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MATERIAL CRIADO PELA EQUIPE CONECTA PROFESSORES E
PROTEGIDO PELA LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
PROIBIDO COPIAS, DIVULGAÇÕES, REVENDAS E DIVULGAÇÃO
PARA TERCEIROS. MATERIAL DE USO INDIVIDUAL!
COMPARTILHAR MATERIAL COM DIREITOS AUTORAIS É
CRIME! DENUNCIE.
Língua portuguesa: 1. Compreensão e interpretação de texto. 2. Tipologia e gêneros textuais. 3.
Figuras de linguagem. 4. Significação de palavras e expressões. 5. Relações de sinonímia e de
antonímia. 6. Ortografia. 7. Acentuação gráfica. 8. Uso da crase. 9. Fonética e Fonologia: som e
fonema, encontros vocálicos e consonantais e dígrafos. 10. Morfologia: classes de palavras variáveis e
invariáveis e seus empregos no texto. 11. Locuções verbais (perífrases verbais). 12. Funções do “que”
e do “se”. 13. Formação de palavras. 14. Elementos de comunicação. 15. Sintaxe: relações sintático-
semânticas estabelecidas entre orações, períodos ou parágrafos (período simples e período composto
por coordenação e subordinação). 16. Concordância verbal e nominal. 17. Regência verbal e nominal.
18. Colocação pronominal. 19. Emprego dos sinais de pontuação e sua função no texto. 20. Elementos
de coesão. 21. Função textual dos vocábulos. 22. Variação linguística.
Compreender e interpretar textos é essencial para que o objetivo de comunicação seja alcançado
satisfatoriamente. Com isso, é importante saber diferenciar os dois conceitos. Vale lembrar que o texto
pode ser verbal ou não-verbal, desde que tenha um sentido completo. A compreensão se relaciona ao
entendimento de um texto e de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem explícita. Só depois
de compreender o texto que é possível fazer a sua interpretação. A interpretação são as conclusões que
chegamos a partir do conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que está escrito ou
mostrado. Assim, podemos dizer que a interpretação é subjetiva, contando com o conhecimento prévio e
do repertório do leitor. Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um texto, é necessário fazer a
decodificação de códigos linguísticos e/ou visuais, isto é, identificar figuras de linguagem, reconhecer o
sentido de conjunções e preposições, por exemplo, bem como identificar expressões, gestos e cores
quando se trata de imagens. Dicas práticas
1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um conceito) sobre o assunto e os argumentos
apresentados em cada parágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se possível, adicione
também pensamentos e inferências próprias às anotações.
2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca por perto, para poder procurar o significado
de palavras desconhecidas.
3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, fonte de referências e datas.
]4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de opiniões.
5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, questões que esperam compreensão do texto
aparecem com as seguintes expressões: o autor afirma/sugere que...; segundo o texto...; de acordo com o
autor... Já as questões que esperam interpretação do texto aparecem com as seguintes expressões:
conclui-se do texto que...; o texto permite deduzir que...; qual é a intenção do autor quando afirma que...
Tipos de Leitura A classificação dos tipos de leitura varia de autor para autor.
Segundo Cervo, Bervian e Da Silva (2006) existem quatro tipos de leitura informativa: Pré-leitura ou leitura
de reconhecimento: é a fase preliminar da leitura informativa. Este tipo de leitura permite ao leitor
selecionar o documento ou a obra que poderá ser aproveitada no seu trabalho e também obter uma visão
geral do tema abordado. Para Gil (2002, p. 77) esta leitura pode ser denominada de exploratória, porque “é
comparada à expedição de reconhecimento que fazem os exploradores de uma região desconhecida”.
Leitura seletiva – é quando se realiza uma leitura do livro todo, tentando selecionar as informações
fundamentais, ou seja, escolher o material que realmente interessa à pesquisa. Entretanto, deve haver
critérios de seleção baseados nos propósitos do trabalho. Leitura crítica ou reflexiva – é quando o leitor
concentra-se nos aspectos mais relevantes do texto, sendo capaz de separar as ideias secundárias da
ideia central. Essa é uma fase que requer reflexão que pode ser obtida por meio da análise, comparação,
diferenciação, síntese e julgamento das ideias do autor da obra.
Leitura interpretativa – é uma leitura mais complexa e para que ela seja proveitosa é necessário que se
estabeleça o procedimento a seguir: Identificar quais as intenções do autor e o que ele afirma sobre o
tema, suas hipóteses, metodologia, resultados, discussões e conclusões; Relacionar as afirmações do
autor com os problemas para os quais se está procurando equacionar; Saber discernir, de forma imparcial,
o que verdadeiro ou falso. Analise do texto Consultando o dicionário observa-se que a definição da palavra
análise, significa “decomposição de um todo em suas partes constituintes; exame de cada parte do todo”
(BUENO, 1996, p. 50). Para Lakatos e Marconi (2001, p. 23), “analisar é, [...], decompor um todo em suas
partes, a fim de poder efetuar um estudo mais completo. Porém, o mais importante não é reproduzir a
estrutura do plano, mas indicar os tipos de relações existentes entre as idéias expostas. Analisar significa
decompor um texto em partes para facilitar sua interpretação. De acordo Santos (2001, p. 26), a análise
“se prende ao fim ou objetivo a que se destina o estudo; desenvolve-se pela explicação, descrição,
avaliação”. Andrade (2006, p. 23, grifo nosso) aponta para três tipos de análise: n Análise textual - leitura
que tem por objetivo um visão global, assinalando: estilo, vocabulário, fatos, doutrinas, época, autor, ou
seja, um levantamento dos elementos importantes do texto. n Análise temática – apreensão de conteúdo
ou tema, isto é, identificação da idéia central e das secundárias, processos de raciocínio, tipos de
argumentação, problemas, enfim, um do pensamento do autor. n Análise interpretativa – demonstração
dos tipos de relações entre as idéias do autor em razão do contexto científico e filosófico de diferentes
épocas; análise crítica ou avaliação; discussão e julgamento do conteúdo do texto. Além destes três tipos
de análise Severino (apud LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 28) apresenta a problematização e a síntese
pessoal: n Problematização – levantamento dos problemas e discussão. n Síntese pessoal – reunião dos
elementos de um todo, após reflexão
Reconhecimento de tipos e gêneros textuais
Gêneros textuais
• Cartão postal;
• Telegrama;
CARACTERISTICAS
• Artigo científico;
• Conto;
• Piada; Têm uma função específica, para um público específico;
• Poema; ligados às práticas sociais;
• Cartaz; • Variam de acordo com o tempo, com a sociedade e com
• e-mail; a cultura de cada povo;
• Receita médica, de culinária; • Do mesmo modo que surgem na sociedade,
• Ofício; acompanhando, por exemplo, as novas tecnologias,
• Charge; podem desaparecer;
• História em quadrinhos; • Representam um vasto número de textos.
• Bula de remédio;
• Notícia jornalística escrita ou
falada;
• Ata; COMO DESTINGUI-LOS ?
• Lista telefônica, de chamada, de
supermercado;
• Manual de instruções;
“Estes critérios, pelo que pudemos observar até agora, estão
• Roteiro de viagem; agrupados em cinco parâmetros distintos:
• Agenda; a) o conteúdo temático;
• Bilhete; b) a estrutura composicional;
• Relatório; c) os objetivos e funções sócio-comunicativas;
• Palestra; d) as características da superfície linguística,
• Discurso; geralmente em correlação com outros parâmetros;
• Entrevista; e) as condições de produção
• Conversa telefônica; face a face; f) suporte” (TRAVAGLIA, p.41).
• Etc.
Tipos Textuais
• Narração;
• Descrição;
• Dissertação;
• Argumentação;
• Injunção.
• Formas de apresentação de textos:
• Prosa;
• verso
• O tipo textual pode ser “identificado e caracterizado por
instaurar um modo de interação, uma maneira de interlocução”
(TRAVAGLIA, 2007, p. 41)
• “As relações entre esses tipos são importantes na
caracterização das categorias de texto”.
• Assim:
• Os tipos compõem os gêneros, que existem e circulam na sociedade;
• Os gêneros podem estar ligados a tipos que os compõem necessariamente ou não (tese:
necessariamente dissertativa; carta: pode ser narrativa, descritiva, dissertativa,
argumentativa);
• Os tipos podem se fundir nos gêneros - dois ou mais tipos simultaneamente, como no editorial
que é dissertativo e argumentativo ao mesmo tempo, se conjugar – aparecem lado a lado,
como no romance, que apresenta trechos narrativos e descritivos, ou se intercambiar – devido
ao modo de interação, um tipo é usado no lugar de outro
Narração - prosa
O Coveiro
"Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão - coveiro - era cavar. Mas, de
repente, na
distração do ofício que amava, percebeu que cavara demais. Tentou sair da cova e não
conseguiu. Levantou o
olhar para cima e viu que sozinho não conseguiria sair. Gritou. Ninguém atendeu. Gritou
mais forte. Ninguém
veio. Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar, desistiu com a noite. Sentou-se no
fundo da cova,
desesperado.
A noite chegou, subiu, fez-se o silêncio das horas tardias. Bateu o frio da madrugada e,
na noite
escura, não se ouviu um som humano, embora o cemitério estivesse cheio de pipilos e
coaxares naturais
dos matos.
Só pouco depois da meia-noite é que vieram uns passos Deitado no fundo da cova o
coveiro gritou. Os passos se aproximaram. Uma cabeça ébria apareceu lá em cima,
perguntou o que havia: "O que é que há?" O coveiro então gritou, desesperado: "Tire-me
daqui, por favor. Estou com um frio terrível!" "Mas, coitado!" - condoeu-se o bêbado -
"Tem toda razão de estar com frio. Alguém tirou a terra de cima de você, meu pobre
mortinho!" E, pegando a pá, encheu-a e pôs-se a cobri-lo cuidadosamente. Moral: Nos
momentos graves é preciso verificar muito bem para quem se apela." (Millôr Fernandes )
Narração - poema Descrição - prosa
Valsinha Folheto de propaganda de carro
Um dia ele chegou tão diferente • Conforto interno - É impossível falar de conforto sem incluir o
do seu jeito de sempre chegar espaço interno. Seus interiores são amplos, acomodando
Olhou-a de um jeito muito mais quente tranquilamente passageiros e bagagens. O Passat e o Passat
Variante possuem direção hidráulica e ar condicionado de
do que sempre costumava olhar
elevada capacidade, proporcionando a climatização perfeita do
E não maldisse a vida tanto
ambiente.
quanto era seu jeito de sempre falar.
• Porta-malas - O compartimento de bagagens possui capacidade
nem deixou-a só num canto de 465 litros, que pode ser ampliada para até 1500 litros, com o
pra seu grande espanto encosto do banco traseiro rebaixado.
convidou-a pra rodar. • Tanque - O tanque de combustível é confeccionado em plástico
Então ela se fez bonita reciclável e posicionado entre as rodas traseiras, para evitar a
como há muito tempo não queria ousar deformação em caso de colisão
Com seu vestido decotado
cheirando a guardado Descrição - poesia
de tanto esperar. Retrato
Depois os dois deram-se os braços Eu não tinha esse rosto de hoje,
como há muito tempo assim calmo, assim triste, assim magro,
não se usava dar nem estes olhos tão vazios,
e cheios de ternura e graça nem o lábio amargo.
foram para a praça Eu não tinha estas mãos sem força,
e começaram a se abraçar. tão paradas e frias e mortas;
E ali dançaram tanta dança eu não tinha este coração
que a vizinhança toda despertou que nem se mostra.
e foi tanta felicidade Eu não dei por esta mudança,
que toda a cidade se iluminou tão simples, tão certa, tão fácil:
e foram tantos beijos loucos - Em que espelho ficou perdida
tantos gritos roucos a minha face?
como não se ouviam mais Cecília Meireles
que o mundo compreendeu
e o dia amanheceu em paz.
(Vinícius de Moares e Chico Buarque de Hollanda)
Dissertação/Argumentação - prosa
O Papel da Televisão na Vida dos Jovens
Descrição - oralidade
A televisão tem uma grande influência na formação • "Bom, o meu quarto é uma maravilha. No meu quarto tem um
pessoal e social das crianças e dos jovens. Funciona como banheiro dentro, o que eu acho maravilhoso, um banheiro
um dentro muito bonitinho. O quarto também é todo acarpetado,
estímulo que condiciona os comportamentos, positiva ou como é acarpetada a sala, o corredor, o resto do apartamento.
negativamente. (...)
Tem um armário enorme também, com as portas em madeira,
É legítimo que se imponha às estações de televisão uma
restrição de exibição de material violento ou desajustado à as portas são todas trabalhadas em madeira talhada, beleza,
faixa etária nas suas programações, dado que a exposição a bonitinho. Também deixaram as cortinas que são muito
este tipo de conteúdos é extremamente prejudicial no bonitas, de tafetá, cor coral, a colcha da cama combina com a
desenvolvimento das crianças e dos jovens, pois, tal como diz cortina ..."
o povo, “violência só gera violência”.
[Corpus do Projeto NURC/RJ - UFRJ- Mulher, 30 anos - Tema:
Casa
TIPOS DE TEXTOS
Características dos tipos textuais
A linguagem é um código de comunicação que pode ser verbal e não verbal. Há muitas
possibilidades de linguagem e de junção de linguagens para que se estabeleça a comunicação
através do texto. Então, o texto é o resultado de um processo enorme, e um dos elementos desse
processo é o uso da linguagem.
A linguagem verbal tem muitas variações. Não se usa o mesmo tipo de linguagem para,
por exemplo, conversar com os amigos em uma roda de conversa informal e com um entrevistador
durante uma entrevista de emprego. Usa-se linguagens diferentes em contextos diferentes. A língua
é múltipla, por isso há diferentes níveis de linguagem, dependendo do contexto
em que o falante está inserido. A língua varia dependendo da circunstância, época, região.
Figuras de linguagem
As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem
mais expressiva. É um recurso linguístico para expressar experiências comuns de formas diferentes,
conferindo originalidade, emotividade ou poeticidade ao discurso.
a)figuras de palavras;
b)figuras de pensamento;
c)figuras sonoras;
d)figuras de construção ou sintaxe
FIGURAS DE PALAVRAS
METÁFORA
COMPARAÇÃO
SINESTESIA
CATACRESE
METONÍMIA
PERÍFRASE
•Usamos a catacrese em expressões como “orelha de livro” ou “dente de alho”.
ONOMATOPEIA
Consiste na imitação do som ou da voz natural dos seres.
• “No tic tic tac do meu coração, renascerá...” (Timbalada)
• Todos os dias, às seis da tarde, o sino da igreja faz blem, blem, blem.
• “E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano.”
(Machado de Assis)
ASSONÂNCIA
• - "Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral" (Caetano Veloso - Araçá Azul)
• Anule aliterações altamente abusivas ( manual de redação humorístico (aliteração em
ALITERAÇÃO
O significado das palavras é estudado pela semântica, a parte da gramática que estuda não só o sentido
das palavras como as relações de sentido que as palavras estabelecem entre si: relações de sinonímia,
antonímia, paronímia, homonímia,...
Compreender essas relações nos proporciona o alargamento do nosso universo semântico, contribuindo
para uma maior diversidade vocabular e maior adequação aos diversos contextos e intenções
comunicativas.
Sinonímia e antonímia
A sinonímia indica a capacidade das palavras apresentarem significados semelhantes. A antonímia indica
a capacidade das palavras apresentarem significados opostos. Assim, através da sinonímia e da
antonímia as palavras estabelecem relações de proximidade e contrariedade.
Exemplos de palavras sinônimas:
importante: significativo, considerável, prestigiado, indispensável, fundamental,...
necessário: essencial, fundamental, forçoso, obrigatório, imprescindível,...
Exemplos de palavras antônimas:
dedicado: desinteressado, desapegado, faltoso, desaplicado, relapso,...
pontual: atrasado, retardado, durável, genérico, irresponsável,...
Homonímia e paronímia
A homonímia se refere à capacidade das palavras serem homônimas (som igual, escrita igual, significado
diferente), homófonas (som igual, escrita diferente, significado diferente) ou homógrafas (som diferente,
escrita igual, significado diferente).
A paronímia se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de forma parecida, mas que
apresentam significados diferentes.
Exemplos de palavras parônimas:
Comprimento (tamanho) e cumprimento (saudação);
Imigrar (entrar num novo país) e emigrar (sair do seu país).
Polissemia e monossemia
A polissemia indica a capacidade de uma palavra apresentar uma multiplicidade de significados,
conforme o contexto frásico em que ocorre. A monossemia indica que determinadas palavras apresentam
apenas um significado.
Exemplos de palavras polissêmicas:
Cabeça (parte do corpo humano e líder do grupo, com origem comum na palavra em latim capitia);
Letra (símbolo de escrita e documento substituto de dinheiro, com origem comum na palavra em latim
littera).
Exemplos de palavras monossêmicas:
Estetoscópio (instrumento médico);
Eneágono (polígono com nove ângulos).
Denotação e conotação
A denotação indica a capacidade das palavras apresentarem um sentido literal e objetivo. A conotação
indica a capacidade das palavras apresentarem um sentido figurado e simbólico.
Exemplos de palavras com sentido denotativo:
O navio atracou no porto.
A anta é um mamífero.
Exemplos de palavras com sentido conotativo:
Você é o meu porto.
Pense pela sua própria cabeça, sua anta!
Hiperonímia e hiponímia
A hiperonímia e a hiponímia indicam a capacidade das palavras estabelecerem relações hierárquicas
de significado. Um hiperônimo, palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um hipônimo,
palavra inferior com sentido mais restrito.
Fruta é hiperônimo de morango.
Morango é hipônimo de fruta.
Exemplos de hiperônimos:
ferramenta
ave
Exemplo de hipônimos:
martelo, serrote, alicate, enxada, chave de fenda,...
papagaio, gaivota, bem-te-vi, arara, coruja,...
Formas variantes
As formas variantes se referem a palavras que possuem mais do que uma grafia correta, sem que haja
alteração do seu significado.
Exemplos de formas variantes:
abdome e abdômen;
bêbado e bêbedo;
embaralhar e baralhar;
enfarte e infarto;
louro e loiro.
Acentuação gráfica.
Monossílabos tônicos: Eu sei que há Ditongo Aberto Tônico: ÉU(s), ÓI(s), ÉI(s)
solução. Eu sei que a solução é essa. monossílabas: veú, dói, céus, sóis
oxítonas: chapéu, heróis, anéis
Monossílabos tônicos: terminados em * paroxítonas: ideia, joia, estreia, asteroide
A(s), E(s), O(s) Terminados em a: pá, cá, Obs.: destróier
lá, chá… Terminados em e: fé, ré, pé, crê,
vê… Terminados em o: nó, só, dó, pó, Acentos Diferenciais:
nós… Vou pôr um casaco, está frio.
Oxítonas: terminados em A(s), E(s), O(s), Vamos por este caminho.
EM, ENS sofá, Amapá, café, você, cipó, Quero saber qual é a forma da fôrma de bolo.
após, armazém, ninguém, parabéns,... Ontem ele pôde entrar mas agora não pode.
Paroxítonas: terminados em
LI(s)NUsRXÃ(ÃO) UM, UNS, PS, ditongo
dócil, lápis, hífen, bônus, açúcar, clímax,
órfã, órfão, álbum, álbuns, fórceps, jóquei
Proparoxítonas: todas são acentuadas
Chácara, árvore, apóstolo, pássaro
Acentos Diferenciais: Verbos ter e vir:
Presente do ind.
Deter Intervir
Manter Desavir
Entreter Provir
Presente do ind.
Eu detenho/intervenho
Tu deténs/intervéns
Ele detém/intervém
Nós detemos/intervimos
Vós detendes/intervindes
Eles detêm/intervêm
LE DA VÊ e CRÊ
Ele lê o livro. Eles leem o livro.
Talvez ele dê um jeito. Talvez eles deem um jeito.
Ele vê a jovem. Eles veem a jovem.
Ele crê em Deus. Eles creem em Deus.
voo, enjoo, roo
As palavras podem ser átonas ou tônicas. Algumas preposições (“em”, “de”, “por”), os artigos (o, a, os,
as, um, uns, uma, umas), os pronomes oblíquos átonos (“me”, “te”, “se”, “o”, “a”, “os”, “as”, “lhe”, “lhes”,
“nos”, “vos”) etc são palavras átonas. Já as palavras-chave de uma frase, como os substantivos,
verbos, adjetivos, advérbios, são tônicas, isto é, possuem sílaba mais forte em relação às outras.
Assim, quando a sílaba tônica de uma palavra é a última, é chamada de oxítona (ruim, café, jiló,
alguém, anzol, condor).
Quando a tonicidade recai na penúltima sílaba, é chamada de paroxítona (dólar, planeta, vírus, capa,
jato, âmbar, hífen). Quando a sílaba tônica é a antepenúltima, é chamada de proparoxítona (córrego,
cúpula, trânsito, xícara, médico). Com base na acentuação tônica, há a acentuação gráfica. Imagine
por que ocorrem as regras de acentuação gráfica, vendo esta frase: Dona Delia, arquejava para o
lado, empunhava a citara¹ e fazia um belo som ao fundo, enquanto o poeta, de renome entre a corte,
citara² um pequeno recorte de seus preciosos versos. “Depois dele, quem mais citara³ coisa tão linda!”,
exclamou Ambrozina, filha de Galdeco.
1. cítara: instrumento musical;
2. citara: verbo “citar” no pretérito-mais-que-perfeito do indicativo;
3. citará: verbo “citar” no futuro do presente do indicativo. Sem a acentuação gráfica nas ocorrências
de “citara”, temos dificuldade de entender o texto acima, não é? A Língua Portuguesa já passou por
tempos em que não havia a acentuação gráfica e isso fazia com que houvesse alguns problemas de
interpretação dos textos da corte, das leis, das ordens.
Houve, portanto, necessidade de padronizar a linguagem de forma a ter mais clareza, disso resultaram
as regras de acentuação gráfica. A acentuação gráfica é a aplicação de sinais diacríticos sobre
algumas vogais de forma a representar a tonicidade da palavra.
Esses sinais são basicamente os acentos agudo (´) e circunflexo (^). Além desses, há ainda o acento
grave (`), que é o indicador da crase, e as notações léxicas: o trema (¨), o qual foi suprimido das
palavras portuguesas ou aportuguesadas pela Reforma Ortográfica, exceto nos casos de derivados de
nomes próprios (“mülleriano”, derivado de “Müller”), e o til (~), o qual indica nasalização das vogais a e
o. Você verá, a partir de agora, que a acentuação é dividida em duas regras fundamentais: a regra
geral e a regra especial. Tais regras são subdivididas e você verá isso adiante.
O que importa aqui é entender que os linguistas pensaram primeiro numa regra básica. Em seguida,
ao perceberem que tal regra não deu conta da totalidade das palavras, tiveram a necessidade de
pensar na regra especial
a, as: crachá, cajá, estás. Por isso, não acentuamos as paroxítonas “capa, ata, tapas”. e, es: você,
café, jacarés.
Por isso, não acentuamos as paroxítonas “pele, crepe, paredes”. o, os: paletó, jiló, retrós.
Por isso, não acentuamos as paroxítonas “rolo, bolo, copos”. em, ens: ninguém, também, parabéns.
Por isso, não acentuamos as paroxítonas “garagem, item, hifens”.
Como ocorreu nos monossílabos tônicos, as oxítonas terminadas em “ói”, “éi”, “éu” já eram
acentuadas.
Mas, antes da reforma ortográfica assinada em 2009, esses ditongos abertos e tônicos tinham acento
em qualquer sílaba tônica. A partir de janeiro de 2009, ela passou a ser fixa também das oxítonas. Por
isso, acrescentamos: ói, éu, éi: herói, corrói, troféu, chapéu, ilhéu, anéis, fiéis, papéis. Por esse motivo,
deixamos de acentuar as paroxítonas que possuem a tonicidade nestes ditongos abertos tônicos,
como “assembleia, ideia, heroico, joia”.
Restaram, então, as demais terminações para as paroxítonas. Perceba que a acentuação desta regra
ocorreu também em oposição à oxítona. i, is: táxi, beribéri, lápis, grátis, júri. us, um, uns: vírus, bônus,
álbum, parabélum, álbuns, parabéluns. l, n, r, x, ps: incrível, útil, ágil, fácil, amável, próton, elétron,
herôon1 , éden, hífen, pólen, dólmen, lúmen, líquen, éter, mártir, blêizer,contêiner, destróier, gêiser2 ,
Méier, caráter, revólver, tórax, ônix, fênix, bíceps, fórceps. ã, ãs, ão, ãos: ímã, órfã, ímãs, órfãs,
bênção, órgão, órfãos, sótãos. om, on, ons: iândom, rândom, elétron, elétrons, próton, prótons
água, árduo, pônei, vôlei, cáries, mágoas, pôneis, jóqueis. Por isso, não acentuamos as oxítonas
“caqui, jabutis”; “urubu, bambus”; “anel, cateter, durex”; “irmã, irmão” (Perceba que o “til” é apenas um
marcador de nasalização); e “voltei, carregare
Como no Direito, a regra geral não abarca tudo. Deve haver algumas peculiaridades para
determinadas situações. No caso da linguagem, há particularidades para algumas palavras. Daí se
seguem as regras especiais. Isso ocorreu primeiro por causa de vocábulos como: pais, país cai, caí
saia, saía O vocábulo “pais” é um monossílabo tônico e não tem acento porque sua terminação não
permite (apenas os monossílabos terminados em “a, e, o”, seguidos ou não de “s”, são acentuados, ou
com ditongos abertos tônicos “éi”, “ói”, “éu”, seguidos ou não de “s”). Esse vocábulo é formado pela
vogal “a” (som mais forte) e a semivogal “i” (som mais brando). Assim, percebemos um declínio no
som. É um ditongo, pois é construído por uma vogal e uma semivogal. Veja agora o vocábulo “país”.
Ele possui duas sílabas (pa-ís). Há, na realidade, duas vogais. Assim, obrigatoriamente, devem ficar
em sílabas diferentes. Por isso, ocorre aí um HIATO. Assim, houve necessidade de criar a regra do
hiato, para evitar confundir a pronúncia das vogais “i” /i/ ou “u” /u/ com as semivogais “i” /y/ ou “u” /w/.
Uso da crase
Emprego do sinal indicativo de crase
É a fusão de preposição "a" e do artigo definido feminino "a". Para indicar a crase, o "a" recebe o
"acento
grave”. Ela se dá pela regência verbal (quando completa o verbo), pela regência nominal (quando
completa
substantivo, adjetivo ou advérbio) e também ocorre em locuções adverbiais,
prepositivas e conjuntivas. ➥ Casos proibidos:
● Antes de masculino = Andamos a cavalo ontem.
● Antes de plural (a + plural) = Refiro-me a mulheres jovens.
● Antes de pronomes = Diga a ela e a ele tudo que sabe.
● Antes de verbo = Ficou a ver navios ontem a partir das 18h.
● Antes de artigos indefinidos (um - uma) = Vou a uma festa e depois a um jogo.
● Após preposições (para - durante - com - sobre - após - desde…) = Vamos para a festa.
● Após daqui e daí = Daqui a 3h, eu viajarei.
● Entre palavras repetidas = Ficou cara a cara com o ladrão.
➥ Facultativos:
● Nomes de mulheres = Refiro-me a (à) Joana.
● Pronomes adjetivos (sua - tua - minha - nossa - vossa) = Vou a (à) sua loja.
● Após preposição “até" = Vou até a (à) praia. Contexto da frase ou quando o verbo apresentar duas
regências:
● Ele agradou a (à) esposa. (Fazer carinho ou satisfazer.)
● Ele bateu a (à) porta. (Fechar com violência ou chamar de forma educada.)
➥ Obrigatórios:
1. Nas locuções adverbiais = à noite, à direita, às vezes, às claras, às pressas…
● Chego à noite. / Virou à direita. / Às vezes estudo. / Saiu às pressas.
2. Nas locuções prepositivas = à espera de, à procura de, à beira de...
● Estou à espera de você. / Mora à beira do rio. / Está à procura de você. 3. Nas locuções conjuntivas
=à
proporção que, à medida que...
● Aprendo à proporção que estudo. / À medida que estudo, aprendo mais. 4. Nas locuções adverbiais
de
horas, quando não vierem após preposição:
● Chegou às 14h da tarde.
5. Quando houver a expressão "à moda de”, mesmo que subentendida:
● Cortou o cabelo à moda de Ronaldinho.
● Cortou o cabelo à Ronaldinho.
6. Nas palavras femininas quando forem objeto indireto ou complemento nominal:
● Diga à menina que terei obediência à professora.
● Refiro-me à mulher da sua família.
Fonética e Fonologia: som e fonema, encontros vocálicos e consonantais e dígrafos
Conceito: A Fonética, ou Fonologia, estuda os sons emitidos pelo ser humano, para efetivar a
comunicação. Esses sons são chamados de fonemas. Eles se dividem em vogais, consoantes e
semivogais.
Primeiramente, é importante diferenciarmos letra de fonema:
Letra: Cada um dos sinais gráficos elementares com que se representam os vocábulos na língua
escrita. Por exemplo, a palavra “casa” possui 4 letras.
Fonema: Unidade mínima distintiva no sistema sonoro de uma língua. Essa unidade, para ser
diferenciada da letra, é delimitada por duas barras: /... / . Por exemplo, a palavra “casa” possui 4
sons /k/, /a/, /z/, /a/.
Há uma relação entre a letra na língua escrita e o fonema na língua oral, mas não há uma
correspondência rigorosa entre eles. Por exemplo, o fonema /s/ pode ser representado pelas
seguintes letras ou encontro delas:
c (antes de e e de i): certo, paciência, acenar.
ç (antes de a, de o e de u): caçar, açucena, açougue.
s: salsicha, semântica, soçobrar.
ss: passar, assassinato, essencial.
sc: nascer, oscilar, piscina
Vogais
Sons formados sem obstáculo para a saída do ar. As vogais são a base da sílaba. Não há sílaba
sem vogal.
São as seguintes vogais existentes na Língua Portuguesa:
5 Letras vogais: a, e, i, o, u.
12 Sons vogais: Vogais abertas: a, é, ó
Vogais fechadas: ê, i, ô, u.
Vogais nasais: ã, ẽ, ĩ, õ, ũ
Nas vogais nasais, a corrente de ar flui em parte pela cavidade bucal, em parte pela nasal.
Representam-se as vogais nasais, na escrita, pelas cinco letras, da seguinte forma:
a) seguidas de m ou de n: lâmpada, sândalo.
b) em sílaba final, o a grafa-se com til: amanhã, Ivã, ímã.
c) o nh também é um sinal de nasalização: rainha, cânhamo.
Semivogais
São fonemas vocálicos, ou seja, fonemas semelhantes às vogais, por terem som de vogal, mas
com duração de som menor que a das vogais e que nessas se apoiam para constituir sílaba.
As semivogais são representadas pelas seguintes letras:
1) e, i, o, u, ao lado de uma vogal, formando sílaba com ela. Note que as semivogais e e i têm som
de i, representadas por y. As semivogais o e u têm som de u, representadas por w.
Por exemplo, a palavra “pátio” possui a letra “i” (semivogal: som mais brando), a qual se encontra ao
lado da letra “o” (vogal: som mais forte), formando sílaba com ela. Assim, podemos representar
foneticamente tal palavra da seguinte forma: /patyo/. 2) m e n, somente nas terminações de palavras
am, em e en. Por exemplo: amam: o último m tem som de u, e o a é nasal. Foneticamente
representamos o m por w: /ãmãw/ bem: o m tem som de i, com e nasal. Foneticamente representamos
o m por y: /bẽy/ pólen: o n tem som de i, com e nasal. Foneticamente representamos o n por y: /polẽy/
Consoantes
As consoantes são obstáculos à corrente de ar (só existem junto de uma vogal). Para a fonética,
consoante é um obstáculo realizado pelo aparelho fonador, principalmente pela cavidade bucal.
Existem as seguintes consoantes na Língua Portuguesa: 21 letras consoantes: b, c, d, f, g, h, j, k, l, m,
n, p, q, r, s, t, v, x, w, y, z. 19 fonemas consonantais: /b/, /k/, /s/, /d/, /f/, /g/(som: gue), /j/, /l/, /λ/(som:
lhe), /m/, /n/, /ñ/, /p/, /r/, /R/, /t/, /v/, /x/, /z/. Exemplos: /b/ : bom /n/ : não /k/ : casa /ñ/ : unha /s/ : sim /p/ :
pão /d/ : dar /r/ : caro /f/ : faca /R/ : carro /g/ : gato /t/ : tatu /j/ : gente /v/ : via /l/ : lado /x/ : caixa /λ/ :
lhama /z/ : casa /m/ : mão
Encontro vocálico
Dígrafos
Dígrafo é o agrupamento de duas letras com apenas um fonema. Pode ser consonantal e
vocálico.
Dígrafo Consonantal
Os principais são rr, ss, sc, sç, xc, xs, lh, nh, ch, qu, gu.
Algumas observações:
a) representam-se os dígrafos por letras maiores que as demais, exatamente para estabelecer a
diferença entre uma letra e um dígrafo.
Dígrafo Vocálico
É o encontro de uma vogal com m ou n, na mesma sílaba, mas não em final de palavra: am,
an, em, en, im, in, om, on, um, un. A única função do m e do n é indicar que a vogal é nasal. Não
representam, portanto, outro som. Há, então, um dígrafo, pois existem duas letras com apenas um
som. Por exemplo:
santo = san-to - /sãto/.
Não se esqueça de que, quando a palavra terminar em am, em e em, o m e o n são semivogais.
Não há, portanto, dígrafo nesses encontros, já que o m e o n são pronunciados, mas sim ditongo
nasal. Por exemplo: decoram = /dekorãw/ (Ver ditongos).
Vamos treinar um pouco esses conceitos com questões comentadas. Em seguida, falaremos
um pouco sobre a divisão silábica porque isso depende diretamente do conteúdo visto até agora.
Morfologia: classes de palavras variáveis e invariáveis e seus empregos no texto
A análise morfológica das palavras preconiza a classificação isolada das palavras em diferentes classes
gramaticais.
A análise sintática das palavras preconiza a classificação da função que as palavras desempenham
inseridas numa oração.
1) Morfologia: é o estudo das dez classes gramaticais. Esse é o pré-requisito mais importante para os
seus estudos. Você não precisa, necessariamente, saber classificar as palavras, mas reconhecê-las
morfologicamente será fundamental para evoluir na sintaxe.
2) Sintaxe:"Sintaxe é a parte da Gramática que estuda a disposição das palavras nos períodos, bem
como a relação lógica entre elas. "
A divisão da morfologia Para fins didáticos, dividiremos as dez classes gramaticais da seguinte forma:
Agora, vamos entender cada uma das classes gramaticais que compõem o grupo dos nomes: •
SUBSTANTIVO = palavra que dá nome aos seres em geral (nomes a pessoas, lugares, instituições,
espécies, noções, ações, estados, qualidades);
• ARTIGO = palavra que determina o substantivo;
• ADJETIVO = palavra que caracteriza o substantivo;
• NUMERAL = palavra que quantifica ou ordena o substantivo;
• PRONOME = palavra que acompanha ou substitui o substantivo.
Grupo do verbo: “é uma palavra de forma variável que exprime o que se passa, isto é, um acontecimento
representado no tempo”. a importância do verbo não está na palavra em si, mas no que dele decorre. O
verbo também permite a organização da oração para se pensar no sistema de pontuação do texto escrito.
O verbo define os limites entre orações, que são o instrumento de estudo do período composto. Do verbo
decorrem as vozes verbais e parte do estudo do emprego do sinal indicativo de crase. Do verbo se inicia
o estudo de colocação pronominal.
Do verbo, passamos ao advérbio, que é um modificador do verbo, oferecendo a ele as mais diversas
circunstâncias, como tempo, modo, lugar, finalidade, intensidade, causa etc. É uma palavra invariável, ou
seja, não se flexiona em gênero e número como o adjetivo, por exemplo.
O grupo dos conectores: Nesse grupo, há duas classes gramaticais de funções semelhantes (conectar),
mas que não interagem entre si: preposição e conjunção. A função da preposição é unir duas palavras,
de maneira que a primeira ofereça uma informação acerca da segunda.
Como a preposição sempre faz com que a palavra posposta a ela ofereça uma informação acerca da
palavra anteposta, guarde a seguinte informação: toda expressão preposicionada é subordinada! Basta
você, no texto, identificar a quem ela se subordina.
As locuções: conjunto de palavras que equivale a um único vocábulo, que representa uma unidade
morfológica. Merecem destaque cinco tipos: locuções adjetivas, locuções adverbiais, locuções
prepositivas, locuções conjuntivas e locuções verbais.
• Locução adjetiva
As histórias de terror não me impressionam mais.
• Locução adverbial
Ele saiu às pressas ontem.
• Locução prepositiva
Pedro mora em frente à farmácia.
• Locução conjuntiva
Estou empregado, no entanto ainda estudo. •
Locução verbal
Ele havia preparado o jantar
A Sintaxe Enquanto a morfologia tem a finalidade de analisar as classes de palavras, a sintaxe busca
analisar a função e o posicionamento de palavras e expressões em um sintagma. Primeiramente,
precisamos saber dois aspectos: quais são as funções sintáticas da língua portuguesa e a ordem
direta da oração.
cabe destacar que os estudos linguísticos definem a chamada ordem direta, também conhecida
como ordem canônica ou ordem preferencial. Ela estipula como os termos preferem se ordenar
sintaticamente. Em língua portuguesa, a ordem direta é:
O predicativo não é gramaticalmente um complemento verbal. Todavia, como ele costuma estar na
posição em que se situam os complementos, vamos, por razões didáticas, considerar que o verbo,
na ordem direta, possui relação de ligação. Por fim, três pressupostos são essenciais para entender
melhor a sintaxe:
• Frase: qualquer enunciado inteligível que estabeleça comunicação.
• Oração: frase dotada de verbo.
• Período: espaço textual, que vai de uma letra maiúscula até uma pontuação (ponto final, ponto de
interrogação ou ponto de exclamação). Nesse espaço, podemos encontrar apenas uma oração
(período simples, também conhecido como oração absoluta) ou mais de uma oração (período
composto).
Orações coordenadas
As orações não mantêm entre si dependência gramatical, são independentes. Existe entre elas,
evidentemente, uma relação de sentido, mas do ponto de vista sintático, uma não depende da outra.
A essas orações independentes, dá-se o nome de orações coordenadas, que podem ser
assindéticas ou sindéticas.
As orações coordenadas introduzidas por uma conjunção são chamadas sindéticas.
No exemplo acima, a oração "e começa o espetáculo" é coordenada sindética, pois é introduzida
pela conjunção coordenativa "e".Classificação das orações coordenadas
a) Aditivas Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos,
acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência. As conjunções coordenativas aditivas
típicas são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as orações coordenadas sindéticas aditivas.
Por Exemplo: Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções.
Locuções verbais (perífrases verbais)
(ASPECTOS VERBAIS
)
A fim de abordarmos os aspectos verbais, precisamos primeiro falar um pouco das locuções
verbais.
Locução verbal
A locução verbal é a combinação de um verbo auxiliar com as formas nominais infinitivo,
gerúndio ou particípio, os quais são chamados de verbo principal.
hei de estudar estou estudando tenho estudado
verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal
(infinitivo) (gerúndio) (particípio)
locução verbal locução verbal locução verbal
Muitas vezes o verbo auxiliar traduz um valor semântico ao verbo principal dando origem
aos chamados aspectos verbais.
Como vimos no início desta aula, entre o auxiliar e o verbo principal no infinitivo, pode
aparecer ou não uma preposição (de, em, por, a, para).
Na locução verbal é somente o auxiliar que recebe as flexões de pessoa, número, tempo e
modo:
haveremos de fazer estavam trabalhando tinhas visto.
Também pode ocorrer, em vários casos, a alternância da preposição (começar a/de fazer).
Os verbos ter, haver combinam-se com o particípio do verbo principal para constituírem
novos tempos, chamados compostos. Estas combinações exprimem que a ação verbal está
concluída.
Os chamados tempos compostos já foram vistos há pouco nesta aula e aqui vamos apenas
fazer um resumo de sua estrutura:
Temos nove formas compostas:
Indicativo:
Pretérito perfeito composto: tenho ou hei cantado, vendido, partido
Pretérito mais-que-perfeito composto: tinha ou havia cantado, vendido, partido
Futuro do presente composto: terei ou haverei cantado, vendido, partido
Futuro do pretérito composto: teria ou haveria cantado, vendido, partido
Subjuntivo:
Pretérito perfeito composto: tenha ou haja cantado, vendido, partido
Pretérito mais-que-perfeito composto: tivesse ou houvesse cantado, vendido, partido
Futuro composto: tiver ou houver cantado, vendido, partido
Formas nominais
Infinitivo composto: ter ou haver cantado, vendido, partido
Gerúndio composto: tendo ou havendo cantado, vendido, partido
Às vezes a forma nominal particípio pode variar de acordo com o seu verbo auxiliar.
Quando o particípio tem sua terminação normal com o sufixo “do”, é chamado de particípio
regular (matado, soltado). Quando ele permite uma variação, é chamado de particípio
LÍNGUA PORTUGUESA
LÍNGUA PORTUGUESA
Os pronomes destacados indicam quem é o possuidor dos Não se sabe sobre quem ou quantas pessoas se fala, por isso
itens das orações: pés, coisas e malas. Observe que pelo pronome são utilizados pronomes que dão a ideia de quantidade indefinida.
é possível identificar a pessoa. Isso acontece porque há um prono- Pronomes indefinidos
me possessivo específico para cada pessoa:
Variáveis Invariáveis
Pessoa do discurso Pronomes possessivos algum, alguns, alguma, algumas; Alguém
certo, certos, certa, certas; Ninguém
1ª pessoa do singular Meu, minha, meus, minhas
2ª pessoa do singular Teu, tua, teus, tuas nenhum, nenhuns, nenhuma,
Outrem
3ª pessoa do singular Seu, sua, seus, suas nenhumas;
todo, todos, toda, todas; Tudo
1ª pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas outro, outros, outra, outras; Nada
2ª pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas muito, muitos, muita, muitas;
3ª pessoa do plural Seu, sua, seus, suas Cada
pouco, poucos, pouca, poucas;
Algo
vário, vários, vária, várias;
O pronome possessivo concorda: tanto, tantos, tanta, tantas; Mais
˃ Em pessoa, com o possuidor: quanto, quantos, quanta, quantas. Menos
Ex.: irmão
Meu chegou de viagem.
1ª pessoa do singular
Pronomes Interrogativos
˃ Em número, com o que se possui: São os pronomes utilizados nas perguntas diretas e indire-
tas. Observe o exemplo:
Ex.: são
Teuslindos!
filhos
Exs.:
Masculino plural
Quantaspessoas se matricularam no curso?
Pronomes Demonstrativos Quem
estava aqui ontem?
São os pronomes que indicam a posição de algo em relação à Gostaria de saber que dia você viajará.
pessoa do discurso. Observe os exemplos:
Pronomes interrogativos
Exs.:
Quem, quanto, quantos, quanta, quantas, qual, quais, que
Este mês está sendo ótimo para o comércio graças a Dia das
Mães. (mês atual); Pronomes Relativos
Na última semana tivemos quatro provas. Essa semana foi uma São pronomes que se relacionam com termos já citados na
correria! (passado próximo); oração, evitando a repetição.
Quando meus filhos eram pequenos, viajamos para a Europa. Exs.:
Aquela foi uma viagem inesquecível. (passado distante) Trouxe um livro.
O mesmo ocorre com os mesmos pronomes em relação à O livro que eu trouxe é o livro que você me pediu.
localização no espaço. Observe: O pronome relativo que indica e especifica o livro ao qual o
Exs.: interlocutor se refere:
Acho que esta camiseta ficou bem em mim. (próximo à pes- Trouxe o livro que você pediu.
soa que fala); O pronome relativo concordará:
Esse chapéu ficou ótimo em você! (próximo à pessoa com ˃ Com o seu antecedente:
que se fala);
As ruas pelas quais passou traziam lembranças.
Você sabe de quem é aquela pasta? (distante de quem fala e
Exceção: pronome cujo (e variações), que concorda com o
da pessoa com que se fala).
consequente:
Pronomes Demonstrativos Estou lendo um livro cuja capa foi feita pelo meu irmão.
Variáveis Invariáveis ˃ A regência do pronome relativo seguirá a regra da
Este, estas, estes, estasIsto regência pedida pelo verbo:
Esse, essa, esses, essasIsso
Exs.:
Aquele, aquela, aqueles, aquelasaquilo
É uma menina de quem todos gostam.
Pronomes Indefinidos Era uma pessoa a quem todos admiravam.
São pronomes que se referem à 3ª pessoas mas sem a fun-
ção de determinar ou definir. Pelo contrário: são pronomes que Pronomes Substantivos
dão um sentido vago, impreciso sobre quem ou o que se fala. Em alguns casos, o pronome atuará como substantivo,
Exs.: substituindo-o. Observe:
Muitos querem sucesso, mas poucos estão dispostos a pagar Poucos conhecem o segredo de viver em paz.
pelo seu preço. Pronome indefinido – substitui o substantivo
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LÍNGUA PORTUGUESA
Formação de palavras
Observe: A) Grau Comparativo Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o comparativo
do adjetivo:
de igualdade: tão + advérbio + quanto (como): Renato fala tão alto quanto João.
de inferioridade: menos + advérbio + que (do que): Renato fala menos alto do que João.
de superioridade: A.1 Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato fala mais alto do que João.
A.2 Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala melhor que João.
B) Grau Superlativo O superlativo pode ser analítico ou sintético:
B.1 Analítico: acompanhado de outro advérbio: Renato fala muito alto. muito = advérbio de intensidade /
alto = advérbio de modo
B.2 Sintético: formado com sufi xos: Renato fala altíssimo.
Observação: As formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são comuns
na língua popular. Maria mora pertinho daqui. (muito perto) A criança levantou cedinho. (muito cedo)
Classificação dos Advérbios De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de: A)
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto,
aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures, aquém,
embaixo, externamente, à distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao
lado, em volta. B) Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois,
ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde,
breve, constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente,
às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer
momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia. C) Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor,
pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às
escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a
pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em “-mente”: calmamente, tristemente,
propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente,
generosamente. D) Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente,
deveras, indubitavelmente. E) Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma,
tampouco, de jeito nenhum. F) Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez,
casualmente, por certo, quem sabe. G) Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso, bastante,
mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de
todo, de muito, por completo, extremamente, intensamente, grandemente, bem (quando aplicado a
propriedades graduáveis). H) Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente,
só, unicamente. Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores. I) Inclusão: ainda, até,
mesmo, inclusivamente, também. Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a adolescência.
J) Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer
aos meus amigos por comparecerem à festa
CONJUNÇÃO
Além da preposição, há outra palavra também invariável que, na frase, é usada como elemento de
ligação: a conjunção. Ela serve para ligar duas orações ou duas palavras de mesma função em uma
oração: O concurso será realizado nas cidades de Campinas e São Paulo. A prova não será fácil, por
isso estou estudando muito.
1. Morfossintaxe da Conjunção As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente
uma função sintática: são conectivos.
2. Classificação da Conjunção De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem
ser classificadas em coordenativas e subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela
conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade
de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela
conjunção depende da existência do outro. Veja: Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo.
Podemos separá-las por ponto: Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo. Temos acima um
exemplo de conjunção (e, consequentemente, orações coordenadas) coordenativa – “mas”. Já em:
Espero que eu seja aprovada no concurso! Não conseguimos separar uma oração da outra, pois a
segunda “completa” o sentido da primeira (da oração principal): Espero o quê? Ser aprovada. Nesse
período temos uma oração subordinada substantiva objetiva direta (ela exerce a função de objeto direto
do verbo da oração principal).
3. Conjunções Coordenativas São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou
termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em: A) Aditivas: ligam orações ou
palavras, expressando ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também,
não só... como também, bem como, não só... mas ainda. A sua pesquisa é clara e objetiva. Não só
dança, mas também canta.
B) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São
elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante Tentei chegar mais cedo, porém
não consegui.
C) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos
que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja,
talvez... talvez. Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.
D) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou
consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. Marta
estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa. Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa
gratidão.
E) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São
elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. Não demore, que o filme já vai começar. Falei muito,
pois não gosto do silêncio!
4. Conjunções Subordinativas São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da
outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração
subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha começado quando ela chegou. O baile já tinha começado:
oração principal quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal) ela chegou: oração subordinada
As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais: Integrantes - Indicam que a
oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações
que equivalem a substantivos, ou seja, as orações subordinadas substantivas. São elas: que, se. Quero
que você volte. (Quero sua volta) Adverbiais - Indicam que a oração subordinada exerce a função de
adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classifi cam-se em: A)
Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que,
como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc.
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.
B) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto,
impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais
que, posto que, conquanto, etc.
C) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da
principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que,
etc. Se precisar de minha ajuda, telefone-me
D) Conformativas: introduzem uma oração que exprime a conformidade de um fato com outro. São elas:
conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. O passeio ocorreu como havíamos planejado.
E) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a oração
principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. Toque o sinal para que
todos entrem no salão.
F) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à
ocorrência do expresso na principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as
combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos...
(menos), etc. O preço fi ca mais caro à medida que os produtos escasseiam. Observação: São incorretas
as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na medida em que.
G) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na
oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que,
desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. A briga começou assim que
saímos da festa.
H) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração
principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do
que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. O jogo de hoje será
mais difícil que o de ontem.
I) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte
que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na
oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. Estudou tanto durante a noite que
dormiu na hora do exame.
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito. É um recurso
da linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as sentenças da
língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação
particular, um momento ou um contexto específico. Exemplos:
Ah, como eu queria voltar a ser criança! ah: expressão de um estado emotivo = interjeição Hum! Esse
pudim estava maravilhoso! hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição O significado das
interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas.
O tom da fala é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto em que for utilizada.
Exemplos: Psiu! contexto: alguém pronunciando esta expressão na rua; significado da interjeição
(sugestão): “Estou te chamando! Ei, espere!
Psiu! contexto: alguém pronunciando em um hospital; signifi cado da interjeição (sugestão): “Por favor,
faça silêncio!” Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! puxa: interjeição; tom da fala: euforia Puxa! Hoje
não foi meu dia de sorte! puxa: interjeição; tom da fala: decepção As interjeições cumprem, normalmente,
duas funções:
A) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, tristeza, dor, etc.: Ah, deve ser muito
interessante!
B) Sintetizar uma frase apelativa: Cuidado! Saia da minha frente. As interjeições podem ser formadas
por:
simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô
palavras: Oba! Olá! Claro!
grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus! Ora bolas!
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/ uma, dois/duas e os que indicam centenas de
duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas, quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais como
milhão, bilhão, trilhão, variam em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais são invariáveis.
atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção. Quando
atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses
triplas do medicamento. Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um
terço/dois terços, uma terça parte/duas terças partes.
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros. É
comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou
especialização de sentido. É o que ocorre em frases como: “Me empresta duzentinho...” É artigo de
primeiríssima qualidade! O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de
futebol)
Emprego e Leitura dos Numerais
Os numerais são escritos em conjunto de três algarismos, contados da direita para a esquerda, em forma
de centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma separação através de ponto ou espaço
correspondente a um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456. Em sentido fi gurado, usa-se o numeral para indicar
exagero intencional, constituindo a fi gura de linguagem conhecida como hipérbole: Já li esse texto mil
vezes. No português contemporâneo, não se usa a conjunção “e” após “mil”, seguido de centena: Nasci
em mil novecentos e noventa e dois. Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais. Mas, se a
centena começa por “zero” ou termina por dois zeros, usa-se o “e”: Seu salário será de mil e quinhentos
reais. (R$1.500,00) Gastamos mil e quarenta reais. (R$1.040,00) Para designar papas, reis, imperadores,
séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e, a partir daí, os
cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo
Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação
acontece, normalmente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições
são muito importantes na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores
semânticos indispensáveis para a compreensão do texto. 1. Tipos de Preposição
A) Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante,
após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para
com.
B) Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições,
ou seja, formadas por uma derivação imprópria: como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo,
senão, visto.
C) Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última
palavra é uma (preposição): abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com,
em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por
cima de, por trás de. A preposição é invariável e, no entanto, pode unir-se a outras palavras e, assim,
estabelecer concordância em gênero ou em número. Exemplo: por + o = pelo / por + a = pela. Essa
concordância não é característica da preposição, mas das palavras às quais ela se une. Esse processo
de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir dos processos de:
Combinação: união da preposição “a” com o artigo “o”(s), ou com o advérbio “onde”: ao, aonde, aos.
Os vocábulos não sofrem alteração.
Contração: união de uma preposição com outra palavra, ocorrendo perda ou transformação de fonema:
de + o = do, em + a = na, per + os = pelos, de + aquele = daquele, em + isso = nisso.
Crase: é a fusão de vogais idênticas: à (“a” preposição + “a” artigo), àquilo (“a” preposição + 1.ª vogal
do pronome “aquilo”).
Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos e estabelece relação de subordinação
entre eles. Irei à festa sozinha.
Entregamos a flor à professora! = o primeiro “a” é artigo; o segundo, preposição. Se for pronome pessoal
oblíquo estará ocupando o lugar e/ou a função de um substantivo: Nós trouxemos a apostila. = Nós a
trouxemos.
Relações semânticas
(= de sentido) estabelecidas por meio das preposições:
Destino = Irei a Salvador.
Modo = Saiu aos prantos.
Lugar = Sempre a seu lado.
Assunto = Falemos sobre futebol.
Tempo = Chegarei em instantes.
Causa = Chorei de saudade.
Fim ou finalidade = Vim para fi car.
Instrumento = Escreveu a lápis.
Posse = Vi as roupas da mamãe.
Autoria = livro de Machado de Assis
Companhia = Estarei com ele amanhã.
Matéria = copo de cristal.
Meio = passeio de barco.
Origem = Nós somos do Nordeste.
Conteúdo = frascos de perfume.
Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
Preço = Essa roupa sai por cinquenta reais
Elementos da comunicação
A COMUNICAÇÃO ocorre quando, ao emitirmos uma mensagem, nos fazemos compreender por uma
pessoa e modificamos seu comportamento.
Linguagem Verbal:
Utiliza a palavra.
Linguagem não Verbal:
Utiliza o gesto, a imagem, o som, etc.
Linguagem Mista:
utiliza a imagem e a palavra.
LÍNGUA: é um tipo de código formado por palavras e leis combinatórias por meio do qual as pessoas se
comunicam e interagem entre si.
VARIEDADES LINGUÍSTICAS: são as variações que uma língua apresenta, de acordo com as
condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
Todas as variedades são adequadas, desde que cumpram com eficiência o papel fundamental de uma
língua – o de permitir a interação verbal entre as pessoas.
comunicação
NORMA CULTA ou PADRÃO: é a língua padrão, a variedade linguística de maior prestígio social.
DIALETOS: variedades originadas das diferenças de região, de idade, de sexo, de classes ou grupos
sociais e da própria evolução histórica da língua.
GÍRIA: quase sempre criada por um grupo social, como skatistas, policiais, detentos. Quando restrita a
uma profissão é chamada de jargão.
Todo ato comunicativo envolve sempre seis componentes essenciais EMISSOR (remetente)
RECEPTOR (destinatário) MENSAGEM (informação) REFERENTE (contexto) CANAL (meio)
CÓDIGO (língua)
Emissor: elemento que emite, codifica a mensagem, o que diz algo a alguém;
receptor: recebe, decodifica a mensagem, aquele a quem o texto se dirige;
mensagem: conteúdo e/ou informação transmitido(a) pelo emissor;
código: a língua, o conjunto de sinais estabelecidos por convenção e que permite compreender a
estrutura da mensagem;
referente: o assunto, o contexto, os objetos a que se refere a mensagem;
canal: meio físico que conduz a mensagem (som, ar, papel, etc.)
Toda interferência que ocorre no esquema da comunicação composto pelos elementos citados é
chamada de ruído.
Por meio da intencionalidade, podemos, por exemplo, transmitir informações, convencer o outro a
fazer (ou dizer) algo, assumir compromissos, ordenar, pedir, demonstrar sentimentos, reivindicar,
etc. Diferenciar que intenção predomina em cada situação de comunicação auxilia a compreender
melhor o que foi dito.
O modo como organizamos a linguagem está diretamente ligado à função que desejamos dar a ela,
isto é, à intenção do locutor. As funções da linguagem estão centradas nos elementos da
comunicação. Toda comunicação apresenta uma variedade de funções, mas elas se apresentam
hierarquizadas, sendo uma dominante, de acordo com o enfoque que o emissor quer dar ou do efeito
que quer causar no receptor
E-mail - é o famoso correio eletrônico, ou seja, o endereço pelo qual se envia e recebe mensagens.
Emular - imitação de um outro sistema. Os emuladores servem para simular outros sistemas ou
até mesmo consoles de videogames.
Encriptação - codificação de dados para o envio e recebimento em segurança. Somente quem envia
e quem recebe possui o códigos da encriptação dos dados eletrônicos.
É preciso ressaltar que geralmente os textos apresentam mais de uma função da linguagem. Para
identificar a predominante, devemos nos perguntar: “Qual a intenção de quem produziu o texto?”.
Em relação ao exemplo anterior, percebemos que a intenção é chamar a atenção do consumidor,
portanto a função que predomina é a conativa, apesar da presença da função poética.
Sintaxe: relações sintático semânticas estabelecidas entre orações, períodos ou parágrafos
(período simples e período composto por coordenação e subordinação).
O que é sintaxe?
Parte da gramática que se ocupa da combinação de formas para construir unidades maiores. Em
sentido restrito (...) estudo das regras que presidem a combinação de palavras para
construir frases.” (LUFT, p.27)
“A análise sintática examina a estrutura do período, divide e classifica as orações que o constituem
e reconhece a função sintática dos termos de cada oração.” (CEGALLA, p.319)
FRASE: menor unidade autônoma da comunicação (LUFT); enunciado capaz de transmitir o que
pensamos, queremos ou sentimos (CEGALLA)
ORAÇÃO: unidade marcada por um verbo (...) apresenta também um substantivo (...) constituindo a
estrutura binária [Sujeito + Predicado] (LUFT); se caracteriza por ter uma palavra fundamental que é
o verbo (BECHARA); é a frase se estrutura sintática que apresenta, normalmente, sujeito e
predicado (CEGALLA
PERÍODO: frase constituída de uma ou mais orações; o período simples se confunde com a oração
absoluta; na língua escrita o período começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final
(ou exclamação, interrogação, reticências)
Funções sintáticas
São 8 as funções sintáticas reconhecidas pela NGB:
1) Sujeito
2) Objeto direto
3) Objeto indireto
4) Predicativo
5) Adjunto adverbial
6) Agente da passiva
7) Aposto
8) Vocativo
a) ir a, vir de, estar em, partir de (nome ou pronome precedido de preposição; advérbio);
b) comunicar com, concordar com, discordar de, precisar de, necessitar de, troçar de, casar-se
com, divorciar-se de, dispor-se a, arrepender-se de, interessar-se por (nome ou pronome
precedido de preposição).
d. Complemento agente da passiva – grupo preposicional (geralmente introduzido pela
preposição por) que, na frase ativa correspondente, passa a grupo nominal com função de
sujeito.
EX: «Uma Câmara não é eleita pelo povo, é nomeada pelo Governo.» → «O povo não
elege uma Câmara, o Governo nomeia-a.»
2. Predicativos:
a. Predicativo do sujeito – grupo nominal (1), adjetival (2), adverbial (3) ou proposicional (4) ou
oração (5) selecionado por um verbo copulativo (estar, ficar, continuar, parecer, permanecer,
revelar-se, ser, tornar-se…) que atribui uma propriedade ou uma localização (espacial ou
temporal) ao sujeito.
3. Modificador do grupo verbal – grupo preposicional (1), adverbial (2) ou oração subordinada (3) que, ao
contrário dos complementos, não sendo selecionados pelo verbo, modificam-no, acrescentando
informação suplementar. Caracterizam-se essencialmente pela sua grande mobilidade, podendo ocorrer
em várias posições da frase. EX: (1) «O carrinho partiu, com Lourival, por entre a azinhaga.» (2) «O
conselheiro enrolava vagarosamente o seu lenço de seda da Índia.» (3) «Não te posso dar minha filha,
porque já não tenho filha.»
ORAÇÕES SUBORDINADAS
Sintaticamente dependentes
CONCEITOS INICIAIS:
As orações subordinadas são sintaticamente
dependentes. Contém oração principal, com uma ou
1) Frase: Sentido completo.
mais orações subordinadas associadas a ela, que
Pode ser verbal ou nominal.
funcionam como termo de outra oração. Podem ser:
2) Oração: Sua base é o verbo (ou a locução verbal).
3) Período: Conjunto de orações.
1) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS:
O período pode ser:
Têm o valor e a função próprios do adjetivo. São
A) Período Simples – “Uma só oração”. (Or. Absoluta)
iniciadas por pronomes relativos: que, o qual (e
Ex.: As estrelas pareciam cardumes prateados.
variações), onde, quem, cujo (e variações).
Romero estava estudando muito.
B) Período Composto – “Duas ou mais orações”. Pode
Em relação ao termo que modificam, as orações
ser composto por coordenação ou por subordinação.
subordinadas adjetivas podem ser:
ORAÇÕES COORDENADAS
A) Explicativas “Entre vírgulas”. Tomam o termo a
que se referem no seu sentido amplo.
Sintaticamente independentes As orações coordenadas
Ex.: O livro, que Jéssica leu, é excelente!
são sintaticamente independentes.
Dividem-se em:
B) Restritivas “Sem vírgulas”. Restringem o sentido
A) Coordenadas Assindéticas – Sem conjunção.
do termo a que se referem.
Ex.: São confusões que eu não desejo nunca.
Ex.: Vi, vim, venci. Chegou, gostou, ficou para sempre.
A cidade onde Mariana mora é maravilhosa.
B) Coordenadas SINdéticas - Possuem conjunção. A
2. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS:
ideia expressa nas orações coordenadas sindéticas
depende da conjunção coordenativa que as une.
Têm as funções sintáticas próprias do substantivo e,
Podem ser:
geralmente, são introduzidas pelas conjunções
integrantes QUE e SE. Podem ser:
Estudamos muito, portanto passaremos no concurso.
A) Subjetivas (sujeito oracional)
(oração coordenada sindética conclusiva)
• verbo de ligação + predicativo + QUE (É preciso..., É
bom..., É melhor..., Está comprovado..., Parece certo...,
Estudaram e passaram no concurso que almejaram.
Fica evidente..., etc.).
(oração coordenada sindética aditiva)
Ex.: É importante que você estude muito.
• verbo na voz passiva sintética ou analítica + QUE / SE
Não estudou muito, mas passou nas provas. (oração
(Sabe-se..., Comenta-se..., Dir-se-ia.., Foi anunciado...,
coordenada sindética adversativa)
Foi dito..., etc.)
Ex.: Sabe-se que a impunidade existe.
Ora estudava, ora trabalhava. (oração coordenada
• verbos unipessoais / conjugados na 3a
sindética alternativa)
pessoa (convir,
parecer, constar, acontecer, cumprir, importar, ocorrer,
Vou indo, que já é tarde. (oração coordenada sindética
suceder, urgir).
explicativa)
Ex.: Convém que você estude sempre mais.
B) Objetivas Diretas
Ex.: Todos querem que você passe nas provas.
Perguntou se todos entenderam o assunto.
C) Objetivas Indiretas
Ex.: Duvido de que o pior ocorra.
Necessito de que todos me compreendam.
D) Completivas Nominais
Ex.: Tenho necessidade de que Cláudia me apóie.
Ele está certo de que será aprovado.
E) Predicativas
Ex.: Minha esperança era que ele voltasse.
F) Apositivas
Ex: Tenho um desejo: que todos estudem.
Só me resta uma saída: que tudo dê certo.
3) ORAÇÕES SUBORDINADAS
ADVERBIAIS:
Funcionam como adjuntos adverbiais da
oração
principal. São introduzidas por conjunções
subordinativas adverbiais. Classificam-se
segundo a circunstância adverbial que
expressam. Ex.:
Enquanto todos dormiam, eu estudava.
