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AnuaÁ r io
´
2016/2017
em meio à crise
O
ano de 2016 foi marcado por muitos desafios e uma série de mudanças nos cenários
político e econômico do país. Embora em seu encerramento tenham havido algumas
boas notícias, no decorrer dos 12 meses foi necessário se reinventar, tanto por parte dos
consumidores quanto empresários e gestores públicos, para conseguir fechar a conta e
mitigar prejuízos.
O Sistema de Consórcios, embora também tenha sofrido com a crise, conseguiu o feito de alcan-
çar resultados melhores que diversas atividades econômicas. Isso foi possível graças à contribuição
de um movimento coletivo que teve início há quase 50 anos e culminou na criação da Associação Bra-
sileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), em 20 de junho de 1967. Através do fortalecimento
do associativismo, a ABAC está prestes a completar cinco décadas de história, consolidada como a
instituição máxima na representação dos interesses do Sistema de Consórcios.
A solidez do consórcio pode ser explicada por uma série de fatores. Entre eles está o fato de
possibilitar aos consumidores o planejamento para aquisição de bens e serviços. Assim, enquanto
muitas pessoas tiveram que adiar seus sonhos de consumo em virtude da falta de confiança na eco-
nomia, os consorciados tiveram o poder de continuar consumindo, mediante contemplação, pois já
vinham se planejando.
Neste anuário, você verá que enquanto alguns segmentos do consórcio registraram quedas em
2016, como o de veículos pesados e o de motocicletas, outros conseguiram resultados bastante
expressivos, como o consórcio de serviços, o de veículos leves e até mesmo o de eletroeletrônicos,
que fechou o ano registrando aumento nas vendas de novas cotas, interrompendo um ciclo
de retrações que já durava dez anos.
Aliás, é em cenários de retração econômica que as
pessoas passam a entender ainda mais a importância
de adotar hábitos de educação financeira em seu coti-
diano. Fechar o orçamento no azul, eliminando desper-
dícios, reduzindo despesas e buscando novas fontes de
receitas, é primordial para a sobrevivência das famílias.
E o consórcio é um mecanismo de autofinanciamento
que tem tudo a ver com aquelas pessoas que buscam
realizar compras e investimentos de forma planejada.
Antes mesmo do conceito de economia colaborati-
va ganhar o mundo, o Brasil já era pioneiro nessa mo-
dalidade, justamente por causa do consórcio. E a ABAC
continuará cumprindo a missão de divulgar o consórcio
e todos os seus benefícios. Certamente, planejar o con-
sumo com essa modalidade colaborativa vai continuar
se mostrando a maneira mais eficaz e consciente para
adquirir propriedades, veículos, bens de consumo e
serviços. Que venham os próximos 50 anos, e que o
consórcio continue propiciando a realização de so-
nhos de consumo de milhões de brasileiros.
Temos soluções completas em cartões, seguros e consórcios, sempre com a estrutura necessária para atender às
mais diversas necessidades. E tudo com a solidez da primeira Instituição Financeira Cooperativa do Brasil, presente
em 20 estados brasileiros e com mais de 3,4 milhões de associados. Venha fazer uma parceria com a gente.
D
esde o dia 1º de fevereiro, a ABAC está aspecto de organização, foram revisitados missão,
de cara nova. A nova marca chega no visão e valores da ABAC. Como produto, foi estabe-
momento em que a instituição completa lecida sua relação com o Sistema de Consórcios e
50 anos de atividade e simboliza a re- a maneira como a Associação queria ser vista por
novação necessária para fortalecer sua esse público. Já a definição dos traços de persona-
imagem e continuar contribuindo para a realização lidade refletiram na forma como seria construída a
dos sonhos dos brasileiros. comunicação com seus públicos.
Fundada em 1967, a ABAC tem desempenhado O processo mostrou que a nova personalidade
papel essencial para o desenvolvimento e aperfei- da marca ABAC é formada por três arquétipos: o
çoamento das normas e dos mecanismos do Siste- regente, o sábio e o mago. O regente fala com a
ma de Consórcios, atuando como representante da propriedade de um líder, que tem a responsabilida-
classe com órgãos públicos e privados, empresas de de governar o sistema. A forma como fala revela
do setor, imprensa, consumidores e sociedade civil o crédito e a segurança que ele obteve ao longo de
em geral. sua trajetória. O sábio, por sua vez, estuda detalhes,
Além de fortalecer a imagem da marca, o ob- está sempre se atualizando, conhece o mercado,
jetivo do rebranding foi revelar a essência da ima- suas forças e fraquezas. É com esse conhecimen-
gem da ABAC, apresentando uma identidade visual to que ele conquista a confiança de quem o cerca.
que fosse facilmente reconhecida por todos os seus O mago permeia o sonho, o inspiracional, ele fala
interlocutores e reforçasse o legado da instituição. como um catalizador da mudança, que convida a
Para isso, a entidade contou com o apoio da Pa- transformar para realizar.
ckaging Brands, que se dedicou a um processo de E, finalmente, como símbolo, foi analisada a he-
imersão, incluindo uma série de entrevistas e son- rança visual da marca. “Graficamente, a nova mar-
dagens para conhecimento da entidade e de seus ca manteve o conceito de união de forças, presente
públicos estratégicos. na versões anteriores, e acrescentou dois novos
O resultado foi um detalhado trabalho de posi- elementos: a transformação, dando a ideia de mo-
cionamento que resultou na imagem ideal da entida- vimento, e o foco, representando a realização”, ex-
de, a partir da estruturação dos pilares e a definição plica o Gerente de Operações da Packaging, Pablo
de sua essência e diretrizes de linguagem verbal e Baars.
visual, materializados no redesenho do logotipo. O resultado é uma identidade visual que repre-
Para chegar lá, a identidade da instituição preci- senta o momento atual da ABAC, uma instituição
sou ser considerada sob quatro perspectivas: orga- mais madura e determinada a expandir ainda mais
nização, produto, persona e símbolo. Ao olhar sob o sua atuação.
Índice
ENTREVISTA: Elvira Cruvinel Ferreira, chefe do Departamento de Educação
Financeira do Banco Central.........................................................................................8
A
educação financeira nunca foi tão impor- ministração adequada dos recursos e a manter uma
tante no Brasil. A ascensão econômica da relação equilibrada com o dinheiro.
população nos últimos anos proporcionou Para falar sobre o assunto, entrevistamos a chefe
aumento do consumo e colocou o cidadão do Departamento de Educação Financeira do Banco
em situações e operações financeiras com Central do Brasil, Elvira Cruvinel Ferreira, que abordou
as quais não estava familiarizado. Com isso, tornou- a relevância e os desafios de promover a educação
se necessário despertar sua consciência quanto à ad- financeira no país, bem como da contribuição das ins-
Entrevista
Elvira Cruvinel Ferreira: A educação financeira é um ce a importância da educação financeira, mas ainda
processo que tem por objetivo ampliar a compreensão não adota essas práticas em seu dia a dia. Na sua opi-
do cidadão sobre sua vida financeira, de forma a ad- nião, por que isso acontece?
quirir competências e valores necessários para se tor- Pesquisas mostram distanciamento entre o conheci-
nar consciente das oportunidades e dos riscos nelas mento, a atitude e o comportamento. Por essa razão,
envolvidos. as ações de educação financeira promovidas pelo
Banco Central buscam estimular ou induzir o cidadão
Como a educação financeira pode contribuir com a a adotar novo posicionamento em relação à sua vida
economia do país? financeira. A combinação entre esses três elementos é
O Banco Central utiliza o conceito de Cidadania Fi- capaz de levar a uma postura sustentável, consciente
nanceira. A Cidadania Financeira prevê adequada in- e efetiva na gestão dos recursos pessoais e no relacio-
clusão financeira, educação financeira e proteção ao namento com os provedores de serviços financeiros.
consumidor de serviços financeiros. Esses três eixos
são interdependentes. A educação financeira, para ser A educação financeira ainda dá seus primeiros pas-
eficiente, não pode e não deve preocupar-se somente sos no país. Você entende que esse é um aprendizado
com a transmissão de conteúdo, ou seja, ensinar ao em longo prazo ou é possível acelerar o processo?
cidadão o que é taxa de juros, inflação e outros con- A educação financeira é processo novo no mundo,
ceitos. A educação financeira para ser realmente efi- não apenas no Brasil. Aqui, os primeiros programas de
caz tem que buscar a mudança comportamental do maior vulto datam do início dos anos 2000. Conforme
cidadão em relação aos seus hábitos financeiros, in- mapeamento realizado pela Associação de Educação
duzindo: o consumo consciente, o uso responsável do Financeira do Brasil (AEF-Brasil), cujos resultados po-
crédito, o aumento dos níveis de poupança, o plane- dem ser consultados no portal Vida e Dinheiro (www.
jamento para realizar projetos de curto, médio e longo vidaedinheiro.gov.br), o volume de ações de educação
prazo e a busca por investimentos. Essa mudança de financeira tem crescido exponencialmente no Brasil.
