Você está na página 1de 131

A Proposta de Casamento

do Bilionário
Billionaire Bachelors 04
Melody Anne

Disponibilização: Soryu
Tradução: Valleria
Revisão Inicial: Josy, Bia R. G., Lauri,
Karina Novaes
2ª Revisão Inicial: Gi Vagliengo
Revisão Final: Silviali
Leitura Final e Formatação: Gabi Leme
Sinopse
George Anderson perdeu a sua esposa faz cinco anos e logo sua
família desmoronou. Ele tem que fazer uma mudança drástica para
reuni-la novamente. Ele se encontra com seu irmão gêmeo Joseph
Anderson e os dois homens fazem planos de casamentos para os filhos
de George. George quer netos e sua família reunida de novo.
Trenton Anderson está furioso com seu pai, quando o homem
decide mudar a empresa de Chicago para Seattle. Chega a Seattle e
conhece Jennifer Stellar e uma atração insana começa. Ele decide que
gosta do que vê e começa a persegui-la imediatamente.
Jennifer teve uma tragédia horrível, perdeu a sua irmã e
cunhado num acidente automobilístico. Ela tem a custódia temporária
de sua sobrinha e está lutando para conseguir sua custódia
permanente . Ela conseguiu um bom trabalho com Trenton, e parece
que ela não pode resistir aos avanços do homem, mesmo tentando.
Tanto Trenton como Jennifer são obstinados e encantadores, e
junto com seus irmãos , os primos de Trenton, você irá se apaixonará
novamente pelos Anderson.
Prólogo
- Bom irmão, certamente você esteve muito ocupado nos últimos
anos - disse George Anderson.

- Não sei o que quer dizer - respondeu Joseph, mas sem evitar um
brilho em seus olhos azuis.

- Nós dois sabemos que se intrometeu para poder ter todos os


seus netos - disse George um pouco mal-humorado.

- Bom, se não tivesse se empenhado em ir ver o mundo, então


talvez tivesse um montão de netos próprios - disse Joseph a seu irmão.

- Vim a você por ajuda. Esses meninos meus nunca vão Assentar
a cabeça e você obviamente teve um grande êxito. Por favor, pode me
ajudar com minha própria prole obstinada? - perguntou George.

Joseph tinha se cansado de esperar que seus filhos encontrassem


noivas e lhe dessem netos, assim ele tomou o assunto em suas próprias
mãos e encontrou boas companheiras para seus meninos. Eles ainda
não tinham nem ideia de suas sigilosas intervenções. Seus três filhos se
casaram faz um par de anos e agora era um avô feliz. Sentiu lástima
por seu irmão, sabendo que estava sentindo a mesma sensação de vazio
que havia sentido há alguns anos.

- Nada me daria mais prazer que ajudá-lo - disse Joseph, fazendo


com que George relaxasse.

- Sei que com sua ajuda conseguirei netos balançando-se sobre


meus joelhos a qualquer momento. A vida foi difícil para mim desde
que perdi a minha linda esposa Amélia - disse George.

Quando George perdeu sua esposa, com a qual esteve casado


quarenta anos, foi explorar o mundo. Tinha sido incapaz de
permanecer na casa que havia compartilhado com ela durante a maior
parte de sua vida. Casaram-se aos dezesseis anos de idade e não sabia
viver sem ela.
- Está sentindo-se melhor? - perguntou Joseph. Não podia
imaginar perder sua Katherine. Ela era a luz de seu mundo. Sem sua
esposa e filhos, a vida não seria digna de ser vivida.

- Tomo as coisas com calma. Se tivesse alguns netos para me


distrair seria mais fácil. Depois do falecimento da mãe, os meninos se
tornaram distantes, uns com os outros e comigo. Temo que se algo não
acontecer logo, a distância aumente disse George com um brilho
suspeito em seus olhos.

Joseph lhes serviu uma taça a cada um, dando tempo a seu irmão
para que recuperasse a compostura. Verteu Bourbon em cada taça antes
de voltar para as cadeiras junto ao fogo onde estavam sentados.

- Por que não fica comigo, aqui? Pode procurar um lugar e mudar
para Seattle. Acredito que o que precisamos é um novo começo. Sei
que podemos conseguir que seus filhos o sigam. Vamos arrumar isto
George, confie em mim, afirmou Joseph.

George olhou Joseph, considerando sua oferta. Tinha vivido em


Chicago durante toda sua vida adulta e lhe dava um pouco de medo
pensar em mudar-se, mas a mudança podia ser boa para ele. Chicago o
enchia de lembranças deprimentes de sua falecida esposa.

- Sabe o que, Joseph? Acredito que vou seguir adiante e fazê-lo.


Ainda tem uma casa de hóspedes, certo? - perguntou.

- Você é mais que bem-vindo a permanecer ali durante todo o


tempo que quiser ou poderia viver na casa principal. Há muito espaço
nesta grande casa antiga - disse Joseph.

- Esta é sua casa com Katherine, prefiro ficar na casa de hóspedes


até que encontre um lugar... Não levará muito tempo. Agora, que
planos tem para meus meninos? - perguntou.

- Diga-me tudo a respeito de minha sobrinha e sobrinhos. Quanto


mais souber deles, mais provável que encontre casais suficientemente
bons que não sejam capazes de resistir - disse Joseph. Os dois irmãos se
sentaram junto ao fogo até as primeiras horas da manhã para fazer
planos. Quando terminaram de falar, Joseph sabia o que ia fazer com
seu sobrinho mais velho Trenton.
- Ah, realmente me sinto bem em voltar a ser casamenteiro.
Estava um pouco triste porque acabou com o Mark - disse Joseph com
um olhar orgulhoso em seu rosto – Mas não se atreva a dizer a
Katherine ou estarei compartilhando a casa de hóspedes contigo.

Os dois irmãos riram o bastante, antes de finalmente ir para a


cama. Joseph estava esperando com impaciência os próximos meses.
Não lhe importaria as pisadas de grandes sobrinhos correndo ao redor
da casa, junto a seus netos.
Capítulo 1
- Seu pai está na linha um, Sr. Anderson - disse sua assistente
pelo intercomunicador. Trenton suspirou. Ele não tinha falado com seu
pai em meses e não podia entender o que queria.

