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Nome, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da Cédula de Identidade RG. ...,
SSP/SP, devidamente inscrita no CPF/MF ..., residente e domiciliada à Rua ..., N° ..., Bairro,
Cidade, Estado, E-mail ..., por seu advogado que esta subscreve, instrumento de Mandato incluso,
(doc. 1) com escritório à Rua ..., N° ..., Bairro, Cidade, Estado, E-mail ... endereço em que recebe
intimações, vem à presença de Vossa Excelência propor
INSS - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, com sede na ..., número ..., Centro,
Estado, CEP ..., na pessoa de seu representante legal, pelas seguintes razões de fato e de direito.
Antes de qualquer manifestação a respeito da ação, requer o Autor à concessão dos benefícios
da assistência judiciária gratuita, uma vez que não tem condições de arcar com as custas do processo,
sem colocar em risco o seu sustento próprio e o de seus familiares, conforme documento em anexo.
Assim, nos termos do disposto nos incisos XXXV e LXXIV do artigo 5º. da Constituição Federal e
artigo 98 do Código de processo Civil, assim requer o deferimento de concessão dos benefícios da
gratuidade judicial.
DOS FATOS
NB:...
Data de requerimento:.../.../...;
Contagem administrativa:..;
Motivo da negativa:....
Em simulação de contagem feita junto ao site do órgão ora réu, temos esta contagem:
NOME:
PIS:
Data de Nascimento:.../.../....
Do período citado acima, temos laudo pericial que comprovam a atividade insalubre do autor,
das seguintes empresas:
Oportuno lembrar que enquadramento dos períodos especiais é feito na conformidade das épocas
em que houve o labor com a sujeição ao agente nocivo, ou seja, no Anexo e legislação
contemporâneos à ele. Os períodos especiais são fatos já consumados sob a égide de outras
regras de direito, uma vez que as exigências legais foram cumpridas, fazendo parte do patrimônio
jurídico do segurado/Autor NÃO PODENDO MAIS, SER ALTERADO POR regras posteriores.
Os laudos e DSS 8030 apresentados pelo Autor quando do requerimento do benefício são
hábeis e corretos para serem enquadrados nos referidos ANEXOS pela legislação contemporânea à
época do labor, não pode a autarquia tentar transmutar uma situação legal com outras regras
supervenientes.
Assim, os pedidos de aposentadoria, cujos períodos especiais foram relegados, deveriam estar
sendo reanalisados enquadrando-os nos respectivos anexos, quais sejam o I e III, pra o caso presente
e não em outras medidas administrativas, como a IN 78, 84, 84 “a” (...), que contem exigências
ilegais em relação aos períodos especiais vindicados, conforme comprovam os documentos incluídos
nos autos.
Para que possamos compreender o “enquadramento” dos períodos para que sejam considerados
especiais e, consequentemente, terem a devida conversão e seu cômputo na contagem de tempo de
serviço da aposentadoria do autor, façamos uma prévia digressão acerca da matéria:
Para os períodos laborados até 05/03/1997 utiliza-se, para enquadramento dos períodos
especiais, as exigências contidas nos anexos I, II e III, respectivamente, regulamentados pelos
Decretos 83.080/79 e 53.831/64;
Para períodos laborados após 05/03/97, utiliza-se, para enquadra mento dos períodos
especiais, as exigências contidas no Anexo IV, regulamentado pelo Decreto n º 2.172/97.
Para o caso em tela, os períodos são enquadrados no anexo I, CÓDIGO 1.1.5, ANEXO III CÓDIGO 1.1.6
e ANEXO IV – CÓDIGO 2.0.1, pela exposição ao nível de ruído ACIMA DE 90 db E TAMBÉM, PELA
EXPOSIÇÃO AO RUÍDO ACIMA DE 80 DB E ABAIXO DE 90 DB, regulamentados, respectivamente
pelos Decretos 83.080/79, 53.831/64 e mantidos pelo art. 292 do Decreto 611/92,
independentemente da utilização de EPC ou EPI.
Em 10/09/68 foram elaborados dois quadros de agentes agressivos e funções especiais, o ANEXO
I e o II, regulamentados pelo Decreto 63.230/68. Estes anexos tinham por objetivo trazer à luz da
legislação as atividades e agentes nocivos anteriormente relegados. Ocorre que nesta nova listagem,
muitos agentes agressivos (ruído entre 80 e 90 por exemplo) e funções foram excluídos.
Para sanar esta situação malgradada, foi editada a LEI 5.527 DE 08/11/68, que resgatou a
utilização do ANEXO III E SEU DECRETO 53.831/64, RESGUARDANDO O ENQUADRAMENTO DAS
ATIVIDADES ESPECIAIS, CONFORME OS AGENTES AGRESSIVOS E FUNÇÕES DESTE ANEXO. O
Decreto 53.831/64, dispõe o seguinte:
“Artigo 1º. A Aposentadoria Especial, que se refere o artigo 31 da Lei n. º 3.807 de 26 de agosto
de 1960, será concedida ao segurado que exerça ou tenha exercido atividade profissional em
serviço considerado insalubres, perigosos ou penosos nos termos deste Decreto.”