(or. sub. adv. temporal)
Quanto mais estudo, mais aprendo.
(or. sub. adv. proporcional)
Fez tudo a fim de que fosse o escolhido na
seleção.
(or. sub. adv. final)
Já que você não vai, eu não vou.
(or. sub. adv. causal)
Falou tanto que ficou rouco.
(or. sub. adv. consecutiva)
Se você for, eu vou.
(or. sub. adv. condicional)
Embora discordasse, aceitei as condições
impostas.
(or. sub. adv. concessiva)
Tudo saiu conforme combinamos.
(or. sub. adv. conformativa)
Ele dorme como um urso.
(or. sub. adv. comparativa)
ORAÇÕES REDUZIDAS
Características:
1) Apresenta verbo na forma nominal:
• Gerúndio (ndo)
• Infinitivo (r, res, r, rmos, rdes, rem)
• Particípio (regular ou irregular)
2) Não contém conjunção ou pronome relativo
3) É sempre uma oração subordinada
(substantiva, adjetiva ou adverbial)
Exemplos:
Chovendo amanhã, começaremos a plantação.
(sem conjunção / com verbo no gerúndio)
DESENVOLVIDA:
CONCEITOS INICIAIS:
1) Frase: Sentido completo. Pode ser verbal ou nominal.
2) Oração: Sua base é o verbo (ou a locução verbal).
3) Período: Conjunto de orações. O período pode ser:
A) Período Simples – “Uma só oração”. (Or. Absoluta)
Ex.: As estrelas pareciam cardumes prateados. Romero estava estudando muito.
B) Período Composto – “Duas ou mais orações”. Pode ser composto por coordenação ou por
subordinação.
1.1 ORAÇÕES COORDENADAS Sintaticamente independentes
As orações coordenadas são sintaticamente independentes. Dividem-se em:
A) Coordenadas Assindéticas – Sem conjunção. Ex.: Vi, vim, venci. Chegou, gostou, ficou para sempre.
B) Coordenadas SINdéticas - Possuem conjunção.
A ideia expressa nas orações coordenadas sindéticas depende da conjunção coordenativa que as une.
Podem ser: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso. (oração coordenada sindética
conclusiva)
Estudaram e passaram no concurso que almejaram. (oração coordenada sindética aditiva)
Não estudou muito, mas passou nas provas. (oração coordenada sindética adversativa)
Ora estudava, ora trabalhava. (oração coordenada sindética alternativa)
Vou indo, que já é tarde. (oração coordenada sindética explicativa)
ORAÇÕES SUBORDINADAS
Funcionam como adjuntos adverbiais da oração principal. São introduzidas por conjunções
subordinativas adverbiais. Classificam-se segundo a circunstância adverbial que expressam.
Ex.: Enquanto todos dormiam, eu estudava. (or. sub. adv. temporal)
Quanto mais estudo, mais aprendo. (or. sub. adv. proporcional)
Fez tudo a fim de que fosse o escolhido na seleção. (or. sub. adv. final)
Já que você não vai, eu não vou. (or. sub. adv. causal)
Falou tanto que ficou rouco. (or. sub. adv. consecutiva)
Se você for, eu vou. (or. sub. adv. condicional)
Embora discordasse, aceitei as condições impostas. (or. sub. adv. concessiva)
Tudo saiu conforme combinamos. (or. sub. adv. conformativa)
Ele dorme como um urso. (or. sub. adv. comparativa)
DESENVOLVIDA:
Se chover amanhã, começaremos a plantação. (or. sub. adv. condicional) (or. Principal)
Via um rapaz entregar folhetos na rua. (“que entregava folhetos” – or. reduzida de infinitivo)
Concordância nominal e verbal.
Concordância é a correspondência de flexão entre dois termos, podendo ser verbal ou nominal
As crianças estão animadas.
Crianças animadas.
• No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra na terceira pessoa do plural, concordando com o seu
sujeito, as crianças. No segundo exemplo, o adjetivo animadas está concordando em gênero (feminino) e
número (plural) com o substantivo a que se refere: crianças. Nesses dois exemplos, as flexões de
pessoa, número e gênero se correspondem.
CONCORDÂNCIA VERBAL
Casos Particulares
Há muitos casos em que o sujeito simples é constituído de formas que fazem o falante hesitar no
momento de estabelecer a concordância com o verbo. Às vezes, a concordância puramente gramatical é
contaminada pelo significado de expressões que nos transmitem noção de plural, apesar de terem forma
de singular ou vice-versa. Por isso, convém analisar com cuidado os casos a seguir.
Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade
de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de um substantivo ou pronome no plural, o
verbo pode ficar no singular ou no plural.
Por Exemplo:
• A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.
Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhuma proposta interessante
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos coletivos, quando especificados:
Por Exemplo:
• Um bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento
Obs.: nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural confere
destaque aos elementos que formam esse conjunto.
Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos
de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo.
Observe:
Por Exemplo:
Quando se trata de nomes que só existem no plural, a concordância deve ser feita levando-se em conta a
ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve ficar no singular. Quando há artigo no plural, o
verbo deve ficar o plural. Exemplos:
Os Estados Unidos possuem grandes universidades. Alagoas impressiona pela beleza das praias.
As Minas Gerais são inesquecíveis. Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.
Os Sertões imortalizaram Euclides da Cunha.
Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos,
quaisquer, vários) seguido por "de nós" ou "de vós", o verbo pode concordar com o primeiro pronome (na
terceira pessoa do plural) ou com o pronome pessoal. Veja:
Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo deve concordar com
o número. Veja:
Obs.: veja que a opção por uma ou outra forma indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando
alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fizemos", esta pessoa está se incluindo
no grupo dos omissos. Isso não ocorre quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabiam de tudo e
nada fizeram.", frase que soa como uma denúncia
Sintaxe de Regência
a) Verbos Intransitivos 1. ASSITIR = residir: exige a preposição em para iniciar o adjunto adverbial de
lugar. O empresário assiste em lugar nobre da cidade.
2. CHEGAR – IR – DIRIGIR-SE: exigem a preposição a para iniciar o adjunto adverbial de lugar de direção
ou destino. “Você já foi à Bahia?“
3. PROCEDER = ter fundamento. Seu argumento não procede.
4. SUCEDER = ocorrer. Sucedeu que não foi necessária a intervenção do juiz
Observe que, nos períodos compostos introduzidos pronome relativo, será o verbo da oração subordinada
que irá exigir a preposição, caso em que esta será colocada antes do relativo, como nos exemplos 5, 7 e 8.
7. ESQUECER-SE de/LEMBRAR-SE de A fala de que o ator se esqueceu não interferiu na narrativa.
Este é o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os,
as, lhes) em
relação ao verbo. Eles podem ser colocados de três maneiras diferentes, de acordo com as
seguintes regras:
PRÓCLISE
Próclise é a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes do verbo. Usa-se a próclise quando
houver palavras
atrativas. São elas:
• Palavras de sentido negativo.
• Ela nem se incomodou com meus problemas.
• Advérbios.
• Aqui se tem sossego, para trabalhar.
• Pronomes Indefinidos.
• Alguém me telefonou?
• Pronomes Interrogativos.
• Que me acontecerá agora?
• Pronomes Relativos
• A pessoa que me telefonou não se identificou.
• Pronomes Demonstrativos Neutros.
• Isso me comoveu deveras.
• Conjunções Subordinativas.
• Escrevia os nomes, conforme me lembrava deles.
03) Em frases com preposição + infinitivo flexionado: Ex. Ao nos posicionarmos a favor dela,
ganhamos alguns inimigos. Ao se referirem a mim, fizeram-no com respeito.
04) Havendo duas palavras atrativas, tanto o pronome poderá ficar após as duas palavras,
quanto entre elas. Ex. Se me não ama mais, diga-me. Se não me ama mais, diga-me.
ÊNCLISE
Ênclise é a colocação dos pronomes oblíquos
MESÓCLISE átonos depois do verbo. Usa-se a ênclise,
Mesóclise é a colocação dos pronomes principalmente nos seguintes
oblíquos átonos no meio do verbo. Usa-se a casos:
01) Quando o verbo iniciar a oração.
mesóclise, quando houver verbo
Ex. Trouxe-me as propostas já assinadas.
no Futuro do Presente ou no Futuro do
Arrependi-me do que fiz a ela.
Pretérito, sem que haja palavra atrativa 02) Com o verbo no imperativo afirmativo.
alguma. O pronome oblíquo átono Ex. Por favor, traga-me as propostas já
será colocado entre o infinitivo e as assinadas.
terminações ei, ás, á, emos, eis, ão, para o Arrependa-se, pecador!!
Futuro do Presente, e as terminações Obs.: Se o verbo não estiver no início da frase
ia, ias, ia, íamos, íeis, iam, para o Futuro do e não estiver conjugado no Futuro do Presente
Pretérito. Por exemplo, o verbo queixar-se ou no Futuro do
ficará conjugado da seguinte Pretérito, no Brasil, tanto poderemos usar
Próclise, quanto Ênclise.
maneira:
Ex.: Eu me queixei de você/Eu queixei-me de
Futuro do Presente / Futuro do Pretérito
você.
queixar-me-ei / queixar-me-ia Os alunos se esforçaram/Os alunos
queixar-te-ás / queixar-te-ias esforçaram-se.
queixar-se-á / queixar-se-ia
queixar-nos-emos / queixar-nos-íamos COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS
queixar-vos-eis / queixar-vos-íeis LOCUÇÕES VERBAIS
queixar-se-ão / queixar-se-iam As locuções verbais são formadas por verbo
Para se conjugar qualquer outro verbo auxiliar + infinitivo, particípio ou gerúndio. 01)
pronominal, basta-lhe trocar o infinitivo. Auxiliar + Infinitivo ou Gerúndio Quando o
verbo principal da locução verbal estiver no
Por exemplo, retira-se queixar e coloca-se
infinitivo ou no gerúndio, há, no mínimo, duas
zangar, arrepender, suicidar, mantendo os
colocações pronominais possíveis: Em relação
mesmos pronomes e ao verbo auxiliar, seguem-se as mesmas
desinências: zangar-me-ei, zangar-te-ás... regras de colocação pronominal em tempos
Obs: Lembre-se de que, quando o verbo for simples, ou seja, próclise, em qualquer
transitivo direto terminado em R, S ou Z e à circunstância (menos em início de frase),
frente surgir os pronomes mesóclise, com verbo no futuro e ênclise, sem
O(s) ou A(s), as terminações desaparecerão. atração, nem futuro. Em relação ao principal,
Ex. Vou cantar a música/Vou cantá-la. O deve-se colocar o pronome depois do verbo
mesmo ocorrerá, na formação da mesóclise: (ênclise). Veja os exemplos: Eles se vão
esforçar mais. Eles não se vão esforçar mais.
Cantarei a música/Cantá-la-ei.Os verbos
Eles se irão esforçar mais. Eles vão-se
DIZER, TRAZER E FAZER, conjugados no
esforçar mais. -o- Eles ir-se-ão esforçar mais.
Futuro do Presente e no Futuro do Pretérito, Eles vão esforçar-se mais. Eles não vão
adquirem as formas direi, dirás, traria, esforçar-se mais. Eles irão esforçar-se mais.
faríamos, por exemplo. Na formação da 02) Auxiliar + Particípio Quando o verbo
mesóclise, ocorre o mesmo: Direi a principal da locução verbal estiver no
verdade/Di-la-ei; Farão o trabalho/Fá-lo-ão; particípio, o pronome oblíquo átono só poderá
Traríamos as apostilas/Trá-las-íamos. Obs.: ser colocado junto do verbo auxiliar, nunca
Se o verbo não estiver no início da frase e após o verbo principal. Veja os exemplos: Eles
estiver conjugado no Futuro do Presente ou se têm esforçado/ Eles não se têm esforçado/
Eles se terão esforçado. Eles têm-se
no Futuro do Pretérito, no Brasil, tanto
esforçado./Eles ter-se-ão esforçado. Nota:
poderemos usar Próclise, quanto Mesóclise.
Quando o pronome for colocado entre os dois
Ex.: Eu me queixarei de você/Eu queixar-me- verbos (ênclise no auxiliar), teremos de usar
ei de você. Os alunos se esforçarão/Os hífen. Há gramáticos que julgam esse hífen
alunos esforçar-se-ão. desnecessário. Ex.: Eles vão-se esforçar mais
Pontuação: Pode criar heróis…
ISSO SÓ, ELE RESOLVE.
Pontuação: indica, na escrita, as várias ISSO SÓ ELE RESOLVE.
possibilidades de entonação da fala, além de … e vilões.
ajudar na expressão de pensamentos, ESSE, JUIZ, É CORRUPTO.
ESSE JUIZ É CORRUPTO.
sentidos e emoções, tornando mais clara e
precisa a compreensão do texto.
Para que serve a vírgula?
O que você acha do seguinte conceito:
Os sinais de pontuação apontam para a “Vírgula é para respirar. Cada vez que se
questão do ritmo da escrita. respira
coloca-se uma vírgula.”
Três tipos básicos: “A vírgula não funciona como um bálsamo
Sinais que indicam que a frase não foi pulmonar,
concluída: mas como um instrumento sintático e
a vírgula (,) estilístico,
que se emprega de acordo com alguns
o travessão (_)
preceitos.”
os parênteses ( ( ) )
(NETO, P.C.,2002)
o ponto-e-vírgula (;)
os dois pontos (:) O emprego da vírgula no período simples:
(1) Sua observação foi inconveniente,
agressiva, irônica,
Sinais que indicam o término do discurso antipática.
ou parte dele: Sua observação foi inconveniente, agressiva,
o ponto simples (.) irônica e
o ponto parágrafo (.) antipática.
REGRA 01:
o ponto final (.)
Usa-se vírgula para separar, numa
enumeração, os termos com a
mesma função sintática.
Sinais que indicam uma intenção ou estado
emocional: Fernanda Montenegro, atriz talentosa,
o ponto-de-interrogação (?) recebeu homenagens da imprensa mundial.
o ponto-de-exclamação (!) REGRA 02: Usa-se vírgula para separar
as reticências (…) aposto.
Ponto Final
Indicador de pausa máxima. É empregado no
final do período simples (oração absoluta) ou
de um período composto.
É muito utilizado em textos publicitários como
Coesão Frásica
recurso estilístico
• Respeita à ligação entre os componentes
da frase. Verifica-se ao nível da
Elementos da Coesão
concordância entre o nome e os seus
determinantes, entre o sujeito e o verbo,
A COESÃO TEXTUAL, a partir dos
entre o sujeito e os seus predicadores, bem
elementos
como ao nível da ordem dos
componentes do texto (e do encadeamento
vocábulos na oração e ao nível da regência
entre eles), analisa e comenta aspectos
nominal e verbal.
relacionados a:
Exemplos:
(i) Seleção e combinação lexical,
O Pico é a ilha mais bonita do arquipélago
(ii) Conectivos e seus efeitos,
açoriano.
(iii) Elementos de referência interna e
Elas trouxeram camisolas amarelas.
externa,etc.
O homem admirava a bailarina que dançava
com um olhar
São as corretas conexões gramaticais
lânguido.
existentes entre palavras, orações,
O homem, com um olhar lânguido, admirava
frases, parágrafos e partes maiores de
a bailarina que
um texto.
dançava.
O homem admirava a bailarina que, com um
Enquanto a COESÃO, se preocupa com a
olhar lânguido,
superfície textual (FORMA), a COERÊNCIA
dançava
discute os significados expressos pelo texto
(CONTEÚDO). Um texto coeso não é
necessariamente coerente e vice-versa. No
entanto, os dois aspectos tendem a estar
ligados.
Coesão Referencial
• Este tipo de coesão refere-se a um conjunto
Exemplos: de
Ele preside ao grupo. (tem lugar de honra) termos/expressões que remetem para a
Ele preside o grupo. (dirige como presidente) mesma entidade
A liquidação da Bershka é imperdível! presente no texto. Assim, a coesão
A liquidação promovida pela Bershka é referencial realiza-se
imperdível! através de:
Anáfora (gramatical) - Elemento que se
interpreta em relação a um
Coesão Interfrásica elemento lexical aparecido anteriormente no
• Consiste na articulação relevante e discurso – antecedente.
adequada de frases ou de Ex.: A Rosa faltou hoje à aula, mas ela nunca
sequências de frases (segmentos textuais). A falta!
coesão interfrásica Catáfora - Designa um tipo particular de
é assegurada pelos marcadores discursivos anáfora, em que o termo
(articuladores ou anafórico precede o antecedente. O elemento
conetores). Deste modo, quando que antecede a anáfora
escrevemos, ou falamos, e com o qual ela se referencia é chamado
devemos assegurar-nos de que usamos o antecedente referencial.
conetor adequado à Ex.: Ela nunca falta à aula, mas a Rosa hoje
relação que queremos expressar faltou.
Holonímia/meronímia
Ex.: Ele comprou um carro. Depois verificou
que o volante não
estava alinhado.
Todos nós já tivemos a experiência de estar em um lugar público e ouvir uma conversa acontecendo ao
redor. Por razões de educação, geralmente não voltamos o olhar diretamente para os eventuais
participantes; somos, no entanto, capazes de formar alguma impressão que nos auxilie a identificá-los
socialmente, avaliando a origem geográfica e a classe social dos participantes desconhecidos e as
circunstâncias da interação em que se acham envolvidos apenas com base na expressão verbal.
Assim, vamos supor que, em uma viagem de ônibus, ouvíssemos o vizinho no banco de trás perguntar:
Farta muito pra essa lata veia chegá? Logo identificamos uma diferença entre a palavra falta, geralmente
pronunciada com ‘u’, como fauta, e sua alternativa farta pronunciada com ‘r’; identificamos também a
pronúncia da semivogal i no lugar de lh da palavra velha, pronunciada veia. Com base nesses traços,
suspeitamos de que o falante tem origem rural ou baixa escolaridade, ou está muito à vontade, em uma
situação extremamente familiar.
Por que é possível fazer essas adivinhações com grau considerável de acerto? A resposta mais natural é
porque, por um lado, toda língua varia, isto é, não existe comunidade linguística alguma em que todos
falem do mesmo modo e porque, por outro lado, a variação é o reflexo de diferenças sociais, como origem
geográfica e classe social, e de circunstâncias da comunicação. Com efeito, um dos princípios mais
evidentes desenvolvidos pela linguística é que a organização estrutural de uma língua (os sons, a
gramática, o léxico) não está rigorosamente associada com homogeneidade; pelo contrário, a variação é
uma característica inerente das línguas naturais.
Continuando a observar a conversa, poderíamos ouvir a seguinte resposta como uma sequência do
diálogo: Farta umas treis hora. Para não perdermos o hábito da correção, procuraríamos prontamente uma
forma alternativa que consideramos correta, como: Faltam umas três horas. Nesse caso, além das
diferenças na pronúncia dos sons, notaríamos que há também diferenças de concordância verbal e
nominal, entre a fala dos vizinhos e a nossa própria fala, o que estenderia as observações para o fato de
que o suposto falante da zona rural também mostra diferenças na área da morfossintaxe.
Prosseguindo com a conversa, o primeiro falante concluiria: Bem, então, tá na hora de merendá – e uma
vez mais observaríamos, afinal, que merendar (ou merendá) é uma variação lexical, ou de vocabulário,
para a expressão tomar café da tarde, o que completaria nossas observações de que a variação se
estende para o uso do vocabulário.
Na sequência desse raciocínio, elaborado aos solavancos do ônibus, comparando, por exemplo, a palavra
falta com a palavra lata, perceberíamos mais uma característica dos processos de variação: a de que o
som inicial de lata não varia como o de alta, que pode ser pronunciado tanto como auta quanto como arta,
simplesmente porque, na primeira palavra, o l está no início da sílaba, enquanto, na segunda, está no final
dela. Também nos limites da gramática, conquanto é comum ouvir, por exemplo, a expressão umas três
hora, é muito raro ouvir uma três horas. Há uma regra da variedade popular, motivada pela organização
sintática do português, que permite a ausência de pluralidade nos últimos constituintes de uma locução,
mas não no primeiro da série, que, via de regra, deve vir marcado com o plural.
Esses fatos linguísticos nos levam a concluir também que a variação não é um processo sujeito ao livre
arbítrio de cada falante, que se expressaria, assim, do jeito que bem entender; muito pelo contrário, a
variação é um fenômeno regular, sistemático, motivado pelas próprias regras do sistema linguístico. Quem
se prestar a ver a organização da língua com olhar mais demorado, ficará impressionado com a natureza
ordenada e estruturada de todas as variedades dela e condenaria impressões equivocadas e, às vezes,
preconceituosas, como a de existência de estruturação.
aleatória, submetida à vontade de cada falante. Observa-se, geralmente, no senso comum a crença
equivocada de que os falantes de variedades populares, como as examinadas acima, falam sem obedecer
a regra alguma, o que é destituído de qualquer verdade científica. Desse modo, o que esses falantes
fazem é não seguir, por desconhecimento, as regras da variedade culta escrita do português, segundo as
quais a marcação de plural deve ser redundantemente marcada em todos os constituintes de uma locução
nominal, como o que se vê em umas três horas, as casas amarelas etc., procedimento sintático chamado
de regra de concordância nominal.
Assim, o que poderíamos ensinar, após essas descobertas, a uns jovens estudantes sentados no banco
ao lado, que começam a rir não só da pronúncia dos dois passageiros do banco da frente, mas também,
na opinião deles, “do sentido incompreensível da palavra merendar?” Afinal, para eles, merenda é a
refeição que a escola pública fornece gratuitamente para as crianças durante o recreio. Quem faz pouco do
modo de falar de outras pessoas acredita no mito de que o português é uma língua única, invariante, e,
como tal, uma única forma é a correta e as demais nada mais são que erros, e merendá não passa, assim,
de uso errado de tomar o café da tarde.
O que teríamos a ensinar a esses jovens irreverentes (e ignorantes a respeito da linguagem) é que, se a
variação é, como vimos, propriedade inerente da linguagem, todas as línguas e dialetos (variedades de
uma língua) são igualmente complexas e eficientes para o exercício de todas as funções a que se
destinam e nenhuma língua ou variedade dialetal é inerentemente inferior a outra similar sua. Assim, dizer
que uma variedade rural é simples demais e, portanto, primitiva, significa afirmar que há alguma outra
variedade mais complexa e mais desenvolvida. É esse tipo de pensamento que parece estar por trás de
opiniões, como a de Marilene Felinto, que escreveu o seguinte sobre os paulistas do interior: “O povo tem
pronúncia enrolada, estranha de ouvir; e fala um português capenga, em que imperam ausência de plural e
erros de concordância” (apud POSSENTI, 2001, p. 63-64).
Não parece haver muita diferença entre o riso provocado pela fala de alguém e a emissão de uma opinião,
como a da jornalista [Marilene Felinto], sobre a variedade do interior de São Paulo. Atitudes como essas
são motivadas por discriminação. Esse tipo de preconceito, que infelizmente ainda se mantém, foi forjado
pela tendência evolucionista do final do século XIX, segundo a qual diferenças culturais entre civilizações
de diferentes estágios tecnológicos se correlacionariam a diferentes estágios na evolução da língua: assim
quanto mais ‘primitivo’ fosse o estágio cultural de um povo, tanto mais ‘primitiva’ seria a estrutura da língua
que ele fala. Outra fonte de preconceito, gerado por essa perspectiva, é a afirmação de que “[...] o japonês
frequentemente remedeia a ausência de relativos com o emprego do chamado processo de anteposição”
(LOPES, 1980, p. 29 apud CAMACHO, 1984).
O relativismo cultural desenvolvido pela antropologia do início do século XX passou a analisar cada
civilização por si mesma, sem estabelecer comparação entre os diferentes tipos de cultura; apesar disso, o
preconceito de que há línguas e variedades superiores desafortunadamente se mantém e é mais grave
ainda, quando, em nome dele, atribui-se a crianças socialmente desfavorecidas a incapacidade de
manifestar raciocínio lógico em virtude do “português capenga” que empregam. No entanto, nenhuma
forma de expressão é em si mesma deficiente, mas tão somente diferente, e todas as línguas e variedades
dialetais fornecem a seus usuários meios adequados para a expressão de conceitos e proposições lógicas;
assim, nenhuma língua ou variedade dialetal impõe limitações cognitivas tanto na percepção quanto na
produção de enunciados.
Além de não impor limitação cognitiva de qualquer espécie, é possível creditar ao uso de variedades
populares o mesmo tipo de experiência estética de alto nível de que são dotadas as variedades cultas.
Observemos alguns versos do poeta Patativa do Assaré:
Esse uso da variedade popular, tipo de escrita muito próxima da fala de pessoas simples, é tão eficiente
para a expressão artística quanto uma variedade culta trabalhada como se fosse variedade popular, como
é possível notar em um autor consagrado da literatura brasileira:
O Senhor sabe o que é caber estabelecido dessa constante maneira? Se deram não sei os quanto mil
tiros: isso nas minhas orelhas aumentou – o que azoava sempre e zinia, pipocava, proprial, estralejava.
Assentes o rebôco e os vedos, as linhas e telhas da antiga casarona alheia, era o que para a gente
antepunha defesa. (ROSA, João Guimarães. Grande Sertão Veredas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1956)
Essa comparação tem a função de comprovar que, ao contrário do que afirmam os discursos
preconceituosos, nenhuma variedade é capenga ou deficiente, nem em termos absolutos nem em termos
relativos. Observemos agora o seguinte fragmento textual:
Intãoce fui in casa, peguei o meu laço de côro de veado pardo, que tem guentado tôro marruá... fui no
ferrero, mandei fazê um anzolão de dois parmo, incastoei bem incastoado, matei ua leitôa, sapequei cum
tripa e tudo, ponhei no anzó, feito isca; marrei o laço nua arve e pinchei o anzó no fundão... (PIRES,
Cornélio. Musa Caipira. As estrambóticas aventuras do Joaquim Bentinho (o queima-campo). Tietê:
Prefeitura Municipal de Tietê, 1985, p. 111).
Embora esse texto represente a variedade rural, alguns traços dela são comuns a outros tipos de
variedades, como as urbanas, faladas por pessoas geralmente de baixo grau de escolaridade. Observe-se
o uso de anzó no lugar de anzol, com apagamento do fonema /u/ representado na escrita pela letra l; a
pronúncia mais ou menos generalizada dos processos fonológicos de redução de fonemas no início de
palavra (tradicionalmente chamada de aférese), como em guentado e marrei, como formas populares de
aguentado e amarrei. Outro traço é o apagamento regular da marca de pluralidade, já comentado acima,
como em dois parmo, em vez de dois palmos, que, nesse caso, afeta também uma regra de concordância
nominal.
Formas como intãoce, variante regional de então, é certamente resíduo histórico, geralmente chamado de
arcaísmo, próprio de áreas conservadoras, como a zona rural do início do século XX, e constitui a
preservação da forma arcaica entonce, provinda ao que parece das formas hipotéticas *in + tuncce <
estonce (arc) < *ex tuncce (COUTINHO, 1970, p. 266). Ela atesta um tipo de variação, chamada histórica
ou diacrônica, que é extremamente notável em textos escritos do passado:
[...] quamdo a rollda vehesse acerca daquella porta, que elles braadariam altas vozes apupamdo: “Ex a
rraposa vai! Eyla rraposa vai!” e que estomçe (grifo nosso) estevessem quedos e nom movessem nada [...]
(A cronica d’El Rey D. João I. In: VASCONCELLOS, J. L. Textos arcaicos. Lisboa: Clássica, 1922, p. 78).
Esse fenômeno de variação e, ao mesmo tempo, de persistência de formas do passado na língua mostra
que nenhuma é imutável, ou seja, que as línguas se alteram com o passar do tempo. Como o português
tem origem em uma variedade falada e popular do latim, comumente denominada de Latim Vulgar (como
se vê, já havia preconceito no passado), que lições poderíamos tirar da variação diacrônica para o ensino
da língua portuguesa atual?
Pelo exposto, podemos obter a seguinte lição: o que é considerado normativo para a variedade-padrão de
uma época, pode perfeitamente ser considerado ultrapassado em proveito de formas mais usadas.
Devemos insistir em ensinar formas que nunca se usam, como o pronome vós e suas respectivas flexões
verbais? Possenti (1998) chama a atenção para formas verdadeiramente arcaicas, como as regências de
verbos como assistir, visar e preferir com a preposição a, mas que ainda pensamos estarem em uso
somente porque são ensinadas na escola ou porque continuam a ser prescritas como corretas pelas
gramáticas normativas. Observemos o tratamento que Cunha (1971) dá ao verbo assistir:
Uma longa tradição gramatical ensina que êste [sic] verbo é TRANSITIVO INDIRETO no sentido de “estar
presente”, “presenciar”. Com tal significado, deve o OBJETO INDIRETO ser encabeçado pela preposição
a, e, se fôr [sic] expresso por pronome de 3ª pessoa, exigirá a forma a êle(s) [sic] ou a ela(s), e não lhe(s)
(CUNHA, 1971).
O texto de Cornélio Pires acima mencionado traz formas como arve, arvre, próprias de variedades
sociais ou geográficas; se comparadas com sua alternativa padrão, árvore, essas formas nos dão, em
segundo lugar, outra lição: a de que as variedades populares, estigmatizadas hoje sem dó nem piedade,
contêm processos regulares que se aplicam a outras formas similares da variedade não-padrão, como
corgo (> córrego), fosfro, fosfo (> fósforo), musga (> música), cuja explicação remete à própria história da
língua. Essa tendência de eliminar a vogal postônica de palavras proparoxítonas, em função da aceleração
do ritmo da fala, era um processo muito produtivo também na passagem do latim para o português, fonte
de formas atuais da variedade-padrão, cuja origem hoje desconhecemos, como asno < ásinu-, vermelho <
vermículu-, povo < pópulu- (BAGNO, 2000, p. 107-108). Antes de vermos as variedades não-padrão com
olhar discriminatório, devemos encarar a necessidade de tratá-las como fenômenos linguísticos regulares.
Já que, conforme vimos, é possível identificar as características sociais de um falante desconhecido com
base em seu modo de falar, podemos facilmente concluir que toda lín- 40 gua comporta variedades: (a) em
função da identidade social do emissor; (b) em função da identidade social do receptor; (c) em função das
condições sociais de produção discursiva (CAMACHO, 1988).
Em função do primeiro fator, pertencem as variedades que podemos denominar dialetais em sentido
amplo: variedades geográficas (ou diatópicas), variedades socioculturais (ou diastráticas). Em função do
segundo e do terceiro fatores, pertencem as variedades estilísticas (ou diafásicas). Referem-se ao grau de
formalidade da situação e ao ajustamento do emissor à identidade social do receptor.
Como é verdadeiro que o domínio de uma língua deriva do grau de contato do falante com outros
membros de uma comunidade, também é verdadeiro que quanto maior o contato entre os falantes de uma
comunidade, tanto maior a semelhança entre seus atos verbais. Dessa tendência para a maior semelhança
entre os atos verbais dos membros de uma mesma comunidade resulta a variação geográfica e a variação
sociocultural. As variedades geográficas são o resultado direto da distância física entre os falantes; assim,
pessoas que residem em lugares diferentes tendem a falar de modo diferente.
É fácil detectar a variação motivada por diferenças na origem geográfica. Basta percorrermos o país para
percebermos, por exemplo, que os falantes da região nordestina se caracterizam pela abertura sistemática
da vogal pretônica de dezembro e colina, pronunciadas dézembro e cólina, sistematicamente fechada em
outras regiões, em que é pronunciada como dêzembro e côlina. Em certas regiões do sul do país,
pronunciam-se como e as vogais em posição átona final, como no SN leite quente, que, em outras regiões,
aparecem como i como leiti quenti. Neste último caso, observa-se ainda que a pronúncia da vogal i, em
certas regiões de São Paulo, acarreta a palatalização da consoante t, que passa a soar como leitchi
quentchi, um som que os linguistas chamam de “africado” (CAMACHO, 2001).
Se o grau de semelhança entre as formas de expressão dos membros de uma comunidade linguística é
proporcional ao grau de intercâmbio social que mantêm entre si, podemos afirmar que a variação
sociocultural deriva da tendência para a maior semelhança entre os atos verbais dos indivíduos
participantes de um mesmo setor socioeconômico e cultural. As variedades linguísticas são motivadas por
diferenças de ordem socioeconômica, como nível de renda familiar, grau de escolaridade, ocupação
profissional, de ordem sócio-biológica, como idade e gênero, entre outros, sejam eles isolados ou
combinados entre si.
Fatores como idade, gênero e ocupação motivam o aparecimento de linguagens especiais que
contrastam com a linguagem comum por consistirem em variedades dialetais próprias das diversas
subcomunidades linguísticas, cujos membros compartilham uma forma especial de atividade, sobretudo na
esfera profissional, mas também científica e lúdica.
Os jargões científicos, as gírias são subcategorias compreendidas no âmbito das linguagens
técnicas. Observemos abaixo um exemplo de linguagem técnica:
Durante o procedimento, acidentalmente produziu-se pneumotórax. Instalou-se, em seguida, drenagem
pleural contínua com boa expansão pulmonar. O líquido drenado inicialmente era hemorrágico, passando
progressivamente para amarelo-citrino e amarelo-ouro. Posteriormente, no sexto
dia e coincidindo com a introdução de dieta, houve turbidez do mesmo.
(Relato de caso. Jornal de Pediatria, v. 62, n. 1/2, 1987).
As diversas modalidades de gírias distinguem-se de outros tipos de linguagens técnicas em função das
motivações sociais que acionam seu surgimento, a mais importante das
quais é a necessidade de sigilo, principalmente no caso do desenvolvimento de variedades
linguísticas próprias de grupos fechados, como o de marginais. O fragmento abaixo é um
exemplo de gíria de marginais dos anos 1940, que se vê em obra literária:
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Recalcitrante. In: ANDRADE, C. D. De notícias & não-notícias faz-se a
crônica. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975, p. 31-33).
Toda a confusão nasce do uso de uma palavra cujo valor semântico um dos envolvidos não domina
muito bem, certamente em razão da raridade de ocorrência em situações mais informais de interação, já
que seu uso se limita a situações de comunicação em que prevalece a variedade escrita padrão, como o
texto formal de uma portaria, que deveria certamente estar afixada no coletivo.
Em geral, indivíduos de baixa escolarização e que exercem atividades produtivas que não exigem senão
habilidades manuais tendem a ser menos estimulados quanto à capacidade de operar com regras
variáveis (ao menos no âmbito de seu trabalho).
Nesse caso, como lhe foram vedadas as possibilidades de adaptar seu estilo às circunstâncias de
interação, a variedade que usam acaba representando uma poderosa barreira para toda possibilidade de
ascensão social que depender de capacidade verbal. Cabe ao sistema escolar cuidar para que as formas
da variedade-padrão sejam desde cedo ensinadas à criança, para que, quando adulto, ela incorpore em
seu acervo o máximo possível de formas padrão, tornando-se, assim, capaz de adequar a expressão
verbal às circunstâncias de interação. A pedagogia da língua materna deve valorizar o princípio de que
todos os falantes são capazes de adaptar seu estilo de fala à diversidade das circunstâncias sociais da
interação verbal, e de discernir que formas alternativas são as mais apropriadas.
SEMÂNTICA E INTERAÇÃO
Semântica (do grego σημαντικός, sēmantiká, plural neutro de sēmantikós, derivado de
sema, sinal), é o estudo do significado. Incide sobre a relação entre significantes, tais como
palavras, frases, sinais e símbolos, e o que eles representam, a sua denotação.
A semântica linguística estuda o significado usado por seres humanos para se expressar
através da linguagem. Outras formas de semântica incluem a semântica nas linguagens de
programação, lógica formal, e semiótica.
A semântica contrapõe-se com frequência à sintaxe, caso em que a primeira se ocupa do
que algo significa, enquanto a segunda se debruça sobre as estruturas ou padrões formais do
modo como esse algo é expresso (por exemplo, escritos ou falados). Dependendo da concepção de
significado que se tenha, têm-se diferentes semânticas. A semântica formal, a semântica da enunciação ou
argumentativa e a semântica cognitiva, fenômeno, mas com conceitos
e enfoques diferentes.
2. Sinonímia
É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados
iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos.
Exemplos: cômico – engraçado; débil – fraco, frágil; distante – afastado, remoto.
3. Antonímia
É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados
diferentes, contrários, isto é, os antônimos.
Exemplos: economizar – gastar; bem – mal; bom – ruim.
4. Homonímia
É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes,
possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos.
As homônimas podem ser classificadas em:
Duda Nogueira 104
Fonética
4.1 Homógrafas
Palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia.
Exemplos: gosto (substantivo) – gosto (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo
gostar); conserto (substantivo) – conserto (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo
consertar).
4.2 Homófonas
Palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita.
Exemplos: cela (substantivo) – sela (verbo); cessão (substantivo) – sessão (substantivo); cerrar (verbo) –
serrar (verbo).
4.3 Perfeitas – homófonas e homógrafas
Palavras iguais na pronúncia e na escrita.
Exemplos: cura (verbo) – cura (substantivo); verão (verbo) – verão (substantivo); cedo (verbo) – cedo
(advérbio).
5. Paronímia
É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas são
muito parecidas na pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos.
CONHECIMENTOS ESPECIFICOS
A gestão escolar é uma prática administrativa e pedagógica constituída com mais evidência no interior da
escola, instigando a interação da comunidade que a circunda. Confirma Libâneo (1997, p. 45), “a gestão
escolar tem uma dimensão transformadora fantástica, pois é a partir das decisões tomadas que
obrigatoriamente devem ter princípios democráticos e participativos que acontecem o envolvimento da
equipe de professores, alunos, pais e comunidade”. Nessa dimensão parte basicamente dos projetos de
cunho pedagógico ou institucional distribuído a todos que fazem parte do ambiente educativo. Contudo, o
renomado teórico defende que é fundamental a figura do diretor como guia do processo de ensino e
aprendizagem. Nesse sentido, espera-se que a prática transformadora deva ser um ato constante para que
as bases, tanto administrativas quanto pedagógico, e não percam os ideais propostos pela instituição.
Libâneo (1997, p. 88), diz ainda: A transformação das práticas de uma escola tem como base o próprio
trabalho dos profissionais que nela atua e da participação direta dos envolvidos (alunos e pais). Além
dessa condição, a transformação é resultado da responsabilidade e do compromisso de cada um na
execução das atividades. No tocante, o autor expõe a importância do pensar na prática da gestão no chão
da escola, tanto a participativa, quanto à democrática, delegando tarefas, responsabilidade, compromisso e
planejamento para o alcance de metas e objetivos de total relevância para o sucesso administrativo e
pedagógico da mesma. Na análise da contribuição da gestão democrática no contexto educacional,
buscaram-se as diversas literaturas e legislação como: Constituição Federal (1988), Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96) entre outros que enriquece a discussão. Vale pontuar que,
tais documentos estimulam a renovação das práticas de gestão, ampliando condições necessárias para o
ensino aprendizagem de qualidade, assinalando para competências e habilidades a serem desenvolvidas
na educação formal. Quando a Lei de Diretrizes e Bases (Lei n° 9.394/1996) toma para si a atribuição de
regulamentar parte dos dispositivos constitucionais, reafirma o princípio da gestão democrática e delega
para os sistemas de ensino nas três esferas (Nacional, Estaduais e Municipais) a definição das formas de
exercitá-lo. Mediante a mesma, no art.3°, VIII, salienta “gestão democrática do ensino público, na forma
desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino”. Já no (art. 14º p. 15) específica que os sistemas de
ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com
as suas peculiaridades. Perante tais recomendações, e dever do gestor proporcionar a participação
democrática visando à estruturação da instituição de ensino em prol do conhecimento para a vida.
Para que exista gestão escolar há um elemento básico, sem o qual ela não existe: a interação da
comunidade a qual pertence, além de considerar uma educação voltada para o futuro com oportunidades
para todos estimulando a qualidade educativa. Lück (2006, p.35), ao definir gestão educacional, cita que:
Uma forma de conceituar gestão é vê-la como um processo de mobilização da competência e da energia
de pessoas coletivamente organizadas para que, por sua participação ativa e competente,promovam a
realização, o mais plenamente possível, dos objetivos educacionais. Portanto, a gestão, no campo escolar,
refere-se à capacidade de gerir recursos e promover com eficiência o processo de absorver conhecimento,
tendo por base a formação concluída daquele que lhe é posto, destacando as necessidades sociais e o
caráter formativo do mesmo. Nesta linha de pensamento, concluímos que gerir uma instituição de ensino
requer organização técnica, administrativa, pedagógica e humana. E para sua efetivação é necessária
capacitação e só então surge de fato à figura do gestor escolar (o diretor) e sua equipe gestora
(coordenador pedagógico, técnicos educacionais, docentes, dentre outros).
De acordo com o minidicionário Aurélio da língua Portuguesa, (2000, p. 238) a palavra diretor significa
aquele que dirige ou toma parte na direção de instituição, projeto, empresa ou departamento. Contudo,
nasce uma nova nomenclatura, “gestor escolar”, sendo mais adequada para tal designação. O gestor
escolar não deve considerar somente o aspecto administrativo da escola, visto que o mais importante do
processo são os indivíduos que nela se encontram segundo afirma Vasconcelos (2006, p.61): A direção
tem por função ser o grande elo integrador, articulador dos vários segmentos – internos e externos – da
escola, cuidando da gestão das atividades, para que venham a acontecer e a contento (o que dizer, de
acordo com o projeto). Um grande perigo é o diretor se prender à tarefa de “fazer a escola funcionar”,
deixando de lado seu sentido mais profundo. Se não falta professor, se tem merenda, se não há muito
problema de disciplina, está tudo bem... é claro que a escola tem de funcionar, mas sua existência só tem
sentido se ocorrer dentro de determinadas diretrizes, de uma intencionalidade. (...).
Assim, não se trata de um papel puramente burocrático-administrativo, mas de uma tarefa de articulação.
De coordenação, de intencionalização, que, embora suponha o administrativo, o vincula radicalmente ao
pedagógico. Tais compreensões exigem do gestor escolar, posturas e conhecimentos diversos dentro e
fora das relações humanas. Ele deve ser conhecedor das dinâmicas procedentes ao mercado de trabalho,
no que se refere ao ambiente de ensino e sua manutenção, o mesmo, tem função de gerir com qualidade a
instituição e todos os envolvidos nela. Segundo a LDB 9394/96 em seu art.64 diz: A formação de
profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação
educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de
pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional. Na
busca de melhor compreender a questão da gestão democrática, Libâneo (2004) enfatiza que “alguns
princípios da organização do trabalho pedagógico da gestão, estão estacionados numa perspectiva
democrática que são amparados a partir: da autonomia das escolas, da comunidade escolar”. Nessa
perspectiva, Lück (2005, p. 20) destaca algumas ações especiais para que esse processo se realize de
maneira eficaz. - Criar uma visão de conjunto associada a uma ação de cooperação; - Promover um clima
de confiança; - Valorizar as capacidades e aptidões dos participantes; - Associar esforços, quebrar arestas,
eliminar divisões e integrar esforços; - Estabelecer demanda de trabalho centrado nas ideias e não em
pessoas; - Desenvolver a prática de assumir responsabilidades em conjunto. Tais indicativos decorrem no
intuito de favorecer a instituição escola, sendo ela, lócus de formação. É um espaço privilegiado para
ensinar a pensar, oferecendo oportunidade para que o discente possa tomar consciência autônoma frente
a si próprio aos outros e ao mundo em que vive.
A gestão democrática do ensino público é uma das grandes heranças dos movimentos sociais pela
educação pública e gratuita, ressurgidos e consolidados durante o processo de redemocratização em
especial aqueles da década de 80. Inscrita na Constituição Federal de 88 e reafirmada na Lei de Diretrizes
e Bases (Lei nº 9.394/96) a concepção de gestão democrática veio de encontro às diversas críticas às
práticas burocráticas, centralizadas e hierarquizadas que sempre marcaram e, durante a ditadura militar,
exacerbaram-se no cotidiano da escola pública, reforçando então, naquela conjuntura, graves distorções
educacionais, entre elas a evasão, repetência e o anacrônico analfabetismo que ainda persiste na
atualidade. Vários pesquisadores, entre eles, Ferreira (2004) e Libâneo (2013) discutiram e
problematizaram os alcances e limites da nova perspectiva que se abria no horizonte da escola pública
com a possibilidade de uma gestão compartilhada entre seus profissionais e o entorno local, enfatizando
os méritos democratizantes e descentralizadores que rompiam com aquela tradição da administração
escolar fundada na separação entre planejamento e execução. Por outro lado, alguns estudos mostram as
dificuldades de se implantar efetivamente a gestão democrática do ensino público, parece um relativo
consenso que o fato da LDB ter reservado aos sistemas de ensino os mecanismos legais de sua
implementação, e não ela mesma, estabelecer as regras de seu funcionamento levou a uma fragmentação
desse processo acompanhado de uma heterogeneidade nas formas de gestão implantadas no país afora,
na ausência de uma legislação federal que desse conta de parâmetros mínimos para os sistemas
educacionais o que se tem é uma grande variedade das formas, dos colegiados e sua composição e da
representatividade dos segmentos, entre tantos outros aspectos, sobressaindo em muitos casos um certo
“gerencialismo”, que se preocupa mais com questões de ordem burocrática e formais do que com a
construção, no nível da escola e comunidade, de relações democráticas, participativa e cidadão, valores
intrínsecos do conceito de gestão democrática, viés esse reflexo das orientações neoliberais que estão no
âmago das políticas públicas atuais. (PERONI, 2012).
No entanto não são apenas as leituras de vertente econômica que buscam explicações para as
“imperfeições” do nosso modelo de gestão democrática, algumas pesquisas buscam relacionar as
heranças da formação política do país sob forte influência de uma cultura patrimonialista, estamental e
corporativista que acaba se tornando um impeditivo a mais para a implementação de mecanismos
descentralizadores, democratizantes e de participação política direta da população junto ao Estado.
(SILVA, s/d; MENDONÇA, 2001, SILVEIRA, 2004). Esses autores enfatizam que no âmbito das relações
entre Estado e Sociedade no Brasil segue ainda arraigada e persistente mentalidades, valores e práticas
clientelistas, de favorecimento de determinados grupos, mas principalmente observam que a administração
pública e seus agentes rearticulam sistematicamente a ideologia da incapacidade da população (de baixa
renda) de refletir e buscar soluções para seus problemas, justificando assim a presença de um
pensamento tecnocrático no âmbito do Estado que tem na figura do agente público (em suas diversas
expressões e realidades), aquele que “pensa pelo povo”.
Tomando a questão pelo viés da gestão democrática, Mendonça (2001) apontou diversos problemas no
seu funcionamento, mostrou aspectos políticos como a ausência do protagonismo das secretarias
municipais em legislar em favor da gestão democrática, em particular, sobre a escolha dos diretores ou na
criação dos colegiados e sua representação no âmbito da escola ou da secretaria municipal de educação,
ressaltou o papel dos agentes escolares, em particular do diretor como o mediador entre os segmentos e a
tendência de fazer valer interesses de uns em detrimento de outros e, como já apontado, a presença de
um “simulacro” de democracia, quando os colegiados simplesmente aprovam aquilo que é indicado pela
direção. Nesse sentido diz o autor: Ao contrário do que se idealiza sobre a convivência entre membros da
comunidade escolar, os mecanismos adotados pelos sistemas não lograram pôr termo à guerra entre
segmentos. Diretores, professores e funcionários, com prevalência dos primeiros, ainda monopolizam os
foros de participação.
A escola pública ainda é vista pelos usuários como propriedade do governo ou do pessoal que nela
trabalha. O professor comporta-se como dono do seu cargo, dos alunos e de suas classes. O diretor
funciona como guardião dessa concepção, evitando interferências de servidores e de pais. As legislações
têm funcionado como mecanismos reguladores dessa prevalência, uma vez que impõem critérios de
proporcionalidade na participação aos segmentos organizados da comunidade escolar. (MENDONÇA,
2001, p. 87). No entanto, pelo próprio caráter fragmentado com que a gestão democrática vai se
instaurando nos sistemas educacionais é possível também encontrar registros de experiências positivas
disseminadas em muitas instituições. Valendo-se dos esforços conjuntos entre os agentes públicos, os
profissionais da educação e uma mobilização do entorno local a gestão democrática vai se constituindo
uma realidade diversificada, e corroborando a tese de que quando o ente federativo municipal assume
suas funções de articulador dos mecanismos e das ações em prol da sua efetivação, a gestão democrática
se torna uma realidade. (MARQUES, 2006). Outro aspecto importante a salientar é o compromisso dos
profissionais da educação e em particular da própria instituição escolar em tornar realidade o
compartilhamento das responsabilidades com os pais e responsáveis. Embora muita ênfase se coloca no
gestão em particular, muitos estudos apontam para a importância de um envolvimento maior da parte de
todos, em especial do professorado. Entendidos como intelectuais transformadores na acepção de Giroux
(1997) e, exatamente por essa condição, teriam muito a contribuir com ações e reflexões também em
temas para além do âmbito exclusivo da sala de aula, podendo assim tornarem-se importantes mediadores
entre escola e comunidade no âmbito da gestão democrática do ensino público. (AQUINO, 2009;
NISHIOKA, FERREIRA, 2013).
As relações sociais entre os sujeitos são elementos constituintes do processo de formação humana e da
materialidade da educação, que pode ser considerada como uma prática desenvolvida no contexto social,
segundo Grancindo (2007). Como a educação ocorre em diversos espaços, lugares e por pessoas
variadas, desse modo, precisamos entender que a educação institucionalizada deve se desenvolver de
modo sistematizado e de acordo com a organização necessária, à saber: planejada coletivamente.
Grancindo (2007) afirma que a educação é uma prática social que deve favorecer a construção
participativa e democrática dos sujeitos ao espaço coletivo, desenvolver o senso de cidadania e atender os
interesses sociais de um maior grupo possível da sociedade. Nesse sentido, para a autora, o planejamento
é um instrumento fundamental de intervenção na prática pedagógica dentro da instituição. Deve ser
compreendido como uma ação permanente, constituinte de políticas públicas educativas e passível de
participação coletiva. O planejamento precisa expressar suas finalidades educativas, objetivar as intenções
da gestão participativa e possibilitar uma formação humana em sua totalidade. Por esse motivo, perpassa
por processos de preparação até culminar na avaliação dos objetivos propostos. No contexto da Educação
Infantil esse planejamento, geralmente, é pensado e desenvolvido, a priori, através da construção coletiva
do Projeto Pedagógico da Instituição, culminando na prática pedagógica expressa no trabalho
desenvolvido pelos sujeitos pertencentes a esse campo educativo. A gestão democrática dos espaços de
educação infantil, por não ser estanque ou neutra, precisa ser construída por todos os sujeitos desse
espaço institucional, como: gestores, docentes, funcionários, discentes, famílias e demais da comunidade;
no sentido de que juntos possam enfrentar os problemas inerentes ao contexto educacional e se sentir
corresponsáveis pelo processo educativo. Paro (2004) afirma que a prática da gestão democrática não é
um processo de concessão, mas de suma realização. Por isso, embora não seja uma tarefa fácil, é preciso
criarmos mecanismos para a efetivação da prática democrática no âmbito institucional.
relação vertical, baseada no autoritarismo, não é o caminho coerente para esse tipo de gestão se efetivar.
Nesse sentido, “se estamos realmente interessados em promover relações não autoritárias entre pessoas,
é preciso que desçamos ao nível de nossa existência pessoal” (PARO, 2004, p. 25). A luz de Oliveira
(2013), a gestão pedagógica na Educação Infantil pode ser compreendida como uma reunião de esforços
dos professores, famílias e demais profissionais que agem como mediadores do processo de experiências,
vivências e aprendizagens de modo a garantir a qualidade proposta no atendimento das crianças que
frequentam esse espaço. Nesse sentido, a gestão democrática e participativa efetivamente deve se
desenvolver, não somente no contexto da organização e gerenciamento da instituição, mas, dentro de um
planejamento pedagógico contínuo acompanhado, avaliado, e, sobretudo, nas práticas educativas
construídas coletivamente. A gestão, portanto, não é de responsabilidade apenas de uma pessoa, mas sim
de todos. Independente da estrutura organizacional adotada, esta tem que atuar em regime de cooperação
e de transparência de gestão (administrativa, financeira e pedagógica) (AQUINO, 2009, p. 255). A autora
destaca, ainda, que toda instituição educativa precisa organizar espaços e ambientes que garantam o
direito da criança de se desenvolver de modo integral e que as suas especificidades sejam asseguradas
quanto ao processo de apropriação do conhecimento e bens culturais construídos historicamente pelo
homem. Mas que este estabelecimento de ensino se diferencia do espaço doméstico proveniente da
família. Nesse viés, Jorge (2015) ressalta que a gestão democrática deve ser desenvolvida a partir da
concepção de responsabilidade de todos os sujeitos e segmentos institucionais e comunitários. Através de
um estudo, o autor reafirma o importante papel do professor no processo de gestão democrática, visto que
são sujeitos experientes em conhecimento teóricos e práticos, pois contribuem no encaminhamento de
estratégias de envolvimento das famílias com o contexto institucional. A autora Aquino (2009) destaca,
ainda, que as participações efetivas das crianças são fatores primordiais e precisam ser considerados no
contexto da gestão, visto que elas precisam ter voz para expressar suas percepções, críticas e
sentimentos acerca dos problemas que emergem no seu contexto social. Nesse sentido, [...] a formação de
gestores precisa abarcar questões relativas à gestão democrática, que garanta a participação dos diversos
atores da comunidade escolar e local, desde o planejamento à avaliação dos processos desenvolvidos no
fazer da escola. A participação não se limita a momentos pontuais de encontros para tomada de decisão,
mas envolve diversas estratégias e canais de comunicação para estabelecimento de diálogo permanente.
A disponibilidade para a escuta bem como a flexibilidade para repensar e mesmo recriar a própria escola
são imprescindíveis para a gestão democrática (AQUINO, 2009, p. 264). Posto isto, o desafio torna-se
presente aos gestores (as) e professores (as) da Educação Infantil, pois, a necessidade de garantir
espaço, voz e lugar aos sujeitos do contexto institucional é uma tarefa de todos os sujeitos do processo de
construção da proposta pedagógica. Este espaço institucional precisa favorecer o cumprimento da função
pedagógica e sociopolítica, oferecendo condições para que as crianças possam ser respeitadas como
cidadãs de direitos sociais e humanos, e participarem ativamente de todo o processo de ensino e
aprendizagem.
Padrões de Infraestrutura para o espaço físico destinado à Educação Infantil
1. Contextualização do problema
A Arquitetura Escolar, considerada como um objeto de re- Assim, a noção de edifício escolar saudável passa neces-
flexão e pesquisa, tem suscitado um grande número de publi- sariamente pela adequação de seus edifícios ao meio ambiente,
cações na literatura aberta, nas quais se constata uma preocu- bem como pela promoção da interação entre o espaço físico, o
pação em sistematizar os conceitos e as estratégias de projeto projeto pedagógico e o desenvolvimento infantil. Segundo as
como ferramentas de apoio à concepção do edifício escolar1. recomendações da Unesco (1998; 2001), o prédio escolar,
Nesse sentido é dada ênfase ao dimensionamento e aos pa-
drões de habitabilidade do espaço físico escolar edificado e à
[...] deve ser seguro e atraente em termos de seu projeto glo-
racionalização dos processos construtivos.
bal, funcionalidade no lay-out; deve dar condições para que seja
Mesmo reconhecendo a importância desse enfoque sobre efetivamente possível um ensino efetivo, atividades
a temática Arquitetura Escolar, entendemos que ainda existe extracurriculares em especial em áreas carentes e rurais atuan-
uma lacuna entre a reflexão teórica e a realidade concreta das do como um centro comunitário. Deve ser construída a escola
edificações escolares, especialmente as destinadas à Educação em conformidade com padrões sanitários, tendo durabilidade,
Infantil. Diversas creches e pré-escolas funcionam em condi- adaptabilidade e deve requerer uma manutenção econômica .
ções precárias de instalações e de suprimento de serviços bá-
sicos, tais como, por exemplo: água, esgoto sanitário e energia [...] É preciso enfatizar o controle local no desenvolvimen-
elétrica. to de práticas educacionais sustentáveis .
Além da carência de infra-estrutura básica, consideramos As questões relacionadas com a sustentabilidade nas
que a maioria dos edifícios escolares restringe o processo edificações dizem respeito a um conjunto de enfoques diferen-
educativo, ao não explorar as possibilidades pedagógicas do
ciados que devem ser considerados, desde a concepção do pro-
espaço físico e de seus arranjos espaciais no desenvolvimento
jeto, a utilização do prédio e uma posterior reabilitação ou seu
infantil. A inexistência (ou a precariedade) de parque infan-
til2, por exemplo, priva as crianças da convivência e da explo-
desmonte. Devem ser tratadas as condições ambientais da es-
ração do espaço e das atividades e movimentos ao ar livre, cola e do seu entorno, incluindo: higiene e condições físico-sa-
comprometendo seu desenvolvimento físico e sociocultural. nitárias e de conforto para os distintos usuários daquele espa-
ço crianças, seus familiares, professores e funcionários.
A qualidade da arquitetura escolar depende do nível de
adequação e de desempenho de seus ambientes, em seus as- Dentro ainda do enfoque sustentável, está a necessidade da
pectos técnicos, funcionais, estéticos e, conseqüentemente, do interação com a comunidade, desde a concepção do projeto,
modo como esses aspectos afetam o bem-estar dos seus usuá- passando pelo conhecimento das atividades da escola e do pro-
rios. As relações edifícios usuários estão diretamente vincu- cesso educacional praticado. O conhecimento sobre as práti-
ladas ao grau de interação e à capacidade de resposta dos edi- cas, tecnologias e materiais usados na edificação escolar pode-
fícios e instalações escolares às atividades neles realizadas.
rá ser assimilado pela comunidade, tendo em vista a sua inclu-
são em atividades participativas, proporcionando o cuidado e
a segurança da escola.
Conforto Acústico
Conforto Térmico
contextuais-ambientais
Aberturas:Tipologia, Posicionamento
Dispositivos de Sombreamento
Quadro 02:
FísicoMotor (Movimen-
a
do
Preservação do Meio-
tação, Autonomia e
Desenvolvimento
Desenvolvimento
Sócio-Emocional
Aspectos
ndependência)
Capacidade de
Conhecimento
construção
programático-funcionais e
Segurança
Ambiente
estimular
estético-compositivos
Estabelecimento de Ambiente
Congregador p/ Atividades Coletivas
Valorização dos Espaços de Recrea-
ção e Vivência - Paisagismo, Definição
espaços-atividades, Escala, Possibilidade de
a
do
Preservação do Meio-
tação, Autonomia e
Desenvolvimento
Desenvolvimento
Sócio-Emocional
ndependência)
Capacidade de
Conhecimento
Aspectos
construção
Segurança
Ambiente
estimular
técnico-construtivos
Materiais e Acabamentos:Durabilidade,
praticidade de Manutenção e Racionaliza-
ção Construtiva
Materiais e
Acabamentos:Características Superfici-
ais ¾ Valorização dos Efeitos Texturais
· à medida que existe maior correspondência entre a oferta e a de programar futuras intervenções corretivas e reformas,
demanda por qualidade, reduzem-se os riscos de desperdício além de fornecer uma retroalimentação para projetos
(excesso de oferta) e de insatisfação (excesso de demanda). similares.
Como reforço ao argumento em favor da necessidade de
um novo enfoque para a definição das diretrizes, estratégias e A partir das análises e diagnósticos, é possível traçar reco-
procedimentos de concepção dos edifícios escolares, cabe res- mendações para estudos de casos específicos, gerando
saltar que na Europa (CALAVERA, 1993):
diretrizes mediante a construção de um banco de dados de
· mais de 70% dos problemas na construção dos edifícios indicadores de qualidade. Ambas têm sido consideradas
são decorrência de falhas de projeto (42,70%) e de exe-
cução (30,15%); como importantes metodologias para a investigação do
· mais de 70% dos problemas que surgem antes da entrega projeto e/ou a intervenção em qualquer tipo de edificação,
dos edifícios decorrem de falhas de projeto (20%),
gerenciamento (34%) e execução (20%). mostrando-se particularmente eficaz no caso de edificações
Outro mito que precisa ser superado na concepção e na cons-
institucionais, de uso coletivo e de grande complexidade.
trução dos edifícios em geral, e escolares em particular, é o de
Considerando que crianças e profissionais da Educação In-
fantil passam em torno de um terço de seu dia no interior da
creche ou da pré-escola que frequentam, a inadequação
de vida.
Dentre as melhorias que podem ser implementadas no pro-
cesso, destaca-se a possibilidade de se adotar uma
sistemática de PREVENÇÃO, ao invés de CORREÇÃO, nos
programas de manutenção estabelecendo um padrão em
toda a rede municipal de construções destinadas à Educação
Infantil , além do GERENCIAMENTO E CONTROLE SOBRE O
PLANEJAMENTO DE CUSTOS. As informações sistematizadas
após a apoiarão embasar a etapa de PROGRAMAÇÃO dos
futuros projetos. Essa realimentação pode auxiliar na
formulação de programas de manutenção, uso e operação.
3. Estratégias de integração entre educação e meio ambiente
para a construção de uma abordagem participativa do projeto
na arquitetura escolar
Diante da grande diversidade existente no tocante à densidade
A concepção de uma unidade escolar envolve um complexo demográfica, recursos socioeconômicos, contexto cultural, além
processo de planejamento, que abrange, desde a etapa de das condições geográficas e climáticas, acreditamos que o
programação e de estudos de viabilidade, passando pelas estabelecimento de uma metodologia de projeto que identifique
etapas de definição dos ambientes acessos, fluxos, pré- os parâmetros fundamentais para a qualidade do ambiente
dimensionamento, áreas livres e interações possíveis , até a escolar possa oferecer condições para que as municipalidades
elaboração do projeto executivo, incluindo detalhamento e criem uma rede de qualidade, adaptando esses critérios de
especificações técnicas. acordo com as suas especificidades, a exemplo do trabalho
desenvolvido pelo Grupo de Expansão da Educação Infantil da
Tradicionalmente, a solução espacial das construções Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte, pelo
escolares viabiliza um Programa de Necessidades Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos, da Prefeitura
previamente estabelecido pelas Secretarias de Educação. No do Rio de Janeiro, e pela Fundação de Desenvolvimento da
Educação de São Paulo.
entanto, nas abordagens participativas previamente ao
Programa de Necessidades, é necessário definir estratégias
Essa fase inicial procura caracterizar o objeto de estudo,
para envolver, durante o processo de concepção projetual, a estabelecendo o perfil da unidade escolar, a filosofia pedagó-
comunidade escolar constituída de usuários, professores, gica adotada, o programa de necessidades ambientes peda-
funcionários e, nas escolas públicas, as administrações gógicos, funções, fluxos, pré-dimensionamento etc. e as
municipais , visando compartilhar os saberes e experiências especificações educacionais (normas que condicionam a utili-
zação dos espaços em termos de iluminação, ventilação, higie-
daqueles que demandam e vivenciam os espaços, além de
ne etc.). Essa nova abordagem considera sempre o impacto
incorporar a reflexão sobre o perfil pedagógico da instituição entre todos os aspectos envolvidos na concepção projetual; e a
pretendida. equipe comprometida com o planejamento das unidades
escolares deve ser integrada por profissionais de diferentes
Com base na interdisciplinaridade, na experiência, bem
áreas, desde a etapa de programação. Nessa etapa é muito
como na certeza da necessidade de se buscar novos importante a participação da comunidade escolar, definindo-se
procedimentos capazes de permitir a concepção, a claramente as necessidades espaciais e os objetivos
educacionais. Inclui, ainda, o conhecimento sobre as condições
construção e a adequação da Arquitetura Escolar dos
contextuais e ambientais pré existentes, tais como:
edifícios e ambientes destinados à Educação Infantil,
propomos uma metodologia projetual participativa que · condições de acesso capacidade e fluxo das vias públicas
incorpore as necessidades e os desejos dos usuários, a que delimitam o lote, meios de transporte, localização de
pontos de ônibus. Esses aspectos irão determinar os acessos ao
proposta pedagógica e a interação com as características
terreno em questão e os fluxos nele; infra-estrutura básica
ambientais do sítio do projeto. pavimentação de ruas, rede de esgoto, energia e abastecimento
de água;
De fato, deve haver uma conscientização geral sobre a
importância do espaço físico para o processo educativo, tanto · legislação vigente taxa de ocupação e índice de aproveita-
da parte dos educadores, dos responsáveis pelas políticas mento do terreno, áreas livres, alinhamentos e afastamentos,
gabaritos máximos;
públicas, como daqueles que concebem os espaços. Essa
· população indicadores socioeconômicos, culturais e faixa
conscientização demanda uma abordagem interdisciplinar etária;
que envolva educadores, arquitetos, engenheiros, · entorno (circunvizinhança) arquitetura local (vocação dos
profissionais de saúde, administradores e a comunidade sistemas construtivos/tipologia das construções) e acidentes
geográficos da região;
escolar, e que favoreça o compartilhamento dos diferentes
· disponibilidade de mão-de-obra e materiais de construção
saberes e objetivos. (levantando-se em consideração suas características térmicas,
A idéia de que para se ter educação bastam apenas algumas sua durabilidade, a tradição da região, os custos e a facilidade
careiras, cadernos e quadro-negro , excluindo a qualidade do de manutenção);
espaço desse processo, deve evoluir para uma abordagem condicionantes físico ambientais do local clima, topografia
interacionista, que permita a visualização das relações e (necessidade de cortes e aterros do terreno, escoamento
trocas entre sujeitos e ambiente, fundamentais para o natural de águas pluviais), vegetação, recobrimento do
solo, orientação, qualidade do ar, massas de água e ocorrência
desenvolvimento infantil. O desafio no processo de
de ruídos;
concepção dos ambientes escolares é a busca de um
· processo participativo escuta dos desejos e necessidades,
repertório espacial que responda a todos os requisitos pode/deve ser feito junto às entidades representativas
formulados pelo grupo interdisciplinar. Essa abordagem (sindicatos ou associações de docentes e funcionários,
procura uma integração entre objetivos ambientais, associações de pais e outras entidades interessadas).
pedagógicos, econômicos e sociais.
