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Módulo 3: Controlo de Fumo

Apresentação
CURSO AVANÇADO DE SCIE
Módulo: Controlo de Fumo

Apresentação Apresentação

José Aidos Rocha Publicações

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j.aidos.rocha@gmail.com Edição 1 | Parte 1 - 1


Módulo 3: Controlo de Fumo

Objectivos

Gerais

Objectivos Reforçar e consolidar o conhecimento dos participantes


no que concerne às medidas de segurança contra
incêndio a implementar na conceção de edifícios e
recintos

Objectivos

Específicos

Aprofundar o conhecimento relativo ao controlo de fumo


a implementar na conceção de edifícios e recintos.
Conteúdo programático

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Conteúdo programático
• Conceitos • Sistemas mecânicos de
• Sistemas naturais de controlo de fumo
• Métodos
controlo de fumo
• Critérios de
• Conceitos de proteção e
critérios de projeto
Aspectos gerais da acção de
dimensionamento
• Métodos
• Normas aplicáveis formação
• Claraboias de
desenfumagem
• Registos de desenfumagem

Aspectos gerais da acção de formação Aspectos gerais da acção de formação

Carga horária Datas e horário sessões síncronas

• Sessões síncronas: 6 horas • 23 de Novembro de 2021 das 18h00 às 21h00


• Sessões assíncronas: 2 horas • 25 de Novembro de 2021 das 18h00 às 21h00

• Total: 8 horas

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Aspectos gerais da acção de formação Registo da Assiduidade

Critérios e Metodologias de Avaliação OBRIGATÓRIO!

• A avaliação dos conhecimentos será efetuada com base Disponível apenas durante o horário da sessão síncrona
na realização de um trabalho prático final (100%),
ficando o enunciado disponível na respetiva página de
Curso da plataforma Há Formação , no dia da 2ª sessão NOTA:
síncrona. Abertura de acesso ao registo: 15 minutos antes do início
da sessão
• O trabalho deve ser submetido até às 23H59 do dia de
02 de Dezembro de 2021.
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Aspectos gerais da acção de formação

Certificado DGERT

• Presença obrigatória nas 2 sessões síncronas Introdução


• Trabalho prático (mínimo 10 valores)

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Diplomas Regime Jurídico da SCIE

• Regime Jurídico da SCIE • Contém 38 artigos


• Lei n.º 123/2019
• “Enquadramento” da SCIE

• Regulamento Técnico de SCIE


• Portaria n.º 135/2020

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Regulamento Técnico de SCIE Regulamento Técnico de SCIE

Título VI - Condições gerais dos equipamentos e sistemas


• Contém 8 Títulos: de segurança
• Objeto e definições
• Condições comuns (6) • CAPÍTULO IV – Controlo de fumo
• Condições específicas
• Anexos I e II • SECÇÃO I – Aspetos gerais

• SECÇÃO II – Instalações de desenfumagem passiva

• SECÇÃO III – Instalações de desenfumagem ativa

...

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Regulamento Técnico de SCIE Exigências de controlo de fumo

Título VI - Condições gerais dos equipamentos e sistemas


de segurança Vias verticais de evacuação enclausuradas
• CAPÍTULO IV – Controlo de fumo

• SECÇÃO IV – Controlo de fumo nos pátios interiores e pisos ou vias


circundantes

• SECÇÃO V - Controlo de fumo nos locais sinistrados

• SECÇÃO VI - Controlo de fumo nas vias horizontais de evacuação

• SECÇÃO VII - Controlo de fumo nas vias verticais de evacuação

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Exigências de controlo de fumo Exigências de controlo de fumo

Câmaras corta-fogo VHE protegidas:


• Vias, incluindo átrios, integradas nas comunicações comuns em
UTs das 3ª e 4ª categorias de risco ou quando o seu
comprimento exceda 30 m

• Vias cujo comprimento seja superior a 10 m, compreendidas


em pisos com uma altura acima do PR superior a 28 m ou em
pisos abaixo daquele plano

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Exigências de controlo de fumo Exigências de controlo de fumo

VHE protegidas: VHE protegidas:


• Vias incluídas nos caminhos de evacuação de locais de risco B, • Galerias fechadas de ligação entre edifícios independentes ou
nos casos em que esses locais não disponham de vias entre corpos do mesmo edifício
alternativas

• Vias incluídas nos caminhos de evacuação de locais de risco D

Exigências de controlo de fumo Exigências de controlo de fumo

Pisos situados no subsolo: Locais de risco B com efetivo superior a 500 pessoas
• Efetivo superior a 200 pessoas
• A > 400 m2 (independentemente da ocupação)

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Exigências de controlo de fumo Exigências de controlo de fumo

Locais de risco C + Locais de risco C +


• Volume superior a 600 m3 • Locais de produção, depósito, armazenagem ou manipulação
• Carga de incêndio modificada superior a 20 000 MJ de líquidos inflamáveis em quantidade superior a 100 l
• Potência instalada superior a 250 kW (70 kW a gás )

Exigências de controlo de fumo Exigências de controlo de fumo

Cozinhas ligadas a salas de refeição Átrios e corredores adjacentes a pátios interiores

• cujas dimensões, medidas em planta, permitam inscrever


um cilindro cujo diâmetro seja igual ou superior a:
• H ≤ 7 m è H (mínimo de 4 m)
• H>7mè
7H

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Exigências de controlo de fumo Exigências de controlo de fumo

Espaços cobertos afetos à UT-II Espaços afetos à UT-XII

• [ A > 200 m2 ] • Armazenagem da 2ª categoria de risco ou superior [ A > 800 m2 ]

Exigências de controlo de fumo

Espaços cénicos isoláveis

Características do fumo

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Natureza do fumo Natureza do fumo

• O fumo é constituído e formado por uma combinação • O fumo é constituído e formado por uma combinação
dos três estados da matéria: dos três estados da matéria:
• Estado sólido (partículas sólidas não queimadas ricas em • ...
carbono); • Estado gasoso (produtos de combustão, hidrocarbonetos, etc
• Estado líquido (aerossóis, condensados diversos, vapor de ...).
água, etc ...);
• ...

Natureza do fumo Natureza do fumo

• Os fumos são definidos pela sua cor: • Esta classificação caracteriza, de forma grosseira, a
• Brancos (ricos em aerossóis, vapor de água, etc ...); opacidade não dando contudo nenhuma informação
• Cinzentos (mistura de aerossóis e de partículas sólidas); sobre os perigos reais ligados à temperatura e gases
• Negros (ricos em partículas sólidas). tóxicos associados à falta de oxigénio (toxicidade).

