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Luanda, 2024
UIVERSIDADE AGOSTINHO NETO
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA
Luanda,2024
Limitação e Delimitação do Estudo
Formulação do problema
É imperioso ter em conta que Portugal na altura tinha em vigência um regime político
ditatorial, e para melhor elucidadação recorremos a teoria de Nicolau Marquiavel,
caracterizava a política absolutista de um Estado que procura a não realização dos fins
do Estado, mas a obediência dos seus membros. Segundo o mesmo, preocupa-se
apenas com a obediência dos seus súbditos do que a realização do bem comum. Para
o alcance dos resultados desejados, todos os meios são considerados legítimos. A
vontade do chefe supermo representa a razão de ser e a manifestação do Estado.
Potencializada pela aprovação de 26 de Junho de 1945 a carta das Nações Unidas
(ONU), cujo artigo 73⠁obrigava as potências coloniais a desenvolver nas colónias
sistemas de autogoverno de acordo com as aspirações políticas das populações.
Formulação de Hipótese
Justificativa do Estudo
Qualquer que seja a forma de contestação e contexto político. Sabe-se que uma luta
para a conquista da soberania, exige a mobilização duma maioria significativa da
população, a unidade política amoral das diversas categorias sociais, a liquidação da
mentalidade de subservência e conformismo, a recusa das regras e dos tabus sociais e
religiosos incomparáveis com o carácter contestador. A luta que os movimentos de
libertação desenvolviam em Angola, era contra a subjugação de uma Nação soberana.
Objetivos
Objetivo Geral
Objetivo Específico
Fundamentação Teórica
● Soberania
Em política, é o exercício da autoridade que reside num povo e que se exerce
por intermédio dos seus órgãos constituicionais representativos. No dicionário de
Língua Portuguesa da Porto Editora (2011: 1108) também define o conceito de
soberania como sendo a autoridade suprema do poder público e como a alteza
ou excelência não superada em qualquer ordem imaterial. Segundo, Jacques
Rousseau, citado (Ricardo, 2002: 274), soberano é o povo. Porém cada cidadão
é soberano e súbdito em simultâneo, uma vez que contribui para a criaçãoda
autoridade (como tal, faz parte da mesma) embora, por sua vez, esteja
submetido a esta mesma autoridade e seja obrigado a obedecer a esta.
● Elite
A teoria das elites surgiu no final do século XIX, tendo como fundador o filósofo
e pensador político Gaetano Mosca, (Rawls, 1997: 64) ele estabeleceu os
pressupostos do elitismo ao salietar que em toda sociedade, seja ela arcaica,
antiga ou moderna, existe sempre uma minoria que é detentora do poder em
detrimento da de uma maioria que dele esta privado.
Mosca considera a força das elites, como das mais atuantes no contexto das
mudanças sociais. De acordo com esta teoria as sociedades estão divididas
entre dois grupos: os governantes e os governados. Os governantes são menos
numerosos, monopolizam o podere impõem sua vontade valendo-se de métodos
legítimos ou arbitrários e violentos ao restante da sociedade. Para Vilfredo
Pareto, (Rawls, 1999: 350) elite significa uma alternativa teórica ao conceito de
classe dominante de Karl Marx. os homens são desiguais em todos os campos
da sua actividade, dispõe-se em vários níveis que vão do superior ao inferior, e
chamou de elite política aqueles que fazem parte do gru mais elevado (superior),
ocupou-se dos indivíduos que estavam nos elevados graus de riqueza e de
poder e que, por constituir a elite política ou aristrocacia, muito se preocupa em
conservar o poder a mobilidade social reinante. Segundo Robert Dahl, (Rawls,
1999: 351) elite pode ser o grupo minoritário que exerça uma dominação política
sobre a maioria dentro de sistema de poder democrático.
Para este trabalho, defeniu-se o conceito de elite com base nas teorias acima
anunciadas. Elite pode ser uma referência genérica a grupos posicionados em
locais hierárquicos de diferentes instituições públicas, partidos ou orgabizações
de classe, ou seja, pode ser entendido como aquelas que têm a capacidade de
de tomar decisões políticas ou económicas e, pode ainda designar aquelas
pessoas ou grupos capazes de formar e difundir opiniões que servem como
referência para os demais membros da sociedade.
