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Enchimento e Alimentação

1. Sistema de enchimento

Função

Distribuir o metal líquido pela moldação, cumprindo


os seguintes requisitos:

• Impedir a formação de filmes de óxidos


• Impedir o arrastamento de ar pelo fluxo de
metal líquido
• Não provocar a erosão da moldação ou dos
machos
Constituintes do sistema de enchimento

4
5

11. Bacia
B i de
d vazamento t
2. Canal de descida
3. Base do gito
4. Canal de distribuição
5. Ataques
6. Peça

• Vazamento em nascente
• Vazamento directo ((não existe canal de
distribuição nem ataques
• Bacia de vazamento

• Tipo copo (A)


• Tipo sortilha (B)

A B

• Canal de descida
• Forma tronco-cónica, decrescendo de cima para
baixo c/ relação 2:1 ou 3:1

• Base do gito

• Destina-se a proteger o fundo do canal de


descida de problemas relacionados c/ erosão

Poço Base alargada Fundo de ovo


• Canal de distribuição e ataques

• Destina-se a dividir o metal por várias entradas,


evitando um sobreaquecimento localizado c/ risco
de erosão

• Aspectos a ter em conta no traçado dos ataques

¾ Limitar a turbulência
Não fazer curvas em ângulo “vivo” nem
mudanças bruscas de secção

¾ Garantir um escoamento igual em todos os


ataques
¾ A secção deve ser rectângular
¾ Posicionados na zona inferior do canal de
distribuição

I
Incorrecto C
Correcto
Classificação dos sistemas de enchimento

Horizontais – peças com um só plano de apartação horizontal

Verticais – peças altas com vários planos de apartação


horizontais, ou plano de apartação vertical

Convergentes

Secção mínima do gito > Σ Secções rectas dos ataques

• Enchimento uniforme
• Mantêm-se cheios facilmente
• Evitam oxidação do metal
• Elevadas
l d velocidades
l id d de d enchimento,
hi c// arrastamento
de ar e erosão da moldação e machos

Divergentes

Secção mínima do gito < Σ Secções rectas dos ataques

• Dificilmente se mantêm cheios, aumentando a


probabilidade de oxidação do metal
• Baixas
i velocidades
l id d de d enchimento,
hi não provocando
d
erosão
Escalonamento do sistema de enchimento

Sd área do canal de descida


Sc área do canal de distribuição
Sa área dos ataques

Relações de gitagem

1 ; Sc / Sd ; Sa / Sd

1 < Sc / Sd < Sa/ Sd divergente

1 > Sc / Sd > Sa/ Sd convergente

1;1;1
1;2;2
1;2;4 Escalonamentos típicos
2;1;1
4;2;1
Esquemas do sistema de enchimento
2. Sistema de alimentação

O sistema de alimentação de uma peça é constituído por


reservatórios de metal líquido, ligados à peça, com o
objectivo de compensar as variações dimensionais até ao
fim da solidificação.

Classificação dos alimentadores

Topo (T) Atmosféricos (A)


Laterais (L) Cegos (C)

T, A L, A

T, C

L, C
Regras da alimentação

1. O alimentador deve solidificar depois da peça, ou


parte
t da
d peça que está
tá a alimentar
li t

¾ Módulo do alimentador > Módulo da peça

2. A ligação alimentador – peça (colo do alimentador)


deve permanecer líquido até ao fim da
solidificação da peça, ou parte da peça a alimentar

3. O alimentador deve conter metal líquido suficiente


ppara compensar
p o volume de contracçãoç da ppeça,
ç ,
ou parte da peça a alimentar, sem se esgotar

4. As forças a que o metal está sujeito dentro do


alimentador devem permitir a passagem do metal
líquido do alimentador para a peça

Alimentador atmosférico
• Gravidade
• Pressão atmosférica

Alimentador cego
• Gravidade
• Colocação de um macho superior
3. Cálculo do sistema de alimentação

1. Regra dos módulos


2. Regra do raio de acção
3. Regra da contracção volumétrica

1. Regra dos módulos

Módulo do alimentador (Ma) > Módulo da peça (Mp)

Volume do alimentador (Va)


Ma =
Superfície do alimentador (Sa)

Volume a alimentar (Vp)


Mp =
Superfície de arrefecimento (Sa)

Ma = k × Mp

Constante, função do material (tabelas)


Conhecendo-se o módulo do alimentador, calcula-se as suas
dimensões a partir de um conjunto de tabelas

A partir das dimensões do alimentador calcula-se o


respectivo volume e a superfície (Va)

2. Regra dos raios de acção

Em função da espessura da peça, ou da zona da peça a


alimentar,
li calcula-se
l l o raio
i de
d acção
ã do
d alimentador,
li d a partir
i
de tabelas

Se o raio de acção não for suficiente, aumenta-se a


quantidade de alimentadores
alimentadores, ou o tamanho do alimentador
individual
3. Regra da contracção volumétrica

O volume do alimentador deverá ser capaz de compensar a


contracção volumétrica da peça

Contracção da peça (Vc)

Coef. de contracção volumétrica (R)

Volume da peça (Vp)

Vc = R × Vp

Volume do alimentador (Va)


> Contracção da peça (Vc)
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4. Cálculo do sistema de enchimento

¾ Calcula-se
C l l e o peso
e total
t t l a vazar

Volume total (Vt) = Volume da peça (Va) + Volume do alimentador (Va)

Peso total (Pt) = Volume total (Vt) × densidade

¾ Define-se a posição da peça na moldação

¾ Define-se o percurso do metal

Ligas oxidáveis (aço, latão, alumínio, ...) – vazamento em nascente

Li
Ligas pouco oxidáveis
idá i (FF) – vazamento
t em nascente
t ou queda
d

¾ Escolhe-se o escalonamento (relação de gitagem)

¾ Calcula-se o tempo de enchimento (te) em função do peso e da


menor espessura da peça, através de tabelas

¾ Calculam-se as secções do sistema


Volume total (Vt)

Altura H (Vazamento em queda)

Alturas Hi e Hf (vazamento em nascente) > H

Hf H

Hi

Coeficiente de perda de carga (B) calculado através de tabelas

Calcula-se a secção mínima do canal de descida

Vt B
Sd = 7,14 × × (vazamento em queda)
Te H

Vt 2×B
Sd = 7,14 × × (vazamento em nascente)
Te Hi + Hf

Calculam-se as restantes secções

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