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GABARITO

Data: 08 de abril

 Qual é a compreensão que você faz da citação apresentada? A citação lembra algum
momento histórico específico?
Resposta pessoal. Mas podemos lembrar da chegada dos europeus na África, na Ásia e na América e
no processo de dominação dos povos originários. Os conquistadores europeus não respeitaram os
habitantes, os seus costumes e cultura.
1. Quem é Chimamanda Adichie? Qual é sua história?
Escritora nigeriana. Chimamanda cresceu em Nsukka, cidade universitária localizada a cerca
de 600 quilômetros da capital nigeriana de Lagos. Sua mãe foi a primeira mulher a trabalhar
na secretaria da Universidade e seu pai, o primeiro professor de estatística do país. É uma
feminista e escritora nigeriana. Ela é reconhecida como uma das mais importantes jovens
autoras anglófonas de sucesso, atraindo uma nova geração de leitores de literatura africana.
Por acaso, a residência da família Adichie, localizada no campus universitário, abrigara, anos
antes, Chinua Achebe, um dos mais importantes escritores nigerianos da história.
2. Chimamanda Adichie diz que, quando criança, nos livros em que escrevia, “Todos os meus
personagens eram brancos de olhos azuis. Eles brincavam na neve. Comiam maçãs. E eles
falavam muito sobre o tempo, em como era maravilhoso o sol ter aparecido”? Explique essa
fala.
Embora adorasse sonhar com aquilo que encontrava nas páginas dos livros, foi percebendo
que eles pouco tinham a ver com o seu universo. A África, sua terra natal Nigéria não era a
Europa (Inglaterra), ela passa a perceber que sua realidade não era essa.
3. Qual era a ideia que a colega de quarto da escritora tinha da África? Por quê?
A amiga presumiu que Chimamanda ouvia músicas tribais, conhecia animais selvagens e não
sabia usar um fogão elétrico pelo simples fato de ter crescido no continente Africano. Tal
realidade, porém, não combinava com o lugar em que viveu.
4. Como a palestrante reagiu ao visitar o México pela primeira vez? O que essa reação causou
nela?
Havia histórias infindáveis de mexicanos como pessoas que estavam espoliando o sistema de
saúde, passando às escondidas pela fronteira, sendo presos na fronteira, esse tipo de coisa.
Eu me lembro de andar no meu primeiro dia por Guadalajara, vendo as pessoas indo
trabalhar, enrolando tortilhas no supermercado, fumando, rindo. Eu me lembro que meu
primeiro sentimento foi surpresa. E então eu fiquei oprimida pela vergonha. Eu percebi que eu
havia estado tão imersa na cobertura da mídia sobre os mexicanos que eles haviam se
tornado uma coisa em minha mente: o imigrante abjeto. Eu tinha assimilado a única história
sobre os mexicanos e eu não podia estar mais envergonhada de mim mesma.
5. Como se cria uma história única?
É assim que se cria uma única história: mostre um povo como uma coisa, como somente uma
coisa, repetidamente, e será o que ele se tornará. Poder é a habilidade de não só contar a
história de outra pessoa, mas de fazê-la a história definitiva daquela pessoa. Uma história
positiva ou negativa.
6. Qual é o perigo da história única?
Insistir somente nessas histórias negativas é superficializar minha experiência e negligenciar
as muitas outras histórias que me formaram. A “única história cria estereótipos”. E o problema
com estereótipos não é que eles sejam mentira, mas que eles sejam incompletos. Eles fazem
uma história tornar-se a única história. E geralmente essa única história é do dominador, do
conquistador.

“Histórias têm sido usadas para expropriar e tornar maligno. Mas histórias podem
também ser usadas para capacitar e humanizar. Histórias podem destruir a
dignidade de um povo, mas histórias também podem reparar essa dignidade
perdida”.

Chimamanda Adchie

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