● Ditadura
Segundo Aristóteles e Platão, (Bobbio, 1981: 83-101) a marca da ditadura é a
ilegalidade, ou seja, a violação das leis e regras pré-estipuladas pela quebra da
legetimidade do poder; uma vez no comando, o ditador revoga a legislação em
vigor, sobrpondo-a com regras estabelecidas de acordo com as convivências
para a perpetuação deste poder. A sucessão nesse estado de legalidade é
sempre difícil. Aristóteles atribuiu a vida relativamente curta das tiranias à
fraqueza inerente dos sistemas que usam a força sem o apoio do direito.
Marquiavel, (Bobbio, 1981: 84) também chegou à mesma conclusão sobre as
ditaduras e seu colapso, quando das sucessões dos ditadores, pois este (a
ditadura) é o regime que tem menor duração, e de todos, é o que tem o pior
final, e, segundo as palavras deste, a queda ditadura deve às desventurais
imprevisíveis da sorte. Consequentemente, considerou-se mais viável para o
presente trabalho a definição de proposta por Aristóteles e Platão.
● Subversão
No dicionário Universal da Língua Portuguesa, (Jaime, 2008: 1126) encontramos
definida como, ação ou efeito de subverter; práticas de atos subversivos; revolta,
insubordinação contra a autoridade, as leis e os princípios estabelecidos.
Segundo Jorge de Miranda, (Miranda, 2000: 51) é todo ataque por forma
insidiosa ou violenta, à ordem política e social estabelecida, tendo em vista
substituí-la, a médio ou longo prazo. Amaro Monteiro, (Garcia, 2009: 22)
definiu-a como o exercício de meios psicológicos assentes sobre valores
sociomorais perfilados pelas maiorias, visando, em geral por forma
predominante e prolongadamente não ostensiva, a queda ou controlo global ou
parcial do poder por minorias, num território ou em um outro objetivo a atingir,
acompanhando sindromatologias pré-revolucinárias
Todas elas referem uma alteração da ordem e do poder ou a sua conquista, por
uma minoria, sendo que adoptei esta última definição por me parecer a mais
adquada para o meu trabalho.
● Descoloniação
Nate Roy, socialista indiano, citado (Fanon, 2008: 11) o conceito de
descolonização, referido no ano de 1927, representa o conjunto de concessões
feitas pelo colonialismo inglês a buguersia Indiana. Ele considerava a
descolonização tal como se pronunciava em seu país naquela época,
caracterizada como uma manobra de recuperação pelas potências coloniais das
lutas conduzidas pelos povos colonizados, visando a sua independência.
A descolonização pode ser descrita como um processo histórico,
primoldialmente política, ocorrida em especial após a segunda guerra mundial, e
que se traduziu na obtenção gradativa da independência das colónias europeias
situadas na Ásia e na África. Teve o seu ritmo regulado quer pelas formas de
luta dos povos colonizados na conquista da sua independência, quer pela
política de concessões de autonomia diferente, segundo a potência colonizadora
e, sobretudo, a especificidade de cada território.
Metodologia
ÍNDICE…….………………………………………………………………………………………I
SIGLAS E
ABREVIATURAS……………………………………………………………………II
RESUMO………………………………………………………………………………………..III
ABSTRACT…………….……………………………………………………………………….IV
INTRDUÇÂO……………………………………….……………………………………………1
1.1. O processo de
descolonização….………………………………………………………..8
1.2. Contexto político e económico de
Angola………..……………………………….……10
1.3. A formação dos grupos políticos e de representação………………………………...11
1.4. Origem das discórdias entre os Movimentos de Libertação
Nacional………………14
1.5. Influência da comunidade internacional no processo de
descolonização………….15
1.6. Pontos de convergência entre os
atores……………………………….………………17
1.7. As negociações no início do processo de descolonização…………………………..17
CONCLUSÂO………………………………………………………………………………….19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…………………………………………………………20
APÊNDICE………………………………………………………………..……………………22
ANEXO…………………………………………………………………………..……………..24
CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS