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Doug McAdam, Sidney Tarrow e Charles Tilly (2009) escrevem que "Um movimento
social é uma interação sustentada entre pessoas poderosas e outras que não têm poder: um
desafio contínuo aos detentores de poder em nome da população cujos interlocutores
afirmam estar ela sendo injustamente prejudicada ou ameaçada por isso (...)"
McAdam, Doug; Tarrow, Sidney; Tilly, Charles. (2009). Para Mapear o Confronto Político. Em
Lua Nova 76. São Paulo: CEDEC.
Tilly, Charles; Wood, Lesley. (2008). Social Movements: 1768-2008. Boulder: Paradigm
Publishers.
Corrêa, Felipe., & Almeida, Marco Antonio Bettine de. (2012). Teorias dos Movimentos Sociais
e Psicologia Política. Psicologia Política, 12(25), 549-569.
Segundo Tarrow (2009, p. 21), movimentos sociais são “desafios coletivos baseados
em objetivos comuns e solidariedade social numa interação sustentada com as elites,
opositores e autoridades”.
Sabucedo (1996:112-113) afirma que movimentos sociais são definidos por: “1.)
Existência de um conjunto de crenças e de ações orientadas para a ação social. 2.) Essas
crenças e ações devem ter um caráter coletivo. 3.) Existência de uma estruturação interna. 4.)
Recurso a modalidades de ação política não-convencionais. 5.) Os movimentos sociais refletem
situações de conflito e mudança política.”
O campo conceitual dentro do qual se insere este texto é o da teoria dos movimentos
sociais na concepção elaborada por Maria da Glória Gohn, quando os define como “ações
sociopolíticas construídas por atores sociais coletivos pertencentes a diferentes classes e
camadas sociais, articuladas em certos cenários da conjuntura socioeconômica e política de
um país, criando um campo político de força social na sociedade civil” (Gohn, 2002, p. 251
apud Allegretti, 2008, p. 41).