hábitos pode levar, por exemplo, a aumento da pou- Naturalmente, como qualquer processo educativo e
pança e diminuição da inadimplência, que contribuem que vise a mudar comportamento, a educação finan-
para a estabilidade do poder de compra da moeda e ceira deve ser permanente e continuada ao longo da
para a eficiência do sistema financeiro, favorecendo o vida, iniciando-se desde a escola e avançando pela
bom funcionamento da economia. vida adulta. Estamos criando as bases para men-
suração dos avanços em educação financeira: em
Qual a importância de iniciativas públicas e privadas 2015, juntamente com mais de 30 países, aplicamos
para promover a educação financeira no país? questionário proposto pela Rede Internacional para a
O Banco Central não atua isoladamente no campo da Educação Financeira, vinculada à Organização para
educação financeira: o BCB é um dos atores em um a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (INFE/
processo maior que constitui a Estratégia Nacional de OCDE), e também participamos do módulo de letra-
Educação Financeira (ENEF). Com a finalidade de pro- mento financeiro do PISA. Essas avaliações serão
mover a educação financeira e previdenciária e contri- repetidas periodicamente, o que permitirá constatar
buir para o fortalecimento da cidadania, a eficiência e objetivamente se houve avanços. Podemos citar como
solidez do sistema financeiro nacional e a tomada de avanço, ainda, o fato de que a Semana Nacional de
Educação Financeira (Semana ENEF) vem alcançando
mais pessoas a cada edição anual – a primeira foi em
“Esclarecer de forma isenta sobre as 2014 –, sendo que suas iniciativas chegaram a quase
características, benefícios e riscos dos 1,3 milhão de pessoas em 2016.
produtos oferecidos. Essa é a maior
contribuição que um agente do sistema Podemos dizer que a crise faz o consumidor apren-
financeiro pode oferecer à sociedade.” der e a incorporar princípios da educação financeira
no seu dia a dia?
A educação financeira é uma necessidade atempo-
decisões conscientes por parte dos consumidores, a ral. Seja em momento de crise ou de bonança, há
ENEF tem entre suas diretrizes a centralização da ges- riscos e oportunidades que precisam ser compre-
tão e descentralização da execução das atividades; e a endidos e competências a serem desenvolvidas e
formação de parcerias com órgãos e entidades públi- postas em prática.
cas e instituições privadas. A sinergia entre iniciativas
públicas e privadas é fundamental para o ganho de es- Como fazer com que os hábitos adquiridos durante a
cala e de capilaridade – com a devida adequação às crise se tornem rotina tanto no poder público quanto
serva de longo prazo para a aposentadoria, por exem- Todas as instituições integrantes do Sistema Financei-
plo, independem do contexto econômico momentâ- ro Nacional, autorizadas a funcionar e/ou supervisiona-
neo. O consumidor percebe, por experiência própria, das pelos órgãos oficiais supervisores e reguladores
que esses hábitos trazem vantagens para ele. Cabe a do mercado têm papel de destaque na promoção da
nós reforçar essa mensagem. educação financeira. É dever das instituições em ge-
ral, e das administradoras de consórcios em particular,
Estudos apontam que quanto maior o perfil socio- promover a saúde econômica de sua clientela, de for-
econômico do consumidor, maior seu nível de edu- ma a robustecer seu mercado de atuação e assegurar
cação financeira. Como fazer com que essas práticas a sustentabilidade de seu negócio.
cheguem aos mais diversos extratos da sociedade?
Há controvérsias em relação a essa afirmativa. Diver- Como as administradoras de consórcios podem cola-
sos estudos apontam para outros fatores, tais como a borar com a promoção da educação financeira?
capacidade de planejar e a maturidade para lidar com Todas as instituições legalmente atuantes no mercado
frustações, como responsáveis por um melhor ou pior têm papel preponderante na educação financeira de
desempenho financeiro por parte do indivíduo. Natural- seus consumidores e de seus próprios colaboradores,
mente, a linguagem que se utiliza para determinados a quem compete esclarecer de forma isenta sobre as
grupos sociais tem que ser adequada à sua capacida- características, benefícios e riscos dos produtos ofere-
de de compreensão. Os princípios gerais, entretanto, cidos, buscando levar o cliente a avaliar a adequação
são os mesmos para o pobre ou o rico, o jovem ou o dos produtos ofertados às suas necessidades e com-
idoso, o analfabeto ou o pós-graduado.Disseminar as preender as consequências de sua decisão. Essa é a
práticas é justamente o grande desafio. maior contribuição que um agente do sistema finan-
Com esse propósito, o Banco Central vem atuando em ceiro pode oferecer a seus clientes, em particular, e à
três frentes temáticas: a gestão de finanças pessoais, sociedade brasileira como um todo. Por outro lado, as
com foco no hábito de poupança e na responsabili- administradoras podem também levar conhecimento a
dade no uso do crédito; o relacionamento do cidadão seus consorciados, ajudando-os a melhor gerir seus
com o Sistema Financeiro Nacional, oferecendo infor- recursos financeiros.
mação, formação e orientação sobre serviços e produ-
tos financeiros, sobre os canais de atendimento e de
resolução de conflitos com o SFN e sobre o papel e
as funções do SFN e do BCB; e o relacionamento das
instituições financeiras com o cidadão. O BCB vem
“A educação financeira é uma necessidade
buscando, por meio de parcerias estratégicas, desen-
volver ações de educação financeira complementares
atemporal. Seja em momento de crise ou
às ações transversais do Comitê Nacional de Educa- de bonança, há riscos e oportunidades que
ção Financeira (CONEF), responsável pela promoção precisam ser compreendidos.”
da ENEF, e que, no momento, prioriza a educação fi-
nanceira nas escolas de ensino médio e fundamental.
superação na crise
E
m um 2016 marcado por retrações eco- mestre superou o alcançado em 2015, ficando 2,4%
nômicas, o Sistema de Consórcios mos- maior. O mês que registrou o maior número de ade-
trou sua força. Mesmo com as retrações sões foi dezembro, com 236,5 mil cotas vendidas.
observadas em seus indicadores, o setor Os estados que mais somaram cotas vendidas de
conseguiu manter um bom desempenho, consórcios de todos os segmentos foram São Paulo
especialmente quando comparado às diversas ati- (511.699), Minas Gerais (197.578) e Bahia (161.517),
vidades econômicas. que lidera na venda de consórcio de motocicletas.
Em 2016, de acordo com dados do IBGE - Instituto As maiores variações positivas em comparação com
Brasileiro de Geografia e Estatística, o PIB caiu 3,6% 2015 foram registradas no Distrito Federal (11,6%), Pa-
em relação ao ano anterior, queda ligeiramente menor raná (10,5%) e Alagoas (7%) - veja tabela na página 14.
que a ocorrida em 2015, quando foi de 3,8%. Houve
recuo de 3,8% na indústria e de 3,8% nos serviços. Consumidor atento
Mesmo assim, o consórcio se manteve firme. Ao
todo, foram vendidas no ano passado 2,28 milhões de Entre os fatores que explicam o desempenho po-
novas cotas. Apesar da perda de 5% no acumulado sitivo do setor no ano, de acordo com a análise da
do ano em relação a 2015, que gerou uma queda de ABAC, está a escassez do crédito, que fez com que
6,4% no total de créditos comercializados (R$ 83,87 o consumidor buscasse alternativas para adquirir os
bilhões), o resultado foi considerado positivo. “Com bens e serviços desejados. “O consumidor está mais
o aumento significativo na venda de novas cotas no racional, mais atento às suas reais possibilidades e
segundo semestre, observamos uma mudança no necessidades. Com isso, passou a reconhecer o con-
comportamento do consumidor. Apesar da retração fi- sórcio como uma importante oportunidade para pla-
nanceira, ficou evidenciada a confiança no Sistema de nejar a realização de seus objetivos”, explica o presi-
Consórcios”, o presidente executivo da ABAC, Paulo dente executivo da entidade, Paulo Rossi.