Quanto mais cedo as metas para alcançar a qualidade ambiental
forem definidas no projeto, mais facilmente serão incorporadas e
com menores custos. Entre essas metas estão incluídos
Síntese Estudo preliminar
fatores como, saúde e qualidade do ar interior, conforto interdisciplinaridade normalmente não existe nas práticas
térmico, conforto visual, conforto acústico, segurança, projetuais convencionais, tornando o processo de conciliação
proteção ao meio ambiente, eficiência energética, eficiência entre o projeto de arquitetura e os projetos complementares,
dos recursos hídricos, utilização de materiais construtivos não
poluentes e característicos da região, além da considerarão quase sempre, bastante tortuoso e complexo. Os ajustes e
do edifício como uma ferramenta para o ensino. adaptações entre os projetos de iluminação e climatização e
o projeto de arquitetura, por exemplo, são propostos depois
O Estudo Preliminar apresenta-se como a primeira que toda a solução espacial já foi definida, em vez de serem
configuração gráfica do projeto, a partir da avaliação das pensa- dos integralmente no início do processo de
condicionantes preexistentes, do perfil pedagógico da unida-
de escolar e das metas ambientais estabelecidas. Após essa concepção. O projeto interdisciplinar, que procura assegurar
aná- lise é possível delinear as soluções arquitetônicas essa integração, é a melhor maneira de se evitarem conflitos
pertinentes, definindo-se o plano de massa da edificação e ou redundâncias, decorrentes de decisões projetuais
respectiva implantação, em função das condições físico- isoladas e estanques.
climáticas do terreno orientação, direção dos ventos
dominantes, ocorrência de ruí- dos, topografia, vegetação
existente, acessos principais e taxas de ocupação. Para a Assim, essa abordagem projetual considera que:
visualização dessa interação edificação terreno, é feito um
esquema gráfico no qual constam todas essas informações · a edificação e o sítio configuram-se como um todo inseri-
do no contexto de sua comunidade;
.Nessa fase, será definida a organização espacial da unidade
escolar em função da proposta pedagógica, estabelecendo- · a unidade escolar se encontra inserida num contexto maior,
se, portanto, o pré-dimensionamento setorial, o fluxograma que inclui o ecossistema natural, mesmo se a sua localização for
dos ambientes funcionais fluxos dominantes, hierarquia dos
espaços, suas respectivas interações e relações principais , um sítio urbano;
além da reflexão sobre as áreas externas necessárias ao · a colaboração interdisciplinar é fundamental no processo
processo educativo.
Deve ser levada ainda em consideração a possibilidade de de projeto e de construção da unidade escolar;
adoção de solução modular, que, além de agilizar a
construção da unidade, simplifica o dimensionamento dos · todas as significativas decisões e estratégias de projeto
ambientes e facilita os acréscimos futuros. Finalmente, devem ser refletidas logo na etapa de programação;
complementando essa etapa, visualizar as possíveis soluções
construtivas ou naturais que funcionarão como elementos de · é importante verificar as condições do ambiente construído
proteção à insolação, no caso de fachadas com orientação
menos favorável (beirais, varandas, brises e paisagismo). após determinado tempo de uso e construção, analisando-se o
desempenho da edificação a partir da identificação dos
Anteprojeto
aspectos negativos e positivos encontrados. Essas
identificações funcionam como fonte de retroalimentação
para futuros projetos semelhantes.
O anteprojeto vai constituir a solução quase-definitiva da
construção, desenvolvida a partir do estudo preliminar e com-
patível com as exigências contidas no programa de necessida-
des; nessa etapa, devem constar todas as informações suficien-
tes à compreensão do projeto antes da elaboração do projeto
de execução. Os ajustes finais da solução e a aferição do de-
sempenho ambiental devem ser efetuados nessa fase.
Objetivos
1.1 Esta norma tem por objetivo estabelecer as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil
a serem observadas na organização de propostas pedagógicas na educação infantil.
1.2 As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação infantil articulam-se às Diretrizes Curriculares
Nacionais da Educação Básica e reúnem princípios, fundamentos e procedimentos definidos pela
Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, para orientar as políticas públicas e a
elaboração, planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e curriculares de Educação
Infantil.
1.3 Além das exigências dessas diretrizes, devem também ser observadas a legislação estadual e
municipal atinentes ao assunto, bem como as normas do respectivo sistema.
Definições
Educação Infantil: Primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, às quais se
caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos
educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período
diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de
ensino e submetidos a controle social. É dever do Estado garantir a oferta de Educação Infantil pública,
gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção.
Criança:
Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói
sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta,
narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.
Currículo:
Conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os
conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de
modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.
Proposta Pedagógica:
Proposta pedagógica ou projeto político pedagógico é o plano orientador das ações da instituição e
define as metas que se pretende para a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças que nela são
educados e cuidados. É elaborado num processo coletivo, com a participação da direção, dos
professores e da comunidade escolar.
Matrícula e faixa etária: 9 É obrigatória a matrícula na Educação Infantil de crianças que completam 4 ou
5 anos até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula. 9 As crianças que completam 6 anos
após o dia 31 de março devem ser matriculadas na Educação Infantil. 9 A frequência na Educação
Infantil não é pré-requisito para a matrícula no Ensino Fundamental. 9 As vagas em creches e pré-
escolas devem ser oferecidas próximas às residências das crianças.
Jornada:
É considerada Educação Infantil em tempo parcial, a jornada de, no mínimo, quatro horas diárias e, em
tempo integral, a jornada com duração igual ou superior a sete horas diárias, compreendendo o tempo total
que a criança permanece na instituição.
Princípios
Na observância das Diretrizes, a proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve garantir
que elas cumpram plenamente sua função sociopolítica e pedagógica:
Oferecendo condições e recursos para que as crianças usufruam seus direitos civis, humanos e sociais; 9
Assumindo a responsabilidade de compartilhar e complementar a educação e cuidado das crianças com as
famílias;
Possibilitando tanto a convivência entre crianças e entre adultos e crianças quanto à ampliação de saberes
e conhecimentos de diferentes naturezas;
A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança
acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de
diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à
dignidade, à brincadeira, à convivência e à interação com outras crianças.
Organização de Espaço, Tempo e Materiais
Para efetivação de seus objetivos, as propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil
deverão prever condições para o trabalho coletivo e para a organização de materiais, espaços e tempos
que assegurem:
A educação em sua integralidade, entendendo o cuidado como algo indissociável ao processo educativo;
A indivisibilidade das dimensões expressivo motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e
sociocultural da criança;
A participação, o diálogo e a escuta cotidiana das famílias, o respeito e a valorização de suas formas de
organização;
O estabelecimento de uma relação efetiva com a comunidade local e de mecanismos que garantam a
gestão democrática e a consideração dos saberes da comunidade;
O reconhecimento das especificidades etárias, das singularidades individuais e coletivas das crianças,
promovendo interações entre crianças de mesma idade e crianças de diferentes idades;
Os deslocamentos e os movimentos amplos das crianças nos espaços internos e externos às salas de
referência das turmas e à instituição;
A acessibilidade de espaços, materiais, objetos, brinquedos e instruções para as crianças com deficiência,
transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação;
A apropriação pelas crianças das contribuições histórico-culturais dos povos indígenas, afrodescendentes,
asiáticos, europeus e de outros países da América.
As propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil deverão prever condições para o trabalho
coletivo e para a organização de materiais, espaços e tempos que assegurem:
Garantida a autonomia dos povos indígenas na escolha dos modos de educação de suas crianças de 0 a 5
anos de idade, as propostas pedagógicas para os povos que optarem pela Educação Infantil devem:
Proporcionar uma relação viva com os conhecimentos, crenças, valores, concepções de mundo e as
memórias de seu povo;
Reafirmar a identidade étnica e a língua materna como elementos de constituição das crianças;
As propostas pedagógicas da Educação Infantil das crianças filhas de agricultores familiares, extrativistas,
pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da reforma agrária, quilombolas, caiçaras,
povos da floresta, devem:
Reconhecer os modos próprios de vida no campo como fundamentais para a constituição da identidade
das crianças moradoras em territórios rurais;
Ter vinculação inerente à realidade dessas populações, suas culturas, tradições e identidades, assim como
a práticas ambientalmente sustentáveis;
Flexibilizar, se necessário, calendário, rotinas e atividades respeitando as diferenças quanto à atividade
econômica dessas populações;
Valorizar e evidenciar os saberes e o papel dessas populações na produção de conhecimentos sobre o
mundo e sobre o ambiente natural;
Prever a oferta de brinquedos e equipamentos que respeitem as características ambientais e socioculturais
da comunidade.
Eixos do currículo: As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil
devem ter como eixos norteadores as interações e a brincadeira e Garantir experiências que:
Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários
gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical;
Na transição para o Ensino Fundamental a proposta pedagógica deve prever formas para garantir a
continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, respeitando as
especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental.
Cabe ao Ministério da Educação elaborar orientações para a implementação das Diretrizes Curriculares.
Visando atender a essa determinação, a Secretaria de Educação Básica, por meio da Coordenação Geral
de Educação Infantil, está elaborando orientações curriculares, em processo de debate democrático e com
consultoria técnica especializada, sobre os seguintes temas:
Saúde e bem estar das crianças: uma meta para educadores infantis em parceria com familiares e
profissionais de saúde.
Em 2008, a Coordenação Geral de Educação Infantil do MEC estabeleceu, com a Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (UFRGS), convênio de cooperação técnica para a articulação de um processo
nacional de estudos e debates sobre o currículo da Educação Infantil. Disso resultou uma série de
documentos, dentre eles “Práticas cotidianas na Educação Infantil: bases para a reflexão sobre as
orientações curriculares” (MEC/COEDI, 2009). Esse processo serviu de base para a elaboração de
“Subsídios para as Diretrizes Curriculares Nacionais Específicas da Educação Básica” (MEC, 2009), texto
encaminhado ao Conselho Nacional de Educação pelo Senhor Ministro de Estado da Educação. A
proposta do MEC foi apresentada pela professora Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, Secretária de
Educação Básica do MEC, na reunião ordinária do mês de julho de 2009, da Câmara de Educação Básica.
Nessa ocasião foi designada a comissão que se encarregaria de elaborar novas Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil, presidida pelo Conselheiro Cesar Callegari e tendo como relator o
Conselheiro Raimundo Moacir Mendes Feitosa (Portaria CNE/CEB nº 3/2009). Em 5 de agosto de 2009,
com a participação de representantes de entidades nacionais como União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação (UNDIME), Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
(ANPED), Confedereção Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Fórum Nacional de
Conselhos Estaduais de Educação, Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (MIEIB), bem
como da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), da Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC) e das especialistas da área de Educação Infantil Maria
Carmem Barbosa (coordenadora do Projeto MEC/UFRGS/2008), Sonia Kramer (consultora do MEC
responsável pela organização do documento de referência sobre as Diretrizes), Fulvia Rosemberg (da
Fundação Carlos Chagas), Ana Paula Soares Silva e Zilma de Moraes Ramos de Oliveira (da Universidade
de São Paulo, Campus de Ribeirão Preto), o relator da Comissão, Raimundo Moacir Mendes Feitosa,
apresentou um texto-síntese dos pontos básicos que seriam levados como indicações para o debate em
audiências públicas nacionais. Essas foram então promovidas pela Câmara de Educação Básica do CNE,
em São Luis do Maranhão, Brasília e São Paulo. O processo de elaboração das Diretrizes incorporou as
contribuições apresentadas por grupos de pesquisa e pesquisadores, conselheiros tutelares, Ministério
Público, sindicatos, secretários e conselheiros municipais de educação, entidades não governamentais e
movimentos sociais que participaram das audiências e de debates e reuniões regionais (como os
encontros da UNDIME – Região Norte e do MIEIB em Santarém, PA, ocorrido em agosto de 2009; o
debate na ANPED, em outubro de 2009). Foram consideradas também as contribuições enviadas por
entidades e grupos como: Organização Mundial para a Educação Pré-escolar (OMEP); Núcleo de
Desenvolvimento Infantil (NDI/Universidade Federal de Santa Catarina; Fórum de Educação Infantil do
Pará (FEIPA); Fórum Amazonense de Educação Infantil (FAMEI); Fórum Permanente de Educação Infantil
do Tocantins (FEITO); Fórum de Educação Infantil do Amapá; Fórum de Educação Infantil de Santa
Catarina (contemplando também manifestações dos municípios de Jaguaré, Cachoeiro e Vitória); Fórum
Paulista de Educação Infantil; Fórum Gaúcho de Educação Infantil; GT de Educação Infantil da UNDIME;
Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (CEERT); GT 21
(Educação das Relações Étnico-Raciais) da ANPED; Grupo de Estudos em Educação Infantil do Centro
de Educação da Universidade Federal de Alagoas (UFAL conjuntamente com equipe técnica das
Secretarias de Educação do Município de Maceió e do Estado de Alagoas); alunos do curso de Pedagogia
da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS); Centro de Investigação sobre Desenvolvimento e
Educação Infantil (CINDEDI/USP); representantes do Setor de Educação do Movimento dos Trabalhadores
Sem Terra (MST) de São Paulo; técnicos da Coordenadoria de Creches da USP; participantes de evento
da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer de Recife e do Seminário Educação Ambiental e Educação
Infantil, em Brasília. Ainda pesquisadores das seguintes Universidades e Instituições de Pesquisa fizeram
considerações ao longo desse processo: Faculdade de Educação da USP; Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP); Fundação Carlos Chagas (FCC); Centro Universitário
Claretiano Batatais; Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO); Universidade Federal
do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO); Universidade de Campinas (UNICAMP); Universidade Federal do
Ceará (UFC); Universidade Federal do Pará (UFPA); Universidade Federal do Rio de Janeiro 36
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL (UFRJ); Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Universidade Federal do Paraná (UFPR); Universidade do Estado de
Mato Grosso (UNEMAT); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS); Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN); Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS); Universidade Federal de
Alagoas (UFAL); Universidade Federal do Maranhão (UFMA); Universidade Estadual do Maranhão
(UEMA); Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Constituição Federal de 1988, art. 5º (Dos Direitos e deveres Individuais e Coletivos)
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
profissão, atendidas as qualificações profissionais que
CAPÍTULO I
a lei estabelecer;
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e
COLETIVOS
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção
exercício profissional;
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
XV - é livre a locomoção no território nacional em
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus
propriedade, nos termos seguintes:
bens;
I - homens e mulheres são iguais em direitos e
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem
obrigações, nos termos desta Constituição;
armas, em locais abertos ao público,
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
independentemente de autorização, desde que não
alguma coisa senão em virtude de lei;
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o
III - ninguém será submetido a tortura nem a
mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
tratamento desumano ou degradante;
autoridade competente;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo
XVII - é plena a liberdade de associação para fins
vedado o anonimato;
lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a
agravo, além da indenização por dano material, moral
de cooperativas independem de autorização, sendo
ou à imagem;
vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de
XIX - as associações só poderão ser
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro
locais de culto e a suas liturgias;
caso, o trânsito em julgado;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
assistência religiosa nas entidades civis e militares de
permanecer associado;
internação coletiva;
XXI - as entidades associativas, quando
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de
expressamente autorizadas, têm legitimidade para
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política,
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a
XXII - é garantido o direito de propriedade;
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
alternativa, fixada em lei;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para
IX - é livre a expressão da atividade intelectual,
desapropriação por necessidade ou utilidade pública,
artística, científica e de comunicação,
ou por interesse social, mediante justa e prévia
independentemente de censura ou licença;
indenização em dinheiro, ressalvados os casos
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra
previstos nesta Constituição;
e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade
indenização pelo dano material ou moral decorrente de
competente poderá usar de propriedade particular,
sua violação;
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se
houver dano;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em
podendo penetrar sem consentimento do morador,
lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
de penhora para pagamento de débitos decorrentes de
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios
judicial; (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
de financiar o seu desenvolvimento;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de
1996)
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina,
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de
nem pena sem prévia cominação legal;
utilização, publicação ou reprodução de suas obras,
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
réu;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória
a) a proteção às participações individuais em obras
dos direitos e liberdades fundamentais;
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas,
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável
inclusive nas atividades desportivas;
e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos
b) o direito de fiscalização do aproveitamento
da lei;
econômico das obras que criarem ou de que
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e
participarem aos criadores, aos intérpretes e às
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o
respectivas representações sindicais e associativas;
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por
industriais privilégio temporário para sua utilização, bem
eles respondendo os mandantes, os executores e os
como proteção às criações industriais, à propriedade
que, podendo evitá-los, se omitirem;
das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos
(Regulamento)
distintivos, tendo em vista o interesse social e o
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
ação de grupos armados, civis ou militares, contra a
XXX - é garantido o direito de herança;
ordem constitucional e o Estado Democrático;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do
País será regulada pela lei brasileira em benefício do
condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da
seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";
lei, estendidas aos sucessores e contra eles
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa
executadas, até o limite do valor do patrimônio
do consumidor;
transferido;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e
públicos informações de seu interesse particular, ou de
adotará, entre outras, as seguintes:
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
a) privação ou restrição da liberdade;
prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
b) perda de bens;
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
c) multa;
segurança da sociedade e do Estado;
d) prestação social alternativa;
(Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011)
e) suspensão ou interdição de direitos;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente
XLVII - não haverá penas:
do pagamento de taxas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa
termos do art. 84, XIX;
de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) de caráter perpétuo;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas,
c) de trabalhos forçados;
para defesa de direitos e esclarecimento de situações
d) de banimento;
de interesse pessoal;
e) cruéis;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos
Judiciário lesão ou ameaça a direito
distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e
o sexo do apenado;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à
jurídico perfeito e a coisa julgada;
integridade física e moral;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a
que possam permanecer com seus filhos durante o
organização que lhe der a lei, assegurados:
período de amamentação;
a) a plenitude de defesa;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o
b) o sigilo das votações;
naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes
c) a soberania dos veredictos;
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em
d) a competência para o julgamento dos crimes
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma
dolosos contra a vida;
da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por
crime político ou de opinião;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser
LIII - ninguém será processado nem sentenciado
impetrado por:
senão pela autoridade competente;
a) partido político com representação no Congresso
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus
Nacional;
bens sem o devido processo legal;
b) organização sindical, entidade de classe ou
LV - aos litigantes, em processo judicial ou
associação legalmente constituída e em funcionamento
administrativo, e aos acusados em geral são
há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os
seus membros ou associados;
meios e recursos a ela inerentes;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas
que a falta de norma regulamentadora torne inviável o
obtidas por meios ilícitos;
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e
em julgado de sentença penal condenatória;
à cidadania;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a
LXXII - conceder-se-á "habeas-data":
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em
a) para assegurar o conhecimento de informações
lei; (Regulamento)
relativas à pessoa do impetrante, constantes de
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação
registros ou bancos de dados de entidades
pública, se esta não for intentada no prazo legal;
governamentais ou de caráter público;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos
b) para a retificação de dados, quando não se prefira
processuais quando a defesa da intimidade ou o
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
interesse social o exigirem;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou
ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
por ordem escrita e fundamentada de autoridade
público ou de entidade de que o Estado participe, à
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
da sucumbência;
competente e à família do preso ou à pessoa por ele
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral
indicada;
e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre
recursos;
os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro
assegurada a assistência da família e de advogado;
judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo
LXIV - o preso tem direito à identificação dos
fixado na sentença;
responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente
policial;
pobres, na forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela
1989)
autoridade judiciária;
a) o registro civil de nascimento;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido,
b) a certidão de óbito;
quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e
fiança;
"habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do
ao exercício da cidadania. (Regulamento)
responsável pelo inadimplemento voluntário e
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo,
inescusável de obrigação ali mentícia e a do depositário
são assegurados a razoável duração do processo e os
infiel;
meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
(Vide ADIN 3392)
violência ou coação em sua liberdade de locomoção,
LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à
por ilegalidade ou abuso de poder;
proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para
digitais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115,
proteger direito líquido e certo, não amparado por
de 2022)
"habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
fundamentais têm aplicação imediata.
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público;
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta
Constituição não excluem outros decorrentes do regime
e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil
seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre
direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, serão
equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN
3392) (Vide Atos decorrentes do disposto no § 3º do art.
5º da Constituição)
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Constituição Federal de 1988 ( Artigos n° 205 a n° 214)
Art. 207. As universidades gozam de autonomia
CAPÍTULO III didático-científica, administrativa e de gestão financeira e
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade
DESPORTO entre ensino, pesquisa e extensão.
Seção I § 1º É facultado às universidades admitir professores,
técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da
DA EDUCAÇÃO
lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do
1996)
Estado e da família, será promovida e incentivada com § 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições
a colaboração da sociedade, visando ao pleno de pesquisa científica e tecnológica. (Incluído pela
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o Emenda Constitucional nº 11, de 1996)
exercício da cidadania e sua qualificação para o Art. 208. O dever do Estado com a educação será
trabalho. efetivado mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta
gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade
seguintes princípios:
própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de
2009) (Vide Emenda Constitucional nº 59, de 2009) II -
I - igualdade de condições para o acesso e progressiva universalização do ensino médio gratuito;
permanência na escola; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) III
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e - atendimento educacional especializado aos portadores de
divulgar o pensamento, a arte e o saber; deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV -
III - pluralismo de idéias e de concepções educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5
pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda
privadas de ensino; Constitucional nº 53, de 2006) V - acesso aos níveis mais
elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,
IV - gratuidade do ensino público em
segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino
estabelecimentos oficiais;
noturno regular, adequado às condições do educando; VII -
V - valorização dos profissionais da educação atendimento ao educando, em todas as etapas da educação
escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, básica, por meio de programas suplementares de material
com didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
ingresso exclusivamente por concurso público de (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) §
provas e 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público
títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela subjetivo. § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo
Emenda Constitucional nº 53, de 2006) Poder Público, ou sua oferta irregular, importa
responsabilidade da autoridade competente. § 3º Compete ao
VI - gestão democrática do ensino público, na forma
Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental,
da lei;
fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis,
VII - garantia de padrão de qualidade. pela freqüência à escola.
VIII - piso salarial profissional nacional para os
profissionais da educação escolar pública, nos termos Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as
de lei seguintes condições: I - cumprimento das normas gerais da
federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de educação nacional; II - autorização e avaliação de qualidade
2006) pelo Poder Público.
IX - garantia do direito à educação e à aprendizagem Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino
fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum
ao longo da vida. (Incluído pela Emenda Constitucional
e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e
nº 108, de 2020)
regionais. § 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa,
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas
trabalhadores considerados profissionais da educação de ensino fundamental. § 2º O ensino fundamental regular será
básica ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades
e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou indígenas também a utilização de suas línguas maternas e
adequação processos próprios de aprendizagem.
de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Estados, Municípios organizarão em regime de colaboração seus
sistemas de ensino. § 1º A União organizará o sistema federal
do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela
de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de
Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
ensino
públicas federais e exercerá, em matéria educacional, sociais e outros recursos orçamentários. § 5º A educação
função redistributiva e supletiva, de forma a garantir básica pública terá como fonte adicional de financiamento
equalização de oportunidades educacionais e padrão a contribuição social do salárioeducação, recolhida pelas
mínimo de qualidade do ensino mediante assistência empresas na forma da lei. (Redação dada pela Emenda
técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Constitucional nº 53, de 2006) (Vide Decreto nº 6.003, de
Municípios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 2006)
14, de 1996) § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente § 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da
no ensino fundamental e na educação infantil. (Redação contribuição social do salário-educação serão distribuídas
dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) § 3º Os proporcionalmente ao número de alunos matriculados na
Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no educação básica nas respectivas redes públicas de ensino.
ensino fundamental e médio. (Incluído pela Emenda (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
Constitucional nº 14, de 1996) § 4º Na organização de § 7º É vedado o uso dos recursos referidos no caput e nos
seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito §§ 5º e 6º deste artigo para pagamento de aposentadorias
Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, e de pensões. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
de forma a assegurar a universalização, a qualidade e a 108, de 2020)
equidade do ensino obrigatório. (Redação dada pela § 8º Na hipótese de extinção ou de substituição de
Emenda Constitucional nº 108, de 2020) § 5º A educação impostos, serão redefinidos os percentuais referidos no
básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. caput deste artigo e no inciso II do caput do art. 212-A, de
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) § 6º modo que resultem recursos vinculados à manutenção e
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios ao desenvolvimento do ensino, bem como os recursos
exercerão ação redistributiva em relação a suas escolas. subvinculados aos fundos de que trata o art. 212-A desta
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) § 7º Constituição, em aplicações equivalentes às anteriormente
O padrão mínimo de qualidade de que trata o § 1º deste praticadas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108,
artigo considerará as condições adequadas de oferta e terá de 2020)
como referência o Custo Aluno Qualidade (CAQ), § 9º A lei disporá sobre normas de fiscalização, de
pactuados em regime de colaboração na forma disposta avaliação e de controle das despesas com educação nas
em lei complementar, conforme o parágrafo único do art. esferas estadual, distrital e municipal. (Incluído pela
23 desta Constituição. (Incluído pela Emenda Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
Constitucional nº 108, de 2020) Art. 212-A. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do
dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios art. 212 desta Constituição à manutenção e ao
vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de desenvolvimento do ensino na educação básica e à
impostos, compreendida a proveniente de transferências, remuneração condigna de seus profissionais, respeitadas
na manutenção e desenvolvimento do ensino. § 1º A as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda
parcela da arrecadação de impostos transferida pela União Constitucional nº 108, de 2020) Regulamento I - a
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o
Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, Distrito Federal, os Estados e seus Municípios é
para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do assegurada mediante a instituição, no âmbito de cada
governo que a transferir. § 2º Para efeito do cumprimento Estado e do Distrito Federal, de um Fundo de Manutenção
do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os dos Profissionais da Educação (Fundeb), de natureza
recursos aplicados na forma do art. 213. § 3º A distribuição contábil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de
dos recursos públicos assegurará prioridade ao 2020) II - os fundos referidos no inciso I do caput deste
atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no artigo serão constituídos por 20% (vinte por cento) dos
que se refere a universalização, garantia de padrão de recursos a que se referem os incisos I, II e III do caput do
qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de art. 155, o inciso II do caput do art. 157, os incisos II, III e
educação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº IV do caput do art. 158 e as alíneas "a" e "b" do inciso I e o
59, de 2009) § 4º Os programas suplementares de inciso II do caput do art. 159 desta Constituição; (Incluído
alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) III - os
VII, serão financiados com recursos provenientes de recursos referidos no inciso II do caput deste artigo serão
contribuições distribuídos entre cada Estado e seus Municípios,
proporcionalmente ao número de alunos das diversas
etapas e modalidades da educação básica presencial
matriculados nas respectivas redes, nos âmbitos de
atuação
X - a lei disporá, observadas as garantias estabelecidas
prioritária, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211
nos incisos I, II, III e IV do caput e no § 1º do art. 208 e as
desta Constituição, observadas as ponderações referidas
metas pertinentes do plano nacional de educação, nos
na alínea "a" do inciso X do caput e no § 2º deste artigo;
termos previstos no art. 214 desta Constituição, sobre:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) IV -
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) a) a
a União complementará os recursos dos fundos a que se
organização dos fundos referidos no inciso I do caput deste
refere o inciso II do caput deste artigo; (Incluído pela
artigo e a distribuição proporcional de seus recursos, as
Emenda Constitucional nº 108, de 2020) V - a
diferenças e as ponderações quanto ao valor anual por
complementação da União será equivalente a, no mínimo,
aluno entre etapas, modalidades, duração da jornada e
23% (vinte e três por cento) do total de recursos a que se
tipos de estabelecimento de ensino, observados as
refere o inciso II do caput deste artigo, distribuída da
respectivas especificidades e os insumos necessários para
seguinte forma: (Incluído pela Emenda Constitucional nº
a garantia de sua qualidade; (Incluído pela Emenda
108, de 2020) a) 10 (dez) pontos percentuais no âmbito de
Constitucional nº 108, de 2020) b) a forma de cálculo do
cada Estado e do Distrito Federal, sempre que o valor
VAAF decorrente do inciso III do caput deste artigo e do
anual por aluno (VAAF), nos termos do inciso III do caput
VAAT referido no inciso VI do caput deste artigo; (Incluído
deste artigo, não alcançar o mínimo definido
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) c) a forma de
nacionalmente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
cálculo para distribuição prevista na alínea "c" do inciso V
108, de 2020) b) no mínimo, 10,5 (dez inteiros e cinco
do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional
décimos) pontos percentuais em cada rede pública de
nº 108, de 2020) d) a transparência, o monitoramento, a
ensino municipal, estadual ou distrital, sempre que o valor
fiscalização e o controle interno, externo e social dos
anual total por aluno (VAAT), referido no inciso VI do caput
fundos referidos no inciso I do caput deste artigo,
deste artigo, não alcançar o mínimo definido
assegurada a criação, a autonomia, a manutenção e a
nacionalmente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº
consolidação de conselhos de acompanhamento e controle
108, de 2020) c) 2,5 (dois inteiros e cinco décimos) pontos
social, admitida sua integração aos conselhos de
percentuais nas redes públicas que, cumpridas
educação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de
condicionalidades de melhoria de gestão previstas em lei,
2020) e) o conteúdo e a periodicidade da avaliação, por
alcançarem evolução de indicadores a serem definidos, de
parte do órgão responsável, dos efeitos redistributivos, da
atendimento e melhoria da aprendizagem com redução das
melhoria dos indicadores educacionais e da ampliação do
desigualdades, nos termos do sistema nacional de
atendimento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108,
avaliação da educação básica; (Incluído pela Emenda
de 2020) XI - proporção não inferior a 70% (setenta por
Constitucional nº 108, de 2020) VI - o VAAT será
cento) de cada fundo referido no inciso I do caput deste
calculado, na forma da lei de que trata o inciso X do caput
artigo, excluídos os recursos de que trata a alínea "c" do
deste artigo, com base nos recursos a que se refere o
inciso V do caput deste artigo, será destinada ao
inciso II do caput deste artigo, acrescidos de outras
pagamento dos profissionais da educação básica em
receitas e de transferências vinculadas à educação,
efetivo exercício, observado, em relação aos recursos
observado o disposto no § 1º e consideradas as matrículas
previstos na alínea "b" do inciso V do caput deste artigo, o
nos termos do inciso III do caput deste artigo; (Incluído pela
percentual mínimo de 15% (quinze por cento) para
Emenda Constitucional nº 108, de 2020) VII - os recursos
despesas de capital; (Incluído pela Emenda Constitucional
de que tratam os incisos II e IV do caput deste artigo serão
nº 108, de 2020) XII - lei específica disporá sobre o piso
aplicados pelos Estados e pelos Municípios
salarial profissional nacional para os profissionais do
exclusivamente nos respectivos âmbitos de atuação
magistério da educação básica pública; (Incluído pela
prioritária, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211
Emenda Constitucional nº 108, de 2020) XIII - a utilização
desta Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional
dos recursos a que se refere o § 5º do art. 212 desta
nº 108, de 2020) VIII - a vinculação de recursos à
Constituição para a complementação da União ao Fundeb,
manutenção e ao desenvolvimento do ensino estabelecida
referida no inciso V do caput deste artigo, é vedada.
no art. 212 desta Constituição suportará, no máximo, 30%
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) § 1º
(trinta por cento) da complementação da União,
O cálculo do VAAT, referido no inciso VI do caput deste
considerados para os fins deste inciso os valores previstos
artigo, deverá considerar, além dos recursos previstos no
no inciso V do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda
inciso II do caput deste artigo, pelo menos, as seguintes
Constitucional nº 108, de 2020) IX - o disposto no caput do
disponibilidades: (Incluído pela Emenda Constitucional nº
art. 160 desta Constituição aplica-se aos recursos referidos
108, de 2020)
nos incisos II e IV do caput deste artigo, e seu
I - receitas de Estados, do Distrito Federal e de Municípios
descumprimento pela autoridade competente importará em
vinculadas à manutenção e ao desenvolvimento do ensino
crime de responsabilidade; (Incluído pela Emenda
não integrantes dos fundos referidos no inciso I do caput
Constitucional nº 108, de 2020)
deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108,
de 2020
II - cotas estaduais e municipais da arrecadação do salário-
educação de que trata o § 6º do art. 212 desta
Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108,
de 2020) III - complementação da União transferida a
Estados, ao Distrito Federal e a Municípios nos termos da
alínea "a" do inciso V do caput deste artigo. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
§ 2º Além das ponderações previstas na alínea "a" do
inciso X do caput deste artigo, a lei definirá outras relativas
ao nível socioeconômico dos educandos e aos indicadores
de disponibilidade de recursos vinculados à educação e de
potencial de arrecadação tributária de cada ente federado,
bem como seus prazos de implementação. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
§ 3º Será destinada à educação infantil a proporção de
50% (cinquenta por cento) dos recursos globais a que se
refere a alínea "b" do inciso V do caput deste artigo, nos
termos da lei." (Incluído pela Emenda Constitucional nº
108, de 2020)
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas
públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias,
confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: I -
comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus
excedentes financeiros em educação; II - assegurem a
destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária,
filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso
de encerramento de suas atividades. § 1º - Os recursos de
que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de
estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei,
para os que demonstrarem insuficiência de recursos,
quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede
pública na localidade da residência do educando, ficando o
Poder Público obrigado a investir prioritariamente na
expansão de sua rede na localidade. § 2º As atividades de
pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação
realizadas por universidades e/ou por instituições de
educação profissional e tecnológica poderão receber apoio
financeiro do Poder Público. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 85, de 2015)
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação,
de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema
nacional de educação em regime de colaboração e definir
diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação
para assegurar a manutenção e desenvolvimento do
ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por
meio de ações integradas dos poderes públicos das
diferentes esferas federativas que conduzam a: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) I -
erradicação do analfabetismo; II - universalização do
atendimento escolar; III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho; V - promoção humanística,
científica e tecnológica do País. VI - estabelecimento de
meta de aplicação de recursos públicos em educação
como proporção do produto interno bruto. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 59, de 2009).
Estatuto da Criança e do Adolescente- Lei n.º 8.069/1990 (arts. 1º ao 6º; 13, 15 a 18; 53 a 59; 131 a 135)
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-
outras providências. tratos contra criança ou adolescente serão
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências
Título I Das Disposições Preliminares legais.
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo
ao adolescente. físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus tratos
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade,
aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo sem prejuízo de outras providências legais. (Redação dada
único. Nos casos expressos em lei, aplica-se pela Lei nº 13.010, de 2014) Parágrafo único. As gestantes
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos
vinte e um anos de idade. para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela Lei nº
direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem 12.010, de 2009) Vigência § 1 o As gestantes ou mães que
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção
assegurando-se lhes, por lei ou por outros meios, todas as serão obrigatoriamente encaminhadas, sem
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o constrangimento, à Justiça da Infância e da Juventude.
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) § 2 o Os serviços de
em condições de liberdade e de dignidade. Parágrafo saúde em suas diferentes portas de entrada, os serviços
único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas de assistência social em seu componente especializado, o
as crianças e adolescentes, sem discriminação de Centro de Referência Especializado de Assistência Social
nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou (Creas) e os demais órgãos do Sistema de Garantia de
cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de Direitos da Criança e do Adolescente deverão conferir
desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, máxima prioridade ao atendimento das crianças na faixa
ambiente social, região e local de moradia ou outra etária da primeira infância com suspeita ou confirmação de
condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a violência de qualquer natureza, formulando projeto
comunidade em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se
2016) necessário, acompanhamento domiciliar. (Incluído pela Lei
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade nº 13.257, de 2016)
em geral e do poder público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade,
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos
liberdade e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas
único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de leis.
receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b)
precedência de atendimento nos serviços públicos ou de Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes
relevância pública; c) preferência na formulação e na aspectos: I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e
execução das políticas sociais públicas; d) destinação espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; II -
privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas opinião e expressão; III - crença e culto religioso; IV -
com a proteção à infância e à juventude. brincar, praticar esportes e divertir-se; V - participar da vida
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de familiar e comunitária, sem discriminação; VI - participar da
qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, vida política, na forma da lei; VII - buscar refúgio, auxílio e
violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei orientação.
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da
fundamentais. integridade física, psíquica e moral da criança e do
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da
fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças,
comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a dos espaços e objetos pessoais.
condição peculiar da criança e do adolescente como Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e
pessoas em desenvolvimento. Título II Dos Direitos do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento
Fundamentais Capítulo I Do Direito à Vida e à Saúde desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
constrangedor.
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à
educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua
tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, pessoa,
disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o
pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, trabalho, assegurando-se lhes:
pelos agentes públicos executores de medidas I - igualdade de condições para o acesso e rmanência na
socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de escola;
cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. (Incluído II - direito de ser respeitado por seus educadores;
pela Lei nº 13.010, de 2014) Parágrafo único. Para os fins III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo
desta Lei, considerase: (Incluído pela Lei nº 13.010, de recorrer às instâncias escolares superiores;
2014) I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou IV - direito de organização e participação em
punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança entidades estudantis;
ou o adolescente que resulte em: (Incluído pela Lei nº V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua
13.010, de 2014) a) sofrimento físico; ou (Incluído pela Lei residência.
nº 13.010, de 2014) b) lesão; (Incluído pela Lei nº 13.010, V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua
de 2014) II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou residência, garantindo-se vagas no mesmo
forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao estabelecimento a
adolescente que: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) a) irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino
humilhe; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) b) da
ameace gravemente; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de educação básica. (Redação dada pela Lei nº 13.845, de
2014) c) ridicularize. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) 2019)
Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter
responsáveis, os agentes públicos executores de medidas ciência do processo pedagógico, bem como participar da
socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar definição das propostas educacionais.
de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou Art. 53-A. É dever da instituição de ensino, clubes e
protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel agremiações recreativas e de estabelecimentos
ou degradante como formas de correção, disciplina, congêneres
educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem assegurar medidas de conscientização, prevenção e
prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, enfrentamento ao uso ou dependência de drogas
que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: ilícitas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) I - encaminhamento Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao
a programa oficial ou comunitário de proteção à família; adolescente:
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) II - encaminhamento I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito,
a tratamento psicológico ou psiquiátrico; (Incluído pela Lei inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade
nº 13.010, de 2014) III - encaminhamento a cursos ou própria;
programas de orientação; (Incluído pela Lei nº 13.010, de II - progressiva extensão da obrigatoriedade e
2014) IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento gratuidade ao ensino médio;
especializado; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) V - III - atendimento educacional especializado aos
advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) VI - portadores de deficiência, preferencialmente na rede
garantia de tratamento de saúde especializado à vítima. regular
(Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência Parágrafo de ensino;
único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças
pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências de zero a seis anos de idade;
legais. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Capítulo III IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças
Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária Seção I de zero a cinco anos de idade; (Redação dada pela Lei nº
Disposições Gerais Art. 19. Toda criança ou adolescente 13.306, de 2016)
tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de
convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da cada
presença de pessoas dependentes de substâncias um;
entorpecentes VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às
condições do adolescente trabalhador;
VII - atendimento no ensino fundamental, através de Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho
programas suplementares de material didático-escolar, Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos:
transporte, alimentação e assistência à saúde. I - reconhecida idoneidade moral;
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito II - idade superior a vinte e um anos;
público subjetivo. III - residir no município.
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Art. 134. Lei municipal disporá sobre local, dia e
poder público ou sua oferta irregular importa horário de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive
responsabilidade da autoridade competente. quanto a eventual remuneração de seus membros.
§ 3º Compete ao poder público recensear os Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o
educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e local, dia e horário de funcionamento do Conselho Tutelar,
zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à inclusive quanto à remuneração dos respectivos membros,
escola. aos quais é assegurado o direito a: (Redação dada pela Lei
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de nº
matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino. 12.696, de 2012)
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino I - cobertura previdenciária; (Incluído pela Lei nº
fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de 12.696, de 2012)
maus-tratos envolvendo seus alunos; II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão 1/3 (um terço) do valor da remuneração mensal; (Incluído
escolar, esgotados os recursos escolares; pela Lei nº 12.696, de 2012)
III - elevados níveis de repetência. III - licença-maternidade; (Incluído pela Lei nº
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, 12.696, de 2012)
experiências e novas propostas relativas a calendário, IV - licença-paternidade; (Incluído pela Lei nº 12.696,
seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com de 2012)
vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do V - gratificação natalina. (Incluído pela Lei nº 12.696,
ensino fundamental obrigatório. de 2012)
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os Parágrafo único. Constará da lei orçamentária
valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto municipal previsão dos recursos necessários ao
social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a funcionamento do Conselho Tutelar.
liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura. Parágrafo único. Constará da lei orçamentária
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da municipal e da do Distrito Federal previsão dos recursos
União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à
espaços para programações culturais, esportivas e de lazer remuneração e formação continuada dos conselheiros
voltadas para a infância e a juventude. tutelares. (Redação dada pela Lei nº 12.696, de 2012)
Capítulo V Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro
constituirá serviço público relevante, estabelecerá
presunção
de idoneidade moral e assegurará prisão especial, em caso
de crime comum, até o julgamento definitivo.
Art. 135. O exercício efetivo da função de
conselheiro constituirá serviço público relevante e
estabelecerá presunção de idoneidade moral. (Redação
dada pela Lei nº 12.696, de 2012)
LEI FEDERAL Nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui A Política Nacional de Proteção dos
Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3º do art. 98 da Lei nº 8.112, de
11 de dezembro de 1990.
VII - o incentivo à formação e à capacitação de
Regulamento profissionais especializados no atendimento à pessoa com
Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da transtorno do espectro autista, bem como a pais e
Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3º responsáveis;
do art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. VIII - o estímulo à pesquisa científica, com prioridade para
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o estudos epidemiológicos tendentes a dimensionar a
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: magnitude e as características do problema relativo ao
Art. 1º Esta Lei institui a Política Nacional de Proteção dos transtorno do espectro autista no País.
Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e Parágrafo único. Para cumprimento das diretrizes de que
estabelece diretrizes para sua consecução. trata este artigo, o poder público poderá firmar contrato de
§ 1º Para os efeitos desta Lei, é considerada pessoa com direito público ou convênio com pessoas jurídicas de direito
transtorno do espectro autista aquela portadora de privado.
síndrome clínica caracterizada na forma dos seguintes Art. 3º São direitos da pessoa com transtorno do espectro
incisos I ou II: autista:
I - deficiência persistente e clinicamente significativa da
comunicação e da interação sociais, manifestada por I - a vida digna, a integridade física e moral, o livre
deficiência marcada de comunicação verbal e não verbal desenvolvimento da personalidade, a segurança e o lazer;
usada para interação social; ausência de reciprocidade II - a proteção contra qualquer forma de abuso e
social; falência em desenvolver e manter relações exploração;
apropriadas ao seu nível de desenvolvimento; III - o acesso a ações e serviços de saúde, com vistas à
II - padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, atenção integral às suas necessidades de saúde, incluindo:
interesses e atividades, manifestados por comportamentos a) o diagnóstico precoce, ainda que não definitivo;
motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos b) o atendimento multiprofissional;
sensoriais incomuns; excessiva aderência a rotinas e c) a nutrição adequada e a terapia nutricional;
padrões de comportamento ritualizados; interesses d) os medicamentos;
restritos e fixos. e) informações que auxiliem no diagnóstico e no
§ 2º A pessoa com transtorno do espectro autista é tratamento;
considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos IV - o acesso:
legais. a) à educação e ao ensino profissionalizante;
§ 3º Os estabelecimentos públicos e privados referidos na b) à moradia, inclusive à residência protegida;
Lei nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, poderão valer-se c) ao mercado de trabalho;
da fita quebra-cabeça, símbolo mundial da conscientização d) à previdência social e à assistência social.
do transtorno do espectro autista, para identificar a Parágrafo único. Em casos de comprovada necessidade, a
prioridade devida às pessoas com transtorno do espectro pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas
autista. (Incluído pela Lei nº 13.977, de 2020) classes comuns de ensino regular, nos termos do inciso IV
Art. 2º São diretrizes da Política Nacional de Proteção dos do art. 2º , terá direito a acompanhante especializado.
Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista: Art. 3º-A. É criada a Carteira de Identificação da Pessoa
I - a intersetorialidade no desenvolvimento das ações e com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), com vistas a
das políticas e no atendimento à pessoa com transtorno do garantir atenção integral, pronto atendimento e prioridade
espectro autista; no atendimento e no acesso aos serviços públicos e
II - a participação da comunidade na formulação de privados, em especial nas áreas de saúde, educação e
políticas públicas voltadas para as pessoas com transtorno assistência social. (Incluído pela Lei nº 13.977, de
do espectro autista e o controle social da sua implantação, 2020)
acompanhamento e avaliação; § 1º A Ciptea será expedida pelos órgãos responsáveis
III - a atenção integral às necessidades de saúde da pela execução da Política Nacional de Proteção dos
pessoa com transtorno do espectro autista, objetivando o Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista
diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional e o dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
acesso a medicamentos e nutrientes; mediante requerimento, acompanhado de relatório médico,
IV - (VETADO); com indicação do código da Classificação Estatística
V - o estímulo à inserção da pessoa com transtorno do Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à
espectro autista no mercado de trabalho, observadas as Saúde (CID), e deverá conter, no mínimo, as seguintes
peculiaridades da deficiência e as disposições da Lei nº informações: (Incluído pela Lei nº 13.977, de 2020)
8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do I - nome completo, filiação, local e data de nascimento,
Adolescente); número da carteira de identidade civil, número de inscrição
VI - a responsabilidade do poder público quanto à no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), tipo sanguíneo,
informação pública relativa ao transtorno e suas endereço residencial completo e número de telefone do
implicações; identificado; (Incluído pela Lei nº 13.977, de 2020)
II - fotografia no formato 3 (três) centímetros (cm) x 4
(quatro) centímetros (cm) e assinatura ou impressão digital
do identificado; (Incluído pela Lei nº 13.977, de 2020)
III - nome completo, documento de identificação, endereço
residencial, telefone e e-mail do responsável legal ou do
cuidador; (Incluído pela Lei nº 13.977, de 2020)
IV - identificação da unidade da Federação e do órgão
expedidor e assinatura do dirigente responsável.
(Incluído pela Lei nº 13.977, de 2020)
§ 2º Nos casos em que a pessoa com transtorno do
espectro autista seja imigrante detentor de visto temporário
ou de autorização de residência, residente fronteiriço ou
solicitante de refúgio, deverá ser apresentada a Cédula de
Identidade de Estrangeiro (CIE), a Carteira de Registro
Nacional Migratório (CRNM) ou o Documento Provisório de
Registro Nacional Migratório (DPRNM), com validade em
todo o território nacional. (Incluído pela Lei nº
13.977, de 2020)
§ 3º A Ciptea terá validade de 5 (cinco) anos, devendo ser
mantidos atualizados os dados cadastrais do identificado, e
deverá ser revalidada com o mesmo número, de modo a
permitir a contagem das pessoas com transtorno do
espectro autista em todo o território nacional. (Incluído
pela Lei nº 13.977, de 2020)
§ 4º Até que seja implementado o disposto no caput deste
artigo, os órgãos responsáveis pela execução da Política
Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista deverão trabalhar em
conjunto com os respectivos responsáveis pela emissão de
documentos de identificação, para que sejam incluídas as
necessárias informações sobre o transtorno do espectro
autista no Registro Geral (RG) ou, se estrangeiro, na
Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM) ou na
Cédula de Identidade de Estrangeiro (CIE), válidos em todo
o território nacional. (Incluído pela Lei nº 13.977, de
2020)
Art. 4º A pessoa com transtorno do espectro autista não
será submetida a tratamento desumano ou degradante,
não será privada de sua liberdade ou do convívio familiar
nem sofrerá discriminação por motivo da deficiência.
Parágrafo único. Nos casos de necessidade de internação
médica em unidades especializadas, observar-se-á o que
dispõe o art. 4º da Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001.
Art. 5º A pessoa com transtorno do espectro autista não
será impedida de participar de planos privados de
assistência à saúde em razão de sua condição de pessoa
com deficiência, conforme dispõe o art. 14 da Lei nº 9.656,
de 3 de junho de 1998.
Art. 6º (VETADO).
Art. 7º O gestor escolar, ou autoridade competente, que
recusar a matrícula de aluno com transtorno do espectro
autista, ou qualquer outro tipo de deficiência, será punido
com multa de 3 (três) a 20 (vinte) salários-mínimos.
§ 1º Em caso de reincidência, apurada por processo
administrativo, assegurado o contraditório e a ampla
defesa, haverá a perda do cargo.
§ 2º (VETADO).
Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 27 de dezembro de 2012; 191º da Independência
e 124º da República.
Brinquedos e brincadeiras de creches - Manual de Orientação Pedagógica - MEC com apoio da UNICEF.
No final da apostila documento oficial
O desenvolvimento do indivíduo é um processo dinâmico e maleável que ocorre por fatores genéticos,
condições do meio no qual está inserida e em função de seu próprio comportamento e ao modo como
interage com aqueles fatores. Cada criança tem uma bagagem genética, uma espécie de “código”
biológico, que não é determinante para a maioria das funções, mas que influencia os modos como ela
irá responder às mudanças que acontecem no ambiente em que se encontra10. No repertório das
interações incluem-se aquelas que são desencadeadas por iniciativa da própria criança ao agir sobre
as coisas (meio ambiente físico) e pessoas (meio ambiente social), assim como suas respostas às
mesmas. A criança tem um papel ativo nesse processo, adquirindo gradualmente habilidades para se
tornar independente e autônoma Os processos de desenvolvimento e aprendizagem infantil ocorrem
continuamente nas relações que a criança estabelece desde seu nascimento, iniciando com seus pais
e, depois, com cuidadores e professores, profissionais de saúde, outras crianças e indivíduos da
comunidade na qual está crescendo. Isto é, as crianças experienciam e aprendem no mundo através
dos relacionamentos socioafetivos, e estes, por sua vez, influenciam todos os aspectos do
desenvolvimento infantil. Além disso, ela também se beneficia de suas próprias ações em relação às
pessoas com que convive e aos objetos que utiliza em seu cotidiano e nas brincadeiras O estímulo ao
desenvolvimento neurológico é necessário, cabendo ao cuidador oferecer atenção, reagir às iniciativas
de interação infantil, servindo de referência para a criança. Interações que estimulam a afetividade
geram vínculos consistentes, os quais encorajam a autonomia e são necessários para que a criança
gradualmente entenda a si própria, sua importância na vida dos outros e futuramente na sociedade.
Por outro lado, relações com empobrecimento afetivo e negligência funcionam como fatores de risco
para distúrbios psicossociais no futuro7 . Uma série de estudos em crianças nascidas de mães que
sofriam de depressão, por exemplo, apontam para alterações na atividade cerebral normal durante a
primeira infância, maior ocorrência de distúrbios de comportamento e transtornos de conduta com
agressividade.
Um importante aspecto da experiência do desenvolvimento infantil, do ponto de vista da criança, são
as habilidades que ela adquire ao brincar, seja com objetos ou com pessoas. Por intermédio do
brincar, já desde os primeiros meses de vida, a criança aprende a explorar sensorialmente diferentes
objetos, a reagir aos estímulos lúdicos propostos pelas pessoas com quem se relaciona, e a exercitar
com prazer funcional suas habilidades. A medida que essas habilidades se tornam mais complexas, o
brincar oferece oportunidades para aprender em contextos de relações socioafetivas, onde são
explorados aspectos importantes como cooperação, autocontrole e negociação, além de estimular a
imaginação e a criatividade Apesar de sua indiscutível relevância, são escassos na literatura
nacional29 os estudos sobre a autonomia e o papel do brincar na criança pequena. Assim, da mesma
forma que se pesquisa e se enfatiza o papel do cuidador, devemos valorizar o comportamento da
própria criança que gradualmente adquire e aumenta seus recursos físicos, cognitivos, sociais e
afetivos para interagir consigo mesma, com outras pessoas e com o mundo. É necessária a promoção
de ambientes familiares e escolares focados na criança como ser ativo, nos quais ela se sinta segura
e onde sejam oferecidas situações nas quais ela possa explorar, brincar, e adquirir gradativa
autonomia e responsabilidade por suas ações, desde seus primeiros meses de vida.
A educação infantil vem ganhando crescente atenção mundial, após a comprovação da sua
importância na formação e desenvolvimento das pessoas. As evidências empíricas indicam impactos
positivos da experiência da educação infantil, levando a diferenciais permanentes em diversos
indicadores de desenvolvimento e bem-estar futuros Concebidas para oferecer à criança um ambiente
protegido, com atenção, alimentação e estímulos, creches e pré-escolas muitas vezes servem
também como oportunidade para adição de outros programas destinados ao desenvolvimento infantil,
tais como suplementação nutricional e educação parental. O ambiente de educação infantil cria, desse
modo, uma série de oportunidades de atenção a infância de forma integral e continuada.
A importância dos primeiros anos de vida para a aprendizagem tem implicações para a formulação de
políticas públicas e implantação de programas sociais voltados para os grupos de maior
vulnerabilidade socioeconômica do Brasil. Como visto, a avaliação de programas internacionais e
nacionais envolvendo amplas intervenções de cuidados pré-natais e infantis, capacitações de
professores, visitas domiciliares e envolvimento dos pais demonstraram ter impactos positivos e
duradouros sobre saúde, educação, emprego, renda e outros indicadores de bem-estar, podendo
mitigar efeitos de circunstâncias precoces desfavoráveis. A melhoria das condições de vida ocorrida
recentemente no Brasil, com a ascensão de 40 milhões de brasileiros da pobreza para a classe média
nos últimos 10 anos, acelerou a demanda por serviços públicos destinados à primeira infância, tais
como vagas em creches e pré-escolas. Em resposta a isto, observou-se no passado recente uma
rápida expansão da rede de ensino infantil, em geral sem a preocupação com correspondente
avaliação dos efeitos obtidos. A ausência de avaliação é preocupante, uma vez que instituições de
baixa qualidade podem prejudicar o desenvolvimento da criança, e há evidências de que a qualidade
de nossas escolas infantis não seja particularmente elevada.
Além disso, a própria literatura internacional ainda busca descobrir quais as melhores práticas
curriculares e de gestão na educação infantil. Avaliações de impacto deste tipo de intervenção
sistemáticas vêm sendo estimuladas em diversos países como forma de que boas práticas sejam
descobertas e disseminadas. A falta de uma dinâmica consistente de implementação, avaliação e
divulgação dos resultados das intervenções atrasa o avanço dessa área de fundamental importância
no progresso do país. A implantação, avaliação e monitoramento de programas de qualidade são
cruciais na busca de efeitos duradouros e satisfatórios, permitindo ampliar e aprimorar os programas
que se mostrarem mais eficientes e interromper ou reestruturar os que não estiverem funcionando
adequadamente. O Brasil carece de bases de dados com informações amplas a respeito do
desenvolvimento infantil para além da saúde. Indicadores a respeito de motricidade, comunicação,
desenvolvimentos socioemocional e cognitivo, coletados regularmente em escala nacional, permitiriam
identificar a magnitude e localização de crianças com eventuais déficits, auxiliando no desenho de
políticas voltadas à prevenção e correção destes déficits. Grande parte da melhora observada em
resultados de saúde infantil citados anteriormente não teria sido possível se não houvesse esforço de
mensuração destes fenômenos em larga escala, com consequente elaboração de intervenções
específicas para resolvê-los. O progresso nas demais áreas associadas ao desenvolvimento infantil
depende significativamente da disponibilidade de indicadores sobre outras dimensões do
desenvolvimento, atualmente escassos. Finalmente, a informação deve ser disseminada também
entre diferentes áreas governamentais, permitindo maior integração dos diversos entes públicos.
Políticas públicas para promoção do desenvolvimento infantil devem ter ampla atuação intersetorial
envolvendo saúde, educação, assistência social e econômica. Nenhuma área de investimento
isoladamente é capaz de garantir o sucesso no desenvolvimento das crianças. Há demanda de uma
série de investimentos em diferentes áreas principalmente para que se contemplem as populações em
maior desvantagem no Brasil. Isso beneficia as crianças que nos últimos anos escaparam da
desnutrição e da mortalidade por doenças infecciosas e que hoje têm melhores condições de
desenvolvimento e aprendizagem, permitindo que possam atingir pleno desenvolvimento de seu
potencial cognitivo, emocional e social.
Jogos e brincadeiras na educação infantil Há muito séculos atrás já existia o jogo, a brincadeira,
quando a maioria das pessoas a utilizava para se distrair com os amigos, famílias, vizinhos para
passar o tempo, sempre foi uma diversão. O que ninguém pensava era como uma simplesbrincadeira
ou um jogo poderia influenciar tanto no desenvolvimento da criança desde bebê. Consequentemente,
ao passar dos anos, estudos comprovaram como a brincadeira e o jogo podem ajudar o processo de
aprendizagem da criança, vindo a se fortalecer de geração para geração em diferentes sociedades,
cultura e linguagens. Tanto o jogo quanto a brincadeira, tem um papel muito importante, é preciso
deixar a criança em total liberdade seja sozinha ou em grupo, para assim, desenvolver um momento
de explorar a imaginação, o prazer, a alegria, raciocínio e habilidade. Scherer (2013) já dizia que a
criança começa através dos jogos a se conhecer desde pequena, primeiramente sendo realizada pelo
prazer, logo após surge o descoberta de sua linguagem na qual fica caracterizada o seu mundo do faz
de conta, desenvolvendo assim, toda sua criatividade e interação social. A brincadeira também é
essencial para que a criança possa descobrir sua própria identidade, quando a criança nasce ela já
percebe através de um brinquedo aquela curiosidade em pegar, apertar mexer, jogar, é o momento
que começa a se identificar com seu objeto, interessar-se por ele, seja para morder, jogar no chão, se
lambuzar, mas é naquele momento em que está havendo a interação. O jogo e o brincar são uma das
atividades mais importantes para a infância, pois por meio delas, a criança pratica diariamente a sua
autonomia, representando um determinado papel na brincadeira, desvendando regras para o jogo,
criando uma pessoa totalmente independente para se expressar. O jogo e a brincadeira estimulam o
raciocínio e a imaginação, e permitem que a criança explore diferentes comportamentos, situações,
capacidades e limites. Faz-se necessário, então, promover diversidade dos jogos e brincadeiras para
que se amplie a oportunidade que os brinquedos podem oferecer. (Naliin,2005, p.26) Destaca-se o
jogo como um instrumento fundamental no ambiente escolar, muitas vezes competitivo, onde as
crianças se sentem curiosas para chegar a tal ponto do jogo, sendo bastante trabalhado seu
desenvolvimento. A criança passa a identificar os pontos negativos que é quando se perde, e os
pontos positivos, que é quando se ganha o jogo, manifestando o seu jeito de interagir com seu amigo,
sendo de extrema importância ressaltar no momento do jogo como que pode ocorrer o processo de
aprendizagem, deixando a criança desenvolver sua autonomia, seu espaço, ter seu ponto de vista ,
diferentemente da opinião do adulto, fazendo com que ela chegue à conclusão de suas próprias
dificuldades. Para Pereira e Souza (2015), o jogo é essencial para a vida de uma criança, pois ela
começa a descobrir suas habilidades, seus erros, seus acertos, como um treinamento praticado no dia
a dia, desenvolvendo a construção de seus valores e suas crenças. Hoje em dia, as crianças são
muito automáticas, aprendem muito rápido, gostam de invenções, criam personagens, etc. O jogo,
muita vez, é percebido como algo desafiador, competitivo, no qual, a criança vai além de sua
imaginação. O brinquedo torna-se um objeto muito importante, pois é ele que mostra o
desenvolvimento que a criança apresenta em determinada fase. Quando a criança cria um objeto por
meio de sua imaginação, sabe-se que está havendo transformações do desenvolvimento dela com o
objeto. Portanto, observa-se que o brincar não é apenas um momento em que a criança se diverte,
mas sim um momento em que ela se comunica consigo mesma, buscando manter a comunicação
com o mundo.
Segundo (Varoneli, 2007, p.5) A brincadeira favorece ainda o desenvolvimento da autoestima, da
criatividade e da psique infantil, ocasionando mudanças qualitativas em suas estruturas mentais.
Através das brincadeiras, as crianças desenvolvem também algumas noções de grande importância
para a vida em sociedade, como a noção das regras e também dos papéis sociais. Quando falamos
do brincar como aliado no desenvolvimento da criança, vale considerar o que a criança necessita em
tal momento, ou seja, de como ela está agindo durante uma brincadeira, muitas vezes ela está
passando por algum problema e só quer se expressar através do brinquedo. É muito importante que
haja a observação da criança por parte do adulto, saber entendê-la com calma e saber ouví-la.
Medeiros (2008) ressalta como é importante preencher o tempo da criança, saber explorar o momento
da brincadeira, deixá-la refletir sobre sua realidade, não interrompê-la, dizer o modo certo de brincar,
pois cada criança tem seu jeito, seu modo, seu tempo, observar como está sendo a socialização com
seus amigos, identificar a necessidade deles de saber, observar, questionar, pensar e compartilhar. O
lúdico, além de ser considerado um método de ensino aprendizagem, trás diversão para as crianças e
também para os adultos, é uma boa maneira para se distrair, brincar juntos, fazer com que ele seja
muito importante para todos nós, não um passatempo ou bobagem, mas sim algo que esteja sempre
nos desenvolvendo intelectualmente. A criança gosta de ser independente, de criar seu próprio mundo
sozinho, muitas vezes se espelha no adulto que está por perto. Na escola, por exemplo, a criança se
apega muito no professor, pois convivem no dia a dia. Nas horas vagas tem criança que gosta de
brincar de escolinha, imitando o seu professor nas falas, nos gestos, ou seja, pode-se ressaltar como
a criança é observadora, pois está ligada em tudo que se passagem volta dela. Em casa também os
filhos gostam muito de imitar os pais, mas não é à toa que a criança imita, ela gosta de explorar sua
imaginação, entrar no mundo do faz deconta. (Andrade, 2011)
O papel do professor nos jogos e brincadeiras na educação infantil A interação do professor com a
criança na sala de aula também é muito importante. Professores acomodados, que se preocupam em
terminar logo o dia para irem embora, que se deixam levar pelo método tradicional, que não deixam as
crianças brincarem, que acham tudo uma bobagem, acabam prejudicando o desenvolvimento do
processo da aprendizagem da criança. Se todos os profissionais de uma escola partissem com os
recursos necessários, com pensamentos ligados à preocupação do processo de aprendizagem das
crianças talvez fossem diferentes. Todas as escolas precisariam ter brinquedos, uma brinquedoteca,
saber dar o valor real à eles, para que haja espaços onde as crianças de sintam mais a vontade, livres
e que tenham incentivo do professor em um momento de distração, prazer, interação e autonomia.
