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25/10/2021

Nú mero:
Classe: APELAÇÃ O CÍVEL
Ó rgã o julgador colegiado: 8a Turma
Ó rgã o julgador: Gab. 26 - DES. FED. NEWTON DE LUCCA
Ú ltima distribuiçã o : 21/10/2020
Valor da causa:
Processo referência: 10008843720198260619
Assuntos: Aposentadoria por Tempo de Serviço (Art. 52/4), Aposentadoria Especial (Art.
57/8),
Aposentadoria por Tempo de Contribuiçã o (Art. 55/6), Parcelas de benefício nã o pagas,
Concessã o, Averbaçã o/Cô mputo/Conversã o de tempo de serviço especial
Segredo de justiça? NÃ O
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipaçã o de tutela? NÃ O
Partes Procurador/Terceiro vinculado (APELANTE) (ADVOGADO)
(APELANTE)

(APELADO)
(APELADO) (ADVOGADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
14496 21/10/2020 00:56 Petiçã o Inicial Petiçã o Inicial 3656
AO JUÍZO DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CIVEIS DA COMARCA DE TAQUARITINGA-SP.
, brasileiro, portadora do RG nº do CPF nº , nascido em 06/11/1962, Fone e , residente e
domiciliado na CEP , Estado de Sã o Paulo, vem respeitosamente através de seu advogado e
procurador que a esta subscreve propor:
AÇÃ O DE CONCESSÃ O DE APOSENTADORIA ESPECIAL c.c. PEDIDO ALTERNATIVO DE
CONCESSÃ O DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃ O E PEDIDO DE
TUTELA DE URGÊ NCIA, fundamentada materialmente na lei 8.213/91 e CPC/2015.
Em face do NACIONAL DO SEGURO SOCIAL-INSS, CNPJ 29.979.036/0341- 26, situada na ,
pelos seguintes fatos e fundamentos a seguir expostos:
DA JUSTIÇA GRATUITA
Concessã o dos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, tudo conforme determinam os artigos
128 a 134 da Lei 8.211/91 e artigos 98, 99 e seguintes do CPC, por ser a requerente pessoa
pobre no sentido da palavra e nã o estar em condiçõ es de pagar custas e honorá rios sem
prejuízo pró prio.
DOS FATOS E DO DIREITO
O autor vinculou-se junto ao RGPS, a partir de 08/08/1978, com os devidos registros em
CTPS, na funçã o de MARCENEIRO e ACOGUEIRO, estando submetido a agentes agressivos a
saú de em cará ter habitual e permanente.
O autor sempre exerceu atividades estando exposto além dos agentes nocivos/agressivos:
FRIO, CALOR, VIBRAÇÃ O, UMIDADE, RUIDO, AGENTES QUIMICOS, BIOLOGICOS E
IONIZANTES, como descritos nos laudos, durante a vigência dos Decretos 53.831/64,
Decreto 83.080/79, e por fim o Decreto 3.048/99, com enquadramento, onde estã o
catalogadas as profissõ es que fazem jus à aposentadoria especial, bem como os agentes
agressivos que dã o referido direito, posto que antes do advento da Lei n. 9.032/95,
regulamentado pelo Decreto nº 2.172, de 05.03.97, o deferimento ou nã o do benefício
especial tinha como critério preponderante a atividade profissional pela efetiva exposiçã o
aos agentes nocivos.
Como se verifica no resumo de cá lculos de tempo de contribuiçã o, nã o foi considerado
qualquer período especial trabalhado pela autarquia.
Se nã o bastasse o requerente juntou em seu pedido administrativo laudos PPP e nos
referidos laudos, ainda demostra que a requerente esteve exposto em cará ter habitual e
permanentemente a diversos agentes, como ruídos, calor, frio, umidade, vibraçã o, agentes
químicos, bioló gicos e ionizantes, o que mais uma vez demostra sofrer com agentes
nocivos/agressivos a sua saú de.
Em 08/04/2015 através de procedimento administrativos junto ao INSS, sob N/B 42/ , o
requerente pleiteou sua aposentadoria, a qual foi indeferida nos termos abaixo:
"Em atenção ao seu pedido de Aposentadoria por Tempo de Contribuição, formulado em 08/04/2015, informamos
que, após análise da documentação apresentada, não foi reconhecido o direito ao benefício, pois até 16/12/98 foi
comprovado apenas 26 anos, 11 meses e 02 dias, ou seja, não foi atingido o tempo mínimo de contribuição
exigida, 35 (trinta e cinco) anos se homem e 25 (vinte e cinco) anos se mulher, nem tampouco comprovou na data
do requerimento o período adicional de contribuição equivalente a, no mínimo, 40% do tempo que, em 16/12/98,
faltava para atingir o tempo mínimo exigível nessa data.