Roberto Rossi. Outro fator é a melhora no sentimento do consu-
De acordo com a assessoria econômica da ABAC, midor. Pesquisa realizada pela Acrefi e pela TNF em
as vendas no segundo semestre de 2016 cresceram outubro de 2016 identificou que o consumidor acredita
24,5% em relação ao primeiro, passando de 1,02 para em uma melhora em todos os quesitos questionados,
1,27 milhão de adesões. O resultado do segundo se- desde a taxa de juros até na capacidade de fazer in-
140
Total = 1,02 Milhão
140 Total = 1,27 Milhão
120 120 (+24,5%)
100 100
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Fonte: ABAC
O Consórcio
contribuiu positivamente para os resultados gerais, dos. O consórcio de pesados também sofreu com as
fechando 2016 com alta em vários indicadores, retrações, como em adesões, que caíram 6,8%.
como de 10,2% em adesões. Esse segmento é o As contemplações do Sistema de Consórcios ca-
maior em participantes ativos do Sistema (desde íram 9,2% em 2016, sendo São Paulo, Minas Gerais
2015, quando ultrapassou motocicletas) e o que e Bahia, também nesta ordem, os estados que mais
mais soma créditos comercializados (desde 2010, contemplaram. Ao todo, foram 1,28 milhão de contem-
quando superou imóveis). plados, que tiveram R$ 39,42 bilhões em créditos para
Destaque positivo também, embora em propor- a compra do bem ou contratação de serviços, 3,7% a
ções bastante menores, para o consórcio de serviços, menos que em 2015.
que foi o único do Sistema a apresentar crescimento Entre consorciados contemplados e não contem-
em todos os seus indicadores ao longo de 2016, com plados, o Sistema encerrou 2016 com 6,98 milhões de
alta de 53,6% nas vendas no mesmo período. participantes ativos em dezembro – 2,7% a menos que
Já motocicletas fez com que os resultados gerais os 7,17 milhões do ano anterior. Os estados com maior
ficassem abaixo dos registrados em 2015. Só na ven- número de participantes do Sistema são São Paulo,
Fonte: ABAC
O Consórcio
(CONSORCIADOS) (NOVOS CONSORCIADOS)
2015
2016
2015 2016 R$ R$
7,17 6,98
2,40 2,28
Milhões Milhões
Milhões Milhões
Bilhões
R$ 89,61
R$ R$
39.500,00 41.700,00 Bilhões
CONTEMPLAÇÕES
CONTEMPLAÇÕES
(CONSORCIADOS QUE TIVERAM VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS
A OPORTUNIDADE
(CONSORCIADOS QUE TIVERAM A DE COMPRAR BENS)
OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS) VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS
2015 2016
2015 2016
R$ 39,42
Bilhões
1,41 1,28
Milhão Milhão R$ 40,94
Bilhões
Fonte: ABAC
P
rincipal segmento do Sistema de Consór- à sua migração para outras linhas de menor risco,
cios em número de participantes ativos, como o crédito consignado e o crédito imobiliário.
concentrando mais de 87% do total de Entre janeiro de 2010 e novembro de 2016, a par-
consorciados ativos, o segmento de veícu- ticipação do financiamento imobiliário no total do
los em geral (leves, pesados e motocicle- endividamento saltou de 19% para 44%. As dificul-
tas) fechou 2016 sentindo os impactos da recessão dades na obtenção do crédito e o endividamento do
na economia do país, muito embora com resultados consumidor no longo prazo o fez repensar a compra
melhores que outras atividades. do carro.
“Ao voltarmos os olhos para o ano de 2016, com Embora tenha havido redução na oferta de cré-
inegáveis e conhecidíssimas atribulações econô- dito bancário, no mesmo período o Sistema de Con-
micas e políticas, é com orgulho que constatamos sórcios apresentou trajetória diferente. Enquanto
que o segmento mais importante e significativo do o crédito bancário baixou 10,65%, de acordo com
Sistema de Consórcios, o automotivo, não sofreu análise da assessoria econômica da ABAC, as libe-
como muitos outros setores da economia”, afirma rações via consórcio baixaram apenas 4,64%. Com
o presidente do Conselho Nacional da ABAC, Vitor isso, a participação do consórcio no financiamento
Cesar Bonvino. de veículos passou de 26,9% de janeiro a dezembro
Entre os mais afetados pela crise está o setor au- de 2015 para 28,2% no acumulado de 2016 – alta de
tomotivo brasileiro. De acordo com levantamento da 1,3 pontos percentuais.
Federação Nacional da Distribuição de Veículos Au- “O Sistema de Consórcios, conhecido como im-
tomotores (Fenabrave), os emplacamentos de todos portante mecanismo de fornecimento de crédito ao
os segmentos somados (automóveis, comerciais le- consumo, tem conquistado adeptos mesmo em mo-
ves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos mentos de crise. O consórcio dá ao consumidor a
rodoviários e outros veículos) acumularam queda de oportunidade de programar a aquisição, se utilizan-
20,29% em 2016. Foram emplacadas 3.174.625 uni- do do mecanismo para fazer a compra programada,
dades, ante 3.982.765 registradas em 2015. mas também organizar sua despesa futura. Nesse
No consórcio de veículos, o indicador de vendas sentido, o segmento automotivo do consórcio passa
de novas cotas caiu apenas 4,7%, com a comer- a ter um papel fundamental na organização da eco-
cialização de 2,02 milhões de cotas entre janeiro e nomia individual do cidadão”, acrescenta Bonvino.
dezembro de 2016. “Como o crédito é o principal Para o presidente da Federação Nacional das
motor para o setor automotivo, sua escassez está Associações dos Revendedores de Veículos Auto-
diretamente ligada aos resultados alcançados e motores (FENAUTO), Ilídio dos Santos, o consórcio
também foi um dos motivos para o crescimento do é um grande aliado e nos últimos anos vem pro-
consórcio”, avalia Bonvino. duzindo bons negócios, ajudando na ativação da
Segundo a assessoria econômica da ABAC, a economia e nos resultados do setor automobilístico.
redução do crédito para o setor automotivo se deve “O consórcio foi, é e sempre será muito importante
2015 2016
2015 2,12 2,02 2016
6,30
Milhões Milhões
6,12
Milhões Milhões
0 8 16 24 32 40 48 56 64
CONTEMPLAÇÕES
CONTEMPLAÇÕES
(CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS
(CONSORCIADOS QUE TIVERAM POSSIBILIDADE DE COMPRAR BENS) VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS
(ACUMULADO NO PERÍODO)
2015 2016
1,32 1,19 R$ 32,23
2016
Milhão Milhão
1,5
Bilhões
1,2
R$ 33,80
2015
0,9
0,6 Bilhões
0,3
0,0 0 5 10 15 20 25 30 35
Fonte: ABAC
de veículos leves
M
uitos consumidores precisaram adiar a Na avaliação do presidente da Fenabrave, Alari-
decisão de comprar carro em 2016. Po- co Assumpção Júnior, o setor automotivo foi um dos
rém, enquanto o mercado automotivo que mais sofreu com a crise econômica e política do
registrou queda na venda de veículos país. “O mercado retroagiu a volumes equivalentes
leves, o segmento de consórcio de ve- aos anos de 2005 e 2006. Este resultado deve-se a
ículos leves encerrou o ano com avanços em todos fatores como a queda acentuada do PIB, incertezas
os seus indicadores. geradas pela política, desemprego, baixo índice de
Dados da Federação Nacional de Distribuição confiança do consumidor e de investidores, entre
de Veículos Automotores (Fenabrave) indicam uma outros. Dificuldades como essas, agregadas ao bai-
queda de 19,8% na comercialização de automóveis xo índice de confiança, fizeram com que as famílias
e comerciais leves novos em 2016. Foi a primeira e as empresas se retraíssem em relação ao consu-
vez desde 2006 que essa categoria, responsável mo, retardando a tomada de decisão para a compra
por mais da metade das vendas de veículos no país de veículos”, afirma.
ficou abaixo de 2 milhões de unidades vendidas:
fechou em 1,98 milhão. Já entre os veículos leves Bons resultados no consórcio
e comerciais usados, os resultados apresentaram
estabilidade em relação a 2015, com um volume de O segmento do consórcio de veículos leves acu-
vendas pouco acima de 10 milhões de carros – alta mulou de janeiro a dezembro de 2016 a venda de
de 0,21%. 1,1 milhão de novas cotas. A alta foi de 10,2% em
Veículos Leves
Venda de Novas Cotas - Janeiro a Dezembro de 2016
(Em milhares)
160
140
122,0 128,0 125,0
118,0
120
92,0
100
82,5
74,0 77,3 78,0
80
68,0 64,5 67,0
60
40
20
Fonte: ABAC
dos consórcios na alienação de veículos passou de passando de 16.357 para 19.931 novas cotas - e Es-
4,5% para 10,7%, subindo 6,2 pontos percentuais pírito Santo, cujo crescimento foi de 21,5%, subindo
em seis anos. de 13.255 para 16.111. Já em números absolutos, o
Em seis anos, o número de alienações de veí- estado que registrou o maior quantitativo de novas
culos leves comprados por consórcio cresceu em cotas vendidas foi São Paulo, com 324.356 (alta de
todas as regiões do país. A região que concentrou 15,1%), seguido de Minas Gerais com 111.769 (alta
o maior volume nesse período foi a Sudeste, com de 4,2%) e Rio de Janeiro com 79.818 (crescimento
875,5 mil contratos, o correspondente a 42,2% do de 1,3%).
