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LINHA D’AGUA:

Linha d'água ou linha de flutuação consiste na linha que separa a parte imersa do casco
de um navio (obras vivas) da sua parte emersa (obras mortas).

CALADO:
É a designação dada à profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da quilha de
uma embarcação, em relação à linha d'água (superfície da água).

HÉLICE:
É um instrumento de propulsão ou tração que está geralmente acoplado a algum tipo de
motor e tem o objetivo de empurrar o que está em seu redor.

LEME:
O nome dado ao aparelho que permite governar uma embarcação e que utiliza
o leme para modificar o rumo do barco.

3.0- CABOS E NÓS:

3.1- TIPOS DE CABOS:


No início da navegação, os cabos eram feitos de fibras naturais, como sisal, linho,
algodão, piaçava ou juta. Hoje, os cabos são feitos de fibras sintéticas de última geração.
Náilon, poliéster, aramida (kevlar), spectra, polietileno ou polipropileno são bem mais
resistentes, flexíveis e duráveis, facilitando o trabalho a bordo.

Os cabos podem ser trançados ou torcidos e cada um deles tem seu uso específico. Os
torcidos esticam mais e os trançados são mais maleáveis. Quando se escolhe um cabo,
deve-se levar em conta não apenas a resistência necessária ao tipo de uso, mas também
a facilidade de manuseio. Nesse caso, é importante estar sempre atento ao diâmetro.

Para que o cabo não desfie, é preciso dar um acabamento, seja enrolando um cabo mais
fino nas pontas, passando fita crepe ou queimando a extremidade. Os cabos devem ser
pendurados à sombra. Cabos de atrito, como as espias de amarração, devem ser
protegidos por mangueiras plásticas. É importante evitar que o cabo entre em contato
com combustíveis, graxas ou solventes químicos.
3.2- MATERIAIS UTILIZADOS NA CONFECÇÃO:

Náilon: Muito resistente à abrasão, suporta bem a ação do sol e da água salgada. Tem
alta elasticidade e é mais pesado que a água.
Uso: amarra (cabo de âncora), espias e cabo de reserva para reboque.

Poliéster: Tão resistente quanto o náilon, porém menos elástico. Cede quando
tracionado e também é mais pesado que a água.
Uso: escotas e adriças de veleiros de cruzeiro. Não é utilizado em barcos a motor.

Polipropileno: Menos resistente à tração e à abrasão e menos durável à ação do sol e


do sal. É mais leve que a água e é mais barato que o náilon e que o poliéster.
Uso: cabo de boia circular e cabo para rebocar esquiador.

Polietileno: Inferior ao polipropileno, não é resistente ao sol, desfia com facilidade e é


escorregadio, não oferecendo segurança para a confecção de nós. Mais leve que a água,
tem preço baixo.
Uso: cabo de boia circular e cabo para puxar esquiador.

Aramida ou Kevlar: É um derivado do náilon, porém três vezes mais resistente. Não
cede quando tencionado, é mais pesado que a água, mas também é mais caro.
Uso: escotas e adriças de veleiros de competição.

Spectra: Mais resistente à tração do que o kevlar e não cede à tensão. Mais leve que a
água e de preço elevado.
Uso: escotas e adriças de veleiros de competição. O peso mais leve é sua vantagem
sobre o kevlar.

Aço: Um cabo de aço é constituído por dois ou mais fios enrolados lado a lado e ligados,
ou torcidos ou entrançados, formando um único conjunto, com bitolas variadas, para se
fazer essa medida, usamos um Paquimetro.
Uso: cabos usados para manobrar as velas. Estai: cabo de aço que sustenta o mastro
pela proa e popa. Genoa: vela triangular que fica na proa do barco. Guarda-mancebo:
proteção de cabo ao longo das bordas do barco.

3.3- PRINCIPAIS NÓS E VOLTAS UTILIZADOS À BORDO:

Nó lais de guia - Serve para fazer alças de qualquer tamanho ou amarrar um cabo em
qualquer lugar. É fácil de desatar, mesmo tendo sido tencionado.
Nó de escota – Ideal para emendar cabos de diâmetros diferentes. O de maior bitola faz
a alça.

Nó direito - Usado para emendar cabos de mesmo diâmetro, mas sem a mesma
facilidade de soltura que o nó de escota. Muito utilizado na operação de diminuir a área
vélica de um veleiro (rizar).

Volta da ribeira – Serve para amarrar vários objetos entre si. É usado para içar um objeto
do fundo ou levantar um mastro.

Nó de escota dobrado – Tem a mesma finalidade que o nó de escota comum, só que


mais seguro.

Volta do fiel – Usado para amarrar a cana de leme no centro do barco. É erroneamente
usado para segurar as defensas ou para amarrar uma embarcação ao cais.
Volta do fiador – Usado como nó de fim de curso, como por exemplo, para evitar que um
cabo entre dentro de um mastro.

Nó de caminhoneiro – Serve para dar aperto a uma amarração qualquer, como por
exemplo, prender um barco à carreta.

Falcaça costurada – Dá acabamento na ponta e evita que o cabo se desmanche.

4.0- APARELHO DE FUNDEIO:

4.1- CARACTERISTICA DO APARELHO DE FUNDEAR:

a) Âncora ou ferro – É a principal peça do aparelho de fundeio, confeccionada de ferro


ou aço forjado, com a finalidade de prender o navio ao fundo;

b) Amarras – É uma cadeia de elos especiais que prende o ferro ao navio;

c) Máquina de Suspender – Consta de uma máquina a vapor, motor elétrico ou sistema


hidroelétrico, acionando um cabrestante ou um guincho, com a finalidade de içar ou arriar
o ferro por meio da Amarra;

d) Acessórios – São peças que servem para permitir o perfeito funcionamento do


Aparelho de Fundear, tais como manilhas, escovem, gateiras, boças, patolas, etc.

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