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Comprimento de arco de um caminho Suponha que r(t) seja derivável e que seja
A quantidade na Equação (2) é a contínua em [a, b]. Então o comprimento L do caminho r(t) ao longo de é
distância percorrida por uma partícula igual a
que segue a trajetória . Contudo,
pode percorrer toda a curva, ou parte
dela, mais de uma vez e pode trocar seu
sentido de percurso. Assim, é igual
ao comprimento da curva subjacente
somente se, com , a curva for
percorrida uma única vez sem haver
troca no sentido de percurso.
■ EXEMPLO 1 Encontre o comprimento de arco L de ao longo
de .
Solução A derivada é e
Portanto, . ■
r′(t1)
r(t0)
r(t1)
Então s(t) é a distância percorrida durante o intervalo de tempo [a, t] e a derivada
é a velocidade. Pelo Teorema Fundamental do Cálculo,
x y
Q Q
P P
O O
(A) Uma parametrização pelo comprimento (B) Não é uma parametrização pelo
de arco (todos vetores tangentes têm comprimento de arco (os vetores
comprimento 1) tangentes variam de comprimento)
FIGURA 3
Solução
Passo 1. Encontrar a inversa da função comprimento de arco.
Temos
A inversa de s(t) = 3t é .
■
CAPÍTULO 14 Cálculo de Funções Vetoriais 741
14.3 RESUMO
• O comprimento L de um caminho ao longo de é
• A distância percorrida por uma partícula numa trajetória r(t) ao longo do intervalo de
tempo [a, t] é
14.3 EXERCÍCIOS
Exercícios preliminares
1. Num dado instante, um carrinho de montanha russa tem vetor (c) Os vetores velocidade podem apontar em sentidos opostos.
velocidade (em milhas por hora). Qual seria
o vetor velocidade se a velocidade escalar do carrinho dobrasse. 3. Um mosquito voa ao longo de uma parábola com velocidade
E qual seria se o sentido de percurso fosse invertido mas a velo- . Seja L(t) a distância total percorrida até o instante t.
cidade escalar mantida? (a) Quão rápido varia L(t) em t = 2?
2. Dois carros percorrem a mesma montanha russa no mesmo senti- (b) Será L(t) igual à distância desde o mosquito até a origem?
do (em tempos diferentes). Quais das afirmações seguintes sobre
4. Qual é o comprimento do caminho traçado por r(t) ao longo de
seus vetores velocidade num dado ponto P da montanha russa
4 ≤ t ≤ 10 se r(t) for uma parametrização pelo comprimento
são verdadeiras?
de arco?
(a) Os vetores velocidade são idênticos.
(b) Os vetores velocidade apontam na mesma direção e sentido mas
têm comprimentos diferentes.
742 CÁLCULO
Exercícios
Nos Exercícios 1-6, calcule o comprimento da curva ao longo do 19. Encontre uma parametrização pelo comprimento de arco de
intervalo dado. .
22. Mostre que a hélice de raio R e altura h que faz N voltas comple-
tas tem a parametrização
6.
7. Calcule para .
23. Considere as duas molas na Figura 5. Uma tem 5 cm de raio, 4
Nos Exercícios 8-11, encontre a velocidade no valor de t dado. cm de altura e faz três voltas completas. A outra tem 3 cm de
altura, 4 cm de raio e faz cinco voltas completas.
8.
(a) Dê um palpite sobre qual mola utiliza mais arame.
9.
(b) Calcule os comprimentos das duas molas (use o Exercício 22) e
10. compare.
11.
quantidade ? 24. Use o Exercício 22 para encontrar uma fórmula geral do compri-
mento da hélice de raio R e altura h que faz N voltas completas.
14. Qual dos seguintes é uma parametrização pelo comprimento de
25. Calcule para a espiral de Bernoulli
arco de um círculo de raio 4 centrado na origem?
(a) (Figura 6). É conveniente tomar como li-
mite inferior de integração porque .
(b)
(a) Use s para obter uma parametrização pelo comprimento de arco
(c)
de r(t).
15. Seja . (b) Prove que o ângulo entre o vetor posição e o vetor tangente é
(a) Calcule como função de t. constante.
(b) Encontre a inversa e mostre que é
uma parametrização pelo comprimento de arco. y
14.4 Curvatura
Nesta seção, aplicamos as ferramentas vetoriais desenvolvidas para estudar a curvatura
que, como sugere o nome, é uma medida de quanto se entorta uma curva. A curvatura
é utilizada para estudar propriedades geométricas de curvas e movimento ao longo de
curvas. Tem aplicações em áreas diversas, tais como projetos de rodovias e de monta-
nhas russas (Figura 1), desenho por meio de computadores, óptica e até cirurgia ocular
(Exercício 58). Os bioquímicos descobriram que a curvatura de trechos de DNA de-
sempenha um papel nos processos biológicos de uma maneira que ainda não é total-
mente compreendida (Figura 2).
FIGURA 1 A curvatura é um
ingrediente essencial no projeto de No Capítulo 4, usamos a derivada segunda para medir o “entortamento”, ou a
uma montanha russa. concavidade de um gráfico y = f (x). Poderia parecer natural, portanto, tomar como
nossa definição de curvatura. Contudo, existem duas razões pelas quais isso não funciona.
Em primeiro lugar, só faz sentido para um gráfico no plano e nosso objetivo é defi-
nir curvatura de curvas no espaço tridimensional. Em segundo lugar, um problema mais
sério é que realmente não captura a curvatura de uma curva, como pode ser visto
considerando o círculo unitário. O círculo é simétrico, portanto a curvatura deveria ser a
mesma em cada ponto (Figura 3). No entanto, note que o semicírculo superior é o gráfico
de . A derivada segunda não tem o mesmo
valor em cada ponto e, assim, não é uma boa medida da curvatura.
Para alcançar a definição correta de curvatura, consideremos um caminho vetorial
. Dizemos que a parametrização é regular se para cada t
FIGURA 2 Os bioquímicos estudam o do domínio de r(t). Supomos que r(t) seja regular e definimos o vetor tangente unitário
efeito da curvatura de seqüências de T(t) na direção por:
DNA sobre os processos biológicos.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.