Tempo de contribuiçã o apurado até a DER: 26 anos, 11 meses e 02 dias.


Tempo mínimo necessá rio até a DER: 35 anos, 00 meses e 00 dias."
A parte autora possui mais de 25 anos exigido por lei para poder pleitear seu benefício de
aposentadoria especial.
COMUM

Total
Data Inicial Data Final Anos Meses Dias
Dias
1 01/06/1979 26/02/1980 266 - 8 26
2 01/04/1980 30/06/1984 1.530 4 3 -
3 15/07/1985 15/06/1988 1.051 2 11 1
4 01/10/1990 31/10/1990 31 - 1 1
5 01/05/1995 31/05/1995 31 - 1 1
6 01/06/1995 31/01/1998 961 2 8 1
7 04/01/1999 08/04/2015 5.855 16 3 5
Total 9.725 27 0 5
Conforme demonstrado, a requerente somente com os períodos especiais já possui tempo
suficiente para a concessã o da sua aposentadoria especial, SENDO 27 ANOS 00 MESES E 15
DIAS até a data da DER.
Destaca-se que o período ora mencionado na tabela consta todos os períodos contribuídos,
incluindo todo o período especial até a data do DER.
Se nã o bastasse o requerente juntou em seu pedido administrativo laudos PPP e nos
referidos laudos ainda demostra que o requerente esteve exposto em cará ter habitual e
permanentemente a diversos agentes, como ruídos, frio, umidade, vibraçã o, agentes
químicos, bioló gicos e ionizantes, o que mais uma vez demostra sofrer com agentes
nocivos/agressivos a sua saú de.
Todavia, a autarquia sequer considerou o real tempo de contribuiçã o do requerente, QUE
TOTALIZA 37 ANOS 09 MESES E 23 DIAS até a data do DER, conforme planilha, que
demonstra todos os períodos do requerente, inclusive os ESPECIAIS (fator 1,4), fazendo jus
ainda a sua aposentadoria por tempo de contribuiçã o.
ESPECIAL
Dias
Data Inicial Data Final Multiplic. Anos Meses Dias
Convert.
01/06/1979 26/02/1980 1,4 372 1 - 12
01/04/1980 30/06/1984 1,4 2.142 5 11 12
15/07/1985 15/06/1988 1,4 1.471 4 1 1
01/10/1990 31/10/1990 1,4 43 - 1 13
01/05/1995 31/05/1995 1,4 43 - 1 13
01/06/1995 31/01/1998 1,4 1.345 3 8 25
04/01/1999 08/04/2015 1,4 8.197 22 9 7
Total Especial - 13.613 37 9 23
Sendo assim, requer desde já que este juízo reconheça como especiais os períodos abaixo
descritos, tendo em vista ser imprescindível para concessã o da aposentaria ao qual faz jus
o requerente, e para tanto necessá rio se faz prova pericial.
PERIODOS, FUNÇÃ O EXERCIDA E LOCAIS TRABALHADOS QUE DEVEM SER
:
- de 01/06/1979 a 26/02/1980, na funçã o de AUXILIAR MARCENEIRO, trabalhado para
MOVEIS MARIZU LTDA (fazer pericia),
-01/04/1980 a 30/06/1984, na funçã o de AJUDANTE, trabalhado para ORLANDO DE
PIETRO (fazer pericia),
-15/07/1985 a 15/06/1988, na funçã o de AJUDANTE, trabalhado para ORLANDO DE
PIETRO (fazer pericia),
-01/10/1990 a 31/10/1990, na funçã o de ACOGUEIRO, trabalhado para EMPRESARIO
(fazer pericia),
-01/05/1995 a 31/05/1995, na funçã o de ACOGUEIRO, trabalhado para EMPRESARIO
(fazer pericia),
-01/06/1995 a 31/01/1998, na funçã o de ACOGUEIRO, trabalhado para EMPRESARIO
(fazer pericia),
-04/01/1999 a 08/04/2015, na funçã o de BALCONISTA, trabalhado para ORLANDO DE
PIETRO (fazer pericia).
O Autor, conforme demonstrado em CTPS, exerceu atividade estando em exposiçã o direta
com os agentes nocivos/agressivos a integridade física e saú de do trabalhador (LAUDOS
PPP ANEXO) e sendo assim, deve ser considerado para o cô mputo da aposentadoria, a fim
de complementar o tempo mínimo necessá rio.
Todavia a segurado sempre esteve exposto a agentes nocivos (ruídos, calor, frio, umidade,
vibraçã o, agentes químicos, bioló gicos e ionizantes), com isso conta com o seguinte
tempo de serviço especial, fazendo jus a perceber a aposentadoria especial prevista no
artigo 57 da Lei 8.213/91, a saber:
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver
trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20
(vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 9.032, de
28.04.1994);
§ 1º A aposentadoria especial, observado o disposto no art. 33 desta Lei, consistirá numa renda mensal
equivalente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 9.032,
de28.04.1995)
§ 2º A data de início do benefício será fixada da mesma forma que a da aposentadoria por idade, conforme o
disposto no art. 49
§ 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Nacional do
Seguro Social- INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais
que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado. (Redação dada pela Lei nº
9.032, de 1995).
§ 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes nocivos químicos, físicos,
biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao
exigido para a concessão do benefício. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995).
§ 5º O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à
saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho exercido em
atividade comum, segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para efeito
de concessão de qualquer benefício. (Incluído pela Lei nº 9.032, de 1995).