- Obrigado, já o tenho - respondeu. Tomou um momento para


esclarecer seus pensamentos antes de atender ao telefone. Sabia que ia
necessitar de total paciência antes de tomar a chamada.

- Olá pai, o que posso fazer por você? - Perguntou-lhe com frieza.

- É essa a maneira de falar com seu pai? - Perguntou.

Trenton podia escutar a dor através da linha telefônica e se


encolheu. Sua mãe tinha sido a cola que mantinha unida a família e
tinha passado um longo tempo que tinha falado com seu pai ou irmãos.
Ele não sabia se ainda lhe recordavam. Estavam acostumados a estar
perto, mas tinham se retirado quando sua mãe morreu. Tinham que
proteger seus corações da dor insuportável de algum jeito. Ela estaria
tão decepcionada com eles.

- Papai, nos falamos assim nos últimos cinco anos. Por que
mudar, agora? - perguntou Trenton.

- Posso ver que isto vai ser mais difícil do que imaginava. Vou ao
ponto, então. Mudei a sede corporativa para Seattle. Os trâmites
terminaram hoje. Se ainda deseja estar na empresa terá que se realocar.
Tem trinta dias para tomar sua decisão antes que seus escritórios não
estejam disponíveis para você em Chicago - disse George.

Trenton se sentou em sua mesa em estado de choque. Nunca


tinha ficado sem palavras antes, mas as palavras de seu pai, na
realidade, o deixaram sem palavras. A linha ficou em silencio durante
uns instantes, enquanto que nenhum dos dois disse nada.

- Por que fez isso? - Trenton finalmente perguntou com raiva em


sua voz. Como se atrevia seu pai a tratar de controlá-lo? Tinha levado a
corporação por sua conta durante os últimos cinco anos, quando seu
pai se retirou abruptamente. O fato de que seu pai ainda tinha
suficiente controle para poder transladar os escritórios nunca tinha sido
um fator, já que ele sempre tinha estado em silêncio.

Trenton triplicou seus lucros durante seu reinado como


presidente da corporação e valiam milhares de milhões de dólares.
Muitas vidas dependiam deles para o sustento. Não viu o que seu pai
ganharia mudando os escritórios corporativos. A maior parte de sua
atividade se levava a cabo a nível internacional e seu escritório em casa
não era significativo, mas Trenton se criou em Chicago e não tinha
vontade de mudar-se.

- Já era hora de uma mudança. Permiti que nossa família se


afastasse, mas terminei com isso. Sigo sendo o chefe desta família e isto
é o que decidi. Conheço você bem, meu filho, e sei que no segundo em
que deixar o telefone vai chamar seus advogados para ver se pode pôr
um fim a isto. Vou tratar de economizar um pouco de seu tempo, a
resposta será não. Posso estar em silêncio na sociedade, mas ainda
tenho certos direitos e se através da documentação, um desses direitos é
manter os escritórios corporativos onde quer que escolha, sempre e
quando der ao atual presidente um mês de antecipação. Assim, aqui
está seu aviso. Se consultar sua assistente, um fax foi enviado,
informando você do traslado e o novo edifício. Vemo-nos no próximo
mês, - disse George. Desligou a chamada e deixou Trenton sentado
com o telefone preso à orelha, fervendo de raiva.

- Andrea, venha aqui, agora - gritou em seu intercomunicador.

Sua assistente entrou correndo na sala, um pouco esgotada.


Tinha os papéis de seu pai na mão, sabendo que ele os quereria.
Deixou-os sobre a mesa e deu um passo atrás para que ele os lesse.

- Pode ir - despediu-a. Ela saiu rapidamente.

Sabia que podia ser um chefe obstinado às vezes, mas ele sentia
que era justo. Se seus empregados faziam bem seu trabalho, não tinham
nada que temer. Só que não tolerava enganos ou abandono, se
fracassassem, não havia uma segunda oportunidade.

Trenton passou o resto de sua tarde confirmando o que disse seu


pai. Parecia que o velho tinha razão. Não havia maneira de que
pudesse deter a mudança. Tinha suficiente dinheiro próprio para poder
dizer a seu pai que fosse para o inferno, e começar de novo, mas não
tinha trabalhado na corporação para que lhe pagassem, fez porque
tinha estado em sua família durante mais tempo do que tinha estado
vivo e estava orgulhoso disto.

Baixou a cabeça em um estranho momento de debilidade. Sabia


que não podia deixar de fazê-lo. Sabia que estaria jogando nas mãos de
seu pai, mas ele se mudaria com os escritórios corporativos. Também
sabia que significava uma grande quantidade de novo pessoal e um
inferno de um montão de dores de cabeça.

Foi para casa, bebeu um uísque duplo, logo pegou seu telefone.
Tinha que chamar seus irmãos, algo que não tinha feito em mais de um
ano. Cada um deles trabalhava em diferentes áreas da corporação e
estariam tão zangados com seu pai como ele.

Seu pai podia fazer mover-se por todo o país, mas não ia
conseguir a reunião familiar feliz que estava esperando. Trenton estava
furioso e faria que seu pai soubesse.

- Está seguro de que fizemos o correto? - Perguntou George a


Joseph.

- Estou seguro. O primeiro passo neste processo é conseguir que


os meninos estejam juntos, outra vez. Não podemos emparelhá-los se
não estiverem aqui, verdade? - Perguntou Joseph.

-Trenton esteve distante nos últimos anos, mas nunca o ouvi


falar comigo com tanta frieza antes. Eu sei que perder sua mãe foi
difícil para todos nós, mas nunca devia ter permitido que se separassem
tanto. Não posso acreditar que este seja o mesmo menino que estava
acostumado a adorar o chão que eu pisava - disse George com tristeza.

- Garanto, Irmão, que nesta data no próximo ano, você e seus


moços vão estar juntos outra vez, e as coisas voltarão para a
normalidade. Não posso dizer que passei pelo que está passando, mas
nada nos atrai mais que ver os rostos de outros membros da família.
Estavam acostumados a estar perto de seus primos e todos iremos ter
esse vínculo de novo. Só espere e confie em mim - Joseph o
tranquilizou.
- Sempre confiei em você - disse George.

- Bom, isso é porque sou muito mais velho e mais sábio - disse
Joseph, enquanto inchava o peito.

