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ADVOCACIA
ARIANE BUENO MORASSI DEISE REGINA
FAUSTINONI
R. Santa Filomena, 234, sala 09, Centro, SBCampo/SP –tel. 4332-2562

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DE


SÃO BERNARDO DO CAMPO - SÃO PAULO.

ARTUR ANFRÍSIO PINTO NETO,


brasileiro, casado, soldador, portador da cédula
de identidade RG n. 11.359.760 e do CPF/MF sob n.
916.940.518-20, residente e domiciliado a Rua Goiás,
03, Jardim Telma II, SBCampo/SP, CEP: 09850-000, vem
por suas advogadas e procuradoras, com instrumento
de mandato incluso, à presença de V.Exa, propor a
presente

AÇÃO DECLARATÓRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA,

em face de INSS- INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO


SOCIAL, com sede na rua Newton Monteiro de Andrade,
2

81, Vila Duzzi, SBCampo/SP, pelos relevantes motivos


de fato e de direito a seguir expostos:

DOS FATOS

1-) O Autor requereu


administrativamente, sua aposentadoria por tempo de
serviço na data de 12/03/98 sob o n.º 104.185.087-2,
junto à autarquia/Ré. Na data do requerimento
apresentou todos os documentos exigidos para a
comprovação do seu tempo de serviço, quais sejam:

 relação de salário dos últimos 36 meses;


 Sb 40 e Laudo Técnico Pericial;
 CTPS;
 declaração do sindicato dos trabalhadores rurais;
 declaração da prefeitura de Boa viagem/Ceará;
 ficha de alistamento militar de 1974, cuja
profissão é “agricultor”;
 certidão de casamento;
 Escritura da fazenda onde laborou como agricultor;
 Declaração e ficha de registro das empresas Arteb
e Fram.

2-) A autarquia, para os períodos


laborados para as empresas “FRAM”, “ARTEB” e
“V.Wagem do Br. SA” realizou “pesquisas” anteriores
ao despacho, ou seja, verificou se o autor realmente
havia laborado para as referidas empresas, antes de
manter o benefício, mesmo tendo, o Autor,
apresentado as fichas de registro autenticadas e as
declarações das referidas empresas. TAIS PESQUISAS
RESTARAM POSITIVADAS PARA O AUTOR.

3) Verificamos que o beneficio de


aposentadoria do autor, permaneceu “engavetado” nos
armários da Autarquia/Ré, até que a mesma concluísse
a mencionada “pesquisa”- “SP”. A partir de então,
3

com o resultado favorável destas pesquisas, bastaria


que a Autarquia liberasse o benefício.

Mas...

não foi o que ocorreu. VEJAMOS:

4) Quando do requerimento do
benefício, o autor, como já mencionamos, apresentou
LAUDOS E SB40 de períodos laborados em condições
consideradas especiais para as empresas:

 FRAM DO BRASIL (antiga SOGEFI) – de 08/10/75 a


07/08/79 – sujeição à nível de ruído superior à
90db – anexo I – CÓDIGO 1.1.5;
 VOLKSWAGEM DO BRASIL LTDA – de 19/09/79 a 21/10/87
– sujeição à nível de ruído superior à 91 DB –
ANEXO I – 1.1.5;
 SCÂNIA LATIN AMÉRICA LTDA – de 09/05/88 até
05/03/97 – sujeição à níveis de ruído superiores a
91 db para os períodos de09/05/88 A 28/02/90;
01/03/90 A 30/04/92 – Anexo I/código 1.1.5 e para
o período de 01/05/92 a 31/03/97, sujeição à
níveis de ruídos superiores a 87 DB – enquadrado
no Anexo III/código 1.1.6.

5) Os períodos especiais acima


descritos são enquadrados, na conformidade das
épocas laboradas, nos Anexos I/código 1.1.5 e ANEXO
III/ CÓDIGO 1.1.6 DO RBPS, aprovados,
respectivamente, pelos Decretos 83.080/79 e
53.831/64.

O enquadramento destes períodos


especiais, nos referidos ANEXOS, resultam na
CONVERSÃO dos mesmos para tempo comum, para fins de
COMPOR a contagem de tempo de serviço para
concessão de aposentadoria por tempo de serviço.
4

6)Assim, conforme podemos


vislumbrar na contagem elaborada pela autarquia,
quando do requerimento do benefício, o INSS,
enquadrou e converteu os referidos períodos
resultando em um tempo de serviço de 30 anos e 17
dias em 20/03/98. Ou seja:

Os períodos especiais, acima


descritos, SOMAM 20 anos/04 meses/08 dias.
Utilizando-se a legislação VIGENTE (Lei 8.213/91,
ANEXOS I e III e seus Decretos)este período (20
anos/04 meses/08 dias) será CONVERTIDO para 28 anos/
05 meses/ 29 dias (contagem de tempo, feita pelo
INSS inclusa).
SOMANDO-SE O PERÍODO JÁ
CONVERTIDO, COM O TEMPO COMUM, obteremos um total
de 30 anos, 00 meses e 09 dias em 20/03/98,
conforme documentos inclusos. Tempo de serviço
suficiente para que o Autor possa usufruir de sua
aposentadoria.