A exposiçã o aos agentes agressivos em cará ter habitual e permanente está comprovada
através do PPP (Perfil Profissiográ fico Previdenciá rio) fornecido pelas empresas ainda em
atividade.
DESTACA-SE AINDA QUE ALÉ M DE POSSUIR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃ O SUFICIENTE
PARA CONCESSAO DA APOSENTADORIA, O REQUERENTE FAZ JUS A MODALIDADE
ESPECIAL, TENDO EM VISTA POSSUIR MAIS DE 25 ANOS TRABALHADOS SUJEITO A
CODIÇÕ ES QUE PREJUDIQUE A SAÚ DE E QUALIDADE FISICA, DEVENDO AINDA
CONSTITUIR SUA RENDA MENSAL EM 100% DE SEU SALÁ RIO DE BENEFICIO.
Deve ser respeitada a legislaçã o de cada dia trabalhado, observando a legislaçã o de
regência, conforme reiterado entendimento jurisprudencial. Assim, antes da Lei 9.032/95,
aplicam-se os Decretos Regulamentadores nº 83.080/79 e 53.831/64.
133105789 - PROCESSUAL CIVIL - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - CONTRADIÇÃO - EXISTÊNCIA - TEMPO ESPECIAL -
CONVERSÃO - VIGÊNCIA DOS DECRETOS 53.831/ 964 E 83.080/79 ATÉ EDIÇÃO DO DECRETO Nº 2.172/97 -
DECRETO Nº 611/92, ART. 292 - 1. Configurada a contradição apontada é devida a declaração requerida. 2. Os
Decretos 53831/64 e 83.080/79 vigoraram até o advento do Decreto nº 2.172/97, ou seja, 05.03.97, por força do
disposto no art. 292 do Decreto nº 611/92. Assim sendo, até essa data deve ser considerado como agente
agressivo a exposição ao agente agressivo ruído acima de 80dB (A). Somente a partir de 05.03.97 é que se deve
considerar o limite de 90dB (A), nos termos em que previsto no Decreto nº 2.172/97. 3. Embargos acolhidos.
Mantido o resultado do julgamento. (TRF 1a R. - EDAMS 200238000180106 - MG - 1a T. - Rel. Des. Fed. José
Amilcar Machado - DJU 01.04.2005 - p. 36).
Conforme se depreende do v. Acó rdã o 1999.03./SP, onde foi relator o Des. Federal Célio
Benevides, houve a decretaçã o da conversã o: "Atividade de natureza especial a ensejar a
conversã o nos termos do artigo 57, § 3º da Lei 8213/91 e, em seu voto, ainda acrescentou o
Eminente Desembargador, que a prova do exercício de atividade especial nã o se restringe
somente ao laudo técnico:
" A prova do trabalho em condições especiais será feita por meio de declaração da empresa, laudo pericial,
atestado médico e uma infinidade de outros meios de prova admitidos. "

Neste sentido a jurisprudência:


"...II - No período em que o segurado exerceu atividades penosas, insalubres ou perigosas, aplica- se a tabela de
conversão, somando-se o resultado no tempo de serviço comum. III..."(AC. 96.03.053035-2, TRF 3a R - 2a T Rel.
Des. Aricê Amaral - DJU 09.12.1998 -pág. 129 - Revista Síntese Trabalhista, n.º 116 - Fev/1999.