- É exatamente três minutos mais velho, assim não me venha


com isso de novo - disse George com um sorriso.

- Hei, esses três minutos me deram um mundo de conhecimento.

- Sim, acredito que lhe deram um mundo de arrogância, igual ao


seu sobrinho mais velho - disse George. Podia sentir que as coisas iam
sair bem. Sua família estava começando uma verdadeira reparação.

- Ele fez o que? - gritou Max no telefone, fazendo que Trenton o


sustentasse longe da orelha.

- Ele disse que era hora de uma mudança por isso está mudando
os escritórios e se mudando para Seattle. Agora temos vinte e sete dias
antes da inauguração oficial em Washington - repetiu Trenton.

- Tem que estar brincando. Podemos deter isto? Obviamente se


tornou louco - disse Max, mas não havia muito impulso em sua voz. Os
dois sabiam que não havia nada de mal com as capacidades mentais de
seu pai.

- Já comprovei em todas direções e não há nada que possamos


fazer. Estive tentado sair da corporação, chamá-lo urgentemente, e lhe
dizer que ia deixar a corporação - ameaçou Trenton. Max sabia que
não havia maneira de que isto acontecesse igual sabia o mesmo de seus
irmãos.

Tinham sido inseparáveis uma vez, mas desde seu duelo pela
perda de sua mãe se foram por caminhos separados. Entretanto, cada
um tinha o amor pela empresa em comum, embora estivessem envoltos
em uma variedade de diferentes áreas.

- Parece que estamos nos mudando ao Noroeste, então - disse


Max.
Estava zangado, mas não tanto como seu irmão. Viajava muito a
trabalho assim ele não estava em casa o suficiente para estar muito
chateado. Além disso, não tinha passado tempo com seus primos em
anos e sentia saudades. Nunca admitiria a seu pai, entretanto. O ancião
estava fazendo seu caminho, e não precisava saber que Max não estava
chateado por isso.

- Sim, quase não posso esperar - disse Trenton sarcasticamente.

- Não ligou para Bree e Austin ainda? - Perguntou Max.

- Não, liguei para você primeiro e pensei que poderíamos falar


com cada um dos outros - respondeu.

- Considere como um plano, vou ligar para Austin - disse Max


rapidamente com a risada em sua voz.

- Caramba, obrigado - respondeu Trenton. Ele sabia que a


chamada para sua irmã, Brianna, ia ser longa. Sua irmã era obstinada e
independente, e não gostava que lhe dissessem o que fazer. Ele sorriu,
entretanto, quando pensava no que ela ia dizer a seu pai. George teria
um tormento em seu ouvido logo que Bree desligasse o telefone com
Trenton.

Trenton se sentou, sentindo-se melhor depois de falar com seu


irmão. Ele e Max tinham estado perto no passado e sentia saudades de
falar com ele. Trenton não se deu conta, mas o plano de seu pai já
estava funcionando. Tinha levado aos irmãos a aproximarem-se,
embora fosse para unir-se contra ele.

Jennifer gritou à tela de seu computador e logo olhou ao seu


redor com culpa. Ela odiava os computadores e desejava que nunca
tivessem sido inventados. Era a pior criação possível e estava disposta a
atirá-lo pela janela. Tinha tomado aulas e passou horas e horas para
aprender as habilidades básicas do computador, já que era impossível
ter qualquer tipo de trabalho decente sem saber como operar uma das
malditas máquinas.

A Companhia Temp em que trabalhava lhe tinha dado a posição


nos Escritórios Corporativos dos Anderson e ela tinha estado ali
durante dois meses. Era um sonho trabalhista feito realidade e esperava
que se convertesse em um posto permanente, porque todo mundo sabia
que os Anderson eram leais até a medula.

Os Anderson eram geniais com seus empregados, pagavam


melhores salários que outras empresas, ofereciam grandes benefícios, e
eram excepcionalmente familiares.

Permaneceu sentada, argumentando com seu computador,


agradecendo que ninguém se aproximasse e a ouvisse porque estava
segura de que soava como uma mulher louca. Quando chegou sua hora
de almoço estava a ponto de chorar. Seu chefe lentamente tinha estado
adicionando mais trabalho, e estava segura de que era uma prova, e se
era, estava falhando miseravelmente.

- Senhorita Stellar, poderia subir ao andar superior? O chefe quer


falar com você - perguntou uma voz de seu intercomunicador.

- Sim, estava me preparando para a hora do almoço, assim posso


ir - respondeu ela. Jennifer rompeu em um suor frio. Ia perder seu
trabalho, não havia outra razão para que ela fosse chamada aos
escritórios principais. Nunca tinha ouvido falar que alguém tivesse sido
chamado ao escritório de Lucas Anderson. Ele era o presidente da
empresa e, embora o visse com regularidade, caminhando pelos pisos,
nunca chamou alguém de sua posição nos escritórios corporativos. Ela
não entendia por que ele a despediria pessoalmente, entretanto...
Normalmente, o homem a cargo de sua divisão faria isso. Ela apertou o
botão do elevador e esperou nervosamente. Sabia que os projetos
informáticos tinham sido uma prova, e seu fracasso era inaceitável.
Não era muito orgulhosa para mendigar. Estudaria dia e noite se isso
era o que fazia falta, porque não era só em si mesma em quem tinha
que pensar.

- Está seguro de que ela é a indicada? - Perguntou George a


Joseph.

- Oh sim, estou cem por cento seguro. Sempre tomo meu tempo
para conhecer quem está trabalhando aqui. Lucas se faz cargo da
presidência desde anos atrás, mas ainda gosto de me manter a parte do
pessoal. Tenho muito orgulho de saber que oferecemos mais que outras
corporações. Em especial comprovo os empregados temporários para
considerar se ajustam-se bem ou não para uma posição permanente.
Jennifer é absolutamente terrível quando se trata de computadores, mas
é incrivelmente brilhante, entusiasta, e disposta a trabalhar duro -
respondeu Joseph.

- Como isso a faz material para esposa, entretanto? - pergunto


George.

- Ah, deveria me deixar terminar - disse Joseph. - Ela veio a nós


através de minha agência de temporários favorita, e fiz alguma busca
sobre ela. Perdeu a sua irmã faz seis meses por um motorista bêbado, o
que é em especial uma tragédia porque sua irmã e cunhado tinham uma
menina que tem quatro anos de idade. Parece que Jennifer não tem
mais família pois seus avós e pais são falecidos.