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Produção de fumo Produção de fumo

• Caudal de fumo • Caudal de fumo


• O caudal de fumo corresponde aproximadamente à quantidade
de ar novo que penetra na pluma de fumo e gases quentes (a
contribuição dos gases de combustão é pequena);
• O ar novo, mais rico em oxigénio, alimenta a combustão dos
gases quentes combustíveis. • Quando a temperatura na pluma de fumo e gases quentes
diminui, e a mistura ar-fumo é pobre em oxigénio, a combustão
torna-se incompleta, e geram-se partículas sólidas não
queimadas que formam a fuligem transportada pelas correntes
de convecção.

Produção de fumo Produção de fumo

Caudal de fumo Caudal de fumo

• Na pluma de fumo e gases quentes o caudal de ar novo • Quanto maior for a altura livre de fumo desejada mais
depende fundamentalmente de: importante se torna a quantidade de ar novo na pluma
• Superfície do fogo (perímetro); uma vez que se pretende extrair uma grande quantidade
• Temperatura e altura da pluma; de fumo.
• Espessura da pluma.

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Produção de fumo Perigos do fumo . Pessoas

Caudal de fumo Opacidade

• Velocidade de expansão de fumo • O comportamento das pessoas no decurso de


• É possível calcular o tempo que o fumo demora a invadir um evacuação depende, entre outros factores de:
local admitindo-se que, a sua velocidade horizontal é da ordem • Condições físicas e psíquicas das pessoas;
dos 0,20 m/s a 1 m/s. • Conhecimentos de SCI (participação em simulacros, etc ...);
• Natureza do gás de combustão;
• Duração da exposição.

Perigos do fumo . Pessoas Perigos do fumo . Pessoas

Opacidade Toxicidade
• O fumo prejudica a evacuação e a intervenção das equipas de • Existem mais de 140 compostos que, isolados ou em conjunto,
socorro, dificultando a respiração e levando à perda de pontos podem afectar a segurança das pessoas:
de referência. • Monóxido de carbono (CO);
• Dióxido de carbono (CO2 );
• Considera-se que, quando a visibilidade é inferior a 4 m, a • Hidrocarbonetos não queimados;
evacuação se torna difícil. • Óxidos de enxofre (NOx);
• Compostos de enxofre SO2 e H2 S.

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Perigos do fumo . Pessoas Perigos do fumo . Pessoas

Temperatura
Toxicidade
• Os gases invisíveis, os aerossóis (estado líquido) e as partículas • Devido à sua fraca massa volúmica, o fumo quente tem
sólidas interferem directamente com o homem. tendência a elevar-se em direcção ao tecto e a aí se
• A falta de oxigénio, nota-se mais no caso de incêndios mal acumularem em camadas de temperatura decrescente em
ventilados, o que acontece muito em incêndios em habitação, direcção ao pavimento, o que favorece o salvamento, sendo aí
em que, poucos minutos são suficientes para baixar a as temperaturas mais baixas, o ar menos tóxico e mais rico em
concentração de de O2 abaixo dos 10 % (vítimas em estado de oxigénio.
síncope ou mesmo mortas (O2 ≤ 6%).

Perigos do fumo . Pessoas Perigos do fumo . Bens

Temperatura

• O fumo é um factor importante na propagação de um


incêndio uma vez que:
• A sua temperatura facilita a:
• Pirólise e
• Inflamação de materiais combustíveis

• E sua composição que compreende numerosos produtos não


queimados

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Perigos do fumo . Bens Movimento do fumo

Corrosividade

• Acresce ainda a corrosividade de alguns dos seus • Sobrepressão num local sinistrado
componentes (HCl) que representam um perigo, não só • O fumo tem a tendência a ocupar o máximo volume, seguindo a
expressão (gases ideais):
para os elementos de construção dos edifícios
(estruturas metálicas), mas também para o seu conteúdo PV
=C
(componentes electrónicos, máquinas, computadores ...) T
• Em que:
• P – Pressão no local (N/m 2 ou Pa);
• V – Volume do gás no local (m 3);
• T – Temperatura absoluta desse gás (K);
• C - Constante

Movimento do fumo Movimento do fumo

Sobrepressão num local sinistrado Sobrepressão num local sinistrado

• Caso 1 - Aplicação a volume constante (local hermético): • Caso 2 - Aplicação a pressão constante:
• Aumento de pressão. • Aumento de volume

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Movimento do fumo Movimento do fumo

Sobrepressão no local sinistrado

• Caso real (combinação das duas situações • Sobrepressão no local sinistrado (não estanque), dotado
anteriores/local não estanque): de uma só abertura em contacto com o exterior
• Ligeira sobrepressão (5 a 40 Pa) no local sinistrado • Estabelece-se um equilíbrio aeráulico entre as partes separadas
relativamente aos locais adjacentes; pelo plano neutro, PN, traduzido pela entrada de ar novo
• Forte expansão em volume de fumo. abaixo do PN, e saída de gás de combustão e chamas acima
deste plano.
• Acima do PN o local está em sobrepressão;
• Abaixo do PN o local está em depressão.

Movimento do fumo Movimento do fumo

Tiragem térmica

• Sobrepressão no local sinistrado (não estanque), dotado • Admitindo que, à mesma temperatura, as massas
de uma só abertura em contacto com o exterior volúmicas de fumo e de ar são iguais, a tiragem térmica
resulta da diferença de temperatura existente entre as
Gases quentes PV duas atmosferas, a interior (edifício) e a exterior. A
=C
T diferença de pressão poderá ser expressa através da
Plano neutro
fórmula simplificada:
Ar
comburente • Equação da conservação: # 1 1&
Janela aberta è V +
ΔP = 3600% − (h
Janela fechada è P + $Te Ti '

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Movimento do fumo Movimento do fumo

Tiragem térmica
Tiragem térmica
• Equação da conservação: • A tiragem térmica gera uma propagação de fumo para
# 1 1& os andares superiores através dos acessos verticais
ΔP = 3600% − (h existentes no edifício.
$Te Ti '
• Em que:
• ΔP – Diferença de pressão devida à tiragem térmica (Pa)
• h – Altura em (m) acima ou abaixo do PN (a posição correspondente
a ΔP = 0)
• Ti – Temperatura no interior (edifício) (K)
• Te – Temperatura no exterior (K)

Movimento do fumo Movimento do fumo

Tiragem térmica Influência das condições atmosféricas

• A eficácia da desenfumagem natural, que utiliza a • Os movimentos de convecção inerentes ao


tiragem térmica, depende da diferença de temperatura desenvolvimento de um incêndio, são influenciados
entre o fumo e o ar exterior e das dimensões da abertura pelas condições atmosféricas
utilizada para a entrada de ar e para a saída de fumo e
gases de combustão.