Insiste a jurisprudência, que quando da existência da prova materiais nos autos é suficiente
para a contagem do referido tempo.
Existe o contrato de trabalho regularmente feito em Carteira Profissional e os impressos
SB-40, para os períodos anteriores a 29/04/95, além do laudo técnico pericial e PPP,
quando necessá rio e declaraçã o do período trabalhado como trabalhador rural.
"...1. Existindo prova materiais nos autos a comprovar o exercício de atividade em condições especiais - perigosa,
insalubre ou penosa - durante o período referido, deve ser reconhecida tal atividade como especial..."(Ac.
97.04.57394.0 - RS - TRF 4a r. 5a t - Rela Juíza Maria Lúcia Luz Leiria - DJU 02.12.1998 -pág. 271 - Revista Síntese
Trabalhista n.º 116 - Fev/99).

Ocorre a comprovaçã o por similaridade, Na Liçã o de Wladimir Novaes Martinez, no obra


Aposentadoria Especial, 3a ediçã o, Editora Saraiva, pá g. 57:
"quando não mais existirem sinais do estabelecimento, se muitos anos se passaram ou se ele sofreu alterações,
com novas instalações e modificações do meio ambiente, ou caso a própria empresa materialmente tenha
desaparecido, somente restará ao segurado a prova por similaridade. O médico do trabalho e o engenheiro de
segurança então terão trabalho redobrado".

Além do laudo propriamente dito, deverã o fazer relató rio circunstanciado e discriminativo
das condiçõ es examinadas, para a conclusã o assumir poder de convencimento, nã o
obstante a vedaçã o constante da ODS n. 564/97 Entende-se por similaridade os peritos
localizarem estabelecimento igual ou assemelhado, onde feita a inspeçã o, variando as
conclusõ es alternativamente em conformidade com a identidade ou nã o dos cená rios. Tal
incumbência nã o é das mais fá ceis, pois, por exemplo, nã o podendo ser presumido, como
saber o nível de ruído de má quina hodiernamente inexistente?
Todas as afirmaçõ es terã o de ser fundadas, aduzindo-se os critérios e o porquê das
conclusõ es.
- PREVIDENCIÁ RIO - REVISÃ O DE BENEFÍCIO - ATIVIDADE ESPECIAL - CONVERSÃ O
- LAUDO TÉCNICO - 1. Inexigível laudo técnico das condições ambientais de trabalho para a comprovação de
atividade especial até o advento da Lei nº 9.528/97, ou seja, até 10/12/97. Precedentes do STJ. 2. Comprovada a
atividade em ambiente insalubre, demonstrada por meio de sb-40, é aplicável o disposto no § 5º do art. 57 da Lei
nº 8.213/91. 3. O rol de atividades previstas nos Decretos nºs 53.831/64 e 83.080/79 não é taxativo, entretanto,
para que seja enquadrado como especial é necessário que se verifique similaridade da situação com aquelas
elencadas em referido rol, não se olvidando de se comprovar, por perícia judicial, a submissão do trabalhador aos
respectivos agentes nocivos. 4. A atividade de tratorista é considerada especial, com enquadramento, por
analogia, na categoria profissional dos motoristas (Decretos nºs 53.831/64 e 83.080/79). 5. Reexame necessário e
apelação do INSS parcialmente providos. (TRF-3a R. - AC 1999.03.99.110642-2 - (552848)- 10a T. - Rel. Des. Fed.
Galvão Miranda - DJU 18.01.2006 - p. 434)

Aplica-se ao caso as Sú mulas 9 e 68 da TNU, a saber:


SÚMULA 09; DJ DATA:05/11/2003; PG:00551; O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que
elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado.
SÚMULA 68; DATA DA PUBLICAÇÃO: DOU 24/09/2012; PG. 00114;
O laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à comprovação da atividade especial do
segurado.