Segundo (Morais, 2008, p.41) Somente um profissional bem preparado saberá da importância desse
período em que as crianças passam em suas vidas para seu processo de aprendizagem e
crescimento. Em seus primeiros anos de vida, a criança fatalmente vive experiências que marcarão o
seu perfil emocional e educacional pelo resto da vida. Todo o perfil da pessoa adulta, todo esse
momento de construção de caráter, dependerá também do papel desempenhado pelo professor.
Certamente as primeiras habilidades, boas competências e até deficiências da criança já poderão ser
notados e, se o caso, aprimorados ou tratados desde já. O professor passa a ser o ponto principal
para a aprendizagem da criança, desde o berçário, onde os bebes já começam a se descobrir
sozinhos, mas com o incentivo do professor o desenvolvimento é muito maior. Ele descobre a
necessidade da criança, como é primordial a interação, o afeto no dia a dia, e assim, a escola passa a
ser a sua segunda casa, onde fica depositada sua confiança
Cândido (2014) passa a ideia ao educando que o brincar é direito de todas as crianças, não tem hora
e nem lugar. Na na sala de aula por exemplo, os professores podem usar materiais que já são
utilizados no dia a dia, como lápis de colorir, tinta, massinha, onde as crianças possam ter a liberdade
de se expressar, explorar a imaginação desenhando, brincando com tinta, ao ar livre, confeccionando
desenhos com as massinhas, tudo isso partindo do desejo da criança, de como ela poderia produzir,
sem que o professor interromper, deixando a criança se levar, oferecendo seu apoio. Seria uma aula
diferente, onde os processos de aprendizagem das crianças aconteceriamde forma natural, positiva e
feliz. Na maioria das escolas, muitas vezes faltam recursos pedagógicos, o que dificulta o professor a
querer trabalhar de maneira diferente com seus alunos, materiais que ajudariam a aplicar um jogo
divertido e até mesmo o desenvolvimento de diversas brincadeiras acabam sendo deixadas de lado
por falta de suporte da escola. O professor acaba tendo que se virar nos trinta para conseguir realizar
uma aula diferente e dinâmicacom seus alunos. A falta de recurso pode dificultar o modo de trabalhar
do professor, mas não é impossível ter uma boa aula com jogos e brincadeiras. Bastam criar
brinquedos e jogos por exemplo, com materiais recicláveis, aproveitando para ensinar as crianças a
reciclar e também contar com a participação das mesmas na confecção dos materiais. O espaço, o
ambiente conta muito, jogar ou fazer uma brincadeira dentro de uma sala de aula acaba não
incentivando as crianças, deixando-as cada vez mais agitadas, pois um ambiente fechado não
possibilita que a criança se expresse de maneira natural,é preciso levar a criança ao ar livre, para que
ela possa se sentir em total liberdade como ar, a natureza, isso ajuda bastante a criança a se
conhecer. (Bezerra,2011) O professor precisa observar a forma como são vivenciados os jogos e
brincadeiras na sala de aula, observar o que as crianças realmente elas necessitam na hora que estão
brincando ou jogando, pois muitas vezes passa despercebido pelo professor algumas reações da
criança quando está no seu momento lúdico, a falta de interesse. Algumas crianças passam por
problemas em casa e é através das brincadeiras lúdicas que elas demonstram o que realmente estão
sentindo. Portanto, devem destacar o desenvolvimento dos jogos e brincadeiras como a fase mais
importante da vida de uma criança, tratando como uma ferramenta pedagógica, possibilitando com
que as crianças se desenvolvam de forma significativa e prazerosa. Cabe ao professor saber como
aplicar os jogos na sala de aula. Segundo (Ribeiro, Souza, 2011, p. 36) O professor dever possuir
característica básicas de observação, ter Olhos e ouvidos bem atentos e sensibilidade para perceber
as necessidades de seus alunos. E estar sempre buscando novas descobertas. Dessa forma deve
observar as necessidades, assim como as capacidades sociais. Existem várias tipos de
personalidades nas crianças, tem aquelas mais extrovertidas que gostam de interagir com todos e tem
as mais tímidas que ficam mais isoladas. Durante o jogo é possível observar as crianças que acabam
se destacando mais, aquelas que gostam da competição, de ganhar, mas tem aquelas que preferem
perder por vergonha muitas vezes ou ser café com leite. Nas brincadeiras é possível também observar
as crianças que gostam por exemplo, de ser o papai e a mamãe e outra, os filhinhos, nesse momento
é muito importante que o professor possa observar as características das crianças, se uma criança
precisa de mais atenção por ser tímida, por exemplo, a timidez pode atrapalhar muito uma criança e
se não tratar pode permanecer na fase adulta, dificultando a criança de interagir com outra durante a
vida toda. É muito importante que o professor saiba das necessidades das crianças, que as possam
ajudar a vencer o medo, a timidez e é durante o jogo ou uma brincadeira que pode-se perceber como
a criança pode ser expressar por meio das outras. Morais (2008), afirma que é importante que o
educador participe, interaja junto com as crianças, jogue e se divirta com eles, pois, é naquele
momento que ela estará passando sua total confiança para eles. Modelando suas aulas de maneira
que os alunos se sintam mais à vontade e mais próximo do professor, tendo liberdade para se
expressar, faz com que a aula fique com um gostinho de quero mais. Além de a criança gostar muito,
faz com que o professor retome o verdadeiro sentido do brincar, colocando em prática o que muitas
das vezes passa despercebido.
A interação do professor com a criança traz muitos benefícios, pois contribui para a aprendizagem no
dia a dia e também para a formação de atitudes da criança durante alguma brincadeira por exemplo. A
escola exerce uma função muito importante, a de abrigar as necessidades das crianças, sendo
responsável pelo ensino aprendizagem, processo cognitivo em que criança percorre ao longo do
caminho e de ser um apoio para as dificuldades que possam surgir, incluindo a criação de um
ambiente favorável, onde o professor possa se expressar e sentir-se também acolhido, para assim
fazer um trabalho significativo.(Barbosa, 2004) O professor pode buscar seguir novos métodos que
possibilitem um ensino mais livre, que não envolva tantas regras que a escola impõe. Vivenciar os
jogos e brincadeiras como recursos pedagógicos indispensáveis, colocar em prática o que as crianças
verdadeiramente necessitam para se desenvolver no processo cognitivo, e na construção do
conhecimento. Segundo (Pellegrine, p.21) É necessário que o professor procure ampliar cada vez
mais as vivencia criança com o ambiente fisico, com brinquedos, brincadeiras, e com outras crianças.
Um ambiente fisico muito ajuda a diversificar as experiências na criança, permite que ela se
estabeleça relações, descubra e aprenda. Considerando que cada professor possa saber aproveitar o
momento, seja em um ambiente aberto ou em uma brinquedoteca, saber manusear a aula para que
ela fique dinâmica, tentar buscar brincadeiras e jogos que darão certo com cada tipo de espaço, não
impor regras para a criança, deixar que ela mesma explore o ambiente que está sendo trabalhado
para que então busque despertar a curiosidade, tentar colocar em prática experiências já vivenciada
por elas. Alberguine (2012) ressalta que o educador precisa ter um conhecimento prévio sobre os
processos cognitivos em que a criança se encontra, para assim ela observar o que realmente ela
precisa. Muitas vezes pensa-se que a brincadeira não está acrescentando nada na vida da criança,
pelo contrário, toda criança precisa se expressar de alguma forma, seja rindo, demonstrando raiva,
brigando, chorando. A observação da criança pelo professor é indispensável, pois a mesma sempre
demonstra o que está sentindo. Ter uma olhar especial para a criança, saber o que ela realmente
precisa no momento em que está interagindo com o outro, elevar seus limites acima do que ela é
capaz, por mais simples que seja um jogo, deixá-la fazer do jeito dela, do modo que saiba de como
vencer. A afetividade do professor com seu aluno conta muito, é preciso dar mais do que uma simples
aula ou querer que as horas passem correndo para ir embora ou para um café, não ter paciência,
pode ser algo prejudicial em uma sala, um carinho, uma atenção, um afeto pode ajudar muito para que
a criança sinta-se protegida diante algum problema. Cadorin e Morandini (2014) passam a ideia de
que o professor deve estar preparado para aplicar o lúdico na sala de aula ou no ambiente livre,
planejar, adequar para que seja uma aula agradável, que as crianças sintam prazer, alegria de estar
alí, ou seja, que seja muito valorizado o convívio do professor com o aluno. Ter o recurso pedagógico
também é fundamental. Preparar as aulas com antecedência ou elaborar materiais pedagógicos com
a participação dos alunos, também seria uma aula dinâmica, para que eles produzissem seus próprios
jogos, seus brinquedos, contribuindo para com a interação de todos. Ensinar as crianças, a saber,
como dividir, compartilhar, seria uma boa maneira de demonstrar também que todos tem o direito de
jogar, de brincar, sem que se sintam donos dos objetos e que saibam respeitar suas diferenças. É de
suma importância que o professor saiba trabalhar com a turma as diferenças que possam surgir entre
as crianças durante as atividades. O educador precisa ser preparado para passar a ideia que o lúdico
é para que todos pratiquem com harmonia, diversão, sem brigas ou desentendimentos, ressaltar a
elas que todos terão a oportunidade em participar das atividades. Para que assim, no futuro, possam
ser adultos capazes de se comportar, refletir diante algum problema ou dificuldade. Para tanto, ser um
bom professor requer o domínio da matéria, a competência para ensinar, a preocupaçao com os
métodos de aprendizagem, e a aceitação afetiva inserida no convívio harmonioso com os alunos, para
que haja construção de saberes e competências que valem para uma vida toda e não momento da
apenas no aprendizagem. Portanto, professor que quer garantir uma aprendizagem significativa para
os seus alunos precisa ter em mente a importância da relação interpessoal em sala de aula.
(Rodrigues, 2013, p.25).
O educador é a chave principal para seus alunos, é a partir dele que as crianças irão saber o ponto de
partida, de como seguir, pois sua confiança esta toda depositada nele. O presente artigo teve como
objetivo compreender a contribuição dos jogos e brincadeiras como recurso pedagógico no processo
de aprendizagem das crianças da educação infantil. Transmitir a importância dos jogos e das
brincadeiras como uma contribuição para a aprendizagem na educação infantil, sendo um dos
principais fatores no desenvolvimento das crianças. Evidenciar a postura do professor com as crianças
quanto à utilização dos jogos e brincadeiras, para que as crianças possam vivenciar o lúdico de forma
correta.
A Educação Infantil, assim como a Educação de um modo geral, ainda faz parte de uma idealização
utópica da sociedade. Seja pela falta de políticas pedagógicas efetivas, propostas pedagógicas firmes
e comprometidas ou pela falta de conhecimento deste campo, pode-se afirmar que esta realização
ainda soma um desafio social. Acompanhamos, portanto, uma realidade em que muitos projetos não
são valorizados, em que há um desconhecimento do significado do exercício pedagógico e que não
oferece condições para que as legislações se concretizem.
Neste contexto, sabe-se que a interação, a troca de experiências, o estímulo, a apropriação dos
diversos conhecimentos na Educação Infantil, são fundamentais para garantir à criança o seu
desenvolvimento e consequente formação integral como ser humano. Mas então perguntamos como
trabalhar neste sentido de desenvolvimento, trazendo significado para esta prática, se, como
educadores, temos “em mãos” uma classe heterogênea, muitas vezes sem apoio familiar, tendo ainda
em desvantagem estes desafios já caracterizados? E, ainda assim, como trabalhar atividades com a
criança sem interferir, no papel de adulto, em suas atitudes e interações promovendo a autonomia e a
criatividade?
Conforme Maria Barbosa e Maria Horn (2001), é necessário que haja uma sequência de atividades
diárias que sejam pensadas a partir da realidade da turma e da necessidade de cada aluno. Neste
momento, é essencial que haja a sensibilidade do Educador para entender a criança como sujeito
ativo, reconhecendo as suas singularidades, considerando não somente o contexto sociocultural deste
aluno como também o da instituição.
Para dispor de tais atividades no tempo é fundamental organizá-las dentro tendo presentes as
necessidades biológicas das crianças como as relacionadas ao repouso, à alimentação, à higiene, e à
sua faixa etária; as necessidades psicológicas que se referem às diferenças individuais como, por
exemplo, o tempo e o ritmo que cada uma necessita para realizar as tarefas propostas; as
necessidades sociais e históricas que dizem respeito à cultura e ao estilo de vida, como as
comemorações significativas para a comunidade onde se insere a escola e também as formas de
organização institucional da escola infantil. (BARBOSA, HORN, 2001, p. 68).
Deste modo, entendendo a turma como um espaço heterogêneo, tendo em vista a faixa etária, o
histórico, as necessidades biológicas, psicológicas, sociais e históricas de cada criança, devemos
pensar em atividades diversas, as quais deverão envolver as crianças e assim estimular a partir do
dia-a-dia o desenvolvimento de uma série de habilidades.
Esta organização do tempo que se repete diariamente, o que chamamos de rotina, deve ser
construída a partir deste conjunto de atividades que possibilitam, entre outras competências, a
iniciativa, a segurança, a confiança etc.
Para proporcionar estas atividades é necessário, sobretudo, fazer um planejamento pensando nos
momentos mais adequados e no local em que serão realizadas.
Sabendo que tudo no ambiente escolar exerce influências na educação da criança, sejam as cores, a
arrumação da sala de aula, o refeitório, os banheiros, o espaço externo, pensamos que a organização
dos espaços na Educação Infantil é essencial, pois desenvolve potencialidades e propõe novas
habilidades cognitivas, motoras e afetivas. Deste modo, as aprendizagens que acontecem dentro dos
espaços disponíveis e ou acessíveis à criança são fundamentais na construção da autonomia, tendo a
criança como umas das construtoras de seu conhecimento.
O espaço é muito importante para a criança pequena, pois muitas, das aprendizagens que ela
realizará em seus primeiros anos de vida estão ligadas aos espaços disponíveis e/ou acessíveis a ela.
(LIMA, 2001, p.16).
Buscando uma perspectiva de sucesso para a aprendizagem, é preciso que a organização deste
espaço seja pensada como um ambiente acolhedor e prazeroso para a criança, ou seja, um lugar
onde as crianças possam brincar e criar suas brincadeiras sentindo-se estimuladas e autônomas. O
espaço criado para a criança deverá estar organizado de acordo com a sua faixa etária, isto é,
propondo desafios que a farão avançar no desenvolvimento de suas habilidades.
Neste sentido, pensamos que a professora da Educação Infantil deve tomar consciência da
importância de ofertar espaços ricos de informações na vida das crianças, passando a reconhecer a
seriedade das trocas que ocorrem nos espaços oferecidos como um fator essencial na vida dos
alunos.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil:
A proposta pedagógica das Instituições de Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança
o acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de
diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito,
à dignidade, à brincadeira, à convivência e a interação com as outras crianças. (BRASIL, 2010, p. 18).
Partido deste pressuposto, entende-se que para que esses objetivos sejam alcançados é necessário
que a organização das atividades no tempo e no espaço assegure para além do reconhecimento das
especificidades etárias ou da utilização ampla dos espaços externos ou internos, o direito a ser
criança, e ao reconhecimento da importância da sua participação ativa neste processo.
Assim, é preciso repensar sobre esse espaço e suas proposições, reconhecendo as instituições de
Educação Infantil como um ambiente heterogêneo, plural, rico em aprendizagens, brincadeiras,
fantasias e sonhos. Dessa forma, torna-se imprescindível que os espaços sejam planejados e
pensados em prol do desenvolvimento de cada criança.
Rotina na Educação Infantil
Para começarmos a falar de rotina, consideramos necessário discutir sobre cotidiano. isso porque,
normalmente, rotina e cotidiano são termos que, no senso comum, são confundidos ou tidos como
muito próximos.
Na verdade, cotidiano vem tornando-se cada vez mais uma categoria de análise em diferentes
campos das Ciências Sociais, especificadamente depois do século XVIII. É o que analisa Barbosa
(2006), ao dizer que foi somente a partir deste período que, através da arte, os cientistas sociais
passaram a considerar e analisar a relevância e a originalidade do cotidiano. Por meio da literatura,
nos romances, consagrou-se a narração da história da vida das pessoas, assim como a pintura da
época passou a ilustrar e evidenciar a magia das atividades vivenciadas por homens, mulheres e
crianças nos acontecimentos realizados durante o dia. Diante disso, houve a significação dos ‘micro
acontecimentos’, que apresentavam pequenos retratos do mundo e das relações humanas, como
representação da dialética construção e reconstrução da cultura humana. Assim, passou a ficar em
evidência, compondo objeto de análise de diferentes campos das Ciências que versam sobre a vida
humana.
Nesse sentido, o estudo sobre o cotidiano foi ganhando espaço nas reflexões de áreas como
Sociologia, História e, especialmente, Antropologia. Na verdade, o cotidiano não só ganhou corpo
enquanto objeto de estudo, mas se tornou uma importante variável a ser considerada nas estratégias
metodológicas de pesquisa. Especificadamente, a História como campo do conhecimento contribuiu de
maneira singular nesse processo, ao inserir o dia-a-dia em suas discussões, para refletir sobre os fatos
históricos. Já a Antropologia foi mais além na sua colaboração, quando dimensionou um novo olhar
sobre o cotidiano, enfatizando sua relevância na construção teórica das Ciências Sociais.
Mas afinal, qual a relação entre cotidiano e rotina, tema de nosso trabalho? Barbosa (2006) discute
que o cotidiano engloba todo o fazer humano, ou seja, faz parte de nossas vidas e nos acompanha
em todos os momentos, sendo impossível prever a todo o tempo, uma vez que podemos agir com
liberdade a partir do ritmo particular de cada um de nós, ou ainda de acontecimentos casuais,
inesperados. Desde os nossos primeiros anos de vida, estamos inseridos em um cotidiano. Na
medida em que crescemos, vamos aprendendo a lidar com situações que envolvem regras, hábitos e
tradições do grupo cultural ao qual pertencemos. Isso significa que as relações sociais, e nosso
cotidiano, são frutos de um processo culturalmente produzido e reproduzido na coletividade. O
homem da contemporaneidade tem um cotidiano diferente daquele da Idade Média, por exemplo.
Este contexto social em que estamos inseridos também é estruturado por atividades relacionadas às
nossas necessidades biossociais, como comer, dormir e se divertir, bem como por compromissos
sociais, como trabalhar e estudar. Temos tempos marcados para estruturar estas atividades em uma
sequência rotineira. São ações previsíveis que preenchem o dia-a-dia humano, desenvolvidas em
um espaço-tempo social contidas na organização do cotidiano. É a nossa rotina.
Desta forma, a rotina é um eixo que é regido por um padrão fixo, comandando o ritmo e as ações da
vida cotidiana em várias esferas da nossa vida. Neste sentido, Barbosa (2006, p.
37) reflete que: é necessário diferenciar a vida cotidiana, em sua complexidade e em sua amplitude, das
rotinas, isto é, de uma racionalização ou de uma tecnologia constituída pelos seres humanos e pelas
instituições para organizar e controlar a vida cotidiana. Assim, a rotina é apenas um dos elementos que
integram o cotidiano.
A autora aponta que a constituição do cotidiano não está vinculada a atos repetitivos e rotineiros, mas é
paralela às várias direções do fazer humano no decorrer de sua existência. Portanto, os termos cotidiano
e rotina são distintos. A rotina está dentro do cotidiano, em uma análise simplificada, ou seja, a primeira é
um complemento que faz parte do segundo. Envolve a organização da vida das pessoas, tanto nas
atividades relacionadas ao trabalho quanto ao aspecto pessoal, tendo a função de programar atividades
diárias, que se tornam auomatizadas.
s atos repetitivos do dia-a-dia, então, são regulados pela intenção de facilitar o cotidiano das pessoas.
Isso porque seria impossível, ainda mais nos dias atuais de muito trabalho, organizar, a todo instante, o
que vamos fazer nos próximos momentos. O tempo despendido para isso seria, inclusive, prejudicial
para o desempenho das próprias atividades. Então a rotina estabelecida é necessária para a vida
humana.
No entanto, uma automatização desta rotina pode torná-la alienante e aprisionante. Se não for
planejada e com significado, o sujeito não tem uma visão mais ampla de suas ações e do que faz
habitualmente. Quanto a esta questão, Siqueira (1992, p.5) explicita que “a vida é constituída de uma
rotina, às vezes sistematizada, às vezes fragmentada, depende de nossa organização”. Dessa forma,
podemos afirmar que a condução do tempo e estruturação do espaço deve estar inclusa na rotina, uma
vez que qualquer situação programada relacionada à jornada diária é estruturada não só no tempo,
mas envolve a utilização do espaço. As distâncias também compõem nossa rotina e envolve nosso
sequência de atividades. Por esse motivo, devemos construir um espaço para cada coisa, um tempo de
qualidade para que a exploração do ambiente tenha significado. É fundamental compreendermos que o
espaço é parte integrante da ação humana, a qual permite ricas e variadas interações sociais.
Depende também de nossas concepções e escolhas estruturar os passos que trilhamos nas
vivências cotidianas.
Mesmo a hora de dormir, por exemplo, pode ser relacionada com esta possibilidade de escolha (exceto
nosso horário de trabalho, é claro). Ter clareza de conduzir nosso próprio percurso é a primeira ação
para traçarmos um plano que possa rever hábitos. Pensar em mudanças e melhorias para nossa vida.
Estamos falando de uma rotina estruturada, planejada, que evite a alienação e a fragmentação da ação
humana.
Vimos que a rotina envolve a realização de atividades tanto fisiológicas quanto sociais. Está presente na
organização e coordenação de todas as esferas humanas. Na escola não é diferente. Especialmente na
Educação Infantil, campo de nossa pesquisa. A rotina, para as crianças pequenas não está relacionada
somente a organização do tempo e do espaço educativo, mas implica também na sua constituição
enquanto ser humano.
As instituições de Educação Infantil necessitam de uma rotina orcrianças a se desenvolverem como
seres plenos. Tais instituições devem ter espaços educativos que oportunizem socialização, descobertas,
experiências e aprendizagens a partir de uma rotina planejada, reconhecendo a criança como cidadã
detentora de direitos e saberes, promovendo, assim, uma educação para humanização.
A rotina envolve a organização da ação educativa e tem sido cada vez mais vista como um elemento
essencial para a organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil, na medida em que pode
contribuir para o desenvolvimento da autonomia e sociabilidades dos pequenos, contribuindo para seu
crescimento enquanto sujeito.
Porém, no histórico da Educação Infantil, a rotina foi um tema pouco discutido, apesar de estar no
cotidiano das instituições deste nível de ensino, tanto na organização dos tempos quanto nas
estruturações e usos dos espaços. Importante retomar a clareza de que este tema também foi pouco
investigado na Educação Infantil, em especial nas creches, porque esta última só passou a ser
considerada como instituição educativa em 1996, como apontado no capítulo anterior. Como exemplo,
em Guarabira, localidade em que trabalham as duas participantes da pesquisa de campo de nosso
estudo, as creches só passaram a ser responsabilidade da Secretaria de Educação em 2010, ano limite
que o governo federal estipulou para que este processo acontecesse, transformando, de fato, a creche
em espaço educativo.
Rousseau, Pestalozzi, Froebel e Maria Montessori, e aparecem de modo mais visível nas propostas
contemporâneas de educação infantil”. Na verdade, reafirmamos que a rotina é primordial para a
qualidade do atendimento ofertado na Educação Infantil, concordando com Zabalza (2008, p. 52) quando
analisa que: as rotinas desempenham um papel importante no momento de definir o contexto no qual as
crianças se movimentam e agem. As rotinas atuam como as organizadoras estruturais das experiências
quotidianas, pois esclarecem a estrutura e possibilitam o domínio do processo a ser seguido e, ainda,
substituem a incerteza do futuro por um esquema fácil de assumir.
Deste modo, é conveniente insistirmos que, ao conceber a rotina no contexto da Educação Infantil,
devemos considerar a exploração de habilidades e diferentes aspectos da criança. Juntamente com a
família, a creche pode tornar-se um dos pilares fundamentais na formação do ser humano. Daí, portanto,
a necessidade de um olhar diferenciado na elaboração de uma rotina na Educação Infantil, um olhar que
considere primordialmente a necessidade de sociabilização entre as crianças.
Ressignificar o papel da creche hoje é elaborar ações educativas que possibilitem a construção de um
ambiente voltado para estimular a aprendizagem, para que as crianças vivenciem situações permeadas
pela descoberta, com prazer, alegria e carinho. E organizar o ambiente é pensar em formas de utilizá-lo
de modo que os pequenos possam adquirir independência, a partir de um espaço estimulante onde
tenham inúmeras possibilidades de ação, explorando, descobrindo e solidificando a aprendizagem. Com
as mudanças que a creche vem passando, é necessário ter um novo olhar para seu dia-a-dia, o que
significa considerar a rotina como peça fundamental para a construção desse quebra-cabeça que é o
desenvolvimento da criança. A partir de uma rotina bem planejada é que os pequenos poderão construir
sua identidade e autonomia e desenvolver-se nos âmbitos motor, cognitivo, sensorial, social e afetivo
através da sequência de atividades de educar e cuidar, que mesclem o brincar, a linguagem oral e
escrita, a matemática, o movimento e as artes.
Em suma, repensarmos o cotidiano da creche é um desafio para a construção de uma nova rotina, que
esteja direcionada para as necessidades biológicas e cognitivas da criança, de forma a cumprir os
objetivos traçados, com flexibilidade. Desta forma estaremos construindo uma nova possibilidade do
processo de aprendizagem infantil, entrelaçando o educar e o cuidar.
A educação na primeira infância envolve cuidados básicos necessários para a sobrevivência humana.
Nessa faixa etária, podemos identificar que os pequenos têm necessidades de segurança, alimentação,
higiene, colo, carinho e atenção. Assim, estar atento para as atividades que precisam de cuidados é
compartilhar desse universo infantil.
O cotidiano na Educação Infantil, especialmente nas creches, objeto de análise deste trabalho, é
estruturado em uma sequência espaço-temporal de atividades voltadas para o cuidar. Como a criança
pequena necessita de cuidados essenciais para seu desenvolvimento, estritamente atrelados à
manutenção de sua integridade física, podemos destacar que as atividades básicas e rotineiras de
higiene (como lavar as mãos, escovar os dentes, limpar-se depois de eliminação de esfíncteres, vestir-se
e pentear-se); de alimentação e outras atividades como descansar, locomover-se, comunicar-se e
consolar-se precisam da intervenção do adulto. Quanto menos idade a criança tem, mais necessita de
auxílio nas ações que integram esta rotina da necessidade, imprescindível no processo de crescimento
infantil. Dessa forma, a rotina da necessidade, primária, portanto, está diretamente ligada ao ato de
cuidar, que contempla várias ações desenvolvidas no cotidiano da instituição. Mas cuidar não é uma
atividade simples. Ao contrário, o cuidado infantil requer responsabilidade e compromisso contínuos do
educador com a vida da criança e seu desenvolvimento pleno, mediante atitudes que demandam
respeito, aceitação, ternura e principalmente dedicação com o ser humano. lidar com a vida humana
começando requer incorporação de vários campos de vonhecimento, como apontam os Referenciais
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 20, v. 1), como também a colaboração
de profissionais de diversas áreas, para que os pequeninos possam ampliar seus conhecimentos e
habilidades. Assim, o cuidado precisa considerar, principalmente, as necessidades das crianças, que
quando observadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade do que
estão recebendo. Os procedimentos de cuidados também precisam seguir princípios de promoção da
saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o desenvolvimento
das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseados em
conhecimentos específicos sobre desenvolvimentos biológico, emocional, e intelectual das crianças,
levando em considerações diferentes realidades socioculturais (BRASIL, 1998, p.25, v. 1).
O processo educativo, atrelado ao cuidar, deve conceber a criança como um ser único,
cheio de capacidades a serem exploradas e desenvolvidas em sua totalidade. Nesse contexto, a tarefa
do cuidar integrada a uma rotina assume um papel de comprometimento do educador com as crianças
em todos os sentidos, para que possam gradativamente se tornarem sujeitos independentes e
autônomos.
É importante frisar que a atividade educativa na creche envolve o cuidar e implica em um olhar sensível
por parte dos profissionais que atuam na Educação Infantil em entender a criança como pessoa em
desenvolvimento contínuo, dando a devida importância às suas expressões, sentimentos, desejos,
necessidades, conhecimentos sobre si e o mundo. Neste sentido, é preciso levar em consideração a
primeira infância como direito constitucional, contribuindo para o desenvolvimento infantil
E a rotina do educar?
A rotina do cuidar também é educativa. Isso porque, nesta faixa etária, conforme dito por Souza e Weiss
(2008, p.42), o processo de aprendizagem não acontece unicamente nas atividades do âmbito
pedagógico. As rotinas mais básicas como as de higiene dever ter uma intenção educativa bem clara. O
cuidar e o educar são intrínsecos, não existe fragmentação nesse processo, se há uma atividade
educativa para ser realizada pelas crianças, há também todo um procedimento de cuidado para que
essa ação se efetive, por exemplo, ao se trabalhar com pinturas o educador precisa ensinar os cuidados
para que não ocorram acidentes: não pode colocar tinta na boca, ter cuidado para não deixar cair nos
olhinhos, enfim o educador precisa estar atento para aproveitar todo instante para realizar um ato
educativo, isto significar olhar à criança como um todo. Na experiência apresentada pelas referidas
autoras em uma creche, no trabalho com bebês, pontuam que “tudo é atividade, pois todas as ações e
proposições educam – trocar-lhes as fraldas, oferece-lhes água ou um brinquedo, conduzi-los ao parque
ou deixá-los em sala, permite-lhes experiências diversas”, contribuindo para sua formação integral. As
ações de cuidar desenvolvidas no dia-a-dia constituem situações de aprendizagem, quando educar
também é um ato integrado aos cuidados básicos. Educar na primeira infância significa, pois: ropiciar
situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam
contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser estar com os
outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos
conhecimentos mais amplos da realidade (BRASIL, 1998, p. 23, v. 1).
Deste modo, é conveniente insistirmos que, ao conceber a rotina no contexto da Educação Infantil,
devemos considerar a exploração de habilidades e diferentes aspectos da criança. Juntamente com a
família, a creche pode tornar-se um dos pilares fundamentais na formação do ser humano. Daí, portanto,
a necessidade de um olhar diferenciado na elaboração de uma rotina na Educação Infantil, um olhar que
considere primordialmente a necessidade de sociabilização entre as crianças.
Ressignificar o papel da creche hoje é elaborar ações educativas que possibilitem a construção de um
ambiente voltado para estimular a aprendizagem, para que as crianças vivenciem situações permeadas
pela descoberta, com prazer, alegria e carinho. E organizar o ambiente é pensar em formas de utilizá-lo
de modo que os pequenos possam adquirir independência, a partir de um espaço estimulante onde
tenham inúmeras possibilidades de ação, explorando, descobrindo e solidificando a aprendizagem. Com
as mudanças que a creche vem passando, é necessário ter um novo olhar para seu dia-a-dia, o que
significa considerar a rotina como peça fundamental para a construção desse quebra-cabeça que é o
desenvolvimento da criança. A partir de uma rotina bem planejada é que os pequenos poderão construir
sua identidade e autonomia e desenvolver-se nos âmbitos motor, cognitivo, sensorial, social e afetivo
através da sequência de atividades de educar e cuidar, que mesclem o brincar, a linguagem oral e
escrita, a matemática, o movimento e as artes.
Em suma, repensarmos o cotidiano da creche é um desafio para a construção de uma nova rotina, que
esteja direcionada para as necessidades biológicas e cognitivas da criança, de forma a cumprir os
objetivos traçados, com flexibilidade. Desta forma estaremos construindo uma nova possibilidade do
processo de aprendizagem infantil, entrelaçando o educar e o cuidar.
A educação na primeira infância envolve cuidados básicos necessários para a sobrevivência humana.
Nessa faixa etária, podemos identificar que os pequenos têm necessidades de segurança, alimentação,
higiene, colo, carinho e atenção. Assim, estar atento para as atividades que precisam de cuidados é
compartilhar desse universo infantil.
O cotidiano na Educação Infantil, especialmente nas creches, objeto de análise deste trabalho, é
estruturado em uma sequência espaço-temporal de atividades voltadas para o cuidar. Como a criança
pequena necessita de cuidados essenciais para seu desenvolvimento, estritamente atrelados à
manutenção de sua integridade física, podemos destacar que as atividades básicas e rotineiras de
higiene (como lavar as mãos, escovar os dentes, limpar-se depois de eliminação de esfíncteres, vestir-se
e pentear-se); de alimentação e outras atividades como descansar, locomover-se, comunicar-se e
consolar-se precisam da intervenção do adulto. Quanto menos idade a criança tem, mais necessita de
auxílio nas ações que integram esta rotina da necessidade, imprescindível no processo de crescimento
infantil. Dessa forma, a rotina da necessidade, primária, portanto, está diretamente ligada ao ato de
cuidar, que contempla várias ações desenvolvidas no cotidiano da instituição. Mas cuidar não é uma
atividade simples. Ao contrário, o cuidado infantil requer responsabilidade e compromisso contínuos do
educador com a vida da criança e seu desenvolvimento pleno, mediante atitudes que demandam
respeito, aceitação, ternura e principalmente dedicação com o ser humano. lidar com a vida humana
começando requer incorporação de vários campos de vonhecimento, como apontam os Referenciais
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 20, v. 1), como também a colaboração
de profissionais de diversas áreas, para que os pequeninos possam ampliar seus conhecimentos e
habilidades. Assim, o cuidado precisa considerar, principalmente, as necessidades das crianças, que
quando observadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade do que
estão recebendo. Os procedimentos de cuidados também precisam seguir princípios de promoção da
saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o desenvolvimento
das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseados em
conhecimentos específicos sobre desenvolvimentos biológico, emocional, e intelectual das crianças,
levando em considerações diferentes realidades socioculturais (BRASIL, 1998, p.25, v. 1).
A indissociabilidade do brincar, cuidar e educar na Educação Infantil.
A Educação Infantil está cada vez mais presente na vida das crianças, desde os primeiros meses, e é
nela que a estimulação ao desenvolvimento acontece gradativamente. Os envolvidos nessa educação
escolar, principalmente os professores, devem ser mediadores da progressão de seus alunos, fazendo
uso do brincar, cuidar e educar, pois esses são meios essenciais e indissociáveis na ação pedagógica
que aborda a educação infantil.
Conforme o documento Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (BRASIL, 2013) a
criança é um sujeito histórico, e na parte das interações ela constrói sua identidade. Porém, é necessário
que toda interação com a criança, haja meios que proporcione cuidados, educação e brincadeiras.
Brincar, cuidar e educar, são necessários na construção de conhecimento e no desenvolvimento do
educando.
Sendo assim, o brincar, o cuidar e o educar são meios interligados e que possuem fundamental
importância na edificação da criança, tanto na aprendizagem, na construção de sua própria identidade,
quanto em seu desenvolvimento integral (DAMASCENO; LEANDRO; FANTACINI, 2017; OLIVEIRA;
SILVA; FANTACINI, 2016).
A temática desenvolvida neste estudo, a importância do Brincar, Cuidar e Educar na Educação Infantil
aborda essas três dimensões como indissociáveis e como o centro da Educação Infantil. Esses são de
suma importância para a criança se desenvolver.
É na Educação Infantil que as crianças iniciam sua construção de identidade. Assim a escolha e a
justificativa desse artigo em abordar a indissociabilidade do Brincar, Cuidar e Educar na Educação Infantil
ocorreu pelo motivo de ambas as autoras estarem atuando em creches e considerarem a temática
importante e fundamental para o desenvolvimento integral das crianças.
O foco principal do tema abordado é possibilitar as crianças, a capacidade de desenvolver suas
independências, autonomias, interatividades intelectuais, e cuidados básicos. De acordo com a Lei nº
9.9394/96, art. 29 a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica e tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança de zero a cinco anos de idade em seus aspectos físicos, afetivo,
intelectual, linguístico e social, complementando a ação da família e da comunidade.
O educador em interação com seus alunos, tem a possibilidade de reconhecer as diversidades
existentes entre eles (FONSECA; SOARES; MAGALHÃES, 2016). Eles, por sua vez, possuem uma
curiosidade e um interesse incontrolável em descobrirem o mundo que os cerca. O professor tem a
função de estimulá-las e orientá-las a desvendarem o novo, construindo assim, sua própria identidade
(SOARES, 2016; SANTO, 2016).
Conforme consta no documento oficial Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica
(BRASIL, 2013, p. 36):
Os sujeitos do processo educativo dessa etapa da Educação Básica devem ter a oportunidade de se
sentirem acolhidos, amparados e respeitados pela escola e pelos profissionais da educação, com base
nos princípios da individualidade, igualdade, liberdade, diversidade e pluralidade. Deve-se entender,
portanto, que, para as crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos, independentemente das diferentes
condições físicas, sensoriais, mentais, linguísticas, étnico-raciais, socioeconômicas, de origem,
religiosas, entre outras, no espaço escolar, as relações sociais e intersubjetivas requerem a atenção
intensiva dos profissionais da educação, durante o tempo e o momento de desenvolvimento das
atividades que lhes são peculiares: este é o tempo em que a curiosidade deve ser estimulada, a partir da
brincadeira orientada pelos profissionais da educação. Os vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social, devem iniciar-se na Pré-Escola e sua
intensificação deve ocorrer ao longo do Ensino Fundamental, etapa em que se prolonga a infância e se
inicia a adolescência.
Segundo esse mesmo documento (BRASIL, 2013) o professor precisa ter o conhecimento de orientar,
avaliar e de saber elaborar propostas. Deve transmitir conhecimentos específicos conforme a faixa etária
de seus alunos, sabendo conhecer e compreender o desenvolvimento deles.
Como parceiro experiente da criança, o adulto é o apoio que ela possui. Na dificuldade, o aluno solicita
ajuda ao professor para superá-la, tanto para resolver o problema, quanto para se sentir consolado.
(SILVA; COSTA, 2011).Segundo consta no documento Referencial Curricular Nacional para a Educação
infantil (BRASIL, 2001, p. 63) os objetivos para a Educação Infantil orientam uma prática pedagógica que
possibilite à criança são eles:
1. • Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com
confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações;
2. • Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites,
desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidados com a própria saúde e bem-estar;
3. • Estabelecer vínculos afetivos de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua auto-estima e
ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social;
4. • Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus
interesses e pontos de vista com os dos demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes
de ajuda e colaboração;
5. • Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como
integrante, dependente e agente transformador do meioambiente e valorizando atitudes que
contribuam para sua conservação;
6. • Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;
7. • Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, verbal) ajustadas às diferentes
intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar
suas idéias e significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva;
8. • Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito,
participação e valorização da diversidade.
Assim, de acordo com esses RCNEIs (BRASIL, 1998) o professor da educação infantil, tem a função de
buscar meios de suprir e possibilitar o interesse e a descoberta das crianças. Elas estão em processo de
formação de identidade e o professor é o mediador para que isso aconteça de forma graduada,
buscando formar seres sociais, ou seja, capazes de se interarem no meio.
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, com sua singularidade, ser
solidário com suas necessidades, confiando em suas capacidades. Disso depende a construção de um
vínculo entre quem cuida e quem é cuidado.
Outro principal ato que a criança necessita e depende de seu educador, é o educar, que se refere em
mediar a criança ao conhecimento, ao novo, ensinando e direcionando à realidade social.
A instituição deve fornecer a todas as crianças, elementos culturais que contribuam para a sua
formação, desenvolvimento e inserção no meio (CENCI; BÔAS; DAMIANI, 2016; SILVA; SILVA, 2016;
TEODORO; GODINHO; HACHIMINE, 2016). Assim, oportuniza o desenvolvimento da identidade da
criança, diante de determinadas interações e aprendizagens (BRASIL, 1998).
O educar é proporcinar à criança a oportunidade de desenvolver suas capacidades e habilidades. O
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil nos diz que:
Portanto, o cuidar e o educar são meios integrados e essenciais na prática pedagógica. Eles são fatores
que contribuem diretamente no desenvolvimento integral da criança e mediam a autonomia dos mesmos
O brincar é o momento de interação da criança, seja com seus amigos, familiares, professores, meio e
até mesmo com seus próprios brinquedos. Além disso, pode ser também uma forma de representação
da sociedade em que vive. Brincar é importantíssimo para a criança, e deve ser bem mediado e
incentivado, favorecendo assim, gradativamente o desenvolvimento múltiplo do mesmo.
Para as crianças o brincar é muito sério, a escola se torna um dos espaços mais importantes para a
vivência dessa ludicidade e atráves do brincar que a imaginação surge, é um espaço de criação e
desenvolvimento.
Segundo Navarro (2009) a brincadeira é uma atividade presente na vida da criança e que domina a
infância. A partir dela que a criança começa a aprender. É por meio do brincar que a criança tem a
possibilidade de descobrir o mundo, se interagir e se comunicar socialmente. Entretanto, faz-se
necessário uma interação e mediação nessas brincadeiras. É necessário que as crianças tenham um
brincar de qualidade, com ambientes adequados e que tenham materiais que despertem o interesse das
crianças, estimulando assim a criatividade.
O brincar é social e depende do outro. Seja de um colega, de um professor, de um brinquedo ou até
mesmo de uma história. A brincadeira possibilita o desenvolvimento de diversas capacidades e
oportuniza também diferentes aprendizagens.
A brincadeira favorece a autoestima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente suas
aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, para a interiorização de determinados modelos de
adulto, no âmbito de grupos sociais diversos. Essas significações atribuídas ao brincar transformam-no
em um espaço singular de constituição infantil. (BRASIL, 1998, p.27)
A brincadeira permite que o professor avalie a situação social daquela criança. Os comportamentos que
as crianças expressam enquanto brincam, diz muito sobre seus sentimentos, pensamentos e situação
em que está inserida.
Por meio da brincadeira, as crianças podem vivenciar brincadeiras imaginativas e que elas mesmos
criaram, podendo assim adicionar seus pensamentos e critérios, abordando soluções para problemas
que elas julgam importantes e significativos. Assim, a criança pode interiorizar a compreensão que
possuem sobre as pessoas, além de experimentarem de forma lúdica o mundo em que vivem (BRASIL,
1998).
Segundo o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil nos diz que:
Por meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos processos de
desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades
de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais
que dispõem. (BRASIL, 1998, p.28)
Conforme Lawall (2009), é de suma importância que o brincar seja de forma variada e lúdica, sendo um
recurso que contribui nos meios da aprendizagem, no crescimento e no desenvolvimento das crianças.
Para Navarro (2009), a instituição de educação infantil, é o meio em que a criança passa maior parte de
seu tempo. Assim, a instituição deve entender e compreender as necessidades que as crianças
possuem, respeitando seus direitos e não podendo deixar de incluir o brincar em seu currículo e
planejamento.
Sendo assim, fica evidente que o momento do brincar facilita na construção da autonomia, possibilita o
processo de aprendizagem e o desenvolvimento integral do ser humano. O desenvolvimento acontece
atráves de trocas, pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a
imaginação, favorecendo o desenvolvimento da personalidade. O brincar e a educação devem andar
paralelamente, pois, desta forma, contribuem para o aprendizado.
Noções de primeiros socorros na Educação Infantil ( junto com apostila de saúde no final da
apostila)
Assim como os ADIs, 70% das professoras percebem que o trabalho destes profissionais é muito
importante como trabalho educativo e 83,3% das professoras concordam que a afetividade também é
muito importante. Criar laços afetivos com a criança pequena é fundamental na prática pedagógica e
faz parte do processo de educar e cuidar. Nas palavras de Saltini (2002): “[...] mas deve conhecê-la
não apenas na sua estrutura biofisiológica e psicossocial, mas também na sua interioridade afetiva, na
sua necessidade de criança que chora, rir, dorme, sofre e busca constantemente compreender o
mundo que a cerca, bem como o que ela faz ali na escola.” A realidade no cotidiano das instituições
de educação infantil acaba sendo totalmente diferente. Observa-se que o ADI, no trabalho dentro das
instituições de educação infantil, desenvolve mais as atividades relativas à higiene, alimentação e
cuidados com a criança, enquanto o professor desenvolve atividades pedagógicas. Esta divisão do
trabalho é uma situação real vivenciada em muitas creches e creche-escolas. De acordo com Lanter
(1999): “Assim, cuidar e educar, que deveria ser proposta de uma mesma prática pedagógica, tornam
- se divisores de água da função exercida por esses profissionais em seu cotidiano de trabalho: cuidar
passa a ser responsabilidade daquele que possui menos formação (a auxiliar, a crecheira, etc.) ao
passo que educar torna-se responsabilidade do profissional com mais formação. (Lanter, 1999: 75)
Concordamos que cuidar e educar são ações de uma mesma prática pedagógica, mas dentro das
instituições de educação infantil acabam sendo divididas pelos profissionais que atuam nestas
instituições, ou seja, o profissional que exerce a função de professor direciona a sua prática para
desenvolver as atividades educativas e o auxiliar desenvolve as atividades de cuidados. Mas, não há
esta divisão no desenvolvimento do trabalho com crianças pequenas, o cuidar e educar são ações que
se completam e devem ser vivenciadas da mesma forma dentro das instituições de educação infantil.
Não há uma, sem a outra. A questão relativa ao planejamento das atividades nos chamou a atenção.
As respostas foram dadas de acordo com o turno de trabalho dos ADIs. Dos 60 ADIs que
responderam ao questionário, 44 ADI’s são do turno da manhã e 16 do turno da tarde. Analisando as
respostas, dos 44 ADIs que trabalham no turno da manhã, 32 (72,72%) responderam que não
participam da elaboração do planejamento das atividades que são desenvolvidas com as crianças. Já,
83,3% das professoras responderam que os ADIs não participam da elaboração do planejamento das
atividades pedagógicas. Assim como, na análise do questionário aplicado aos ADIs, este percentual é
bastante significativo. A falta de articulação entre os profissionais que atuam dentro do mesmo espaço
(grupo infantil) ocasiona a fragmentação do trabalho pedagógico. É necessário que o planejamento
das atividades pedagógicas seja elaborado com a participação efetiva de todos os envolvidos no
processo, para garantir que as ações sejam pensadas coletivamente e analisadas num movimento de
ação, reflexão e ação. De acordo com Schmitz (2000): Qualquer atividade, para ter sucesso, necessita
ser planejada. O planejamento é uma espécie de garantia dos resultados. E sendo a educação,
especialmente a educação escolar, uma atividade sistemática, uma organização da situação de
aprendizagem, ela necessita evidentemente de planejamento muito sério. Não se pode improvisar a
educação, seja ela qual for o seu nível. (Schmitz, 2000:101)
Currículo da Educação Infantil: ações pedagógicas com bebês
Uma pedagogia para o dia a dia da sala de bebês Para organizar um percurso de aprendizagem e
desenvolvimento para os bebês, é preciso que se tenha um Projeto Político-pedagógico que defina
objetivos de longo prazo, pois a formação humana é algo que necessita de tempo. Além disso, cabe à
escola saber o que cada bebê e o grupo de crianças pequenas precisam para, assim, construir
estratégias que possam oferecer às crianças as ferramentas necessárias para compreender e
apresentar-se ao mundo. A explicitação dos objetivos, das concepções e das estratégias educacionais
do trabalho pedagógico com as crianças pequenas é importante, pois possibilita aos educadores
compartilhar ― tanto com seus colegas, no interior da escola, como com os pais e a comunidade ―
seus princípios educativos. Ter concepções compartilhadas significa argumentar, constituir coerência,
estabelecer continuidade e estabilidade tanto horizontal, na escola e na família, como vertical, entre as
turmas ou níveis de ensino. Concepções e objetivos tendo sido claramente compartilhados os
objetivos e as concepções, pode-se, então, começar a constituir o processo educacional. Elaborar
uma intervenção pedagógica numa turma de bebês significa realizar ações de dois tipos: (a) a
construção de um contexto; e (b) a organização de um percurso de vida.
DESAFIIOS PARA CONSTRUIR UM DIA A DIA COM OS BEBÊS
O cotidiano das crianças na sala de bebês vai sendo construído por meio de atos de cuidado e
educação dos docentes. A cada dia, inicia-se o encontro dos bebês e adultos com o acolhimento, que
pode ser feito de diferentes formas. Em seguida, a professora pode criar uma situação, pautada nas
suas observações, que faça com que os bebês encontrem algo (ou alguém) agradável, interessante e
instigante. Uma das características de uma turma de bebês é que, mesmo quando a professora tem
uma proposta muito interessante, os bebês geralmente não participam dela como grupo completo, ou
ao menos não ficam presentes em sua totalidade. Sempre há um bebê que está com sono, outro que
precisa ser trocado. Assim, aquilo que denominamos trabalho diversificado é uma constante na turma
de bebês. Nesses momentos de encontro, a professora pode promover o relacionamento e a interação
das crianças com diferentes materialidades e com manifestações culturais, como a música, trazendo
canções que ela mesma canta, CDs, caixas com instrumentos musicais, propor aos bebês
acompanhar a música com o balanço do corpo ― o que não deixa de ser uma introdução à dança,
que deve ser sempre lembrada e estimulada.
Lei Lucas – Lei n.º 13.722, de 04 de outubro de 2018. 21
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PREÂMBULO
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TÍTULO I
DO MUNICÍPIO
Capítulo I
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III - o Defensor do Povo poderá ser destituído por decisão de 2/3 (dois
terços) dos Vereadores.
Capítulo II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
Seção I
Da Competência Privativa
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Seção II
Da Competência Comum
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TÍTULO II
Capítulo I
Art. 9º- O Poder Municipal será exercido pelo povo, nos termos da Constituição
da República, da Constituição Estadual e desta Lei Orgânica.
II - plebiscito;
III - referendo.
II - do Prefeito;
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Capítulo II
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
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I - 1º de fevereiro a 5 de julho; e
II - 1º de agosto a 22 de dezembro.
I - sábados;
II - domingos; ou
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III - feriados.
I - 6 a 31 de julho; e
Seção II
Art. 14. A Comissão executiva da Câmara Municipal do Recife será composta por
1 (um) Presidente, 3 (três) Vice-Presidentes e 3 (três) Secretários e deverá ser
eleita para o mandato de 2 (dois) anos, conforme dispuser o Regimento Interno.
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I - do Prefeito;
I - Estado de Defesa;
II - Estado de Sítio;
Art.19 - Não poderá ser realizada mais de uma reunião ordinária ou mais de uma
extraordinária por dia e, salvo motivo de força maior, devidamente caracterizado,
todas deverão realizar-se no recinto destinado a seu funcionamento, sendo nulas
as que se realizarem em desacordo com o estabelecido neste artigo.
Seção III
Da Competência
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II - plano diretor;
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Seção IV
Do Processo Legislativo
IV - decretos legislativos;
V - resoluções.
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Subseção I
II - do Prefeito;
Subseção II
Das Leis
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Subseção III
Seção V
Dos Vereadores
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II - desde a posse:
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§ 2º Nos casos dos incisos I, II, e VI, a perda do mandato será decidida
pela Câmara Municipal, por maioria absoluta e voto aberto, mediante
provocação da Comissão Executiva ou de partido político, assegurada a
ampla defesa. (alterado pela Emenda nº 27/13)
§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela
Comissão Executiva da Câmara Municipal, de ofício ou mediante
provocação de qualquer de seus membros ou de partido político,
assegurada ampla defesa. (alterado pela Emenda nº 21/07)
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Seção VI
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Capítulo III
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
Do Prefeito e Do Vice-Prefeito
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Seção II
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Art. 56 - Até 30 (trinta) dias antes da posse do Prefeito eleito, o Prefeito publicará
no Diário Oficial e nos jornais de grande circulação, o balancete da administração
direta e indireta do Município, relativo ao período compreendido entre 1º de
janeiro e 31 de outubro do exercício em curso.
Seção III
Das Responsabilidade
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Art. 58 - Admitida a acusação contra o Prefeito, por 2/3 (dois terços) da Câmara
Municipal, será ele submetido a julgamento pelos crimes comuns e de
responsabilidade, perante o Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco.
Seção IV
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TÍTULO III
Capítulo I
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VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos
em lei específica; (acrescido pela Emenda nº 21/07)
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XVIII - somente por lei específica poderá ser criada ou extinta autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia
mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso,
definir as áreas de sua atuação; (alterado pela Emenda nº 21/07)
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I - participação popular;
Capítulo II
II - conselho de cidadãos;
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V - audiências públicas;
Capítulo III
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Capítulo IV
II - planejamento urbano;
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Capítulo V
Capítulo VI
Art. 78 - O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante
concessão, permissão ou autorização, quando houver interesse público,
devidamente justificado.
Capítulo VII
II - irredutibilidade de vencimentos;
IX - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 (um terço) a
mais do que o vencimento normal;
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XXIII - aposentadoria:
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TÍTULO IV
Capítulo I
I - impostos;
IV - cobrar tributos:
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Capítulo II
Capítulo III
DO PLANEJAMENTO
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II - o plano diretor;
Capítulo IV
DOS ORÇAMENTOS
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
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Art. 102 - A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá
exceder os limites estabelecidos em lei complementar federal.
TÍTULO V
Capítulo I
DA POLÍTICA URBANA
II - plano diretor;
IX - servidão administrativa;
X - tombamento;
Art. 104 - O plano diretor será instrumento para ordenar a ação do Município no
sentido de promover: (alterado pela Emenda nº 21/07)
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I - regulamentação do zoneamento;
Art. 109 - Executada a hipótese prevista no Artigo 105, inciso III, desta Lei
Orgânica, as desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa
indenização em dinheiro.
Capítulo II
DA POLÍTICA DA HABITAÇÃO
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Capítulo III
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Capítulo IV
Capítulo V
Art. 125 - Todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, cabendo ao
Município e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as gerações
presentes e futuras, garantindo-se a proteção dos ecossistemas e o uso racional
dos recursos naturais.
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Art. 129 - É vedado ao Município a utilização das áreas verdes existentes para a
implantação de equipamentos públicos ou comunitários, bem como a cessão, a
qualquer título, para instalações de equipamentos privados.
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Capítulo VI
DA POLÍTICA DA EDUCAÇÃO
Art. 132 - O ensino, nos estabelecimento municipais, será ministrado com base
nos seguinte princípios:
Art. 133 - O Município aplicará, anualmente, 25% (vinte e cinco por cento), no
mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de
transferências governamentais, na manutenção e desenvolvimento do ensino, nas
escolas públicas municipais e nas escolas comunitárias conveniadas.
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Capítulo VII
Art. 136 - O Município realizará estudos com vistas à criação, baseado nos
princípios de acessibilidade universal e na política de ciência e tecnologia
municipal em parceria com as Universidades, Centros Tecnológicos, Porto Digital,
Escolas Técnicas, Fundações de Apoio à Ciência e entidades congêneres, de
escolas municipais incubadoras, para incentivo ao desenvolvimento científico e
tecnológico. (alterado pela Emenda nº 21/07)
Capítulo VIII
DA POLÍTICA DA CULTURA
Art. 137 - O Município garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais,
observados os seguintes preceitos:
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Capítulo IX
DA POLÍTICA DO LAZER
Capítulo X
DA POLÍTICA DO DESPORTO
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Capítulo XI
Art. 144 - O Município prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos, na forma da lei.
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Capítulo XII
DA POLÍTICA DE SAÚDE
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Capítulo XIII
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Capítulo XIV
DA POLÍTICA DO ABASTECIMENTO
Capítulo XV
DA POLÍTICA DO TURISMO
TÍTULO VI
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Art. 160 - A Guarda Municipal, órgão de caráter civil, será organizada com base
nos princípios democráticos e no respeito aos direito humanos, devendo ser o seu
chefe nomeado, pelo Prefeito, dentre cidadãos de moral irrepreensível e de
conduta ilibada.
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Art. 184 - O Hino Nacional Brasileiro deverá ser cantado, obrigatoriamente, pelas
unidades escolares da rede municipal de ensino da Cidade do Recife, inclusive as
subvencionadas pela Prefeitura.
II - parcelamento do solo;
IV - posturas.
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Art. 7º - No prazo de que trata o Artigo anterior, o Poder Executivo, para efeito do
disposto no Artigo 105, fará um recenseamento dos campos de futebol amador.
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Art. 12 - O Município promoverá edição popular desta Lei Orgânica que será
distribuída nas repartições públicas e entidades representativas da sociedade
civil.
III. Ao Grupo de Trabalho de que trata este artigo cabe promover estudos
e realizar anteprojetos de leis consolidando as Leis municipais, por área
temática, nos termos das Leis complementares federais nº 95/98 e nº
107/01, observadas as disposições concernentes às iniciativas
legislativas.
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Miguel Batista
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Emenda nº 01/1993
Ementa: Altera dispositivos da Lei Orgânica do Recife.
Art. 1º - Acrescenta-se na parte final do item “X”, do Art. 23, após a palavra “dias”,
a seguinte expressão:
Emenda nº 02/1993
Ementa: Altera dispositivos da Lei Orgânica do Recife.
Emenda nº 03/1993
Ementa: Dá nova redação aos artigos 178 e 179 da Lei Orgânica do Município,
promulgada em 04/04/90.
Art. 179 - Até que entre em vigor o novo Convênio que objetivará a gestão do
sistema de transportes coletivo de passageiros, a comercialização do “Vale
Transporte” e do “passe estudantil municipal”, será realizada pelo órgão gestor do
sistema.
Emenda nº 04/1994
Ementa: Altera dispositivos da Lei Orgânica do Recife.
Emenda nº 05/1996
Ementa: Dá nova redação ao Art. 113 da Lei Orgânica do Município do Recife.
Art. 1º - O “Caput” do Art. 113 da Lei Orgânica do Município do Recife passa a ter
a seguinte redação, mantidos os seus respectivos parágrafos:
§ 1º - (....)
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RUA PRINCESA ISABEL, 410, BOA VISTA – CEP 50.050-450 RECIFE – PERNAMBUCO
§ 2º - (....)
Emenda nº 06/1997
Ementa: Altera o Art. 121 e revoga os Arts. 178 e 179 da Lei Orgânica do
Município do Recife.
Art.(....)
Emenda nº 07/1998
Ementa: Altera o quorum das votações qualificadas, constantes nas alíneas “b” e
“c” do artigo 23 e o § 1º do Art. 25 da LEI ORGÂNICA DO RECIFE.
Art. 1º- As alíneas “b” e “c” do artigo 23 e, bem assim, o parágrafo 1º do Art. 25 da
LEI ORGÂNICA DO RECIFE, onde estabelece o quorum para aprovação por
deliberação do Plenário das matérias em fase de votação, for exigido o mínimo de
2/3 (dois terços), do total dos membros da Câmara Municipal do Recife, passa a
vigorar com o quorum mínimo de 3/5 (três quintos) do referido Colegiado.
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Emenda nº 08/1999
Ementa: Revoga os incisos XXI e XXXII do § 2º, Art. 79 da Lei Orgânica do
Recife.
Emenda nº 09/1999
Ementa: Revoga o inciso XXX do § 2º do Art. 79 da Lei Orgânica do Recife.
Art. 1º - Fica revogado o inciso XXX do § 2º do Art. 79, da Lei Orgânica do Recife.
101
CÂMARA MUNICIPAL DO RECIFE
RUA PRINCESA ISABEL, 410, BOA VISTA – CEP 50.050-450 RECIFE – PERNAMBUCO
Emenda nº 10/1999
Ementa: Dá nova redação ao inciso III do artigo 40 da Lei Orgânica do Município.
A COMISSÃO EXECUTIVA DA CÂMARA MUNICIPAL DO RECIFE, nos termos
do art. 25 § 2º da Lei Orgânica, faz saber que o Poder Legislativo do Município
aprovou, e ela promulga a seguinte EMENDA À LEI ORGÂNICA:
ART. 1º O inciso III do artigo 40 da Lei Orgânica do Recife, passa a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 40 ...........................
I -....................................
II -..................................
Emenda nº 11/2000
Ementa: Inclui texto na Lei Orgânica do Recife.
§ 1º - (....)
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Emenda nº 12/2001
Ementa: Dá nova redação ao Art. 162 da Lei Orgânica do Recife.
Art. 1º - O Art. 162 da Lei Orgânica do Recife, passa a vigorar com a seguinte
redação:
Emenda nº 13/2002
Ementa: Dá nova redação ao inciso IX do Art. 63 da Lei Orgânica do Município do
Recife.
Emenda n º 14/2004
Ementa: Altera a redação do Art. 45 da Lei Orgânica do Recife promulgada em 04
de abril de 1990.
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Emenda nº 15/2004:
Ementa: Revoga o inciso XVIII, do § 2º, do Art. 79 da Lei Orgânica do Recife.
Emenda nº 16/2005:
Modifica o inciso IX do art. 63 e cria novo artigo aos Atos das Disposições
Transitórias da Lei Orgânica do Recife.
Art. 2º - Cria novo artigo aos Atos das Disposições Transitórias da Lei Orgânica
do Recife, com a seguinte redação:
Emenda nº 17/2006:
Altera a redação dos Art. 12 e 18 e dos § 1º e 2º do Art. 45 da Lei Orgânica do
Recife promulgada em 04 de abril de 1990.
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Art. 6º- Esta Emenda à Lei Orgânica do Recife entrará em vigor na data de sua
publicação.
Emenda nº 18/2006:
Altera a redação do Art. 11 da Lei Orgânica do Recife promulgada em 04 de abril
de 1990.
Art. 2º - Esta Emenda à Lei Orgânica do Recife entrará em vigor na data de sua
publicação.
Emenda nº 19/2006:
Emenda nº 20/2006:
§1º. .........................................................................................................
Emenda nº 21/2007:
Art. 5º -...
IV - Revogado.
§ 3º- Revogado.
Art. 6º -...
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Art. 7º -...
Art. 9º-...
Art. 10 -...
Art.15 -...
Art. 22 -...
Art. 23 -...:
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XXVII - Revogado.
Art. 24 -...
...
IV - decretos legislativos;
V - resoluções.
Art. 27-...
...
Art.28 -...
...
Art. 40 -...
I - por doença devidamente comprovada ou por gravidez, pelo prazo previsto para
a licença-gestante ou licença-paternidade nos termos previstos no art. 7º, incisos
XVIII e XIX, da Constituição Federal;
Art.42 -...
...
§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela
Comissão Executiva da Câmara Municipal, de ofício ou mediante provocação
de qualquer de seus membros, ou de partido político, assegurada ampla
defesa.
Art. 54-...
...
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar leis, bem como expedir decretos e/ou
regulamentos para sua fiel execução, os dois últimos no prazo de 01 (um) ano ou
na forma definida na lei.
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Art. 55- Até 45 (quarenta e cinco) dias depois das eleições municipais, o Prefeito
deverá definir equipe de transição, que preparará, para entrega ao sucessor e
para publicação imediata, relatório da situação da administração municipal que
conterá, entre outras, informações atualizadas sobre:
I - a existência do Município;
IV - a lei orçamentária;
Art. 59-...
VII - praticar, contra expressa disposição de lei, ato da sua competência ou omitir-
se de sua prática, inclusive, quando necessária, a expedição de decretos e/ou
regulamentos no prazo fixado nesta lei orgânica;
Art. 61-...
...
...
...
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VII- o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica
VIII- a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
com deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
b) contrato com prazo máximo de 1 (um) ano, prorrogável por igual período
vedada qualquer recontratação, após este prazo;
XV-...
