Você está na página 1de 28

Modelo

Pedagógico
Instrumentos e rotinas
5

Olá Educador

Neste Caderno você conhecerá alguns instrumentos e


rotinas do Modelo Pedagógico, seus conceitos e operação.
São eles:

• Avaliacão, Organização e Conselho de Classe


• Práticas da Coordenação Pedagógica
• Guia de Aprendizagem

Bom trabalho!
©iStock.com/asiseeit
Instrumentos e rotinas

Avaliação, Organização e Conselho de Classe

O aprendizado é o principal alvo da escola e a


avaliação está a serviço da aprendizagem.

Para atender as demandas educacio- de educação, que possa ser traduzido


nais do Século XXI, a Escola da Escolha em prática pedagógica. Nesse sentido,
busca responder às mudanças sociais, no Modelo Escola da Escolha, a ava-
inserindo inovações em conteúdo, mé- liação é prática processual, que se
todo e gestão. Nessa perspectiva, o põe a serviço da aprendizagem dos
Modelo se fundamenta em conceitos estudantes a partir da identificação
e princípios alinhados ao desenvolvi- dos seus avanços e retenções. Deve
mento das competências pessoais, estar comprometida com o processo
sociais e produtivas dos estudantes, de formação nas várias dimensões
utilizando métodos e conteúdos sele- humanas, assegurando que o estudan-
cionados mediante as necessidades de te compreenda o mundo em que vive
cada um e de estratégias que assegu- para usufruir dele e esteja preparado
rem o aprendizado nas várias dimen- para nele atuar.
sões da formação humana, não apenas Conduzida pelo professor, a prática
no âmbito cognitivo. avaliativa deve ter um olhar ampliado e
A avaliação é um processo que não concreto sobre o processo de aquisição
se dá nem se dará num vazio conceitual, das aprendizagens. Não apenas sobre
mas dimensionada por um modelo teó- o que foi adquirido, mas sobre o que os
rico de mundo e, consequentemente, estudantes serão capazes de aprender.
8 MODELO PEDAGÓGICO
Instrumentos e rotinas

Numa escola inclusiva, como é a (para a sala de aula, para as aulas de


Escola da Escolha, o foco da avaliação Estudo Orientado, para as aulas de
não deve estar unicamente no estu- Eletiva, para as ações de Tutoria,
dante. A avaliação é tratada como entre outras ações) convirjam para o
um processo dialógico que envolve mesmo objetivo: que todos os estu-
todos que fazem parte da rotina dantes se desenvolvam em sua inte-
pedagógica dos estudantes, com gralidade da melhor forma possível.
deficiência ou não. Mediados e sus-
tentados pela articulação do Modelo Em outras palavras, é necessário
de Gestão e do Modelo Pedagógico, o que o professor, apoiado pela equipe
professor, na sua disciplina, e escolar, faça uso de estratégias de
o coordenador pedagógico, na escola, aprendizagem que contemplem
deverão se perguntar: “O que é diversos recursos sensoriais e
preciso fazer para que se atenda da cognitivos dos estudantes. “Operacio-
melhor forma possível as especifici- nalizar” os 4 Pilares da Educação no
dades do aprender do estudante?”. âmbito da sala de aula é um cami-
nho interessante e importante nesse
Norteados pela avaliação pedagógi- sentido, de modo que diferentes
ca e, se for o caso, munidos de con- formas de aprender dos estudantes
tribuições que profissionais de áreas possam ser contempladas. Portanto,
como a saúde ou o serviço social se há múltiplas formas de aprender,
podem dar, além da valiosa contri- há de haver múltiplas formas de en-
buição da família, tal pergunta sinar, de monitorar a aprendizagem
deverá ser feita em todo o processo e de avaliar seus ganhos no percurso
de aprendizagem dos estudantes e no final de cada etapa/processo
para que os planos de trabalho educacional.

Quais são as melhores oportunidades


para melhoria do ensino na minha escola?
MODELO PEDAGÓGICO 9

Instrumentos e rotinas

Caso a rede tenha a figura do Professor construção e desenvolvimento pessoal e so-


Coordenador de Área (PCA), a mesma per- cial. A inteligência é um fenômeno de múlti-
gunta deverá ser feita a cada área. plos fatores. Há pessoas que têm uma grande
capacidade verbal e de comunicação. Outras
“A contribuição dos profissionais da área de têm um raciocínio lógico aguçado. E, outras,
saúde está relacionada a sugestões de medi- ainda, resolvem problemas práticos com
das para melhorar a condição geral da pes- grande facilidade. E há pessoas que têm limi-
soa, seu rendimento e, consequentemente, tações no raciocínio abstrato, por exemplo. As
seu desempenho na área educacional (…).” pessoas com deficiência intelectual também
Guia prático: O direito de todos à educação. têm alguns tipos de inteligência mais desen-
Diálogos com promotores de Justiça do volvidos que outros. Portanto, aprendem e se
Estado de São Paulo. P. 47 desenvolvem segundo suas características,
limitações e potencialidades. Esse direito de
“Atualmente, sabemos que as condições de explorar seu potencial o mais amplamente
aprendizagem dependem de outros aspec- possível está garantido na Constituição da Re-
tos como motivação, memória, atenção, ati- pública, no seu art. 206, inciso I – igualdade
tudes, valores, aspectos emocionais, sociais de condições para o acesso e permanência
e de saúde que, articulados à inteligência, na escola – e art. 208, inciso V - acesso aos
desenharão um perfil pessoal da capacidade níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e
de cada um de construir conhecimento. Além da criação artística, segundo a capacidade de
disso, a educação está longe de restringir-se cada um. - Guia prático: O direito de todos à
aos aspectos de transmissão de informação. educação. Diálogos com promotores de Justi-
Desejamos uma educação voltada para a ça do Estado de São Paulo. P. 47

O professor: • o esforço do estudante na condução


de seu desenvolvimento e outros as-
• usa as informações para reorganizar pectos não especificados no currículo;
o trabalho pedagógico e, a partir dis- • os vários momentos e situações em
so, atua no coletivo ou individualmente que certas capacidades e ideias são
junto àqueles que necessitam; usadas e que poderiam ser classifica-
• reconhece a relação direta entre o das como “erros”, mas que fornecem
desenvolvimento da aprendizagem do informações diagnósticas;
estudante e a sua própria prática; • todas as dimensões da aprendizagem:
• usa as informações do processo para cognitiva, afetiva, psicomotora, social.
o seu próprio desenvolvimento.
O estudante
O que considera a avaliação:
• é o principal usuário das informações
• o progresso individual que tem como fornecidas pela avaliação para a melho-
referência a posição na qual o estu- ria da aprendizagem;
dante se encontra em seu processo de • exerce papel central, devendo atu-
aprendizagem, em termos de conteú- ar ativamente em sua própria apren-
dos, competências e habilidades; dizagem;
10 MODELO PEDAGÓGICO
Instrumentos e rotinas