total. Na sequência, veio o Nordeste com 452,5 mil, Em participantes ativos, o estado que alcançou
o Sul com 394,3 mil, o Centro-Oeste com 239,3 mil e maior expansão (10,9%) foi o Maranhão, passando
o Norte com 111,7 mil. Em todo o país, foram realiza- de 51.957 em 2015, para 57.597 em 2016. Na se-
dos 2,1 milhões de contratos ligados ao consórcio. quência, aparece o Paraná, que apresentou cres-
cimento de 9,1% e alcançou 253.137 participantes,
Dados por estado ante 232.025. São Paulo, que concentra 947.444
participantes ativos no consórcio de veículos leves
Na comparação por estado, o consórcio de ve- do país, registrou o terceiro maior crescimento em
ículos leves registrou crescimento nas vendas de 2016 – esse total foi de 874.073 em 2015.
novas cotas em 21 dos 26 estados da federação e Já o número de consorciados que foram con-
também no Distrito Federal. O maior índice de ex- templados em 2016, cresceu mais nos Estados de
pansão nas vendas de novas cotas aconteceu em Alagoas (14,1%), Espírito Santo (10,6%) e Pernam-
Alagoas - 26,5% no acumulado de 2016, quando buco (7,4%). Em Alagoas, passou de 2.817 para
foram comercializadas 7.251 cotas, ante 5.732 em 3.284, de 2015 para 2016. No mesmo período, as
2015. Na sequência, com base no mesmo período, contemplações passaram de 6.702 para 7.410 no
aparece o Maranhão – com crescimento de 21,8%, Espírito Santo, e de 14.981 para 16.89, em Per-
Veículos Leves
DADOS POR ESTADO - 2016
(CONSORCIADOS)
(CONSORCIADOS)
VENDASVENDAS
DEDENOVAS
NOVAS COTAS
COTAS
(NOVOS CONSORCIADOS)
(NOVOS CONSORCIADOS)
2016 1,10
Milhão
2016
2015
0 200000 400000 600000 800000 1000000 1200000
3,19 3,38
MILHÕES MILHÕES
VOLUME
VOLUME DEDE CRÉDITOS COMERCIALIZADOS
CRÉDITOS COMERCIALIZADOS
(ACUMULADO NO PERÍODO)
2016
R$ 43,06
TÍQUETE MÉDIO Bilhões
TÍQUETE MÉDIO
(VALOR MÉDIO DA COTA NO MÊS)
R$ 41,42
(VALOR MÉDIO DA COTA NO MÊS)
2015 Bilhões
2015 2016
0 10 20 30 40 50
R$ 40.100,00 R$ 39.800,00
VOLUME DE DE
VOLUME CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS
CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS
(ACUMULADO NO PERÍODO)
2015 2015
CONTEMPLAÇÕES
(CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
R$ 21,20 R$ 21,22
CONTEMPLAÇÕES BILHÕES BILHÕES
(CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
523,5
2016
Mil
523
2015
Mil
0 110000 220000 330000 440000 550000
Fonte: ABAC
no segmento de pesados
A
ssim como nas demais categorias de ve- Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR),
ículos, o setor de pesados também en- Alcides Geraldes Braga. “Qualquer oscilação no de-
cerrou 2016 com baixas nas vendas. De sempenho da economia, como a redução do con-
acordo com dados da Associação Nacio- sumo das famílias, por exemplo, afeta diretamente o
nal dos Fabricantes de Veículos Automo- setor de implementos rodoviários”, destaca.
tores (Anfavea), a queda foi de quase 30% nas ven- O consórcio de veículos pesados encerrou 2016
das em relação a 2016. No segmento de consórcio acumulando a venda de 51,1 mil novas cotas, baixa
de veículos pesados, embora não tão expressivas, de 6,8% em relação a 2015. “Os resultados desse
foram registradas baixas em diversos indicadores, segmento ainda são bastante satisfatórios, quando
com exceção do número de participantes ativos, relacionados à queda significativa de produtos co-
que registrou estabilidade ao permanecer em 280,5 mercializados, tanto em máquinas agrícolas como
mil consorciados em dezembro de 2016 – um ano caminhões. Apesar da retração na venda de novas
antes, eram 278 mil. cotas, foi o suficiente para repor os encerramentos
O setor de transportes é diretamente influencia- e as exclusões que ocorreram durante o ano, resul-
do por praticamente todos os segmentos da econo- tando na manutenção dos participantes ativos. Vale
mia, refletindo diretamente qualquer queda registra- lembrar que no início de 2016 as vendas foram bas-
da, avalia o presidente da Associação Nacional dos tante tímidas e subiram de patamar a partir de maio,
Veículos Pesados
Vendas de Novas Cotas - Janeiro a Dezembro de 2016 (em milhares)
6
5,4 5,3 5,3
5,0
4,8 4,8
5 4,5 4,5
4
3,5
3,3
3 2,6 2,5
0
o
o
o
iro
ro
br
br
iro
br
o
ço
o
il
st
re
ub
nh
em
em
lh
em
br
ai
ne
ar
go
ve
Ju
ut
M
Ju
A
ov
M
ez
Ja
t
A
Fe
Se
D
N
Fonte: ABAC
Paraná, com 6.807 e Rio Grande do Sul, que em Tocantins, com 24,4% e Amapá, com 13,7%. Em
2016 ultrapassou Minas Gerais, ao comercializar números absolutos, os estados que mais contem-
5.378 cotas. plaram foram São Paulo (7.327), Paraná (4.006) e
Já as contemplações, cresceram principalmen- Rio Grande do Sul (3.529).
Veículos Pesados
(CONSORCIADOS)
(CONSORCIADOS) (NOVOS CONSORCIADOS)
2016 280.500
Participantes
51.100 2016
TÍQUETE MÉDIO
TÍQUETE MÉDIO
VOLUME DE CRÉDITOS COMERCIALIZADOS
(VALOR MÉDIO DA COTA NO MÊS)
(VALOR MÉDIO DA COTA NO MÊS)
R$ 8,64 R$ 7,10
2015 2016
R$ 155.200,00 R$ 142.400,00 10 Bilhões Bilhões
0
2015 2016
CONTEMPLAÇÕES
CONTEMPLAÇÕES
(CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
(CONSORCIADOS QUE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE COMPRAR BENS)
CONFIRMAÇÃO DE
CONTEMPLAÇÃO VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS
(ACUMULADO NO PERÍODO)
VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS
32000
2016
24000
Bilhões Bilhões
16000
31.900
30.200
8000
Fonte: ABAC
aumentam 40%
O
consórcio vem conquistando cada vez o PIB caiu em 2016, o agronegócio registrou cres-
mais espaço no setor agrícola, em que cimento superior a 2,5%, segundo a Confederação
registra crescimento em participantes Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), e possui
ativos, aumento dos prazos para pa- grandes expectativas de continuar crescendo em
gamento e diminuição das taxas de 2017. Não tenho dúvidas que esse segmento terá
administração. enorme representatividade no Sistema de Consór-
Em agosto de 2016, a assessoria econômica da cios nos próximos anos, acompanhando essa evo-
ABAC realizou pesquisa junto às administradoras lução”, destaca.
associadas que atuam no setor de consórcio de De acordo com o levantamento da ABAC, o cré-
máquinas e implementos agrícolas. O levantamento dito médio totalizou R$ 222,4 mil, variando, em sua
constatou que houve aumento de 40% no número maioria, de R$ 73,5 mil a R$ 618,9 mil. Os 88 mil
de participantes ativos nos últimos dois anos. Na- participantes ativos representaram em julho 31,6%
quele mês, o total ficou em 88 mil consorciados, aci- dos participantes de veículos pesados, categoria à
ma dos 62,9 mil registrados dois anos antes. qual esse setor pertence.
Para o presidente Regional Sul I da ABAC, Au- “O produtor rural busca opções que se adequem
gusto Giongo Letti, o bom desempenho do con- ao seu fluxo de pagamento, principalmente com
sórcio no agronegócio está intimamente ligado ao parcelas baixas para não comprometer sua renda/
momento do setor no Brasil. “Observa-se boas sa- faturamento até a safra. O Sistema de Consórcios
fras, trazendo rentabilidade aos produtores. Com a vem trabalhando nesse segmento reforçando a im-
necessidade de melhorar a qualidade e a produtivi- portância do planejamento financeiro, estimulando
dade das colheitas, os sistemas mecanizados são o produtor rural a se programar, de acordo com sua
fundamentais para o sucesso, tanto para pequenos condição financeira e cronograma, para ampliar ou
como grandes produtores. Esse fator os leva a in- renovar sua frota. O Sistema é democrático e iso-
vestir regularmente em modernização, ampliação e nômico, ou seja, desde a produção familiar até as
renovação da frota. Neste ambiente, o consórcio se grandes empresas do segmento podem participar
encaixa perfeitamente”, avalia. com as mesmas chances, taxas e condições tor-
Além do interesse dos agricultores e empresá- nando extremamente participativo, isso é fantásti-
rios em adquirir equipamentos com mais tecnologia co”, celebra Bruno Martins Correa.