XVII-...
XVIII - somente por lei específica poderá ser criada ou extinta autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e
de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
sua atuação;
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XIX -...
XXI – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
da raça negra e definirá os critérios de garantia de sua fruição.
XXII–REVOGADO
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Art. 66 -...
...
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Art. 70 -...
...
Art. 73 -...
Art. 75-...
Art. 79 -...
XVIII - Revogado
XXI- Revogado
XXIX - revogado
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XXX - revogado.
XXXI - revogado.
XXXII - revogado
§ 5º. Para efeito da aplicação do disposto no § 2º, inciso XXXIII deste artigo, na
hipótese de extinção ou transformação dos cargos comissionados ou funções
gratificadas e símbolos, observar-se-á a paridade ou similitude com aqueles que
resultarem da extinção ou transformação, ou ainda com aqueles que forem
criados, nos termos que a lei complementar, de iniciativa do Poder Executivo,
dispuser.
Art. 80 - São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público:
Art. 82 -...
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Art. 83 -...
Art. 85 -...
...
§ 1º. Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 105, II, o
imposto previsto no inciso I poderá:
...
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Art. 99 -...
Art. 104 - O plano diretor será instrumento para ordenar a ação do Município no
sentido de promover:
...
...
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...
...
...
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Capítulo IV
DA POLÍTICA DO SANEAMENTO AMBIENTAL INTEGRADO
III -...
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...
...
...
Capítulo VII
DA POLÍTICA DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO
Art. 136 - O Município realizará estudos com vistas à criação, baseado nos
princípios de acessibilidade universal e na política de ciência e tecnologia
municipal em parceria com as Universidades, Centros Tecnológicos, Porto Digital,
Escolas Técnicas, Fundações de Apoio à Ciência e entidades congêneres,
de escolas municipais incubadoras, para incentivo ao desenvolvimento
científico e tecnológico.
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...
...
...
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II -...
...
...
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...
...
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...
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III. Ao Grupo de Trabalho de que trata este artigo cabe promover estudos e
realizar anteprojetos de leis consolidando as Leis municipais, por área temática,
nos termos das Leis complementares federais nº 95/98 e nº 107/01, observadas
as disposições concernentes às iniciativas legislativas.
IV. O prazo para o término do trabalho do Grupo ora instituído é de 120 (cento e
vinte) ias contados da data da publicação desta Lei.
Emenda nº 22/2007
Dá nova redação ao art. 13 do Ato das Disposições Transitória da Lei Orgânica do
Município do Recife.
Emenda nº 23/2008
Fixa a composição da Câmara Municipal do Recife para próxima Legislatura a
iniciar-se na data de 1º de janeiro de 2009.
Art. 1° - Acrescenta o Art. 13-c aos Atos das Disposições Transitórias, da Lei
Orgânica da Cidade do Recife, com a seguinte redação:
Emenda nº 24/2011
Da nova redação ao Artigo 10 e ao Artigo 13-C, dos Atos das Disposições
Transitórias, ambos, da Lei Orgânica do Município do Recife.
Art. 1º - O Artigo 10, da Lei Orgânica do Município do Recife, passa a vigorar com
a seguinte redação:
Art. 2º - O Artigo 13-C, dos Atos das Disposições Transitórias, da Lei Orgânica do
Município do Recife, passa a vigorar com a seguinte redação:
Emenda nº 25/2011
Dá nova redação ao artigo 12, da Lei Orgânica do Município do Recife.
Art. 1º O Artigo 12, da Lei Orgânica do Município do Recife, passa a vigorar com a
seguinte redação:
Emenda nº 26/2012
ALTERA A LEI ORGÂNICA DO RECIFE PARA VEDAR O EXERCÍCIO DE
CARGOS COMISSIONADOS, FUNÇÕES GRATIFICADAS E OS CARGOS DE
SECRETÁRIOS MUNICIPAIS POR QUEM FOR CONSIDERADO INELEGÍVEIS
NOS TERMOS DA LEI COMPLEMENTAR Nº 135/2010.
"Art. 63 -...
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores
de carreira, nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento, sendo
vedada a ocupação por aqueles considerados inelegíveis nos termos da Lei
Complementar nº 135, de 04 de junho de 2010."
"Art. 71 -
§ 1º - O Poder Público é impedido de contratar, sob qualquer modalidade,
empresas condenadas em crimes de corrupção ou ambientais, por um período de
8 (oito) anos à contar trânsito em julgado.
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Emenda nº 27/2013
ALTERA O § 2,º DO ARTIGO 42, DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DO
RECIFE
"Art. 42 -. . § 2º - Nos casos dos incisos I, II, e VI, a perda do mandato será
decidida pela Câmara Municipal, por maioria absoluta e voto aberto, mediante
provocação da Comissão Executiva ou de partido político, assegurada a ampla
defesa.."
Emenda nº 28/2014
Altera o art. 10, §4º, art. 11 e o art. 34, §4º da Lei Orgânica, para extinguir o voto
secreto nos casos que específica.
"Art. 10...
§ 4° - A Câmara Municipal obedece ao princípio da transparência em todos seus
atos, sendo vedada a reunião secreta
" Art. 2º Esta Emenda modifica o art. 11 da Lei para substituir o voto secreto pelo
voto aberto, passando a vigorar com a seguinte redação: Art. 11 A Câmara
Municipal reunir-se-á no dia 1º de janeiro do primeiro ano da legislatura, para dar
posse aos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito e eleger sua comissão executiva,
para mandato de 2 (dois) anos, em votação aberta, por meio de procedimento que
garanta o conhecimento público de cada voto, podendo ser reconduzido por mais
um mandato.
"Art. 34...
§ 4º - O veto somente será rejeitado pela maioria absoluta dos membros da
Câmara Municipal, em votação aberta, por meio de procedimento que garanta o
conhecimento público de cada voto."
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Emenda nº 29/2015
Ementa: ALTERA o artigo 63, inciso IX, alínea “b” da Lei Orgânica do Recife.
Art. 1º - O art. 63, inciso IX, alínea “b” da Lei Orgânica do Recife, com redação
dada pela Emenda nº 21/07, passa a ter a seguinte redação:
“Art. 63 (...)
IX (...)
b) contrato com prazo máximo de 2 (dois anos, prorrogável, por igual período”
Emenda nº 30/2018
Ementa: Altera a alínea “b”, do inciso IX, do artigo 63, da Lei Orgânica do Recife.
Art. 1º A alínea “b” do inciso IX, do artigo 63, da Lei Orgânica do Recife, com
redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 29/07, passa a ter a seguinte
redação:
“Art. 63 (...)
IX (...)
Emenda nº 31/2018
Ementa: Substitui o artigo 14 da Lei Orgânica do Município do Recife.
“Art. 14. A Comissão executiva da Câmara Municipal do Recife será composta por
1 (um) Presidente, 3 (três) Vice-Presidentes e 3 (três) Secretários e deverá ser
eleita para o mandato de 2 (dois) anos, conforme dispuser o Regimento Interno.
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Art. 2º Esta emenda à Lei Orgânica entra em vigor na data de sua publicação.
Emenda nº 32/2019
Ementa: Altera o art. 24 da Lei Orgânica do Recife.
Art. 1º Fica alterado o art. 24 da Lei Orgânica do Recife, o qual passa a vigorar
com o seguinte texto:
“Art. 24 ....................................................................................................
I - 1º de fevereiro a 5 de julho; e
II - 1º de agosto a 22 de dezembro.
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I - sábados;
II - domingos; ou
III - feriados.
I - 6 a 30 de julho; e
II - 23 de dezembro a 31 de janeiro.”(NR)
I - do Prefeito;
I - a requerimento; e
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I - Estado de Defesa;
II - Estado de Sítio;
IV - Intervenção.
“Art.19 Não poderá ser realizada mais de uma reunião ordinária ou mais de
uma extraordinária por dia e, salvo motivo de força maior, devidamente
caracterizado, todas deverão realizar-se no recinto destinado a seu
funcionamento, sendo nulas as que se realizarem em desacordo com o
estabelecido neste artigo.
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"Art. 63.................................................................................................................
X - as leis de fixação das remunerações e dos subsídios dos servidores públicos
municipais deverão observar a especificidade de cada cargo e carreira e buscar,
quando possível, a eficiência através de metas de desempenho, sendo vedada a
percepção de remuneração ou subsídio, incluídas as vantagens pessoais ou
outras de qualquer natureza, acima do limite de que trata o § 6º, art. 97, da
Constituição Estadual."
"Art. 79........................................................................................................
§ 6º A concessão de aposentadoria ao servidor público vinculado a regime próprio
de previdência social e de pensão por morte aos respectivos dependentes, bem
como o cálculo e o reajuste desses benefícios, serão assegurados, a qualquer
tempo, observando-se os critérios da legislação vigente na data em que foram
atendidos os requisitos para a concessão da aposentadoria ou da pensão por
morte.”
Art. 4º Esta Emenda à Lei Orgânica entra em vigor na data da sua publicação.
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CÂMARA MUNICIPAL DO RECIFE
RUA PRINCESA ISABEL, 410, BOA VISTA – CEP 50.050-450 RECIFE – PERNAMBUCO
I - do Prefeito;
I - Estado de Defesa;
II - Estado de Sítio;
IV - Intervenção.” (NR)
Art. 2º Esta Emenda à Lei Orgânica entra em vigor na data da sua publicação.
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26/02/2024, 20:49 Lei Ordinária 14728 1985 de Recife PE
www.LeisMunicipais.com.br
Versão consolidada, com alterações até o dia 28/06/2023
LEI Nº 14.728/85
(Vide revogações - Lei nº 16.730/2001)
O PREFEITO DA CIDADE DO RECIFE FAÇO SABER QUE O PODER LEGISLATIVO DECRETOU E EU SANCIONO A
SEGUINTE LEI:
Art. 1ºO Estatuto dos Funcionários Públicos do Município do Recife passa a vigorar de acordo com o
disposto no Anexo único, desta Lei, que dela constitui parte integrante e inseparável.
ANEXO ÚNICO
TITULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Este Estatuto regula o regime jurídico-administrativo dos funcionários públicos do Município do
Recife.
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/1985/1473/14728/lei-ordinaria-n-14728-1985-reformula-o-estatuto-dos-funcionarios-public… 1/58
26/02/2024, 20:49 Lei Ordinária 14728 1985 de Recife PE
Art. 5ºOs cargos referentes a profissões regulamentadas deverão ser providos exclusivamente satisfazer
os requisitos legais respectivos.
Art. 6º É vedado ao funcionário encargos ou serviços diferentes dos próprios do seu cargo e que como
tais sejam definidos em leis ou regulamentos.
Parágrafo Único. Os desvios de função somente poderão ocorrer com a aceitação expressa do
funcionário, no estrito interesse do serviço, não implicando em mudança de condição funcional.
(Revogado pela Lei nº 15.054/1988)
TITULO II
DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA
CAPITULO I
DO PROVIMENTO
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 8º compete ao prefeito e ao presidente da câmara municipal, conforme o caso, prover, por ato
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/1985/1473/14728/lei-ordinaria-n-14728-1985-reformula-o-estatuto-dos-funcionarios-public… 2/58
26/02/2024, 20:49 Lei Ordinária 14728 1985 de Recife PE
Parágrafo Único. O ato de provimento, de que trata este artigo, deverá conter, necessariamente, as
seguintes indicações, sob pena de nulidade e responsabilidade de quem der posse:
VI - indicação de que o exercício do cargo se fará cumulativamente com outro cargo municipal,
quando for o caso;
Seção II
Do Concurso
Art. 9º A primeira investidura em cargo de provimento efetivo efetuar-se-á mediante concurso público de
provas ou de provas e títulos.
Art. 10 A aprovação em concurso público não cria direito à nomeação, mas esta, quando se der,
respeitará a ordem de classificação dos candidatos habilitados.
Art. 11Observar-se-ão, na realização dos concursos, sem prejuízo de outras exigências ou condições
regulamentares, as seguintes normas gerais:
I - não se publicará edital para provimento de qualquer cargo enquanto vigorar o prazo de validade de
concurso anterior para o mesmo cargo, se ainda houver candidato aprovado e não convocado para a
investidura;
III - Os concursos serão realizados quando a Administração julgar oportuno e terão validade por 3
(três) anos, a contar da publicação da homologação, prorrogável por mais 1 (um) ano; (Revogado pela Lei
nº 15.127/1988)
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/1985/1473/14728/lei-ordinaria-n-14728-1985-reformula-o-estatuto-dos-funcionarios-public… 3/58
26/02/2024, 20:49 Lei Ordinária 14728 1985 de Recife PE
IV - os editais deverão conter as qualificações e requisitos constantes das especificações dos cargos
objeto do concurso.
Parágrafo Único. Não será aberto concurso para o preenchimento de cargo público enquanto houver
funcionário de igual categoria em disponibilidade.
§ 1º Não será aberto concurso para o preenchimento de cargo público enquanto houver funcionário
de igual categoria em disponibilidade. (Redação dada pela Lei nº 19021/2022)
§ 2º Considera-se aprovado o candidato que atingiu a pontuação mínima exigida para tal no Edital do
Concurso e classificado o candidato aprovado com colocação dentre as vagas previstas no certame.
(Redação acrescida pela Lei nº 19021/2022)
§ 3º A reclassificação prevista no inciso V deste artigo acarreta a perda do direito líquido e certo à
nomeação, caso a quantidade de aprovados seja superior à quantidade de vagas previstas no Edital.
(Redação acrescida pela Lei nº 19021/2022)
Art. 12Os órgãos e entidades da Administração Pública Municipal, inclusive fundações instituídas ou
mantidas pelo Poder Público, proporcionarão aos portadores de deficiência fisica e limitação sensorial
condições especiais para participação em concurso de provas, teste de seleção ou outras formas de
recrutamento de pessoal.
Parágrafo Único. As condições especiais, de que trata este Artigo, constarão obrigatoriamente do
edital de concurso ou de outros atos de chamamento e serão concedidas a requerimento do interessado,
formulado quando da inscrição, instruído com atestado médico que indique a natureza e o grau de
deficiência física e da limitação sensorial.
Art. 13 A deficiência física e a limitação sensorial não constituirão impedimentos à posse e ao exercício
de cargo ou função pública, salvo quando consideradas incompatíveis com a natureza das atividades a
serem desempenhadas.
§ 1º A incompatibilidade a que se refere este Artigo será declarada por Junta Médica Especial,
constituída por médicos especializados e por técnicos em educação especial da área correspondente à
deficiência ou à limitação diagnosticada.
Seção III
Da Posse
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/1985/1473/14728/lei-ordinaria-n-14728-1985-reformula-o-estatuto-dos-funcionarios-public… 4/58
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Parágrafo Único. Não haverá posse nos casos previstos nos incisos II a VII do Art.7º.
Art. 17 Só poderá ser empossado em cargo público quem satisfizer aos seguintes requisitos,
cumulativamente:
II - ter idade compreendida entre 18 (dezoito) anos completos e 55 (cinqüenta e cinco) incompletos,
ressalvadas as disposições legais;
III - estar em gozo dos direitos políticos e não possuir antecedentes criminais;
IV - atender aos requisitos especiais para o desempenho do cargo e possuir a habilitação legal exigida,
quando for o caso.
§ 1º A prova das condições a que se referem os incisos I, II, III e IV, deste Artigo, será dispensada nos
casos de reintegração, reversão e readaptação, quando se tratar de ocupante de cargo ou emprego
público do Município. (Ver art 7º deste Estatuto).
Art. 18 No ato da posse, o candidato deverá declarar, por escrito, se é titular de outro cargo, função ou
emprego público ou privado.
Parágrafo Único. Se a hipótese for a de que sobrevenha ou possa sobrevir acumulação proibida com a
posse, esta será sustada até que, respeitados os prazos do Art. 22, se comprove inexistir aquela.
Art. 20 O funcionário declarará, no ato da posse, os bens e valores que constituem seu património.
Art. 21 A autoridade que der posse verificará, sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitos os
requisitos legais para a investidura.
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/1985/1473/14728/lei-ordinaria-n-14728-1985-reformula-o-estatuto-dos-funcionarios-public… 5/58
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Art. 22 A posse verificar-se-á no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato específico de
provimento no Diário Oficial da Cidade do Recife.
§ 1º A requerimento justificado do interessado, este prazo poderá ser prorrogado por mais cento e
vinte (120) dias.
§ 2º Se a posse não se der dentro do prazo previsto, o ato da nomeação ficará automaticamente sem
efeito.
§ 3º É facultada a posse por procuração, quando o nomeado estiver ausente do Município e, em
casos especiais, a juízo da autoridade competente.
Art. 22. A posse deverá ocorrer em até 20 (vinte) dias, contados da publicação do ato de nomeação.
§ 2º Restará automaticamente sem efeito o ato de nomeação se a posse não ocorrer no prazo legal.
Seção IV
Do Estágio Probatório (vide Decreto nº 23.131/2007)
Art. 23 Estágio probatório é o período inicial de 2 (dois) anos de efetivo exercício do funcionário
nomeado por concurso público, para cargo de provimento efetivo.
I - idoneidade moral;
II - disciplina;
III - pontualidade;
IV - assiduidade;
V - eficiência.
Art. 25 O superior imediato do funcionário sujeito ao estágio probatório, 60 (sessenta) dias antes do
término deste informará ao órgão de Administração de Pessoal sobre o funcionário, tendo em vista os
requisitos enumerados no Artigo anterior.
§ 1º À vista da informação referida neste Artigo, o órgão de Administração de Pessoal emitirá parecer
conclusivo.
§ 2º Desse parecer, se contrário à permanência do funcionário, a este dar-se-á vista, pelo prazo de 10
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§ 3º O parecer e a defesa, esta última se existente, serão julgados pela autoridade competente,
procedendo-se ou não à exoneração do funcionário.
§ 4º A apuração dos requisitos de que trata o Art. 24 deverá processar-se em rito sumário, de modo
que a exoneração do funcionário possa ser feita antes de findo o período de estágio probatório.
§ 5º O superior imediato que deixar de prestar a informação prevista neste Artigo cometerá infração
disciplinar, ficando sujeito à penalidade prevista no artigo 196, deste Estatuto.
Art. 26 O funcionário estável fica dispensado de novo estágio probatório, quando nomeado para outro
cargo.
II - ser cedido a órgão ou entidade de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou
Municípios.
I - na hipótese prevista no inciso II do caput desde artigo e, no caso do inciso I, quando as atribuições
exercidas não guardarem pertinência com aquelas do seu cargo de origem;
§ 2º O prazo de duração do Estágio Probatório será prorrogado pelo mesmo período do afastamento
ou licença, sendo retomado a partir do término do impedimento, de modo a permitir a avaliação de
desempenho.
§ 4º Não haverá suspensão da contagem de tempo de estágio probatório quando o servidor for
lotado em qualquer órgão ou Entidade da Administração Direta ou Indireta do Município do Recife, para
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exercer as atribuições do seu cargo, sem assumir cargo em comissão ou função de confiança, devendo ser
avaliado pelo órgão ou Entidade em que estiver lotado. (Redação acrescida pela Lei nº 19060/2023)
Seção V
Do Exercício
Parágrafo Único. O início do exercício e as alterações que neste ocorrerem serão comunicadas, pelo
titular do órgão em que estiver lotado o funcionário, ao órgão de Administração de Pessoal.
Art. 29 Ao titular do órgão para onde for designado o funcionário compete dar-lhe exercício.
Art. 30 O exercício do cargo terá início dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados:
I - da data da posse, no caso de nomeação;
II - da data da publicação oficial do ato, nos demais casos. (Ver art 7º deste Estatuto)
§ 1º A requerimento do interessado, e ajuízo da autoridade competente, o prazo estabelecido neste
Artigo poderás ser prorrogado por 30 (trinta) dias.
§ 2º A progressão e ascensão funcionais não interrompem o exercício, que é contado a partir da data
da publicação do ato respectivo. (Ver Art. 7º deste Estatuto)
§ 3º O funcionário, quando afastado em virtude do disposto nos itens I, II e III do Artigo 76, deverá
entrar em exercício imediatamente após o término do afastamento.
Art. 30. O exercício do cargo se dará no prazo de até 15 (quinze) dias, contados da data da posse.
Art. 31 O funcionário só poderá ter exercício no órgão para o qual foi designado.
Art. 32 O funcionário não poderá ausentar-se do Município, para estudo ou missão de qualquer
natureza, com ou sem vencimento, sem prévia autorização ou designação pelo Prefeito ou pelo
Presidente da Câmara Municipal, conforme o caso.
Art. 32. O servidor não poderá se afastar para estudo ou missão de qualquer natureza, com ou sem
vencimento, sem prévia autorização ou designação pelo Prefeito ou pelo Presidente da Câmara Municipal,
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Art. 33 O funcionário estável, autorizado a afastar-se para estudo ou aperfeiçoamento fora do Município,
com ônus para os cofres municipais, ficará obrigado, após a conclusão do estudo ou aperfeiçoamento, a
prestar serviço ao Município pelo menos por mais 2 (dois) anos, na forma prevista neste Estatuto.
O servidor estável, autorizado a se afastar para estudo ou aperfeiçoamento, com ônus para os
Art. 33.
cofres municipais, ficará obrigado, após a conclusão do estudo ou aperfeiçoamento, a prestar serviço ao
Município pelo menos por mais 2 (dois) anos, na forma prevista neste Estatuto. (Redação dada pela Lei nº
18964/2022)
Art. 34 O funcionário, mediante sua concordância por escrito, poderá ser colocado à disposição de
qualquer outro órgão da União, do Distrito Federal, dos Estados, de Territórios, de Municípios e de suas
entidades de administração indireta e fundações, com ou sem ônus para o Município.
Art. 35O número de dias que o funcionário afastado do Município, nos termos do Artigo anterior, gastar
em viagem para reassumir o exercício, será considerado, para todos os efeitos, como de efetivo exercício.
Parágrafo Único. O prazo a que se refere este Artigo não poderá ser superior a 7 (sete) dias, contados
a partir da dispensa ou exoneração, nesta última hipótese em se tratando de cargo em comissão.
Seção VI
Das Garantias
Art. 37O nomeado para cargo cujo exercício exija prestação de garantia terá assegurado, pelo Município,
o desconto do valor do prêmio de seguro de fidelidade funcional, que poderá ser mantido pela própria
administração, ou ajustado com entidade autorizada.
Art. 38 O responsável por alcance ou desvio de material não ficará isento da ação administrativa ou
criminal que couber, ainda que o valor da garantia seja superior ao prejuízo verificado.
Art. 39 Serão periodicamente discriminados, por decreto, os cargos sujeitos à prestação de garantia e
determinadas as importâncias, para cada caso, revistos e atualizados os valores sempre que houver a
elevação dos vencimentos desses cargos.
Seção VII
Da Substituição
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§ 2º Mesmo que não seja prevista a substituição, poderá esta ocorrer, mediante ato da autoridade
competente, provadas a necessidade e a conveniência do serviço.
Art. 41 A reassunção do cargo, pelo seu titular, faz cessar, de pronto, os efeitos da substituição.
Seção VIII
Da Progressão Funcional (revogada Por Força da Lei nº 15.127/1988)
Art. 42 Ao funcionário efetivo conceder-se-á na forma deste Estatuto e de acordo com regulamentação
especifica, Progressão Funcional, observados os critérios alternadamente de merecimento ou
antiguidade.
Parágrafo Único. A progressão de que trata este Artigo é a elevação do funcionário à classe
imediatamente superior a que pertence, dentro da mesma categoria funcional. (Revogado pela Lei nº
15.127/1988)
Art. 43 As linhas de Progressão Funcional serão definidas na regulamentação a que se refere o Artigo
anterior. (Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Art. 44Não concorrerá à Progressão Funcional o funcionário em estágio probatório. (Revogado pela Lei
nº 15.127/1988)
Art. 45A Progressão funcional dependerá da existência de cargo definitivamente vago e obedecerá à
ordem rigorosa de classificação obtida em processo seletivo salvo no caso do critério de antiguidade,
quanto a esta última exigência. (Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Art. 46 O Funcionário suspenso preventivamente poderá concorrer à Progressão Funcional, mas ficará
sem efeito o ato que a conceder se, da verificação dos fatos que determinam a suspensão preventiva,
resultar pena de suspensão, salvo em se tratando de aplicação do critério de antiguidade.
§ 1º O funcionário só perceberá o vencimento correspondente à nova classe depois de declarada a
improcedência da penalidade.
§ 2º No caso de ser verificada a procedência da pena de suspensão, o funcionário não concorrerá à
Progressão Funcional durante o prazo de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, contados a partir da data
subseqüente à do término do cumprimento da penalidade.
§ 3º O funcionário classificado para a Progressão Funcional que vier a sofrer pena de suspensão,
perderá o direito à classificação, só podendo concorrer novamente à Progressão Funcional depois do
prazo previsto no Parágrafo anterior. (Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Art. 47 Declarada sem efeito a Progressão Funcional, expedir-se-á novo ato em benefício de quem haja
direito.
§ 1º O funcionário que tenha sua Progressão Funcional concedida indevidamente não ficará
obrigado a restituir o que, em decorrência, houver pecunianamente recebido, exceto em caso de
comprovada má fé.
§ 2º Na hipótese do Parágrafo anterior, o funcionário, a quem cabia a progressão funcional será
indenizado da diferença de vencimento a que tiver direito. (Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
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Art. 48 O funcionário que não estiver no exercício do cargo, ressalvadas as hipóteses consideradas como
de efetivo exercício por este Estatuto, não poderá concorrer à Progressão Funcional. (Revogado pela Lei
nº 15.127/1988)
Art. 49O interstício mínimo para Progressão Funcional é de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
(Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Seção IX
Da Ascensão Funcional (revogada Por Força da Lei nº 15.127/1988)
Art. 50 Ascensão funcional é a passagem de ocupante de cargo efetivo, pertencente a categoria funcional
de determinado grupo, para cargo mais elevado que integre categoria funcional do mesmo ou de outro
grupo, na forma deste estatuto e de acordo com regulamentação específica.
§ 1º A mudança de grupo só se dará de classe final ou única de uma categoria funcional para classe
inicial ou única de outra.
§ 2º As linhas de Ascensão Funcional serão definidas na regulamentação de que trata este artigo.
(Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Art. 51 Não concorrerá à Ascensão Funcional o funcionário em estágio probatório. (Revogado pela Lei nº
15.127/1988)
Art. 52 A designação para o cargo provido mediante Ascensão Funcional dependerá, sempre, da
existência de vaga definitiva e obedecerá, rigorosamente, à ordem de classificação, conforme estabelece a
regulamentação específica de que trato o Artigo 50, deste Estatuto. (Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Art. 53 O funcionário suspenso preventivamente poderá concorrer à Ascensão Funcional, mas ficará sem
efeito sua designação para o novo cargo se, da verificação dos fatos que determinaram a suspensão
preventiva, resultar suspensão.
§ 1º O funcionário somente iniciará o exercício no novo cargo depois de declarada a improcedência
da penalidade.
§ 2º No caso de ser verificada a procedência de pena, o ato de designação será considerado nulo e o
funcionário só poderá concorrer novamente à Ascensão Funcional, depois de decorridos 365 (trezentos e
sessenta e cinco) dias, contados da data subseqüente à do término do cumprimento da penalidade.
(Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Art. 54 O funcionário classificado para Ascensão Funcional que vier a sofrer pena de suspensão não será
designado para o novo cargo, só podendo concorrer novamente àquela Ascensão decorrido o prazo
previsto no § 2º do Artigo anterior. (Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Art. 55Declarada sem efeito a designação, expedir-se-á novo ato em beneficio de quem haja direito.
(Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Art. 56 O funcionário que não estiver no exercício do cargo ressalvadas as hipóteses consideradas como
efetivo exercício por este Estatuto, não poderá concorrer à Ascensão Funcional. (Revogado pela Lei nº
15.127/1988)
Art. 58O interstício mínimo para Ascensão Funcional é 730 (setecentos e trinta) dias. (Revogado pela Lei
nº 15.127/1988)
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Seção X
Da Reintegração (revogada Por Força da Lei nº 15.127/1988)
Art. 60 A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado, observadas as seguintes condições:
I - se aquele houver sido transformado ou transposto, no cargo resultante da transformação ou
transposição;
II - se extinto, em cargo de vencimento equivalente, respeitada a habilitação profissional. (Revogado
pela Lei nº 15.127/1988)
Seção XI
Do Aproveitamento (revogada Por Força da Lei nº 15.127/1988)
Art. 63 Havendo mais de um concorrente à vaga, terá preferência o de maior tempo em disponibilidade
e, no caso de empate, o de maior tempo de serviço público. (Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Art. 64 Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o funcionário não
tomar posse no prazo legal, salvo motivo de alta relevância ou em caso de doença atestada em inspeção
médica, procedida pelo Município.
§ 1º A cassação de disponibilidade, prevista neste Artigo, será sempre precedida de inquérito
administrativo.
§ 2º Provada a incapacidade definitiva em inspeção médica, será o funcionário aposentado.
(Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Seção XII
Da Reversão (revogada Por Força da Lei nº 15.127/1988)
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Parágrafo Único. Para que a reversão se efetive é necessário que o aposentado seja julgado apto em
inspeção médica, procedida pelo Município. (Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Art. 66 A reversão far-se-á para o cargo em que se deu a aposentadoria ou naquele que resultar de
transformação ou transposição posterior. (Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Seção XIII
Da Readaptação (revogada Por Força da Lei nº 15.127/1988)
Art. 69 Readaptação é a investidura de funcionário em outro cargo mais compatível com sua capacidade
física ou intelectual, definitivamente vago, a pedido ou ex-officio, a critério exclusivo da Administração.
§ 1º A readaptação não será feita para cargo de classe intermediária ou final.
§ 2º A readaptação é, necessariamente, precedida de inspeção médica, de avaliação de desempenho
funcional e de prova de capacitação quanto às atribuições do novo cargo. (Revogado pela Lei nº
15.127/1988)
CAPITULO II
DA VACÂNCIA
I - exoneração;
II - demissão;
IV - ascensão funcional;
V - aposentadoria;
VI - readaptação;
VII - falecimento.
I - a pedido;
II - ex-officio:
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I - imediata à do falecimento;
III - da publicação do ato que aposentar, demitir, exonerar, readaptar ou conceder progressão ou
ascensão funcionais;
IV - em que transitar em julgado a sentença que anule o provimento ou declare a perda do cargo.
TÍTULO III
DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES
CAPÍTULO I
DA DURAÇÃO DO TRABALHO (Revogado por força da Lei nº 15.127/1988)
Art. 73 A duração normal do trabalho, salvo as exceções previstas neste Estatuto, será:
I - de 4 (quatro) horas diárias ou 20 (vinte) horas semanais, para funcionários integrantes de classes
que exijam formação de nível superior;
II - de 6 (seis) horas diárias ou 30 (trinta) horas semanais, para funcionários integrantes das demais
classes.
§ 1º A semana a que se refere este Artigo será de 5 (cinco) dias, excluídos os sábados e domingos.
§ 2º Excetua-se do disposto neste Artigo o trabalho executado por funcionários em serviço externo
que, por natureza, não possa ser aferido por unidade de tempo.
§ 3º A duração normal de trabalho poderá, extraordinariamente, ser prorrogada ou reduzida, a
critério da Administração.
§ 4º Para os serviços essenciais, que exijam trabalho aos sábados e dias não úteis, inclusive os
considerados de frequência facultativa, será estabelecida escala mensal de revezamento. (Revogado pela
Lei nº 15.127/1988)
CAPÍTULO II
DO TEMPO DE SERVIÇO
O tempo de serviço computar-se-á em dias, meses e anos, considerado o ano como de 365 dias.
Art. 75
(Redação dada pela Lei nº 16.052/1995)
I - férias;
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II - casamento;
III - luto;
IX - missão oficial ou estudo, quando o afastamento houver sido autorizado pela Administração,
exercício em outro cargo, inclusive de provimento em comissão ou emprego, em órgão da União, dos
Estados, dos Municípios e dos Territórios e respectivas administrações indiretas e fundações mantidas
pelo Poder Público;
XI - licença-prêmio;
XIII - desempenho de mandato eletivo da União, dos Estados, dos Municípios e dos Territórios;
XV - faltas abonadas;
III - período de trabalho prestado a instituição de caráter privado que tiver sido transformada em
órgão da administração direta, indireta ou fundação mantida pelo Poder Público;
Parágrafo Único. O tempo de serviço não prestado ao Município somente será computado à vista de
certidão passada pelo órgão competente.
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CAPÍTULO III
DA ESTABILIDADE
Art. 79 O funcionário ocupante de cargo de provimento efetivo somente adquire estabilidade após 2
(dois) anos de efetivo exercício prestado exclusivamente ao Município.
§ 2º O disposto neste Artigo não se aplica, em qualquer hipótese, aos cargos de provimento em
comissão.
Art. 80O funcionário estável somente poderá ser demitido em virtude de sentença judicial transitada em
julgado ou mediante processo administrativo em que lhe tenham sido assegurados amplos meios de
defesa.
CAPÍTULO IV
DA DISPONIBILIDADE
Art. 81 Declarada a desnecessidade do cargo, este será extinto e o funcionário estável posto em
disponibilidade, com retribuição pecuniária proporcional ao seu tempo de serviço.
§ 3º A retribuição pecuniária será calculada na razão de 1/30 (um trinta avos) por ano de serviço, se
do sexo masculino, e 1/25 (um vinte e cinco avos), se do sexo feminino, para os integrantes do Magistério
Municipal, e de 1/25 (um vinte e cinco avos) para os ex-combatentes, acrescida do salário-família integral
e do adicional por tempo de serviço a que fizer jus o servidor, na data da disponibilidade.
CAPITULO V
DA APOSENTADORIA
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período não inferior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo quando laudo médico concluir, anteriormente
àquele prazo, pela incapacidade definitiva para o serviço público.
§ 2º Para concessão da aposentadoria por invalidez, a inspeção será realizada por junta composta
de, pelo menos, 3 (três) médicos do órgão competente do Município.
§ 3º Na hipótese do inciso II, deste Artigo, o funcionário será automaticamente afastado do serviço a
partir da data em que completar a idade limite.
§ 4º A redução dos limites de idade e tempo de serviço para aposentadoria voluntária e
compulsória, será disciplinada em lei federal. (Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Art. 84 Os proventos serão reajustados nas mesmas bases em que for concedido aumento de
vencimentos dos funcionários em atividade.
Parágrafo Único. Fica assegurada a paridade por transposição ou transformação aos aposentados,
em relação ao cargo que ocupavam ou equivalente, para efeito de reajustamento de proventos.
(Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Art. 85 Os proventos, na hipótese prevista no Artigo 83, inciso II, serão proporcionais ao tempo de
serviço à razão de 1/35 (um trinta e cinco avos) por ano de serviço, se funcionário do sexo masculino, e,
de 1/30 (um trinta avos), se do sexo feminino.
Parágrafo Único. Os integrantes do Magistério Municipal terão os proventos, na hipótese do Artigo
83, inciso II, proporcionais ao tempo de serviço à razão de 1/30 (um trinta avos) por ano de serviço, se do
sexo masculino, e, 1/25 (um vinte e cinco avos), se do sexo feminino. (Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Art. 86 aposentar-se-á com proventos calculados na base do vencimento de cargo em comissão que
exerce o funcionário efetivo que:
Parágrafo Único. O disposto neste artigo não se aplica aos casos em que o funcionário haja optado
pelo vencimento do cargo efetivo.
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§ 2º Dispensar-se-á o período carencial, de que trata este Artigo, quando o funcionário se aposentar
por invalidez definitiva.
CAPÍTULO VI
DAS FÉRIAS
Art. 88 O funcionário gozará trinta (30) dias consecutivos de férias, por ano.
Art. 89 O órgão de Administração de Pessoal fixará, anualmente, a escala geral de férias, a vigorar no
exercício seguinte.
Parágrafo Único. Excepcionalmente, a critério da administração, a escala geral de férias poderá ser
alterada, para atender a necessidades eventuais de serviço.
Art. 90 O funcionário adquire direito a férias após cada doze (12) meses de efetivo exercício, com direito
ao vencimento e a todas as vantagens do cargo que estiver ocupando.
§ 1º Ao servidor integrante do Grupo Ocupacional Magistério que, por ocasião das férias escolares
coletivas, ainda não haja completado o período aquisitivo, permitir-se-á, naquela oportunidade, o seu
gozo antecipado. (Redação acrescida pela Lei nº 16.831/2002)
§ 3º O servidor que perceber o adicional de férias nas condições do § 1º deste artigo, se vier a ser
exonerado a pedido, devolverá aos cofres do Tesouro Municipal as parcelas que excederem a proporção
do tempo efetivamente trabalhado. (Redação acrescida pela Lei nº 16.831/2002)
§ 3º O Servidor que perceber o adicional de férias e /ou a gratificação natalina na forma dos
parágrafos anteriores deste artigo, se vier a ser exonerado a pedido, ou demitido, devolverá aos cofres do
Tesouro Municipal as parcelas que excederem a proporção do tempo efetivamente trabalhado. (Redação
dada pela Lei nº 16.938/2003)
Art. 91 É vedada a acumulação de férias, salvo por imperiosa necessidade do serviço, até o máximo de
dois (2) períodos, atestada, de ofício, pelo chefe do serviço do órgão em que estiver lotado o funcionário.
Art. 92 O gozo de férias não será interrompido por motivo de progressão ou ascensão funcionais.
Art. 92-A Mediante requerimento do servidor, a Administração poderá autorizar que as férias sejam
gozadas em até 3 (três) períodos de, no mínimo, 5 (cinco) dias cada. (Redação acrescida pela Lei nº
19021/2022)
Art. 92-B As regras e procedimentos a serem adotados para a concessão, indenização, parcelamento e
pagamento da remuneração de férias do servidor público da Administração Pública Municipal Direta,
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Art. 93 A remuneração pecuniária relativa ao período de férias será paga antecipadamente, desde que
requerida. (Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
É vedada, em qualquer hipótese, a conversão de férias em pecúnia, salvo aos ocupantes de cargo
Art. 94
em comissão quando titulares de direito adquirido. (Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
CAPÍTULO VII
DAS LICENÇAS
Seção I
Disposições Gerais
VII - prêmio.
Art. 97 Expirada a licença, o funcionário reassumirá o exercício, no primeiro dia útil subseqüente,
ressalvado o disposto no Artigo 98, deste Estatuto.
Parágrafo Único. O pedido deverá ser apresentado por escrito e até oito (08) dias antes do término do
prazo de licença, e, se indeferido, contar-se-á, como de licença, o período compreendido entre a data do
término e a do conhecimento oficial do despacho.
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Art. 99As licenças de que tratam os incisos I, II e III, do Artigo 95, dependerão de inspeção realizada por
Junta composta de, pelo menos, três (3) médicos do órgão competente do Município.
Parágrafo Único. A licença dependente de inspeção médica, na forma deste Artigo, será concedida
pelo prazo indicado no laudo.
Seção II
Da Licença Para Tratamento de Saúde
Art. 100A licença para tratamento de saúde poderá ser concedida a pedido ou ex-officio, dependendo de
inspeção médica, que deverá se realizar, sempre que necessário, onde o funcionário se encontrar.
Parágrafo Único. A licença deverá ser requerida no prazo de vinte (20) dias, a contar da primeira falta
ao serviço.
Parágrafo único. A licença deverá ser requerida no prazo de até 5 (cinco) dias úteis, contados a partir
da primeira falta ao serviço. (Redação dada pela Lei nº 19021/2022)
Art. 101 Na hipótese do funcionário se encontrar em outro Município ou unidade da Federação, deverá
instruir seu pedido de licença com laudo fornecido pelo órgão médico oficial respectivo.
Art. 102 O funcionário não poderá permanecer em licença para tratamento de saúde por período
superior a vinte e quatro (24) meses, exceto nos casos considerados recuperáveis, hipótese em que
mediante nova inspeção médica, a licença poderá, excepcionalmente, ser prorrogada uma única vez, até
doze (12) meses.
Parágrafo Único. Expirados os prazos previstos neste Artigo, o funcionário que não se recuperar será
submetido a nova inspeção e aposentado por invalidez definitiva.
Art. 102. O servidor não poderá permanecer em licença para tratamento de saúde devido à mesma
doença, ou a doença a ela correlacionada, por período superior a 12 (doze) meses, consecutivos ou não,
exceto nos casos considerados recuperáveis, hipótese em que, mediante nova inspeção médica, a licença
poderá, excepcionalmente, ser prorrogada uma única vez, por igual período.
Parágrafo único. Expirados os prazos previstos neste artigo, o servidor que não se recuperar será
submetido a nova inspeção e, quando não for possível a readaptação, deve ser aposentado por
incapacidade permanente para o trabalho. (Redação dada pela Lei nº 19021/2022)
Art. 103 O funcionário, no curso da licença, poderá ser examinado, a requerimento ou ex-officio, ficando
obrigado a reassumir seu cargo, no primeiro dia útil subseqüente, se for considerado apto para o
trabalho, sob pena de se apurarem como faltas os dias de ausência.
Art. 104 Observar-se-á, no processamento da licença para tratamento de saúde, o devido sigilo sobre o
diagnóstico.
Art. 105O funcionário, no curso da licença para tratamento de saúde, abster-se-á de exercer qualquer
atividade remunerada, sob pena de cassação imediata da licença, com perda total do vencimento e
vantagens correspondentes ao período já gozado, até que reassuma o exercício do cargo, sem prejuízo de
outras penalidades previstas neste Estatuto.
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Art. 106 O funcionário, no curso da licença para tratamento de saúde, perceberá integralmente o
vencimento e vantagens do cargo que exercia à data da concessão da licença.
Art. 106. O servidor, no curso da licença para tratamento de saúde, perceberá integralmente o
vencimento e vantagens inerentes do cargo que exercia à data da concessão da licença. (Redação dada
pela Lei nº 19021/2022)
Seção III
Da Licença Por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 107 O funcionário poderá, com vencimentos e vantagens integrais, obter licença por motivo de
doença em pessoas de sua família que conste como seu dependente, desde que prove ser indispensável
sua assistência pessoal e esta não possa ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.
§ 1º Comprovar-se-á a doença mediante inspeção médica procedida pelo órgão municipal
competente ou atestado médico reconhecido pelo mesmo órgão.
§ 2º A licença de que trata este Artigo não excederá a vinte e quatro (24) meses.
rt. 107. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos
pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do
seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial.
§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder
ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, na forma
do disposto no inciso II do art. 130.
§ 2º A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de
48 (quarenta e oito) meses, por até 12 (doze) meses, consecutivos ou não, mantido o vencimento e
vantagens inerentes do cargo:
§ 3º O início do interstício de 48 (quarenta e oito) meses será contado a partir da data do deferimento
da primeira licença concedida. (Redação dada pela Lei nº 19021/2022)
Art. 108 Em nenhuma hipótese poderá ser prorrogada a licença de que cogita o Artigo anterior.
Seção IV
Da Licença à Gestante
Art. 109À funcionária gestante será concedida, mediante inspeção médica, licença por noventa (90) dias,
prorrogável até trinta (30) dias, com vencimento e vantagens integrais do cargo que exerça à data da sua
concessão.
Parágrafo Único. A licença de que trata este Artigo será concedida a partir do oitavo (8º) mês de
gestação, salvo prescrição médica em contrário. (Revogado pela Lei nº 17.142/2005)
Art. 110 Na hipótese de o filho nascer prematuramente; antes de concedida a licença, o início desta será
contado a partir da data do parto. (Revogado pela Lei nº 17.142/2005)
Para amamentar o próprio filho, até 6 (seis) meses de idade, a funcionária terá direito, durante o
Art. 111
expediente, a um descanso especial de 1 (uma) hora.
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Seção V
Da Licença Para Serviço Militar
Art. 112Ao funcionário convocado para o serviço militar obrigatório e para outros encargos da segurança
nacional, será concedida licença com prazo e remuneração previstos em legislação própria.
Art. 113 Conceder-se-á ao funcionário desincorporado prazo não superior a trinta (30) dias para
reassumir o exercício do seu cargo, sem prejuízo dos vencimentos.
Art. 114Ao funcionário, oficial ou aspirante a oficial da reserva, aplicar-se-ão as disposições dos Artigos
112 e 113, deste Estatuto, durante os estágios previstos pela legislação militar.
Seção VI
Da Licença Para Acompanhar o Cônjuge
Art. 115 Ao funcionário estável, independentemente do sexo, será concedida licença sem vencimento
para acompanhar o cônjuge, funcionário público civil ou militar, ou servidor da administração pública
direta ou indireta e fundações, designado, ex-officio, para servir fora do Município.
§ 2º Assegurar-se-á, nas mesmas condições deste Artigo, licença a qualquer dos cônjuges, quando o
outro exercer mandato eletivo fora do Município.
Seção VII
Da Licença Para Trato de Interesses Particulares
Art. 116 O funcionário estável poderá obter licença sem vencimento, a critério da Administração, para
trato de interesses particulares, pelo prazo máximo de quatro (4) anos.
Art. 117 Ao funcionário somente poderá ser concedida uma única vez nova licença para trato de
interesses particulares, depois de decorridos dois (2) anos do término da anterior.
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Art. 118 O funcionário poderá, a qualquer tempo, desistir da licença.
Art. 119Quando o interesse do serviço o exigir, a licença poderá ser cassada, a qualquer tempo, a critério
exclusivo da Administração.
Parágrafo Único. Cassada a licença, o funcionário terá o prazo de trinta (30) dias para reassumir o
exercício, contados a partir da expedição oficial do ato respectivo.
Seção VIII
Da Licença Prêmio
Art. 120 Ao funcionário, após cada cinco (5) anos de efetivo exercício prestado exclusivamente ao
Município, conceder-se-á, automaticamente, licença-prêmio de três (3) meses.
§ 1º A licença-prêmio poderá, a requerimento do interessado, ser gozada em até três (3) períodos,
assegurados todos os direitos e vantagens do cargo que estiver ocupando à data em que entrar em gozo
deste benefício.
§ 2º O direito à licença-prêmio poderá ser exercitado a qualquer tempo.
Art. 120 O funcionário, após cada 5 (cinco) anos de efetivo exercício prestado exclusivamente ao
Município, adquire direito a 3 (três) meses de licença prêmio assegurada a percepção integral de
vencimento e vantagens do cargo que estiver ocupando na data em que entrar em gozo deste benefício.
Art. 121O primeiro quinquênio de efetivo serviço é contado a partir da data em que o funcionário
assumiu o seu cargo efetivo e, os seguintes, a partir do dia imediato ao término do quinquênio anterior.
Art. 121 Para obtenção do primeiro qüinqüênio de licença premio computar-se-á o tempo de serviço
ininterruptamente prestado, anteriormente à nomeação efetiva, à administração direta, autarquias ou
fundações do município na qualidade de contratado sob o (...) CLT. (Redação dada pela Lei nº
15.521/1991)
Parágrafo Único. Das licenças-prêmio relativas ao tempo de serviço anterior à nomeação efetiva, nos
termos do contido no caput deste artigo, somente poderá ser convertido em pecúnia os 45 dias da
licença-prêmio correspondente aos últimos 05 (cinco) anos. (Redação dada pela Lei nº 15.127/1988)
(Revogado pela Lei nº 18809/2021)
Art. 122 A licença-prêmio não será concedida se houver o funcionário no qüinqüênio correspondente:
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prescrição;
II - faltado ao serviço, sem justificativa, em períodos de tempo que, somados, atinjam mais de trinta
(30) dias, III gozado licença para trato de interesses particulares.
Parágrafo Único. Verificando-se qualquer das hipóteses previstas neste Artigo, será iniciada a
contagem de novo qüinqüênio de efetivo serviço, a partir:
Art. 123O funcionário que contar, pelo menos, quinze (15) anos de efetivo serviço ao Município, poderá
optar pelo gozo da metade do período da licença-prêmio a que tiver direito, recebendo a outra metade
em pecúnia, equivalente ao vencimento e vantagens a que fizer jus.
Art. 123 O funcionário beneficiado com a licença-prêmio e de acordo com o § 1º do Art. 120 desta Lei,
poderá optar pelo gozo da metade do período de licença a que tem direito, recebendo a outra metade em
pecúnia. (Redação dada pela Lei nº 15.054/1988) (Revogado pela Lei nº 18809/2021)
Art. 124 Será assegurada a percepção da importância correspondente ao tempo de duração da licença-
prêmio deixada de gozar pelo funcionário em caso de falecimento, ou quando a contagem do aludido
tempo não se torne necessária para efeito de aposentadoria, obedecido, para este fim, disposto no Artigo
anterior.
Art. 124 Será assegurada a percepção integral da importância correspondente ao tempo de duração da
licença-prêmio referente ao último período não gozado pelo funcionário, em caso de falecimento ou
aposentadoria, observado o disposto no § 1º do Art. 120 deste Estatuto, ressalvados as situações
constituídas até o dia 31 de dezembro de 1988. (Redação dada pela Lei nº 15.054/1988)
Art. 124 Será assegurada a percepção integral da importância correspondente ao tempo de duração da
licença-prêmio referente ao último período não gozado pelo funcionário, em caso de falecimento ou
aposentadoria, observado o disposto no § 1º do artigo 120 deste estatuto. (Redação dada pela Lei nº
16.127/1995)
§ 1º Na hipótese de falecimento, e havendo dúvida quanto a quem deva receber, o beneficio de que
trata este Artigo será pago à vista de Alvará Judicial.
§ 2º Na hipótese de influir para aposentadoria, será assegurada a contagem, pelo dobro, para esse
efeito, do período de licença-prêmio deixado de gozar pelo funcionário. (Ver referência legal citada no art.
77 deste Estatuto).
§ 3º Na ocorrência das hipóteses previstas neste Artigo, o pagamento será efetuado de uma só vez.
(Revogado pela Lei nº 18809/2021)
CAPÍTULO VIII
DO VENCIMENTO E DAS VANTAGENS
Seção I
Das Disposições Gerais
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Art. 125 Além dos vencimentos, somente poderão ser concedidas as seguintes vantagens:
I - diárias;
II - salário-família;
III - gratificações;
Art. 127 A consignação em folha poderá servir exclusivamente como garantia de:
I - quantias devidas à Fazenda Pública;
II - contribuições para montepio, pensão, aposentadoria, seguro de vida, assistência médica, e para
órgãos representativos da classe de funcionários civis;
III - cotas para cônjuge, ascendente ou descendente, em cumprimento de decisão judicial;
IV - contribuições para aquisição de casa própria, negociada através de órgãos oficiais e de outros
integrantes do sistema financeiro da habitação;
V - contribuições para aquisição de bens fungíveis, em estabelecimento oficial ou reconhecido.
(Revogado pela Lei nº 16.934/2003)
Seção II
Do Vencimento
Art. 128 Vencimento é a retribuição mensal pecuniária base devida ao funcionário pelo efetivo exercício
de cargo em comissão ou efetivo, acrescida do adicional por tempo de serviço.
Parágrafo Único. O funcionário ou servidor nomeado para cargo em comissão poderá optar entre o
vencimento do cargo em comissão e o vencimento ou salário do cargo efetivo ou emprego público de que
seja titular, ficando-lhe assegurada sempre a percepção das vantagens anteriormente recebidas e
sessenta por cento (60%) da gratificação de regime especial de trabalho que couber ao respectivo cargo
em comissão.
Parágrafo Único. O funcionário ou servidor do Município do Recife nomeado para cargo em comissão,
poderá optar entre o vencimento do cargo em comissão e a remuneração do seu cargo efetivo ou
emprego público, respectivamente, ficando-lhe assegurada neste último caso, a percepção de mais 70%
(setenta por cento) calculados sobre o valor do símbolo do respectivo cargo em comissão. (Redação dada
pela Lei nº 15.054/1988)
Parágrafo Único. O funcionário ou servidor do Município do Recife nomeado para cargo em comissão,
poderá optar entre o vencimento do cargo em comissão e a remuneração do seu cargo efetivo ou
emprego público, respectivamente, ficando-lhe assegurada neste último caso, à percepção de mais
setenta por cento (70%) calculado sobre o valor do símbolo respectivo do cargo em comissão. (Redação
dada pela Lei nº 15.076/1988)
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Parágrafo Único. O servidor do Município do Recife, nomeado para cargo em comissão, perceberá,
além da remuneração do seu cargo efetivo ou emprego público, o valor integral do símbolo do cargo em
comissão exercido. (Redação dada pela Lei nº 15.194/1989)
Art. 128 Vencimento é a retribuição pecuniária básica, mensal, devida ao funcionário pelo efetivo
exercício de cargo em comissão ou efetivo, correspondente a uma referência na Tabela de Retribuição de
Cargos Comissionados - TRP e Tabela de Retribuição Pecuniária Básica - TRPB, respectivamente. (Redação
dada pela Lei nº 15.342/1990)
II - um terço (1/3) do vencimento do dia, quando comparecer ao serviço com atraso máximo de uma
(1) hora, ou quando se retirar antes de findo o período de trabalho;
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III - um terço (1/3) do vencimento durante o afastamento por motivo de prisão preventiva, pronúncia
por crime comum ou denúncia por crime funcional, ou ainda, condenação por crime inafiançável em
processo no qual não haja pronúncia, com direito à diferença, se absolvido, ou se for provida a revisão
criminal, no caso de condenação definitiva;(Revogado pela Lei nº 19021/2022)
IV - dois terços (2/3) do vencimento, durante o afastamento decorrente de condenação, por sentença
definitiva, a pena que não determine ou acarrete a perda do cargo. (Revogado pela Lei nº 19021/2022)
Art. 131 Nenhum funcionário, ativo ou inativo, poderá perceber vencimento ou proventos inferiores ao
salário-mínimo em vigor no Município.
Art. 132Serão abonadas até três (3) faltas, durante o mês, por motivo de doença, comprovada mediante
atestado médico, ou odontológico, ou em decorrência de força, maior, a critério do titular do órgão onde
o funcionário tiver exercício.
Parágrafo Único. O funcionário, para os efeitos deste Artigo, deverá requerer o abono no prazo
máximo de quinze (15) dias, a contar da primeira falta ao serviço.
Art. 132. Poderão ser abonadas, pela chefia imediata do servidor, até 3 (três) faltas, durante o mês, por
motivo de doença, comprovada mediante atestado médico, ou odontológico, sem necessidade de análise
pela perícia médica.
§ 1º Para fins do disposto neste artigo, o servidor deverá apresentar o atestado médico ou
odontológico em até 3 (três) dias úteis, a contar, inclusive, do dia da primeira falta ao serviço.
§ 2º Na hipótese de faltas por motivo de força maior, cabe ao órgão central de Administração de
Pessoa realizar o abono, ouvido o órgão de origem do servidor. (Redação dada pela Lei nº 19021/2022)
Art. 133. As reposições e indenizações ao erário serão previamente comunicadas ao servidor ativo,
aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, mediante desconto
em folha de pagamento, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.
§ 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior a 10% (dez por cento) e superior a 30% da
remuneração, provento ou pensão.
§ 3º As notificações para os fins do presente artigo devem observar, no que couber, o disposto no art.
2º, §§ 2º, 3º, 4º, 5º e 6º, da Lei Municipal nº 18.352, de 19 de julho de 2017, e alterações supervenientes.
§ 4º No prazo estipulado para pagamento, poderá ser apresentada defesa, que será julgada por
comissão instituída pelo órgão central da Administração de Pessoa, no prazo de até 30 (trinta) dias,
cabendo recurso.
§ 5º O recurso de que trata o §4º será direcionado ao dirigente máximo do órgão central de
Administração de Pessoal ou, conforme o caso, ao Diretor-Presidente da entidade gestora do Regime
Próprio de Previdência, e será julgado em até 30 (trinta) dias, podendo ser submetida a matéria à
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Procuradoria-Geral do Município.
§ 6º Durante o prazo para apresentação de defesa ou recurso e para pagamento, bem como no prazo
legal para julgamento administrativo, necessários à constituição definitiva do crédito, não correrá
prescrição.
§ 8º Em caso de não ser efetuado o desconto do indébito em folha no prazo estabelecido, o valor
devido atualizado será inscrito em dívida ativa pelo órgão central de Administração de Pessoal ou,
conforme o caso, pela entidade gestora do Regime Próprio de Previdência.
§ 12 Nos casos tratados por este artigo, envolvendo direitos patrimoniais disponíveis, poderão ser
utilizados os meios legais alternativos de prevenção e resolução de controvérsias, devendo ser ouvida
previamente a Procuradoria-Geral do Município.
§ 13 Em se tratando de servidor demitido, exonerado, desligado, que teve sua aposentadoria cassada,
ou outra forma em que não seja possível a aplicação do desconto em folha, o devedor ou responsável
será notificado para, no prazo de 30 (trinta) dias, quitar o débito com o erário, ou apresentar defesa nos
termos deste artigo, sob pena de inscrição em dívida ativa, nos termos deste artigo.
Art. 134 Não se admitirá vinculação ou equiparação, de qualquer natureza, para efeito de vencimento
dos funcionários do serviço público municipal.
Seção III
Das Diárias
Art. 135 Ao funcionário que se deslocar do Município, em objeto de serviço, conceder-se-ão diárias, a
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§ 1º A critério da Administração, poder-se-á aplicar o disposto neste Artigo aos casos em que o
funcionário se deslocar em razão de curso ou estágio correlato com as atribuições do respectivo cargo.
Art. 136 O arbitramento das diárias será estabelecido em regulamentação específica, considerados o
local, a natureza, as condições do serviço e o cargo do funcionário.
Art. 137 O funcionário que se deslocar do Município, na forma do Artigo 135, fará jus, além das diárias,
ao pagamento das despesas correspondentes ao transporte, na forma da regulamentação no artigo
anterior.
Seção IV
Do Salário Família (revogada Por Força da Lei nº 17.142/2005)
Art. 139O salário família será pago no valor de 5% (cinco por cento) do salário-mínimo vigente no
Município, ainda que o funcionário, por motivo legal ou disciplinar, não esteja percebendo vencimento ou
proventos.
Parágrafo Único. Na hipótese do inciso II, do Artigo 138, o salário-família será pago em dobro.
(Revogado pela Lei nº 17.142/2005)
Art. 140 No caso de falecimento do funcionário, o salário-família continuará a ser pago aos seus
beneficiários.
Parágrafo Único. Se o funcionário falecido não se houver habilitado ao salário-família, este será pago
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Art. 141 O salário-família será isento de qualquer tributo municipal e não servirá de base para qualquer
contribuição ou indenização, ainda que para fins de previdência social. (Revogado pela Lei nº
17.142/2005)
Art. 142 Quando o funcionário, em regime de acumulação, ocupar mais de um cargo, somente perceberá
o salário-família pelo exercício de um deles. (Revogado pela Lei nº 17.142/2005)
Art. 143 O direito à percepção do salário-família inexiste quando um dos cônjuges, ocupando cargo,
emprego público ou privado, já perceber essa vantagem pelos respectivos dependentes. (Revogado pela
Lei nº 17.142/2005)
Art. 144 O salário-família será devido a partir da data do início do exercício do funcionário que ingressa
no serviço público, com relação aos dependentes existentes.
Parágrafo Único. Quanto aos dependentes supervenientes à data referida neste Artigo, o salário-
família será devido a partir da data em que nascerem ou em que se configurar a dependência. (Revogado
pela Lei nº 17.142/2005)
Art. 145 Verificado, a qualquer tempo, a inexatidão ou falsidade dos documentos apresentados, ou a falta
de comunicação dos fatos que determinaram a perda do direito ao salário-família será revista sua
concessão e determinada a reposição da importância indevidamente paga, além de tomadas as
providências criminais e disciplinares cabíveis. (Revogado pela Lei nº 17.142/2005)
Seção V
Das Gratificações
VII - de produtividade;
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X - de Natal;
XI - por outros encargos previstos em lei, inclusive a gratificação Especial concedida aos Procuradores
Judiciais pela Lei 12.157, de 01 de junho de 1976. (Revogado pela Lei nº 15.054/1988)
Parágrafo Único. não acarretará a perda da gratificação o afastamento do servidor municipal nos
casos previstos no artigo 76 desta Lei.
Art. 147 Gratificação de função é a retribuição pecuniária mensal pelo desempenho de encargos
adicionais, representados pela execução de tarefas específicas determinada pela administração.
II - arbitrada previamento, pela administração, se não puder ser aferida por unidade de tempo.
§ 1º na hipótese prevista no inciso I, a gratificação não poder exceder, no mês, a cinquenta (50) horas
de trabalho.
§ 2º na hipótese prevista no inciso II, a gratificação não poderá exceder a dois (2/3) do vencimento
mensal do funcionário.
Art. 149 O valor-hora, para efeito de pagamento da gratificação de serviço extraordinário, será obtido
dividindo-se o vencimento mensal do funcionário:
III - pelo fator noventa (90), quando se tratar de trabalho de funcionário ocupante de cargo que exija
formação de nível universitário.
Art. 150 A gratificação de representação será atribuída a Secretários, Chefes de Gabinete, Diretores de
Diretoria, Diretores de Departamento e Assessores do Poder Executivo, e a titulares de órgãos
equivalentes, da Câmara Municipal.
Parágrafo Único. A gratificação de representação poderá ser também atribuída a funcionários com
exercício nos Gabinetes dos titulares dos órgãos mencionados neste Artigo, a critério da Administração.
Art. 151 Conceder-se-á a gratificação prevista no inciso IV do Artigo 146, quando o funcionário exercer
atividades em locais ou circunstâncias que, comprovadamente, tragam risco de vida e saúde, de acordo
com a legislação especifica reguladora da matéria.
Art. 151 Conceder-se-á a gratificação prevista no art. 196 quando o funcionário exercer, efetivamente,
atividades em locais ou em circunstâncias que tragam risco de vida ou saúde, observadas as disposições
da Lei Federal que disciplinam a matéria, aferido mediante laudo pericial da Delegacia Regional do
Trabalho, nos percentuais abaixo discriminados, na conformidade do grau de insalubridade
correspondente, calculado sobre o piso salarial do Grupo Ocupacional a que pertence o servidor:
I - grau de insalubridade mínimo - 10% (dez por cento);
II - grau de insalubridade médio - 20% (vinte por cento);
III - grau de insalubridade máximo - 40% (quarenta por cento).
Parágrafo Único. A gratificação de que trata o caput deste artigo será concedida por decreto,
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considerando-se a unidade administrativa em que esteja lotado o servidor, devendo fazer parte integrante
o respectivo Laudo Pericial da DRT - PE. (Redação dada pela Lei nº 15.076/1988)
Art. 151 Conceder-se-á a gratificação decorrente de atividades insalubres quando o servidor exercer,
efetivamente, atividades em locais ou em circunstâncias que tragam risco de vida ou saúde, observadas as
disposições da Lei Federal que disciplinam a matéria, aferido mediante laudo pericial emitido por médico
ou engenheiro do trabalho, do Servidor de Segurança e Higiene do Trabalho, da Secretaria de
Administração.
§ 1º A gratificação de que trata o "caput" deste artigo será atribuída nos percentuais abaixo
discriminados, calculados sobre o vencimento do cargo efetivo:
I - grau de insalubridade mínimo - 10% (dez por cento);
II - grau de insalubridade médio - 20% (vinte por cento);
III - grau de insalubridade máximo - 40% (quarenta por cento).
§ 2º A gratificação pelo exercício de atividades insalubres será concedida por Portaria do Secretário
de Administração quando o servidor estiver na Administração Direta e do Titular da Autarquia ou
Fundação quando o Servidor estiver lotado nas mesmas, devendo fazer parte integrante o respectivo
laudo pericial.
§ 3º Os efeitos financeiros decorrentes da gratificação de que trata o "caput" deste artigo
retroagirão à data do respectivo requerimento.
§ 4º O direito à gratificação de insalubridade cessa com a eliminação ou neutralização das condições
ou dos riscos que deram causa à sua concessão.
§ 5º Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou locais considerados
insalubres.
§ 6º A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das
operações e locais previstos no parágrafo anterior, exercendo suas atividades em local salubre.
§ 7º Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raio X ou substâncias radioativas serão
mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível
previsto na legislação própria.