• progride quando compreende suas


potencialidades e fragilidades e sabe
A avaliação é concebida como
como se relacionar com elas.
um instrumento de gestão do
ensino e da aprendizagem e
O que requer
deve demonstrar até que ponto
• que todas as dimensões do trabalho as intenções educativas e os
escolar sejam avaliadas – estudante e
objetivos dos educadores, em
professor – com o objetivo de identifi-
todos os níveis, foram alcança-
car as lacunas e dificuldades a serem
superadas; dos. Ela possibilita o ajuste do
• uma ação mediadora, emancipatória, apoio pedagógico adequado às
dialógica, integradora e participativa; características e necessidades
• a comunicação enquanto eixo norte- de cada um dos estudantes e
ador para a reorientação dos trabalhos se compromete com a melho-
do professor e do estudante;
ria contínua dos processos de
• o exercício da corresponsabilidade,
aprendizagem e dos resultados.
na medida em que estudante e pro-
fessor se comprometem com o que Requer a elaboração cuidadosa
fazem, ou seja, com o desenvolvimento do seu planejamento e imple-
da aprendizagem. mentação para apoiar o controle
e a revisão do Plano de Ação da
CICLO PDCA escola e respectivos Programas
de Ação da equipe escolar.

1 2 Elemento integrante do processo


PLANEJAR EXECUTAR de ensino e aprendizagem, for-
“Plan” “Do”
nece informações importantes,

P D apoia e orienta as ações do pro-


fessor, do estudante e da própria
escola. Oferece aos gestores e
suas equipes ferramentas geren-
ciais que permitem não apenas

A C agir sobre os resultados medidos


(indicadores consequentes), mas
sobre os processos (indicadores
4 3 antecedentes), assegurando uma
AJUSTAR AVALIAR
“Act” “Check” previsibilidade com alto grau de
acerto do resultado esperado.

É o ciclo de melhoria contínua!


MODELO PEDAGÓGICO 11

Instrumentos e rotinas

DIFERENTES TIPOS DE AVALIAÇÃO APLICADOS NA


ESCOLA DA ESCOLHA E SEUS PRINCIPAIS OBJETIVOS

Inicial - Deve ser realizada na abertura trabalhos em grupo, apresentações


do ano letivo. A avaliação inicial tem a etc É um importante instrumento
função de diagnosticar as aprendiza- para acompanhar, identificar eventu-
gens adquiridas, contribuindo para o ais problemas e dificuldades, verificar
planejamento do professor; a necessidade de retomar aspectos
Deve ser realizada na introdução de não compreendidos pelos estudantes
cada conteúdo, para verificar os conhe- e, especialmente, corrigi-los antes
cimentos prévios dos estudantes. Pode de avançar.
ser feita oralmente. Somatória - no final de cada etapa de
Formativa ou processual - é a prática trabalho, para indicar se os resultados
de examinar a aprendizagem ao lon- esperados estão sendo atingidos e
go das atividades realizadas em sala se há necessidade de aula diferencia-
de aula, a exemplo dos exercícios, da, que ocorrerá no próprio contexto
produções de textos, comentários, da aprendizagem.

Avaliação Diagnóstica Externa


Para que a avaliação cumpra suas nóstica para identificar:
funções, é necessário que ela ocorra • no início de cada processo, os conhe-
de modo contínuo e organizado, não cimentos que os estudantes têm sobre
apenas em momentos isolados. Em os conteúdos com os quais vão intera-
alguns casos, é necessário se sub- gir (avaliação diagnóstica inicial);
meter a avaliações externas, que po- • ao final da aprendizagem de uma
dem contribuir com uma perspectiva sequência didática ou de um ciclo
fora do dia a dia. (nivelamento, reforço ou recuperação),
A avaliação diagnóstica externa traz o que foi de fato aprendido (avaliação
aos educadores informações e indi- diagnóstica final ou de saída).
cadores imprescindíveis para a conti- Na Escola da Escolha, a avaliação –
nuidade do projeto escolar. Subsidia e como outros processos pedagógicos
influencia a tomada de decisão sobre o – carrega em sua prática a articulação
processo de desenvolvimento do ensi- entre o Modelo Pedagógico e o Mode-
no e da aprendizagem de cada turma lo de Gestão: a gestão, por meio dos
de estudantes, do conjunto de turmas processos de monitoramento da ação
da escola, do conjunto de escolas inte- (ciclo PDCA e o trabalho com indica-
grantes do projeto por coordenadorias dores, por exemplo) iluminará a práti-
ou por secretarias. ca pedagógica na expectativa de que
A avaliação externa pode ser os estudantes alcancem a excelência
denominada e entendida como diag- acadêmica.
12 MODELO PEDAGÓGICO
Instrumentos e rotinas

Para que esses aspectos possam


subsidiar em tempo hábil os ajustes
que favorecerão a aprendizagem dos
INDICADORES – estudantes, algumas especificidades
Garantem o alinhamento precisam ser observadas:
entre as ações de cada educa-
1. Elaboração das avaliações
dor e dos estudantes com as
diagnósticas de aprendizagem
ações e estratégias da escola.
As questões ou itens das avaliações
Garantem também os resul- elaborados pela equipe externa às
tados esperados, previstos no escolas deverão considerar as
Plano de Ação da escola. matrizes de competências e
habilidades desejáveis para cada
ano em curso, sendo:
a. INICIAL (por exemplo, em Língua
Externa à escola, a avaliação diag-
nóstica é complementar ao trabalho Portuguesa e em Matemática): logo no
escolar, pois oferece subsídios para início do ano letivo, o que se espera que
uma formação docente articulada com o estudante domine ao chegar ao ano
o aperfeiçoamento imediato da prática que cursa. Ou seja, competências ou ha-
do professor na sala de aula. Isso sig- bilidades relativas aos conteúdos do
nifica dizer que o professor continua a ano ou anos imediatamente anteriores;
desenvolver a avaliação de seus estu- b. FINAL: o que foi aferido na avalia-
dantes de acordo com o seu plano de ção inicial, embora com questões ou
ensino, em sua classe, mas as avalia- itens diferentes, mas mantendo-se a
ções externas o auxiliarão na identifi-
similaridade e grau de dificuldade,
cação de competências e habilidades.
pois o que se quer verificar é o impac-
Esses resultados também subsidiarão
to das ações de nivelamento, reforço
o apoio que deverá receber dos de-
ou recuperação na aprendizagem
mais especialistas em educação para
que sua prática em sala de aula seja dos estudantes;
mais eficiente. c. DE PROCESSO: quando, ao longo da
A avaliação externa não substitui implementação de um programa ou
a avaliação do professor. No entanto, projeto, busca-se verificar o impacto
deve ser “indutora” de mudanças, ao das ações implementadas, quer sejam
originar expectativas por parte das de formação de professores, quer
escolas avaliadas e ao possibilitar a sejam de atividades de reforço.
análise de resultados e a interpretação Deverá ocorrer ao final de cada se-
do significado pedagógico desses re- mestre letivo (última quinzena), pau-
sultados pelos educadores de cada es-
tando-se nas competências e habilida-
cola e pelos especialistas que estão na
des ou expectativas de aprendizagem
secretaria de educação, nas coordena-
elencadas para o final do semestre,
dorias ou nas equipes que assessoram a
em cada uma das disciplinas.
implementação de projetos nas escolas.
MODELO PEDAGÓGICO 13