a médio e longo prazo, outro motivo que ajuda a A pesquisa da ABAC constatou ainda que os
explicar o crescimento do consórcio no setor agrí- prazos nos grupos desse segmento aumentaram,
cola é a diminuição gradual das linhas de crédito variando de 100 a 150 meses, com média de 118
do BNDES Finame (Financiamento de Máquinas e meses, enquanto em agosto de 2015, o prazo mí-
Equipamentos) desde 2014. “Sem dúvida a possibi- nimo identificado foi de 60 meses, com média de
lidade de iniciar, ampliar ou renovar a sua frota de 104 meses. Ainda, a taxa de administração mensal
máquinas de forma acessível e segura, com plane- alcançada em agosto de 2016 ficou em 0,11%, abai-
jamento, é o que tem levado o agricultor a tomar a xo da taxa de 0,125% registrada em agosto de 2015.
decisão de fazer um autofinanciamento voltado para
a aquisição de máquinas. Outra vantagem é a flexi- Utilização dos créditos
bilidade de fazer esse investimento acompanhando
as safras”, afirma Letti. O modo como os consorciados contemplados
O presidente Regional Sudeste II, Bruno Correa utilizaram os créditos foi outro item identificado pela
Martins, entende que a tendência para o segmento pesquisa da ABAC. Aquisição de implementos agrí-
de consórcio de máquinas e implementos agrícolas colas e rodoviários alcançaram 37,3%, enquanto os
é acompanhar os resultados do setor do agronegó- tratores de roda e esteira, bem como as retroesca-
cio a nível nacional. “Este é um pilar fundamental vadeiras, ficaram com 27,3%, já as colheitadeiras
para a recuperação econômica do país. Enquanto foram adquiridas por 22,6% e os cultivadores moto-
Participantes Ativos
88 Mil - 31,5% do total de veículos pesados
Para conhecer essa história
Fonte: ABAC
na íntegra, utilize o leitor QR
Code do seu celular ou acesse
blog.abac.org.br/cases.
Anuário do Sistema de Consórcios 2016/2017
31
Máquinas e Implementos Agrícolas
Café
Frutas
Serviços gerais
Uso florestal
Agropecuária
Fonte: ABAC
de motocicletas
O
consórcio de motocicletas enfrentou mui- de divulgação e, principalmente, fortalecer o relacio-
tos desafios em 2016 em função da crise namento com os atuais consorciados”, revela.
econômica. Assim como a indústria de A indústria de motocicletas foi uma das que mais
duas rodas no país, que teve seu quinto sofreu os efeitos da crise. Foram vendidas no vare-
ano consecutivo de queda nas vendas, jo (emplacamentos) 899.793 motos em 2016, ante
esse segmento do consórcio registrou quedas em to- 1.224.597 de 2015 - queda de 26,5%, segundo a
dos os seus indicadores. Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicle-
As vendas de cotas sofreram oscilações de janeiro tas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares
a dezembro, mas mesmo assim totalizaram 875,6 mil (Abraciclo). O total de motocicletas fabricadas no ano
cotas vendidas - o segundo maior número do Sistema. alcançou o menor patamar desde 2002, sendo produ-
Março foi o mês de melhor desempenho, com 82 mil zidas 887.653 motocicletas, 29,7% a menos do que o
cotas vendidas. O acumulado do ano foi 18,2% menor registrado em 2015 (1.262.708).
que 2015, quando foram contabilizadas 1,07 milhão de Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fer-
adesões. Foi o quarto ano consecutivo de queda nas manian, o mercado de motocicletas espelhou a cri-
vendas desse segmento. se político-econômica brasileira. “A queda refletiu
O conselheiro da ABAC Ricardo Tomoyose, explica o comportamento retraído do consumidor diante da
que as administradoras precisaram se reinventar para escalada da inflação, altas taxas de juros, aumento
superar as dificuldades. “A recessão que estamos vi- do desemprego e forte seletividade das instituições
venciando impactou no comportamento de consumo financeiras na concessão de financiamentos”, explica.
dos brasileiros e muitos postergaram a aquisição ou
troca de seus veículos. Diante dos desafios, as Admi- Consórcio gera negócios
nistradoras tiveram que se ajustar buscando alternati-
vas para aumentar a eficiência de processos, elevar a O presidente da Abraciclo destaca que, em 2016,
capacitação de sua força de vendas, promover ações aproximadamente um terço das vendas de motocicle-
90
82,0
79,0
75,0
80
72,0 71,2 73,0 73,5 72,5 73,0 73,5
68,2
62,5
70
60
50
40
30
20
10
Fonte: ABAC
Em contemplações, todos os estados apresenta- no varejo em torno de 890 mil unidades. A exceção
ram retração em comparação com 2015. Os estados fica para a exportação, que pode crescer 57% sobre
com as maiores variações foram Amazonas (-24%), o volume total de 2016 e atingir 93 mil motocicletas,
Mato grosso (-22,8%) e Paraíba (-22,3%). A menor impulsionada principalmente pela Argentina, des-
variação foi registrada em Santa Catarina (-1,1%). Os tino de 65% das motos anualmente vendidas pelo
estados que mais contemplaram foram Pará e São Brasil”, aponta.
Paulo. Para Tomoyose, o segmento de consórcio de
motocicletas já demonstra sinais de reação em 2017.
Perspectivas para 2017 “Primeiro pela necessidade de um transporte rápi-
do, versátil e de baixa manutenção que a moto pro-
Segundo Fermanian, as primeiras projeções do porciona. Segundo pelos benefícios da modalidade
setor para 2017, ainda são cautelosas, mais direcio- consórcio, como: consumo consciente, planejamen-
nadas à busca da estabilidade do mercado. “A ex- to, segurança e economia”, enumera.
Motocicletas
(CONSORCIADOS) (NOVOS CONSORCIADOS)
2015
2016
2015 2016
2,84 2,46 1,07 Milhão 875,6 Mil
Milhões Milhões
2015 2016
12 R$ 10,52
TÍQUETE MÉDIO
TÍQUETE MÉDIO
Bilhões (VALOR
(VALOR MÉDIO
MÉDIO DA COTA
DA COTA NO MÊS)
EM DEZEMBRO)
10
8 R$ 6,80
Bilhões 2015 2016
6
R$ 7.900,00 R$ 7.900,00
0
VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS
(ACUMULADO NO PERÍODO)
VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS
CONTEMPLAÇÕES
CONTEMPLAÇÕES
(CONSORCIADOS QUE TIVERAM A 2016 R$ 6,79 Bilhões
OPORTUNIDADE
(CONSORCIADOS QUE TIVERAMDE COMPRAR BENS)DE COMPRAR BENS)
A OPORTUNIDADE
765.000 637.900 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Fonte: ABAC
financiamento imobiliário
E
m meio a um cenário de escassez de crédito com horizonte mais positivo a partir de 2017”, avalia.
e fuga de recursos da poupança, o segmen- No total de unidades financiadas em 2016 pelo
to do consórcio de imóveis fechou 2016 am- SBPE, a participação do consórcio de imóveis ficou
pliando sua participação nos financiamentos em 26,82%, segundo levantamento realizado pela
do mercado imobiliário. assessoria econômica da ABAC. Trata-se de uma
Para se ter noção da dimensão da crise enfrentada elevação de cinco pontos percentuais em relação ao
pelo setor imobiliário, basta comparar o quantitativo de alcançado em 2015 (16%). O presidente da Câmara
unidades vendidas em 2014, quando foram financia- Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José
dos mais de 530 mil imóveis, com os dados de 2016, Carlos Martins, resalta a importância de existirem me-
que fechou em 200 mil unidades – queda de 41,5% no canismos como o consórcio para aquisição da casa
volume de imóveis financiados pelo chamado Sistema própria. “Num país como o Brasil, em que ainda é de-
Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Como safiador o déficit habitacional, quanto mais meca-
grande parte dos recursos para o financiamento pro- nismos garantirem o acesso do cidadão ao sonho
vém do saldo das cadernetas de poupança, o setor foi da moradia digna e a melhoria da sua condição de
impactado a partir do momento em que elas passa- habitação, melhor. Hoje temos várias opções de
ram a apresentar perdas líquidas. Entre 2015 e 2016, a crédito imobiliário funcionando plenamente, o que
fuga de recursos da poupança atingiu R$ 81 bilhões. não impede a expansão de ferramentas como o
Segundo o presidente Regional Norte e Centro-O- consórcio. Entretanto, é importante que este seg-
este da ABAC, Alexandre Luís dos Santos, o desempe- mento siga bem regulamentado para que cumpra
nho é reflexo econômico do que o país enfrentou em seu potencial”, destaca.