Os laudos e SB40 apresentados pelo


autor quando do requerimento do benefício foram
considerados hábeis e corretos para serem
enquadrados nos referidos ANEXOS, tanto que a
autarquia, à título de “exigência” realizou, apenas,
as decantadas “pesquisas”, que apesar de morosas,
restaram positivas e, na contagem de tempo de
serviço realizada pela autarquia em 20/03/98,
consta o enquadramento destes períodos com o
respectivo “plus” da conversão.

7-) Esclarecemos, que os períodos


especiais acima apontados, quando do labor sujeitos
ao ruído excessivo, já implementaram todas as
condições legais, para serem considerados
“especiais” na época em que foram laborados,
conforme legislação contemporânea à eles.
5

Ocorre que, para surpresa do Autor,


desrespeito e não cumprimento da legislação
pertinente, os períodos especiais não foram
convertidos e o benefício foi indeferido pela
autarquia/Ré em 25/01/1999.

De acordo com a documentação inclusa,


verificamos que face morosidade da autarquia em
realizar a mencionada “pesquisa”, o Benefício do
Autor foi, sumariamente, “atropelado” por ordens de
serviço confeccionadas em junho/98 e setembro/98,
conforme anotações na CTPS, carta de indeferimento,
contagem de tempo de serviço etc.

Verificamos que a autarquia, para


rechaçar os períodos especiais, utilizou medidas
arbitrárias e infra-legais, descartando de pronto a
legislação pertinente.

A AUTARQUIA/RÉ NÃO UTILIZOU A


LEGISLAÇÃO PARA O CASO EM TELA E TAMPOUCO A
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SIMPLESMENTE RELEGOU-AS AO
DESCASO, ASSIM COMO FEZ COM O CIDADÃO, EM QUESTÃO.
Utilizou, o que, então, para indeferir o
benefício???!! Qual foi o artifício??!! Medidas
administrativas ilegais??? Que mitigam direitos???
Verificaremos, no mérito, de forma pormenorizada,
acerca do direito que tem o autor e como foi tratado
pela Autarquia.

DOS DOCUMENTOS QUE COMPROVAM O PERÍODO ESPECIAL

De acordo com os requisitos legais


– Lei 8.213/91, Decreto 611, Lei 9.032/95, Decreto
2.172/97 -, os documentos que comprovam a exposição
à agentes agressivos no ambiente laboral, para serem
considerados especiais são : LAUDOS E SB40 (atual
DSS 8030 – só mudou o nome).
6

Os laudos devem ser confeccionados


por profissional habilitado – engenheiro ou médico
da área de segurança e medicinada do trabalho.

Do laudo deverão constar as


informações sobre as condições ambientais, qual
agente agressivo, descrição do local de trabalho,
aparelhos utilizações nas medições (ruído, calor ou
tensão elétrica), se a empresa utiliza EPC
mencionar, etc., ou seja, o laudo atesta a condição
especial do ambiente laboral.

O SB40 ou DSS 8030 pode ser


preenchido por sindicatos ou pela própria empresa,
mas, sempre de acordo com o conteúdo do laudo
técnico.

FOI O QUE O AUTOR APRESENTOU À


AUTARQUIA/RÉ, pois laborou em condições especiais
para as empresas:

 SCÂNIA: com exposição à nível


ruído de 91 DB para o período de 09/05/88 a
30/04/92, período especial de 09/05/88 a 31/12/97,
enquadrado no Anexo I – código 1.1.5. Para o período
de 01/05/92 a 31/03/97, com exposição à nível de
ruído de 87 DB, enquadrado no Anexo III, código
1.1.6 até 05/03/97. E exposição à nível de ruído
de 91 DB para o período 01/04/97 a 31/12/97,
enquadrado no Anexo IV, código 2.0.1;
 SOGEFI: com exposição à nível
de ruído de 91 DB, para o período de 08/10/75 a
07/08/79 , enquadrado no anexo I – código 1.1.5;
 VolksWagem do BR: com exposição
à nível de ruído de 91 DB, para o período de
19/09/79 a 21/10/87, enquadrado no Anexo I, código
1.1.5.

Para todos os períodos acima


descritos, foram apresentados os laudos e SB40, e
7

podemos verificar, com uma simples leitura, QUE


TODOS ESTÃO NA CONFORMIDADE DOS REQUISITOS EXIGIDOS
EM LEI. Elaborados adequadamente. Todos informam
acerca das condições ambientais, instrumentos
utilizados para apurar o nível de ruído, indicação
do agente agressivo, fator exposição – habitual e
permanente -, período, empresa, função, etc.

O laudo da VW foi elaborado


assinado pelo engenheiros Milton Spadari e Airton
Taparelli e o SB40 assinado pelo engenheiro Milton
Spadari e SB 40 foi preenchido e assinado pelo
analista de Recursos humanos da empregadora SR.
Eduardo Santana.

O laudo da SOGEFI, foi elaborado e


assinado pelo médico do Trabalho Sr. Dr. Carlos
Maria Nogueira e pelo engenheiro do trabalho SR.
Eduardo Batista, o SB 40 foi preenchido assinado
pelo Sr. Celso Saraiva – chefe do Depto. pessoal.

O laudo da Scânia foi elaborado e


assinado pelo médico do trabalho Dr. Anderson Jorge
Domenich e pelo Engenheiro do trabalho Dr. João
Francisco Riggio Dias, o SB 40 foi preenchido e
assinado pelo Chefe de recursos humanos Sr. José
antônio Perucci

Verificamos que os laudos e SB40


estão corretos, não existindo óbices. Nào existe
motivo legal para que a autarquia relegue tais
períodos.