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Movimento do fumo Movimento do fumo

Influência das condições atmosféricas Influência das condições atmosféricas


• A temperatura exterior facilita a tiragem térmica no inverno e • Local com duas aberturas em que a desenfumagem é feita
dificulta no verão; através de aberturas na fachada
• O vento cria sobrepressões sobre as fachadas que lhe são • A zona neutra estabelecer-se-á com alturas diferentes ao nível da janela
perpendiculares; que dá para o exterior e da porta que dá para locais adjacentes, situação
esta que irá depender não só das dimensões e do tipo de vãos, como
• O vento cria depressões sobre as fachadas que lhe são também das perdas de carga que afectarão o circuito aeráulico.
opostas;
• Estas diferenças de pressão modificam o equilíbrio aeráulico
dos locais e a posição do PN no local sinistrado.

Movimento do fumo Considerandos

• Influência das condições atmosféricas • Não se torna necessário evacuar


a totalidade do fumo produzido
no decurso de um incêndio mas
Vento
Plano neutro apenas a quantidade julgada
suficiente para que os locais se
mantenham praticáveis e ainda
que o fumo não se propague aos
compartimentos adjacentes.

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Considerandos Considerandos

Condições de praticabilidade das zonas ocupadas:

• Extracção nos locais sinistrados de uma parte do fumo e dos • Manter uma visibilidade suficiente;
gases quentes que permita:
• Diminuir o conteúdo dos gases tóxicos;
• Tornar praticáveis os caminhos de evacuação (equipas de
intervenção); • Conservar uma taxa de oxigénio aceitável;
• Limitar a propagação do incêndio evacuando, para o exterior, • Evacuar o calor produzido pelo incêndio.
calor, gases de combustão e produtos não queimados.

Métodos de controlo de fumo Métodos de controlo de fumo

Controlo de fumo: Controlo de fumo:


• ...
• Varrimento ou
• pelo estabelecimento de uma
• ... hierarquia relativa de pressões, com
subpressão num local sinistrado
relativamente aos locais adjacentes,
com o objectivo de os proteger da
intrusão do fumo

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Métodos de controlo de fumo Métodos de controlo de fumo

Desenfumagem: Desenfumagem:

• Passiva (tiragem térmica • Passiva (tiragem térmica


natural): natural):
• Aberturas para libertação de • Não é permitida em locais
fumo, ligadas ao exterior, quer amplos cobertos, incluindo
directamente, quer através de pátios interiores, com uma
condutas; altura superior a 12 m.

Métodos de controlo de fumo Tipos de desenfumagem:

Desenfumagem:

• Activa (meios • Desenfumagem de grandes volumes e locais de dimensões


médias
mecânicos):
• O fumo é extraído por meios
mecânicos e a admissão de ar • Desenfumagem das circulações horizontais
pode ser natural ou realizada
por insuflação mecânica.
• Desenfumagem das escadas

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Técnicas de varrimento

Admissão Extracção
Requisitos gerais
Natural Natural
Mecânica Natural
Natural Mecânica
Mecânica Mecânica

Cozinhas Localização

Tomadas exteriores de ar e das aberturas para descarga de fumo

• O controlo de fumo deve ser efectuado por sistemas de desenfumagem • As tomadas exteriores de ar, através de vãos de fachada
ativa, devendo ser instalados painéis de cantonamento dispostos entre
as cozinhas e as salas de refeição.
ou bocas de condutas, devem ser dispostas em zonas
Painel de
cantonamento
resguardadas do fumo produzido pelo incêndio.

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Localização Localização

Tomadas exteriores de ar e das aberturas para descarga de fumo Tomadas exteriores de ar e das aberturas para descarga de fumo
Abertura de
extração
• As aberturas para descarga de fumo, através de • Elevadas, no mínimo, 0,5 m d ≥ 10 m
exutores, vãos de fachada e bocas de condutas, devem acima da cobertura
h ≥ 0,5 m
ser dispostas de acordo com as exigências
regulamentares para as clarabóias em coberturas, ou • Distância, medida na
para as aberturas de escape de efluentes de combustão, horizontal, a qualquer
consoante o caso. obstáculo, que lhe seja mais
elevado, não seja inferior à
diferença de alturas, com
um máximo exigível de 10 m

Localização Características das bocas de ventilação


interiores

Tomadas exteriores de ar e das aberturas para descarga de fumo

• Vãos de fachada • As bocas de admissão de ar e as de extracção de fumo


• Podem ser considerados dispostas no interior do edifício devem permanecer
desde que possam abrir normalmente fechadas por obturadores, excepto nos
segundo um ângulo casos em que sirvam condutas exclusivas de um piso nas
superior a 60°, devendo instalações de ventilação e de tratamento de ar que
situar-se no terço superior
do espaço quando se participem no controlo de fumo.
destinem à evacuação do
fumo. α > 60º

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Características das bocas de ventilação Outros requisitos


interiores

Características das bocas de ventilação interiores


• As bocas de admissão de ar e as de extracção de fumo • Os obturadores referidos devem ser construídos com
materiais da classe A1 e ... A1

Outros requisitos Outros requisitos

Características das bocas de ventilação interiores Características das bocas de ventilação interiores
E à admissão
• ... EI à extração

• e possuir uma resistência E ou EI, consoante realizem E à admissão


admissão ou extração, de escalão igual ao requerido
para as condutas respetivas
EI à extração

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Outros requisitos Outros requisitos

Características das condutas A1 Características das condutas


• As condutas das instalações Mínimo EI
• As condutas das instalações
devem ser construídas com 15 devem ser construídas com
materiais da classe A1 e garantir materiais da classe A1 e garantir
classe de resistência ao fogo classe de resistência ao fogo
padrão igual à maior das padrão igual à maior das
requeridas para as paredes ou requeridas para as paredes ou
pavimentos que atravessem, mas pavimentos que atravessem, mas
não inferior a EI 15, ou ser não inferior a EI 15, ou ser
protegidas por elementos da protegidas por elementos da
mesma classe. mesma classe.

Outros requisitos Características das condutas

Características das condutas Características das condutas


• UT II – 2ª cat. de risco • No caso de alojamento das condutas em ductos, estes
só podem conter quaisquer outras canalizações ou
UT III
• UT VIII – 1ª cat. de risco condutas se aquelas assegurarem a resistência ao fogo
nas condições anteriores.
UT VIII
• UT III – 2ª cat. de risco
UT II

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Comando das instalações Comando das instalações

Comando das instalações

• As instalações de controlo de fumo devem ser dotadas


de sistemas de comando manual, duplicado por
comando automático quando exigido, de forma a
assegurar:
• A abertura apenas dos obturadores de insuflação ou de
extracção do local ou da via sinistrada
• ...