Instrumentos e rotinas

2. Análise dos resultados das


Tendo como subsídios os resul-
avaliações pelos educadores:
tados de cada processo avaliativo, o
a. especialistas em educação (nível
Plano de Ação da escola e os Progra-
secretaria, coordenadoria e assesso- mas de Ação dos educadores deve-
rias de instituições parceiras): o rão ser sempre revistos pela equipe
que os resultados demonstram em escolar com o objetivo de verificar se
relação ao ensino e à aprendizagem todas as metas foram atingidas, extra-
do conjunto de escolas de cada poladas ou se um plano corretivo será
região, de cada coordenadoria, em requerido, caso as metas não tenham
cada escola; sido alcançadas.
b. equipe gestora (nível escola): o O paradigma de gestão implantado
por esse Modelo identifica uma série
que os resultados demonstram em
de processos para uma gestão de qua-
relação ao ensino e aprendizagem do
lidade das escolas e, a cada processo,
conjunto de turmas de cada ano, de
associa um conjunto de atributos a se-
cada turma, do conjunto de turmas
rem avaliados. Resumidamente, alguns
de um professor; desses atributos se fundamentam:
c. professor (nível escola): o que os 1. na qualidade da gestão escolar;
resultados demonstram em relação 2. na postura e proficiência da equi-
ao aprendizado de suas turmas e de pe de apoio e corpo docente;
cada estudante. 3. na adequação e o gerenciamento
dos recursos de infraestrutura e mate-
3. Procedimentos e encaminha- rial didático-pedagógico;
mentos para o plano estratégico ou 4. na capacidade de manter e am-
de replanejamento: pliar parcerias com entidades e organi-
zações da sociedade;
a. estabelecimento de prazos e metas
5. na forma de planejamento ado-
de aprendizagem pelo professor das
tada pela gestão quanto à sua aderên-
turmas, pelas equipes gestoras das
cia aos propósitos do Projeto Escolar
escolas e especialistas da coordena-
e sua efetividade no alcance dos
doria, secretaria e assessorias do seus resultados.
projeto. Essas metas orientarão
as ações de apoio ao professor de
cada turma e/ou disciplina – sob
a responsabilidade dos especialis-
tas da escola, das coordenadorias,
secretaria de educação e instituições
parceiras – em cada área de atuação e
em consonância com as diretrizes do
projeto escolar;
b. acompanhamento e avaliação
do Plano de Ação da escola e dos
Programas de Ação dos professores.
14 MODELO PEDAGÓGICO
Instrumentos e rotinas

CONSELHO DE CLASSE

A partir de uma perspectiva baseada mentos de ensino e de aprendizagem,


em suas características históricas e constituindo-se como elemento de
possibilidades práticas, o Conselho de gestão fundamental para o processo
Classe é um órgão colegiado, institu- de melhoria contínua dos resultados
cionalizado e representativo, responsá- da escola.
vel pelo estudo e planejamento, debate Ele é instância privilegiada de refle-
e deliberação, acompanhamento, con- xão e avaliação sobre o trabalho pe-
trole e avaliação periódica do desem- dagógico e desempenho dos sujeitos
penho dos estudantes. avaliados – estudante e professor – a
No entanto, alinhado aos conceitos e partir de 2 eixos:
princípios que fundamentam o Modelo - participação direta, efetiva e con-
Escola da Escolha, o Conselho de Clas- sequente;
se agrega características e funções que - o foco do trabalho é a centralidade
ampliam sua presença nos procedi- da avaliação.

Por que implantar este


Conselho de Classe na escola?

O Conselho de Classe é parte integran- sor sobre o seu próprio trabalho é um


te da rotina pedagógica da escola e sua importante instrumento de aprendiza-
importância é assegurar a mobilização, gem e de formação em serviço, porque
análise e discussão do processo de permite a ele se colocar diante de sua
trabalho da sala de aula que se efetiva própria realidade de maneira crítica,
concretamente e, consequentemen- apontando alguns dos problemas exis-
te, provocar outro nível de reflexão e tentes nas suas opções metodológicas,
de ações. Isso deverá agregar maiores na adequação dos conteúdos bimes-
esforços de todos os envolvidos para trais da escola e/ou na utilização dos
alterar o rumo da situação identificada, instrumentos de avaliação, que ajudam
numa mediação ativa entre professo- nas mudanças e encaminhamentos pe-
res-estudantes, estudantes-estudan- dagógicos necessários. Essa reflexão
tes, estudante-família, escola-família. deve levá-lo a uma postura ativa diante
A prática do professor também é ob- de um universo onde mudanças são
jeto dessa reflexão, pois quando avalia necessárias para melhorar.
o estudante, ele se autoavalia, diagnos- O trabalho resultante do Conselho
tica a situação de ensino e de aprendi- de Classe permite alinhar a aprendi-
zagem e colhe elementos para o seu zagem dos estudantes aos seus inte-
aperfeiçoamento, incluindo a alteração resses e necessidades, indo além do
dos seus procedimentos didáticos. aspecto classificatório ou seletivo.
Essa reflexão realizada pelo profes- A participação dos Líderes de Turma
MODELO PEDAGÓGICO 15

Instrumentos e rotinas

em determinadas fases da reunião do Diagnóstico (1º Conselho)


Conselho possibilita o seu comprome-
timento com a comunicação da auto- • analisa os mapas elaborados a partir
avaliação realizada pela sua turma e dos questionários socioeconômicos e
a corresponsabilização pelos encami- de expectativas aplicados junto aos es-
nhamentos pactuados, que deverão tudantes e suas famílias;
ser observados por todos os envolvidos • caracteriza e organiza as necessidades
a quem as ações se destinarem. de aprendizagem e ensino;
Esse é um legítimo exercício de Pro- • reconhece e situa questões emergen-
tagonismo, no qual os estudantes se co- tes da relação professor-estudante;
locam a serviço da melhoria dos resul- • levanta e pactua procedimentos para in-
tados de aprendizagem de sua turma, tervenção efetiva do que foi apresentado.
confirmando sua atitude solidária em
não ser indiferente e fazer parte da
solução dos problemas identificados. Acompanhamento
(2º, 3a e 4º Conselhos)