Como já dissemos, os períodos


especiais são enquadrados conforme a época em que
foram laborados e sujeitos aos agentes agressivos,
nos ANEXOS E DECRETOS CONTEMPORÂNEOS À ELES.
8

NO MÉRITO

Para que possamos compreender o


“enquadramento” dos períodos para que sejam
considerados especiais e, consequentemente, terem a
devida conversão e seu cômputo na contagem de tempo
de serviço da aposentadoria do autor, façamos uma
prévia digressão acerca da matéria:

 Para os períodos laborados até 28 de


abril de 1995 (data da Lei 9.032)
utiliza-se, para enquadramento dos
períodos especiais, as exigências
contidas nos anexos I, II e III,
respectivamente, regulamentados
pelos Decretos 83.080/79 e
53.831/64;
 Para os períodos laborados a partir
de 28/04/95 até 05/03/97, utiliza-
se, para enquadramento dos períodos
especiais, as exigências contidas
nos Anexos I e III, regulamentados
pelos Decretos 83.080/79 e
53.831/64;
 A partir de 28/04/95, face Lei
9.032/95, não se utiliza o Anexo II
(funções);
 Para períodos laborados após
05/03/97, utiliza-se, para
enquadramento dos períodos
especiais, as exigências contidas no
Anexo IV, regulamentado pelo Decreto
2.172/97.

Para o caso em tela, os períodos São


enquadrados nos seguintes anexos:

a)no Anexo I, CÓDIGO 1.1.5, PELA


EXPOSIÇÃO AO NÍVEL DE RUÍDO SUPERIOR
9

À 90 db, independentemente da
utilização de EPC ou EPIs, para as
empresas: FRAM DO BR, V.WAGEM e
SCÂNIA;

b) No anexo III, CÓDIGO 1.1.6, pela


exposição ao nível de ruído entre
80 e 90, independentemente da
utilização de EPC ou EPI, para as
empresas: SCÂNIA (01/05/92 A
31/03/97) Os dados acima descritos
foram retirado dos laudos e SB40 ou
DSS 8030, inclusos.

Vejamos como a legislação mantêm a


utilização e enquadramento dos períodos especiais,
conforme a época em que foram laborados, anteriores
a 05/03/97 (anteriores à edição do Anexo IV e
Decreto 2.171/97):

A aposentadoria especial foi


introduzida pela Lei 3.807/60, já pressupondo
atividades em ambientes especiais e funções tidas
como especiais (art. 31 desta Lei). O critério
estabelecido por tal diploma legal pressupondo a
existência de agentes nocivos nos ambientes de
trabalho e das funções especiais, foi delineado pelo
QUADRO ANEXO, REGULAMENTADO PELO DECRETO 53.831/64.
Posteriormente este Decreto foi revogado,
permanecendo um lapso temporal sem qualquer rol de
agentes nocivos e funções especiais.

Em 10/09/68 foram elaborados dois


quadros de agentes agressivos e funções especiais, o
ANEXO I e O II, regulamentados pelo Decreto
63.230/68. Estes anexos tinham por objetivo trazer à
luz da legislação as atividades e agentes nocivos
anteriormente relegados. Ocorre que nesta nova
listagem, muitos agentes agressivos (ruído entre 80
e 90 por exemplo) e funções foram excluídos.
10

Para sanar esta situação malgradada,


foi editada a LEI 5.527 DE 08/11/68, que resgatou
a utilização do ANEXO III E SEU DECRETO 53.831/64,
RESGUARDANDO O ENQUADRAMENTO DAS ATIVIDADES
ESPECIAIS, CONFORME OS AGENTES AGRESSIVOS E FUNÇÕES
DESTE ANEXO. O Decreto 53.831/64, dispõe o
seguinte:

Artigo 1º. A Aposentadoria


Especial, que se refere o
artigo 31 da Lei n.º 3.807
de 26 de agosto de 1960,
será concedida ao segurado
que exerça ou tenha
exercido atividade
profissional em serviço
considerado insalubres,
perigosos ou penosos nos
termos deste Decreto

Artigo 2º. Para os efeitos


da concessão de
Aposentadoria Especial
serão considerados
insalubres, perigosos ou
penosos, OS CONSTANTES NO
QUADRO ANEXO em que
estabelece também a
correspondência com prazos
referidos no artigo 31 da
citada Lei.

Artigo 3º. A concessão do


beneficio de que trata este
Decreto dependerá de
comprovação pelo segurado,
efetuado na forma prescrita
pelo artigo 60 do
Regulamento Geral da
Previdência Social, perante
11

o Instituto de
Aposentadoria e Pensões a
que estiver filiado, do
tempo de trabalho
permanente e habitualmente
restado no serviço ou
serviços, considerados
insalubres, perigosos ou
penoso, durante o prazo
mínimo fixado.

A partir de novembro de 1968, para


efeitos de enquadramento e conversão, tanto para
percepção de aposentadoria especial como por tempo
de serviço, eram utilizados os três anexos.

