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Apresentação
CURSO AVANÇADO DE SCIE
Módulo: Controlo de Fumo
Apresentação Apresentação
3 4
Objectivos
Gerais
Objectivos
Específicos
Conteúdo programático
• Conceitos • Sistemas mecânicos de
• Sistemas naturais de controlo de fumo
• Métodos
controlo de fumo
• Critérios de
• Conceitos de proteção e
critérios de projeto
Aspectos gerais da acção de
dimensionamento
• Métodos
• Normas aplicáveis formação
• Claraboias de
desenfumagem
• Registos de desenfumagem
• Total: 8 horas
11 12
• A avaliação dos conhecimentos será efetuada com base Disponível apenas durante o horário da sessão síncrona
na realização de um trabalho prático final (100%),
ficando o enunciado disponível na respetiva página de
Curso da plataforma Há Formação , no dia da 2ª sessão NOTA:
síncrona. Abertura de acesso ao registo: 15 minutos antes do início
da sessão
• O trabalho deve ser submetido até às 23H59 do dia de
02 de Dezembro de 2021.
13 14
Certificado DGERT
15
17 18
...
19 20
21
Pisos situados no subsolo: Locais de risco B com efetivo superior a 500 pessoas
• Efetivo superior a 200 pessoas
• A > 400 m2 (independentemente da ocupação)
Características do fumo
• O fumo é constituído e formado por uma combinação • O fumo é constituído e formado por uma combinação
dos três estados da matéria: dos três estados da matéria:
• Estado sólido (partículas sólidas não queimadas ricas em • ...
carbono); • Estado gasoso (produtos de combustão, hidrocarbonetos, etc
• Estado líquido (aerossóis, condensados diversos, vapor de ...).
água, etc ...);
• ...
• Os fumos são definidos pela sua cor: • Esta classificação caracteriza, de forma grosseira, a
• Brancos (ricos em aerossóis, vapor de água, etc ...); opacidade não dando contudo nenhuma informação
• Cinzentos (mistura de aerossóis e de partículas sólidas); sobre os perigos reais ligados à temperatura e gases
• Negros (ricos em partículas sólidas). tóxicos associados à falta de oxigénio (toxicidade).
• Na pluma de fumo e gases quentes o caudal de ar novo • Quanto maior for a altura livre de fumo desejada mais
depende fundamentalmente de: importante se torna a quantidade de ar novo na pluma
• Superfície do fogo (perímetro); uma vez que se pretende extrair uma grande quantidade
• Temperatura e altura da pluma; de fumo.
• Espessura da pluma.
Opacidade Toxicidade
• O fumo prejudica a evacuação e a intervenção das equipas de • Existem mais de 140 compostos que, isolados ou em conjunto,
socorro, dificultando a respiração e levando à perda de pontos podem afectar a segurança das pessoas:
de referência. • Monóxido de carbono (CO);
• Dióxido de carbono (CO2 );
• Considera-se que, quando a visibilidade é inferior a 4 m, a • Hidrocarbonetos não queimados;
evacuação se torna difícil. • Óxidos de enxofre (NOx);
• Compostos de enxofre SO2 e H2 S.
Temperatura
Toxicidade
• Os gases invisíveis, os aerossóis (estado líquido) e as partículas • Devido à sua fraca massa volúmica, o fumo quente tem
sólidas interferem directamente com o homem. tendência a elevar-se em direcção ao tecto e a aí se
• A falta de oxigénio, nota-se mais no caso de incêndios mal acumularem em camadas de temperatura decrescente em
ventilados, o que acontece muito em incêndios em habitação, direcção ao pavimento, o que favorece o salvamento, sendo aí
em que, poucos minutos são suficientes para baixar a as temperaturas mais baixas, o ar menos tóxico e mais rico em
concentração de de O2 abaixo dos 10 % (vítimas em estado de oxigénio.
síncope ou mesmo mortas (O2 ≤ 6%).