SENDO ASSIM, PROVA PERICIAL CONTEMPORANEA É PERFEITAMENTE CABIVEL PRA


DEMONSTRAR QUE O REQUERENTE SEMPRE ESTEVE EXPOSTO A AGENTES NOCIVOS
AGRESSIVOS EM CARÁ TER HABITUAL E PERMANENTE, E PERICIA POR SIMILARIDADE
NAS EMPRESAS QUE TENHAM ENCERRADO SUAS ATIVIDADES OU FALIDO, SEMPRE
LEVANDO EM CONSIDERAÇÃ O O TRABALHO EXERCIDO E AS CONDIÇÕ ES DA É POCA É
LOGICAMENTE VÁ LIDA;
DA TUTELA DE URGÊ NCIA
Vem a autora requerer a Vossa Excelência que lhe seja deferida a Tutela de Urgência, com
fulcro no artigo abaixo do Có digo de Processo Civil tendo em vista o iminente dano sofrido
UMA VEZ QUE PELOS DOCUMENTOS APRESENTADOS A REQUERENTE FAZ JUS A
ESPECIAL OU
ALTERENATIVAMENTE A APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃ O.
O Novo Có digo de Processo Civil, através do artigo 300 manteve o direito a antecipaçã o de
tutela como dantes permitido pelo Có digo anterior:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito
e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. § 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz
pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir
a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. § 2º
A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. § 3º A tutela de urgência de
natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Leciona Luiz Guilherme Marinoni, em seu livro" A Antecipaçã o da Tutela "- Editora
Malheiros, 4a ediçã o, pá gina 155/156, a saber:
"O artigo 273 afirma que o juiz poderá antecipar a tutela ‘desde que, existindo prova inequívoca, se convença da
verossimilhança da alegação... Não há dúvida de que não é apenas a prova documental que permite a concessão
da tutela antecipatória. A verossimilhança pode ser encontrada através de outras provas, como já foi dito. A
verossimilhança a ser exigida pelo juiz, contudo, deve considerar:
I) o valor do bem jurídico ameaçado; II) a dificuldade do autor provar a sua alegação, III) a credibilidade, de acordo
com as regras de experiência, da alegação e IV) a própria urgência descrita."
Nota-se que, a requerente enquadrou em quase todos os itens, mas, principalmente, pela
necessidade de receber aposentadoria que tem cunho eminentemente alimentar.
Ora a medida foi requerida pelo fundado receio de ser causado dano irrepará vel, previsto
no Artigo 300 do CPC/2015, pois a requerente necessita ter meios de prover sua mantença,
IMPONDO A REQUERIDA QUE IMEDIATAMENTE CONCEDA O BENEFICIO DE
APOSENTADORIA ESPECIAL OU EM CASO ALTERNATIVO DE APOSENTADORIA POR
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃ O AO REQUERENTE, TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE VERBA
ALIMENTICIA FUNDAMENTAL PARA O SUSTENTO DO MESMO E SUA FAMÍLIA.
DOS PEDIDOS E DOS REQUERIMENTOS:
Ante o exposto, requer:
A) Os Benefícios da JUTIÇA GRATUITA, de acordo com art. 98, 99 e ss do CPC/2015 por nã o
poder arcar com as custas processuais sem prejuízo da pró pria subsistência e de sua
família;
B) Digne-se Vossa Excelência, mandar citar por carta precató ria o requerido, na pessoa de
seu Procurador Regional ou quem o represente legalmente para receber citaçã o, para
comparecer na audiência de instruçã o, debates e julgamento designada, e, querendo,
contestar a presente açã o, sob pena de revelia e confissã o.
C) SEJA JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE A PRESENTE AÇÃ O, PARA:
C.1) COMPUTAR O PERIODO ESPECIAL TRABALHADO PELO REQUERENTE condenando-se
o Requerido a pagar ao requerente APOSENTADORIA ESPECIAL, com renda mensal de
100% a ser calculada nos termos do artigo 29, inciso I e artigo 143 da Lei 8.213/91, além
do abono anual, com correçã o e juros desde o requerimento administrativo (DER) ou
alternativamente APOSENTARIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃ O, a ser calculada além do
abono anual, com correçã o e juros desde o requerimento administrativo (DER).
C.2) condenar a requerida a pagar os valores devidos, atualizados monetariamente e
acrescidos de juros de mora desde a data do pedido administrativo (DER).
C.3) condenar o requerido a pagar os benefícios futuros nas condiçõ es de cá lculos
auferidos.
C.4) condenar a requerida ao pagamento de custas processuais e honorá rios advocatícios
de sucumbência no importe de 20% sobre o total da condenaçã o até o efetivo pagamento.
C.5) Defira-se a produçã o de provas que se mostrarem ú teis ou necessá rias, facultada a
utilizaçã o de todos os meios probató rios em Direito admitidos, especialmente a realizaçã o
de perícias no local de trabalho da Autora para comprovar o quanto alegado;
C.6) Requer especialmente a realizaçã o de perícias no local de trabalho da parte Autora
para comprovar o quanto alegado, além exposiçã o a agentes nocivos agressivos em cará ter
habitual e permanente, e por similaridade nas empresas que tenham encerrado suas
atividades ou falido, sempre levando em consideraçã o o trabalho exercido e as condiçõ es
da época;
C.7) Requerer a antecipaçã o de tutela, nos termos do artigo 300 e seguintes do CPC/2015,
considerando o cará ter alimentar do benefício, e a formaçã o do juízo da verossimilhança
com as provas produzidas nos autos.
Dá -se o valor da causa ;
Termos em que,
Pede deferimento.
Taquaritinga, 11 de março de 2019.
HUBSILLER FORMICI

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