E como se implanta o • aprecia os resultados identificados ao


Conselho de Classe? longo do período;
• avalia a efetividade dos procedimentos
O Conselho de Classe é liderado pelo adotados e pactuados no Conselho anterior;
Coordenador Pedagógico da escola e • identifica necessidades e possibilida-
conta com a presença dos conselheiros des de outras intervenções;
natos – todos os professores, equipe • assume coletivamente as responsa-
de apoio pedagógico (quando houver), bilidades do acompanhamento e das
Líderes de Turma e respectivos vice-lí- ações estabelecidas.
deres. Também podem ser convida-
dos para o Conselho de Classe outros
Promocional (5º Conselho)
educadores que tenham elementos a
contribuir com a pauta definida, como • decide coletivamente sobre a pro-
o Bibliotecário, o Laboratorista, o Me- moção ou retenção do estudante, ana-
rendeiro, o Coordenador de Pátio etc. lisando os resultados apresentados
A frequência do Conselho de Classe e sua relação com os procedimentos
está ligada ao que os sistemas das de acompanhamento assumidos nos
Secretarias de Educação definem. Conselhos anteriores;
No entanto, na perspectiva forma- • define previamente estratégias cole-
tiva do Modelo Escola da Escolha, o tivas e individuais para o acompanha-
Conselho de Classe ocorre cinco vezes mento e intervenção posteriores junto
ao ano, tem focos distintos em cada aos estudantes promovidos e em quem
período e é organizado com base nas se reconhece a necessidade de acom-
necessidades emergentes. panhamento efetivo no ano seguinte;
16 MODELO PEDAGÓGICO
Instrumentos e rotinas

• orienta o curso a ser perseguido pela lidade pela sua própria aprendizagem
escola e seus atores, seja redimensio- e os corresponsabiliza pelo ambiente e
nando sua prática, seja ratificando-a. condições adequadas para que o traba-
No início do primeiro semestre e final lho pedagógico ocorra.
do último, são aplicadas pela escola al-
gumas avaliações diagnósticas (Portu-
guês e Matemática), que servem como Segundo momento: Conselho
instrumentos de adequação do ensino
às necessidades dos estudantes. Assim, A participação dos Líderes de Turma
o primeiro e o último Conselho de Clas- durante os Conselhos de Classe con-
se tomam como estudo do resultado siste em 2 fases:
dessas avaliações, pois elas servem para • na apresentação, pelos Líderes, dos
orientar o planejamento dos professo- resultados da avaliação realizada junto
res e posterior nivelamento das séries. às suas respectivas turmas, conside-
rando os critérios definidos por toda a
comunidade escolar. É também o mo-
Nivelamento: prevê o uso de estratégias mento em que são apresentados os
paralelas ao desenvolvimento do currículo, resultados da autoavaliação da turma
inserindo ações reparadoras dos conte- e os compromissos que eles propõem,
údos defasados dos anos anteriores. de parte a parte, para a superação das
dificuldades que eventualmente te-
nham sido identificadas;
O Protagonismo presente • na apresentação, pelos professores,
no Conselho de Classe do perfil e desempenho acadêmico ge-
ral da turma, bem como a avaliação,
Para o Conselho de Classe existem três que fazem parte do nível de compro-
momentos distintos e articulados: misso que coletivamente manifestaram
pré-conselho, conselho e pós-conselho. ao longo do período, relacionando esse
Eles objetivam a avaliação e a recondução resultado ou não ao desempenho geral
do processo de ensino-aprendizagem. da turma.
Após a realização dessas fases,
são discutidos e pactuados entre os
Primeiro momento: Conselheiros e estudantes os encami-
Pré-conselho nhamentos para a superação das difi-
culdades e/ou aperfeiçoamento dos
Faz parte do planejamento do Con- procedimentos identificados como
selho de Classe a elaboração de uma bem sucedidos.
pauta pelos estudantes, na qual cada Os Líderes de Turma não participam
turma avalia os itens: relação profes- da discussão sobre a avaliação indivi-
sor x estudante, metodologia utilizada, dual de cada estudante com relação ao
procedimentos de avaliação de cada seu desempenho em cada disciplina,
disciplina e a autoavaliação da turma descrição de comportamentos, postu-
– um procedimento que encoraja os ras diante dos estudos e construção
estudantes a assumirem a responsabi- dos seus projetos de vida.
MODELO PEDAGÓGICO 17

Instrumentos e rotinas

Terceiro momento: cialidades e que os pais e responsáveis


recebam os resultados a partir dos pró-
Pós-conselho
prios professores para que garantam,
Finalizado o Conselho de Classe de em casa, as intervenções que forem
todas as turmas, o Coordenador Pe- necessárias.
dagógico alinha com os Tutores o pro- Todas as etapas do Conselho men-
cesso de devolutiva individualizada dos cionadas fazem parte do ciclo de
resultados para os estudantes e seus operacionalização alimentado pelo
responsáveis. É de grande importân- Modelo, que consiste no planejamento,
cia que os estudantes tomem conhe- execução, acompanhamento e avalia-
cimento de suas fragilidades e poten- ção dos resultados da escola.

PDCA do Coordenador Pedagógico


para o Conselho de Classe

Conselho
de Classe
• Solicitar a síntese das avaliações realizadas pelos
professores no bimestre.
• Reunir os documentos necessários para apoiar • Liderar o Conselho (abertura, objetivos, pauta
a pauta. e encaminhamentos).
• Elaborar a pauta. • Definir o relator.
• Definir o horário. • Mediar as falas dos participantes.
• Definir o local de realização. • Acordar os encaminhamentos (o que, quem
• Verificar se a sala está adequada. e quando).
• Assegurar os materiais e equipamentos • Enviar os resultados do bimestre para
necessários. a escrituração na Secretaria.
• Convocar os participantes e divulgar a pauta.

P D
• Recolher a síntese dos pontos a serem tratados
pelos Líderes de Turma.

• Analisar e avaliar o desenvolvimento do processo,


incluindo a reunião (frequência dos partici-
pantes, consistência das informações trazidas,
A C
a qualidade dos debates, a isenção das • Acompanhar a execução dos
posições dos participantes; exequibilidade dos encaminhamentos acordados.
encaminhamentos acordados). • Identificar as situações nas quais a execução
• Avaliar a efetividade dos encaminhamentos não está sendo assegurada.
executados. • Oferecer apoio aos responsáveis pelas ações
• Listar os “o que fazer” e os “o que não fazer” que não estão sendo executadas.
como fruto da análise e avaliação. • Registrar a memória das ações executadas e
• Alimentar o próximo ciclo com as conclusões dos seus resultados.
definidas neste processo.
18 MODELO PEDAGÓGICO
Instrumentos e rotinas

Responsabilidades de
acordo com as funções revisão de estratégias pedagógicas e
da equipe escolar: autorreflexão enquanto profissional.
• Estudantes - avaliar a própria
aprendizagem e atuar como protago-
• Coordenação Pedagógica - orga- nista também no processo educativo.
nizar e coordenar as reuniões dos • Pais - acompanhar a aprendizagem
Conselhos e analisar as condições no que diz respeito aos resultados qua-
institucionais que interferem na litativos e quantitativos dos seus filhos.
aprendizagem. • Tutores - apresentar a devolutiva
• Professores - analisar o percur- dos resultados e acompanhar os
so de cada estudante com base no estudantes em seus processos de
Guia de Aprendizagem e no Plano superação de defasagens e melhoria
de Ação da escola, favorecendo a da aprendizagem.

O QUE É? O QUE NÃO É?