Temperatura
Corrosividade
• Acresce ainda a corrosividade de alguns dos seus • Sobrepressão num local sinistrado
componentes (HCl) que representam um perigo, não só • O fumo tem a tendência a ocupar o máximo volume, seguindo a
expressão (gases ideais):
para os elementos de construção dos edifícios
(estruturas metálicas), mas também para o seu conteúdo PV
=C
(componentes electrónicos, máquinas, computadores ...) T
• Em que:
• P – Pressão no local (N/m 2 ou Pa);
• V – Volume do gás no local (m 3);
• T – Temperatura absoluta desse gás (K);
• C - Constante
• Caso 1 - Aplicação a volume constante (local hermético): • Caso 2 - Aplicação a pressão constante:
• Aumento de pressão. • Aumento de volume
• Caso real (combinação das duas situações • Sobrepressão no local sinistrado (não estanque), dotado
anteriores/local não estanque): de uma só abertura em contacto com o exterior
• Ligeira sobrepressão (5 a 40 Pa) no local sinistrado • Estabelece-se um equilíbrio aeráulico entre as partes separadas
relativamente aos locais adjacentes; pelo plano neutro, PN, traduzido pela entrada de ar novo
• Forte expansão em volume de fumo. abaixo do PN, e saída de gás de combustão e chamas acima
deste plano.
• Acima do PN o local está em sobrepressão;
• Abaixo do PN o local está em depressão.
Tiragem térmica
• Sobrepressão no local sinistrado (não estanque), dotado • Admitindo que, à mesma temperatura, as massas
de uma só abertura em contacto com o exterior volúmicas de fumo e de ar são iguais, a tiragem térmica
resulta da diferença de temperatura existente entre as
Gases quentes PV duas atmosferas, a interior (edifício) e a exterior. A
=C
T diferença de pressão poderá ser expressa através da
Plano neutro
fórmula simplificada:
Ar
comburente • Equação da conservação: # 1 1&
Janela aberta è V +
ΔP = 3600% − (h
Janela fechada è P + $Te Ti '
Tiragem térmica
Tiragem térmica
• Equação da conservação: • A tiragem térmica gera uma propagação de fumo para
# 1 1& os andares superiores através dos acessos verticais
ΔP = 3600% − (h existentes no edifício.
$Te Ti '
• Em que:
• ΔP – Diferença de pressão devida à tiragem térmica (Pa)
• h – Altura em (m) acima ou abaixo do PN (a posição correspondente
a ΔP = 0)
• Ti – Temperatura no interior (edifício) (K)
• Te – Temperatura no exterior (K)
Considerandos Considerandos
• Extracção nos locais sinistrados de uma parte do fumo e dos • Manter uma visibilidade suficiente;
gases quentes que permita:
• Diminuir o conteúdo dos gases tóxicos;
• Tornar praticáveis os caminhos de evacuação (equipas de
intervenção); • Conservar uma taxa de oxigénio aceitável;
• Limitar a propagação do incêndio evacuando, para o exterior, • Evacuar o calor produzido pelo incêndio.
calor, gases de combustão e produtos não queimados.
Desenfumagem: Desenfumagem:
Desenfumagem:
Técnicas de varrimento
Admissão Extracção
Requisitos gerais
Natural Natural
Mecânica Natural
Natural Mecânica
Mecânica Mecânica
Cozinhas Localização
• O controlo de fumo deve ser efectuado por sistemas de desenfumagem • As tomadas exteriores de ar, através de vãos de fachada
ativa, devendo ser instalados painéis de cantonamento dispostos entre
as cozinhas e as salas de refeição.
ou bocas de condutas, devem ser dispostas em zonas
Painel de
cantonamento
resguardadas do fumo produzido pelo incêndio.
Localização Localização
Tomadas exteriores de ar e das aberturas para descarga de fumo Tomadas exteriores de ar e das aberturas para descarga de fumo
Abertura de
extração
• As aberturas para descarga de fumo, através de • Elevadas, no mínimo, 0,5 m d ≥ 10 m
exutores, vãos de fachada e bocas de condutas, devem acima da cobertura
h ≥ 0,5 m
ser dispostas de acordo com as exigências
regulamentares para as clarabóias em coberturas, ou • Distância, medida na
para as aberturas de escape de efluentes de combustão, horizontal, a qualquer
consoante o caso. obstáculo, que lhe seja mais
elevado, não seja inferior à
diferença de alturas, com
um máximo exigível de 10 m
Características das bocas de ventilação interiores Características das bocas de ventilação interiores
E à admissão
• ... EI à extração
• Os sistemas de comando automático devem • Nos locais ou vias de evacuação para os quais se exigem
compreender detectores de fumo, quer autónomos, quer instalações de alarme compreendendo detectores
integrados em instalações de alarme centralizadas, automáticos de incêndio, as instalações de controlo de
montados nos locais ou nas vias. fumo devem ser dotadas de comando automático.