“Art. 292: Para efeito das concessões das aposentadorias especiais, serão considerados os
ANEXOS I e II do Regulamento de Benefícios da Previdência Social, aprovado pelo Decreto
83.080 de 24 de janeiro de 1979, E O ANEXO DO DECRETO 53.831 de 25 de março de 1964, até
que seja promulgada a Lei que disporá sobre as atividades prejudiciais à saúde e a integridade
física.”
Com o advento da Lei nº 9.032/95, houve pequenas alterações, mas a CONVERSÃO dos
períodos especiais e os critérios para confecção de laudo e preenchimento do SB40- atual DSS
8030, RESTOU MANTIDA, conforme art. 57 e seus §§, ou seja:
“§ 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo trabalhado exposição aos agentes nocivos
químicos, físicos biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou a integridade
física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício.”
“§ 5º O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser
consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somada, após a respectiva
conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo critérios estabelecidos
pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para efeito de concessão de qualquer
benefício.”
O Decreto nº 2.172/97, também manteve a conversão e os critérios para confecção do laudo técnico
e preenchimento do SB40 – atual DSS 8030.
Neste contexto é oportuno esclarecer que a Lei nº 9.032/95 ao alterar o art. 57 da Lei n º
8.213/91, exigindo que fosse providenciado laudos para comprovar períodos especiais com sujeição a
agentes agressivos, não teve eficácia imediata, pois existia a necessidade de sua
REGULAMENTAÇÃO. Tal fato ocorreu apenas em 05/03/97 com o advento do Decreto 2.172/97.
Então, somente a partir da data de edição deste Decreto é que as novas exigências acerca de laudos
poderiam ser efetuadas para os períodos laborados em sua posterioridade e não em sua
anterioridade, como vem fazendo a Autarquia.
Como anteriormente exposto, os períodos especiais vindicados na presente estão sob a égide
do Decreto 83.080/79, E ANEXO I, CÓDIGO 1.1.5; Decreto 53.831/64, ANEXO III código 1.1.6 e
Decreto 2.172/97, ANEXO IV, MANTIDOS pelo Decreto 611, artigo 292. Tais períodos já satisfizeram
as exigências legais contemporâneas à época do labor para assim serem considerados, fazendo parte
do patrimônio jurídico do trabalhador, não podendo, “medidas posteriores”, rechaçarem tais
períodos. Assim, computando-se os períodos especiais e seu “plus” da conversão e somando-se os
mesmos ao período comum, o Autor faz jus à percepção do benefício de aposentadoria comum, sob
a égide da Lei nº 8.213/91.
Vejamos:
DOS PEDIDOS
Diante do todo exposto, requer a V. Exa. que se digne de mandar citar o INSTITUTO NACIONAL
DE SEGURO SOCIAL - INSS, Agência de São Paulo – São Paulo, com sede na Rua ...., Número ..., São
Paulo, SP, na pessoa de seu representante legal, para que apresente a sua defesa, queren do, sob
pena de revelia e confissão, bem como para que acompanhe todos os demais atos e termos
processuais até o final e em assim sendo, que “data máxima vênia”, Vossa Excelência venha a julgar
PROCEDENTE a presente demanda CONDENANDO a Autarquia nos seguintes pedidos:
A-) Que os períodos citados anteriormente descritos sejam reconhecidos como atividade
especial e perfazendo assim o direito a conversão do período trabalhado, nas seguintes empresas:
B-) Que os períodos especiais supra citados, sejam computados na contagem de tempo de
serviço COM O PLUS DA CONVERSÃO para o benefício de n.º 42/..., requerido em ... / ... / ...;
C-) Com o resultado do cômputo do tempo de serviço, COM A CONVERSÃO DOS PERÍODOS
ESPECIAIS somado com o tempo de serviço COMUM, que resultará em 36 anos 02 MESES E 04 DIAS
DE TEMPO DE SERVIÇO, SEJA A AUTARQUIA compelida a implantar, imediatamente, o benefício do
Autor de APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO, com base em normas Legais e não em
medidas administrativas ilegais (ordens de serviço – instruções normativas, etc.) desde a data do
requerimento do benefício, ocorrida em .../.../..., com o pagamento das parcelas em atraso,
devidamente corrigidas, honorários advocatícios e demais cominações legais.
D-) Cumprimento de sua obrigação de fazer, por força dos pedidos no prazo de 15 dias
contados do trânsito em julgado da R. decisão judicial, sob as penas da lei;
E-) Que os valores apurados sejam acrescidos de juros de mora a contar data do requerimento
administrativo .../.../... na forma da legislação vigente.
F-) Requer, por fim, que lhe sejam deferidas, conforme artigo 98 do Código de Processo os
benefícios da Justiça Gratuita, por ser o Autor pobre na acepção jurídica do termo.
DA PROVAS
Requer provar o alegado através de todos os meios de prova em direito admitidos, sendo
principalmente, pelos documentos anexos a presente, juntada de novos documentos, perícias, o que
desde já fica expressamente requerido, além dos demais meios necessários, sem exceção de
quaisquer, para perfeita instrução da ação.
VALOR DA CAUSA
Dá à causa o valor de R$ 55.000,00 (cinquenta e cinco mil reais) valor estimado das parcelas
vencidas mais 12 vincendas.
Termos em que
Pede deferimento.
Local, data.
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Advogado(A)
OAB/SP