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28/10/2022

Race and nationalism


A minha parte do trabalho acaba por referir alguns autores e as suas perspectivas
relativamente à raça.
Portanto, refere-se a Fenton que vai falar da raça dentro da nação, da raça como nação e
da raça como civilização; a Banton que vai dividir/distinguir a raça em: subespécie,
linhagem e tipo, inclusive salienta o facto de que no século XIX o pensamento racial era em
termos de tipo e que estava ligado a raça dentro da nação, também refere divisões na
Inglaterra e na França que foram feitas. Gobineau lança um ensaio corresponde à
desigualdade das raças humanas e menciona os termos «secundárias» e «terciárias» para
as classificar , diz que a raça branca, raça amarela e raça negra eram caracterizadas como
sendo as secundárias que deram então origem a eslavos, celtas, romanos e latins e dá a
sua opinião acerca da fusão de raças, o que para ele é considerado mau, contudo
inevitável, ele refere-se ao efeito degenerativo que causa à raça superior.Michelet acha que
nação moderna francesa que foi uma fusão dos celtas, alemães, romanos e gregos foi
misteriosamente muito bem sucedida e o John Stuart Mill considera a mistura/fusão dos
anglo saxões e dos celtas como benéfica.

Este uso da raça, não é biológico, mas cultural. O uso da raça não se refere a
características físicas, mas a características mentais e comportamentais. Alguns escritores
andaram ali a argumentar que as ideias raciais tinham um caráter de classe, mas parece
que não teve assim lá muita importância em análises históricas detalhadas, Mais tarde
quando o raciocínio biológico começou a ser aplicado às sociedades de classes, a ideia de
eugenia focalizou-se na classe trabalhadora considerada mais fraca e com capacidades
mais limitadas, em vez de se focar diretamente nas diferenças de classes. No entanto,
havia ali uma expressão «diferença racial» dentro da nação, em que contestava que o
grupo racialmente distinto/ diferente dentro do território nacional não pertencia à nação.

Em contrapartida, esse ideal impõe limites ao discurso relativamente à nação.


Primeiramente, porque o argumento tinha uma dimensão racial que era aplicada
principalmente aos imigrantes pobres. Os imigrantes irlandeses, polacos e russos eram
ilustrados em termos raciais, até mesmo por Max Weber que descartou a noção biologica
de raça como não provada cientificamente, mas Weber não aplica essa ideia a todos os
polacos. Em Estados multi-étnicos estabelecidos, os conflitos nacionalistas não foram
representados em termos raciais. Os nacionalistas não previam que na Europa existissem
políticas de expulsão ou de separação explícita, quanto mais de assassinato em massa.

O ideal então seria a assimilação da cultura, se posso assim dizer nacionalidade dominante,
e que poderia resultar numa fusão (melting pot) ou separação das mesmas, nada disto tinha
a ver com conceitos biológicos de raça.
Havia uma linguagem de distinção racial (diferenças perceptíveis) e uma distinção étnica
estreita (diferenças pouco perceptíveis), e lá está, não era um tema/ideia que preocupava
ou que interessava ao sistema político, tanto que, com a excepção significativa do anti-
semitismo, não foi possível gerar um programa nacionalista.
A mistura de raças podia ser boa ou má, porém a fusão não era considerada um aspecto
político, tinha mais a ver com o social.
E é aí que Fenton introduz a sua terceira forma: a raça como civilização.

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