§ 8º Os servidores a que se refere o parágrafo anterior serão submetidos a exames médicos a cada 6
(seis meses). (Redação dada pela Lei nº 15.076/1988 por arrastamento da Lei nº 15.619/1992 )
Art. 151 Conceder-se-á a gratificação decorrente de atividades insalubres quando o servidor exercer,
efetivamente, atividades em locais ou em circunstâncias que tragam risco de vida ou saúde, observadas as
disposições da Lei Federal que disciplinam a matéria, aferido mediante laudo pericial emitido por médico
ou engenheiro do trabalho do Serviço de Segurança e Higiene do Trabalho, da Secretaria de
Administração. (Vide Leis nº 18.592/2019 e nº 19.060/2023)
§ 1º A gratificação de que trata o "caput" deste artigo será atribuída nos percentuais abaixo
discriminados, calculados sobre o vencimento do cargo efetivo:
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a) grau de insalubridade mínimo - R$ 77,98 (setenta e sete reais e noventa e oito centavos);
b) grau de insalubridade médio - R$ 155,96 (cento e cinquenta e cinco reais e noventa e seis
centavos);
c) grau de insalubridade máximo - R$ 311,92 (trezentos e onze reais e noventa e dois centavos).
(Redação dada pela Lei nº 18.037/2014)
§ 2º A gratificação pelo exercício de atividades insalubres será concedida por Resolução da Comissão
Executiva aos funcionários que exercerem essas atividades no âmbito da Câmara Municipal do Recife,
devendo fazer parte integrante o respectivo laudo pericial.
§ 3º Os efeitos financeiros decorrentes da gratificação de que trata o "caput" deste artigo retroagirão
à data dos respectivos requerimentos.
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insalubres.
§ 6º A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das
operações e locais previstos no parágrafo anterior, exercendo suas atividades em local salubre.
§ 7º Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raio X ou substâncias radioativas serão
mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível
previsto na legislação própria.
§ 8º Os servidores a que se refere o parágrafo anterior serão submetidos a exames médicos a cada 6
(seis) meses. (Redação dada pela Lei nº 15.076/1988 por arrastamento da Lei nº 15.620/1992 )
Art. 152 A gratificação de regime especial de trabalho, que compreende a prestação de serviço em tempo
complementar, tempo integral ou em tempo integral com dedicação exclusiva, é a retribuição pecuniária
mensal destinada a incrementar o funcionamento dos órgãos da Administração e se destina a cargos que,
por natureza, exijam o desempenho de atividades técnicas, científicas ou de pesquisa, bem como aos de
direção, chefia, assessoramento e fiscalização.
§ 1º A gratificação prevista neste Artigo poderá ser concedida a outros funcionários, em casos
especiais e por prazo determinado, a critério exclusivo da Administração e na forma prevista em sua
regulamentação.
§ 3º Excluem-se das limitações referidas no Parágrafo anterior as seguintes atividades, desde que não
prejudiquem o exercício regular do cargo:
Art. 153 A gratificação pela participação, como integrante ou auxiliar, em comissão, em grupo especial de
trabalho, em grupo de pesquisa, de apoio ou de assessoramento técnico e em órgão de deliberação
coletiva é a vantagem contingente e acessória do vencimento, atribuída por tempo certo e na forma
disposta em regulamentação.
Art. 156 A gratificação para diferença de caixa, no valor mensal de até 20% vinte por cento) do respectivo
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vencimento, será atribuída ao funcionário que pagar ou receber em moeda corrente, como decorrência
de suas atribuições.
§ 1º A gratificação natalina será paga considerando os valores das tabelas de vencimento básico e
gratificações vigentes no mês de dezembro de cada ano.
§ 4º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês integral para os
efeitos deste artigo. (Redação acrescida pela Lei nº 17.885/2013)
§ 4º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês integral para os
efeitos deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 17.885/2013)
Art. 158Os encargos previstos no inciso XI do artigo 146 deste Estatuto, destinam-se exclusivamente a
casos especiais e são concedidos a funcionários na forma que dispõe a Lei.
Parágrafo Único. A gratificação especial referido no inciso XI do Artigo 146 deste Estatuto, é inerente
aos cargos de procurador Judicial.
Art. 159As gratificações de função e de serviços extraordinários não poderão ser atribuídas a ocupante
de cargo de provimento em comissão.
Art. 160 As gratificações previstas neste Estatuto são vantagens contingentes e acessórias do vencimento
e sua concessão condiciona-se ao interesse da Administração e aos requisitos fixados em Lei, somente
podendo ser percebidas cumulativamente, na forma em que dispuserem suas respectivas
regulamentações.
Art. 161 Os afastamentos decorrentes de férias, licença-prêmio, licenças à gestante ou para tratamento
de saúde não interromperão a percepção das gratificações previstas neste Estatuto.
Seção VI
Do Adicional Por Tempo de Serviço (revogada Por Força da Lei nº 15.127/1988)
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Art. 162 Ao funcionário conceder-se-á, automaticamente, a cada quinquênio de efetivo exercício, um
adicional por tempo de serviço, correspondente a cinco por cento (5%) do vencimento do cargo que
estiver ocupando a data da concessão, até o limite de sete (7) quinquênios.
Art. 162 Ao funcionário conceder-se-á, automaticamente, a cada qüinqüênio de efetivo exercício, um
adicional por tempo de serviço correspondente a 5% (cinco por cento) da remuneração do cargo efetivo
de que é titular na data da concessão, até o limite de 7 (sete) qüinqüênios. (Redação dada pela Lei nº
15.054/1988)
Parágrafo Único. Para os fins deste artigo considera-se de efetivo exercício os casos previstos no art.
76 e inciso III e V do art. 77 do Estatuto dos Funcionários Públicos Municipais do Recife, aprovado pela Lei
nº 14.728, de 08.03.85. (Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Art. 163 O adicional por tempo de serviço incorporar-se-á ao vencimento do cargo efetivo, para todos os
efeitos.
Art. 163 O adicional por tempo de serviço incorporar-se-á à remuneração do cargo efetivo, para todos os
efeitos legais. (Redação dada pela Lei nº 15.076/1988) (Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
CAPÍTULO X
DAS CONCESSÕES
Art. 164 O funcionário poderá faltar ao serviço até oito (8) dias consecutivos, sem prejuízo do
vencimento ou de qualquer direito ou vantagem legal por motivo de:
I - casamento, a contar da data da realização da cerimônia civil, ou religiosa com efeitos civis;
Art. 167 Ao funcionário estudante, de curso regular ministrado em estabelecimento de ensino médio ou
superior, permitir-se-á faltar ao serviço, sem prejuízo do vencimento e das vantagens, nos dias de exames
parciais, finais ou vestibulares, mediante comprovação fornecida pelo respectivo órgão de ensino.
Parágrafo Único. Ao funcionário de que trata este Artigo conceder-se-á, sem prejuízo da duração
semanal de trabalho, horário que lhe permita freqüência regular às aulas.
Art. 168 O funcionário poderá ausentar-se do Município, a critério da Administração, para missão oficial
ou de estudo que guarde correlação com a atividade que exerça:
§ 1º O funcionário, na hipótese de estudo, deverá comprovar a freqüência e o aproveitamento.
§ 2º O afastamento, em qualquer hipótese, não poderá exceder de dois (2) anos e somente após o
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transcurso de igual período poderá ser autorizado novo afastamento da mesma natureza.
O servidor poderá ser afastado, a critério da Administração, para missão oficial ou estudo que
Art. 168.
guarde correlação com a atividade que exerça:
§ 2º O afastamento, em qualquer hipótese, não poderá exceder dois (2) anos e somente após o
transcurso de igual período poderá ser autorizado novo afastamento da mesma natureza.
Art. 169 O funcionário efetivo poderá, na forma em que lei específica dispuser, optar pelo regime da
legislação trabalhista.
Art. 170 O funcionário efetivo que ocupar, durante oito (8) anos ininterruptos, cargo de provimento em
comissão, terá assegurado o direito à remuneração correspondente ao cargo que assim exercia, ao
completar o mencionado período de tempo.
§ 1º Na hipótese de ser exonerado do cargo em comissão, o funcionário de que trata este artigo
voltará a exercer o cargo efetivo de que é titular.
§ 2º O disposto neste Artigo aplica-se apenas aos funcionários do Quadro Permanente da Prefeitura e
à disposição da Câmara Municipal, bem como aos do Quadro Permanente da Câmara Municipal à
disposição da Prefeitura.
CAPÍTULO XI
DA ASSISTÊNCIA E DA PREVIDÊNCIA
Art. 173Os serviços de assistência e de previdência, mencionados neste Capítulo, serão mantidos por
órgãos próprios do Município ou em convênio com o Estado e a União. (Revogado pela Lei nº
17.142/2005)
CAPITULO XII
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DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 175 O requerimento, dirigido à autoridade competente para decidi-lo, será obrigatoriamente
examinado pelo órgão de Pessoal, que o encaminhará à decisão final.
Parágrafo Único. O requerimento deverá ser decidido no prazo de 30 (trinta) dias, improrrogáveis.
O pedido de reconsideração será dirigido, no prazo de 30 (trinta) dias, à autoridade que houver
Art. 176
expedido o ato ou proferido a primeira decisão, vedada sua renovação.
Parágrafo Único. O pedido de reconsideração deverá ser decidido dentro do prazo de 20 (vinte) dias
improrrogáveis.
Parágrafo Único. O recurso será dirigido, no prazo de 30 (trinta) dias, à autoridade imediatamente
superior àquela que tiver expedido o ato ou proferido a decisão e, sucessivamente, em escala
ascendente, às demais autoridades.
Art. 178O pedido de reconsideração e o recurso não terão efeito suspensivo e retroagirão, se providos
nos seus efeitos parciais ou totais, à data do ato impugnado.
I - em 5 (cinco) anos quanto aos atos de que decorram demissão, cassação de aposentadoria ou de
disponibilidade e decesso de vencimentos e vantagens;
Art. 180O prazo de prescrição contar-se-á da data da publicação do ato impugnado e, quando este for de
natureza reservada, da data em que o interessado dele tiver ciência oficial.
Art. 181 O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição uma única
vez.
Parágrafo Único. A prescrição interrompida recomeçará a viger da data do ato que a interrompeu, ou
do último ato ou termo do respectivo processo.
Art. 182Os prazos estabelecidos neste Estatuto contam-se continuamente, com exclusão do dia do
começo e inclusão do dia do termo final.
Parágrafo Único. Os prazos que se vencerem em sábado, domingo, dia feriado, santificado ou
considerado de freqüência facultativa, terminarão no primeiro dia útil subseqüente.
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TÍTULO IV
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPITULO I
DA ACUMULAÇÃO
Art. 183 É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade
de horários, nas seguintes hipóteses:
III - dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
§ 1º Presume-se como cargo de natureza técnica ou científica, para os fins do inciso II, qualquer cargo
público para o qual se exija educação superior ou educação profissional, ministrada na forma e nas
condições previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
II - aos proventos de aposentadoria pagos pelo regime próprio de previdência social do município do
Recife e de outros entes da federação, ressalvados os proventos decorrentes de cargo acumulável na
forma deste artigo.
Art. 184 O funcionário não poderá exercer mais de um cargo em comissão, ou integrar mais de um órgão
de deliberação coletiva, salvo, neste último caso, quando for integrante nato.
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§ 2º O servidor do município do Recife que exercer cargo em comissão ou função gratificada pode
participar de forma remunerada de 01 (uma) comissão, grupo ou órgão de deliberação coletiva, desde
que seja membro permanente ou integrante nato do órgão colegiado, e que as atribuições a ser
desempenhadas na comissão, grupo ou órgão de deliberação coletiva não sejam privativas do cargo ou
função ocupada. (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
Art. 185 Verificada em processo administrativo a acumulação ilícita e provada a boa fé, o funcionário
optará por um dos cargos, se não o fizer dentro de 15 (quinze) dias, será exonerado de qualquer deles, a
critério da Administração.
§ 1º O funcionário, constatada a má fé, será demitido de todos os cargos e restituirá o que tiver
percebido indevidamente, sem prejuízo de ação penal incidente.
§ 2º Se a acumulação proibida envolver cargo, função ou emprego em outra entidade estatal ou
paraestatal, será o funcionário demitido do cargo municipal.
Art. 185 Verificada, a qualquer tempo, a acumulação ilegal de cargos, empregos, funções públicas ou
proventos de aposentadoria, a Comissão de Acumulação de Cargos - CAC notificará o servidor para
apresentar defesa ou fazer opção, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da ciência da
notificação.
§ 3º Com a opção pela renúncia aos proventos da aposentadoria, o seu pagamento cessa
imediatamente.
§ 4º Se o servidor não fizer a opção no prazo deste artigo, a Comissão de Acumulação de Cargos - CAC
solicitará à autoridade competente a instauração de processo administrativo disciplinar para apuração da
responsabilidade funcional.
§ 5º Instaurado o processo administrativo disciplinar, se o servidor, até o último dia de prazo para
defesa escrita, fizer a opção de que trata este artigo, comprovando a exoneração do cargo ou a dispensa
de emprego ou função objeto da acumulação, presume-se a sua boa-fé e o processo será arquivado.
§ 6º O disposto no § 5º não se aplica se o servidor houver feito declaração falsa sobre acumulação de
cargos por ocasião de sua posse ou for reincidente na acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções
públicas.
CAPÍTULO II
DO EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO
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Art. 186 O funcionário efetivo, investido em mandato eletivo, ficará afastado do exercício do cargo.
CAPÍTULO III
DOS DEVERES
I - exação administrativa;
II - assiduidade;
III - pontualidade;
IV - discrição;
V - urbanidade;
VII - obediência às ordens superiores, salvo quando manifestamente ilegais. (Redação dada pela Lei
nº 19082/2023)
VIII - representação à autoridade superior sobre irregularidades de que tiver ciência, em razão do
cargo;
XI - manutenção de sigilo sobre documentos e fatos de que tenha conhecimento, em razão do cargo;
XII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; (Redação acrescida pela
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Lei nº 18.441/2017)
XIII - atender com presteza ao público, às requisições para defesa da Fazenda Pública e aquelas
necessárias a subsidiar procedimentos administrativos disciplinares; (Redação acrescida pela Lei nº
18.441/2017)
XIV - prestar à autoridade ou órgão competente informação não sigilosa de que tenha conhecimento
em razão do exercício de suas atribuições; (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
CAPÍTULO IV
DAS PROIBIÇÕES
I - acumular dois ou mais cargos, funções ou empregos públicos, salvo as exceções previstas em Lei;
III - retirar, sem autorização da autoridade competente, documento ou objeto de trabalho que não
lhe pertença;
VIII - exercer comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista, cotista ou
comanditário, não se aplicando este dispositivo aos aposentados;
VIII - exercer o comércio ou participar de sociedade empresária, exceto como acionista, cotista ou
comanditário, não se aplicando este dispositivo ao servidor em gozo de licença sem vencimentos ou aos
aposentados; (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
IX - pleitear, como procurador ou intermediário, junto às repartições públicas, salvo quando se tratar
de percepção de vencimentos, remuneração ou vantagens de parente consangüíneo ou afim até o
segundo grau;
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XII - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, desempenho de
encargos que lhe competir ou a seus subordinados;
XIII - promover, direta ou indiretamente, a paralisação dos serviços públicos, ou dela participar;
XIV - aceitar comissão, emprego ou pensão de Governo estrangeiro, sem prévia autorização do
Presidente da República;
XV - aceitar contrato com a Administração Municipal, quando não autorizado em lei ou regulamento;
XX - manter, sob sua chefia imediata, em cargo comissionado ou função gratificada, cônjuge,
companheiro ou parentes fora dos casos permitidos em lei; (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
XXI - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto quando este for
designado, pela autoridade competente, para compor comissão, grupo de trabalho ou para atuar como
perito ou assistente técnico em processo administrativo ou judicial, ou, ainda, em situações transitórias
ou de emergência, observado o interesse do serviço público; (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
XXII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e
com o horário de trabalho; (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
XXIV - discriminar qualquer pessoa, no recinto da repartição, com a finalidade de expô-la a situação
humilhante, vexatória, angustiante ou constrangedora, em relação à origem, idade, etnia, raça, cor, sexo,
estado civil, trabalho, religião, convicções políticas ou filosóficas, orientação sexual, deficiência física,
imunológica, sensorial ou mental; (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
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XXVI - usar conhecimentos e informações adquiridos no exercício de suas atribuições para violar ou
tornar vulnerável a segurança, os sistemas de informática, sites ou qualquer outra rotina ou equipamento
da repartição. (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
CAPÍTULO V
DA RESPONSABILIDADE
Art. 189 O funcionário responde administrativa, civil e penalmente pelo exercício irregular de suas
atribuições.
§ 1º Por dano causado a terceiros, o funcionário responderá perante a Fazenda Municipal em ação
regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a
Fazenda a indenizar os terceiros prejudicados.
Art. 193 Considera-se infração disciplinar o ato praticado pelo funcionário com violação dos deveres e
das proibições decorrentes do cargo que exerce e deste Estatuto.
Parágrafo Único. A infração é punível, por ação ou omissão, independentemente de haver produzido
ou não resultado prejudicial ao serviço.
Art. 194 São penas disciplinares: (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
I - advertência verbal;
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II - repreensão;
III - multa;
IV - suspensão;
V - destituição de função;
VI - demissão;
Parágrafo Único. Na aplicação das penas disciplinares serão consideradas a natureza e a gravidade da
infração além de danos que dela provierem para o serviço público e os antecedentes do funcionário.
Art. 195 Não se aplicará ao funcionário mais de uma pena disciplinar por infração ou infrações
acumuladas que sejam apreciadas em um só processo, mas a autoridade competente poderá decidir,
entre as penas cabíveis, a que melhor atenda aos interesses da disciplina e o serviço.
Art. 197 A pena de suspensão que não excederá de 30 (trinta) dias, será aplicada nos casos de falta grave
ou reincidência, bem como transgressão dos incisos II, III, IX e XII do Artigo 188.
Art. 197A pena de suspensão, que não excederá a 30 (trinta) dias, será aplicada nos casos de falta grave
ou reincidência, bem como transgressão dos incisos II, III, IV, IX, XII, XIII, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXI, XXII e
XXIV do artigo 188. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
§ 2º Quando houver conveniência do serviço, a pena de suspensão poderá ser convertida em multa,
na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento, obrigado o funcionário a permanecer em
exercício.
§ 3º Ao servidor aposentado que vier a ser aplicada a pena de suspensão, em razão de fatos
praticados enquanto estava na atividade, a penalidade será comutada para multa, na razão de 100% (cem
por cento) por dia, calculado sobre os proventos da aposentadoria, revertida ao Tesouro Municipal.
(Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
Art. 198São motivos determinantes da destituição de cargo em comissão: (Redação dada pela Lei nº
18.441/2017)
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VI - deixar de prestar ao órgão de pessoal a informação de que trata o Artigo 25 deste Estatuto;
VII - a prática de infrações sujeitas às penas de suspensão e de demissão. (Redação acrescida pela Lei
nº 18.441/2017)
§ 1º Constatada a hipótese de que trata este artigo, se o servidor já tiver sido exonerado quando da
aplicação da sanção, a exoneração será convertida em destituição de cargo em comissão. (Redação
acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
§ 2º A aplicação da pena de destituição de cargo em comissão não elide, quando couber, o dever de
ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação cível ou penal cabível e demais medidas administrativas.
(Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
II - abandono de cargo;
III - incontinência pública e conduta escandalosa; (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
IX - ao ocupante do cargo de Agente Comunitário de Saúde que deixar de residir na comunidade onde
atua. (Redação dada pela Lei nº 17.233/2006)
X - reincidência em falta que deu origem à aplicação da pena de suspensão por trinta (30) dias;
XI - transgressão do disposto nos incisos I, V, VI, VII, X, XIV e XV do artigo 188 deste Estatuto;
XI - transgressão ao disposto nos incisos I, V, VI, VII, VIII, X, XI, XIV, XV, XXIII, XXV e XXVI do artigo 188
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XII - perda da nacionalidade brasileira, na forma da lei; (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
XIII - sessenta (60) dias de faltas ao serviço em período de doze (12) meses, sem causa justificada,
desde que não configure abandono do cargo.
XIV - reincidência em proceder de forma desidiosa; (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
Parágrafo Único. Considera-se abandono do cargo a ausência ao serviço sem justa causa, por mais de
trinta (30) dias consecutivos.
§ 3º Considera-se inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por período igual ou
superior a 60 (sessenta) dias interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses. (Redação
acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
Art. 200 O ato de demissão mencionará sempre a causa da aplicação da penalidade e o dispositivo legal
em que se fundamentou.
Parágrafo Único. O funcionário indiciado em inquérito não poderá ser exonerado a pedido, enquanto
não concluído o processo administrativo em que se comprove a sua inocência.
§ 1º O servidor indiciado em inquérito não poderá ser exonerado a pedido, enquanto não for
concluído o processo administrativo em que se comprove a sua inocência. (Redação dada pela Lei nº
18.441/2017)
§ 2º Se o servidor já tiver sido exonerado quando da aplicação da sanção prevista neste artigo, a
exoneração será convertida em demissão. (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
I - falta punível com a pena de demissão, quando praticada ainda no efetivo exercício do cargo;
III - aceitação de comissão, emprego ou pensão de Governo estrangeiro, sem prévia autorização do
Presidente da Republica;
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III - os Diretores de Departamento, nos caos de Advertência, repreensão e suspensão até 8 (oito) dias.
§ 2º À autoridade superior cabe a faculdade de agravar, atenuar ou cancelar a pena imposta por
autoridade subordinada.
Parágrafo único. Extinta a punibilidade pela prescrição, o órgão competente promoverá apenas o
registro do fato nos assentamentos individuais do servidor. (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
III - em quatro (4) anos, as infrações sujeitas à pena de destituição de função, demissão e cassação de
aposentadoria ou disponibilidade.
III - em 05 (cinco) anos, as infrações sujeitas às penas de destituição de cargo em comissão, demissão
e cassação de aposentadoria ou disponibilidade. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
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§ 2º O curso da prescrição começa a fluir da data que o fato se tornou conhecido pela autoridade
competente para instaurar a sindicância ou processo disciplinar e se interrompe pelo ato que determinar
a instauração do inquérito administrativo. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
Art. 205 Será obrigatoriamente precedida de inquérito administrativo a aplicação das penas de
suspensão por mais de quinze (15) dias, de destituição de função, demissão e cassação, de aposentadoria
ou disponibilidade.
Art. 205 Será obrigatoriamente precedida de inquérito administrativo a aplicação das penas de
suspensão por mais de 15 (quinze) dias, de destituição de cargo em comissão, demissão e cassação de
aposentadoria e disponibilidade.
TITULO V
DO PROCESSO DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DO RITO PROCESSUAL
Art. 206 A autoridade administrativa ou o funcionário que tiver ciência de irregularidade no serviço
público municipal deverá tomar as providências necessárias para sua apuração.
§ 1º O Inquérito Administrativo Disciplinar deverá ser conduzido sob o rito ordinário ou sumário.
(Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
§ 2º O rito sumário será adotado para apuração das infrações de abandono de cargo, inassiduidade
habitual e acumulação ilícita de cargos. (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a Comissão na forma do § 1º do artigo 211;
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§ 5º Nas infrações sujeitas ao rito sumário, achando-se o indiciado em lugar incerto ou não sabido,
poderá a Comissão adotar o rito ordinário. (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
§ 6º Na apuração das infrações sujeitas ao procedimento sumário, a Comissão lavrará, até 10 (dez)
dias após a publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão transcritas as
informações relativas à autoria, correspondente ao nome, cargo, matrícula e lotação do servidor, e
materialidade, mediante descrição dos fatos, bem como promoverá a citação pessoal investigado, ou por
intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de 10 (dez) dias, apresentar defesa escrita,
assegurando-se-lhe vista do processo na repartição. (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
II - a Comissão, ao elaborar o relatório conclusivo de que trata este artigo sobre a inocência ou a
responsabilidade do servidor opinará, no caso de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da
ausência ao serviço superior a 30 (trinta) dias, e, na hipótese de inassiduidade habitual, se houve justa
causa para as faltas ao serviço no período considerado. (Redação acrescida pela Lei nº 18.441/2017)
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Parágrafo único. O órgão central de Administração de Pessoal do Município poderá instaurar inquérito
administrativo quando verificados indícios de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, além de
outras faltas funcionais relativas à frequência dos servidores ou ao pagamento dos vencimentos e
salários. (Redação acrescida pela Lei nº 19021/2022)
Art. 209 A sindicância será instaurada quando a falta funcional não se revelar evidente ou for incerta a
autoria.
§ 1º A sindicância será procedida por 2 (dois) funcionários designados pela autoridade que
determinar sua instauração, sendo um deles nominado encarregado, que indicará o secretário.
§ 1º A sindicância será procedida por 3 (três) servidores efetivos e estáveis designados pela
autoridade que determinar sua instauração, sendo um deles nominado presidente, que indicará o
secretário. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
§ 2º A sindicância deverá ser concluída no prazo de 15 (quinze) dias, podendo ser prorrogada uma
única vez, por igual período.
Parágrafo Único. Na hipótese do inciso II, deste Artigo, antes da aplicação da pena será aberto ao
funcionário prazo de três (3) dias para oferecimento da defesa.
O inquérito administrativo será procedido por uma Comissão composta de três (3) integrantes,
Art. 211
sendo um Procurador Judicial e dois funcionários estáveis e de categoria superior à do indiciado,
designados pela autoridade que determinar a instauração.
Art. 211 O inquérito administrativo será procedido por uma comissão composta por 03 (três)
funcionários estáveis e de categoria superior à do indiciado, designados pelo Secretário de Assuntos
Jurídicos e Administrativos. (Redação dada pela Lei nº 15.798/1993)
§ 1º O Procurador Judicial será presidente nato da Comissão e sua designação será feita pelo titular
do órgão jurídico ao qual esteja subordinado, por solicitação da autoridade competente.
§ 1º O Presidente da Comissão será designado pelo Secretário de Assuntos Jurídicos e
Administrativos, devendo ser portador do título de bacharel em Direito. (Redação dada pela Lei nº
15.798/1993)
§ 2º O Presidente da Comissão designará um funcionário para exercer as funções de secretário e
outras auxiliares quando necessários.
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§ 3º A Comissão de que trata este Artigo, poderá ser instituída em caráter permanente.
Art. 211 A Comissão Central de Inquérito, de natureza permanente, será constituída por 4 (quatro)
membros permanentes, sendo 01 (um) como Presidente, e membros de apoio I e II, na forma do § 4º
deste artigo, todos designados pelo Procurador Geral do Município.
Art. 211.A Comissão Central de Inquérito, de natureza permanente, será constituída por 4 (quatro)
membros permanentes, sendo 01 (um) como Presidente, e membros de apoio I e II, na forma do § 4º
deste artigo, todos designados pelo Controlador-Geral do Município. (Redação dada pela Lei nº
19082/2023)
§ 1º O inquérito, sob o rito ordinário ou sumário, será conduzido por pelo menos 03 (três) membros,
sendo 01 (um) deles membro permanente.
§ 2º As audiências no Processo Administrativo Disciplinar, sempre que for conveniente para o serviço,
podem ser presididas por um membro permanente.
§ 3º Fica limitado a 7 (sete) o número de servidores designados como membros de Apoio I e a 7 (sete)
o número de servidores designados como membros de Apoio II da Comissão Central de Inquérito.
§ 4º O Presidente da Comissão Central de Inquérito designará um dos membros de Apoio I (um) para
o exercício da função de Escrivão.
§ 5º A Comissão Central de Inquérito, por intermédio de seu Presidente, poderá requerer dos órgãos
e entidades municipais documentos e informações necessários ao deslinde dos processos de inquérito,
podendo fixar prazo para resposta, cabendo aos servidores e empregados responsáveis pela prestação
das informações atender ao pedido de forma diligente e escorreita, sob pena de responsabilidade
funcional.
§ 6º São requisitos necessários à composição da Comissão de Inquérito, além de ser servidor efetivo e
estável do Município:
I - para o Presidente da Comissão Central de Inquérito ser servidor de Nível Superior e Bacharel em
Direito;
III - para os membros de Apoio I, ter concluído curso de nível superior reconhecido pelo Ministério da
Educação - MEC;
IV - para os membros de Apoio II, ensino médio concluído. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
Art. 212 O inquérito administrativo deverá ser concluído no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da
publicação do ato que determinar sua instauração, prorrogável uma única vez, por 30 (trinta) dias, por
solicitação fundamentada do Presidente da Comissão, antes de findo o prazo inicial, sendo competente
para autorizar a prorrogação a autoridade que houver determinado a instauração do inquérito.
Parágrafo Único. Se, no prazo estabelecido no "caput" deste Artigo não for concluído o inquérito,
considerar-se-á dissolvida a Comissão, devendo ser procedida a nova designação.
Art. 212 O inquérito administrativo disciplinar conduzido sob o rito ordinário deverá ser concluído no
prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da publicação do ato que determinar sua instauração,
prorrogável uma única vez, por 30 (trinta) dias, por solicitação fundamentada do Presidente da Comissão,
antes de findo o prazo inicial, sendo competente para autorizar a prorrogação a autoridade que houver
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Parágrafo único. Quando se tratar de rito sumário, o prazo para a conclusão não excederá 45
(quarenta e cinco) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua
prorrogação por até 15 (quinze) dias, por solicitação fundamentada do Presidente da Comissão, antes de
findo o prazo inicial, sendo competente para autorizar a prorrogação a autoridade que houver
determinado a instauração do inquérito. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
Art. 213O funcionário designado para integrar a Comissão poderá argüir, por escrito, sua suspensão
junto à autoridade que o tiver designado, dentro do prazo de quarenta e oito (48) horas, contadas da
publicação do ato de designação.
Art. 213O servidor designado para integrar a Comissão poderá arguir, por escrito, sua suspeição junto à
autoridade que o tiver designado, dentro do prazo de 48 (quarenta e oito) horas, contadas da publicação
do ato de designação. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
§ 1º O prazo será contato a partir da publicação do ato que determinar a instauração do inquérito,
quando o funcionário for integrante ou auxiliar de Comissão Permanente.
Art. 214 Caberá argüir, de imediato, a suspeição de qualquer membro da comissão, desde que se
configure, com relação ao arguinte, qualquer das hipóteses previstas no § 2º, do Artigo anterior.
§ 1º A arguição será dirigida, por escrito, ao presidente da Comissão, que dela dará imediato
conhecimento ao argüido, para confirmá-la, por escrito, dentro do prazo de vinte e quatro (24) horas.
§ 4º Se o arguido de suspeição for o presidente, será substituído por outro Procurador Judicial, no
prazo de quarenta e oito (48) horas. (Ver o § 1º do Art. 211 deste Estatuto).
§ 4º Se o arguido de suspeição for o Presidente, será substituído por outro membro permanente, no
prazo de 48 (quarenta e oito) horas, observado o disposto no inciso I do § 6º do art. 211. (Redação dada
pela Lei nº 18.441/2017)
Art. 215 A autoridade competente decidirá da suspeição no prazo máximo de setenta e duas (72) horas.
Art. 216 Compete ao secretário da Comissão de inquérito administrativo organizar os autos do processo,
lavrar termos e atas, bem como executar as determinações do presidente.
Art. 217 A Comissão de inquérito administrativo é competente para proceder a qualquer diligência
necessária à instrução processual, inclusive sem exclusão de outras inquirições, bem como requerer a
participação técnica de profissionais especializados e peritos, quando entender conveniente.
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Art. 218Antes de encerrar a instrução e a f m de permitir ao indiciado ampla defesa, a Comissão indicará
as irregularidades e infrações a ele atribuídas, fazendo remissão aos documentos, depoimentos e às
correspondentes folhas dos autos.
Art. 219 As testemunhas que forem convocadas a depor, sê-lo-ão mediante oficio, registrando-se o
assunto, dia, hora e local de comparecimento, vedada a recusa injustificada.
Parágrafo Único. O oficio será dirigido ao titular da repartição, quando a testemunha for servidor
público.
Art. 220 As perícias serão realizadas por perito oficial ou funcionário municipal que tiver a necessária
habilidade técnica.
Parágrafo Único. Ressalvada a hipótese do perito oficial, os demais prestarão, perante o presidente da
Comissão, o compromisso de bem e fielmente desempenhar a função, sob pena de responsabilidade.
Art. 221 Dependerá do assentimento prévio da autoridade competente, desde que acarrete despesas
para os cofres da Edilidade, a realização da perícia por perito não oficial. (Vide Lei nº 15.342/1990)
Art. 222 Nenhum documento será anexado aos autos sem despacho do presidente da comissão.
Parágrafo Único. Somente por decisão fundamental poderá ser recusada a anexação de documentos
aos autos.
Art. 223 O presidente da Comissão, cumprindo o disposto no Artigo 218, determinará a citação do
indicado, para no prazo de 10 (dez) dias, apresentar defesa, sendo-lhe facultada vista do processo, na
repartição.
§ 2º Achando-se o indiciado em lugar incerto ou não sabido, será chamado por edital, com prazo de
15 (quinze) dias.
§ 3º O edital a que se refere o Parágrafo anterior, além de publicação no órgão oficial do Município,
será fixado em lugar acessível ao público, no edifício onde a Comissão habitualmente se reunir.
§ 4º Mediante requerimento do indiciado, o prazo da defesa poderá ser prorrogada pelo dobro, para
as diligências consideradas indispensáveis.
Art. 224 No caso de indiciado revel, será designada para defendê-lo, um funcionário, sempre que possível
de mesma classe e categoria funcional.
Art. 225Com a defesa, o indiciado oferecerá as provas que tiver, podendo ainda requerer as diligências
necessárias à comprovação de suas alegações.
Art. 226 Depois de recebida a defesa de todos os indiciados e realizadas as diligências requeridas, a
Comissão elaborará o relatório.
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§ 3º Concluído o relatório, o processo será remetido, sob protocolo, à autoridade que determinou a
sua instauração, que proferirá decisão que preferirá decisão no prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 227 Será permitida a intervenção de advogado constituído pelo indiciado, em qualquer fase do
inquérito.
Art. 228A autoridade que determinou a instauração do processo administrativo comunicará o fato à
autoridade policial, na hipótese de crimes de ação pública.
Art. 229 A decisão que reconhecer a prática de infração capitulada na legislação penal determinará, sem
prejuízo dos procedimentos administrativos e civis, a remessa do translado do inquérito à autoridade
competente, ficando o original dos autos arquivado na repartição.
Art. 231 O presidente da Comissão, constatando que o indiciado foi afastado do exercício do seu cargo,
determinará a sua imediata reassunção, salvo se o afastamento decorreu de suspensão preventiva.
CAPÍTULO II
DA PRISÃO ADMINISTRATIVA
Art. 232 Ao Prefeito e ao Presidente da Câmara Municipal, em suas respectivas áreas de atuação,
fundamentadamente e por escrito, cabe ordenar a prisão administrativa de responsável por dinheiro e
valores pertencentes à Fazenda Municipal ou que se acham sob a guarda desta, no caso de alcance,
desfalque, remissão ou omissão em efetuar os recolhimentos nos devidos prazos.
§ 1º A prisão administrativa será imediatamente comunicada à Autoridade judicial competente,
devendo ser realizada, em caráter de urgência, a tomada de contas.
§ 2º A prisão administrativa não excederá de noventa (90) dias. (Revogado pela Lei nº 18.441/2017)
Art. 233A prisão administrativa acarreta a retenção do vencimento e demais vantagens do funcionário,
como medida cautelar à garantia de ressarcimento pecuniário.
Parágrafo Único. O funcionário terá direito à contagem do tempo de serviço correspondente ao
período de prisão administrativa e ao pagamento de sua remuneração, quando reconhecida sua
inocência. (Revogado pela Lei nº 18.441/2017)
CAPÍTULO III
DA SUSPENSÃO ADMINISTRATIVA
Art. 234O prefeito e o Presidente da Câmara Municipal, em suas respectivas áreas de atuação, poderão
determinar a suspensão preventiva do funcionário indiciado em inquérito, até sessenta (60) dias, para
que este não venha a influir na apuração da falta cometida.
§ 1º A suspensão preventiva poderá ser prorrogada por mais trinta (30) dias, por solicitação do
presidente da Comissão de inquérito administrativo.
§ 2º Exauridos os prazos de que trata este Artigo, cessarão os efeitos da suspensão preventiva, ainda
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Art. 235O funcionário terá direito à contagem do tempo de serviço correspondente ao período de
suspensão administrativa, nas seguintes hipóteses:
CAPÍTULO IV
DA REVISÃO
Art. 236A revisão do inquérito administrativo de que resultou pena disciplinar poderá ser requerida a
qualquer tempo, quando forem aduzidos fatos ou circunstâncias capazes de justificar a inocência do
funcionário.
Art. 236 A revisão do inquérito administrativo de que resultou pena disciplinar poderá ser requerida a
qualquer tempo, quando forem aduzidos fatos novos ou circunstâncias não apreciadas no processo
originário, capazes de justificar a inocência do servidor. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
§ 2º A revisão poderá ser requerida por qualquer pessoa da família ou outras constante do registro
cadastral, tratando-se de funcionário falecido, desaparecido ou incapacitado de requerer.
§ 3º No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente. (Redação acrescida pela Lei nº
18.441/2017)
Art. 238 O pedido de revisão, devidamente instruído, será dirigido à autoridade que houver determinado
a aplicação da penalidade.
Parágrafo Único. Compete ao órgão de Pessoal informar o pedido e apensá-lo aos outros do inquérito
administrativo originário.
Art. 239 A revisão será procedida por uma Comissão composta de três (3) integrantes, sendo um
Procurador Judicial - que a presidirá - e dois funcionários efetivos, de categoria igual ou superior a do
funcionário punido. (Ver o § 1º do Art. 211 deste Estatuto)
Art. 239A revisão será procedida por uma Comissão de 03 (três) integrantes, sendo 01 (um) o presidente
e 02 (dois) servidores, todos efetivos e estáveis, de categoria igual ou superior à do servidor punido,
designados pelo Procurador Geral do Município.
Parágrafo único. Não pode integrar a Comissão revisora o servidor que tenha atuado na sindicância
ou no processo disciplinar cujo julgamento se pretende revisar. (Redação dada pela Lei nº 18.441/2017)
Art. 240 Serão aplicadas à revisão, no que for compatível, as normas referentes ao inquérito
administrativo.
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Art. 241 Concluída a revisão, em prazo não superior a sessenta (60) dias, serão os autos remetidos à
autoridade competente, para decisão final.
Art. 242 Reconhecida a inocência do funcionário, será tornada sem efeito a penalidade imposta,
restabelecendo-se todos os direitos por ela atingidos.
TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 243 O regime Jurídico-administrativo deste Estatuto é extensivo aos funcionários de qualquer
autarquia municipal não regidos pela legislação trabalhistas.
Art. 244 O funcionário municipal, candidato a cargo efetivo, que exercer função de direito, chefia,
fiscalização ou arrecadação, será afastado do exercício, com direito à remuneração mensal que venha
percebendo, desde a data de registro na Justiça Eleitoral até o dia seguinte ao pleito.
Art. 245 Cabe a Prefeitura da Cidade do Recife arcar com ônus de recolhimento das contribuições
previdenciárias que lhe cabem e ao funcionário ou servidor municipal inativo, quando este haja optar
pela pensão especial de que tratam as Leis Federais nºs 4243/63, 5315/67 e 6592/78.
Parágrafo Único. O recolhimento de que trata este Artigo efetiva-se junto ao órgão previdenciário
federal ou estadual, conforme o beneficiado seja regido pelo regime trabalhista ou estatutário,
respectivamente.
Art. 246 Cumpre a Prefeitura da Cidade do Recife complementar os proventos de seus servidores
aposentados sob regime da legislação trabalhista, de forma a que percebam, na inatividade, valores
pecuniários idênticos aos que são pagos aos funcionários municipais aposentados em cargo igual ou
análogos.
Art. 246 Fica assegurado ao servidor da Prefeitura da Cidade do Recife, regido pela CLT, que contar 20
(vinte) anos, se do sexo feminino, ou 25 (vinte e cinco) anos, se do sexo masculino, de efetivo serviço
prestado exclusivamente ao Município, a complementação dos proventos da aposentadoria pagos pela
Previdência Social, de forma a que percebam, na inatividade, valores pecuniários idênticos aos que são
pagos aos funcionários municipais aposentados em cargo de igual categoria. (Redação dada pela Lei nº
15.054/1988) (Revogado pela Lei nº 15.127/1988)
Art. 247O pagamento a que se refere o Artigo 123, deste Estatuto, será calculado com base no
vencimento em vigor à época em que for deferida a solicitação respectiva.
Art. 248 Fica assegurada aos beneficiários de funcionário ou servidor falecido em decorrência de
acidente no trabalho uma pensão especial de valor igual a um salário mínimo regional, independente da
pensão paga pelos órgãos previdenciários. (Revogado pela Lei nº 17.142/2005)
Art. 249 Os beneficiários de funcionários ou servidor falecido farão jus a uma pensão proporcional, no
valor de 50% (cinqüenta por cento) das gratificações percebidas pelo "de cujos" decorrentes de regime
especial de trabalho, serviço extraordinário, função, e representação, independentemente da pensão
paga pelos órgãos previdenciários, ressalvados o disposto no Artigo 83, inciso I, deste Estatuto. (Revogado
pela Lei nº 17.142/2005)
Art. 250 Todos os beneficiários terão direito a treze (13) pensões mensais por ano, exceto aqueles de que
trata o Artigo 248, deste Estatuto.
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26/02/2024, 20:49 Lei Ordinária 14728 1985 de Recife PE
Art. 251 É assegurada ao funcionário municipal o direito de associação para defesa, assistência e
representação coletiva da classe inclusive perante os Poderes Públicos.
§ 2º A representação por parte das entidades referidas não impede que o funcionário exerça,
diretamente, qualquer ato em defesa de seus direitos.
Art. 252 É permitido o afastamento de funcionário municipal para exercício de mandato eletivo de
Presidente, Secretário Geral ou Tesoureiro de entidade representativa de funcionários que congreguem,
no mínimo 500 (quinhentos) associados.
§ 1º O afastamento dar-se-á sem prejuízo dos vencimentos e demais vantagens do cargo e função
exercidos.
Art. 253 O dia vinte e oito (28) de outubro será consagrado ao funcionário público municipal.
Art. 254 O presente Estatuto entrará em vigor na data da publicação da Lei que o aprovar
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O PREFEITO DO RECIFE, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 54, inciso IV e VI, a, da Lei
Orgânica do Município do Recife, DECRETA:
Art. 1º Fica aprovado o Regimento Interno da Secretaria de Educação do Município do Recife, nos termos
do Anexo Único deste Decreto.
ANEXO ÚNICO
REGIMENTO INTERNO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
CAPÍTULO I
DA FINALIDADE E DA COMPETÊNCIA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
Art. 2ºA Secretaria de Educação tem como finalidade e competência a gestão da Rede Pública Municipal
de Ensino, buscando a garantia do acesso da população à Educação Básica de qualidade, por meio da
implantação e acompanhamento de políticas educacionais voltadas para a qualificação das unidades
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VI - promover a gestão integrada e articulada com as demais esferas do governo e com o setor
privado das políticas públicas de desenvolvimento da Educação;
VII - coordenar, gerenciar e executar estudos e pesquisas, projetos, obras e serviços atinentes à Rede
Municipal de Educação;
CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
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Art. 5º Todas as unidades organizacionais que compõem a Secretaria de Educação atuarão de forma
integrada, sob a orientação e direção do Secretário de Educação.
CAPÍTULO III
DAS COMPETÊNCIAS DAS UNIDADES ORGANIZACIONAIS DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
Seção I
Da Gerência Geral do Gabinete
I - Gerência de Articulação;
IV - Setor de Gabinete;
VI - Assistência de Gabinete;
I - Gerência de Articulação:
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IV - Setor de Gabinete:
Seção II
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IV - produzir relatórios;
V - acompanhar a agenda do Secretário de Educação, bem como agendas com o Prefeito do Recife;
Seção III
Da Gerência Geral de Assuntos Jurídicos
I - Gerência Jurídica;
Art. 12. Aos setores que compõem a Gerência Geral de Assuntos Jurídicos, respeitada a competência da
Procuradoria-Geral do Município, cabe:
I - Gerência Jurídica:
a) ofertar suporte jurídico ao Gerente Geral de Assuntos Jurídicos quando demandado nos assuntos
de sua competência;
b) gerenciar e coordenar a apresentação de respostas e manifestações por meio dos setores
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a) examinar, informar e encaminhar todos os documentos e processos que lhe sejam submetidos;
b) prestar assessoramento de natureza técnica e jurídica ao Gabinete do Secretário e,
subsidiariamente, às demais gerências integrantes da estrutura da Secretaria de Educação no que tange
aos processos relacionados ao Poder Judiciário, Ministério Público Estadual e Federal, Ministério Público
do Trabalho, Defensoria Pública Estadual e Federal, Tribunal de Contas Estadual, ressalvadas as
competências da Procuradoria Geral do Município;
c) controlar e prestar apoio jurídico em assuntos e processos administrativos e judiciais no âmbito da
Secretaria de Educação, ressalvadas as competências da Procuradoria Geral do Município;
d) acompanhar e coordenar o fluxo dos procedimentos administrativos, notificações, inquérito civil,
de interesse da Secretaria de Educação no âmbito do Ministério Público Estadual, Ministério Público
Federal, Ministério Público do Trabalho, Defensoria Pública Estadual e Federal, Tribunal de Contas
Estadual;
e) comparecer e dar suporte jurídico nas audiências de interesse da Secretaria de Educação no
âmbito do Ministério Público Estadual e Federal, e Ministério Público do Trabalho;
f) analisar e/ou elaborar resposta de cota a Procuradoria Geral do Município - PGM;
g) elaborar encaminhamentos, cotas e despachos relativos aos processos judiciais e administrativos
de interesse da Secretaria de Educação;
h) analisar acordos e sentenças judiciais;
i) acompanhar o andamento das ações judiciais ou processos administrativos de interesse da
Secretaria de Educação, ressalvadas as competências da Procuradoria Geral do Município.
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Seção IV
Da Secretaria Executiva de Infraestrutura
VI - Divisão de Obras;
Art. 15. Aos setores que compõem a Secretaria Executiva de Infraestrutura compete:
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Seção V
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III - articular com todos os gerentes da Secretaria Executiva de Gestão Pedagógica ações que visem a
garantia da oferta de ensino com qualidade e equidade a todos os estudantes matriculados na rede;
VII - estabelecer uma relação coerente entre as ações pedagógicas e administrativas em âmbito de
Secretaria;
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XII - apoiar outras secretarias executivas sempre que necessária contribuição técnica em âmbito
pedagógico.
Art. 18. Aos setores que compõem a Secretaria Executiva de Gestão Pedagógica compete:
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a) consolidar e acompanhar dados referentes aos projetos pedagógicos voltados para Alfabetização,
em especial para que esta aconteça na idade certa;
b) gerenciar e acompanhar as ações desenvolvidas nas unidades educacionais que possuam turmas
de Grupos IV e V da Educação Infantil (pré-escola), bem como 1º e 2º anos do Ensino Fundamental;
c) acompanhar os resultados das avaliações externas dos estudantes de Anos Iniciais, da Rede
Municipal do Recife, cujo foco esteja concentrado na Alfabetização e na competência Leitora;
d) coordenar Projetos e Programas relacionados com Alfabetização;
e) assessorar pedagogicamente os profissionais no processo de Alfabetização;
f) acompanhar as atividades de alfabetização desenvolvidas na Rede Municipal do Recife.
a) consolidar e acompanhar dados referentes aos projetos pedagógicos desenvolvidos nas escolas de
Anos Finais e Educação de Jovens e Adultos;
b) gerenciar e acompanhar as ações desenvolvidas nas escolas de Anos Finais, incluindo-se as escolas
em tempo integral e Educação de Jovens e Adultos;
c) acompanhar os resultados das avaliações externas dos estudantes de Anos Finais e Educação de
Jovens e Adultos, da Rede Municipal do Recife;
d) coordenar Projetos e Programas desenvolvidos nas escolas de Anos Finais;
e) assessorar pedagogicamente os profissionais das escolas de Anos Finais e Educação de Jovens e
Adultos;
f) acompanhar as atividades desenvolvidas na Divisão de Anos Finais;
g) acompanhar as atividades desenvolvidas na Divisão de Educação de Jovens e Adultos;
h) monitorar visitas técnicas realizadas nas escolas de Anos Finais e Educação de Jovens e Adultos.
a) garantir a oferta qualificada de serviços e atendimentos pedagógicos junto aos estudantes com
deficiência, transtornos e Altas Habilidades/Superdotação, matriculados na Rede Municipal do Recife;
b) acompanhar e orientar na atuação/prática pedagógica e proposta de formação continuada, no que
se refere aos professores do Atendimento Educacional Especializado - AEE, lotados nas unidades de
ensino;
c) articular ações planejadas de sensibilização e quebra de barreiras atitudinais no espaço escolar,
favorecendo a construção de estrutura e condições necessárias à apropriação do conhecimento e direitos
de aprendizagens, numa perspectiva inclusiva.
a) assessorar os profissionais das bibliotecas e salas de leitura com relação a projetos especiais para
formação de leitores e incentivo à Educação Ambiental;
b) opinar sobre as obras paradidáticas a serem adotadas na rede do Recife;
c) visitar e acompanhar o trabalho desenvolvido nas unidades educacionais;
d) orientar a formação continuada dos profissionais das bibliotecas e salas de leitura.
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j) planejar, acompanhar, avaliar e realizar atividades formativas para os profissionais que atuam na
Educação de Jovens e Adultos;
k) planejar ações em parceria com outras secretarias, instituições, organizações comunitárias e
movimentos sociais, no sentido de potencializar o atendimento e assegurar a permanência dos
estudantes;
l) participar de fóruns de formulação das políticas de Educação de Jovens e Adultos, em âmbito
municipal, estadual e nacional;
m) executar outras atividades correlatas ou que lhes venham a ser atribuídas.
Seção VI
Da Secretaria Executiva de Planejamento e Coordenação
IV - Unidade de Monitoramento;
V - Unidade de Orçamento;
Art. 21. Aos setores que compõem a Secretaria Executiva de Planejamento e Coordenação compete:
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IV - Unidade de Monitoramento:
V - Unidade de Orçamento:
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executivas;
c) produzir, sistematizar e analisar informações estatísticas da educação;
d) apoiar as iniciativas de Gestão por Resultados;
e) apoiar o aprimoramento da gestão de dados e informações junto às demais Secretarias Executivas.
Seção VII
Da Secretaria Executiva de Gestão de Rede
IX - Divisão de Gabinete;
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IX - gerenciar e orientar sobre o processo para credenciamento das unidades educacionais da Rede
Municipal de Ensino, bem como as instituições de ensino privadas de Educação Infantil, pertencentes ao
Sistema Municipal de Ensino do Recife (SMER), inclusive as comunitárias (conveniadas ou não);
XII - gerenciar e acompanhar os programas sociais ofertados aos estudantes, por meio da Unidade de
Atendimento Social e Emocional (UASE);
XIII - acompanhar e monitorar o Projeto do Busca Ativa Escolar (BAE) realizado em parceria com o
Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Art. 24. Aos setores que compõem a Secretaria Executiva de Gestão de Rede compete:
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Pernambuco;
j) acompanhar e monitorar os programas sociais ofertados aos estudantes, por meio da Unidade de
Atendimento Social e Emocional (UASE);
k) acompanhar e monitorar o Projeto do Busca Ativa Escolar (BAE) realizado em parceria com o Fundo
das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
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X - Setor de Frequência de Bolsa Família: coordenar as ações de controle do programa, com foco na
verificação bimestral da frequência escolar dos estudantes beneficiários do Bolsa Família.
XII - Setor de Ordenamento da Rede: coordenar as ações voltadas para o ordenamento da Rede
Municipal de Ensino, nos aspectos relacionados à matrícula, às sistematizações de dados (CENSO) e às
informações de indicadores de demandas reprimidas, com vistas ao planejamento para a ampliação da
oferta de vagas.
XIV - Coordenação de Creche: gerenciar as unidades de educação infantil que atendem as crianças da
faixa etária de creche: 0 a 3 anos de idade.
Seção VIII
Da Secretaria Executiva de Administração e Finanças
V - Gerência de Logística;
VI - Unidade de Alimentação;
IX - Divisão de Convênios;
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X - Divisão de Pessoal;
XI - Divisão de Terceirizados;
XV - Setor de Patrimônio;
Art. 26. À Secretaria Executiva de Administração e Finanças compete planejar, coordenar e supervisionar
as atividades e projetos relacionados às compras de bens e contratação de serviços, à administração do
Patrimônio, à administração financeira, à política de gestão de pessoas e a gestão da alimentação escolar.
Art. 27. Aos setores que compõem a Secretaria Executiva de Administração e Finanças compete:
a) exercer a responsabilidade técnica pela alimentação escolar fornecida para rede municipal de
ensino em Recife, inclusive com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação - PNAE/FNDE;
b) elaborar o plano estratégico anual de trabalho da Gerência Geral de Alimentação Escolar para o
FNDE;
c) analisar e atender às solicitações dos órgãos fiscalizadores;
d) orientar e dar suporte ao Conselho de Alimentação Escolar - CAE quanto ao cumprimento das
exigências do PNAE/FNDE;
e) elaborar cardápios dentro dos padrões exigidos pelo FNDE;
f) acompanhar a realização do diagnóstico e avaliação nutricional dos estudantes da rede municipal;
g) elaborar plano de aceitação das dietas dos estudantes que apresentam necessidade nutricional
específica.
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V - Gerência de Logística:
VI - Unidade de Alimentação:
IX - Divisão de Convênios:
X - Divisão de Pessoal: apoiar o controle da gestão dos servidores da Secretaria de Educação junto à
Unidade de Planejamento e Monitoramento da Gerência Geral de Gestão de Pessoas.
XI - Divisão de Terceirizados:
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a) responder pelo levantamento de informações relativos ao Censo para envio aos fornecedores;
b) atender solicitações de alteração de merenda, merenda para reposições de aula e reposição de
produto inadequado;
c) manter contato com todos os gestores da rede municipal de Educação.
XV - Setor de Patrimônio:
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Seção IX
Da Secretaria Executiva da Primeira Infância
I - promover e fortalecer a política pública da Primeira Infância, priorizando programas voltados para
o desenvolvimento e crescimento de ações e monitoramento das metas constantes no Plano Municipal da
Primeira Infância, atuando na intersetorialidade das atividades direcionadas para o cumprimento da Lei
18.769/2020;
III - articular e prospectar projetos e ações com outros parceiros e/ou entidades que possuem
trabalhos direcionados para a Primeira infância, em áreas distintas.
Art. 30. Aos setores que compõem a Secretaria Executiva da Primeira Infância compete:
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Seção X
Da Secretaria Executiva de Projetos, Tecnologia e Inovação
Art. 33. Aos setores que compõem a Secretaria Executiva de Projetos, Tecnologia e Inovação compete:
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a) instruir processos de aquisição por meio de compra direta, adesão, licitação, inexigibilidade ou
dispensa de licitação;
b) solicitar a elaboração de contratos e renovação de contratos;
c) autorizar a realização de despesas;
d) solicitar bloqueio, empenhos, pagamentos, anuências e publicações;
e) acompanhar a execução dos objetos junto aos setores, podendo ser equipamentos ou serviços
entregues ou prestados à Secretaria;
f) apoiar os setores nas questões de compras;
g) acompanhar todos os processos de compra com os demais setores da Prefeitura;
h) solicitar e acompanhar a elaboração e assinatura de todos os contratos da Secretaria Executiva;
i) acompanhar a execução dos contratos da Secretaria Executiva, incluindo solicitação de aditivos;
j) apoiar as Gerências Gerais e a Secretaria Executiva no acompanhamento dos atestos e pagamentos
aos fornecedores;
k) realizar a gestão do controle de ponto, afastamentos e transferências dos servidores, terceirizados
e estagiários que compõem a Secretaria Executiva;
l) elaborar documentos;
m) administrar o prédio onde está instalada a Secretaria Executiva.
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CAPÍTULO IV
DAS COMPETÊNCIAS COMUNS
Art. 34. São atribuições comuns a todos os setores da Secretaria de Educação, no que diz respeito ao seu
âmbito de atuação:
VIII - participar de estudos técnicos em conjunto com as áreas afins e elaborar relatórios técnicos
quando requisitado, atendendo os prazos estabelecidos;
XIII - propor, elaborar e participar das minutas de atos normativos e de instruções técnicas
necessárias à sua execução;
XVIII - oferecer subsídios para formulação das diretrizes da Secretaria, atendendo os prazos
estabelecidos;
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XIX - velar pela transparência administrativa e pelos padrões éticos do serviço público;
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 35. As competências e atribuições definidas neste Regimento não restringem e nem afastam as
definidas em leis específicas.
Art. 36.Os casos omissos e as dúvidas surgidas na aplicação do presente Regimento Interno serão
solucionados pelo Gabinete da Secretaria de Educação.
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LEI Nº 18.769 /2020
INSTITUI O PRIMEIRO PLANO DECENAL PARA A PRIMEIRA INFÂNCIA DO RECIFE.
O POVO DA CIDADE DO RECIFE, POR SEUS REPRESENTANTES, DECRETOU, E EU, EM SEU NOME,
SANCIONO A SEGUINTE LEI:
Art. 1º
Fica instituído o Primeiro Plano Decenal para a Primeira Infância do Recife, na forma do Anexo
Único desta Lei, instrumento multissetorial que consolida as Políticas Públicas no âmbito
municipal voltadas a crianças de 0 (zero) a 6 (seis) anos completos ou até 72 (setenta e dois)
meses de vida, com vistas a garantir o seu desenvolvimento integral e assegurar uma Primeira
Infância plena, estimulante e saudável, mediante a definição de metas e estratégias, em
cumprimento ao disposto no art. 3º da Lei Federal nº 13.257, de 8 de março de 2016, e às
diretrizes da Lei Municipal nº 18.491, de 25 de maio de 2018 (Marco Legal da Primeira Infância
do Recife).
Art. 2º
O Primeiro Plano Decenal para a Primeira Infância do Recife terá vigência até 2030, a contar da
data da publicação desta Lei.
Art. 3º
São diretrizes para a elaboração do Primeiro Plano Decenal para a Primeira Infância do Recife:
I - duração decenal;
II - abrangência de todos os direitos da criança nessa faixa etária;
III - concepção integral da criança como pessoa, sujeito de direitos e cidadã;
IV - inclusão de todas as crianças, com prioridade absoluta às que se encontram em situação
de vulnerabilidade e risco;
V - elaboração conjunta e participativa de todos os setores e órgãos municipais que atuam em
áreas que têm competências diretasou relacionadas à vida e desenvolvimento das crianças;
VI - participação da sociedade, por meio de organizações representativas, das famílias e
crianças na sua elaboração;
VII - articulação e complementaridade com as ações da União e do Estado na área da primeira
infância;
VIII - monitoramento contínuo do processo, incluindo os elementos que compõem a oferta dos
serviços, e avaliação dos resultados.
Art. 4º
Constituem eixos estratégicos do Primeiro Plano Decenal para a Primeira Infância do Recife:
V - Governança e Intersetorialidade:
Governança e Recursos para a Execução do Plano;
Fortalecimento do Conhecimento em Primeira Infância.
Art. 5º
As metas e estratégias previstas no Anexo Único integrante desta Lei deverão ser cumpridas
no prazo de vigência do Plano, desde que não haja prazo inferior definido para metas e
estratégias específicas.
Art. 6º
A execução do Primeiro Plano Decenal para a Primeira Infância do Recife e o cumprimento de
suas metas serão objeto de monitoramento e de avaliações periódicas.
Art. 7º
A Prefeitura do Recife deverá elaborar relatórios anuais de monitoramento e avaliação sobre
os investimentos e gastos com a Primeira Infância, o progresso das ações previstas para o
período em avaliação e o avanço dos resultados das ações previstas no Plano Decenal
Municipal.
§ 1º
As Secretarias com ações direcionadas à Primeira Infância conjuntamente com a Secretaria de
Planejamento e Gestão deverão submeter os relatórios anuais de monitoramento e
avaliação à Comissão de Monitoramento do Conselho Municipal de Defesa e
Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente do Recife (COMDICA), órgão responsável e
representativo pelo controle de políticas públicas para crianças e adolescentes.
§ 2º
A Comissão de Monitoramento do COMDICA, para monitoramento e avaliação do
Primeiro Plano Decenal para a Primeira Infância, deverá ser criada em até 30 (trinta) dias
após sanção desta Lei.
Parágrafo único.
A opção por p arcerias com a iniciativa privada ou com entidades sem fins lucrativos para
execução do previsto no "caput" deste artigo não substituirá o dever do poder público de
manter a rede de atenção direta.
Art. 9º
Até o final do primeiro semestre do nono ano de vigência deste Primeiro Plano Decenal para a
Primeira Infância, o Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal do Recife, sem prejuízo
das prerrogativas deste Poder, o projeto de lei referente ao Plano Municipal da Primeira
Infância a vigorar no período subsequente, que incluirá diagnóstico, diretrizes, metas e
estratégias para o próximo decênio.
Parágrafo único
O processo de elaboração do projeto de lei disposto no caput deverá ser precedido de ampla
participação de representantes do poder público, setor privado, organizações não
governamentais e sociedade civil, crianças e família, que deverá ser coordenado Conselho
Municipal de Defesa e Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente do Recife
(COMDICA), conforme o Marco Legal da Primeira Infância do Recife, Lei n. 18.491/2018.
Art. 10.
Ficam incorporadas ao Plano Plurianual do Município, as ações constantes do Primeiro
Plano Decenal para a Primeira Infância do Recife, a fim de viabilizar sua plena execução.
Art. 1
1. Cada Secretaria Municipal responsável pelo atendimento da criança na Primeira Infância
terá dotação orçamentária específica para garantir o financiamento dos programas, serviços e
ações previstos no Primeiro Plano Decenal para a Primeira Infância do Recife, ora instituído.
Art. 12.
As despesas decorrentes da execução do disposto nesta Lei correrão por conta das dotações
orçamentárias próprias.
Art. 13.
Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação
ANEXO - Primeiro Plano Decenal para a Primeira Infância do Recife - 2020 - 2030
26/02/2024, 20:45 Lei Ordinária 18147 2015 de Recife PE
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LEI Nº 18.147/2015
O POVO DA CIDADE DO RECIFE, POR SEUS REPRESENTANTES, DECRETOU, E EU, EM SEU NOME, SANCIONO
A SEGUINTE LEI:
Art. 1º Fica aprovado o Plano Municipal de Educação da Cidade de Recife - PME, com vigência por 10
(dez) anos, a contar da publicação desta Lei, na forma do Anexo Único, com vistas ao cumprimento do
disposto no inciso I do artigo 11 da Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, no artigo 8º da Lei
Federal nº 13.005, de 25 de junho de 2014, e no inciso IV do art. 89 da Lei Orgânica do Município de
Recife.
I - erradicação do analfabetismo;
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se
fundamenta a sociedade;
Art. 3º As metas previstas no Anexo Único integrante desta lei deverão ser cumpridas no prazo de
vigência do PME, desde que não haja prazo inferior definido para metas e estratégias específicas.
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 1/25
26/02/2024, 20:45 Lei Ordinária 18147 2015 de Recife PE
Art. 4º As metas previstas no Anexo Único integrante desta lei deverão ter como referência os censos
mais atualizados da educação básica e superior, disponíveis na data da publicação desta lei.
Art. 5º A execução do PME e o cumprimento de suas metas serão objeto de monitoramento contínuo e
de avaliações periódicas, realizados pelas seguintes instâncias:
§ 2º A cada 2 (dois) anos, ao longo do período de vigência deste PME, a Secretaria Municipal de
Educação, com o suporte de instituições de pesquisas, publicará estudos para aferir a evolução no
cumprimento das metas estabelecidas no Anexo desta Lei.