- Onde está a menina?

- Jennifer está criando-a desde o acidente e estou seguro que não


é fácil para ela. A menina é assistida pela creche aqui - respondeu
Joseph.

- Oh, isto poderia significar uma neta instantânea - disse George


com deleite.

- Sabia que ficaria feliz por isso. Ela é uma língua de fogo e muito
adorável com as palavras. Tornei-me bastante apegado a ela, desde que
passo um montão de tempo lá embaixo com ela. Meus netos vêm
algumas vezes assim podem brincar - disse-lhe Joseph.

- A Senhorita Stellar está aqui - a secretária lhes disse através do


intercomunicador.

- Envie-a para cá - respondeu Joseph. Ambos os homens se


sentaram de novo e esperaram por Jennifer. Quando ela abriu a porta
puderam ver o temor em seu rosto, embora ela estivesse fazendo um
grande trabalho em tratar de ocultá-lo. Pareceu surpreendida ao ver
Joseph e George ali no lugar de Lucas.

- Olá Sr. Anderson, disseram que necessitava falar comigo.

- Sim, obrigado por vir, Senhorita Stellar. Adiante-se e tome


assento - disse-lhe Joseph. - Este é meu irmão, George Anderson. Ele
está mudando seus escritórios corporativos para Seattle e necessita de
uma variedade de novo pessoal. Uma dessas posições é para
administrador executivo do Presidente e nós gostaríamos de saber se
poderia estar interessada. Haveria um pagamento significantemente
alto e benefícios acrescentados.
Jennifer não podia acreditar no que estava escutando. Pensou que
estava perdendo seu trabalho e não só lhe estavam oferecendo uma
posição permanente mas uma melhor que isso. Quis disparar um sim,
mas sua consciência precisava deixar sair suas deficiências.

- Estou honrada que pensem em mim. Sim, serei mais que feliz
de aceitar a posição, mas tenho que ser honesta com vocês. Estou
lutando com o sistema de computadores que estou usando. Posso
escrever perto de cem palavras por minuto e faço todas as funções
básicas, mas as solicitações mais complicadas estão me dando
problemas. Porém estou mais que disposta a passar cada minuto livre
que tenha para aprender - disse-lhes entusiasmadamente.

- Bom, a boa notícia é que não terá que lutar com nenhum
programa que esteja usando atualmente. Estará escrevendo um
montão, e atendendo reuniões, além disso, haverá algumas viagens
envolvidas - disse George a ela.

Jennifer estava emocionada e logo se entristeceu de novo. Como


podia viajar? Não tinha ninguém que cuidasse de Molly, e, além disso,
não podia estar fora por períodos extensos de tempo e deixá-la pra trás.
Molly acabava de perder seus pais e até recentemente sofria muito por
não ver mais a sua mamãe e seu papai.

- Sabemos que recentemente tomou a responsabilidade de sua


sobrinha e lamentamos sua perda. Temos excelentes programas aqui
oferecendo cuidados com crianças - disse Joseph como se pudesse ler
sua mente.

- Quanto tempo teria que estar longe?

- Em média, perto de três ou cinco dias por mês - disse George.

Isso não é tão mau, raciocinou Jennifer. Seria capaz de


administrar muito mais sua sobrinha com a nova posição. Teria
dinheiro para comprar artigos que ela necessitava, e seria capaz de
permitir-se tomar seu lugar, passar mais tempo de qualidade juntas.

- Aceito - disse com entusiasmo.


- Isso é genial. Começa na próxima semana, então por agora
conseguirá um pouco de tempo, pago é obvio - disse-lhe George.

- Oh, esqueci-me de perguntar onde serão os novos escritórios? -


perguntou.

- Vão ser aqui. Só compramos o edifício ao lado e conectaremos


os edifícios criando uma passagem aérea. Até que a construção esteja
terminada, estarão utilizando do piso vinte e dois ao vinte e quatro. Sua
sala será no piso vinte e quatro assim ainda poderá utilizar a creche
aqui - disse Joseph.

- Oh, isso é maravilhoso - disse Jennifer a ambos os homens e


rapidamente fez sua saída.

Jennifer tomou o elevador para seu piso e lentamente caminhou


para seu escritório. Olhou ao redor com assombro. Tinha subido
temendo o pior e voltou sentindo-se melhor do que tinha estado em seis
meses.

- Felicitações, Srta. Stellar. Estou feliz que tenha recebido uma


promoção - seu chefe a abordou, soando sincero.

- Obrigado, Sr. Barry.

- Desfrutei trabalhar com você e sentiremos saudades de ter feito


parte de nossa equipe. Se quiser arrumar suas coisas em uma caixa e
etiquetá-las, posso enviá-las ao seu novo escritório. Não tem que se
preocupar em com levá-las para casa e de volta outra vez - ofereceu.

- Isso seria genial, obrigada.

- Não há problema, quando terminar pode tomar o resto do dia.


Joseph me disse a posição é efetiva e imediata e acaba de enviar um
aviso temporário - disse antes de sair.

Jennifer não havia trazido muitos objetos pessoais ao trabalho e


não tomou muito tempo colocar seus pertences em caixas. Estava
emocionada de pegar a sua sobrinha cedo. Com o tempo bom seria
capaz de surpreender Molly com uma tarde no parque.

Jennifer se sentou em um banco, observando Molly brincar no


balanço com um par de outros meninos. Molly acabava de começar a
dormir de noite. Sua pobre sobrinha teve pesadelos por meses e
Jennifer soube que era porque tinha problemas de abandono, como
qualquer criança teria quando seus pais desaparecem repentinamente.
Molly ainda tinha círculos debaixo de seus olhos, mas nem de perto tão
mal como tinha estado há uns poucos meses.

- Cuidado! - alguém gritou. Justo quando Jennifer virou em


direção da voz, sentiu a dor em seu pescoço e olhou abaixo com
estupor ao ver alguém junto a ela.