Posteriormente, em 1979, houve a


edição do Decreto 83.080/79, que revogou as
disposições contrárias do Decreto 62.230/68, mas
resgatou, per si, os ANEXOS I e II, MANTENDO,
também, a vigência da LEI 5.527/68, COM O Decreto
53.831/64 e seu ANEXO III, OU SEJA:

“ Decreto 83.080/79
art. 64: NA FORMA DO DISPOSTO DO
ARTIGO 1º DA LEI 5.527 DE 08 DE
NOVEMBRO DE 1968, AS CATEGORIAS
PROFISSIONAIS QUE ATÉ 22 DE MAIO
DE 1968 FAZIAM JUS À APOSENTADORIA
DE QUE TRATA O ART. 31 DA LEI
3.807, DE 26 DE AGOSTO DE 1960, NA
SUA REDAÇÃO PRIMITIVA E NA FORMA
DO DECRETO 53.831, DE 25 DE MARÇO
DE 1964, MAS QUE FORAM EXCLUÍDAS
DO BENEFÍCIO POR FORÇA DA
REGULAMENTAÇÃO APROVADA PELO
DECRETO 63.230, DE 10 DE SETEMBRO
DE 1968, CONSERVAM O DIREITO A
ESSE BENEFÍCIO NAS CONDIÇÕES DE
TEMPO E IDADE VIGENTES EM 22 DE
MAIO DE 1968.” Grifo nosso.
12

Com o advento da Lei 8.213/91 e seu


Decreto regulamentador 611/92, houve a manutenção e
utilização dos três anexos, I, II, III, e seus
Decretos, ou seja:

“Art. 57 – Lei 8.213/91

§ 5º. O tempo de serviço


exercido alternadamente em
atividades comum e em
atividade profissional sob
condições especiais que
sejam ou venham a ser
consideradas prejudiciais à
saúde ou a integridade
física será somada, após a
respectiva conversão,
segundos critérios de
equivalência estabelecidos
pelo Mistério do trabalho e
da Previdência Social, para
efeito de qualquer
benefício.

Artigo 58º A relação de


atividades profissionais
prejudiciais à saúde ou à
integridade física será
objeto de lei especifica.

Decreto 611:

Art. 64: O tempo de serviço


exercido alternadamente em
atividade comum e atividade
profissional sob condições
especiais que sejam ou
venham a ser consideradas
prejudiciais à saúde ou à
13

integridade física será


somada, após a respectiva
conversão, aplicada pela
tabela de Conversão
seguinte, para efeito de
concessão de qualquer
benefício.

Art. 292: Para efeito das


concessões das
aposentadorias especiais,
serão considerados os
ANEXOS I e II do
Regulamento de Benefícios
da Previdência Social,
aprovado pelo Decreto
83.080 de 24 de janeiro de
1979, E O ANEXO DO DECRETO
53.831 de 25 de março de
1964, até que seja
promulgada a Lei que
disporá sobre as atividades
prejudiciais à saúde e á
integridade física.

Com o advento da Lei 9.032/95,


houveram pequenas alterações, mas a CONVERSÃO dos
períodos especiais e os critérios para confecção de
laudo e preenchimento do SB40- atual DSS 8030,
RESTOU MANTIDA, conforme art. 57 e seus §§, ou
seja:

§ 3º A concessão da
aposentadoria especial
dependerá de comprovação,
perante ao Instituto
Nacional do Seguro Social -
INSS, do tempo trabalhado
permanente, não ocasional e
14

nem intermitente, em
condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a
integridade física, durante
o período mínimo fixado.

§ 4º O segurado deverá
comprovar , além do tempo
trabalhado exposição aos
agentes nocivos químicos,
físicos biológicos ou
associação de agentes
prejudiciais à saúde ou a
integridade física, pelo
período equivalente ao
exigido para a concessão do
beneficio.

§ 5º O tempo de trabalho
exercido sob condições
especiais que sejam ou
venham a ser consideradas
prejudiciais à saúde ou à
integridade física será
somada, após a respectiva
conversão ao tempo de
trabalho exercido em
atividade comum, segundo
critérios estabelecidos
pelo Ministério da
Previdência e Assistência
Social, para efeito de
concessão de qualquer
benefício.

O Decreto 2.172/97, também manteve a


conversão e os critérios para confecção do laudo
técnico e preenchimento do SB40 – atual DSS 8030 - ,
que comparados com as condições anteriores da Lei
8213/91 alterada pela 9.032/95, são, praticamente,
as mesmas, quais sejam:
15

“Decreto 2.171/97 - Artigo


66:
A relação dos agentes
nocivos químicos, físicos
e biológicos ou associação
de agentes prejudiciais à
saúde ou a integridade
física consideradas para
fins de concessão de
aposentadoria especial...

§ 2º A comprovação da
efetiva exposição do
segurado aos agentes
nocivos será feita mediante
formulário, na forma
estabelecida pelo Instituto
Nacional de Seguro Social -
INSS, emitido pela empresa
ou seu preposto, com base
me laudo técnico de
condições ambientais do
trabalho expedido por
medico do trabalho ou
engenheiro de segurança do
trabalho.

§ 3º Do laudo técnico
referido no parágrafo
anterior deverão constar
informações sobre
existência de tecnologia de
proteção coletiva que
diminua a intensidade do
agente agressivo a limites
de tolerância e
recomendação sobre a sua
adoção pelo estabelecimento
respectivo.
16

De todo acervo legas exposto,


verificamos que, resumidamente, o Segurado/Autor,
deverá comprovar o período especial por intermédio
de LAUDO TÉCNICO (ELABORADO POR PROFISSIONAL DA
ÁREA) E SB40 (atual DSS8030) preenchido na
conformidade deste laudo. FOI O QUE O SEGURADO
APRESENTOU AO INSTITUTO.