§ 3º O investimento público em educação a que se refere a Meta 20 do Anexo Único desta Lei,
engloba os recursos aplicados na forma do art. 212 da Constituição Federal e do art. 60 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, bem como os recursos aplicados nos programas suplementares e
de expansão da educação básica e profissional, inclusive da forma de incentivo e isenção fiscal, as bolsas
de estudos concedidas pelo Município do Recife, os subsídios concedidos em programas de
financiamento estudantil e o financiamento de creches, pré-escolas e de educação especial na forma do
art. 213 da Constituição Federal.
Art. 6º Fica mantido o regime de colaboração entre o Município, o Estado de Pernambuco e a União para
a consecução das metas do PME e a implementação das estratégias a serem realizadas.
§ 1º As estratégias definidas no Anexo Único integrante desta lei não excluem a adoção de medidas
visando a formalizar a cooperação entre os entes federados, podendo ser complementadas por
mecanismos nacionais e locais de coordenação e colaboração recíproca.
Art. 8ºO Plano Municipal de Educação da Cidade do Recife abrangerá, prioritariamente, o Sistema
Municipal de Ensino, definindo as metas e estratégias que atendam às incumbências que lhe forem
destinadas por lei.
Art. 9º Assegurar no PME a articulação das políticas educacionais com as demais políticas sociais,
particularmente as culturais, considerando as necessidades específicas das populações em situação de
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 2/25
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Art. 10O Plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais do Município deverão ser
formulados de modo a assegurar a consignação de dotações orçamentárias compatíveis com as diretrizes,
metas e estratégias do PME, a fim de viabilizar sua plena execução.
Art. 11 Até o final do primeiro semestre do nono ano de vigência deste PME, o Poder Executivo
encaminhará à Câmara Municipal do Recife, sem prejuízo das prerrogativas deste Poder, o projeto de lei
referente ao Plano Municipal de Educação a vigorar no período subsequente, que incluirá diagnóstico,
diretrizes, metas e estratégias para o próximo decênio.
Parágrafo único. O processo de elaboração do projeto de lei disposto no caput deverá ser precedido
de consulta popular com a ampla participação de representantes da comunidade educacional e da
sociedade civil.
O Poder Executivo promoverá a realização de, pelo menos, 02 (duas) conferências municipais de
Art. 12
educação até o final do decênio, articuladas e coordenadas em conjunto com o Fórum Municipal de
Educação, com o objetivo de avaliar a execução deste PME.
Parágrafo único. O Fórum Municipal de Educação, além da atribuição referida no caput, acompanhará
a execução do PME e o cumprimento de suas metas.
ANEXO
META 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco)
anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender 70% (setenta por
cento) da demanda das crianças de até (três) anos até o final da vigência deste PME.
ESTRATÉGIAS:
1.1) definir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
metas de expansão e ordenamento das respectivas redes públicas de educação infantil segundo padrão
nacional de qualidade compatível com as peculiaridades locais;
1.2) garantir novas matriculas na educação infantil, contribuindo para universalização, até 2016, do
atendimento à população de 4 a 5 anos residente no Recife, e oferecer novas vagas para, no mínimo, 70%
(setenta por cento) da demanda das crianças de até 3 (três) anjos até o final da vigência deste PME."
1.3) realizar, periodicamente, em regime de colaboração, levantamento da demanda por creche para
a população de até 3 (três) anos, como forma de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda
manifesta;
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 3/25
26/02/2024, 20:45 Lei Ordinária 18147 2015 de Recife PE
1.5) utilizar subsídios de programas do governo federal para aquisição de equipamentos para a rede
escolar pública de educação infantil, voltado à expansão e à melhoria da rede física de creches e pré-
escolas públicas, a partir do início da vigência desse plano;
1.6) melhorar as condições físicas das unidades de educação infantil, equipando-as com mobiliário
adequado, e adaptação para inclusão dos alunos(as) com deficiência e transtornos globais do
desenvolvimento, garantindo o fornecimento de alimentação escolar de qualidade para toda educação
infantil;
1.7) articular a oferta de matrículas gratuitas em creches certificadas como entidades beneficentes de
assistência social na área de educação para a expansão da oferta na rede escolar pública;
1.8) promover a formação continuada dos profissionais de educação infantil, inclusive para a
utilização de softwares educativos, ferramentas e interfaces tecnológicas, priorizando os profissionais da
rede como formadores;
1.10) preservar as especificidades da educação infantil na organização das redes escolares, garantindo
o atendimento da criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos em estabelecimentos que atendam a parâmetros
nacionais de qualidade, e a articulação com a etapa escolar seguinte, visando ao ingresso do (a) aluno(a)
de 6 (seis) anos de idade no ensino fundamental;
1.11) fortalecer a parceria da Secretaria de Educação com o Conselho Tutelar e o Ministério Público
para zelar pela matrícula e frequência das crianças de 4 e 5 anos na educação infantil, criando um
procedimento padrão que facilite a comunicação das unidades de ensino com o sistema de garantia de
direitos da criança e do adolescente, tomando como referência o decreto municipal nº 01/2007 (Projeto
Voltei);
1.12) promover e estimular a parceria escola-família, envolvendo-a nas atividades das unidades
educacionais, com foco no desenvolvimento integral das crianças de até 5 anos de idade, e a parceria com
os postos de saúde da família e centros de referência de assistência social para acompanhamento;
1.13) estabelecer parcerias para o atendimento psicológico aos estudantes da Rede Pública Municipal
de Ensino;
1.14) realizar chamada pública para efetivação da matrícula universal da demanda da população de 4
e 5 anos;
1.15) realizar, com a colaboração da União e do Estado, a cada ano, levantamento da demanda
manifesta por educação infantil em creches e pré-escolas, como forma de planejar e verificar o
atendimento;
1.16) garantir vaga na pré-escola dos alunos oriundos das unidades conveniadas na rede municipal de
ensino, respeitando-se a legislação vigente;
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 4/25
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1.18) realizar concursos públicos para profissionais de educação, quando necessário, visando atender
à demanda proposta pela meta;
1.20) programar no calendário encontros para a discussão e avaliação do projeto político pedagógico
pelos profissionais da unidade, observando-se a política de ensino e respeitando-se os direitos dos
estudantes;
1.21) promover o desenvolvimento dos componentes artes e suas linguagens (artes visuais, dança,
teatro e música), educação ambiental e educação física na educação Infantil.
META 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14
(quatorze) anos e garantir que, no mínimo, 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa
etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PME.
ESTRATÉGIAS:
2.1) reorganizar, em regime de cooperação com o Estado, as redes estadual e municipal com um
levantamento da demanda para garantir o acesso e permanência do estudante com qualidade social,
criando mecanismo para acompanhar a sua permanência na escola;
2.3) manter e ampliar ações de correção de fluxo de ensino fundamental com acompanhamento
individualizado do estudante com rendimento defasado e adoção de práticas como aulas de reforço no
turno complementar, estudos de recuperação e progressão parcial;
2.6) acionar o Conselho Tutelar e o Ministério Público, no caso em que as famílias, injustificadamente,
se neguem ou se ausentem da responsabilidade de matricula das crianças e adolescentes de 6 a 14 anos,
mediante verificação da vaga disponibilizada pelo poder público, sempre que possível, na área próxima ao
seu domicilio;
2.7) realizar chamada pública para efetivação da matrícula universal da demanda de 6 a 14 anos;
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 5/25
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2.8) promover formação continuada aos profissionais da educação não docentes em parceria com as
instituições de ensino, entidades e profissionais da área educacional;
2.9) promover a ampliação e melhoria da rede física escolar a partir do padrão mínimo exigido pelo
MEC;
2.10) promover a relação das escolas com instituições e movimentos culturais, a fim de garantir a
oferta regular de atividades culturais para os (as) alunos (as) dentro e fora dos espaços escolares,
assegurando ainda que as escolas se tornem polos de criação e difusão cultural;
2.12) fortalecer e ampliar parcerias com Conselho Tutelar e agentes comunitários de saúde para
assegurar a aplicação de medidas preventivas na escola, comunicando-se o resultado ao Conselho
Escolar;
2.13) garantir a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade
racial, valorizando as especificidades de cada indivíduo através da construção de políticas públicas e sua
implementação;
2.14) desenvolver formas alternativas de oferta do ensino fundamental, garantida a qualidade, para
atender aos filhos e filhas de profissionais que se dedicam a atividades de caráter itinerante;
2.17) ampliar o acesso da rede pública municipal a computadores em banda larga de alta velocidade
e aumentar a relação computadores/tablets/estudante e docentes nas escolas da rede pública de
educação básica, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e da comunicação.
META 3: colaborar com a União e o Estado para universalizar o atendimento escolar para toda a
população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PME, a
taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).
ESTRATÉGIAS:
3.1) colaborar com a União e o Estado, no que for necessário, para institucionalizar programa nacional
de renovação do ensino médio, a fim de incentivar práticas pedagógicas com abordagens
interdisciplinares estruturadas pela relação entre teoria e prática, por meio de currículos escolares que
organizem, de maneira flexível e diversificada, conteúdos obrigatórios e eletivos articulados em
dimensões como ciência, trabalho, linguagens, tecnologia, cultura e esporte, garantindo-se a aquisição de
equipamentos e laboratórios, a produção de material didático específico, a formação continuada de
professores e a articulação com instituições acadêmicas, esportivas e culturais;
3.2) contribuir na pactuação entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, no âmbito da
instância permanente de que trata o § 5º do art. 7º desta Lei, com a elaboração de proposta de direitos e
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum curricular do
ensino médio;
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 6/25
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3.3) colaborar com o Estado, no que for necessário, para a expansão das matrículas gratuitas de
ensino médio integrado à educação profissional, das comunidades indígenas e quilombolas e das pessoas
com deficiência;
3.4) promover a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania,
dignidade da pessoa humana e na erradicação de todas as formas de discriminação negativa;
3.5) colaborar com o Estado, no que for necessário, para fomentar programas de educação e de
cultura para a população urbana de jovens, na faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, e de
adultos, com qualificação social e profissional para aqueles que estejam fora da escola e com defasagem
no fluxo escolar;
3.7) elevar, em colaboração com o Estado, os números de novas matrículas para a população de 15 a
17 anos que se encontra fora da escola, nos níveis fundamental e médio, e na modalidade Educação de
Jovens e Adultos - EJA.
ESTRATÉGIAS:
4.1) ampliar, em colaboração com o Estado, o número de matrículas para a população de 4 a 17 anos
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;
4.3) garantir aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, a construção de Salas de Recursos Multifuncionais - SRM em 100% das novas
unidades educacionais da rede e ampliar em 50% a adaptação das atuais unidades que possuam
condições físicas para tanto;
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 7/25
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4.7) promover parceria com a Secretaria Municipal de Saúde para mapeamento da população entre 4
e 17 anos de idade com deficiências e transtornos globais do desenvolvimento, para o oferecimento de
estimulação precoce e atendimento multidisciplinar;
4.8) fomentar a criação de centros multidisciplinares por Região Político Administrativa - RPA, para
apoio, pesquisa e assessoria, articulados com instituições acadêmicas, secretarias do município
integrados por profissionais das áreas de saúde, assistência social, pedagogia e psicologia, para apoiar o
trabalho dos (as) professores da educação básica com os (as) alunos (as) com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação;
4.9) ofertar Educação de Jovens e Adultos - EJA, conforme disponibilidade da rede, nos horários em
que houver demanda para estudantes com deficiência, em função de insegurança no horário noturno e
em razão dos alunos fazerem uso de medicamentos sedativos, que os impossibilita de participar das
atividades no turno da noite;
4.10) ampliar a oferta do transporte escolar inclusivo para garantia do deslocamento dos estudantes
com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, no percurso casa/escola, escola/casa e para o
atendimento educacional especializado no contra turno, incluindo os núcleos/centros e os centros
multidisciplinares;
4.11) cooperar com o Programa Nacional de Acessibilidade nas Escolas Públicas para adequação
arquitetônica, oferta de transporte acessível, disponibilização de material didático acessível e recursos de
tecnologia assistiva e oferta da educação bilíngue em língua portuguesa e Língua Brasileira de Sinais -
LIBRAS;
4.12) ampliar, em colaboração com o Estado, a oferta de salas regulares bilíngues na rede municipal
de ensino em unidades educacionais que atendam estudantes de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com
surdez e com deficiência auditiva, tendo a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, como primeira língua e, na
modalidade escrita, a Língua Portuguesa como segunda língua, bem como a adoção do Sistema Braille de
leitura para cegos e surdo-cegos;
4.14) promover o acesso e a permanência na escola dos (as) estudantes com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação;
4.16) ampliar, em colaboração com o Estado, para a população de Recife com idade entre 4 (quatro) e
17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, o acesso à educação básica;
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 8/25
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4.18) articular junto à União a distribuição suplementar de livros didáticos e material didático
específico para estudantes com necessidades educativas especiais;
4.20) mapear a necessidade de reformas e sinalização tátil adequando as escolas para torná-las
acessíveis a todos;
4.21) colaborar com órgãos de saúde, assistência social e direitos humanos, em parceria com as
famílias, com o fim de desenvolver modelos de atendimento voltados à continuidade do atendimento
escolar, na educação de jovens e adultos, das pessoas com deficiência e transtornos globais do
desenvolvimento com idade superior à faixa etária de escolarização obrigatória;
4.22) firmar parcerias com hospitais de referência em atendimento infanto-juvenil para implantação
de classes hospitalares;
4.23) disponibilizar, nas unidades educacionais da rede pública, onde for necessário, o Agente de
Apoio ao Desenvolvimento Escolar Especial para prestar auxílio individualizado aos (às) estudantes com
deficiência e transtornos globais do desenvolvimento que não realizam com independência as atividades
de locomoção, higiene, alimentação, buscando desenvolver a sua autonomia e o seu empoderamento;
4.24) colaborar com a definição de indicadores de qualidade e política de avaliação e supervisão para
o funcionamento de instituições públicas e privadas que prestam atendimento a alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;
4.25) incentivar a inclusão nos cursos de licenciatura e nos demais cursos de formação para
profissionais da educação, inclusive em nível de pós-graduação, observado o disposto no caput do art.
207 da Constituição Federal, dos referenciais teóricos, das teorias de aprendizagem e dos processos de
ensino-aprendizagem relacionados ao atendimento educacional de alunos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;
4.26) promover parcerias com instituições especializadas, visando ampliar as condições de apoio
suplementar ou complementar, ao atendimento dos (as) estudantes com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação matriculados nas unidades educacionais;
4.27) promover a distribuição suplementar de livros didáticos e de material didático específico para
estudantes com deficiências, transtornos globais e altas habilidades/superdotação.
META 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do ensino fundamental.
ESTRATÉGIAS:
5.1) promover a estruturação de processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do ensino
fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-escola, com qualificação e
valorização dos (as) professores (as) alfabetizadores e com apoio pedagógico específico, a fim de garantir
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 9/25
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5.2) colaborar com o Ministério da Educação para a instituição de instrumentos de avaliação nacional
periódicos e específicos para aferir a alfabetização das crianças, aplicados a cada ano, bem como
estimular os sistemas de ensino e as escolas a criarem os respectivos instrumentos de avaliação e
monitoramento, implementando medidas pedagógicas para alfabetizar todos os alunos e alunas até o
final do terceiro ano do ensino fundamental;
5.4) promover e estimular a formação continuada de professores (as) para a alfabetização de crianças,
com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a
articulação entre programas de pós-graduação stricto sensu e de formação continuada de professores (as)
para a alfabetização;
5.5) respeitar o tempo pedagógico das pessoas com deficiência, com transtorno globais do
desenvolvimento, com dificuldades de aprendizagem e em situação de vulnerabilidade e altas
habilidades;
META 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas
públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação
básica.
ESTRATÉGIAS:
6.2) garantir estruturação, nos seus aspectos físicos e pedagógicos, de forma a construir e ampliar
prédios escolares com equipamentos e espaços físicos necessários à escola em tempo integral;
6.3) construir e desenvolver projetos pedagógicos com suporte teórico, metodológico, técnico e
prévio, que estimulem a permanência do aluno na unidade educacional;
6.4) incentivar a participação dos diversos segmentos da escola na construção do currículo das
escolas integrais referente a parte diversificada;
META 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 10/25
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fluxo escolar e garantia da aprendizagem, possibilitando que os estudantes avancem em relação aos
padrões de desempenho nacional.
ESTRATÉGIAS:
7.1) inserir nas avaliações contínuas descritores e modelos/instrumentos utilizados nas avaliações
sistêmicas;
7.2) induzir processo contínuo de autoavaliação das escolas de educação básica, por meio da
constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-
se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação
continuada dos (as) profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática;
7.3) oferecer formação continuada para os (as) professores (as) que atuam nas unidades educacionais
comunitárias, filantrópicas e confessionais conveniadas;
7.4) formalizar e executar os planos de ações articulados a fim de cumprir as metas de qualidade
estabelecidas para a educação básica pública e as estratégias de apoio técnico e financeiro voltadas à
melhoria da gestão educacional, à formação de professores e professoras e profissionais de serviços e
apoio escolares, à ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e expansão da
infraestrutura física da rede escolar;
7.5) apoiar o uso dos resultados das avaliações nacionais pelas escolas para a melhoria de seus
processos e práticas pedagógicas;
7.7) orientar as políticas da rede e sistemas de ensino, de forma a buscar atingir as metas do Ideb,
diminuindo a diferença entre as escolas com os menores índices e a média nacional, garantindo equidade
da aprendizagem e reduzindo a referida diferença pela metade, até o último ano de vigência deste PME;
7.8) fixar, acompanhar e divulgar bienalmente os resultados pedagógicos dos indicadores do sistema
nacional de avaliação da educação básica e do Ideb, e anualmente os resultados do sistema municipal de
avaliação da educação básica;
7.10) elevar o fluxo escolar da rede municipal assegurando as condições específicas, material
pedagógico, estrutura física adequada estabelecida pelo MEC, formação continuada, mediante critérios
de qualidade do processo de ensino e aprendizagem;
7.11) articular junto a União o apoio técnico e financeiro à gestão escolar mediante transferência
direta de recursos financeiros à escola, garantindo a participação da comunidade escolar no
planejamento e na aplicação dos recursos, visando a ampliação da transparência e ao efetivo
desenvolvimento da gestão democrática;
7.12) colaborar com os programas federais de ações de atendimento ao (à) aluno (a), em todas as
etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde;
7.13) assegurar a todas as escolas públicas de educação básica o acesso à energia elétrica,
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 11/25
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abastecimento de água tratada, esgotamento sanitário e manejo dos resíduos sólidos, garantindo o
acesso dos alunos a espaços para a prática esportiva e bens culturais e artísticos, em cada edifício escolar,
garantir a acessibilidade às pessoas com deficiência, até o final da vigência deste plano;
7.14) prover, em regime de colaboração com a União, as escolas públicas da educação básica com
equipamentos e recursos tecnológicos digitais para a utilização pedagógica no ambiente escolar, criando,
inclusive, mecanismos para implementação das condições necessárias para a universalização das
bibliotecas nas instituições educacionais, com acesso a redes digitais de computadores, inclusive a
internet;
7.15) promover políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo desenvolvimento de ações
destinadas à capacitação de educadores para detecção dos sinais de suas causas, como a violência
doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providências adequadas para promover a construção da
cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade;
7.16) implementar políticas de inclusão e permanência na escola para crianças, adolescentes e jovens
que sejam cumpridores de medidas sócio-educativa, que estejam em situação de rua, trabalho infantil,
exploração ou abuso sexual, drogadição ou acolhimento em instituição, assegurando os princípios da Lei
nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto de Criança e do Adolescente;
7.17) garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas afro-brasileira,
recifense, pernambucana e indígenas e implementar ações educacionais, nos termos das Leis nºs 10.639,
de 9 de janeiro de 2003, e 11.645, de 10 de março de 2008, assegurando-se a implementação das
respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com fóruns de educação
para a diversidade étnico-racial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e a sociedade civil;
7.18) mobilizar as famílias articulando-se ensino escolar e educação propriamente dita que se recebe
no seio familiar, com o propósito de que a formação seja entendida como fruto do ensino e da educação,
a fim de ampliar o controle dos pais, mães e responsáveis sobre o cumprimento das políticas públicas
educacionais;
7.19) estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para a promoção, prevenção, atenção à
saúde e à integridade física, mental e emocional dos (das) profissionais da educação, como condição para
a melhoria da qualidade educacional;
7.20) aderir ao sistema estadual de avaliação da educação básica, para orientar as políticas públicas e
as práticas pedagógicas, com o fornecimento das informações às escolas e à sociedade;
7.21) promover, em colaboração com o Estado, a regulação da oferta da educação básica pela
iniciativa privada, de forma a garantir a qualidade e o cumprimento da função social da educação;
7.22) estabelecer políticas de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no Ideb, de modo a
valorizar o mérito do corpo docente, da direção e da comunidade escolar;
7.24) promover políticas públicas de prevenção ao uso de álcool, crack e outras drogas nas escolas,
inclusive através do desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores no intuito de
realizar orientação e analisar riscos potenciais no ambiente de ensino, favorecendo a adoção das
providências adequadas para evitar propagação e incentivo ao consumo das substâncias supracitadas,
além da realização semestral de palestras e seminários nas escolas, contribuindo para a promoção de um
ambiente escolar prevenido;
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 12/25
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estudo no último ano de vigência deste PME, nas regiões de menor escolaridade no município e dos 25%
(vinte e cinco por cento) mais pobres da população recifense, e igualar a escolaridade média entre negros
e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
ESTRATÉGIAS:
8.3) ampliar programas e desenvolver tecnologias para correção de fluxo escolar, para
acompanhamento pedagógico individualizado e para recuperação, bem como focar o acompanhamento
mais efetivo dos estudantes com rendimento escolar defasado, considerando as especificidades dos
segmentos populacionais considerados;
8.4) potencializar a reclassificação dos estudantes que já frequentam as salas de aulas de Educação de
Jovens e Adultos - EJA, a fim de detectar e efetivar a progressão ao longo do ano;
8.5) ampliar matrícula nas turmas de Educação de Jovens e Adultos - EJA para os segmentos
populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade-
série, associados a outras estratégias que garantam a continuidade da escolarização após a alfabetização
inicial;
8.6) promover, em parceria com as áreas da saúde, assistência social, conselhos tutelares e Ministério
Público, o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola para os segmentos populacionais
considerados na meta, identificando motivos de afastamentos e colaborando com o sistema e rede de
ensino na garantia de frequência e apoio à aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do
atendimento dos estudantes na rede pública;
8.7) implementar políticas públicas educacionais de inclusão social que promovam equidade;
8.8) colaborar com o Estado e União para viabilizar a educação profissionalizante, oferecendo uma
formação que possibilite a inclusão no mercado de trabalho;
8.11) acompanhar, monitorar e avaliar, em regime de colaboração com a União e Estado, políticas
públicas de inclusão social dos/das estudantes trabalhadores/as de baixa renda, dos estudantes negros,
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 13/25
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indígenas, quilombolas e dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação;
8.12) promover busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos segmentos populacionais
considerados na meta, em parceria com as áreas de assistência social, saúde e proteção à juventude;
8.13) realizar chamada pública desta demanda, com oferta de atendimento regular nas turmas de
Educação de Jovens e Adultos - EJA, na etapa ensino fundamental;
8.14) promover ações voltadas ao cumprimento das diretrizes das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008,
durante o ano letivo, de forma transdisciplinar, respeitando a política de ensino da rede;
8.15) assegurar aos segmentos escolares, sob coordenação da Secretaria Municipal de Educação, uma
política de formação continuada, ampliando os espaços para reflexão nas escolas que envolvam as
famílias, a comunidade
escolar, as/os estudantes e as/os profissionais da educação, docentes e não docentes, nas discussões
sobre questões de direitos humanos, reconhecendo a dignidade da pessoa humana, sobre ética,
cidadania e erradicação de todas as formas de discriminação negativa;
8.16) ampliar e atualizar o acervo das bibliotecas escolares, disponibilizando documentos, textos,
livros, revistas e recursos audiovisuais, mídias digitais que tenham como referência os estudos sobre
direitos humanos, etnias, comunidades quilombolas e indígenas e as influencias dessas diversidades
culturais na formação da nossa história e, sobre tudo, os grandes clássicos da literatura universal, cujas
obras já foram consagradas pelo tempo;
8.17) desenvolver políticas permanentes de combate ao assédio moral, sexual e todas as formas
discriminatórias que agridam a dignidade da pessoa humana;
8.19) qualificar o preenchimento no censo escolar das escolas da rede municipal do quesito cor/raça
em diálogo com universidades e IES públicas e organizações da sociedade civil, realizando a formação dos
profissionais e gestores da educação para realização dessa atividade, obrigatório para todas as esferas
públicas;
8.21) estabelecer parceria com Instituições de Ensino Superior para realização de pós-graduação lato
sensu e strito sensu, tendo em vista o enriquecimento da formação de nível superior que abordem a
temática das diversidades de culturas e povos que contribuíram para a formação da nossa história;
8.22) fortalecer o vínculo com o Conselho Tutelar e outras instâncias no Município que atuam na área
de proteção à infância e adolescência no que tange ao direito do estudante no ambiente escolar e social;
8.23) fomentar práticas e espaços de educação para diversidades étnico-racial e cultural com ampla
participação dos setores sociais historicamente marginalizados, a fim de que o processo educativo seja
uma realidade de reinvenção permanente do que está instituído;
8.24) promover, em regime de colaboração com a União e Estado, formação continuada dos docentes
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 14/25
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8.26) permitir o acesso das crianças e adolescentes com deficiência nas ações desenvolvidas pelo
Núcleo de Artes e Cultura - NAC da Secretaria de Educação;
8.27) promover nas creches estimulação essencial para crianças com deficiência, estruturando seu
trabalho com recursos humanos qualificados, como também com equipamentos adequados, no objetivo
de prevenir ou minimizar a incidência de comprometimentos futuros;
8.28) incentivar as pessoas com deficiência a participarem de projetos sociais desenvolvidos pela
Prefeitura do Recife nas áreas de educação, esporte, cultura e lazer.
META 9: elevar, em colaboração com a União e o Estado, a taxa de alfabetização da população com 15
(quinze) anos ou mais, contribuindo para a redução do analfabetismo absoluto e analfabetismo funcional
até o final deste PME.
ESTRATÉGIAS:
9.1) garantir, sob coordenação da Secretaria Municipal de Educação, a oferta da educação para jovens
e adultos, com a presença da equipe gestora responsável pela unidade escolar em todos os turnos;
9.2) estabelecer programas, em parceria com a União e Estado, que assegurem às escolas públicas de
ensino fundamental, localizadas em bairros caracterizados por analfabetismo e baixa escolaridade, a
oferta de projetos de alfabetização, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais propostas para a
Educação de Jovens e Adultos;
9.4) realizar diagnóstico da situação dos jovens e adultos com ensino fundamental incompleto,
identificando o quantitativo e as necessidades dos estudantes a fim de conhecer a demanda ativa por
vagas e assegurar o adequado planejamento da oferta, considerando a faixa etária, o turno adequado e a
variabilidade didático-metodológica;
9.5) estabelecer uma política municipal de formação de leitores, priorizando os bairros com maiores
índices de analfabetismo e/ou baixa escolaridade;
9.6) potencializar projetos de incentivo à leitura nas bibliotecas das escolas da rede para Educação de
Jovens e Adultos - EJA;
9.7) articular-se com os meios de comunicação para realizar chamadas públicas regulares para
Educação de Jovens e Adultos - EJA;
9.8) ampliar ações de atendimento ao estudante da Educação de Jovens e Adultos - EJA por meio de
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 15/25
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9.9) apoiar e estimular, em parceria com as instituições e entidades educacionais, projetos inovadores
na área da Educação de Jovens e Adultos - EJA que visem o desenvolvimento de modelos adequados às
necessidades específicas desses estudantes, realizando anualmente o levantamento e a avaliação das
experiências em alfabetização de jovens e adultos, que constituam referências para os esforços nacional,
estadual e municipal contra o analfabetismo;
9.10) colaborar com o Estado e União para implementar programas de formação continuada
tecnológica e inclusão digital da população jovem e adulta, direcionados para os segmentos com baixos
níveis de escolarização formal e para os (as) alunos (as) com deficiência, articulando os sistemas de ensino
que favoreçam a efetiva inclusão social e produtiva dessa população;
9.11) oferecer estrutura física, tecnológica e profissional capacitado para a Educação de Jovens e
Adultos - EJA respeitando as especificidades;
9.12) considerar, nas políticas públicas Educação de Jovens e Adultos - EJA, as necessidades dos
idosos, com vistas à promoção de políticas de erradicação do analfabetismo, ao acesso a tecnologias
educacionais e atividades recreativas, culturais e esportivas, à
9.13) priorizar que os professores que atuam nas turmas de Módulo I e II tenham formação e
experiência em alfabetização de jovens e adultos;
9.14) oferecer formação continuada na área de alfabetização de jovens e adultos para professores
que atuam nas turmas de Módulos I, II e III da Educação de Jovens e Adultos - EJA.
META 10: articular em Regime de Colaboração entre a União, o Estado de Pernambuco e a Cidade do
Recife a oferta de, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e
adultos, nas etapas e modalidades fundamental e médio, integrada à educação profissional.
ESTRATÉGIAS:
10.1) colaborar com a União o Estado na implementação do programa nacional de educação de jovens e
adultos no âmbito do território do município do Recife, ofertando matrículas do ensino fundamental e
médio com formação profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da educação básica;
10.2) Colaborar com a União o Estado para expandir as matrículas na educação de jovens e adultos, de
modo a articular a formação inicial e continuada de trabalhadores com a educação profissional,
objetivando a elevação do nível de escolaridade do trabalhador e da trabalhadora;
10.3) fomentar, com a colaboração da União e Estado, a integração da educação de jovens e adultos com
a educação profissional, em cursos planejados, de acordo com as características do público da educação
de jovens e adultos e considerando as especificidades das populações itinerantes e das comunidades
indígenas e quilombolas, inclusive na modalidade de educação a distância;
10.4) ampliar as oportunidades profissionais dos jovens e adultos com deficiência e baixo nível de
escolaridade, por meio do acesso à educação de jovens e adultos articulada à educação profissional;
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10.11) estimular, em colaboração com a União e o Estado, o acesso e a permanência dos jovens e adultos
no ensino fundamental, médio e Profissional, através de Programas de incentivo.
META 11: colaborar com a União e o Estado para a ampliação das matrículas da educação profissional
técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.
ESTRATÉGIAS:
11.1) colaborar com a União para expansão das matrículas de educação profissional técnica de nível
médio na rede federal de educação profissional, científica e tecnológica, levando em consideração a
responsabilidade dos Institutos na ordenação territorial, sua vinculação com arranjos produtivos, sociais e
culturais locais e regionais, bem como a interiorização da educação profissional;
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11.7) colaborar com a União e o Estado para a expansão da oferta de educação profissional técnica de
nível médio para as pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação, estimulando a utilização das tecnologias adequadas a sua inclusão;
META 12: colaborar com a União e Estado no processo de elevação da taxa bruta de matrícula na
educação superior para 50% (cinquenta por cento) e da taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da
população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para,
no mínimo, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.
ESTRATÉGIAS:
para a formação de professores e professoras para a educação básica, nas áreas de ciências e matemática,
bem como para atender ao déficit de profissionais em áreas específicas;
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12.5) mapear, em colaboração com o Estado e União, a demanda e fomentar a oferta de formação de
pessoal de nível superior em todas as áreas, destacadamente a que se refere à formação nas áreas de
ciências e matemática, considerando as necessidades do desenvolvimento do Município do Recife, a
inovação tecnológica e a melhoria da qualidade da educação básica;
META 13: colaborar com a União e o Estado, quando pertinente, no processo de elevação da qualidade da
educação superior e da ampliação da proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo
exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do
total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.
ESTRATÉGIAS:
13.2) colaborar com a implantação no âmbito do território do Município do Recife da estratégia do PNE:
promover a melhoria da qualidade dos cursos de pedagogia e licenciatura, por meio da ampliação de
instrumento próprio de avaliação aprovado pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior -
CONAES, integrando-os às demandas e necessidades das redes de educação básica, de modo a permitir
aos graduados a aquisição das qualificações necessárias a conduzir o processo pedagógico de seus futuros
alunos/as, combinando formação geral e específica com a prática didática, além da educação para as
relações étnico-raciais e as necessidades das pessoas com deficiência.
META 14: colaborar com a União e Estado de Pernambuco no processo de elevação gradual do número de
matrículas na pós-graduação stricto sensu.
ESTRATÉGIAS:
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 19/25
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estímulo à inovação, bem como incrementar a formação de recursos humanos, para a inovação, de modo
a buscar o aumento da competitividade das empresas de base tecnológica;
14.6) colaborar com a União e o Estado para estimular a pesquisa científica e de inovação e promover a
formação de recursos humanos que valorize a sustentabilidade da diversidade regional e da
biodiversidade do bioma da Mata Atlântica e da Caatinga;
14.7) colaborar com a União e o Estado para estimular a pesquisa aplicada, no âmbito das instituições de
ensino superior e das instituições científicas e tecnológicas, de modo a incrementar a inovação e a
produção e registro de patentes.
META 15: colaborar, em parceria com a União e o Estado, no âmbito do território do município do Recife,
no processo da política nacional de formação dos profissionais da educação básica de que tratam os
incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurando que todos os
profissionais do magistério e de apoio ao magistério da rede pública municipal possam ter acesso à
formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que
atuam.
ESTRATÉGIAS:
15.1) estabelecer parceria com Instituições de Ensino Superior - IES para oferecer cursos de licenciatura
para os professores de nível médio durante a vigência deste PME;
específica na educação superior, nas respectivas áreas de atuação, aosdocentes com formação de nível
médio na modalidade normal, não licenciados ou licenciados em área diversa da de atuação docente, em
efetivo exercício;
15.6) oferecer formação continuada para docentes e não docentes que atuam nas unidades educacionais
comunitárias, filantrópicas ou confessionais conveniadas com a Secretaria de Educação do Recife,
conforme incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 20/25
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15.7) incentivar publicações de caráter científico dos professores da rede municipal de ensino, em
articulação com instituições de ensino e seus conselhos editoriais.
META 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinqüenta por cento) dos professores da educação
básica, até o último ano de vigência deste PME, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação
básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e
contextualizações dos sistemas de ensino.
ESTRATÉGIAS:
16.1) oferecer cursos de qualificação profissional e/ou especialização, atendendo aos profissionais de
educação infantil, educação de jovens e adultos, educação especial e ensino fundamental, a partir do
primeiro ano de vigência do plano, em parceria com o Ministério da Educação;
16.2) estabelecer convênio com instituições de educação superior, para oferecer cursos de extensão e
participação em pesquisas;
16.3) estimular a articulação entre a pós-graduação, núcleos de pesquisa, cursos de formação e entidades
ligadas a educação, de modo a garantir a elaboração de currículos e propostas pedagógicas capazes de
incorporar os avanços de pesquisas ligadas ao processo ensino-aprendizagem e teorias educacionais no
atendimento da população;
16.4) ampliar, em colaboração com o Estado e a União, o número de vagas para os profissionais da
educação nos cursos de formação continuada na área da Educação Inclusiva;
16.5) ampliar, em colaboração com o Estado e a União, as políticas e programas de formação continuada
dos profissionais da educação, inclusive ampliando a oferta de pós-graduação para professores/as da
educação básica;
16.6) promover na política de formação continuada para profissionais de educação, temas contidos no
estatuto da criança e do adolescente (ECA), no sistema nacional de atendimento socioeducativo (SINASE),
nas resoluções do conselho nacional dos direitos da criança e do adolescente (CONANDA), da secretaria
especial de direitos humanos (SEDH), na declaração universal dos direitos humanos e no estatuto do
idoso;
16.8) estimular que a formação dos/as profissionais da educação da rede municipal do Recife seja
realizada pelos técnicos da Secretaria de Educação e/ou em parceria com as instituições de ensino
superior,prioritariamente públicas, e entidades ligadas à causa educacional, além de convidados e
profissionais que possam contribuir com a prática pedagógica;
16.10) oferecer formação continuada para os/as auxiliares de desenvolvimento infantil (ADI) a partir do
primeiro ano de vigência deste plano;
16.11) informatizar integralmente a gestão da secretaria de educação municipal e das escolas públicas na
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16.12) apoiar a ampliação da plataforma Freire, do Ministério da Educação, especialmente para as áreas
de formação continuada de professores e funcionários, garantindo logística e divulgação;
16.13) promover e enriquecer os processos de elaboração de conteúdos para a formação continuada dos
profissionais de educação, valorizando a socialização das práticas de ensino;
16.14) oferecer a infraestrutura adequada para disseminar o uso das tecnologias e conteúdos
multimidiáticos para todos os atores envolvidos no processo educativo, oferecendo formação específica
para esse fim;
16.15) disponibilizar, em parceria com o governo federal, recursos e financiamentos para a construção de
projetos elaborados pela escola com a participação dos profissionais do GOM, desde que estes estejam
alinhados com a Política de Ensino e com prioridades da rede.
META 17: colaborar com a União e o Estado no processo de valorização dos profissionais do magistério
das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos demais
profissionais com escolaridade equivalente.
ESTRATÉGIAS:
17.1) contribuir com o Ministério da Educação para constituição do fórum permanente previsto na
estratégia 17.1 do PNE, que terá como finalidade o acompanhamento da atualização progressiva do valor
do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica;
17.2) articular com a União a ampliação da assistência financeira específica ao Município para
implementação de políticas de valorização dos profissionais do magistério, em particular o piso salarial
nacional profissional;
17.3) implantar, em colaboração com a União e o Estado, o programa de qualidade de vida e promoção à
saúde dos profissionais da educação em parceria com Centros de Referência de saúde do trabalhador;
17.4) articular convênios com universidades públicas e privadas para graduação e pós graduação,
mestrado e doutorado, garantindo oportunidade para estimular a formação
META 18: Implantar no âmbito do Município do Recife, plano de cargos e carreira para todos os
Profissionais da Educação, docentes e não docentes da rede pública municipal, observada a LDB em seu
artigo 61, respeitadas as especificidades de cada Cargo, tomando como base o PSPN - Piso Salarial
Profissional Nacional definido em Lei Federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição
Federal."
ESTRATÉGIAS:
18.1) implantar, na rede pública de educação básica, acompanhamento dos profissionais iniciantes,
supervisionados por equipe de profissionais de carreira com mais tempo na rede, a fim de fundamentar,
com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer,
durante esse período, curso de aprofundamento de estudos na
área de atuação do (a) professor (a), com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as
metodologias de ensino de cada disciplina;
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 22/25
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18.2) colaborar com a realização, por iniciativa do Ministério da Educação, a cada 2 (dois) anos a partir do
segundo ano de vigência deste PNE, da prova nacional para subsidiar os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, mediante adesão, na realização de concursos públicos de admissão de profissionais do
magistério da educação básica pública;
18.3) prever, nos planos de carreira dos profissionais da educação do Município, incentivos para
qualificação profissional e formação continuada ofertada pela rede, inclusive em nível de pós-graduação
stricto sensu;
18.4) realizar anualmente, a partir do segundo ano de vigência deste PME, em colaboração com o
Ministério da Educação, o censo de todos (as) profissionais da educação básica em todos os segmentos;
18.5) alinhar o plano de carreira para os profissionais do magistério da rede pública municipal de ensino
às diretrizes do Plano Nacional de Educação, observados os critérios estabelecidos na Lei nº 11.738, de 16
de julho de 2008.
18.6) Assegurar incentivo de natureza remuneratória aos profissionais de educação não docentes que
permaneçam em atividade nas creches e creches-escolas durante o recesso escolar, a ser pago uma vez
por ano, no percentual de 10% (dez por cento) do vencimento básico do cargo.
18.7) Assegurar já no 1º (primeiro) ano de vigência deste PME, a todos os profissionais da educação os
bônus para Bienal e Fliporto, estendendo o bônus cultural para os profissionais não docentes, no mesmo
valor para todos."
META 19: assegurar condições para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios
técnicos de mérito e desempenho e a consulta à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas,
prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.
ESTRATÉGIAS:
conjuntamente, para a nomeação dos diretores e diretoras de escola, critérios técnicos de mérito e
desempenho, bem como a participação da comunidade escolar;
19.2) ampliar programas de formação continuada do Conselho de Controle Social do Fundeb; dos
conselheiros do CME; Conselho de alimentação escolar e conselheiros escolares, garantindo a esses
conselhos os recursos financeiros, espaço adequado e equipamento pedagógico, com vistas ao bom
desempenho de suas funções;
19.4) promover a constituição dos conselhos das unidades escolares, em todos os níveis de ensino como
instrumentos de participação na gestão escolar e oferecer programas de formação continuada aos
conselheiros;
19.5) estimular formação continuada, em nível de extensão e aperfeiçoamento, para gestores escolares;
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 23/25
26/02/2024, 20:45 Lei Ordinária 18147 2015 de Recife PE
fim de apoiar a aplicação da prova nacional específica, com a finalidade de subsidiar a definição de
critérios objetivos para o provimento dos cargos, cujos resultados possam ser utilizados por adesão;
19.8) estimular a ampla divulgação pelos gestores escolares da prestação de contas financeira da gestão
das Unidades Educacionais, para a comunidade escolar.
META 20: aplicar, no mínimo, o percentual constitucional obrigatório de 25% (vinte e cinco por cento) da
receita do município resultante de impostos, compreendida a proveniente das transferências
constitucionais, na educação pública municipal, de forma a colaborar com o alcance da Meta do Plano
Nacional de Educação, para atingir o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do
País no 5º (quinto) ano de vigência da Lei nº 13.005/2014 e o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao
final do decênio.
ESTRATÉGIAS:
20.1) acompanhar a aplicação dos recursos do pré-sal vislumbrando e reivindicando um debate coletivo
para o melhor resultado na destinação dos referidos recursos para o Município, visibilizando as metas da
qualidade da educação;
20.5) buscar recursos, em acréscimo aos determinados nesta meta 20, por meio de regime de
colaboração com o Estado e União, para garantir a plena execução das metas e estratégias determinadas
neste plano.
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 24/25
26/02/2024, 20:45 Lei Ordinária 18147 2015 de Recife PE
https://leismunicipais.com.br/a/pe/r/recife/lei-ordinaria/2015/1815/18147/lei-ordinaria-n-18147-2015-aprova-o-plano-municipal-de-educacao 25/25
Apresentação
7
Brasil e em países mais desenvolvidos, que vem trazendo contribuições
importantes para o entendimento do significado das interações e
das vivências da criança pequena e o papel que desempenham em
seu desenvolvimento psicológico, físico, social e cultural; discussões
nacionais e internacionais sobre os direitos das crianças e a qualidade
dos serviços voltados para a população infantil.
8
Foto: Carochinha/Coseas/USP
9
10
ESTA CRECHE RESPEITA A CRIANÇA
11
Foto: Carochinha/Coseas/USP
12
ESTA CRECHE RESPEITA A CRIANÇA
Critérios para a unidade creche
13
Nossas crianças têm direito à brincadeira
14
Nossas crianças têm direito à atenção individual
• Chamamos sempre as crianças por seu nome
• A criança é ouvida
15
• Crianças com dificuldades especiais recebem apoio para participar das
atividades e brincar com os colegas
16
Nossas crianças têm direito a um ambiente
aconchegante, seguro e estimulante
• Arrumamos com capricho e criatividade os lugares onde as crianças
passam o dia
• Nossa creche demonstra seu respeito às crianças pela forma como está
arrumada e conservada
17
Nossas crianças têm direito ao contato
com a natureza
• Nossa creche procura ter plantas e canteiros em espaços disponíveis
• Nossas crianças podem olhar para fora através de janelas mais baixas
e com vidros transparentes
18
Nossas crianças têm direito à higiene e à saúde
• Nossas crianças têm direito de manter seu corpo, cuidado, limpo e
saudável
19
Nossas crianças têm direito a uma alimentação sadia
20
Nossas crianças têm direito a desenvolver sua
curiosidade, imaginação e capacidade de expressão
• Nossas crianças têm direito de aprender coisas novas sobre seu bairro,
sua cidade, seu país, o mundo, a cultura e a natureza
21
• Bebês e crianças bem pequenas aproveitam a companhia de crianças
maiores para desenvolver novas habilidades e competências
22
Nossas crianças têm direito ao movimento
em espaços amplos
• Nossas crianças têm direito de correr, pular e saltar em espaços amplos,
na creche ou nas suas proximidades
23
Nossas crianças têm direito à proteção,
ao afeto e à amizade
• Nossas crianças sabem que são queridas quando percebem que suas
famílias são bem-vindas e respeitadas na creche
24
Nossas crianças têm direito a expressar
seus sentimentos
• Nossas crianças têm direito à alegria e à felicidade
25
Nossas crianças têm direito a uma especial atenção
durante seu período de adaptação à creche
• As crianças recebem nossa atenção individual quando começam a
freqüentar a creche
26
Nossas crianças têm direito a desenvolver sua
identidade cultural, racial e religiosa
• Nossas crianças têm direito a desenvolver sua auto-estima
27
A POLÍTICA DE CRECHE RESPEITA A CRIANÇA
Critérios para políticas e programas de creche
Fúlvia Rosemberg
29
Foto: Carochinha/Coseas/USP
30
A POLÍTICA DE CRECHE RESPEITA CRIANÇA
Critérios para políticas e programas de creche
31
A política de creche respeita os direitos
fundamentais da criança
• As creches não estão sendo usadas por crianças com mais de 7 anos
como alternativa à educação de 1º grau
32
• O orçamento para as creches é suficiente para oferecer um
atendimento digno às crianças e um reconhecimento do trabalho do
adulto profissional
• As pessoas que trabalham nas creches que trabalham nas creches são
reconhecidas e tratadas como profissionais nos planos da formação
educacional, do processo de seleção, do salário e dos direitos
trabalhistas
33
A política de creche está comprometida com o
bem-estar e o desenvolvimento da criança
34
A política de creche reconhece que as crianças têm direito
a um ambiente aconchegante, seguro e estimulante
• Os profissionais responsáveis elaboram projetos de construção ou
reforma dos prédios das creches que visam em primeiro lugar as
necessidades, o bem-estar e o desenvolvimento das crianças
• O orçamento possibilita construção ou reforma adequada dos prédios
das creches
• Os prédios das creches recebem manutenção periódica
• O orçamento das creches prevê compra, reposição e manutenção de
mobiliário, equipamentos e materiais necessários para que os ambientes
sejam aconchegantes, seguros e estimulantes
• O orçamento das creches prevê compra, reposição e manutenção de
roupas necessárias para as crianças dormirem, se trocarem em caso
de imprevistos e se lavarem
• Os prédios contam com espaço interno e externo adequado ao número
de crianças atendidas e às necessidades de sua faixa etária
• Os prédios oferecem condições adequadas para o bem-estar e o
conforto da crianças: insolação, iluminação, ventilação, sonorização,
esgoto e água potável
• Os prédios oferecem condições adequadas para as necessidades
profissionais e pessoais dos adultos
• Os ambientes das creches são adequados às funções de educar e
cuidar de crianças pequenas
• As creches dispõem de espaços externos sombreados, sem entulho,
lixo, ou outras situações que ofereçam perigo às crianças
• O programa prevê a manutenção dos espaços verdes das creches para
que ofereçam condições de uso sem perigo
• Os espaços internos das creches, seu mobiliário e o material disponível
permitem que a criança brinque, durma, aprenda, se alimente, vá ao
banheiro, se lave e tenha privacidade
• As creches dispõem de mesas, cadeiras, mamadeiras, pratos e talheres
para as crianças se alimentarem
• As creches respeitam a regulamentação local sobre normas de
segurança e higiene
• Os adultos recebem formação prévia e em serviço sobre como criar,
arrumar conservar e usar um ambiente aconchegante, seguro e
estimulante para as crianças
35
A política de creche reconhece que as crianças
têm direito à higiene e à saúde
• Os prédios das creches são limpos, arejados e bem insolados, evitando ser
espaços propagadores de doenças entre as crianças
• O esgotamento sanitário não corre pelos pátios das creches e nos espaços
próximos
36
A política de creche reconhece que as crianças
têm direito a uma alimentação saudável
37
A política de creche reconhece que as crianças
têm direito à brincadeira
38
A política de creche reconhece que as crianças
têm direito a ampliar seus conhecimentos
39
A política de creche reconhece que as crianças
têm direito ao contato com a natureza
40
BIBLIOGRAFIA
ABBOT – SHIM, Martha e SIBLEY, Anette. Assessment profile for early childhood
programs. Manual administration. Nova Zelândia, 1987.
41
Agradecimentos
Versões preliminares deste documento foram apresentadas em
diferentes fóruns e discutidas por vários especialistas que assim
contribuíram para que se chegasse ao formato atual.
42
COLEÇÃO PROINFANTIL
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Básica
Secretaria de Educação a Distância
Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil
COLEÇÃO PROINFANTIL
MÓDULO III
unidade 6
livro de estudo - vol. 2
Karina Rizek Lopes (Org.)
Roseana Pereira Mendes (Org.)
Vitória Líbia Barreto de Faria (Org.)
Brasília 2006
Diretora de Políticas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental
Jeanete Beauchamp
Coordenação Pedagógica
Roseana Pereira Mendes, Vitória Líbia Barreto de Faria
Assessoria Pedagógica
Sônia Kramer, Anelise Monteiro do Nascimento, Claudia de Oliveira Fernandes, Hilda Aparecida Linhares da Silva
Micarello, Lêda Maria da Fonseca, Luiz Cavalieri Bazilio, Regina Maria Cabral Carvalho, Silvia Néli Falcão Barbosa
Autoria
Ana Maria Araújo Mello, Beatriz Mangione Sampaio Ferraz, Carmen Torres, Cláudia da Silva Farache, Denise
Maria de Carvalho Lopes, Fátima Regina Teixeira de Salles Dias, Gilka Silva Pimentel, Ligia Maria Motta Lima
Leão de Aquino, Mara Vasconcelos, Maria Carmen Silveira Barbosa, Maria Cristina Leandro Paiva, Maria da
Graça Souza Horn, Maria Estela Costa Holanda Campelo, Renata Bravo Barbosa, Stefânia Padilha Costa,
Vital Didonet, Vitória Líbia Barreto de Faria
O uso das imagens da pintora Tarsila do Amaral, contidas nesse livro, foram autorizadas pelo Sr. Guilherme
Augusto do Amaral e demais herdeiros da pintora.
Livro de estudo: Módulo III / Karina Rizek Lopes, Roseana Pereira Mendes, Vitória
L788 Líbia Barreto de Faria, organizadoras. – Brasília: MEC. Secretaria de Educação
Básica. Secretaria de Educação a Distância, 2006.
68p. (Coleção PROINFANTIL; Unidade 6)
CDD: 372.2
CDU: 372.4
MÓDULO III
unidade 6
livro de estudo - vol. 2
Programa de Formação
Inicial para Professores
em Exercício na Educação Infantil
SUMÁRIO
B - ESTUDO DE TEMAS
ESPECÍFICOS 8
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
SAÚDE COLETIVA: AMBIENTE SAUDÁVEL ......................................... 9
Seção 1 – Ambiente saudável: conceitos básicos de saúde e
ambiente ........................................................................... 11
Seção 2 – Atenção básica à saúde: a articulação da instituição de
Educação Infantil com outros profissionais e programas
de saúde e saneamento básico ........................................ 15
Seção 3 – Cuidados básicos com os ambientes da instituição de
Educação Infantil .............................................................. 20
Seção 4 – Prevenção de acidentes e primeiros socorros ................. 22
c – ATIVIDADES INTEGRADoraS 64
b - ESTUDO DE TEMAS ESPECÍFICOS
8
Fundamentos da Educação
SAÚDE COLETIVA: AMBIENTE SAUDÁVEL
9
- ABRINDO NOSSO DIÁLOGO
Olá, professor(a)!
Neste texto, vamos estudar o que é saúde, por que algumas pessoas têm mais saúde
e outras menos, quais os principais problemas de saúde acometem as crianças de 0 a
6 anos de idade, como agir em casos de acidentes envolvendo crianças, no ambiente
da creche, pré-escola ou escola, um dos espaços para as trocas, interações e vivências
em saúde.
Pretendemos que você perceba a importância da saúde como direito de todo cidadão,
seja criança, adolescente, adulto ou idoso.
Professor(a), ao final deste texto, esperamos que você tenha ampliado o seu
conhecimento, sendo capaz de:
4. Conhecer as orientações básicas com relação aos riscos aos quais as crianças
estão sujeitas, tendo a família como aliada para se evitar os acidentes,
promovendo cuidados preventivos e conhecendo as ações básicas de
primeiros socorros.
Este texto está organizado em quatro seções: a primeira discorre sobre a saúde
como direito das pessoas, apresentando o conceito de saúde; a segunda destaca a
importância de ambientes saudáveis para as crianças se desenvolverem; a terceira
apresenta as doenças mais freqüentes quando se é criança, discutindo quais devem
ser as medidas adotadas pela creche, pré-escola ou escola diante de uma ou mais
crianças doentes; e a quarta, e última seção, aborda os cuidados para prevenir
acidentes e os procedimentos de primeiros socorros nas instituições educacionais.
10
Seção 1 – Ambiente saudável: conceitos básicos de saúde e ambiente
Nesta seção, estudaremos o conceito de saúde e por que algumas pessoas têm mais
saúde e outras menos. Como e por que isso acontece?
Para responder a essa pergunta, é necessário falar um pouco sobre a evolução histórica
do conceito de saúde. Na década de 40, o conceito de saúde era simplesmente a
ausência de doença. Atualmente, considera-se que para uma pessoa ter saúde ela
precisa de alimentação adequada e suficiente, moradia digna, saneamento básico,
transporte, educação, acesso e posse da terra, acesso aos serviços de saúde, trabalho,
renda e lazer. Além desses fatores, podemos dizer que o estado de saúde das pessoas
pode ser influenciado pelo grau de participação delas nas decisões da comunidade,
pela afetividade, espiritualidade, sexualidade, gênero, violência, discriminação,
dominação, drogas, falta de proteção no trabalho e a diversidade cultural.
Todos esses fatores foram incluídos no conceito ampliado de saúde, formulado pela
Organização Mundial de Saúde.
11
Devemos lembrar sempre que...
As condições de vidas das pessoas, ou seja, como elas moram, o que comem,
como trabalham, quanto ganham, o grau de participação e mobilização social da
comunidade em que vivem, se dispõem de tempo livre e dinheiro para o lazer com
sua família, entre outros fatores, é que determinam a condição de saúde dos
indivíduos na sociedade ou no meio em que vivem. Podemos falar que saúde e
doença são processos determinados social e historicamente.
Atividade 1
Com base no que estudamos até aqui, você poderia afirmar que o ambiente
onde está localizada a instituição onde você trabalha oferece boas condições
de saúde à população que mora no lugar? Justifique sua resposta.
12
No Brasil, a Constituição Federal, em 1988, determina, no seu Artigo 196:
Esse artigo garante que todas as pessoas têm direito à saúde e que é dever do Estado
assegurar esse direito por meio de políticas sociais. Isso significa dizer que todos os
indivíduos, crianças, adolescentes, adultos ou idosos, têm direito a se beneficiarem de
medidas para prevenir as doenças e devem receber tratamento de saúde caso o
necessitem. Entretanto, sabemos que, muitas vezes, o que está escrito na lei ainda está
longe de ser uma conquista real do nosso dia-a-dia. Por isso, devemos lutar para fazer
valer a lei e garantir os nossos direitos já conquistados na Constituição Federal.
O primeiro passo para fazer valer os direitos dos cidadãos é conhecer esses direitos.
Devemos estar atentos às leis, pois, além da Constituição Federal, o direito à saúde,
principalmente para as crianças e adolescentes, foi reforçado no Estatuto da Criança e
do Adolescente-ECA/1990 no seu Artigo 7.
13
Dentre os vários segmentos etários, as crianças constituem um grupo vulnerável para
diversas doenças que podem ser prevenidas e controladas. Para que as instituições de
educação possam contribuir nesse processo de prevenção e controle das doenças que
atingem as crianças, é preciso reconhecer que saúde e doença não são fenômenos
puramente biológicos, mas expressam as condições econômicas, sociais e culturais nas
quais vivem as crianças e suas famílias.
Atividade 2
Analise a situação apresentada no quadro abaixo:
Cena 1
Rita é uma menina de 4 anos, muito alegre e sorridente, que mora na periferia de
uma metrópole, num bairro onde não há saneamento básico (não há água encanada
e tampouco o esgoto é tratado). Rita, assim como outras crianças de sua
comunidade, costuma brincar na rua, próxima às valas onde o esgoto corre a céu
aberto. A menina tem se queixado de fortes dores de barriga. A mãe deu a ela um
chá caseiro, mas a menina continuou a se queixar de dores. Então, a mãe de Rita
resolveu procurar o posto de saúde mais próximo da sua casa. Lá ela foi
atendida pelo médico que a examinou e pediu exames de fezes e urina. O
médico estava suspeitando de que a Rita estivesse com um tipo de
verme que provoca dores na barriga. O resultado do exame confirmou
a existência de “giárdia”, um tipo de verme que provoca dores
abdominais. O médico receitou um
remédio para ser tomado durante
7 dias. Rita tomou o remédio
direitinho e o problema foi
solucionado. Entretanto, Rita
continuou a brincar nos
mesmos locais onde sempre
brincava. Após alguns meses,
a mãe retornou com a
menina ao posto de saúde,
pois a criança apresentava
novamente os mesmos sin-
tomas.
14
Na história que você leu no quadro anterior, qual a relação entre as condições
de saúde da menina e o ambiente onde ela vive? Entre as crianças com as quais
você trabalha, você já conheceu situações parecidas com a de Rita?
Ser atendido e medicado no Posto de Saúde é muito importante, mas sabemos que a
saúde é influenciada pelas condições de vida das pessoas. Assim, ficou mais fácil entender
que não basta somente ir ao posto de saúde e receber remédios e atendimento médico,
odontológico e psicológico para se ter saúde. A ação conjunta dos serviços e órgãos
públicos que cuidam da saúde, da educação, do transporte, do meio ambiente, do
saneamento e de outros setores diversos é o que chamamos política intersetorial.
A política intersetorial é uma articulação entre diversas áreas que constitui uma forma
de trabalhar, de governar e de construir políticas públicas que possibilita a superação
da fragmentação dos conhecimentos e das estruturas sociais e das ações que buscam
melhorar essas estruturas para produzir efeitos mais significativos na saúde e na qualidade
de vida da população.
Atividade 3
Professor(a), na sua opinião, quais os principais problemas de saúde que existem
na região onde está localizada a instituição onde você trabalha? Que ações
poderiam ser realizadas em conjunto para melhorar a saúde das pessoas? Cite
duas ações.
15
Cena 2
A morte de uma criança
Setembro de 1984. Michele, 9 meses, com pneumonia, estava com febre alta.
Medicada, fica em observação. Visitando-a percebo que está inconsciente. Achei
melhor levá-la ao hospital mais próximo, visto que o Posto de Saúde ao lado da
creche naquele dia estava sem médico.
Fomos logo atendidas, mas 30 minutos depois o médico comunicou que ela havia
sofrido parada cardíaca, vindo a falecer.
Relatei o ocorrido e ela apenas me disse que gostaria de fazer um enterro com
muitas flores. Pediu para localizar o pai da criança, pois não moravam juntos, e
comunicar à família, que morava no interior de São Paulo.
16
O processo de crescimento e desenvolvimento da criança envolve fatores que
ultrapassam o aspecto físico, como você pôde ver ao longo das diferentes unidades
estudadas nos Módulos I e II do PROINFANTIL. O crescimento refere-se às alterações
biológicas que implicam crescimento corporal,
considerando principalmente a evolução do peso, da
estatura e do perímetro craniano, enquanto o
desenvolvimento é um processo de aquisição de
habilidades cada vez mais complexas. Tanto o
crescimento quanto o desenvolvimento são processos
que sofrem influências de fatores internos, isto é,
fatores genético-endócrinos, e externos, que
estão relacionados às condições econômicas, sociais
e culturais, bem como às características do meio
ambiente onde a criança se encontra.
A parceria entre a instituição que atende à criança pequena e outros serviços disponíveis
na comunidade pode se dar de diferentes formas. Quando a criança é matriculada na
instituição, é importante que esta cobre das famílias a apresentação do cartão de
vacinação ou cartão da criança. O cartão da criança é um instrumento que permite
que a instituição acompanhe o crescimento e o desenvolvimento saudável das crianças
e deve ser trabalhado em parceria com o serviço de saúde mais próximo. O cartão
apresenta-se na cor azul para meninos e vermelho para meninas até os 5 anos de
idade. Além de um instrumento para registrar o crescimento da criança (o ganho ou a
perda de peso e altura), o cartão da criança serve também para anotar o aparecimento
de doenças e as vacinas que a criança já tomou. É um instrumento usado pelos
profissionais de saúde e que fica sob a responsabilidade da família da criança.
17
A instituição de Educação Infantil pode ser parceira dos profissionais da saúde, cobrando
a apresentação do cartão da criança no ato da matrícula e, no caso de a família não ter
o cartão, encaminhando-a ao Posto de Saúde mais próximo para que este seja
providenciado.
É importante, ainda, que seja observado se as vacinas da criança estão em dia, pois isso
garante a segurança das demais crianças da instituição, uma vez que as doenças infantis
são, em geral, contagiosas.
Atividade 4
Professor(a), faça um levantamento no grupo de crianças com o qual você
trabalha, para ver se todas elas têm o cartão e se ele está em dia quanto ao
registro das vacinas. Caso não esteja, você pode encaminhar o fato à direção
da instituição, para que vocês conversem sobre a melhor forma de solicitar à
família que leve a criança ao Posto de Saúde.
18
Para que a criança tenha crescimento e desenvolvimento saudáveis, a alimentação
é um fator muito importante. Considerando as condições de vida de grande parte
da população brasileira, cada vez mais as escolas têm sido um espaço importante
para a abordagem das questões relativas à alimentação e nutrição das crianças.
Para oferecer à criança pequena uma alimentação adequada às suas necessidades
de desenvolvimento, a instituição de Educação Infantil precisa contar com a assessoria
de profissionais ligados à área da nutrição. Esses profissionais são os mais indicados
para identificar as necessidades nutricionais da criança em cada faixa etária,
identificando quais os alimentos adequados para suprir essas necessidades. Podem,
ainda, identificar na comunidade, e em cada estação do ano, que alimentos podem
ser encontrados com mais facilidade e como esses alimentos podem ser mais bem
aproveitados para que suas propriedades nutricionais não se percam.
19
Considerando que a saúde envolve não apenas o bem-estar físico, mas também o
bem-estar psicológico, é importante que a instituição de Educação Infantil busque
parcerias com profissionais da área da Assistência Social e Psicologia. Esses
profissionais podem ajudar a instituição a estreitar seus laços com as famílias e
colaborar no tratamento de questões que dizem respeito à relação da criança com
seus familiares. As universidades, mais uma vez, podem ser parceiras das instituições
de Educação Infantil através de projetos de integração.
20
no Módulo II, que o espaço físico da instituição de Educação Infantil deve estar
estruturado para promover um ambiente que favoreça a identidade das crianças, o
seu desenvolvimento e aprendizagens, a oportunidade para movimentos corporais,
contato com outras crianças, professores(as) e demais trabalhadores da instituição.
O ambiente da instituição deve promover a estimulação dos sentidos, a sensação de
segurança e confiança nas crianças.
Além disso, nas salas não podem faltar as lixeiras e alguns móveis que, ao serem
deslocados, promovem uma melhor apropriação pelas crianças do espaço físico. Os
espaços abertos, como quadra, quintal, pátio, jardim, devem possibilitar maior
exploração do movimento corporal das crianças ao ar livre, como as brincadeiras e
jogos e, nos banheiros, instalações sanitárias em quantidade compatível com o número
de crianças, com pias, chuveiros e vasos sanitários adaptados, para facilitar o seu uso
pelos pequenos, de modo a favorecer o desenvolvimento de sua autonomia. O ideal é
que os banheiros e a cozinha sejam planejados e construídos com material que permita
limpeza fácil e a constante higiene do local.