Comando das instalações Comando das instalações

Comando das instalações Comando das instalações


• ... • Os comandos manuais dos dispositivos de abertura
• A paragem das instalações de ventilação ou de tratamento de devem ser devidamente sinalizados, e localizados na
ar (excepto se essas instalações participarem no controlo de proximidade dos acessos aos locais e duplicados no PS,
fumo) quando este exista.
• O arranque dos ventiladores de desenfumagem e de admissão
de ar

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Comando das instalações Comando das instalações

• Os sistemas de comando automático devem • Nos locais ou vias de evacuação para os quais se exigem
compreender detectores de fumo, quer autónomos, quer instalações de alarme compreendendo detectores
integrados em instalações de alarme centralizadas, automáticos de incêndio, as instalações de controlo de
montados nos locais ou nas vias. fumo devem ser dotadas de comando automático.

Comando das instalações Comando das instalações

Comando das instalações Comando das instalações

• Se o comando for automático e se a instalação de


desenfumagem servir várias zonas de incêndio, deve ser
garantido que apenas arrancará o sistema indexado à
zona sinistrada.

• Deve contudo permanecer a possibilidade de controlo


de fumo nas outras zonas mas apenas por comando
manual.

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Comando das instalações Comando das instalações

• A restituição dos obturadores, ou dos exutores, à sua


posição inicial deve ser efectuada, em qualquer caso, por
dispositivos de acionamento manual.

Comando das instalações Instalações de desenfumagem passiva

• Nos locais equipados com sistemas de extinção • A admissão de ar para desenfumagem pode ser
automática por água deve ser assegurado que as realizada por meio de:
instalações de desenfumagem entrem em • Vãos dispostos em paredes exteriores, cuja parte superior se
funcionamento antes daquelas. situe a uma altura até 1 m do pavimento, ou confinando com
locais amplamente arejados;
• Bocas de admissão, ligadas a tomadas exteriores de ar
• Atenção !? eventualmente através de condutas.

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Instalações de desenfumagem passiva Instalações de desenfumagem passiva

• A evacuação de fumo pode ser realizada por meio de:


• Vãos dispostos em paredes exteriores, cuja parte inferior se
situe, pelo menos, a uma altura de 1,8 m do pavimento
• Exutores de fumo
• Bocas de extracção, cuja parte inferior se situe, pelo menos, a
uma altura de 1,8 m do pavimento, ligadas a aberturas
exteriores, eventualmente através de condutas

Instalações de desenfumagem passiva Instalações de desenfumagem passiva

Evacuação de fumo

• Admissão de ar / Evacuação de fumo • As condutas das instalações de desenfumagem passiva


devem possuir:
Terço superior • Secção mínima igual ao somatório das áreas livres das bocas
que servem em cada piso
Mín. 1,8 m • Relação entre dimensões transversais não superior a 2,
exigência que também se aplica às bocas que servem.
Máx. 1 m

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Instalações de desenfumagem passiva Instalações de desenfumagem passiva

• Evacuação de fumo • Evacuação de fumo


B
• A/B ≤ 2
A

Instalações de desenfumagem passiva Instalações de desenfumagem passiva

Evacuação de fumo

• Evacuação de fumo • Em cada piso, o


• As condutas colectoras comprimento dos ramais
verticais não devem horizontais de ligação à
comportar mais de dois conduta colectora vertical
desvios, devendo qualquer não deve exceder 2 m, a
deles fazer com a vertical menos que seja justificado
um ângulo máximo de 20°. pelo cálculo que a tiragem
requerida é assegurada.

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Instalações de desenfumagem passiva Instalações de desenfumagem activa

Evacuação de fumo
Admissão de ar
• É possível promover • A admissão de ar para
alterações às disposições desenfumagem activa
regulamentares se for feito pode ser realizada por
feito cálculo para a tiragem
considerando:
meios naturais ou
• Velocidade = 0 mecânicos.
• Tfumo = 70 °C • Meios naturais (regras
• Texterior = 15 °C apresentadas para a
desenfumagem passiva);

Instalações de desenfumagem activa Instalações de desenfumagem activa

Admissão de ar Extracção de fumo

• Meios mecânicos: • A extracção do fumo


• Bocas de insuflação cuja pode ser realizada por
parte mais elevada se situe, ventiladores ou bocas cuja Terço superior

no máximo, a 1 m do parte inferior se situe, no


pavimento. Máx. 1 m
mínimo, a uma altura de Mín. 1,8 m

1,8 m do pavimento,
ligadas a ventiladores
através de condutas.

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Instalações de desenfumagem activa Instalações de desenfumagem activa

Extracção de fumo Extracção de fumo

• O caudal máximo de • Os ventiladores de


fugas, nas condutas de extracção de fumo devem
insuflação de ar forçado e ter uma resistência à
de extracção de fumo, passagem de fumo a uma
deve ser inferior a 20 % temperatura de 400 °C,
durante:
• H < 28 m è 1 hora;
• H ≥ 28 m ou em pisos
enterrados è 2 horas.

Instalações de desenfumagem activa Instalações de desenfumagem activa

Extracção de fumo Extracção de fumo


• Ventiladores de extracção • Os dispositivos de ligação
(de cobertura) dos ventiladores às
• A certificação de condutas devem ser
características deve ser constituídos por materiais
feita por organismo
acreditado no âmbito do da classe A1.
Sistema Português de
Qualidade (SPQ).
A1

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Instalações de desenfumagem activa Instalações de desenfumagem activa

Extracção de fumo Condicionantes ao dimensionamento (parâmetros de cálculo)

• A posição dos aparelhos • A velocidade de


de comando dos insuflação deve ser
ventiladores deve ser inferior a 5 m/s
sinalizada no posto de • Caudal de insuflação deve
segurança, quando exista. ser igual a 60 % do caudal
de extracção.

Instalações de desenfumagem activa Instalações de desenfumagem activa

Instalações de desenfumagem activa Comando das instalações


• Os ventiladores de extracção 2º
de fumo só entram em
funcionamento após a
abertura dos obturadores das
bocas de admissão e de
QE extracção dos espaços
interessados 1º
QA = 0.6 x QE (20 ºC) • Os ventiladores de extracção
arrancam mesmo que os 1º
5 m/s obturadores não tenham
aberto completamente.

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Instalações de desenfumagem activa Instalações de desenfumagem activa

Comando das instalações Alimentação em energia eléctrica


• Sempre que os sistemas de • A alimentação eléctrica aos
ventilação ou de tratamento ventiladores deve ser
de ar do edifício participem sempre suportada por uma
no controlo de fumo, deve fonte de energia de
ser assegurada a obturação emergência.
de todas as bocas, abertas
em exploração normal, que
possam permitir o
escoamento do fumo para
zonas do edifício não
sinistradas.