Verificamos, conforme consta dos


laudos, que o agente agressivo é o fator “RUÍDO”,
que face as épocas em que houve a exposição
enquadram-se nos ANEXOS I (1.1.5) COM NÍVEL DE RUÍDO
SUPERIOR A 90 D.B. , e III (1.1.6) COM NÍVEL DE
RUÍDO SUPERIOR A 80 DB (na laudo da Scânia consta 87
DB, não havendo óbices que impeçam a conversão
destes períodos.

O ANEXO III, CÓDIGO 1.1.6, QUE ENQUADRA


o período da empresa Scânia de 01/05/92 a 31/03/97
(enquadramento feito até 05/03/97, na anterioridade
do ANEXO IV), dispõe o seguinte:

“para ruído: código 1.1.6 - operações


locais com ruído excessivo ... –
jornada normal ou especial FIXADA EM
Lei, em locais com ruídos acima de 80
DB. DECRETO 1.232, DE 22/06/62.
Portaria Ministerial 262, de 06/08/62 e
art. 187 CLT

Já as empresas FRAM (antiga SOGEFI),


VWAGEM e os demais períodos da SCÂNIA, contidos no
laudo, são enquadrados no ANEXO I – código 1.1.5,
pela exposição à nível de ruído superior a 91 DB,
estabelecendo o seguinte:

“ruído – código 1.1.5 – exposição de


ruído permanente acima de 90 DB.
17

Neste contexto devemos ressaltar que os


laudos foram confeccionados de acordo com as
exigências contidas no art. 66 do Decreto 2.172/97,
e na seqüência, o Sb 40, foi preenchido conforme o
contido no laudo técnico.

Embora estivessem preenchidos corretamente e


contendo o exigido em Lei para enquadramento
( agente agressivo, tipo de exposição – habitual e
permanente, período laborado, descrição do local,
tipo de instrumento utilizado, assinatura do
engenheiro responsável, dados da empregadora,
etc...), a Autarquia “descartou” os períodos
especiais, como podemos verificar das anotações
efetuadas pelo INSS na documentação inclusa:

 Inicialmente, a autarquia, quando do requerimento


do benefício – 20/03/98 – elabora uma contagem de
tempo de serviço com o enquadramento e conversão
das atividades especiais resultando em um tempo de
serviço de 30 anos. O processo administrativo
permaneceu aguardando o resultado de “pesquisas”
nas empresas “ARTEB” E “FRAM”, AS QUAIS RESTARAM
POSITIVAS, conforme comprovantes inclusos. A
pesquisa foi feita por servidor autárquico, motivo
da demora ( a da Fram foi feita EM 14/05/98 e a
da ARTEB em 12/05/98, o autor deu entrada no
requerimento de aposentadoria em 20/03/98).

 Quando as pesquisas retornaram, a Autarquia, já em


01 de junho de 1998, elaborou nova contagem de
tempo de serviço, mas desta vez, enquadrou os
períodos especiais, mas descartou o seu “plus” na
contagem de tempo de serviço. Em frente aos
períodos especiais, na própria contagem, efetuaou
a seguinte anotação: “laudo em desacordo com OS
600” e “não enquadrar comum”.
18

 Na CTPS do Autor consta a seguinte anotação:


“indeferido pela OS 600”

 Na carta de indeferimento consta: laudo em


desacordo com a OS 600”

 Em uma folha do processo administrativo consta a


seguinte anotação manuscrita, feita por
funcionário que sequer identificou (talvez não
queira assumir o erro): Não cabe conversão período
01/05/92 a 13/10/96. O agente ruído não está no
anexo IV (> 90DCB) conforme OS 600”.

Dígno julgador, certamente, além da


legislação vigente, o “bom senso” também fora
relegado pela autarquia. As observações acima, que
estão contidas no processo administrativo do
infortunado, denotam apenas, que o servidor
autárquico não possui habilidade para proceder o
trâmite administrativo.

Ora,

Inicialmente o servidor apura a contagem conforme


legislação, com a devida conversão, em 20/03/98. Por
entraves burocráticos, já em 01/06/98, o servidor
subtrai o período especial – vide contagem inclusa -
, utilizando-se de uma ordem de serviço que seria
editada apenas no dia seguinte, ou seja, em
02/06/98. Absurdo!!! Outro absurdo é utilizar esta
medida ilegal em detrimento à legal, ferindo
direitos e alterando situações.

Outro ato contrário à razão, foi a inclusão dos


períodos especiais no ANEXO IV em detrimento dos
demais anexos.

OS PERÍODOS CONSIDERADOS ESPECIAIS, LABORADOS PELO


AUTOR, SUJEITOS AO AGENTE AGRESSIVO RUÍDO, SÃO
19

ANTERIORES À EDIÇÃO DO ANEXO IV E SEU DECRETO,


ENCONTRAM RESPALDO LEGAL E ENQUADRAMENTO, NOS ANEXOS
I e III, como já apreciamos, QUE SÃO SONTEMPORÂNEOS
À ELES, descabendo qualquer alusão, por parte da
autarquia, a qualquer outro tipo de Anexo. O anexo
IV e seu Decreto devem ser utilizados apenas para
períodos laborados em condições especiais a partir
de sua edição e não na sua Anterioridade. Estaria a
autarquia tentando retroagir os efeitos do Anexo IV
à períodos anteriores à ele, praticando um ato
manifestamente Inconstitucional e sobrepujando o
princípio da Irretroatividade???!!!!!