Levou sua mão a seu pescoço e estava surpreendida de sentir um


pouco de sangue. Quem é que tinha jogado a coisa, devia realmente
havê-lo atirado.
- Lamento por isso. Está bem? - um homem perguntou. Ela
levantou o olhar e perdeu sua respiração. Santa merda, o tipo era
estupendo. De alguma forma não podia conseguir que nenhuma
palavra passasse por sua garganta fechada. Nunca tinha tido problemas
falando com homens atrativos e não teve essa dilaceradora resposta
diante de um homem desde que era uma adolescente.

Seu cabelo escuro e curto estava desordenado ao redor de suas


bochechas rosadas. Tinha gotas de suor caindo de sua fronte e os mais
penetrantes olhos azuis que já tinha visto. Seu olhar seguiu uma gota de
suor pelo seu peito nu e seu coração começou a pulsar muito rápido. O
homem tinha que ser um modelo com seu peito definido e abdominais
de tanque. Os músculos de seu braço pareciam como se estivessem
flexionando, embora estivessem completamente relaxados. Seguiu seus
abdominais às suas calças esportivas antes de dar-se conta que seus
olhos se moveram a uma área que não deveria olhar.

Ela moveu sua cabeça para cima para olhar seu rosto de novo e
observou como um sorriso coquete se estendeu através de suas feições
de uma forma conhecedora. Ficou quieto e silencioso enquanto ela o
comeu com o olhar. Ela endureceu seus ombros, irritada de ter estado
imediatamente enfeitiçada por ele. Odiou ser outra típica mulher que
pensava que só a aparência importa. Era mais provável que fosse algum
esportista estúpido que pensava com uma cabeça diferente. Deu-se
conta que nunca lhe respondeu.

- Estou bem, só estou feliz que não tenha golpeado a nenhuma


das crianças - disse rápido e se voltou como se ele não estivesse ali.
Trenton mirou a parte posterior da impressionante e estranha
mulher com um pouco de surpresa. Ele estava sem dúvida acostumado
ao olhar apreciativo que lhe tinha dado, mas não à repentina atitude
desdenhosa que seguiu. Tampouco estava acostumado à atração
imediata que sentiu por ela. Não era seu tipo característico.
Não podia ter muito mais de 1.70 de altura e seu cabelo era castanho
escuro e atordoantes olhos verdes, o oposto das loiras de pernas longas
com peitos maiores que cérebros pelas quais normalmente ia. Podia
jogar com ela e logo caminhar longe sem que ninguém saísse ferido.

Nunca se interessou por uma mulher no parque enquanto


estivesse longe de um compromisso do tipo “até que a morte nos
separe”. Estava longe de uma viagem ao altar. Deveria contar suas
bênçãos que ela claramente não estava interessada nele, mas a tinha
machucado, e não podia ir sem saber se estava bem.

- Deixe-me ver seu pescoço, de acordo? - pediu, quando se


inclinou junto a ela e moveu seu cabelo. Estava aliviado de só ver um
pequeno corte, nada que necessitasse de pontos. Esteve assombrado de
sentir que seu cabelo era como seda e de repente teve imagens dele
estendido em seu travesseiro.
Jennifer aspirou outra baforada de ar quando sua mão tocou sua
pele. Quase saltou fora do assento ao pequeno movimento de seus
dedos correndo contra seu pescoço. Descartou por estar muito cansada.

- Estou bem, sério - disse, necessitando que ele retirasse suas


mãos, desde que estava fazendo coisas divertidas a seu estômago. Não
tinha tempo para um homem em sua vida, mas se o fizesse não seria
um homem como o tipo perante ela. Seria com um tipo ordinário que
não parava mulheres em seu caminho.

- Uau, Trenton, só leva um dia e acaba de atacar uma mulher


despreparada - outro tipo disse enquanto corria para eles. Jennifer
olhou para ele e logo sua cabeça se sacudiu de novo ao redor quando se
deu conta que era Lucas Anderson. Nunca o tinha visto usando algo
que não fosse um caro traje sob medida e podia ver porque sua esposa
estava apaixonada por ele. Lucas era maravilhoso, mas enquanto que o
homem, Trenton, supôs, fazia que seu estômago se agitasse, Lucas não
fez nada físico à ela. Imaginou que era porque sabia que estava casado,
além disso, conhecia sua esposa, que era na verdade uma mulher
adorável.
- Bom, sabe como é, qualquer desculpa para conhecer uma
mulher atraente - respondeu Trenton e Jennifer sentiu sua boca cair
aberta. Nunca ninguém se referiu a ela como atraente e odiava admitir
que suas palavras a fizeram resplandecer um pouco.

- Parece conhecida e antes que acredite que é alguma linha brega,


não o é. Na verdade me parece conhecida - disse Lucas. Ela teve que
preparar sua garganta antes de ser capaz de falar claramente.

-Trabalho para você, Sr. Anderson, ou bom o fazia até minha


promoção hoje. Meu nome é Jennifer - finalmente respondeu.

- Correto, sinto muito. Estou acostumado a ver todos nos


escritórios e não no parque - disse-lhe com um sorriso encantador.

- Não há problema, demorei um momento reconhecê-lo também -


disse com um sorriso genuíno. Ele era um homem fácil para falar,
fazendo-a sentir cômoda diferente de seu companheiro.

- Hei, basta de paquerar, é um homem casado - grunhiu Trenton


a Lucas. Jennifer sentiu seu rosto flamejar com vergonha.

- Eu... Não estava paquerando. Acredito que sua esposa é


maravilhosa - gaguejou e enviou um olhar para Trenton.
- Ignore-o, Jennifer. Só está com ciúme porque obviamente tem
melhor gosto que falar com um ogro como ele - disse Lucas com o
mesmo sorriso amistoso. Estava agradecida por suas palavras, porque
sua vergonha diminuiu.

- De qualquer modo, Lucas, é afortunado de ser um homem


casado, ou eu gostaria de demonstrar a você depois que todas as damas
nem sequer notariam sua existência quando caminhamos juntos - disse
Trenton.

Jennifer observou os dois homens burlando um com o outro e


soube sem sombra de dúvida que todas as mulheres em qualquer lugar
estariam disparando em si mesmas para conseguir qualquer um deles.
Estava agradecida de estar muito ocupada para relações ou ela poderia
ter estado na linha com elas.

- Sinto muito sobre golpear você com o Frisbee. Mas se me der


seu número posso ligar e estar seguro que esteja bem, depois - disse
Trenton com o sorriso mais sedutor que jamais tinha presenciado. Teve
que invocar um pouco de força de vontade para rechaçá-lo.