Protecção dos circuitos das instalações de Classes de resistência ao fogo


segurança

Situações com Maior categoria de risco Escalão


instalação de energia da utilização-tipo por de tempo
ou de sinal onde passa a instalação «minuto»
Parâmetros
1ª ou 2ª 60
Controlo de fumo R Capacidade de suporte de carga
3ª ou 4ª 90
E Estanquidade a chamas e gases quentes
Locais de risco F 1.ª a 4.ª 90
I Isolamento térmico

W Radiação

M Acção mecânica

12 7

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Classes de resistência ao fogo Resistência ao fogo

Cabos *

Parâmetros

C Fecho automático Classificação Duração (em minutos)

S Passagem de fumo P 15 30 60 90 120

P / PH Continuidade fornecimento energia e/ou sinal * - Cabos eléctricos e de fibra óptica e acessórios;
Nota Tubos e sistemas de proteção de cabos eléctricos
G Resistência ao fogo contra o fogo.

K Capacidade de protecção contra o fogo

Resistência ao fogo Classes de resistência ao fogo . Parâmetros


agora contemplados

Cabos **

• Classificação constante na Decisão da Comissão de 3 de


Maio de 2000 que aplica a Directiva 89/106/CEE:
Classificação Duração (em minutos) • D – duração da estabilidade a temperatura constante
PH 15 30 60 90 120
• DH - duração da estabilidade na curva tipo tempo-temperatura
• F – Funcionalidade dos ventiladores eléctricos de fumo e de
** - Cabos ou sistemas de energia ou sinal com pequeno
Nota diâmetro (menos de 200 mm e com condutores de
calor
menos de 2,5 mm 2 ). • B - Funcionalidade dos ventiladores naturais de fumo e de
calor

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Condutas de ductos Condutas de ventilação

Classificação Duração (em minutos) Classificação Duração (em minutos)

E 15 20 30 45 60 90 120 180 240 E 30 60

EI 15 20 30 45 60 90 120 180 240 EI 15 20 30 45 60 90 120 180 240

A classificação é complementada por «(i®o)», «(o®i)» A classificação é complementada por «(i®o)», «(o®i)»
ou «(i«o)» consoante cumpram os critérios para o fogo ou «(i«o)» consoante cumpram os critérios para o fogo
Nota interior, exterior ou para ambos. interior, exterior ou para ambos, respectivamente.
Os símbolos «ve » e/ou «ho » indicam, além disso, a Nota Os símbolos «ve » e/ou «ho » indicam, além disso, a
adequação a uma utilização vertical e/ou horizontal. adequação a uma utilização vertical e/ou horizontal.
A adição do símbolo «S» indica o cumprimento de uma
restrição suplementar às fugas.

Condutas de ventilação Registos corta-fogo

Classificaçã
Duração (em minutos)
o

E 30 60 90 120

EI 15 20 30 45 60 90 120 180 240

A classificação é complementada por «(i®o)», «(o®i)»


ou «(i«o)» consoante cumpram os critérios para o fogo
interior, exterior ou para ambos, respectivamente.
Nota Os símbolos «ve » e/ou «ho » indicam, além disso, a
adequação a uma utilização vertical e/ou horizontal.
A adição do símbolo «S» indica o cumprimento de uma
restrição suplementar às fugas.

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Registos corta-fogo Resistência ao fogo

Registos corta-fogo
Estanquidade
às chamas e Ve ou Ho
gases quentes Sentido
e isolamento do fogo
térmico
Estanquidade
ao fumo

EI 60 (Ve i « o) S
300 Pa

Escalão
de tempo Pressão de teste

138

Barreiras anti-fumo Resistência ao fogo

Classificação Barreiras anti-fumo

Classificação Duração (em minutos) Duração da Escalão


estabilidade a de tempo
D600 30 60 90 A temperatura
constante
DH 30 60 90 A

Nota «A» pode ser qualquer tempo superior a 120 minutos


D600 60

Temperatura
13 9 14 0

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Controlo de fumo nos locais sinistrados

Métodos aplicáveis
Controlo de fumo nos locais • O controlo de fumo nos locais sinistrados pode ser
sinistrados realizado por desenfumagem passiva ou activa.

Controlo de fumo nos locais sinistrados Controlo de fumo nos locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• Definições: • Definições:
• Superfície útil de um exutor: • A área útil dos exutores e a sua aplicação devem obedecer à
• Superfície dada pelo fabricante após ensaio efectuado por laboratório EN 12101-2:2003 – sistemas para controlo de fumo e calor –
certificado, tomando em linha de consideração a influência do vento e Parte 2: Especificações para fumo natural e ventiladores para
as deformações eventuais provocadas por uma elevação de temperatura extracção de calor.
(cálculo aerodinâmico).
• Se nada for referido aplica-se, à área de catálogo do fabricante o factor
0,5.

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Controlo de fumo nos locais sinistrados Controlo de fumo nos locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• Definições: • Definições:
• A área útil dos exutores • Superfície de um cantão de desenfumagem:
• Superfície correspondente à projecção horizontal do volume do cantão.

• Altura média abaixo do tecto ou da cobertura (H):


• Média aritmética das alturas dos pontos mais alto e mais baixo da
cobertura (ou do tecto suspenso) medida a partir da face superior do
pavimento;
• Altura de referência.

Controlo de fumo nos locais sinistrados Controlo de fumo nos locais sinistrados

Altura de referência Tectos suspensos / falsos

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Controlo de fumo nos locais sinistrados Controlo de fumo nos locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• Definições: • Definições:
• Altura da zona livre de fumo (Hl): • Altura da zona enfumada (Hf ):
• Altura da zona situada abaixo do painel de cantonamento ou, por • Espessura da camada de fumo
defeito, dos lintéis das portas • Diferença entre a altura de referência e a altura da zona livre de fumo
• Hl ≥ H/2 • Hf = H – Hl
• Hl ≥ padieiras das portas
• Hl ≥ 1,80 m

Controlo de fumo nos locais sinistrados Controlo de fumo nos locais sinistrados
Nível superior da
cobertura

Nível médio da cobertura Desenfumagem passiva

• Cantões de desenfumagem (desenfumagem passiva ou


activa)
Altura de referência (H)

Hf

Nível inferior da
cobertura • Área máxima à 1600 m2
• Comprimento máximo à 60 m
Limite inferior do painel de
cantonamento
• Independente do método de desenfumagem
• Excepção: UT-II
Hl

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Controlo de fumo nos locais sinistrados Controlo de fumo nos locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• Cantões de desenfumagem (desenfumagem passiva ou • Cantões de desenfumagem:


activa) • Poder-se-ão criar cantões com dimensões inferiores sempre
que estes estejam associados a locais de risco que se
pretendem isolar do resto do edifício (cabines de pintura,
armazenamento de materiais perigosos).

l ≤ 60 m l ≤ 60 m l ≤ 60 m • Os cantões são delimitados por painéis de cantonamento ou


pela configuração da cobertura.
S ≤ 1 600 m2 S ≤ 1 600 m2
2
S ≤ 1 600 m

Controlo de fumo nos locais sinistrados Controlo de fumo nos locais sinistrados

Exutor
Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• Cantões de desenfumagem: • Cantões de desenfumagem:


