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Documento Sem Nome
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28/10/2022
Este uso da raça, não é biológico, mas cultural. O uso da raça não se refere a
características físicas, mas a características mentais e comportamentais. Alguns escritores
andaram ali a argumentar que as ideias raciais tinham um caráter de classe, mas parece
que não teve assim lá muita importância em análises históricas detalhadas, Mais tarde
quando o raciocínio biológico começou a ser aplicado às sociedades de classes, a ideia de
eugenia focalizou-se na classe trabalhadora considerada mais fraca e com capacidades
mais limitadas, em vez de se focar diretamente nas diferenças de classes. No entanto,
havia ali uma expressão «diferença racial» dentro da nação, em que contestava que o
grupo racialmente distinto/ diferente dentro do território nacional não pertencia à nação.
O ideal então seria a assimilação da cultura, se posso assim dizer nacionalidade dominante,
e que poderia resultar numa fusão (melting pot) ou separação das mesmas, nada disto tinha
a ver com conceitos biológicos de raça.
Havia uma linguagem de distinção racial (diferenças perceptíveis) e uma distinção étnica
estreita (diferenças pouco perceptíveis), e lá está, não era um tema/ideia que preocupava
ou que interessava ao sistema político, tanto que, com a excepção significativa do anti-
semitismo, não foi possível gerar um programa nacionalista.
A mistura de raças podia ser boa ou má, porém a fusão não era considerada um aspecto
político, tinha mais a ver com o social.
E é aí que Fenton introduz a sua terceira forma: a raça como civilização.