A visão de modernidade e eurocentrismo exerce uma influência profundamente prejudicial sobre as sociedades não-europeias, moldando suas percepções de progresso, desenvolvimento e identidade cultural. Esta perspectiva, enraizada na ideia de que o padrão europeu de civilização é superior e universalmente aplicável, muitas vezes marginaliza e desvaloriza as contribuições históricas e culturais das sociedades não-europeias. Isso pode levar à internalização de uma inferioridade percebida e à adoção de práticas e ideologias que são estranhas às próprias tradições culturais dessas sociedades. Além disso, o eurocentrismo muitas vezes se traduz em políticas e estruturas de poder que perpetuam desigualdades sociais, econômicas e políticas entre o mundo ocidental e o não-ocidental. Em última análise, essa visão de modernidade e eurocentrismo dificulta o reconhecimento e a celebração da diversidade cultural e histórica do mundo, e impede o florescimento de formas alternativas de pensamento e desenvolvimento social.
A África desempenha um papel crucial no processo de globalização,
porém, frequentemente, enfrenta exclusão significativa no sistema mundial. Uma das principais razões dessa exclusão é a histórica exploração econômica e política do continente por potências coloniais e interesses estrangeiros. Durante séculos, a África foi explorada para o benefício de nações colonizadoras, resultando em desigualdades estruturais, dependência econômica e marginalização política. Essa exploração deixou um legado de infraestrutura subdesenvolvida, desigualdades socioeconômicas e fragilidade institucional, que continuam a perpetuar a exclusão da África no sistema mundial. Apesar do potencial econômico e dos recursos naturais abundantes do continente, a falta de acesso equitativo aos mercados globais, a desigualdade no comércio internacional e a falta de representação significativa nas instituições globais limitam a capacidade da África de se integrar de forma justa e benéfica no processo de globalização. O "lado oculto da modernidade" refere-se às consequências não intencionais, desigualdades sistêmicas e injustiças subjacentes ao progresso tecnológico e social. Enquanto a modernidade frequentemente é celebrada por suas realizações notáveis, como avanços científicos, tecnológicos e sociais, há também um lado menos visível que muitas vezes é negligenciado. Este lado oculto pode incluir a exploração desenfreada dos recursos naturais, a degradação ambiental, a alienação social, a marginalização de certos grupos sociais, a desigualdade econômica e a perda de identidade cultural. À medida que a modernidade avança, essas questões muitas vezes são obscurecidas pelo brilho do progresso, mas permanecem como desafios intrínsecos que exigem atenção e abordagens críticas para garantir um desenvolvimento sustentável para todas as pessoas e o planeta.
A xenofobia, caracterizada pelo preconceito, discriminação contra
pessoas de “origem estrangeira”, é uma violação dos princípios fundamentais da dignidade humana e da igualdade consagrados no Artigo 3° da Constituição Brasileira. Este artigo estabelece como objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a garantia do desenvolvimento nacional, a erradicação da pobreza e da marginalização, a redução das desigualdades sociais e regionais, entre outros. Portanto, as ações de xenofobia são contrárias aos valores e princípios fundamentais do Estado brasileiro. No entanto, considerando que a xenofobia ainda é uma realidade presente em diferentes contextos sociais, é evidente que as pessoas que a praticam não estão obedecendo à lei máxima do país. Ao agirem de forma discriminatória e hostil contra indivíduos estrangeiros, elas violam os direitos e garantias fundamentais estabelecidos pela Constituição Brasileira. ETAPA 3
COMO RELACIONAR O DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO EUROPEU AO NEOCOLONIALISMO?
O desenvolvimento tecnológico europeu esteve
intimamente ligado ao neocolonialismo, pois as potências europeias buscavam explorar recursos em outras regiões, impulsionando inovações para facilitar a dominação e a exploração. Tecnologias como navios a vapor, armas de fogo avançadas e comunicações telegráficas foram fundamentais para expandir e controlar territórios coloniais, consolidando assim o neocolonialismo europeu no século XIX.