• Edifício com cobertura em dente de serra • Edifício com cobertura plana
Painel de
cantonamento

Cantões de
Cantões de desenfumagem
desenfumagem

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Controlo de fumo nos locais sinistrados Desenfumagem passiva

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• Cantões de • Painéis de cantonamento:


desenfumagem: • Os painéis de cantonamento devem adaptar-se às condições
de exploração
• Os painéis de cantonamento devem, pelo menos, alcançar o
limite inferior da zona enfumada estabelecida
• A altura dos painéis de cantonamento deve ser, no mínimo:
• H ≤ 6 m à 25 % de H
• H>6m à2m

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• Painéis de cantonamento: • As aberturas utilizadas para a evacuação de fumo devem


• Material de construção è DH 30 ser instaladas totalmente na zona enfumada e o mais
• Conjunto è B s3 d0 alto possível
• Sistemas de fixação não podem comprometer as
características requeridas • As aberturas utilizadas para a entrada de ar novo devem
ser instaladas totalmente na zona livre de fumo e o mais
baixo possível

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• A superfície geométrica total das entradas de ar deve, • Declive do tecto inferior a 10 %:


no mínimo, ser igual à superfície geométrica total • Nenhum ponto do cantão de desenfumagem poderá estar
utilizada para a evacuação de fumo (França) situado, relativamente a uma abertura de evacuação, a mais de
7 vezes a altura de referência “H”, com um máximo de 30 m.

• Nota: A distância é medida na projecção horizontal.


50%AExtracção < AAdmissão ≤ AExtracção

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva DH

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva


ΔH
• Declive do tecto superior a 10 %: • Bocas de evacuação
• As aberturas para evacuação devem ser localizadas ligadas a condutas
integralmente acima da altura de referência “H” e o mais alto verticais
possível. Hf
O comprimento
das condutas
deve ser limitado H Hl
a 10 diâmetros Secção
DH = 4x
hidráulicos (DH) Perímetro

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Desenfumagem passiva DH Desenfumagem passiva

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva


ΔH
ΔH e = 1−
• Bocas de evacuação • Bocas de evacuação Ef
ligadas a condutas ligadas a condutas
verticais verticais
Hf

Hf ΔH
Coeficiente de
correcção Coeficiente de correcção
ΔH H Hl H
(ΔH positivo) e = 1+ (ΔH negativo)
Hl
Ef

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

ΔH
e = 1+ Desenfumagem passiva
Ef
e
• Coeficiente de correcção • Quando a desenfumagem de um local é feita por recurso
a exutores e vãos de fachada, estes não poderão
Acima da altura
de referência participar em mais de 1/3 da área total útil das aberturas
destinadas à evacuação de fumo

ΔH
e = 1− Abaixo da altura
Ef de referência

ΔH / Hf

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Desenfumagem passiva Definições

Desenfumagem passiva Parque de estacionamento ao ar livre

• A área total útil das aberturas para evacuação deve ser • Parque de estacionamento fora da via pública, delimitado por uma
objecto de cálculo devidamente fundamentado:
• Instruction Technique n.º 246 (França) envolvente sem cobertura
• APSAD R17 (França)

Definições Definições

Parque de estacionamento coberto Parque de estacionamento aberto


• Parque de estacionamento delimitado por uma envolvente com • Parque de estacionamento coberto, sem boxes, cujas paredes
cobertura exteriores dispõem, em cada compartimento corta-fogo dedicado
a estacionamento, de aberturas permanentes cuja área é superior
a 25 % da área das paredes

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Definições Parques de estacionamento

Parque de estacionamento fechado Desenfumagem passiva

• Parque de estacionamento coberto onde não se verifica a • Consideram-se naturalmente ventilados e


desenfumados, por meios passivos:
condição que permita classificá-lo como aberto • Os locais que apresentem fenestração directa para o exterior,
desde que os respectivos vãos possam ser facilmente abertos e
as vias de acesso sejam desenfumadas

• Os pisos dos parques de estacionamento cobertos abertos

Parques de estacionamento Parques de estacionamento

Desenfumagem passiva

• Consideram-se naturalmente ventilados e


desenfumados, por meios passivos:
• Os pisos dos parques de estacionamento semi-enterrados
onde, sobre duas fachadas opostas, seja possível garantir
aberturas de admissão de ar, ventilação baixa, e saída de fumo, 0,06 m2
ventilação alta, cujas bocas em ambos os casos tenham
dimensões superiores a 0,06 m2/lugar de estacionamento, em
condições que garantam um adequado varrimento;
0,06 m2

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Parques de estacionamento passiva Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• Consideram-se naturalmente ventilados e • Cálculo da superfície útil de evacuação de fumo (SUE):


desenfumados, por meios passivos: • Instruction Technique n.º 246
• Os parques de estacionamento da 1ª categoria de risco, desde • Estabelecimentos que recebem público
que possuam condições para garantir um adequado • APSAD R17
varrimento. • Edifícios industriais e comerciais com um único piso
• Último piso de edifícios constituídos por vários andares

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• Cálculo da superfície útil de evacuação de fumo (SUE): • Cálculo da superfície útil de evacuação de fumo (SUE):
• APSAD R17 - Não se aplica a locais com : • APSAD R17 – Exceções:
• A ≤ 1000 m2 * • Não se aplica a armazéns em que a altura de armazenamento ultrapassa
• H≤4m* os máximos referidos para cada grupo
• Extinção automática por agente gasoso

* - Se a natureza do risco o justificar (casos especiais).

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• Cálculo da superfície útil de evacuação de fumo (SUE): • Correcção da SUE:


• A ≤ 1000 m2 – Instruction Technique n.º 246 • A SUE será minorada ou majorada, em função do coeficiente
• SUE = 1/200 x Área (m2 ) do cantão de eficácia “E” o qual depende da localização do exutor –
• (medida em projecção horizontal do local) abaixo (-) ou acima (+) de “H”
• A > 1000 m2 – IT n.º 246 ou APSAD R17 • O coeficiente de eficácia é calculado tendo em conta a
• SUE é determinada em função do tipo de exploração, da altura de espessura do fumo “Hf ” para a qual o cálculo foi efectuado e a
referência “H” e da espessura de fumo Hf variação da altura da tiragem “ΔH” podendo esta ser positiva
• SUE = α x Área do cantão ou negativa, consoante a altura de tiragem aumente ou diminua
• (α está tabelado)

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• Correcção da SUE: ΔH • Cálculo da superfície útil de evacuação de fumo (SUE) -