Neste contexto é oportuno


ressaltar, que quando o autor laborou sujeito
àquelas condições ambientais, contidas nos laudos,
já havia preenchido, à época, todos os requisitos e
exigências legais para que aqueles períodos fossem
considerados especiais, fazendo parte, inclusive,
de seu patrimônio jurídico, daí tratar-se até de
direito adquirido à conversão, não podendo vir, a
Autarquia, com inovações, configuradamente ilegais,
e usurpar-lhe este período especial e sua CONVERSÃO.

A autarquia utilizou de tudo no


processo administrativo do Autor, MAS RELEGOU a
Legislação, a Constituição Federal, os Anexos de
enquadramento e o mínimo bom senso.

Caso a autarquia tenha


utilizado as ordens de serviço mencionadas por ela
própria nos documentos inclusos, estas são
cabalmente ilegais, bastando verificarmos o contido
em seu bojo, que INOVA quando trata do enquadramento do
tempo de trabalho exercido sob condições especiais, tece
exigências acerca de EPI (equipamento de proteção individual)
( itens3.4, 4.1, 4.2, 4.2.1, 5.1.6.2, 5.1.7, 7s).

De todo o exposto, contatamos que os


laudos e SB40 estão sacramentados de acordo com as exigências
legais, sendo enquadrados nos Anexos pertinentes aos períodos
laborados, conforme anteriormente divulgado, e que a atuação
20

da Autarquia no processo administrativo de aposentadoria foi


lastimável e incorreta. Feriu direitos, usurpou situações,
não se ateve à legislação e indeferiu o benefício, tudo em
detrimento aos mais elevados princípios de Direito e Justiça.
Sua atuação margeia a legislação, não devendo prevalecer. Os
períodos são especiais e devem ser submetidos à CONVERSÃO de
tempo especial em comum para fins de contagem de tempo de
serviço.

A documentação comprobatória do labor


em ambientes especiais – laudos e SB40, foram
elaboradas dentro dos padrões da legislação e dos
Decretos, supra mencionados e jamais o será face
exigências de ordens de serviço que solapam direitos
e alteram legislação. O autor pleiteia a incidência
das normas legais ao seu processo administrativo de
aposentadoria e não incidência de outros
procedimentos.
Para ratificar a alegação do autor
de que a Autarquia não utilizou as medidas legais,
além dos documentos inclusos, fato novo
aconteceu, ou seja, em 13/01/2000, o INSS
“lança”, no “mundo da previdência” a INSTRUÇÃO
NORMATIVA N.º 07.

Esta “instrução normativa”, em seu


bojo, atesta que a autarquia não utilizou a
legislação adequada aos benefícios de
aposentadorias, com períodos especiais, cujos
direitos tenham sido implementados até 13/12/98.
Direitos estes, tanto à obtenção de aposentadoria,
quanto à CONVERSÃO DOS PERÍODOS ESPECIAIS COM SEU
COMPUTO NA CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO.
Ressaltamos, que a contagem de tempo de serviço nos
moldes legais, antecede a “concessão” de benefício,
que é uma decorrência do T.S. apurado.

Este instrução normativa, descarta


a exigência de uma ordem de serviço - 600/98 -,
quando menciona que os EPIs, não será aplicada às
aposentadorias cujos requisitos foram implementados
21

até 14/12/98, ou seja, após 02 anos prejudicando e


usurpando direitos (por intermédio de ordens de
serviço) o próprio governo admite que estava atuando
ilegalmente no que concerne aos pedidos de
aposentadorias que possuem períodos especiais, como
é o presente.

Verificamos também, que a


autarquia, deveria estar revendo estes casos, mas
não é o que ocorre.

A mencionada Instrução Normativa


(inclusa), menciona o seguinte:

“considerando as Leis 8.212 e


8.213, ambas de 24/07/91/91 ...;

Considerando a necessidade de
estabelecer “rotinas” para
uniformizar procedimentos na
aplicação da “legislação
previdenciária”, resolve:

2- A existência ou não da
informação sobre o uso de
tecnologia de proteção individual
(EPI) em laudo técnico de condições
ambientais do trabalho expedido por
médico do trabalho ou engenheiro de
segurança do trabalho, nos termos
da legislação trabalhista NÃO
DESCARACTERIZA O ENQUADRAMENTO DA
ATIVIDADE ESPECIAL PARA
APOSENTADORIAS CUJO DIREITO TENHA
SIDO ADQUIRIDO ATÉ 13/12/98.

Embora incompleta, verificamos que


esta instrução veio apenas ressaltar que as
exigências sobre a utilização de EPI são ilegais,
pois realmente não constam da Lei 8213/91, 9711/98,
Decretos 53.831/64 83.080/79 e 2.172/97
22

(especialmente art. 66). A I.N. 07 acentua e admite


que a autarquia relegou a legislação pertinente.