- Estarei bem, prometo. Tenho que ir, portanto tenham um bom


momento - disse, colocando-se fora. Levantou-se e caminhou para o
outro lado do campo de jogos, pegou sua sobrinha, e rapidamente saiu.
Estava chateada pelo calor que sentiu em suas bochechas e a forma que
fez seu estômago estremecer. Não tinha tempo para homens e embora
uma parte dela desejasse poder ter paquerado, sabia que fez o correto.
Além disso, nunca o veria de novo, de nenhuma forma.

Trenton a observou afastar-se com um pouco de assombro. Ele


nunca tinha sido rechaçado por uma mulher. Não estava seguro que
gostasse da sensação. Normalmente teria às mulheres preenchendo
qualquer bolso disponível que tivesse com seus números, e ainda a
lingua ferina de uma mulher o impressionou e irritou de uma vez, ela
simplesmente ignorou-o completamente e se afastou sem sequer olhar
atrás.

- Oh, acaba de ser ignorado gravemente, primo. Suponho que as


mulheres de Seattle têm mais bom gosto que as de Chicago.

- Ela me intrigou. Teria que persegui-la mas felizmente trabalha


para sua companhia assim serei capaz de encontrá-la - disse Trenton,
saboreando a reação dela quando a contatasse de novo.

- Disse que foi promovida e não trabalha mais para mim.


Demônios, não conseguimos seu sobrenome para sequer ser capaz de
encontrá-la - disse Lucas.
- Oh, encontraremos. Faz um longo tempo desde que uma mulher teve
ao máximo meu interesse como essa - Trenton disse. Lucas olhou para
seu primo com um enorme sorriso. Conhecia esse olhar muito bem,
quando ele e seus irmãos tinham lutado com dentes e unhas para
aferrar-se a seu celibato, só para terminar perseguindo suas esposas. Seu
primo estava à espreita e Lucas quase sentiu simpatia pela misteriosa
Jennifer.

- De acordo, suficiente de cogitações sobre a garota, supõe-se que


devemos estar nos divertindo. Estará de retorno ao trabalho muito em
breve e não tivemos suficiente tempo juntos nos últimos anos - disse-lhe
Lucas.
Trenton concordou e retornaram ao seu jogo. Mas a misteriosa
Jennifer permaneceu em sua mente e Lucas o chutou por todo o
campo. Ficou agradecido quando seu irmão Max se apresentou para
ajudá-lo.
Capítulo 2
Jennifer estava repleta de uma nervosa excitação enquanto subia
no elevador até o andar vinte e quatro. Tinha adorado a semana livre
com sua sobrinha. Tinha sido bom para as duas. Molly finalmente
tinha entendido que não ia deixá-la. Tinha cuidado dos álbuns da
família e pela primeira vez desde que seus pais morreram, Molly os
olhou com um sorriso em lugar de lágrimas.

Estavam fazendo um bom progresso e Jennifer sabia que pouco a


pouco, ajudando-se mutuamente, sanariam. Ela sempre sentiria
saudades de sua irmã, só que sabia que Molly tinha perdido a sua mãe,
mas as duas tinham uma à outra e isto era um novo enfoque. Era algo
que lhe dava esperança. A família era o mais importante, e sempre que
pudessem estar juntas, tudo estaria bem.

A campainha no elevador soou e passou do acostumado ao


desconhecido. Aproximou-se da recepção, olhando ao seu redor com
assombro. Tinha pensado que haveria caixas por todos os lados, mas
parecia que a área se estabeleceu faz anos.
- Olá, sou Jennifer Stellar, a nova assistente executiva do Sr. Anderson.
Não estou segura de onde é meu escritório – disse à senhora atrás da
mesa.

- É tão bom conhecer você finalmente, Jennifer. Espero que não


se importe que a chame por seu nome. Nosso chefe sempre nos
permitiu ser um pouco informais. Meu nome é Nancy e vim com o Sr.
Anderson de Chicago. Vou mostrar a você seu escritório - disse a
mulher.

- O informal sempre é bom, assim não me importo. É um prazer


conhecê-la também, Nancy, - disse Jennifer. Nancy lhe fez dar a volta e
abriu uma porta. Jennifer adorou o lugar. - É maravilhoso - suspirou.

- Se tiver que fazer mudanças estou segura de que o Sr. Anderson


estaria de acordo com isso. Gosta que seus empregados se sintam
cômodos, já que ficamos muito por aqui - disse Nancy.

- É um escritório lindo. Estou segura de que não vou ter que


trocar nada.
- Vou deixá-la se instalar. Vamos almoçar juntas esta semana
para nos conhecermos melhor - disse Nancy, e com o assentimento de
Jennifer, se foi.

Jennifer caminhou pela grande sala e se aproximou das enormes


janelas para apreciar a vista. Era impressionante e estava encantada ao
ver o famoso edifício do Space Needle. Finalmente se separou da vista
e se sentou. Sua cadeira era luxuosa e se moldava aos contornos de seu
corpo, aplicando pressão onde era necessário. Uma risada lhe escapou
antes que pudesse detê-la. Sorriu e girou sua cadeira em círculos
deixando sair sua menina interior.

Trenton caminhou através das portas que conectavam com o som


de uma risada então se deteve em seco. Dando voltas em uma cadeira,
a poucos metros dele, estava a garota do parque. Seu rosto se iluminou
de alegria e era tão impressionante que teve que lutar contra o desejo de
tirá-la da cadeira e esmagar seus lábios sobre os dela.

Alegrou-se de que ainda não o tivesse notado. Deu-lhe tempo


para controlar sua alegria. Uma vez que ele mesmo se controlou fez
barulho com a garganta para alertá-la de sua presença e esperou até que
ela se voltou. Pensava que ia ser muito divertido.

Jennifer se voltou para o som e olhou com horror. Seus pés


estavam ainda fora do chão e sua cadeira deu a volta outra vez, antes
de conseguir pará-la suficiente para pôr seus pés no chão e deixar a
cadeira. Olhou para o homem frente a ela sem saber o que dizer. O que
estava fazendo em sua porta?

Sua boca se abriu quando começou a somar dois mais dois.


Tinha estado no parque com Lucas Anderson e tinham traços similares.
Eles deviam estar relacionados de algum jeito. Trabalhava para a
companhia? Ia ter que vê-lo todos os dias?
- O que... O que está fazendo aqui? – perguntou. Na realidade não
queria ouvir sua resposta.

- Estou no trabalho e você o que está fazendo aqui? - Retornou.

- Eu... Acabo de começar hoje - gaguejou. Queria saber onde


trabalhava, mas não acreditava que fosse capaz de pronunciar as
palavras.
- E qual é seu posto? - perguntou com um sorriso.

- Sou a assistente executiva do presidente - afirmou com um


sorriso confiado. Sentia-se melhor agora que o choque ia
desaparecendo. Suas palavras saíram como uma provocação. Estava
orgulhosa de sua nova posição.

- Não o conhece ainda, verdade? - Perguntou-lhe, tratando de


parecer surpreso, como se fosse superior a ele.

- Sim, na entrevista. George Anderson é um homem incrível e me


sinto orgulhosa e emocionada de estar trabalhando para ele - disse.
Imediatamente tinha gostado tanto de George como de Joseph
Anderson. Sempre se tinha sentido cômoda com as pessoas mais velhas
já que pareciam muito menos críticas.

- George não é o presidente - disse, fazendo-a sair de seu


devaneio. Suas sobrancelhas se franziram e ela o olhou como se
estivesse louco. Tinha que estar tratando de enganá-la. George era o
que a tinha entrevistado. Tratou de recordar sua entrevista, palavra por
palavra, mas não o recordava dizendo em realidade que ele era o
presidente.

- É obvio que o é - disse ela, mas não tão segura.

- Acredite-me, sei que não é. Retirou-se faz anos, e apesar de que


segue sendo o acionista majoritário da empresa, é sozinho um sócio
silencioso, que trata mais com situações pessoais e por trás dos
problemas - disse-lhe. Trenton se encontrou desfrutando de sua
confusão e observou como ela tratava de entender o que lhe estava
dizendo.

Ela ainda não tinha encaixado todas as peças. Ele estava


encantado de ver que a fera do parque era sua assistente. Encontrava-se
feliz de estar em Seattle. Estava com seus primos que amava, tinha
falado com seus irmãos mais no último mês que nos últimos anos, e
estava intrigado por uma mulher.

As coisas estavam melhorando para ele.

- Bom, então, para quem estou trabalhando? - perguntou


perplexa. Aproximou-se e se inclinou sobre sua mesa lhe dando um
olhar confiante. Ele elevou as sobrancelhas e esperou que se afundasse
um pouco - Isso não pode ser - ela mal conseguiu sussurrar quando
começou a entendê-lo. Respondeu-lhe com um enorme sorriso de gato
de Cheshire e viu como seus olhos se abriram e seu rosto empalideceu.
Preocupou-se por um momento de que fosse desmaiar.
Teve que sustentá-la, entretanto, recompôs-se rapidamente, e para seu
alívio, sua cor retornou. Sua expressão trocou de choque a desafiante e
teve que lutar para não sorrir. Deu-se conta de que ia ser uma
provocação e nunca tinha sido capaz de resistir a um desafio.

- Suponho que deveria me apresentar formalmente, Jennifer. Sou


Trenton Anderson, presidente da Anderson United Corporation - disse,
enquanto estendia a mão. Tinha curiosidade por ver se ela a tomaria ou
fugiria. Não havia tornado a vê-la, entretanto, seria decepcionante se
não o fizesse.
- Encantada de conhecê-lo oficialmente, Sr. Anderson. Como
você sabe, sou Jennifer Stellar, e estou desejando trabalhar aqui - disse
enquanto tomava sua mão. Ela sentiu eletricidade disparando por seu
braço a partir de seu contato e esperava que não notasse o tremor
viajando através de seu corpo. Teria que controlar-se porque não havia
maneira de que ela se permitisse sentir-se atraída por seu chefe.

- Não somos formais no escritório. Pode me chamar de Trenton -


disse, sustentando sua mão por muito mais tempo do que se
consideraria adequado.
- Prefiro manter as coisas no trabalho totalmente profissionais, Sr.
Anderson, - disse, tirando sua mão da dele e rompendo o contato
visual. Trenton estava decidido a romper suas defesas mas tinha tempo
de sobra para fazê-lo.

- Isso vai estar bem por agora até que se sinta cômoda - disse
sabendo. Jennifer se afastou. Tinha que pôr um pouco de distância
entre eles e recuperar a compostura.

- Estou perfeitamente cômoda, mas prefiro manter as coisas no


trabalho profissional. Desta maneira não se ultrapassam os limites -
disse um pouco com altivez. Parecia divertido por sua forma correta e
formal.

- Sempre é tão racional? Pode ser que funcione bem quando não
estiver tratando de agradar a seu chefe - disse-lhe com um sorriso quase
malvado. Ela conteve o fôlego ante sua ameaça velada antes de
entreabrir seus olhos. Não era uma mulher débil e se pensava que podia
fazê-la tremer de medo ou abatê-la com suas exigências arrogantes, ia
se ver com algo que não esperava.

- Acredite-me, nunca tive nenhum problema em deixar meus


anteriores chefes contentes - disse, com a quantidade justa de duplo
sentido para fazer que seus olhos se entrecerrassem. Separou-se dele por
um momento para ocultar sua expressão. Que pense o que quisesse
dessa declaração.

Trenton estava em silêncio atônito. Não sabia se estava mentindo


ou não, mas podia ser que não fosse a menina inocente que primeiro
tinha pensado que era. Se ela era uma mulher do mundo, então não
tinha sentido de culpabilidade.
Não gostou dessa ideia como deveria ter gostado.

- Bom, Jennifer, certamente não me sinto muito agradecido neste


momento - Trenton, finalmente, disse-lhe. Ela o olhou em estado de
choque por uns momentos. Surpreendeu-lhe que ele não a chamasse de
mentirosa. Não estava disposta a jogar com ele, nunca mais.

- Temos que trabalhar - finalmente disse ela. Ele elevou as


sobrancelhas para ela, uma vez mais. - É só que não quero perder o
tempo da corporação com os braços cruzados, sem fazer nada - disse
como se falar com ele fosse uma completa perda de seu tempo.

- É obvio, tem razão - disse-lhe, e seu tom era todo negócio.