E = 1+ Regras:
Hf
• A SUE nunca poderá ser inferior à obtida para um cantão com
1000 m2
• No caso de aberturas em fachada, o coeficiente de eficácia “E” • ...
aplica-se à superfície útil da abertura situada na zona
enfumada, representando “ΔH” a diferença entre “H” e a média
aritmética das alturas dos pontos mais e menos elevado da
parte da abertura situada na zona enfumada

j.aidos.rocha@gmail.com Edição 1 | Parte 1 - 46


Módulo 3: Controlo de Fumo

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• Cálculo da superfície útil de evacuação de fumo (SUE) - • Cálculo de α:


Regras: Classe Tipo de estabelecimento
• No caso de coberturas horizontais com descontinuidade de . Restaurantes, cafés, bares, cervejarias e lojas de bebidas
altura, o cálculo da SUE deverá ser feito por cantão, . Salas de reunião e salas de jogos
considerando o “H” correspondente ao do cantão de mais . Salas de espectáculos que não necessitem de elementos
elevado pé-direito 1 decorativos ou cenários
. Estabelecimentos de ensino
. Estabelecimentos desportivos cobertos
. Pensões, residenciais, hotéis

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• Cálculo de α: • Cálculo de α:
Classe Tipo de estabelecimento Classe Tipo de estabelecimento

. Locais colectivos de edifícios de habitação . Discotecas e salões de dança


. Sanatórios e edifícios para acolhimento de idosos ou deficientes . Salas polivalentes
1
. Estabelecimentos de culto 2 . Museus
. Bancos, administração pública ou privada . Salas de espetáculo com espaços cénicos integrando
elementos decorativos das classes de reacção ao fogo A1,
A2 ou B

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• Cálculo de α: • Cálculo de α (excepto UT-XII):


Classe Tipo de estabelecimento
Taxa α (m)
. Lojas comerciais, centros comerciais e os seus malls H (m) H f (m)
Classe 1 Classe 2 Classe 3
. Átrios e salões de exposição

3 . Bibliotecas, arquivos ou centros de documentação 2,5 0,50 0,23 0,33 0,47


. Salas de espetáculo com espaços cénicos integrando
elementos decorativos das classes de reacção ao fogo C ou 0,75 0,23 0,32 0,46
D 3,0
1,00 0,17 0,23 0,33

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• Cálculo de α (excepto UT-XII): • Cálculo de α (excepto UT-XII):


Taxa α (m) Taxa α (m)
H (m) H f (m) H (m) H f (m)
Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 1 Classe 2 Classe 3
0,85 0,27 0,39 0,55 1,00 0,30 0,43 0,61
3,5 1,00 0,23 0,33 0,46 4,0 1,50 0,19 0,27 0,38
1,50 0,14 0,19 0,27 2,00 0,12 0,17 0,23

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Locais sinistrados Locais sinistrados

Exemplo de aplicação IT n.º 246 Desenfumagem passiva


• Sala polivalente com uma área de 1 500 m e uma altura de
2
• APSAD R 17 - Considerações:
referência de 4 metros. O lintel das portas fica a 2,30 metros. • Os perigos de incêndio inerentes à natureza da actividade ou
da mercadoria armazenada vão influenciar o cálculo das
instalações. Esta classificação comporta duas grandes classes:
• Riscos correntes: RC
• Riscos elevados: RTD

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• APSAD R 17 - Considerações: • APSAD R 17


• Riscos correntes: • Considerações . Riscos elevados(fabrico):
• RC 1 • RTD A1
• RC 2 • RTD A2
• RC 3 • RTD A3
• RC 3S

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• APSAD R 17 - Considerações: • APSAD R 17 - Considerações:


• Riscos elevados (armazenamento): • Riscos especiais:
• RTD B1 • RS.
• RTD B2 • Necessitam de uma protecção específica (SAE por agente extintor
• RTD B3 diferente da água) ou os elementos de construção muito combustíveis
• RTD B4 ou pouco estáveis ao fogo.

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• APSAD R 17 – Grupos de risco • APSAD R 17 – Grupos de risco

Risco Alturas máximas de armazenamento (m) Grupo (GR) Risco Alturas máximas de armazenamento (m) Grupo (GR)
RC1 1 ≤ 4,0 3
RTD B1
RC2 2 > 4,0 4

RC3 e RC3 S 3 ≤ 4,0 3


RTD B2
RTD A1, A2 e A3 4 > 4,0 4

j.aidos.rocha@gmail.com Edição 1 | Parte 1 - 50


Módulo 3: Controlo de Fumo

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• APSAD R 17 – Grupos de risco • APSAD R 17 – Conjunto embalagens/mercadorias


• E1 – Embalagens não combustíveis
Risco Alturas máximas de armazenamento (m) Grupo (GR)
• E2 – Embalagens em madeira, papel, cartão, cartão canelado
• E3 – Embalagens em material plástico alveolar ou não, ou
≤ 4,0 3
RTD B3 invólucros plásticos, embalagens em filme plástico
> 4,0 4 termoretráctil ou não
≤ 4,0 3 • E4 – Embalagens com uma maior proporção de matérias
RTD B4 plásticas alveolares que em E3
> 4,0 4

RS - 4

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• APSAD R 17 • APSAD R 17
Repartição em tabelas de fabricação e de armazenamento Repartição em tabelas de fabricação e de armazenamento

Extracção e preparação de minerais e minerais Indústria química e paraquímica. Transformação de


F0 F3
diversos, minerais combustíveis sólidos. Metalurgia. matérias plásticas e borracha.

Produção de materiais de construção. Indústria Produção de materiais de construção. Indústria


F1 F4
cerâmica. Indústria do vidro. cerâmica. Indústria do vidro.

Trabalhos em metal. Indústria eléctrica e Indústria do papel e do cartão. Impressão. Indústria


F5
electrónica. Construção automóvel, aeronáutica e do couro.
F2
naval. Carroçaria e reparação de veículos de todos
os tipos. Garagens e estações de serviço.

j.aidos.rocha@gmail.com Edição 1 | Parte 1 - 51


Módulo 3: Controlo de Fumo

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• APSAD R 17 • APSAD R 17
Repartição em tabelas de fabricação e de armazenamento Repartição em tabelas de fabricação e de armazenamento

F6 Indústria da madeira. F9 Outros riscos.

F7 Indústria agroalimentar. Serviços gerais e riscos associados referentes à


F 10
exploração de estabelecimentos sólidos.
Tratamento de lixos urbanos e industriais.
F8
Produção e distribuição de energia.