• Nos locais equipados com sistemas de extinção • A admissão de ar para desenfumagem pode ser
automática por água deve ser assegurado que as realizada por meio de:
instalações de desenfumagem entrem em • Vãos dispostos em paredes exteriores, cuja parte superior se
funcionamento antes daquelas. situe a uma altura até 1 m do pavimento, ou confinando com
locais amplamente arejados;
• Bocas de admissão, ligadas a tomadas exteriores de ar
• Atenção !? eventualmente através de condutas.
Evacuação de fumo
Evacuação de fumo
Evacuação de fumo
Admissão de ar
• É possível promover • A admissão de ar para
alterações às disposições desenfumagem activa
regulamentares se for feito pode ser realizada por
feito cálculo para a tiragem
considerando:
meios naturais ou
• Velocidade = 0 mecânicos.
• Tfumo = 70 °C • Meios naturais (regras
• Texterior = 15 °C apresentadas para a
desenfumagem passiva);
1,8 m do pavimento,
ligadas a ventiladores
através de condutas.
W Radiação
M Acção mecânica
12 7
Cabos *
Parâmetros
P / PH Continuidade fornecimento energia e/ou sinal * - Cabos eléctricos e de fibra óptica e acessórios;
Nota Tubos e sistemas de proteção de cabos eléctricos
G Resistência ao fogo contra o fogo.
Cabos **
A classificação é complementada por «(i®o)», «(o®i)» A classificação é complementada por «(i®o)», «(o®i)»
ou «(i«o)» consoante cumpram os critérios para o fogo ou «(i«o)» consoante cumpram os critérios para o fogo
Nota interior, exterior ou para ambos. interior, exterior ou para ambos, respectivamente.
Os símbolos «ve » e/ou «ho » indicam, além disso, a Nota Os símbolos «ve » e/ou «ho » indicam, além disso, a
adequação a uma utilização vertical e/ou horizontal. adequação a uma utilização vertical e/ou horizontal.
A adição do símbolo «S» indica o cumprimento de uma
restrição suplementar às fugas.
Classificaçã
Duração (em minutos)
o
E 30 60 90 120
Registos corta-fogo
Estanquidade
às chamas e Ve ou Ho
gases quentes Sentido
e isolamento do fogo
térmico
Estanquidade
ao fumo
EI 60 (Ve i « o) S
300 Pa
Escalão
de tempo Pressão de teste
138
Temperatura
13 9 14 0
Métodos aplicáveis
Controlo de fumo nos locais • O controlo de fumo nos locais sinistrados pode ser
sinistrados realizado por desenfumagem passiva ou activa.
Controlo de fumo nos locais sinistrados Controlo de fumo nos locais sinistrados
• Definições: • Definições:
• Superfície útil de um exutor: • A área útil dos exutores e a sua aplicação devem obedecer à
• Superfície dada pelo fabricante após ensaio efectuado por laboratório EN 12101-2:2003 – sistemas para controlo de fumo e calor –
certificado, tomando em linha de consideração a influência do vento e Parte 2: Especificações para fumo natural e ventiladores para
as deformações eventuais provocadas por uma elevação de temperatura extracção de calor.
(cálculo aerodinâmico).
• Se nada for referido aplica-se, à área de catálogo do fabricante o factor
0,5.
Controlo de fumo nos locais sinistrados Controlo de fumo nos locais sinistrados
• Definições: • Definições:
• A área útil dos exutores • Superfície de um cantão de desenfumagem:
• Superfície correspondente à projecção horizontal do volume do cantão.