• Momento de avaliação reflexiva e não • Espaço de julgamento ou de rotula-
de juízos pessoais dos professores. ções subjetivas a respeito do estudante.
• Avaliação pedagógica, individual e • Instância para cultura de punição
coletiva do trabalho escolar pelos edu- dos estudantes.
cadores e estudantes. • Fórum privilegiado de equaciona-
• Ferramenta fundamental para o esta- mento dos problemas pedagógicos
belecimento de estratégias que visam dos estudantes. O foco das discussões
o melhor desempenho da aprendiza- não é, em si, os problemas, e sim a
gem dos estudantes. busca de soluções a partir de um
• Via de avaliação mais eficaz do ensino- diagnóstico coletivo.
-aprendizagem.
• Espaço de reflexão e discussão sobre
as dificuldades de ensino-aprendiza-
gem, adequação dos conteúdos, do
currículo, das metodologias emprega-
das e competências a serem desenvol-
vidas pelos estudantes.
• Espaço interdisciplinar, de trocas de
conhecimento e crescimento da equipe
escolar e estudantes.
MODELO PEDAGÓGICO 19

Instrumentos e rotinas

GUIA DE APRENDIZAGEM

Afinal de contas, o que é o por consequência, apoiem a constru-


Guia de Aprendizagem? ção dos seus Projetos de Vida.
Nesse sentido, o Guia de Aprendi-
Guia de Aprendizagem é um recurso zagem inova ao ser simultaneamente
metodológico que se destina a orientar um recurso que atende 3 níveis dis-
processos de planejamento e acom- tintos desse processo de formação
panhamento pedagógico de maneira (professores, estudantes e famílias) e
objetiva em três âmbitos distintos: articula planejamento e comunicação,
Junto ao professor: para o planeja- dimensões fundamentais nos mecanis-
mento e desenvolvimento das ativi- mos de melhoria contínua dos proces-
dades pedagógicas da disciplina que sos pedagógicos.
ele ministra. Sua implementação no cotidiano da
Junto ao estudante: para apoiar o escola contribui para o rompimento de
desenvolvimento da capacidade de uma estratégia há muito utilizada pelas
autorregulação da sua aprendizagem, escolas, que é a de que “somente” o
pois fornece informações sobre os professor sabe o que vai ser ensinado
componentes curriculares (objetivos, num determinado período (bimestre ou
atividades didáticas, fontes de consul- trimestre, por exemplo) e o estudante
ta etc), que eles necessitarão para criar “somente” recebe essas informações.
os seus próprios mecanismos de plane- O Guia compartilha com os interessa-
jamento de estudos. dos (estudantes e familiares) o quê e
Junto às famílias: para complemen- como será o acesso ao conhecimento
tar os mecanismos de comunicação de historicamente acumulado. Esse movi-
que a escola já dispõe e apoiá-las no mento possibilita que a Presença Peda-
acompanhamento de ensino/aprendi- gógica, a Educação Interdimensional, o
zagem dos estudantes. Protagonismo e os 4 Pilares da Educa-
ção sejam movimentados no cotidiano
da sala de aula, no chão da escola.
As Metodologias de Êxito, bem
Por que usar o Guia como os instrumentais oferecidos
de Aprendizagem? neste Modelo, são parte dos recursos
propostos para tornar “ação” aquilo
O Modelo, nas suas inovações, pro- que é apresentado enquanto princípio
põe a adoção por parte da escola de educativo. Assim, na sua relação dire-
mecanismos que assegurem a eficá- ta com o currículo escolar, os Guias de
cia da gestão dos processos peda- Aprendizagem guardam uma relação
gógicos, com vistas à obtenção dos estreita e direta com o desenvolvimen-
resultados pretendidos relativos à to das competências preconizadas nos
formação dos estudantes (excelência Princípios Educativos deste Modelo,
acadêmica, formação em valores, com- conforme tratados no Caderno Mode-
petências para o Século XXI) e que, lo Pedagógico: Princípios Educativos e
20 MODELO PEDAGÓGICO
Instrumentos e rotinas

Conceitos. Eles estimulam o desenvol- me tratado no Caderno Tecnologia de


vimento de habilidades relativas à: Gestão Educacional.
Competência pessoal (Aprender a A elaboração do Guia de Aprendi-
Ser), como a autorregulação, a corres- zagem deve contemplar dois aspectos
ponsabilidade, a responsabilidade pes- para o desenvolvimento do currículo à
soal etc. luz das bases do Modelo:
Competência cognitiva (Aprender 1) “o que ensinar”, ou seja, quais
a Conhecer), como o didatismo e conteúdos/habilidades e competên-
o autodidatismo; cias estão previstos para aquele perío-
Competência social (Aprender a Con- do à luz dos documentos vigentes;
viver), como as atividades de didática 2) “como ensinar”, ou seja, como
cooperativa, entre outras. os princípios pedagógicos serão tra-
duzidos em ação. Trata-se de a equipe
escolar e, de forma mais focada, o pro-
fessor, evidenciar como a Pedagogia
E como se elabora um da Presença, a Educação Interdimen-
Guia de Aprendizagem? sional, o Protagonismo e os 4 Pilares
da Educação comporão o fazer didá-
No período que antecede cada tico de cada disciplina, as estratégias
bimestre , o educador é orientado pela de ensino, as mediações de aprendiza-
Coordenação Pedagógica ou, a depen- gem e as avaliações.
der da macroestrutura da escola, pelo Tais considerações são funda-
Coordenador da Área de Ensino da qual mentais, uma vez que todo o enredo
faz parte, na elaboração do Guia de e a trama propostos pelo Modelo de
Aprendizagem relativo à disciplina sob Escola da Escolha precisam ser ope-
sua responsabilidade. racionalizados em cada fazer do am-
Para essa orientação, serão utiliza- biente escolar, e o espaço da sala de
dos os documentos de referência vi- aula é privilegiado para essa nova for-
gentes (sejam parâmetros, diretrizes ma de fazer escola e educação.
ou referências curriculares) relativos Outro aspecto importante que o Guia
àquela disciplina, bem como o Progra- de Aprendizagem deve incorporar é a
ma de Ação daquele professor. reflexão dos professores frente à pre-
Esses documentos de referência sença dos estudantes com deficiência
curricular variam de acordo com as na sala de aula. Numa perspectiva in-
diretrizes de cada Secretaria. Já o Pro- clusiva, o processo de aprendizagem
grama de Ação é o documento que deve ser feito, desde seu planejamento
orienta a atuação do professor alinha- até a avaliação, para que os estudantes
do ao Plano de Ação da escola, confor- não sejam alijados do fazer pedagógico.