2016, marcado pelo cenário de desemprego, inflação
e restrição ao crédito. “O mercado imobiliário sofreu Consórcio de imóveis em 2016
pela confiança dos consumidores em se comprome-
terem com operações mais longas, como é o caso de Os resultados obtidos pelo consórcio de imóveis
imóveis. Nessas circunstâncias, muitos consumidores em 2016 foram melhores que os do mercado imobili-
reprimem suas demandas, o que é compreensível ário em geral, inclusive com alguns indicadores apre-
pelo momento, mas essa demanda será retomada sentando crescimento ou estabilidade. É o caso do
Tíquete Médio
Janeiro a Dezembro de 2016 - Em milhares de Reais
135,0
130,8
129,5 129,5
130,0
125,0
119,9 120,2
120,0
110,0
105,0
100,0
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Fonte: ABAC
um segundo imóvel. “E possível notar que há pessoas FGTS é mais uma opção que o trabalhador passa a ter
utilizando o consórcio como alternativa para comple- para adquirir o imóvel desejado. As ações possíveis
mentar a aposentadoria, uma opção que possibilita com os recursos do fundo trazem mais alternativas ao
um futuro melhor, paralelamente à previdência pública cliente que prefere planejar a compra do bem”, ressal-
ou privada. A chamada aposentadoria imobiliária pos- ta Alexandre Luís dos Santos.
sibilita acrescer rendimentos pessoais com tranquili-
dade e segurança na terceira idade”, explica o presi- Dados por Estados
dente executivo da ABAC, Paulo Rossi.
Tomando como base os imóveis financiados pelo
FGTS no consórcio de imóveis SBPE, a assessoria econômica da ABAC calcula a
potencial participação do consórcio nas vendas em
Ofertar lance, complementar a carta de crédito, todo o Brasil. Esse indicador considera o número de
amortizar ou liquidar parte do saldo devedor e redu- contemplações e o número de unidades financiadas,
zir parte do valor das prestações por um período de sendo chamado potencial porque o consorciado tem
até 12 meses. Essas são algumas possibilidades que a possibilidade de utilizar o crédito em outro período,
o consorciado tem para utilizar seu saldo do FGTS ainda que já tenha sido contemplado.
para aquisição de imóveis residenciais. Em 2016, o Comparando as regiões, as maiores participações
Residências
Reforma e Construção
Terrenos
Comerciais
Casas de Veraneio
Outros
Na planta
Fonte: ABAC
Imóveis
(18,08%), registraram médias abaixo da nacional. En- Roraima (12,7%) e Sergipe (6,8%). No quantitativo,
tre os estados, destaques para Paraná (41,53%), Rio os estados com maior comercialização de cotas do
Grande do Sul (30,38%) e São Paulo (28,79%). segmento de imóveis foram São Paulo, com 91.990
Os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e cotas vendidas, Paraná, com 24.822, e Rio Grande
Paraná são os grandes destaques do consórcio de do Sul, onde foram vendidas 22.797 cotas.
imóveis. Entre os participantes ativos, São Paulo li- Já os estados em que mais ocorreram contem-
dera com 321.408 consorciados, seguido por Para- plações também foram São Paulo (30.124), Paraná
ná, com 102.852, e Rio Grande do Sul, com 84.155. (9.086) e Rio Grande do Sul (7.281). Proporcional-
Proporcionalmente, os maiores crescimentos em mente, o número de contemplados cresceu mais em
participantes ativos no segmento de imóveis ocorre- Amapá, registrando expansão de 86,2%, Tocantins,
ram em Pernambuco (5%), Rio Grande do Sul (4,9%) que ficou em 65,8%, e Roraima, com 52,6%.
260000
251.200
208000
2015 2016 225.200
156000
52000
2015 2016
0
0 5 10 15 20 25 30
2015
2016 2015 2016
71.300
71.000
R$ R$
7,05 7,08
Bilhões Bilhões
Fonte: ABAC
O
consórcio de eletroeletrônicos e outros menos que no ano anterior, quando foram 8,81 mil. A
bens móveis fechou o ano com um im- queda nas contemplações refletiu em baixa de 10,8%
portante resultado: aumento de 15,6% no total de créditos concedidos, que mesmo assim
nas vendas de novas cotas em relação chegaram a R$ 41,98 milhões. “A venda de consórcio
a 2015, revertendo retrações que já ocor- é fundamental para ajudar a incrementar as vendas de
riam há mais de 10 anos. Com isso, esse segmento do eletroeletrônicos”, afirma Kiçula.
consórcio mostra sua relevância e aponta perspecti- Além de 40,5% dos consorciados desse seg-
vas para a indústria desse setor, que vem sofrendo as mento terem adquirido eletrodomésticos e 25,4%,
consequências da crise. eletroeletrônicos, conforme identificou pesquisa da
”A indústria de eletroletrônicos viveu um ano críti- ABAC realizada em junho de 2016, outros 34,1% ad-
co”, analisa Lourival Kiçula, presidente da Associação quiriram móveis.
Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrôni-
cos (ELETROS). “Calculamos que as encomendas de Vendas revertem tendência de queda
refrigeradores, lavadoras automáticas e fogões recu-
aram 10,5% entre 2015 e 2016. As vendas somaram A recuperação das vendas desse segmento rever-
12,9 milhões de unidades no ano passado, o menor teu uma longa sequência de quedas. Para se ter uma
nível desde 2010. Para o produto televisores, o ano ideia, em 2005 (ano em que foram encerradas as ati-
de 2016 foi 11% menor que 2015. Com referência aos vidades da maior administradora atuante nesse seg-
produtos eletroportáteis (batedeiras, liquidificadores, mento na época, a Sharp), foram vendidas 332,3 mil
secadores, ventiladores, entre outros), o ano de 2016 cotas de consórcio de eletroeletrônicos, pouco menos
teve uma queda de 10% em relação a 2015”, explica. que o consórcio de veículos leves, que registrou 383,7
O consórcio aquece o mercado ao disponibilizar mil adesões naquele ano. Em 2016, enquanto eletro-
créditos aos consorciados para a compra de produ- eletrônicos registrou a menor venda de todo o Siste-
tos. Em 2016, ao todo 7,86 mil consorciados tiveram ma, veículos leves alcançou a maior: 1,1 milhão.
a oportunidade de adquirir bens, embora 10,9% a O consórcio de eletroeletrônicos e outros bens
400
200
0
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Fonte: ABAC
contemplações, apesar da queda de 32,2% neste para 208 consorciados em dezembro, e a pior foi no
indicador. O estado com maior variação positiva em Rio Grande do Sul, que caiu 35,1%. O total de partici-
relação a 2015 foi o Ceará, que subiu 121%. pantes ativos do consórcio de eletroeletrônicos regis-
Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina trou queda de 6,1% em 2016, fechando o ano com 27,5
também lideraram em número de participantes ativos: mil consorciados, contra 29,3 mil em 2015.
DADOSPOR
DADOS POR ESTADO
ESTADO - 2016
- 2016
UF COMERCIALIZAÇÃO(1) CONSORCIADOS(2) CONTEMPLAÇÃO(3)
AC 68 150 24
AL 115 124 34
AM 52 104 29
AP 7 21 9
BA 628 737 289
CE 233 264 93
DF 86 217 74
ES 17 63 10
GO 197 325 109
MA 52 132 47
MG 1.213 2.019 543
MS 319 614 144
MT 579 1.158 295
PA 140 268 52
PB 105 136 29
PE 186 213 59
PI 66 99 47
PR 1.015 1.499 393
RJ 198 334 89
RN 161 208 41
RO 444 871 209
RR 6 18 8
RS 3.772 8.913 2.920
SC 1.914 4.189 931
SE 214 213 133
SP 3.274 4.571 1.222
TO 14 39 18
BR 15.075 27.500 7.850
Fonte: ABAC
Eletros
2016 27.500
Participantes 2016
2015 29.300 15.080
Participantes
2015
13.050
VOLUME DE CRÉDITOS
VOLUME DE CRÉDITOS COMERCIALIZADOS
COMERCIALIZADOS
2015 2016
R$ 64,30 R$ 69,41
Milhões Milhões
TÍQUETE MÉDIO
TÍQUETE MÉDIO
(VALOR MÉDIO DA COTA NO ANO)
(VALOR MÉDIO DA COTA EM DEZEMBRO)
2015 2016
R$ R$
4.700,00 4.800,00
VOLUME DE CRÉDITOS
DISPONIBILIZADOS
VOLUME DE CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS
CONTEMPLAÇÕES
CONTEMPLAÇÕES
2015 2016 (CONSORCIADOS QUE
(CONSORCIADOS QUETIVERAM
TIVERAMAA
OPORTUNIDADE DEDE
OPORTUNIDADE COMPRAR BENS)
COMPRAR BENS)
2015 2016
R$ 47,08 R$ 41,98 8.810 7.850
Milhões Milhões
Fonte: ABAC
~
de até 80%
O
s números comprovam: 2016 foi o ano do tíquete médio de dezembro foi de R$ 6,7 mil, 21,8%
consórcio de serviços. Mesmo em meio maior que no ano anterior.