Controlo de fumo nos locais sinistrados Controlo de fumo nos locais sinistrados
Controlo de fumo nos locais sinistrados Controlo de fumo nos locais sinistrados
• Definições: • Definições:
• Altura da zona livre de fumo (Hl): • Altura da zona enfumada (Hf ):
• Altura da zona situada abaixo do painel de cantonamento ou, por • Espessura da camada de fumo
defeito, dos lintéis das portas • Diferença entre a altura de referência e a altura da zona livre de fumo
• Hl ≥ H/2 • Hf = H – Hl
• Hl ≥ padieiras das portas
• Hl ≥ 1,80 m
Controlo de fumo nos locais sinistrados Controlo de fumo nos locais sinistrados
Nível superior da
cobertura
Hf
Nível inferior da
cobertura • Área máxima à 1600 m2
• Comprimento máximo à 60 m
Limite inferior do painel de
cantonamento
• Independente do método de desenfumagem
• Excepção: UT-II
Hl
Controlo de fumo nos locais sinistrados Controlo de fumo nos locais sinistrados
Controlo de fumo nos locais sinistrados Controlo de fumo nos locais sinistrados
Exutor
Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva
Cantões de
Cantões de desenfumagem
desenfumagem
Hf ΔH
Coeficiente de
correcção Coeficiente de correcção
ΔH H Hl H
(ΔH positivo) e = 1+ (ΔH negativo)
Hl
Ef
ΔH
e = 1+ Desenfumagem passiva
Ef
e
• Coeficiente de correcção • Quando a desenfumagem de um local é feita por recurso
a exutores e vãos de fachada, estes não poderão
Acima da altura
de referência participar em mais de 1/3 da área total útil das aberturas
destinadas à evacuação de fumo
ΔH
e = 1− Abaixo da altura
Ef de referência
ΔH / Hf
• A área total útil das aberturas para evacuação deve ser • Parque de estacionamento fora da via pública, delimitado por uma
objecto de cálculo devidamente fundamentado:
• Instruction Technique n.º 246 (França) envolvente sem cobertura
• APSAD R17 (França)
Definições Definições
Desenfumagem passiva
• Cálculo da superfície útil de evacuação de fumo (SUE): • Cálculo da superfície útil de evacuação de fumo (SUE):
• APSAD R17 - Não se aplica a locais com : • APSAD R17 – Exceções:
• A ≤ 1000 m2 * • Não se aplica a armazéns em que a altura de armazenamento ultrapassa
• H≤4m* os máximos referidos para cada grupo
• Extinção automática por agente gasoso
• Cálculo de α: • Cálculo de α:
Classe Tipo de estabelecimento Classe Tipo de estabelecimento
Risco Alturas máximas de armazenamento (m) Grupo (GR) Risco Alturas máximas de armazenamento (m) Grupo (GR)
RC1 1 ≤ 4,0 3
RTD B1
RC2 2 > 4,0 4
RS - 4
• APSAD R 17 • APSAD R 17
Repartição em tabelas de fabricação e de armazenamento Repartição em tabelas de fabricação e de armazenamento
• APSAD R 17 • APSAD R 17
Repartição em tabelas de fabricação e de armazenamento Repartição em tabelas de fabricação e de armazenamento
5,50 2,50 1,00 1,00 1,00 1,35 10,00 2,00 1,52 2,06 2,62 3,70
5,00 3,00 1,00 1,00 1,00 1,07 9,50 2,50 1,25 1,50 2,17 3,06
8,00 12,00
4,50 3,50 1,00 1,00 1,00 1,00 9,00 3,50 1,04 1,29 1,82 2,58
4,00 4,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8,50 4,00 1,00 1,10 1,55 2,19
Q1 Q2 Q3
Desenfumagem ativa
• Os sistemas de
climatização ou controlo
ambiental podem ser
utilizados para efeitos de
controlo de fumo desde
que cumpram o disposto
no RT-SCIE
• Nos pisos dos parques de estacionamento cobertos • Havendo mais do que um piso negativo, o controlo de
fechados: fumo terá que ser efectuado por recurso a meios activos,
• A extração de fumo em caso de incêndio deve ser ativada com de preferência por hierarquia de pressões.
um caudal de 600 m3 / h / veículo no compartimento sinistrado
Desenfumagem ativa
Desenfumagem ativa
400 ºC durante duas horas
• Nos pisos dos parques de estacionamento cobertos
fechados:
• A insuflação deve ser parada no compartimento corta-fogo
sinistrado e ser acionada nos compartimentos corta-fogo
adjacentes que comuniquem com o sinistrado, com caudais
iguais a 60 % da extração do piso sinistrado
Desenfumagem ativa
Desenfumagem ativa
QA = 60 % QE
QA = 60 % QE QE
QE
Desenfumagem activa
Desenfumagem ativa
Próxima sessão
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