É preciso considerar que algumas redes organizam seus tempos escolares de ma-
neira diferente. O Guia deve atender à lógica proposta para cada rede ou sistema
(como bimestre, trimestre ou outras formas de arranjos curriculares).
MODELO PEDAGÓGICO 21

Instrumentos e rotinas

Os Guias de Aprendizagem ancoram O Guia de Aprendizagem deve


não somente elementos do Modelo Pe- ser de conhecimento de todos os
dagógico, mas também elementos do públicos envolvidos. Assim,
Modelo de Gestão (TGE), como o moni-
é preciso cuidado com sua
toramento da relação previsão x execu-
ção do currículo a ser trabalhado para
apresentação no que se refere à
o período, suas necessárias correções possível presença de estudantes,
e, posteriormente, o desenvolvimento pais, professores ou membros da
do novo Guia de Aprendizagem para o equipe pedagógica com alguma
período seguinte. Nessa direção, a ar- deficiência. Comunicação em
ticulação entre Modelo Pedagógico e
Braille, programas de compu-
Modelo de Gestão visa garantir que a
escola entregue excelência acadêmica,
tador como DOSVOX, Virtual
formação de valores e competências Vision, Jaws, recursos de tecno-
para o Século XXI. logia assistiva, formas de aces-
A aplicação do ciclo PDCA na elabo- so à Língua Portuguesa
ração do Guia de Aprendizagem e sua para os estudantes Surdos ,
posterior utilização como ferramenta respeitando suas especi-
de monitoramento torna-se funda-
ficidades e o uso da Libras
mental para que a escola consiga en-
tregar os resultados pactuados em seu
como forma de comunicação
Plano de Ação. devem ser considerados ao
Após a sua elaboração, os Guias de publicar o Guia.
Aprendizagem devem ser de conheci-
mento dos demais professores, além
dos estudantes e de seus familiares.
Em algumas situações, observa-se Não basta afixar os Guias de Apren-
uma grande variação de idade e esta- dizagem nos murais/paredes da escola
tura entre os estudantes. Isso deve ser ou das salas de aula. É fundamental en-
levado em consideração ao definir o sinar os estudantes a usar esse instru-
local e a altura em que os Guias serão mento como recursos de orientação,
afixados, caso seja essa a estratégia de acompanhamento e de avaliação
de comunicação para os estudantes. do seu próprio processo de desenvolvi-
A adequação da linguagem, para que mento para a construção do seu Proje-
os estudantes compreendam o conteú- to de Vida. Ao atuar dessa forma, Pro-
do do documento também é fundamen- tagonismo e Corresponsabilidade, dois
tal. Sobre isso, considere as recomen- importantes aportes do Modelo, são
dações do Caderno Modelo Pedagógico: movimentados junto aos estudantes a
Ambientes de Aprendizagem. partir de questões reais e próximas.

Pelo Decreto Federal 5626/05 a Libras passa a ser considerada como a primei-
ra língua da Pessoa Surda http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/decreto/d5626.htm (consulta realizada em 09/11/14 as 10:18)
22 MODELO PEDAGÓGICO
Instrumentos e rotinas

Com relação às famílias, os Guias tos, que são elaborados e renovados a


de Aprendizagem precisam ser conhe- cada bimestre.
cidos para se tornarem referência na Os Guias de Aprendizagem devem
comunicação da escola sobre o que apresentar:
está sendo oferecido aos estudantes 1. objetividade no que se pretende;
em cada período letivo, bem como para 2. clareza na forma de detalhar;
favorecer o acompanhamento do de- 3. concisão sem prejuízo do significado;
senvolvimento dos estudantes sobre 4. simplicidade e praticidade no se-
aquilo que foi prescrito. Também serve quenciamento.
para orientá-las sobre recursos de que Na utilização do Guia, deve existir
eventualmente os estudantes possam necessariamente:
precisar e que se encontram descritos • compromisso na relação entre
no Guia de Aprendizagem. professor e estudante;
Dependendo das estratégias defi- • cumplicidade na relação entre
nidas no Plano de Ação da escola, o professor e família;
Guia de Aprendizagem pode ser tema • amizade na relação entre os
de discussão nas primeiras reuniões entre estudantes;
a escola e as famílias, estabelecendo-se • solidariedade entre estudantes
as formas de comunicar esses documen- e comunidade.

A VIDA NA ESCOLA O QUE É


Escolas com bom provimento • O Guia é orientação objetiva do pro-
de internet, exploram e cesso ensino-aprendizagem de cada
disciplina.
potencializam o Guia de
• É instrumento que apresenta ativida-
Aprendizagem, assegurando
des de docência, atividades de grupo e
a sua comunicação perma- estudos individuais.
nente por meio de site, blog, • Considera as necessidades, os inte-
comunidade social etc. resses e os propósitos dos estudantes.
• É indicação das fontes de referência
e pesquisa destinadas aos estudantes.
Exemplos:
• É indicação das Atividades Comple-
• EEEI Jardim Botânico Piraci-
mentares, Temas Transversais e os Va-
caba-SP. Programa de Educa- lores a serem trabalhados no período.
ção Integral ICE/SEE/SP.
• EREM Arcoverde. Programa
de Educação Integral ICE/SE- O QUE NÃO É
DUC/PE. • Não substitui o Plano de Aula do
professor.
(para mais informações, ver as
• Não é um Planejamento anual.
Referências Bibliográficas)
MODELO PEDAGÓGICO 23

Instrumentos e rotinas

O conteúdo deve ser A seleção de objetivos


apresentado sobre um tripé:
MÍNIMOS ESSENCIAIS
Conceitos: Temas que serão de- (didatismo)
senvolvidos e trabalhados durante
o período. • Lista de Objetivos Instrucionais Gerais
Procedimentos: Estratégias, métodos com o nível mínimo de competências a
e técnicas, que serão necessários para atingir e que garantam o aprendizado
a apreensão do conteúdo (fontes e re- necessário, bem como os pré-requisi-
ferências de consulta e pesquisa, ativi- tos para as aprendizagens posteriores.
dades complementares).
Atitudes: Observáveis, esperadas e
resultantes das estratégias, métodos e AVALIAÇÃO DO NÍVEL
técnicas aplicados durante o processo DE DESENVOLVIMENTO
ensino-aprendizagem. (autodidatismo)

• Cada estudante mostra diferentes


A seleção e a aplicação de graus de progresso.
atividades complementares: • Depende de um período de desenvolvi-
mento, que varia de um estudante para
• Apenas aquelas que complementam outro; será diferente para cada um.
o conteúdo de forma clara e explícita. • O trabalho desenvolvido na escola
• Devem ser incorporadas ao contexto deve ajudar o estudante a se aproximar
da unidade do bimestre. de seu objetivo.
• Autodidatismo é a oportunidade de
se traçar objetivos de desenvolvimento
Tipos de atividade para os estudantes e o Estudo Orien-
complementar tado deve ser o espaço para apoiar
esse processo.
C – CONSOLIDAÇÃO:
• Atividades dirigidas a acentuar a im-
portância de temas ou conceitos trata- O NIVELAMENTO
dos em aula. (didática cooperativa)
R – REFORÇO:
• Atividades que motivem, estimulem e • Todos são convidados a ensinar o que
ajudem a melhor compreensão e acei- sabem mais àqueles que sabem menos.
tação do conteúdo ou itens dele. • Os estudantes que recebem a orien-
A – AMPLIAÇÃO: tação para o “nível de desenvolvimen-
• Atividades que, por sua amplitude ou to” devem se comprometer a ensinar
características, não podem fazer parte os outros, podendo assim movimentar
diretamente da docência em sala de importantes habilidades e competên-
aula, mas que por sua importância e cias socioemocionais nessa ação.
atualidade devem ser conhecidas pe- • Os professores devem orientar todo
los estudantes. o processo.
24 MODELO PEDAGÓGICO
Instrumentos e rotinas

GUIA DE APRENDIZAGEM – 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL– 2014


Colégio Sobralense de tempo integral Maria Dorilene de Arruda Aragão - CSTI

PROFESSOR DISCIPLINA BIMESTRE - MÊS


Iolanda dos Santos Fernandes Artes 1º Bimestre

Justificativa da unidade

Tendo em vista que o ensino de Artes Visuais não era uma prática em nossas escolas, faz-se necessário iniciarmos a introdução da
disciplina buscando desenvolver a percepção, a imaginação, a capacidade crítica e o estímulo à valorização da linguagem artística.