Apenas para que não restem dúvidas,


“se” a empresa utiliza algum tipo de equipamentos
de proteção coletiva (EPC), bem diferente do EPI
(equip. de proteção individual), fatalmente, ela
terá que comunicar esta utilização, porque o
ambiente laboral sofrerá alteração do nível de
ruído. Se a alteração é no ambiente laboral, quando
houver aferição deste nível de ruído,
consequentemente, os valores já seriam apurados sob
a influência do EPC, não há como apurar-se
contrariamente, quando os EPCs existem no ambiente
laboral.
Os documentos que compõem o acervo
probatório tanto dos autos quanto do processo
administrativo, constituem prova INEQUIVOCA E
SUFICIENTE, para que os períodos anteriormente
descritos, com exposição ao agente agressivo – RUÍDO
– sejam considerados especiais, conforme os ANEXOS I
E III DO RBPS, e sejam, efetivamente CONVERTIDOS E
COMPUTADOS AO TEMPO DE SERVIÇO DO AUTOR, FRUINDO
ENTÃO A CONCESSÃO DE SUA APOSENTADORIA.

DO PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

Verificamos, que a documentação


inclusa, compõem prova material irrefutável quanto a
exposição do autor ao ambiente nocivo, nos períodos
anteriormente descritos, conforme laudos e SB40.
Constatamos, também, que face medidas e atuação
totalmente ilegais, por parte da autarquia, como
anteriormente demonstrado, benefício do Autor foi
indeferido. Indeferido sem qualquer respaldo legal,
situação ratificada, inclusive, pela I.N. 07.

Na presente lide, restou plenamente


demonstrado os requisitos do art. 273 do CPC, seja
pela relevância do DIREITO invocado, sobre o qual
23

não restam quaisquer dúvidas, do risco do dano por


se tratar de verba de natureza NITIDAMENTE ALIMENTAR
e pela certeza do resultado a ser proferido ao
final.

Deveras, restou evidenciado que não foi


respeitada a regra dos arts. 201,§ 1º da
Constituição Federal, Lei 8.213/91 art. 57, § 5º,
mantido na Lei 9.032/95, Decretos 53.831/64 e seu
Anexo III, 83.080/79 e seu Anexo I, Lei 9.711/98.

A verossimilhança das alegações


constantes na apresente lide face da “prova
inequívoca”, está presente nas palavras de Ovídio
Baptista da Silva ( In reforma do Código de Processo
Civil , pág. 137, coletânea, ed. Saraiva,1996)
quando assinala:

“Se não quisermos imputar ao legislador


o cometimento de um grave erro técnico,
teremos de interpretar a locução “prova
inequívoca”, constante no art. 273, com
querendo aludir simplesmente alguma
espécie de prova consistente, no
sentido de prova congruente, capaz de
oferecer ao julgador base suficiente de
sua provisória admissão da existência
do direito alegado pelo autor”.

É própria da espécie também, a lição a


respeito Antônio Raphael da silva Salvador ( Da
ação monitória e da Tutela Jurisdicional antecipada
– comentários à Lei 9.079/95, ed. Malheiros,SP, 1995
– págs 50/55), in verbis:

“Sua finalidade, portanto, será


antecipar, adiantar a tutela que é
buscada pelo autor na inicial, na sua
pretensão formulada ao judiciário.
Diante de certas situações, não se
precisará aguardar o julgamento após a
24

instrução, podendo, o juiz, desde logo,


atender o que pede o autor.
Ao conceder uma medida cautelar, o Juiz
não examina a lide, o direito alegado,
mas apenas concede a medida para
permitir que o direito que será julgado
não pereça ou sofra dano irreparável.
Já na tutela antecipada, o Juiz julga o
direito pretendido na inicial,
reconhece sua procedência e atende ao
pedido, apenas com a ressalva do código
que é um julgamento provisório, e não é
definitivo.”

É irrelevante a circunstância para os


fins do art. 273 do C.P.C. de que os efeitos em que
é parte a Autarquia Federão serão submetidos ao
duplo grau de jurisdição para revisão obrigatória ou
se haverá interposição de recurso por parte do Réu,
circunstância esta que, ao revés, justifica ainda
mais a concessão da tutela antecipadamente, em razão
da reconhecida morosidade com que será processado o
feito com a remessa oficial.

Como bem enfatizou a Juízo Suzana


Camargo do E. Tribunal Regional Federal da 3ª
Região, no Agravo de Instrumento n.º 97.03.050351-
9/SP, citando Carnelutti no sentido de que “ o tempo
é um inimigo do direito, contra o qual deve o Juiz
travar uma luta sem tréguas”.

“E foi justamente como forma de


combater esse inegável mal que assola o
Poder Judiciário, que a tutela
antecipada foi introduzida em nosso
ordenamento processual, afastando,
destarte, a possibilidade de servir, o
tempo, como instrumento de negação do
próprio Direito.”
25

No caso em questão, estão configurados


os requisitos do art. 273 do C.P.C., uma vez que:

 Há verossimilhança na alegação;
 Está o fundado receio de dano irreparável ou de
difícil reparação notadamente pelo caráter
alimentar dos vencimentos da aposentadoria;
 Inexiste perigo de reversibilidade do provimento
antecipado, ou necessidade de caução suplementar.

As provas apresentadas pelo autor,


os laudos e SB40 (confeccionados na conformidade do
art. 66 do Decreto 2.172/97, por profissionais
habilitados) não guardam qualquer resquício de
dúvidas quanto à sua validade, autenticidade e
segurança em garantir os períodos como especiais e,
consequentemente, seu enquadramento, conversão e
cômputo na contagem de tempo de serviço para
aposentadoria. O autor PROVOU os fatos articulados
na presente peça, não existem óbices para que seu
direito permaneça negligenciado.