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• APSAD R 17 – Conjunto embalagens/mercadorias • APSAD R 17 – Taxa α


Embalagens Taxa α
Mercadorias H (m) H l (m) H f (m)
E1 E2 E3 E4 GR 1 GR 2 GR 3 GR 4
F1 RTD B1 RTD B2 RTD B3 RTD B4 3,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
F2 RTD B2 RTD B2 RTD B3 RTD B4 4,00 2,50 1,50 1,00 1,00 1,00 1,00
F3 RTD B3 RTD B3 RTD B3 RTD B4 2,00 2,00 1,00 1,00 1,00 1,00
F4 RTD B4 RTD B4 RTD B4 RTD B4

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• APSAD R 17 – Taxa α • APSAD R 17 – Taxa α


Taxa α Taxa α
H (m) H l (m) H f (m) H (m) H l (m) H f (m)
GR 1 GR 2 GR 3 GR 4 GR 1 GR 2 GR 3 GR 4

5,50 2,50 1,00 1,00 1,00 1,35 10,00 2,00 1,52 2,06 2,62 3,70

5,00 3,00 1,00 1,00 1,00 1,07 9,50 2,50 1,25 1,50 2,17 3,06
8,00 12,00
4,50 3,50 1,00 1,00 1,00 1,00 9,00 3,50 1,04 1,29 1,82 2,58

4,00 4,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8,50 4,00 1,00 1,10 1,55 2,19

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• APSAD R 17 – Taxa α • APSAD R 17 – Nota:


Taxa α
H (m) H l (m) H f (m)
GR 1 GR 2 GR 3 GR 4 • Quando o local ou edifício se encontra protegido por um
sistema de extinção automática por água (sprinklers), o valor
7,50 4,50 1,00 1,00 1,13 1,60
máximo da taxa α pode ser limitado a 2 %
7,00 5,00 1,00 1,00 1,00 1,37
12,00
6,50 5,50 1,00 1,00 1,00 1,17

6,00 6,00 1,00 1,00 1,00 1,00

j.aidos.rocha@gmail.com Edição 1 | Parte 1 - 53


Módulo 3: Controlo de Fumo

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem passiva

• APSAD R 17 – Tabela 1 – Produção de materiais de • APSAD R 17 – Tabela 1 – Produção de materiais de


construção, indústria cerâmica, indústria do vidro construção, indústria cerâmica, indústria do vidro
Natureza da Natureza da
R Produção Armazenamento R Produção Armazenamento
actividade actividade

Produtos em 138 Telhas RC2 F1


113 RC2 F1
betão
148 Cerâmica RC2 F1
118 Cimento RS RS
158 Vidro RC3 F1
120 Pedra RC2 F1

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem passiva Desenfumagem ativa

• Exemplo: • As aberturas utilizadas para a evacuação de fumo devem


• Determine o grupo (GR) a utilizar para calcular a SUE, referente ser instaladas totalmente na zona enfumada e o mais
a um local onde são fabricados artigos de borracha não alto possível
alveolar, com 30 m x 100 m e um pé-direito de 8 m no qual é
possível colocar painéis de cantonamento com 2,5 m.
• As aberturas utilizadas para a entrada de ar novo devem
• A altura máxima de armazenamento é de 5 m. ser instaladas totalmente na zona livre de fumo e o mais
baixo possível

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Locais sinistrados Locais sinistrados

Desenfumagem ativa Desenfumagem ativa

• Declive do tecto inferior a 10 %: • Declive do tecto superior a 10 %:


• Nenhum ponto do cantão de desenfumagem poderá estar • As aberturas para evacuação devem ser localizadas
situado, relativamente a uma abertura de evacuação, a mais de integralmente acima da altura de referência “H” e o mais alto
7 vezes a altura de referência “Hf ” (distância horizontal), com possível.
um máximo de 30 m.

Desenfumagem activa Desenfumagem activa

Desenfumagem ativa Desenfumagem ativa

• Bocas de extração: • Os sistemas de desenfumagem ativa comuns a vários


• 1 / 320 m2 de área do local locais devem ser dimensionados para a soma de caudais
• Caudal de extração de 1 m3 / s por cada 100 m2 de área do exigidos para os dois locais de maiores dimensões.
local
QT = Q1 + Q2
• Caudal mínimo de 1,5 m3 / s

Q1 Q2 Q3

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Desenfumagem activa Desenfumagem activa

Desenfumagem ativa

• Os sistemas de
climatização ou controlo
ambiental podem ser
utilizados para efeitos de
controlo de fumo desde
que cumpram o disposto
no RT-SCIE

Parques de estacionamento Parques de estacionamento

Desenfumagem ativa Pisos enterrados

• Nos pisos dos parques de estacionamento cobertos • Havendo mais do que um piso negativo, o controlo de
fechados: fumo terá que ser efectuado por recurso a meios activos,
• A extração de fumo em caso de incêndio deve ser ativada com de preferência por hierarquia de pressões.
um caudal de 600 m3 / h / veículo no compartimento sinistrado

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Parques de estacionamento Parques de estacionamento

Desenfumagem ativa
Desenfumagem ativa
400 ºC durante duas horas
• Nos pisos dos parques de estacionamento cobertos
fechados:
• A insuflação deve ser parada no compartimento corta-fogo
sinistrado e ser acionada nos compartimentos corta-fogo
adjacentes que comuniquem com o sinistrado, com caudais
iguais a 60 % da extração do piso sinistrado

Caudal não inferior a 600 m 3 /hora/veículo no compartimento sinistrado

Parques de estacionamento Parques de estacionamento

Desenfumagem ativa
Desenfumagem ativa

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Parques de estacionamento Parques de estacionamento

Desenfumagem ativa Desenfumagem ativa


QE

QA = 60 % QE

Parques de estacionamento Parques de estacionamento

Desenfumagem ativa Insuflação e extracção mecânicas

• Nos pisos dos parques de estacionamento cobertos QA = 60 % QE QE


fechados:
• No caso particular de compartimentos corta-fogo que não
possuam, no seu interior, rampas de comunicação a outros
pisos, a desenfumagem tem de ser efectuada, nesse
compartimento, por insuflação ou extração com os caudais
referidos no slide anterior

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Parques de estacionamento Parques de estacionamento

Admissão de ar natural e extracção mecânica Hierarquia de pressões

QA = 60 % QE QE
QE

Parques de estacionamento Parques de estacionamento

Ventiladores de extracção Ventiladores de impulso

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Módulo 3: Controlo de Fumo

Desenfumagem activa

Desenfumagem ativa

• Nos pisos dos parques de estacionamento cobertos


fechados:
Dúvidas?
• O sistema de controlo de fumo pode recorrer ao sistema de
ventilação para controlo de poluição por meios ativos referido
no art.º 183.º do RT-SCIE, desde que disponha das
características exigidas pelo regulamento para o controlo de
fumo.

Próxima sessão

• Controlo de fumo nas vias horizontais de evacuação

• Controlo de fumo nas vias verticais de evacuação Fim . Parte 1


• Controlo de fumo nos pátios interiores e pisos ou vias Módulo: Controlo de Fumo
circundantes

239

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