à crise econômica enfrentada pelo país, O total de consorciados ativos no consórcio de
esse segmento registrou altas de até 80% serviços foi 10,7% maior no ano passado, saltando
em todos os seus indicadores em rela- de 32,8 mil para 36,3 mil. Apesar do declínio regis-
ção a 2015. Seja em vendas de novas cotas, créditos trado no primeiro trimestre, a partir de abril pode ser
comercializados, participantes ativos, tíquete médio, observado crescimento contínuo
contemplações ou créditos disponibilizados, o consór- O total de 11,04 mil consorciados que foram
cio de serviços mostrou sua força durante todo o ano. contemplados e puderam utilizar seu crédito para
“O consórcio de serviços tem surpreendido a to- a contratação dos mais diversos serviços foi 26,9%
dos que acompanham o Sistema de Consórcios, pois maior que em 2015. O volume de créditos disponi-
seu crescimento tem ficado acima das mais otimistas bilizados foi de R$ 61,48 milhões, sendo 26,9% a
expectativas”, afirma o Presidente Regional Sul II da mais que os R$ 48,45 milhões oferecidos de janeiro
ABAC, José Roberto Luppi. a dezembro do ano anterior. De acordo com pesqui-
A soma dos créditos comercializados no segmento sa realizada pela ABAC, em agosto de 2016, nesse
de serviços de janeiro a dezembro de 2016 foi de R$ segmento o prazo médio dos grupos é de 36 me-
114,47 milhões, 80% a mais que no mesmo período de ses, a taxa média de administração é de 0,48% ao
2015. Foi registrada alta de 53,6% nas vendas de novas mês, cerca de 73% dos consorciados são homens e
cotas, que passou de 11.200 para 17.200. Com isso, o 3,6% são pessoas jurídicas.
Serviços
Participantes Ativos - Janeiro a Dezembro de 2016 (em milhares)
38
37
36,3 36,3
35,8 36,0
36
35,3
35,0
35 34,5
34,0 34,3
34
32,5 33,0
33
32,3
32
31
30
Fonte: ABAC
terceira, com 4.028 participantes, ultrapassando o Rio segmento, que ainda pode funcionar como um ex-
Grande do Sul, que ocupava essa posição em 2015 celente cartão de visita para os produtos mais ma-
~ mas apresentou variação negativa de 35,1%. duros do Sistema de Consórcios, como acredita o
No total de contemplações, a região Sul dominou, presidente regional. “Com o consórcios de serviços,
contemplando 6.999 pessoas nesse segmento. O Rio o Sistema oferece cobertura a todas as necessida-
Grande do Sul, embora tenha sido o terceiro estado des de planejamento e construção de patrimônio
que mais contemplou, apresentou queda de 20,2% que uma família necessita. É o Sistema de Consór-
em relação a 2015, enquanto o Paraná (o primeiro), cios cuidando da saúde e da educação financeira
cresceu 52,6%. do brasileiro”, conclui.
Servicos
(CONSORCIADOS)
(CONSORCIADOS) (NOVOS CONSORCIADOS)
(NOVOS CONSORCIADOS)
2016
36.300 ~
2016 Participantes
17.200
2015 32.800
Participantes
0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000
2015
11.200
TÍQUETE MÉDIO
(VALOR MÉDIO DA COTA NO ANO)
TÍQUETE MÉDIO
(VALOR MÉDIO DA COTA EM DEZEMBRO)
VOLUME
VOLUME DEDE CRÉDITOSCOMERCIALIZADOS
CRÉDITOS COMERCIALIZADOS
2015 2016
2016 R$ 5.500,00 R$ 6.700,00
R$ 114,47 7000
2015
Milhões 5600
R$ 63,61 4200
Milhões 2800
1400
CONTEMPLAÇÕES
(CONSORCIADOS QUE TIVERAM A
CONTEMPLAÇÕES
OPORTUNIDADE DE CONTRATAR SERVIÇOS)
VOLUME DEDISPONIBILIZADOS
CRÉDITOS DISPONIBILIZADOS 2015 2016
8.700 11.040
12000
10000
R$
8000
70 61,48
R$ Milhões 6000
56 48,45 4000
Milhões
2000
42
0
2015
2016
28
14
Fonte: ABAC
E
m novembro de 2016, a ABAC lançou mais Mais de 7 milhões de pessoas alcançadas
uma campanha institucional: “Consórcio,
compra colaborativa”. Totalmente digital, a A campanha da ABAC abordou os benefícios do
iniciativa mostrou ao público que o consórcio consórcio e seus diversos segmentos: carro, moto,
é uma forma colaborativa de adquirir bens e caminhão, máquinas agrícolas, imóveis, eletroeletrôni-
serviços, seguindo o rumo da economia mundial. cos e serviços. Com mídia programática, os anúncios
A economia colaborativa não é eram exibidas a públicos específi-
um conceito novo, como explicou cos, com base nos seus assuntos
Rachel Botsman, autora do livro O de interesse.
Que É Meu É Seu - Como o Consu- As mais de 8,6 milhões de exibi-
mo Colaborativo Vai Mudar o Nos- ções dos anúncios atingiram quase
so Mundo, durante a conferência 4 milhões de pessoas. Foram con-
TEDxSydney. “Nascemos e fomos tabilizados 5.648 cliques para a lan-
criados para compartilhar e coope- ding page da campanha, localizada
rar. E temos feito isso por milhares no Blog da ABAC, onde o usuário
de anos, seja quando caçamos em grupo, ou teve acesso não apenas às informações da cam-
cultivamos em cooperativas, antes do surgi- panha, como a todo o conteúdo desse canal.
mento desse enorme sistema de consumo exa- A campanha ainda contou com um vídeo-a-
cerbado”, disse. Rachel explicou que graças às nimação explicando o consórcio e seu concei-
facilidades da era digital estamos “longe do to de compra colaborativa, que foi veiculado no
século 20, definido pelo consumo exacerbado, Youtube e alcançou mais de 1 milhão de pesso-
em direção ao século 21, definido pelo consu- as com os investimentos. Somando-se às ações
mo cooperativo, mudando de uma cultura do da campanha, também está o Facebook. Os
‘eu’, para uma cultura do ‘nós’”. posts dedicados à essa rede alcançaram mais
Embora o consórcio tenha seus mais de 50 de 2,1 milhões de pessoas e geraram 142 mil
anos de existência, a modalidade nunca esteve engajamentos (curtidas, compartilhamentos e
tão atual. “Podemos dizer que economia cola- comentários).
borativa é a união de pessoas com interesses Até março de 2017, ou seja, em quase 4
e necessidades comuns, compartilhando bens, meses no ar, a campanha 2016/2017 da ABAC
serviços e recursos em uma atitude sustentável. levou o consórcio a mais de 7 milhões de pesso-
Assim é o consórcio: pessoas com o mesmo as, com 14,8 milhões de impactos e 844,5 mil cli-
objetivo reunidas em grupos e compartilhando ques, interações e visualizações. E ela não para
recursos para que todos possam atingir seu por aí: ela segue por meio de uma parceria com
propósito”, explica o presidente executivo da o portal Infomoney, com patrocínio a um canal
ABAC, Paulo Roberto Rossi. dedicado exclusivamente ao consórcio.
D
entre as diversas contri- Outra rede de grande importân-
buições da ABAC para o cia para a entidade é o LinkedIn,
fortalecimento do Siste- por onde a ABAC se comunica com
ma de Consórcios, está profissionais não apenas do Siste-
a divulgação e a popula- ma de Consórcios como de vários
rização da modalidade em todo o outros setores. Em dezembro de
Brasil. A entidade se empenha para
mostrar aos brasileiros que com
500 Mil
Interações em 2016
2016, a página contava com 1.762
seguidores, aumento de 276,49%
essa modalidade é possível ad- em relação a dezembro do ano an-
quirir os mais variados bens e ser- terior (com base na média desses
viços, e que a palavra de ordem é
planejamento. Só por meio das re- 226 mil períodos). Mais de 900 mil pessoas
foram impactadas pelos posts des-
des sociais, a ABAC impactou mais Seguidores sa página, cujos assuntos de maior
de 10 milhões de pessoas em 2016. Dezembro de 2016 interesse foram vagas disponíveis
A principal rede em que a ABAC no Sistema de Consórcios, dicas de
atua é o Facebook, onde são pos- gestão e números do setor.