É bom lembrar que as pessoas também fazem parte dos ambientes. Os funcionários
que trabalham na instituição de Educação Infantil também devem apresentar-se de
forma adequada às funções que desempenham. Roupas limpas e cabelos presos,
21
no caso dos responsáveis pelo preparo dos alimentos e luvas para os que mexem com o
lixo são procedimentos básicos para manter a higiene dos ambientes e a segurança de
todos os que neles circulam.
Atividade 5
Faça uma lista das providências que você julga necessárias para melhorar as
condições do ambiente da instituição onde você trabalha. Depois, discuta com
a direção da instituição os itens da sua lista e as ações que podem ser
desenvolvidas para a melhoria das condições do ambiente.
Professor(a), é sempre bom lembrar que, nas instituições de Educação Infantil, as crianças
devem ser acompanhadas todo o tempo por adultos, que têm o dever de cuidar para
que elas estejam em segurança. Entretanto, podem acontecer situações imprevistas,
acidentes que podem causar lesões graves nas crianças.
Como vimos na seção anterior, o espaço físico da instituição, além de favorecer a sua
aprendizagem e seu desenvolvimento, deve propiciar à criança um local seguro, evitando
acidentes. Os acidentes envolvendo crianças representam números elevados nas
estatísticas de mortalidade infantil. Muitos acidentes que acontecem com as crianças
ocorrem dentro de casa ou no local onde a criança permanece a maior parte do tempo.
Por essa razão, é necessário que o(a) professor(a) de Educação Infantil conheça as
formas de prevenir esses acidentes e saiba como agir em situações imprevistas.
22
Independentemente da faixa etária, alguns cuidados básicos devem ser tomados:
- Tesouras de ponta não devem ser usadas pelas crianças, assim como estiletes e
outros materiais cortantes. Há tesouras sem ponta que podem ser usadas pelas
crianças.
- Os móveis devem ter quinas arredondadas e o piso dos lugares onde a criança
circula não deve ser escorregadio (evite passar cera, pois além do cheiro forte,
que pode causar intoxicação, o piso pode ficar mais escorregadio, causando
acidentes).
Para prevenir esses acidentes, devemos levar em consideração alguns cuidados com o
ambiente e com as Atividades pedagógicas, de recreação, alimentação e higiene
desenvolvidas na instituição de Educação Infantil. O quadro a seguir apresenta alguns
desses cuidados:
23
- Verificar a temperatura da água do banho e
da mamadeira antes de oferecer à criança.
- Não deixar objetos (moedas, brinquedos) e alimentos (milho, arroz, feijão, ervilha)
fáceis de serem engolidos ou colocados nos ouvidos, no nariz e na boca ao
alcance das crianças.
- Observar se não há pregos, hastes pontudas, botões soltos etc. nos brinquedos
e objetos da sala de Atividades.
- Auxiliar a criança a caminhar. Mesmo que ela já faça isso sozinha, um adulto
sempre deve estar próximo e atento aos movimentos da criança.
- Não permitir que a criança corra ou brinque com objetos na boca (chupeta,
brinquedos etc.).
24
- Proteger janelas, escadas e portas.
- Cuidar para que a criança não fique próxima de piscinas, cisternas, rios,
banheiras ou mesmo baldes d’água. Caso haja piscina, cisterna ou poço na
instituição de Educação Infantil, estes devem ser tampados com tampas
que não possam ser removidas pelas crianças, mesmo que estejam em
áreas onde elas habitualmente não circulam.
- Cuidar para que as crianças não subam em árvores, escadas íngremes ou muros
sem um acompanhante adulto.
Atividade 6
Você já presenciou no seu local de trabalho algum acidente envolvendo crianças?
Que situações você observa na instituição de Educação Infantil onde você trabalha
que podem causar acidentes envolvendo as crianças? Seria importante listar essas
situações e apresentar essa lista à direção da instituição, propondo discutir com
a equipe que trabalha com as crianças como essas situações podem ser evitadas.
Mesmo quando todos os cuidados são tomados e apesar da supervisão atenta dos
adultos, podem acontecer acidentes na instituição de Educação Infantil. Nesses casos,
é necessário saber como agir para evitar que maiores danos sejam causados à saúde
da criança. Seja qual for o acidente ocorrido e sua gravidade, a família deve ser
sempre informada, com detalhes do que aconteceu com a criança. Isso porque,
mesmo que aparentemente nada de mais grave tenha acontecido, a criança pode
25
apresentar sintomas quando estiver em casa com seus familiares. Daí a importância
de que a família saiba o que aconteceu com a criança na instituição de Educação
Infantil, para tomar as providências necessárias.
- Quando não sair mais sangue, lavar o local com água e sabão.
- Faça um curativo com gaze. Lembre-se de que algumas crianças são alérgicas
a esparadrapo, portanto, se possível, deve-se evitar seu uso.
- Se o corte for muito grande ou o sangue não parar, encaminhe a criança ao médico
ou Posto de Saúde. O médico vai avaliar a necessidade de dar ponto no local.
26
É importante que na instituição de Educação Infantil haja sempre material para
primeiros socorros. Entre este material deve haver luvas descartáveis para que o(a)
professor(a) possa se proteger e proteger a criança ao fazer o curativo.
Fraturas
27
Mordidas e picadas de animais
Queimaduras
Com bolhas: não fure as bolhas e não Físicos: objetos/líquidos quentes, fogo.
passe cremes, pasta dental ou man- Se a roupa estiver pegando fogo, enrole
teiga. Lave o local com água e sabão, a criança em um pano para abafar o
cubra com pano limpo, ofereça bastan- fogo.
te líquido para a criança e procure o
Posto de Saúde o mais rápido possível.
28
Queimaduras
Sem bolhas: passe creme hidrante no Com bolhas: não fure as bolhas e não
local e não deixe a criança exposta ao passe cremes, pasta dental ou manteiga.
sol novamente. Lave o local com água e sabão, cubra
com pano limpo, ofereça bastante líquido
Queimadura no olho: lave com água
para a criança e procure o Posto de Saúde
fria, cubra o olho com gaze e encaminhe
o mais rápido possível.
ao Posto de Saúde.
Sem bolhas: molhe a região com água
fria e cubra o local com um pano limpo
ou gaze.
Atividade 7
Seria importante que você mantivesse em sua sala de atividades um resumo
dos principais acidentes e das medidas de Primeiros Socorros necessárias em
cada tipo de acidente para consultar, caso haja necessidade.
Além dos acidentes, as crianças podem apresentar problemas de saúde que exijam
providências das instituições de Educação Infantil. Como no caso dos acidentes,
também no caso das doenças infantis, o ideal é preveni-las. Um ambiente limpo e
saudável é um importante fator de prevenção de doenças. Outra medida importante
é manter em dia as vacinas, que ajudam a prevenir grande parte das doenças comuns
na infância. Entretanto, se a despeito de todos esses cuidados a criança adoecer, a
instituição de Educação Infantil, em parceria com as instituições de saúde disponíveis
na comunidade, pode colaborar para que o problema seja resolvido rapidamente e
para preservar as outras crianças de possíveis contágios.
Professor(a), certamente você conhece várias doenças que são mais comuns em
crianças de 0 a 6 anos de idade. Nesta seção, apresentaremos os principais cuidados
que devemos ter com as crianças e com o ambiente coletivo da escola, para evitar
29
que as doenças se espalhem entre crianças e adultos. Entretanto, é importante
lembrar que a família ou os responsáveis, juntamente com os profissionais de saúde,
são as pessoas indicadas para resolver os problemas de saúde das crianças. A
instituição de Educação Infantil, os(as) professores(as) e os funcionários, devidamente
capacitados, isto é, conhecedores das características das doenças – como aparecem,
os sinais no corpo da criança, os sintomas que a criança apresenta, como se pega a
doença, como se faz a prevenção e tratamento da doença – são capazes de promover
o encaminhamento das crianças para o Posto de Saúde.
Para relembrar
- Na instituição que atende à criança pequena, os(as) professores(as) e
funcionários devem conhecer os sinais das doenças para proceder de forma
correta e discutir coletivamente, lembrando que as mães, pais e familiares
devem tomar as decisões e proceder aos encaminhamentos que se fizerem
necessários para resolver o problema. A decisão sobre o uso de medicamentos
é de competência dos profissionais de saúde.
Sarna (escabiose)
É uma doença causada por um tipo de carrapato, pequeno, que entra debaixo da pele
e provoca irritação e muita coceira, principalmente à noite. Esse carrapato chamado
Sarcoptes scabiei penetra na pele e provoca lesões que aparecem como pontos
vermelhos e bolhas.
A sarna é uma doença contagiosa, que pega de uma pessoa para outra, e infecciosa,
que entra na pele. Qualquer um pode pegar quando se encosta na pele de uma
pessoa doente ou quando se usa roupa de vestir ou de cama da mesma pessoa.
As partes do corpo onde mais aparecem as feridas são debaixo dos braços, nas axilas,
debaixo dos seios, na barriga, nas nádegas, no pênis, na virilha, nas dobras dos cotovelos,
e entre os dedos das mãos e dos pés. Se a doença persiste sem tratamento adequado,
podem aparecer lesões que deixam a pele mais dura e grossa e até mesmo feridas com pus.
Os cuidados para se evitar pegar a sarna são muito simples. Em primeiro lugar, ao
perceber que uma criança na instituição de Educação Infantil apresenta coceira no
30
corpo, o(a) professor(a) deve solicitar aos responsáveis que a encaminhem ao Posto
de Saúde, para que a ela seja examinada pelo médico. O profissional de saúde vai
orientar como a família deve fazer o tratamento medicamentoso em casa. A criança
não deve freqüentar a instituição de Educação Infantil enquanto estiver em
tratamento, para evitar o contágio com outras crianças. Se na instituição a criança
usa roupas de cama, elas devem ser lavadas, expostas ao sol e passadas com ferro
bem quente, para matar o carrapato.
Piolho (pediculose)
É uma doença causada por um tipo de inseto sem asas chamado Pediculus humanis
capitis. O piolho se alimenta de sangue e vive principalmente no couro cabeludo, sem
penetrar a pele da criança ou adulto. Quando pica a pessoa, o piolho solta uma toxina,
uma espécie de veneno, que provoca uma coceira na cabeça. Ele deposita seus ovos, as
lêndeas, próximo à raiz do cabelo. Normalmente, põe um total de 100 a 150 ovos por
dia, que após duas semanas viram piolhos.
O piolho passa de uma pessoa para outra pelo contato pessoal e uso compartilhado de
objetos, como pente, escova de cabelo e chapéu. O principal sintoma é uma coceira
muito grande na nuca e atrás das orelhas, que podem inflamar e ficar feridas. As
lêndeas ficam aderidas aos cabelos e são difíceis de se soltarem dos pêlos.
Pereba (impetigo)
É uma ferida que aparece na pele das crianças (em volta da boca, nariz e pernas)
devido à coceira da sarna ou mesmo do piolho. Nesse local, desenvolve-se uma
bactéria conhecida como Streptococcus ou Staphylococcus. A pele, no local, fica
vermelha e com bolhas, que viram feridas purulentas, e quando as crostas das feridas
ficam mais secas, são conhecidas como perebas ou brotos. Essa doença é muito
contagiosa e passa facilmente de uma criança para outra. Em recém-nascidos, a
doença pode progredir muito rápido e de forma grave, causando febre e íngua
(inflamação dos gânglios). O profissional de saúde vai indicar o remédio mais
adequado para a criança que apresenta o impetigo. É sempre bom que na instituição
de Educação Infantil os copos, talheres, pratos, mamadeiras e outros objetos sejam
31
esterilizados com freqüência, tomando-se um cuidado especial para que os bicos
(chupetas), talheres e copos não sejam compartilhados pelas crianças.
É muito comum na infância e acontece nas crianças que usam fraldas quando estas
não são trocadas com a freqüência necessária, acumulando urina e fezes e ficando em
contato com a pele da criança. Aparece uma irritação na parte genital, devido ao uso
prolongado da fralda. A pele fica mais vermelha, podendo até se ferir se não for tratada
a tempo e causa muito desconforto para a criança.
A assadura não passa de uma criança para outra e o principal meio de evitá-la é a troca
constante de fraldas sujas ou molhadas. Quando a criança já apresenta assaduras, é
bom deixá-la sem fraldas por algum tempo e também, no caso das fraldas de pano,
lavar, ferver e deixar as fraldas de molho em vinagre durante a noite. Se aparecerem
feridas no lado interno da perna, nádegas, genitália e abdômen, a criança deve ser
encaminhada ao profissional de saúde. Ele vai verificar a necessidade de tratamento
com remédios, que, normalmente, são cremes protetores de uso local.
Sapinho (monilíase)
32
Se as crianças estão bem nutridas, recebendo alimentação saudável, equilibradas
emocionalmente e com resistência imunológica, pode aparecer apenas uma tosse e
nariz entupido e escorrendo. A doença se transmite facilmente de uma criança para a
outra quando os ambientes são fechados, com grande número de pessoas e sem
circulação de ar.
Evitar o contato muito próximo das crianças, fornecer mais líquidos, como chás, sucos
de frutas que contêm vitamina C, por exemplo laranja, acerola e limão, e observar se a
criança está melhorando ou piorando são medidas que a instituição pode tomar. Alguns
sinais que as crianças apresentam auxiliam o(a) professor(a) a perceber a condição de
saúde delas. Por exemplo, a criança não consegue beber ou mamar como antes, vomita
tudo que come, apresenta-se prostrada e desanimada, tem febre e pode apresentar
convulsão. Nesses casos, é necessário que os responsáveis pela criança sejam
comunicados, para que tomem as providências necessárias.
Diarréia, desidratação
A diarréia (perda de líquidos através das fezes) pode ter muitas causas. As causas mais
freqüentes são a gripe, a ingestão de alimentos que não foram lavados, o consumo de
água não-tratada, a colocação de objetos e brinquedos sujos na boca. Se a criança
permanecer com diarréia, ela pode apresentar um quadro de desidratação.
A desidratação é a perda de água e sais minerais do corpo e tem como causas as
infecções, as diarréias, o calor excessivo, suor abundante, vômitos, febre, má alimentação
e pouca ingestão de líquidos.
Uma criança com diarréia ou desidratada precisa ser encaminhada ao Posto de Saúde.
No ambiente da instituição, o que pode ser feito é começar oferecendo mais líquido
– água com freqüência e em pequenas porções. Lembrando que os sucos ou chás
devem ser preparados com água limpa ou fervida, caso a água da instituição não
seja tratada. Além disso, a criança deve ser vestida com roupas leves, para evitar
que, ao transpirar, perca ainda mais líquidos do corpo, e mantida em lugar fresco e
arejado. Os alimentos e objetos, como mamadeiras e chupetas, devem estar sempre
limpos.
33
Cárie dentária
A cárie é uma doença que acomete crianças e adultos e se instala na boca nos
dentes de leite e permanentes. Ela se inicia com uma alteração na cor dos dentes,
que ficam com uma mancha branca e depois se tornam pequenas cavidades que, se não
tratadas, evoluem para cavidades maiores, chegando até a destruição total do dente.
Na boca, abrigamos vários tipos de bactérias que podem causar a cárie dentária. Essas
bactérias produzem um ácido – semelhante ao vinagre que utilizamos na nossa
alimentação – que provoca a descalcificação dos dentes. A descalcificação é quando
perdemos os minerais, cálcio e fósforo, da parte mais externa dos dentes (esmalte).
Quanto mais descalcificação ocorrer sobre a superfície do dente, mais rapidamente
aparecerão cavidades (buraquinhos) nele. A cárie é uma doença transmissível e suas
bactérias causadoras podem passar da boca do adulto para a criança ou de criança
para criança. Por isso não se deve dar beijos na boca da criança, compartilhar copos,
talheres ou soprar os alimentos para esfriá-los.
34
Esperamos que o estudo deste texto tenha possibilitado a compreensão de que o
cuidado com as crianças nas creches, pré-escolas e escolas onde funcionam turmas
de Educação Infantil deve ser efetivado através da parceria com o Posto de Saúde
mais próximo. Quando o Posto de Saúde fica muito longe da instituição, saiba que
você pode contar com as orientações dos Agentes Comunitários de Saúde – ACS
que são profissionais capacitados e treinados para orientar as famílias nas
comunidades em relação aos problemas de saúde.
35
Quadro 1 Quadro 2
Quadro 1 + Quadro 2
36
Atividade 8
Seria interessante construir um mapa da saúde das crianças de sua turma. Nesse
mapa você pode anotar os nomes das crianças e as ocorrências de doenças que
as mesmas apresentam durante o ano. Os registros desse mapa podem ser
importantes para fundamentar discussões com os profissionais de saúde que
possibilitem a identificação das necessidades da comunidade em termos de saúde.
PARA RELEMBRAR
- Neste texto, discutimos o conceito de saúde, destacando que a saúde não se
reduz à ausência de doenças, mas tem a ver com condições dignas de vida da
população.
Professor(a)!
Nesta última parte de nosso estudo, apresentamos algumas sugestões de como você
pode envolver as crianças em ações de promoção de um ambiente mais agradável e
saudável na instituição de Educação Infantil. Com o auxílio das crianças, confeccione
37
lixeiras de papelão e forre-as com um papel colorido. Faça lixeiras diferentes para
cada tipo de lixo. Lixeira para material de plástico, de vidro, de papel, cascas de
frutas e matéria orgânica. Aproveite esse momento para conversar com as crianças
sobre o lixo da sala de atividades e como reaproveitar esse lixo. Por exemplo: cascas
de frutas são boas para adubar a terra e podem servir para colocar na horta; garrafas
plásticas de refrigerantes, potes de plástico e latas de metal podem virar brinquedos
de sucata produzidos pelas próprias crianças.
Discuta com as crianças as regras que devem ser seguidas para que haja segurança
nas brincadeiras e demais atividades realizadas na instituição de Educação Infantil.
Caso haja espaço disponível na instituição, o plantio de uma horta pode ser uma
atividade interessante a ser desenvolvida com as crianças e que pode estimular hábitos
saudáveis de alimentação. É sempre bom lembrar que, ao plantar uma horta, é
preciso cuidado com fossas, rede de esgoto etc. Essa atividade, inclusive, pode
envolver também pessoas da comunidade.
Essas são apenas algumas sugestões de atividades que você pode realizar para
envolver as crianças e a comunidade onde está inserida a instituição onde você
trabalha em ações de promoção da saúde. Com certeza muitas outras possibilidades
surgirão a partir das necessidades que você perceber na comunidade onde trabalha
e dos estudos que você vem desenvolvendo no PROINFANTIL.
38
GLOSSÁRIO
Fatores genético-endócrinos: fatores ligados à hereditariedade e à constituição
física de cada pessoa.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
NEWBERY, E. Como e por que se faz arte. São Paulo: Editora Ática, 2001.
39
40
Organização do trabalho pedagógico
CUIDADOS ESSENCIAIS: SONO, HIGIENE E
ALIMENTAÇÃO
Pé ante pé.
Vêm todos caminhando na ponta dos pés.
Alguém morreu? Não. É mais fundo o mistério...
Chegam todos, agora, na ponta dos pés,
para vê-lo dormir o primeiro soninho.
Mário Quintana1
1
QUINTANA, Mário. Baú de Espantos. São Paulo: Ed. Globo. 1997. p. 64.
41
- ABRINDO NOSSO DIÁLOGO
Olá, professor(a)!
Neste texto, vamos sistematizar alguns conhecimentos que talvez você já possua, em
razão de sua experiência, ligando-os às necessidades das crianças nas creches, pré-
escolas ou escolas que possuem turmas de Educação Infantil.
Professor(a), ao final deste texto, esperamos que você tenha ampliado e reforçado o
seu conhecimento e seja capaz de:
Este texto está organizado em quatro seções: a primeira discorre sobre as necessidades
básicas das crianças para o seu desenvolvimento; a segunda destaca a importância da
alimentação saudável e a integração das creches, pré-escolas ou escolas que possuem
42
turmas de Educação Infantil com as famílias, como meio para desenvolver práticas
e costumes alimentares; a terceira apresenta os cuidados com a saúde das crianças,
dando destaque às atividades de higiene e cuidado corporal e à importância de
ambientes saudáveis para as crianças se desenvolverem; e a quarta e última seção
aborda o repouso e o sono.
(ARIÈS, 1981)
43
Considerando as funções das creches, pré-escolas e escolas que possuem turmas de
Educação Infantil, você, professor(a), está estudando as principais características do
crescimento e desenvolvimento infantil para saber responder prontamente às necessi-
dades das crianças.
Fonte: www.materiaisespeciais.com.br/saude/caderneta_criança
44
Pra relembrar
- É fundamental, ao lidar com crianças, conhecer os seus sinais, as
suas características e as suas necessidades para aprender a estabelecer
uma comunicação mais efetiva entre adulto, criança e família. O
desenvolvimento é um processo global e interativo e deve ser
promovido também desta forma pelos que atendem a criança.
É importante que os(as) profissionais que trabalham nas creches, pré-escolas e escolas
sejam capazes de identificar as necessidades básicas que as crianças apresentam,
considerando suas características individuais e também contextuais. Cada criança
apresenta diferentes necessidades básicas em função do momento que estão vivendo
em seu desenvolvimento e também em função das relações que estabelecem com o
meio em que estão inseridas.
Atividade 1
No texto de FE da Unidade 6, destacamos a importância de que, ao realizar a matrícula
na instituição de Educação Infantil, os responsáveis pela criança apresentem a Caderneta
da Criança, para que a instituição possa verificar aspectos relativos ao desenvolvimento
da criança e se as vacinas que ela deveria tomar estão em dia.
Seria interessante se você promovesse uma atividade com seu grupo de crianças
na qual você pedisse aos responsáveis que enviassem à instituição a Caderneta
da Criança. Em seguida, juntamente com outros profissionais que trabalham na
instituição e em parceria com os profissionais da área de saúde, seria importante
fazer uma avaliação de cada uma das crianças, identificando quais as necessidades
por elas apresentadas em termos de cuidados básicos com a saúde. Finalmente,
ainda em parceria com os profissionais da área de saúde, poderiam ser planejadas
ações conjuntas entre a instituição, os profissionais de saúde e as famílias,
45
de modo a atender, da melhor maneira possível, às necessidades percebidas
em cada criança. Essa é uma atividade a ser desenvolvida ao longo de todo o
ano ou semestre letivo.
Cena 1
46
Professor(a) vamos dar continuidade à Seção 1 discutindo a alimentação como fator
importante para o crescimento da criança e o significado social do alimento que
colocamos à mesa, assim como das situações de alimentação. Todos nós conhecemos a
importância dos alimentos, como as frutas, legumes, verduras, carnes, leite, ovos e
massas, para o crescimento e desenvolvimento saudáveis do ser humano. Quando
falamos em alimentos e nutrientes que são bons para a saúde, estamos falando também
da importância social das práticas alimentares em nosso meio.
A alimentação faz parte da cultura dos povos e cada um tem as suas preferências alimen-
tares e costumes. A comida tem dupla função: a primeira é suprir as necessidades nutri-
cionais, imunológicas e psicológicas e a segunda é o estabelecimento de relações sociais.
47
Essa associação que fazemos da alimentação com momentos felizes ou especiais da nossa vida
pode sofrer algumas variações, mas em geral o alimento é associado a prazer e satisfação.
Na Unidade 6 de FE, quando estudou o conceito ampliado de saúde, você aprendeu que, para
se ter saúde, é necessária, dentre várias coisas, uma alimentação adequada. Por isso, agora
vamos reforçar alguns conceitos importantes em relação à alimentação das crianças.
48
Em geral, o primeiro alimento do recém-nascido é o leite materno, que contém a
quantidade de nutrientes necessária para o crescimento do bebê. O leite materno é
recomendado pelos especialistas como o alimento mais indicado para as crianças até
o sexto mês de vida. Durante esse período não é necessário oferecer água, chá ou
suco ao bebê. Só o leite materno é suficiente. Crianças que estão em período inte-
gral na creche e ainda estão na fase da alimentação natural, ou seja, precisam do
leite materno, podem se alimentar desse leite mesmo que a mãe não esteja presente.
As mães, com orientação do pediatra ou agente de saúde, retiram o leite do peito,
guardam em um recipiente esterilizado e o levam até a creche para que seja dado à
criança na mamadeira ou em copo/colher de tamanho pequeno. As mães podem,
ainda, ir à creche nos horários indicados para amamentação para dar o seio ao bebê
(a legislação assegura às mulheres que estão amamentando o direito de ausentarem-se
de seus locais de trabalho nos horários das mamadas para alimentarem seus filhos).
Nesse caso, é importante que a creche disponha de um local adequado para que as
mães amamentem seus bebês com tranqüilidade.
Quando a mãe não pode estar presente para amamentar seu bebê, a sua participação,
professor(a), é muito importante, pois você vai contribuir para o crescimento saudável
dessa criança. Lembre-se da troca de olhares do quadro de Tarsila do Amaral. A pessoa
que oferece o alimento ao bebê precisa ter uma postura de acolhimento, na qual, além
do alimento, sejam oferecidos à criança carinho, acolhimento e segurança.
Algumas mães podem apresentar dificuldades para amamentar os seus bebês por
várias razões: falta de tempo, a crença de que o leite “é fraco” para alimentar a
criança, dores no ato da amamentação e por razões de ordem estética (para evitar
que os seios fiquem flácidos).
Quando o bebê não está sendo alimentado com leite materno, é necessário que o
pediatra indique à família qual deve ser o leite a ser oferecido à criança. Na creche,
é importante que se faça o registro cuidadoso de qual o tipo de leite cada criança
toma. Além disso, é importante a manutenção de um quadro onde sejam registrados
os horários de mamada de cada bebê, para que se evitem esquecimentos.
49
Priscilla Silva Nogueira
O(a) profissional encarregado(a) da alimentação da criança deve observar atentamente
suas reações, principalmente quando um novo tipo de alimentação é introduzido na
dieta da criança, relatando à família essas reações.
Atividade 2
Caso você trabalhe com bebês, como é feita a alimentação deles? Na instituição
em que você trabalha existe um ambiente próprio para as atividades de
amamentação? Descreva como é o ambiente onde os bebês são alimentados e
avalie se ele oferece condições adequadas a essa prática. Que mudanças você
considera que deveriam ser feitas nesse ambiente?
50
É aconselhável...
Quando a criança está com quase 1 ano de vida, em geral ela já possui
desenvolvimento motor adequado para proceder à mastigação e deglutição dos
alimentos sólidos. Provavelmente, nessa idade a criança já possui os dentes incisivos
centrais e laterais. A introdução de novos alimentos nas refeições das crianças deve
ser gradual, em pequenas quantidades, um tipo de alimento oferecido de cada vez,
cortados em pedaços menores com textura mais macia e tempero mais suave. As
crianças nessa idade sabem diferenciar as cores dos alimentos, o seu cheiro e a sua
textura, e por esse motivo podem rejeitar os alimentos que ainda não conhecem. É
preciso paciência para esperar que ela se habitue a um alimento para oferecer outro.
É importante lembrar que as crianças estão aprendendo a conhecer e gostar dos
novos alimentos que lhes estão sendo oferecidos.
51
Como você pode ver, a alimentação da criança envolve parceria com os familiares.
Tanto a instituição deve conhecer as características das crianças como a família deve
participar do planejamento do cardápio, da escolha dos alimentos e da organização
das refeições no dia-a-dia.
Para que o momento das refeições se torne agradável para crianças e professores(as),
apresentamos aqui alguns cuidados básicos a serem pensados e planejados:
52
9. É importante que o adulto compartilhe com a criança os momentos de
alimentação, dando, ele próprio, o exemplo de como os alimentos devem
ser consumidos.
Atividade 3
Você conhece os hábitos alimentares das crianças com as quais você trabalha?
Quais são as frutas, os legumes e as verduras mais consumidos na região onde
você trabalha? Faça uma lista desses alimentos e, em seguida, assinale quais
deles são habitualmente oferecidos na instituição.
Até agora, vimos o papel da alimentação para as crianças e o seu significado social.
A alimentação é uma parte importante do processo educativo nas instituições que
atendem à criança pequena. A rotina, os horários e o ato de comer fazem parte do
desenvolvimento infantil. O ato de alimentar reveste-se de simbologia em cada cultura,
valorizam-se determinados alimentos ou pratos que são exclusivos do lugar. No Brasil,
como em todos os países, existem hábitos alimentares próprios, com uma diversidade
de alimentos que identifica peculiaridades regionais ou locais em cada sociedade.
Diferentes tipos de alimentos são consumidos.
As frutas, verduras e legumes também devem ser lavados com cuidado e os talheres,
pratos e copos devem ser muito bem limpos. As pessoas que trabalham na cozinha
devem, ainda, usar aventais e toucas para evitar contaminação.
53
Seção 3 – Higiene e cuidados corporais das crianças
Para que o ambiente a ser explorado pela criança nas suas interações contribua para o
seu crescimento saudável, algumas características em relação à organização desse espaço
devem ser pensadas. Como você vai estudar no texto de FE da Unidade 7 deste módulo,
o espaço físico das creches, pré-escolas ou escolas que possuem turmas de Educação
Infantil deve estar estruturado para promover um ambiente que favoreça a identidade
das crianças, o seu desenvolvimento e aprendizagens, a oportunidade para movimentos
corporais, contato com outras crianças, professores(as) e demais trabalhadores da
instituição. O ambiente deve promover a estimulação dos sentidos e a sensação de
segurança e confiança nas crianças.
54
No texto de FE desta unidade, discutimos bastante a questão do espaço das creches,
pré-escolas e escolas que possuem turmas de Educação Infantil, sugerindo, inclusive,
formas de organização deste espaço com a ajuda das crianças.
Neste texto de OTP, vamos destacar as práticas de higiene e cuidados corporais com a
criança pequena.
Os cuidados de higiene com a criança pequena são necessários e, como todas as atividades
em que há interação da criança com o adulto e entre crianças, as situações que envolvem os
cuidados com a higiene pessoal podem ser também momentos de trocas afetivas e
descobertas. Lembramos da necessidade da troca freqüente das fraldas para que a criança
sinta-se confortável e assaduras sejam evitadas. Além desse, outros cuidados são importantes:
1. Não deixar a criança sozinha em local alto enquanto é feita a troca, para
evitar quedas.
2. Ter todo o material necessário à troca próximo, para evitar que o bebê sinta
frio enquanto espera.
4. Conversar com o bebê, sorrir e olhá-lo nos olhos enquanto é feita a troca.
Essas atitudes contribuem para a criação de laços entre a criança e pessoa que
cuida dela. Muitas vezes a rapidez na troca não significa que ela tenha sido
prazerosa para o bebê.
55
Além das trocas de fraldas, outras situações em que se cuida da higiene da criança
podem se constituir em momentos de prazer, descobertas e estabelecimento de vínculos
entre as crianças e entre elas e os adultos.
Cena 2
O lava-rápido
O trabalho de Lucas serviu como reflexão sobre essa atividade para que deixasse
de ser algo impessoal e massificante.
Atividade 4
Como é o banho na instituição onde você trabalha? Que interações acontecem
nesses momentos? As crianças são incentivadas a serem autônomas nessa
atividade? Que tipos de aprendizagem você acredita que acontecem nesses
momentos? Seria interessante você anotar suas respostas a essas perguntas
para discuti-las no próximo encontro do PROINFANTIL.
Além do cuidado para que o banho seja uma situação prazerosa, que permita à
criança o conhecimento de seu próprio corpo e o estabelecimento de interações com
as outras crianças e com os adultos, outros cuidados podem ser tomados para que
este seja também um momento seguro.
56
Com relação às crianças maiores, o piso do local onde tomam banho deve ser
adequado e antiderrapante, para evitar quedas. Durante o banho, a cabeça deve ser
lavada com cuidado e, após o banho, os cabelos penteados e observados com
atenção, pois, como já estudamos no texto de FE desta unidade, as infestações de
piolhos podem acontecer.
Cena 3
A sala do sono
57
A cena descrita no quadro acima retrata
uma situação em que as crianças são
desrespeitadas em sua individualidade
e em seu direito de escolha. Além disso,
o ambiente inadequado – abafado,
fechado – não favorece o repouso, além
de representar um perigo para a
proliferação de doenças.
58
Hora de dormir
Na hora de dormir,
eu sou que nem a luz do quarto:
fico brincando, não canso, brincando...
A luz brilhando, no alto, brilhando...
Aí...
meu pai me chama,
me leva pra cama,
me faz um afago.
Clic,
Ele apaga a luz.
E clic,
eu também apago.
Muitas vezes, quando convidamos a criança a dormir, ela se nega, pelo simples fato
de não querer perder um tempo precioso de brincadeira. Entretanto, se sugerimos
que ela apenas descanse um pouquinho, ela não só faz isso como, em algumas
situações, acaba dormindo profundamente. Às vezes, a própria ansiedade do adulto
para que a criança durma faz com que ela fique agitada e não consiga relaxar.
Com relação aos bebês, que têm uma necessidade maior de sono, o ideal é que
possam dormir cada um em seu berço. Ninar a criança ao colo pode não ser uma boa
idéia, principalmente porque nem sempre haverá alguém disponível para fazer isso.
Entretanto, também não podemos deixá-la chorar no berço até que durma. Além de
ser uma pressão, essa atitude pode causar maior irritabilidade no bebê. Diminuir a
luz do ambiente, evitar barulho intenso no local e manter um adulto por perto pode
ser uma forma de favorecer o sono do bebê. Outro cuidado que deve ser tomado é,
após a mamada, segurar o bebê verticalmente no colo para que ele arrote, evitando
que vomite durante o sono, sufocando. Caso o bebê não tenha arrotado, é prudente
colocá-lo de bruços no berço. Entretanto, mesmo tomando esses cuidados, um adulto
deve olhar os bebês de tempos em tempos, durante o sono, para se certificar de que
tudo está bem.
Conversar com a mãe pode ser uma boa maneira de saber como, no ambiente da
casa, a criança é colocada para dormir de modo a adotar procedimentos em comum
na instituição.
59
Atividade 5
Na instituição onde você trabalha existem momentos destinados ao repouso?
Como são conduzidos esses momentos? Como as crianças agem nessas
situações? Qual é a avaliação que você faz do modo como é conduzido o tempo
de repouso na instituição onde você trabalha? Anote suas conclusões em seu
caderno e leve-as para discutir o assunto no próximo encontro quinzenal do
PROINFANTIL.
Para relembrar
- Ao longo das diferentes unidades dos Módulos I, II e III, temos discutido o
desenvolvimento infantil e a importância do reconhecimento dos direitos das
crianças e de suas famílias. Assegurar, no ambiente das creches, pré-escolas e
escolas que possuem turmas de Educação Infantil, boas condições de sono,
higiene e alimentação é uma forma de assegurar esses direitos.
60
- As crianças têm diferentes necessidades e ritmos, que precisam ser reconhecidos
e respeitados para que a alimentação, o repouso e a higiene promovam a sua
saúde física e psicológica, pois, como você teve a oportunidade de refletir no
texto de FE desta unidade, a saúde não é apenas a ausência de doença.
4. Conversar com as crianças sobre sua alimentação em casa, fazendo uma pesquisa
sobre o que comem habitualmente em cada refeição que fazem fora da
instituição. Os resultados podem ser registrados num quadro, com desenhos das
crianças sobre os alimentos que consomem. Pode-se, inclusive, ser feito um gráfico
que mostre os alimentos mais consumidos em casa pelo grupo de crianças.
61
6. Para despertar nas crianças o valor dos alimentos para o crescimento e
desenvolvimento saudável, faça uma atividade de “exploração dos alimentos”:
em pequenos grupos de crianças e em roda, explorem a forma, a cor, o
tamanho, o cheiro de algumas frutas e verduras. Comente qual a função
daquele alimento no organismo e para que ele serve.
Finalmente, é sempre bom lembrar que a atenção e o carinho são fundamentais para
que a criança se desenvolva com saúde. Isso exige do(a) professor(a), além de
conhecimentos, sensibilidade.
CRAIDY, Carmem, KAERCHER, Gládis (orgs.). Educação Infantil: pra que te quero?
Porto Alegre: Artmed, 2001.
MOURA, Maria Martha Duque de. et al. Manual de saúde para a creche. Rio de
Janeiro: FIOCRUZ, 1996.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁRICAS
ARIÈS, P. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1981.
62
63
C - Atividades integradoras
64
A saúde da criança e a contribuição que as creches, pré-escolas e escolas que
possuem turmas de Educação Infantil podem dar para que a criança pequena desfrute
de condições de vida saudáveis foi o tema da Unidade 6 do Módulo III. A atividade
que propomos a seguir pode ajudar você a conhecer melhor as condições de saúde
das crianças com as quais trabalha.
65
3. Ainda no grupo do PROINFANTIL, discutir quais podem ser as ações
promovidas pela instituição para melhorar as condições de saúde das
crianças e suas famílias.
66
67
Esta obra foi composta na Editora Perffil
e impressa na Esdeva, no sistema off-
set, em papel off-set 90g, com capa em
papel cartão supremo 250g, plastificado
brilhante, para o MEC, em fevereiro de
2006. Tiragem: 10.000 exemplares.
1. Contextualização do problema Anotações
5
Assim, a noção de “edifício escolar saudável” passa neces- 5)
sariamente pela adequação de seus edifícios ao meio ambiente,
bem como pela promoção da interação entre o espaço físico, o
projeto pedagógico e o desenvolvimento infantil. Segundo as
recomendações da Unesco (1998; 2001), o prédio escolar,
6
Em síntese, em seu contexto mais amplo, consideramos que: 11)
7
2. Padrões de infra-estrutura
2.1 Ocupação e uso do espaço físico na Educação Infantil
8
interações entre as crianças e dessas crianças com ele. A orga-
nização dos elementos físicos de um ambiente estabelece os
lugares que as crianças e os educadores ocupam, as interações
que se estabelecem entre eles e a organização espacial dos lu-
gares que lhes são reservados.
9
sustentabilidade – que, por sua vez, precisam ser contem-
pladas com profundidade pela Arquitetura Escolar no pla-
nejamento e na concepção dos espaços escolares.
10
Proteção ao Meio-Ambiente
Quadro 01:
Instrumento Didático
Conforto Lumínico
Conforto Acústico
Aspectos
Conforto Térmico
contextuais-ambientais
Aberturas:Tipologia, Posicionamento
Dispositivos de Sombreamento
Quadro 02:
FísicoMotor (Movimen-
estimular a construção
Preservação do Meio-
tação, Autonomia e
do Conhecimento
Desenvolvimento
Desenvolvimento
Sócio-Emocional
Aspectos
Capacidade de
ndependência)
programático-funcionais e
Segurança
Ambiente
estético-compositivos
Estabelecimento de Ambiente
Congregador p/ Atividades Coletivas
11
FísicoMotor (Movimen-
estimular a construção
Preservação do Meio-
Quadro 03:
tação, Autonomia e
do Conhecimento
Desenvolvimento
Desenvolvimento
Sócio-Emocional
Capacidade de
ndependência)
Aspectos
Segurança
Ambiente
técnico-construtivos
Materiais e Acabamentos:Durabilidade,
praticidade de Manutenção e Racionaliza-
ção Construtiva
Materiais e
Acabamentos:Características Superfici-
ais ¾ Valorização dos Efeitos Texturais
12
· o crescimento de microempresas regionais voltadas ao de-
senvolvimento de produtos e serviços, à produção e con-
servação dos espaços escolares.
13
que reduzir o custo da construção significa economia. Caso
seja considerada uma vida útil de 30 anos para os edifícios de
escritórios – cujo custo é superior ao dos edifícios escolares,
em função de sua maior sofisticação em termos de padrões
construtivos e de recursos prediais –, cerca de apenas 2%
correspondem ao custo de projeto e construção; aproximada-
mente 6% correspondem ao custo de operação; o restante –
cerca de 92% – corresponde ao custo com mão-de-obra e com
manutenção.
14
3. Estratégias de integração entre
educação e meio ambiente para
a contrução de uma abordagem
participativa do projeto na
arquitetura escolar
A concepção de uma unidade escolar envolve um comple- 38)
xo processo de planejamento, que abrange, desde a etapa de
programação e de estudos de viabilidade, passando pelas eta-
pas de definição dos ambientes – acessos, fluxos, pré-
dimensionamento, áreas livres e interações possíveis –, até a
elaboração do projeto executivo, incluindo detalhamento e
especificações técnicas.
15
teiras, cadernos e quadro-negro”, excluindo a qualidade do
espaço desse processo, deve evoluir para uma abordagem
interacionista, que permita a visualização das relações e trocas
entre sujeitos e ambiente, fundamentais para o desenvolvimen-
to infantil. O desafio no processo de concepção dos ambientes
escolares é a busca de um repertório espacial que responda a
todos os requisitos formulados pelo grupo interdisciplinar. Essa
abordagem procura uma integração entre objetivos ambientais,
pedagógicos, econômicos e sociais.
16
· infra-estrutura básica – pavimentação de ruas, rede de esgo-
to, energia e abastecimento de água;
17
tação, em função das condições físico-climáticas do terreno –
orientação, direção dos ventos dominantes, ocorrência de ruí-
dos, topografia, vegetação existente, acessos principais e taxas
de ocupação. Para a visualização dessa interação edificação–
terreno, é feito um esquema gráfico no qual constam todas es-
sas informações.
3.3 Anteprojeto
18
interdisciplinaridade normalmente não existe nas práticas
projetuais convencionais, tornando o processo de conciliação
entre o projeto de arquitetura e os projetos complementares,
quase sempre, bastante tortuoso e complexo. Os ajustes e adap-
tações entre os projetos de iluminação e climatização e o pro-
jeto de arquitetura, por exemplo, são propostos depois que
toda a solução espacial já foi definida, em vez de serem pensa-
dos integralmente no início do processo de concepção. O pro-
jeto interdisciplinar, que procura assegurar essa integração, é
a melhor maneira de se evitarem conflitos ou redundâncias,
decorrentes de decisões projetuais isoladas e estanques.
Avaliação
19
4. Objetivos
· Envolver universidades e institutos de pesquisa regionais na 52)
definição de programas de pesquisa voltados para o estudo
de tecnologias autóctones ou vernaculares, em associação
com as novas tecnologias, para viabilizar a arquitetura esco-
lar sustentável.
20
· Implementar e/ou incrementar a capacidade regional ou 62)
local nos segmentos da construção civil e da educação,
com relação às questões da sustentabilidade.
Referências bibliográficas
21
POLÍTICA DE ENSINO
DA REDE MUNICIPAL
DO RECIFE
EDUCAÇÃO INFANTIL
Coordenação
Alexsandra Felix de Lima Sousa
Jacira Maria L’Amour Barreto de Barros
Nyrluce Marília Alves da Silva
Volume 2
TÍTULOS DA COLEÇÃO
VOLUME 1 Fundamentos Teórico-Metodológicos
VOLUME 2 Educação Infantil
VOLUME 3 Ensino Fundamental (1º ao 9º ano)
VOLUME 4 Educação de Jovens e Adultos Recife
VOLUME 5 Educação Inclusiva: múltiplos olhares
VOLUME 6 Tecnologias na Educação 2021
PREFEITO DO RECIFE CAPA
APRESENTAÇÃO 15
REFERÊNCIAS 61
APRESENTAÇÃO
EDUCAÇÃO INFANTIL 15
1
Em uma perspectiva crítica, toma-se como referência, os pressupostos teórico- BREVE HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO DA POLÍTICA DE
-metodológicos dos projetos anteriores e as suas experiências acumuladas nas ENSINO DA REDE MUNICIPAL DO RECIFE – 2014/2015
várias etapas da construção institucional. Para o seu andamento e articulação,
optou-se por encaminhamentos dialógicos que favoreceram o debate com todos
os segmentos da Rede, o que tornou toda a realização mais enriquecida e par-
ticipativa.
Construir um documento dessa monta, de forma democrática e participativa,
envolveu grande complexidade e necessidade de atenção e respeito às diferentes
opiniões e falas que se contrapuseram ao longo do processo. Na dialogia estabe- A Política de Ensino da Rede Municipal do Recife (2014/2015), estruturada
lecida, buscou-se atender às demandas sem abrir mão de nossa identidade, en- em 6 (seis) livros - Fundamentos Teórico-Metodológicos, Educação Infantil,
quanto Rede de Ensino, e de fortalecer as concepções defendidas pelo conjunto Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano, Educação de Jovens e Adultos, Educação
de profissionais que a constitui. O intuito foi de construir o currículo, enquanto Inclusiva: Múltiplos Olhares e Tecnologias na Educação - representa uma cons-
práxis, tornando a ação educativa, como diz Freire (1996, p. 12), em “ação mo- trução histórica que foi iniciada, a partir do envolvimento do Grupo Ocupacional
dificadora e criadora da realidade”. do Magistério (GOM), que resultou em importante documento de consolidação
Deseja-se que, a partir desse documento revisitado, os (as) educadores (as) das concepções que norteiam as ações educativas da Rede de Ensino do Recife.
da Rede Municipal de Ensino do Recife continuem a contribuir para a construção Por essa razão, faz-se necessário resgatar parte desse processo de construção.
de realidades mais justas e éticas, junto aos (às) educandos (as). Durante a elaboração e estruturação do documento foram desenvolvidas vá-
rias ações como promoção de discussões nas unidades educacionais; constitui-
ção de um Grupo de Trabalho (GT), composto por professores (as), técnicos (as)
Recife, 2021. pedagógicos (as) representando as Divisões e Gerências da Secretaria Executiva
Alexsandra Felix de Lima Sousa de Gestão Pedagógica e da Secretaria Executiva de Tecnologia; apresentação e
Jacira Maria L’Amour Barreto de Barros discussão da produção escrita do documento com representantes do GOM, em
Nyrluce Marília Alves da Silva reuniões realizadas em 12 de abril, 30 de abril, 13 de setembro, 18 de outubro e 22
COORDENAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO de novembro do ano de 2014; assessoria à equipe técnica da Rede por professores
(as) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural
de Pernambuco (UFRPE), Universidade de Pernambuco (UPE) e Universidade Ca-
tólica de Pernambuco (UNICAP); socialização e incorporação das proposições dos
(as) professores (as) dos Anos Finais do Ensino Fundamental, ao documento nos
encontros pedagógicos mensais, juntamente com a presença dos (as) assessores
(as), nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro do ano de 2014,
dentre outras ações.
Ao traçar-se o movimento de construção da Política de Ensino da RMER,
destacou-se o objetivo de atingir o máximo de participação dos (as) professo-
res (as), demais segmentos das unidades escolares e diferentes profissionais
da educação de forma democrática, coletiva e colegiada, para que os anseios de
todos (as) pudessem ser discutidos. E aqui é importante salientar que as equipes
que compuseram o GT, leram, analisaram e refletiram sobre as contribuições
dos (as) representantes do GOM, Auxiliares de Desenvolvimento Infantil (ADI´s),
e demais profissionais da educação da Rede que participaram dos momentos de
EDUCAÇÃO INFANTIL 21
3
tivas da BNCC, sendo necessários alguns ajustes/acréscimos. E como a Política RELAÇÃO ENTRE OS EIXOS DA POLÍTICA DE
de Ensino possui Componentes Curriculares, Direitos e Objetivos de Aprendi- ENSINO DA REDE MUNICIPAL DO RECIFE
zagem específicos, que avançam em relação ao estabelecido no texto da BNCC,
E AS COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC
tais aspectos foram preservados no documento da RMER.
Dentre as especificidades do Currículo educacional de Recife, outro aspecto
singular da Política de Ensino refere-se à organização do ciclo de alfabetização.
Enquanto a BNCC prevê um ciclo de dois anos, para consolidar a alfabetização,
a RMER manteve o ciclo de alfabetização, constituído pelos três primeiros anos
do Ensino Fundamental. Evita-se dessa forma, uma retenção precoce com os
prejuízos decorrentes, conforme alerta a Resolução do CNE nº 7, de 14 de de-
A partir da homologação da BNCC, em dezembro de 2017, fez-se necessário
zembro de 2010, em seu artigo 30 – III:
olhar a Política de Ensino da RMER e as Competências Gerais2 da BNCC. O in-
a continuidade da aprendizagem, tendo em conta a complexidade do pro- tuito foi identificar convergências e estabelecer um alinhamento, sem perder
cesso de alfabetização, e os prejuízos que a repetência pode causar ao Ensino
de vista, contudo, os avanços consolidados na educação municipal do Recife.
Fundamental como um todo, e, particularmente, na passagem do primeiro para
o segundo ano de escolaridade, e deste para o terceiro (BRASIL. Ministério da Nesse sentido, em relação aos Eixos da Política de Ensino da RMER, desta-
Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica, 2010, ca-se a Escola Democrática, que defende o desenvolvimento de atitudes demo-
p. 8).
cráticas no ambiente escolar, com espaço para o diálogo e partilha nas ações
Todavia, mesmo com o ciclo de alfabetização até o 3º ano, a organização 2 COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA – 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historica-
curricular está estruturada, de forma a garantir ao (à) estudante, os saberes mente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade,
continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
necessários para a apropriação da linguagem escrita até o final do 2º ano do 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a inves-
Ensino Fundamental, cabendo ao 3º ano, a consolidação da alfabetização. tigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar
Entre as especificidades, destacamos os Componentes Curriculares de His- e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base
nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e
tória do Recife, e o de Introdução às Leis trabalhistas, já presentes na Matriz culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artísti-
Curricular publicada em 2015, que também foram revisitados. co-cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita),
Durante o processo de revisão da Política de Ensino, foram mantidos os corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e
científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes
fundamentos pedagógicos, organizados em Direitos e Objetivos de Aprendiza- contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar
gem, para todas as modalidades e etapas de ensino. No caso da modalidade de tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
Educação de Jovens e Adultos, a manutenção se deu com respaldo na Resolução diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações,
produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e co-
CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017, no artigo 3º parágrafo único, que letiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e
estabelece: “Para os efeitos desta Resolução, com fundamento no caput do art. experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas
35-A e no §1º do art. 36 da LDB, a expressão ‘competências e habilidades’ deve alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência
crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para
ser considerada como equivalente à expressão ‘direitos e objetivos de apren- formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam
dizagem’, presente na Lei do Plano Nacional de Educação (PNE)” (BRASIL. os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional
Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno, 2017, e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8.
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade
p. 41). Vale destacar que, embora a BNCC não trate especificamente da EJA, isso humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com
não é impeditivo para as redes de ensino não revisitarem seus currículos em elas. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar
busca de atualizações com a temática, face às dez competências gerais da Base. e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diver-
sidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade,
flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráti-
cos, inclusivos, sustentáveis e solidários (BRASIL. Ministério da Educação, 2017, p. 9-10).
3 Criança como sujeito ativo, protagonista da Política de Ensino, entende-se os bebês, crianças bem
pequenas e crianças pequenas, conforme faixa etária evidenciada na BNCC/2017 (BRASIL. Ministério
da Educação, 2015).
4 Tais princípios estão previstos nas DCNEIs (BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de
Educação. Câmara de Educação Básica, 2009) e no caderno da Política de Ensino da Rede Municipal
do Recife (RECIFE. Prefeitura. Secretaria de Educação, 2014b).
f) expressar como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessida- Ao mesmo tempo que participam de relações sociais e de cuidados pessoais,
as crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e
des, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões,
de interdependência com o meio.
questionamentos por meio de diferentes linguagens.
Corpo, Gestos e Movimentos
Os direitos de aprendizagem e desenvolvimento, conforme disposto na Matriz Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou
curricular, assumem diferentes intencionalidades educativas, ou seja, há um sig- intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram
o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expres-
nificado distinto para cada direito, conforme o campo de experiência de atuação,
A Educação Infantil, portanto, precisa promover a participação das crian- Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações
ças em tempos e espaços para a produção, manifestação e apreciação artística, As crianças vivem inseridas em espaços e tempos de diferentes dimensões,
de modo a favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da em um mundo constituído de fenômenos naturais e socioculturais. Desde muito
expressão pessoal das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem, pequenas, elas procuram situar-se em diversos espaços (rua, bairro, cidade entre
permanentemente, a cultura, e potencializem suas singularidades, ao ampliar outros.) e tempos (dia e noite; hoje, ontem e amanhã entre outros.).
repertórios e interpretar suas experiências e vivências artísticas.
Demonstram também curiosidade sobre o mundo físico (seu próprio corpo,
Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação os fenômenos atmosféricos, os animais, as plantas, as transformações da natu-
Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas coti- reza, os diferentes tipos de materiais, as possibilidades de sua manipulação, etc.),
dianas com as pessoas com as quais interagem. As primeiras formas de interação e o mundo sociocultural (as relações de parentesco e sociais entre as pessoas que
do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal, o sorriso, conhecem; como vivem, em que trabalham; quais suas tradições, seus costumes,
o choro, e outros recursos vocais, que ganham sentido com a interpretação do a diversidade entre elas, entre outros.).
outro.
ET15
EO01
TS08
CG05
Fonte: o autor
CÓDIGO
relações e transformações
Traços, sons, cores e formas
Corpo, gestos e movimentos
CAMPO DE EXPERIÊNCIA
12
15
05
08
01
NÚMERO DE ORDEM
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
Fonte: o autor
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
QUADRO 2 – O Eu, o Outro e o Nós (Continuação)
36
DIREITOS DE OBJETIVOS DE BIMESTRES
CAMPOS DE SUGESTÕES DE
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
bimestre
A Aprofundar nesteLEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
QUADRO 2 – O Eu, o Outro e o Nós (Continuação)
Fonte: o autor
Fonte: o autor
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
QUADRO 2 – O Eu, o Outro e o Nós (Continuação)
38
BIMESTRES
DIREITOS DE OBJETIVOS DE
CAMPOS DE SUGESTÕES DE
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
O eu, o outro
e o nós.
Contação de história
(EO15) Participar de vivências
de diferentes povos,
éticas e estéticas, com outras e dos objetos por
crianças e grupos culturais, eles utilizados.
que alarguem padrões de I AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Convite à família que
referência, e de identidade
conheça brincadeiras,
no diálogo, e reconhecimento
e músicas da tradição
Visitação com as
crianças a exposições,
e apresentações de
grupos culturais.
Imersão no
universo da linguagem
de sinais, através
de atividades que
(EO16). Conhecer, e interagir expressem situações
cotidianas
com as manifestações e I AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA da rotina em sala
tradições culturais brasileiras.
de aula, como
chamada, músicas,
e roda de conversa.
Fonte: o autor
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
bimestre
A Aprofundar nesteLEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
QUADRO 2 – O Eu, o Outro e o Nós (Conclusão)
BIMESTRES
DIREITOS DE OBJETIVOS DE
CAMPOS DE SUGESTÕES DE
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
(EO21). Familiarizar-se
com as novas tecnologias I AAAAAAAAAAA
de forma interativa .
(EO22). Integrar os
recursos tecnológicos ao I AAAAAA A AAAAAAAAAAAA
EDUCAÇÃO INFANTIL
processo de formação.
39
Fonte: o autor
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
40
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
BIMESTRES
DIREITOS DE OBJETIVOS DE
CAMPOS DE SUGESTÕES DE
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar nesteLEGENDA
bimestre
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
QUADRO 3 – Corpo, Gestos e Movimentos (Continuação)
BIMESTRES
DIREITOS DE OBJETIVOS DE
CAMPOS DE SUGESTÕES
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses DE VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
Fonte: o autor
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
QUADRO 3 – Corpo, Gestos e Movimentos (Continuação)
42
BIMESTRES
DIREITOS DE OBJETIVOS DE
CAMPOS DE SUGESTÕES DE
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS 4 anos a 5 anos e 11 meses VIVÊNCIAS
ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
Fonte: o autor
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
bimestre
A Aprofundar nesteLEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
QUADRO 3 – Corpo, Gestos e Movimentos (Conclusão)
(CG20) Conhecer as
possibilidades de utilização
dos recursos tecnológicos, I I AAAAAAAAAAAAAAAAAA
em situações do cotidiano
de forma interativa.
EDUCAÇÃO INFANTIL
43
Fonte: o autor
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
44
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
Fonte: o autor
Fonte: o autor
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
bimestre
A Aprofundar nesteLEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
QUADRO 4 – Traços, Sons, Cores e Formas (Continuação)
Fonte: o autor
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
QUADRO 4 – Traços, Sons, Cores e Formas (Continuação)
46
DIREITOS DE OBJETIVOS DE BIMESTRES
CAMPOS DE SUGESTÕES DE
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
Fonte: o autor
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
bimestre
A Aprofundar nesteLEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
QUADRO 4 – Traços, Sons, Cores e Formas (Continuação)
BIMESTRES
DIREITOS DE OBJETIVOS DE
CAMPOS DE SUGESTÕES
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses DE VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
e/ou tridimensionais.
47
Fonte: o autor
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
QUADRO 4 – Traços, Sons, Cores e Formas (Continuação)
48
BIMESTRES
DIREITOS DE OBJETIVOS DE
CAMPOS DE SUGESTÕES
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses DE VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
Incentivo ao
(TS16) Identificar nos interesse pelas
objetos, e/ou nomear a próprias produções
presença das texturas físicas dos seus pares
e gráficas, e explorá-las e artistas,
em expressões artísticas dentre outros
(desenho, frotagem, Visitação a
colagem, entre outras), a I I I I AAAAAAAAAAAAAA espaços de artes,
partir da observação de como galerias,
objetos do cotidiano, dos museus, teatros,
elementos da natureza, dentre outros.
da figura humana, e das
produções das artes visuais,
entre outras imagens.
Fonte: o autor
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
bimestre
A Aprofundar nesteLEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
QUADRO 4 – Traços, Sons, Cores e Formas (Conclusão)
objetos no cotidiano.
49
Fonte: o autor
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
50
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
BIMESTRES
DIREITOS DE OBJETIVOS DE
CAMPOS DE SUGESTÕES
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses DE VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
Fonte: o autor
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
bimestre
A Aprofundar nesteLEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
QUADRO 5 – Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação (Continuação)
BIMESTRES
DIREITOS DE OBJETIVOS DE
CAMPOS DE SUGESTÕES
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses DE VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
Fonte: o autor
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
A Aprofundar neste bimestre
QUADRO 5 – Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação (Continuação)
52
BIMESTRES
DIREITOS DE OBJETIVOS DE
CAMPOS DE SUGESTÕES
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses DE VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
(EF16) Ampliar o
repertório de palavras no I AAAAAAAAAAAAAAAAAAA
reconto da história.
Fonte: o autor
LEGENDA
I Iniciar neste bimestre
bimestre
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QUADRO 5 – Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação (Continuação)
Fonte: o autor
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QUADRO 5 – Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação (Continuação)
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DIREITOS DE OBJETIVOS DE BIMESTRES
CAMPOS DE SUGESTÕES
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses DE VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
Brincadeiras
com o alfabeto
(EF30) Identificar ou nomear
I I AAAAAA móvel, para
letras do alfabeto (bastão). reconhecimento
de letras e/
ou formação
(EF31) Estabelecer relações
I AAA de palavras.
entre a leitura e a escrita.
Fonte: o autor
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QUADRO 5 – Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação (Conclusão)
Fonte: o autor
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QUADRO 6 – Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações (Continua) I Iniciar neste bimestre
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BIMESTRES
DIREITOS DE OBJETIVOS DE
CAMPOS DE SUGESTÕES
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses DE VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
Fonte: o autor
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QUADRO 6 – Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações (Continuação)
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DIREITOS DE OBJETIVOS DE
CAMPOS DE SUGESTÕES DE
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
a descoberta da noção de
sua conservação. quantidade/número.
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Fonte: o autor
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QUADRO 6 – Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações (Continuação)
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CAMPOS DE SUGESTÕES DE
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
Fonte: o autor
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CAMPOS DE SUGESTÕES
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses DE VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
Fonte: o autor
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QUADRO 6 – Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações (Continuação)
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DIREITOS DE OBJETIVOS DE
CAMPOS DE SUGESTÕES
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6 CRIANÇAS
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses DE VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
(ET22). Compreender a
utilização de elementos,
associados à orientação e I AAAAAA v AAAAAAAAAA
à ordenação de materiais
em situações diversas.
(ET23). Manipular,
experimentar, organizar
e explorar o espaço por
meio de experiências
I AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
de deslocamentos de
si e dos objetos.
Fonte: o autor
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QUADRO 6 – Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações (Conclusão)
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CAMPOS DE CRIANÇAS
SUGESTÕES
APRENDIZAGEM E APRENDIZAGEM E BEBÊS 0 a 1 CRIANÇAS 1 ano e 6
EXPERIÊNCIAS ano e 6 meses meses a 3 anos e 11 meses 4 anos a 5 anos e 11 meses DE VIVÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
berçário grupo i grupo ii grupo iii grupo iv grupo v
(ET26). Familiarizar-se
com as novas tecnologias I AAAAAAAAAAAAAAAAAAA
de forma interativa.
(ET27). Utilizar o
conhecimento tecnológico I AAAAAAAAAAA
em situações do cotidiano.
(ET28). Integrar os
recursos tecnológicos ao I AAAAAAAAAAAAAAAAAAA
processo de formação.
solução de problemas.
61
Fonte: o autor
REFERÊNCIAS
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Acesso em: 14 dez. 2018. de direitos de aprendizagem (1º, 2º e 3º anos) do ensino fundamental. Brasília, DF: MEC,
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BRASIL. Ministério da Educação. Política nacional de educação especial na perspectiva da BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação
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BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação
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Básica. Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacio-
nais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 18, 18 dez. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação
2009. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=- Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão; Conselho Nacional da Educação (Bra-
download&alias=2298-rceb005-09&category_slug=dezembro-2009-pdf&Itemid=30192. sil). Diretrizes curriculares nacionais gerais da educação básica. Brasília, DF: MEC, 2013.
Acesso em: 12 dez. 2018.
BRASIL. Projeto de lei do plano nacional de educação (PNE 2011-2020): projeto em trami-
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação tação no Congresso Nacional – PL nº 8.035/2010. Brasília, DF: Edições Câmera, 2011. (Série
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http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf. Acesso em: 12 dez. 2018. FOCHI, P. S. Ludicidade, continuidade e significatividade nos campos de experiência. In:
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Educação Ambiental. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 70-71, 18 jun. 2012.
FOCHI, P. S.; CARVALHO, R. S. de. Pedagogia do cotidiano: reivindicações do currículopara
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Reso- a formação de professores. Revista em Aberto, Brasília, DF, v. 30, n. 100, p. 23-42, set./
lução nº 2, de 22 de dezembro de 2017. Institui e orienta a implantação da Base Nacional dez. 2017.
Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas
modalidades no âmbito da Educação Básica. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. 25. ed.
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BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes curriculares RECIFE. Prefeitura. Secretaria de Educação. Política de ensino da rede municipal do Reci-
nacionais para a educação infantil. Brasília, DF: MEC, 2010. fe: educação de jovens e adultos. Organização de Jacira Maria L’Amour Barreto de Barros,
Katia Marcelina de Souza, Élia de Fátima Lopes Maçaira. Recife: Secretaria de Educação,
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Ensino fundamental de 2015a. (Política de Ensino da Rede Municipal do Recife, v. 4).
nove anos: orientações para inclusão da criança de seis anos de idade. Organização de
Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel e Aricélia Ribeiro do Nascimento. Brasília: FNDE, RECIFE. Prefeitura. Secretaria de Educação. Política de ensino da rede municipal do Re-
2006. cife: educação inclusiva: múltiplos olhares. Organização de Jacira Maria L’Amour Barreto
de Barros, Katia Marcelina de Souza, Élia de Fátima Lopes Maçaira. Recife: Secretaria de
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Indicadores da qualidade Educação, 2015b. (Política de Ensino da Rede Municipal do Recife, v. 5).
na educação infantil. Brasília, DF: MEC, 2009.
RECIFE. Prefeitura. Secretaria de Educação. Política de ensino da rede municipal do Reci-
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e fe: educação infantil. Organização de Jacira Maria L’Amour Barreto de Barros, Katia Mar-
Educação Integral. Diretrizes curriculares nacionais gerais da educação básica. Brasília, celina de Souza, Élia de Fátima Lopes Maçaira. Recife: Secretaria de Educação, 2015c. (Po-
DF: MEC, 2010. lítica de Ensino da Rede Municipal do Recife, v. 2).