previsível
e cuidadosa.
Quando a falta de
paciência faz parte
da rotina
Em muitos lares, a falta de paciência dos pais passa
despercebida e acaba fazendo parte da rotina da
família.

Nem sempre a falta de paciência está relacionada a


gritos e punições. A impaciência se manifesta em
uma série de comportamentos dos adultos. Pais
permissivos ou autoritários demais, negligentes ou
ainda que não se preocupam em oferecer os
estímulos certos para o desenvolvimento de seus
filhos.

Então, se você acha que é paciente com seu filho só


porque nunca alterou o tom de voz com ele, é bom
rever seus conceitos.
www.clubeauge.com.br

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