Atividades Prévias Atividades Didáticas - Conteúdos


Roda de conversa sobre conhecimentos em ARTES VISUAIS
Artes, desenho livre, produção de textos Introdução à Historia da Arte; Elementos da composição visual: ponto, plano, forma, textu-
sobre Artes. ra, linha; Impressionismo - Pontilhismo; Cores (primárias, secundárias, complementares
e análogas); Arte Indígena; Arte Abstrata e Figurativa; Modernismo (sugestão: Tarsila do
Fontes e Referências
Amaral, Cândido Portinari, Anita Malfati)
PARA O PROFESSOR
PROENÇA, Graça. História da arte. Ed. Ática, DANÇA
São Paulo, 2008. Interrelação entre os fatores do movimento no processo coreográfico; Reconhecimento
OLIVEIRA, Jô, Explicando a arte: uma inicia- da expressão no processo coreográfico; Danças populares brasileiras; A dramaticidade
ção para entender e apreciar as nas danças populares.
artes visuais/ Jô Oliveira e Lucília Garcez –
Rio de Janeiro, Ediouro, 2004. TEATRO
MACENA, Lourdes/ Marcos Lopes. Cader- Jogos Dramáticos; Encenação – Expressão corporal
no de orientação para professores de artes
visuais do 6º ao 9º ano do Ensino Funda- MÚSICA
mental 2. SEMS. 2014. Primeiras manifestações musicais do Homem; Música na Antiguidade - Canções Indíge-
nas, Música Medieval, Renascentista e Barroca; Formação de repertório; Poluição sonora:
Atividades Autodidáticas causas, efeitos, prevenção, cuidados e modificações nas atitudes cotidianas.
Aulas dialogadas, expositivas, exibição de ví-
deos, audição de músicas, leituras coletivas.

Atividades Didático - cooperativas Temas Transversais


Dramatizações, montagens de musicais e Contextualização dos diversos períodos da História confrontando com a História atual.
espetáculos, oficinas em artes, pesquisas
em grupo.
Valores
Atividades Complementares
Apreciação da Arte; Valorização da cultura local; Respeito à diversidade cultural.
Excursões pedagógicas a espaços de Artes
na cidade, encontros com artistas locais,
Objetivos Específicos
exposições de trabalhos realizados pelos
estudantes. • Propiciar momentos de estudo, debates e reflexão sobre as diversas modalidades
e linguagens artísticas.
Critérios de Avaliação
• Propiciar momentos de estudo, lazer, descontração e socialização das crianças
O sistema de avaliação contará com a parti- e adolescentes.
cipação de todos os envolvidos, se dará de • Identificar e fomentar o desenvolvimento de habilidades artísticas e culturais.
forma participativa, processual e serão con- • Estimular e desenvolver a capacidade de auto-expressão do público-alvo em atividades
siderados para verificação dos resultados e de artes, dança, música e teatro.
objetivos, propondo os seguintes indicado- • Criar laços de afinidade, respeito, espírito de grupo, solidariedade e companheirismo
res: observação do desenvolvimento das entre as crianças e adolescentes envolvidos.
habilidades artísticas, nível de interesse e • Desenvolver a percepção, imaginação, sensibilidade e produção artística individual e
participação desses nas atividades propos- em grupo.
tas, nível de melhoria no cotidiano escolar e • Conhecer materiais e instrumentos variados em artes (Artes Visuais, Dança, Música,
avaliações das apresentações culturais. Teatro) para utilizá-los nos trabalhos pessoais e identificá-los culturalmente.

*DISPONÍVEL EM BRANCO AO FINAL DESTE CADERNO


MODELO PEDAGÓGICO 25

Instrumentos e rotinas

GUIA DE APRENDIZAGEM – 1º ANO DO ENSINO MÉDIO – 2008


Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano – CEEGP

PROFESSOR DISCIPLINA BIMESTRE - MÊS


Mônica Medeiros de Albuquerque e Mello Filosofia 1º Bimestre

Justificativa da unidade
Com base nos elementos estudados referentes ao filosofar e a conhecimentos sobre a condição da existência humana, trabalharemos
fundamentos necessários para o entendimento do ser humano enquanto ser social e político, utilizando metodologias que contribuam para
ampliar a compreensão do significado e a importância da cultura para a existência da sociedade humana, considerando todos os aspectos
relevantes para o processo de transformação do mundo natural no artificial.

Atividades Prévias Atividades Didáticas - Conteúdos


Questionamentos sobre o que é cultura;
Debates sobre a transformação da biosfera; FONTES E REFERÊNCIAS PARA O ESTUDANTE:
Pesquisas sobre diferentes culturas.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando. São Paulo: Moderna, 2003.
Fontes e Referências
SOUZA, Sonia Maria Ribeiro de. Um outro olhar: filosofia. São Paulo: FTD, 1995.
PARA O PROFESSOR CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2000.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofan-
do. São Paulo: Moderna, 2003.
CHAUI, Marilena, Convite à filosofia. São
Paulo: Ática, 2000.
ABBAGNANO, Nicola. História de filosofia -
vol. I. Lisboa: Editorial Presença, 1991.
Diálogos/Platão (Os Pensadores). São Pau-
lo: Abril Cultural, 1979.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filo-
sofia: história e grandes temas. São Paulo:
Saraiva, 2002.

Atividades Autodidáticas
Aulas expositivas;
Debates.

Atividades Didático - cooperativas Temas Transversais


Seminários; pesquisas; produção de pai-
néis; dramatizações; análise e produção de Política e Cidadania; Humanismo; Ética; Liberdade.
textos diversos; audição, leitura e análise de
músicas.
Valores
Atividades Complementares
Solidariedade; Consumo sadio/racional; Respeito à diversidade.
Consolidação; Exposição oral dos conteú-
dos trabalhados individualmente e por equi-
pe; Reforço; Exercícios escritos e relatórios; Objetivos Específicos
Ampliação; Exibição de vídeos e produção
teatral. Compreender e problematizar conceitos de cultura, numa perspectiva de espaço de rela-
ções e intervenções especificamente humanas.
Critérios de Avaliação
Serão considerados vários aspectos do pro- • Ampliar a compreensão do significado e a importância da criação e da transformação
cesso de desenvolvimento dos estudantes: cultural por meio de uma perspectiva/”leitura histórica do cenário local e mundial”;
o nível de interação com o grupo, a partici- • Sensibilização para os aspectos positivos e negativos da ação humana na biosfera para
pação e o desenvolvimento dos trabalhos/ a criação e transformação da sociedade humana.
exercícios, debates, a apreensão dos conte-
údos/ desenvolvimento conceitual. A ava-
liação será instrumentalizada por meio dos
trabalhos realizados durante o processo
ensino-aprendizagem, considerando a coe-
rência na argumentação, o aprofundamen-
to na reflexão e a organização das ideias
apresentadas.