1.650
tadas diversas informações de inte- Já no Twitter, a ABAC impactou
resse do consumidor, como escla- 120 mil pessoas, 199,10% a mais
recimentos sobre o funcionamento Interações em 2016 que em 2015 (com base na média
@120 mil
do consórcio, dados do setor, dicas desses períodos). A entidade tam-
de educação financeira, dentre ou- bém manteve, em 2016, sua página
tros. A entidade finalizou o ano com no Google Plus, contribuindo para
quase 226 mil seguidores, cresci- Pessoas Impactadas em 2016 o acesso à informação.
mento de 34% em relação a dezem-
bro de 2015. Blog da ABAC
Em 2016, as postagens da
ABAC no Facebook impactaram 1.762
Seguidores em Um canal que se destacou em
mais de 9 milhões de pessoas, re- Dezembro de 2016
2016 foi o Blog da ABAC, que rece-
gistrando um aumento de 415,92% beu mais de 59 mil usuários de ja-
em relação a 2015 (com base na
média desses períodos). A taxa
de engajamento (total de pessoas
900 mil
Pessoas Impactadas em 2016
neiro a dezembro de 2016, 639,23%
a mais que no mesmo período de
2015. Foram usuários qualificados
que curtiram, comentaram e com- que buscaram informações segu-
partilharam posts da página divi- ras e de credibilidade. Os assinan-
do pelo número de pessoas que tes do blog recebem notificação por
curtem a página) também regis- e-mail a cada novo post, cujo tema
90
Textos
trou crescimento impressionan- Publicados varia entre cinco categorias: “Con-
em 2016
te: 406,25% (com base na média sórcio de A a Z”, “Educação Finan-
desses períodos). ceira”, “Dicas da ABAC”, “Drops de
Os assuntos que geraram os
melhores resultados no Facebook 59 mil
Visitantes em 2016
Mercado” e ”Cases”.
Os acessos ao blog por meio
da entidade mostraram a diversi- de busca orgânica cresceram
dade de produtos e serviços que 1.387,42% em 2016, atingindo pico
podem ser conquistados por meio de 6.056 buscas não pagas em de-
do consórcio, além de orienta- zembro. Os acessos ao blog pelas
ções sobre regras, esclarecendo redes sociais também cresceram
ao consumidor como funciona a 323,33% no ano passado (com
modalidade. base na média desses períodos).
Ano 2016/2017
Abril de 2017
Conselho Editorial: Paulo Roberto Rossi, Maristela Aparecida Cordeiro, Monique Mansur Valinho Colaboração:
Raphael de Jesus Galante Jornalista Responsável: Thiago Lourenço - TEM Comunicação & Conteúdo - MTB/ES 3071
Projeto e Produção Gráfica: André Gutemberg - DNF Comunicação & Propaganda Assistente de Criação: Warley Niz
- WN Projetos Gráficos Diretor Comercial: Gutenberg Soledade - DNF Comunicação & Propaganda - (11) 2281-8134/
97732-7042 - www.dnfpropaganda.com.br Assessoria de Marketing ABAC: Monique Mansur Valinho - e-mail:
marketing@abac.org.br - (11) 3231-5022
Associadas
NORDESTE
ASSOC. ATLETICA BANCO BRASIL – AABB - Fortaleza/CE
ASSOC. BAHIANA DE MEDICINA - Salvador/BA
CIMAVEL ADM. DE CONS. S/C LTDA - Aracaju/SE
CONBRAV ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA - Fortaleza/CE
ELDORADO ADM. DE CONS. LTDA - Natal/RN
PROMOVE ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA - João Pessoa/PB
REDENCAO ADM. DE CONS. LTDA - Natal/RN
NORTE E CENTRO-OESTE
SUDESTE I
ADM. DE CONS. NAC. VIME LTDA - São José do Rio Pardo/SP
ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA - São Paulo/SP
ANCORA ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS S.A. - Franca/SP
AQUARIUS TECNOL. E INFORMATICA LTDA -São Paulo/SP
BAURU ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA - Bauru/SP
BRADESCO ADM. DE CONS. LTDA - Osasco/SP
BRQUALY ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA. - Uchoa/SP
CNF - ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS NACIONAL LTDA. - São José do Rio Preto/SP
COMAUTO ADM. DE CONSORCIO LTDA - Marília/SP
CONFIA ADM. DE CONS. LTDA - Salto/SP
CONS. NAC. PROESTE-DIVELPA LTDA Lençóis - Paulista/SP
CONS. NAC. VOLKSWAGEN - ADM. DE CONS. LTDA. - São Paulo/SP
CONSHOP ADM. DE CONS. LTDA - Santo André/SP
CONVEF ADM. DE CONS. LTDA - São Paulo/SP
DISAL ADM. DE CONS. LTDA - São Paulo/SP
EMBRACON ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO LTDA - Santana de Parnaíba/SP
FINAMA ADM. DE CONS. LTDA - São José do Rio Preto/SP
FINANSEG ADMINISTRACAO E CORRETAGEM DE SEGUROS LTDA - Cotia/SP
FRANCAUTO ADM. DE CONS. S/C LTDA - Franca/SP
FUNCHAL NEGOCIOS E EMPREENDIMENTOS LTDA - São Paulo/SP
GAPLAN ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO LTDA - Itu/SP
GLOBEX ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA - São Caetano do Sul/SP
GMAC ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA - São Paulo/SP
GROSCON ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA - Franca/SP
ITABENS ADM. DE CONS. LTDA - São Paulo/SP
ITAU ADM. DE CONS. LTDA - Poá/SP
JCK AMORIM CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA - São Paulo/SP
KIRTON ADM. DE CONS. LTDA - São Paulo/SP
KOGUT E-BUSINESS - TECNOLOGIA DA INFORMACAO LTDA - São Paulo/ SP
KSL ASSOCIADOS S/C LTDA - São Paulo/SP
LUIZA ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA - Franca/SP
MAGGI ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA - Itu/SP
MAPFRE ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS S.A. - São Paulo/SP
MAPFRE SEGUROS GERAIS S.A. - São Paulo/SP
MASSEY FERGUSON ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA - Itu/SP
MERCABENCO MERCANTIL E ADM. DE BENS E CONS. LTDA - São Paulo/SP
MERCEDES-BENZ ADM. DE CONS. LTDA - São Bernardo do Campo/SP
ML GOMES ADVOGADOS ASSOCIADOS - São Paulo/SP
MOTOASA ADM. DE CONS. LTDA Ribeirão - Preto/SP
NEWCON SOFTWARE S/A - Tupã/SP
SUDESTE II
ADM. DE CONS. NAC. LIDER LTDA - Itaperuna/RJ
ASSOCIACAO DOS FUNCIONARIOS DO BNDES – AFBNDES - Rio de Janeiro/RJ
CLUBE NAVAL - PLANO DE AQUISICAO DO C.N. - Rio de Janeiro/RJ
COIMEX ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA (CONS. VIWA) - Vitória/ES
ITAUNA ADM. DE CONS. LTDA - Caratinga/MG
MINASMAQUINAS ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA - Contagem/MG
MULTIMARCAS ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA. - Belo Horizonte/MG
NANUQUE ADM. DE CONS. LTDA - Nanuque/MG
OPCAO ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA - Oliveira/MG
SOLUCAO ADM. DE CONS. LTDA - Cachoeiro de Itapemirim/ES
ZEMA ADMINISTRADORA DE CONSORCIO LTDA - Araxá/MG
SUL I
ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO SPENGLER LTDA. - Santa Cruz do Sul/RS
ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS SICREDI LTDA - Porto Alegre/RS
AGIPLAN ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO S.A (VIA CERTA) - Porto Alegre/RS
BANRISUL S.A. - ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS - Porto Alegre/RS
BREITKOPF ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO LTDA. - Blumenau/SC
BRENNER ADM. DE CONS. LTDA - Lajeado/RS
CAMVEL ADM. DE CONS. LTDA - Itajaí/SC
CARLESSI ADM. DE CONS. LTDA - Turvo/SC
CONESUL ADM. DE CONS. LTDA - Santa Maria/RS
FARROUPILHA ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA. - Farroupilha/RS
GLOBO ADM. DE CONS. LTDA - São José/SC
GRAVEL ADM. DE CONS. LTDA - Gravataí/RS
HS ADM. DE CONS. LTDA - Dois Irmãos/RS
RANDON ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA. - Caxias do Sul/RS
SIMPALA LANÇADORA E ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA. - Porto Alegre/RS
SPONCHIADO ADM. DE CONS. LTDA - Porto Alegre/RS
UNIÃO CATARINENSE ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA - Rio do Sul/SC
SUL II
ADEMILAR ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS S.A. - Curitiba/PR
ADM. DE CONS. RCI BRASIL LTDA (CONSORCIO RENAULT) - Curitiba/PR
ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL GAZIN LTDA - Douradina/PR
ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO SICOOB PARANÁ LTDA. - Maringá/PR
BR CONSORCIOS ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA - Londrina/PR
CONSEG ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA. - Pinhais/PR
FIPAL ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA - Cascavel/PR
H. ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA - Toledo/PR
REDE OESTE ADM. DE CONS. LTDA Pato - Branco/PR
RIVEL ADM. DE CONS. LTDA - Palotina/PR
SERVOPA ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA - Curitiba/PR
SIENS ASSESSORIA, CONSULTORIA E ENGENHARIA DE SISTEMAS LTDA - Pinhais/PR
TRIANGULO ADM. DE CONS. LTDA - Maringá/PR
UNILANCE ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA. - Curitiba/PR
VOLVO ADM. DE CONS. LTDA - Curitiba/PR