Outro fato que somente ratifica o


pedido de tutela é, como de praxe, o manifesto e
público propósito protelatório do Réu, que não
utiliza a legislação, como cabalmente demonstrado
anteriormente. Fato este, também comprovado, pelas
inúmeras demandas em face do INSS que sobrecarregam
o Judiciário.

Diante da situação apontada, faz


“jus, o autor, à tutela antecipada, não só por
questão de Direito, mas também de justiça social.
questão de

DO PEDIDO
Diante de todo exposto requer:
26

a.) A citação do Réu, na pessoa de seu


representante legal, no prazo legal, para querendo,
contestar a presente ação sob pena de revelia;
b.) a procedência da presente ação, para
que os períodos especiais, anteriormente descritos, sejam
regularmente enquadrados nos ANEXOS I, e III, conforme
Decretos 53.831/64, 83.080/79, Lei 9.032/95, art. 57, § 5º,
Decreto 2.172/97, art. 66 e documentos que instruem este
processo, para o benefício n.º ******, requerido em
*******, compelindo o Instituto-Réu a efetuar a concessão
e manutenção do benefício do Autor, com base em norma
Legais e não em ordens de serviço, desde a data de
entrada*****, tudo corrigido monetariamente, honorários
advocatícios na base de 20%, custas e demais cominações
legais;
b-) que V.Exa. se digne
determinar que o Instituto-Réu junte aos autos, o
processo de aposentadoria ADMINISTRATIVO, de número
42 / 112.260.081-7 em seu original ou cópias
autenticadas legíveis, no prazo improrrogável de 10
(dez) dias, para que este D. Juízo possa verificar
a procedência do pedido acima, verificando ainda
como que o Instituto -Réu, vem aplicando as
referidas ordens de serviços, EDITADAS POR SEU
PRÓRPIO ORGÃO, sendo imprescindível para o deslinde
POSITIVO desta demanda.

c.) Que lhe sejam deferidas,


conforme a Lei 1060/50, os benefícios da gratuidade da
justiça, por ser o Autor e pobre na acepção jurídica do
termo, conforme declaração em anexo e ART. 128 DA LEI
8213/91 – pela própria natureza da ação -.
d.) a concessão da Tutela
antecipada, não restando dúvidas quanto ao direito do
Autor, face a documentação inclusa, compelindo a Autarquia
proceder a CONVERSÃO dos períodos especiais com o cômputo
na contagem de tempo de serviço, com a conseqüente
concessão do benefício previdenciário NB n.º*********, por
ser de caráter ALIMENTAR, para que o tempo nào sirva como
negação do próprio direito, o que ocasionará danos
27

irreparáveis quer de ordem econômica, física e


psicológica.

Do(s) Requerimento(s)
81-) Ante as razões fáticas e aos
motivos de Direito o
Autor requer que seja determinada a citação do Autor, na
pessoa de seu representante legal, NO ENDEREÇO ACIMA
INDICADO, para que preste informações necessárias no prazo
legal, para querendo apresente a defesa que tiver, no prazo
legal assinalado, acompanhando-a até final decisão, quando
o Autor espera a que digne-se V.Exa em determinar o
Reconhecimento do Tempo de Serviço Especial, através dos
documentos acostados aos Autos, como só SB40 e Laudo
Técnico Pericial, com a devida CONVERSÃO DE TEMPO DE
SERVIÇO ESPECIAL EM COMUM na contagem de tempo serviço
final do Autor, para a conseqüente concessão do benefício
do mesmo, utilizando-se dos mecanismos legais e vigentes, à
vista do DIREITO LÍQUIDO E CERTO do Impetrante, em honra
aos mais elevados princípios de direito e lídima Justiça.

83-) Pede condenação do Instituto-Réu,


por definitivo, assegurando-se-lhe o direito de ser considerada
a O RECONHECIMENTO DO TEMPO DE SERVIÇO PRESTADA EM ESPECIAL
PELAS EMPRESAS SUPRAS E CONSEQUENTEMENTE A CONVERSÃO DE TEMPO
DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL EM COMUM, na contagem de tempo de
serviço final, para a devida concessão da aposentadoria do
autor, considerando-se os termos previstos no Parágrafo 5º do
artigo 57 da Lei n.º. 8.213/91, com a redação dada pela Lei n.º
9.032/95, ou seja, desconsiderando a alteração introduzida, por
qualquer medida provisória, juntamente com o afastamento de
todas as Ordens de Serviços.

Nestes
Termos, requerendo, ainda, que as intimações sejam publicadas em
nome de ELIZETE ROGERIO - OAB/SP 125.504, com endereço
profissional na Av. Fagundes de Oliveira n. 1841, Vila São José,
Diadema, São Paulo. CEP 09950-300 - Fones/Fax.: 448.9383
28

Protesta e requer comprovar o alegado


por todos os meios de prova em Direito admitidos, desde que
lícitos.

Valor da causa.
Não se podendo precisar o efetivo prejuízo
do Autor, estima em R$ 1.000,00 (Hum mil reais) o valor da
presente.

Termos em que,
P. E. Deferimento.
São Paulo, 10 de Dezembro de 1.999.

ELIZETE ROGERIO
ADVOGADA OAB/SP 125.504
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