*DISPONÍVEL EM BRANCO AO FINAL DESTE CADERNO


Anotações:
GUIA DE APRENDIZAGEM

PROFESSOR DISCIPLINA BIMESTRE - MÊS

Justificativa da unidade

Atividades Prévias Atividades Didáticas - Conteúdos

Fontes e Referências

Atividades Didáticas

Temas Transversais
Atividades Didático - cooperativas

Valores
Atividades Complementares

Anotações

Critérios de Avaliação
Referências
Bibliográficas

BOURDIEU, Pierre; CHAMPAGNE, Patrick. Imprensa Oficial do Estado de São


Os excluídos do interior. Em: Escritos de Paulo. Educação inclusiva : o que
Educação. Maria Alice Nogueira e Afrânio o professor tem a ver com isso?
Catani (organizadores) – Petrópolis, RJ: / Marta Gil, coordenação ; texto
Vozes, 6a edição. 1998 pp 217-228 de apresentação do Prof. Hubert
Alquéres. - - São Paulo : Impren-
BLACK, Paul & WILLIAM, Dillan. Asses- sa Oficial do Estado de São Paulo :
sment and Classroom Learning. In: Ashoka Brasil, 2005.
Assessment Education. v. 5, nº 1. Lon-
don, 1998. p. 7-74. GAMA, Z.J. Avaliação na escola de 2º
grau. Campinas: Papirus, 1993.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
cação Nacional:Lei n. 9.394/96. Disponí- MAGALHÃES, Marcos. A juventude
velem: http://portal.mec.gov.br/arquivos/ brasileira ganha uma nova escola –
pdf/ldb.pdf >Acesso em: 20 Set. 2014. Pernambuco cria, experimenta e apro-
va. Recife: ICE, 2008.
DALBEN, A.I.L.F. Conselho de classe.
In:OLIVEIRA, D.A.; DUARTE, A.M.C.; MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Ensi-
VIEIRA, L.M.F. DICIONÁRIO: trabalho, nando a turma toda - as diferenças
profissão e condição docente. Belo na escolar
Horizonte: UFMG/Faculdade de Educa-
ção, 2010. CDROM. ________, Maria Teresa Eglér. Uma
Aula Inclusiva ou “Como Ensinar Por-
DALBEN, Angela. Conselhos de Clas- centagens na Escola?”
se e avaliação: perspectivas peda-
gógicas na gestão pedagógica da Manual Operacional do ICE: Modelo
escola. 2004, Papirus. SP. de Gestão – Tecnologia Empre-
sarial Socioeducacional (TESE).
FAIRBROTHER, B. & HARRISON C. Recife: ICE, 2010.
Assessing Pupils. In DILLON, J. &
MAGUIRE, M. Becoming a Teacher – Is- NÓVOA, Antonio. Os professores e sua
sues in Secondary Teaching. London UK, formação. 1992, Dom Quixote. Lisboa.
Open University Press – Buckingham, 2001.
Orsati FT. Acomodações, modifica-
FREITAS, Luiz Carlos de (Org.). Avalia- ções e práticas efetivas para a sala
ção: construindo o campo e a crítica. de aula inclusiva. Temas sobre Desen-
Florianópolis: Insular, 2002. volvimento 2013; 19(107):213-22.
PERRENOUD, Philippe. Não mexam https://sites.google.com/a/derpira-
na minha avaliação! Para uma abor- cicaba.com.br/pcgs-online/gestores/
dagem sistêmica da mudança peda- compartilhamento-arquivos/docu-
gógica. 1993, Porto Editora. Porto. mentos-de-modelo
Acessado em 3/11/2014
Princípios Orientadores do Desenho
Universal da Aprendizagem. Tradu- EREM Arcoverde. Programa de Educa-
zido de http://www.udlcenter.org/ ção Integral ICE/SEDUC/PE.
aboutudl/udlguidelines http://profmalves.blogspot.com.
br/2010/03/guia-de-aprendizagem-i-
SASSAKI, ROMEU K. – Avaliação da apren- -bimestre-quimica.html
dizagem no contexto da inclusão - 2007 Acessado em 3/11/2014

SÃO PAULO (ESTADO). Ministério


Público. Guia prático: o direito de to-
dos à educação: diálogo com os Pro-
motores de Justiça do Estado de São
Paulo/Ministério do Estado de São
Paulo – São Paulo: MP-SP,2011

VILLAS BOAS, Benigna. Avaliação: Po-


líticas e Práticas. 2002, Papirus. SP.

REFERÊNCIAS NA INTERNET

http://www.planetaeducacao.com.
br/portal/artigo.asp?artigo=1249
19/11/14 8:55

http://direitoadiferenca.files.wor-
dpress.com/2010/05/ensinando-a-
-turma-toda.pdf - 19/11/14 8:53

EEEI Jardim Botânico Piracicaba-SP. Pro-


grama de Educação Integral ICE SEE/SP.
EXPEDIENTE
REALIZAÇÃO
Instituto de Corresponsabilidade pela Educação

PRESIDENTE
Marcos Antônio Magalhães

EQUIPE DE DIREÇÃO
Alberto Chinen
Juliana Zimmerman
Thereza Barreto

CRÉDITOS DA PUBLICAÇÃO
Organização: Juliana Zimmerman
Coordenação: Liane Muniz Assessoria e Consultoria
Supervisão de Conteúdo: Thereza Barreto
Redação: José Gayoso, Juliana Zimmerman, Maria Betânia
Ferreira, Maria Helena Braga, Regina Lima, Reni Adriano,
Romilda Santana, Thereza Barreto
Leitura crítica: Alberto Chinen, Elizane Mecena,
Reni Adriano, Maria Helena Braga
Edição de texto: Leandro Nomura
Revisão ortográfica: Dulce Maria Fernandes Carvalho,
Álvaro Vinícius Duarte e Danielle Nascimento
Projeto Gráfico: Axis Idea
Diagramação: Axis Idea e Kora Design
Fotógrafa: Kriz Knack
Agradecimento pelas imagens cedidas: Thereza Barreto;
Ginásio Pernambucano; Escola Estadual
Prefeito Nestor de Camargo; Centro de Ensino
Experimental de Arcoverde.

APOIO
Instituto Natura

Instituto de Corresponsabilidade pela Educação


JCPM Trade Center
Av. Engenheiro Antônio de Góes, 60 - Pina | Sala 1702
CEP: 51010-000 | Recife, PE
Tel: 55 81 3327 8582
www.icebrasil.org.br
icebrasil@icebrasil.org.br

1ª Edição | 2015

© Copyright 2015 - Instituto de Corresponsabilidade pela Educação.


“Todos os direitos reservados”

Você também pode gostar