Surpreendeu-se pela mudança completa em sua voz. Foi de quente e
coquete a empresário frio em questão de segundos. Estava agradecida,
por fim tinha entendido a indireta e recuou, mas ao mesmo tempo
sentia uma espécie de perda. Estava começando a não entender a si
mesma.

O resto da tarde de Trenton foi completamente profissional e


Jennifer ficou tão absorta em seu trabalho que o tempo passou voando.
Surpreendeu-se quando Nancy entrou em seu escritório e lhe disse que
seu dia tinha terminado.

Ela recolheu suas coisas rapidamente e foi para o elevador com


Nancy, antes de dirigir-se ao centro de cuidados das crianças. O rosto
de Molly se iluminou quando entrou na sala, o que encheu seu coração
de alegria.

- Divertiu-se hoje? - Perguntou Jennifer.


- Sim, Tassia e Katie estavam aqui e eu adorei brincar com elas.
Tivemos uma festa de chá, com chá real e chocolates e até pusemos
bonitos chapéus. - Disse Molly em uma corrente de palavras.

- Isso soa muito bem, Molly. Alegro-me de que tenha se divertido


brincando com suas amigas. - Disse-lhe, feliz que sua sobrinha estivesse
mostrando sinais de felicidade de novo. Tinha passado muito tempo
desde que Molly se permitiu ser feliz e uma menina de quatro anos não
deveria estar deprimida.

- Perdão, é Jennifer? - perguntou alguém antes que ela saísse do


edifício.

- Sim, como posso lhe ajudar?

- Meu nome é Emily Anderson, e nossas meninas se tornaram


muito próximas durante os últimos meses. Tassia vai ter uma festa de
aniversário este fim de semana e eu gostaria de convidar Molly para
uma festa de pijamas. Eu adoraria que estivesse lá também e que ficasse
durante a festa para que soubesse onde está, mas realmente eu adoraria
que vocês fossem - disse Emily.

A primeira reação de Jennifer era dizer que não. Molly não tinha
passado a noite com ninguém desde o acidente e ela queria seguir
abraçando-a com força, mas também sabia que teria que estar fora
durante uns dias com seu novo trabalho, seria uma boa ideia para ver
como Molly ia reagir quando ela estivesse até tarde trabalhando.

- Eu adoraria levá-la, mas vamos esperar e ver se fica para a noite


- Jennifer acordou.

- Alegro-me de ouvir isso, não posso esperar até o fim de semana


- disse Emily.

- Se quiser me dê as instruções para chegar e a que horas, e


estaremos lá. - As duas mulheres intercambiaram números telefônicos e
endereços e Jennifer saiu do edifício, sentia-se bem a respeito de seu
dia. Tinha tido um começo difícil, descobrindo que seu chefe era o
sujeito demasiadamente sexy do parque para seu conforto, mas teria
que superar sua atração, já que não podia chegar a nenhuma parte.
As relações, ou inclusive o sexo casual, iam e vinham, mas um
bom trabalho e amizades eram raros de encontrar, e não ia deixar que
arruinasse dormindo com seu chefe, não importa o quanto era
devastadoramente formoso, seria um grande engano do qual se
arrependeria pelo resto de sua vida.

- Está pronta para voltar para casa? - perguntou a Molly,


enquanto fazia cócegas em sua barriga.

- Sim, podemos ter pizza para o jantar? - Molly perguntou entre


risadas.

- Eu diria que esta noite é perfeita para pizza. Foi um dia muito
bom, vale a pena celebrar. - disse a Molly e seguiu dando muitos beijos
e cócegas. Caminhou para seu carro com um sorriso em seu rosto e
com um passo compassado.

Trenton não estava em tão bom estado de ânimo como Jennifer.


Obrigou-se a permanecer longe dela durante o dia. Estava bem com o
fato de que a tivesse encontrado tão cedo e estivesse trabalhando para
ele, mas ao mesmo tempo pensava que o destino não estava a seu
favor.

Sabia que não havia maneira de que fosse capaz de deixar suas
mãos fora dela. Era muito atrativa para que pudesse fazê-lo. Não
recordava que tivesse querido tomar a uma mulher em seus braços tão
desesperadamente e sua atitude era uma provocação que não podia
resistir. Ele não tinha sido questionado por uma mulher, nunca.

Devia transferi-la para outra divisão para que pudesse livrar-se de


sua culpa, mas a queria muito perto dele. Não estava disposto a
transferi-la, ao menos no momento. Ele não era um adolescente que
não podia controlar-se e não faria nada que ela não quisesse, mas ele
não estava por cima da sedução. Sorriu ante a ideia.

- Claramente está a um milhão de milhas de distância, moço. -


disse seu pai, tirando-o de seus pensamentos, deu a volta surpreso pela
interrupção. Não se tinha dado conta de que seu pai tinha entrado
sigilosamente e o interrompeu.

- Olá pai, O que está fazendo aqui? - perguntou-se, conseguindo


controlar seus rasgos e o tom.
- Queria ver como está instalado. - disse George. Trenton não
perdeu o olhar de dor nos olhos de seu pai. Tratou de bloqueá-lo, mas
ainda se sentia culpado por ser tão desrespeitoso.
- Preferiria estar em Chicago, mas é eficiente.

- Sei que apreciará a mudança em pouco tempo. Será agradável


para você e seus irmãos ter seus primos perto.

- Não tenho um montão de tempo para socializar, mudar o


escritório central de uma corporação leva muito trabalho. - Trenton
disse, sem querer fazer as coisas fáceis para seu pai.

- Sempre há tempo para a família. Coloquei a perder depois do


que aconteceu com sua mãe, e estou tratando de fazer o correto -
George disse, sendo honesto com seu filho. - Podemos deixar de lado
os ressentimentos?

- Aconteceram muitas coisas. - disse Trenton não tão seguro pela


dor na cara de seu pai.

- Sei, e sinto muito, sério. Amei muitíssimo a sua mãe e me


esmagou perdê-la. Sei que me afastei de todos vocês, mas estou
tratando de fazer o correto. Espero que perdoem a um ancião por ter o
coração quebrado. Vou deixar você sozinho por agora, mas queria
dizer que seu primo Mark fará uma festa de aniversário para sua filha
este fim de semana. Eu adoraria contar com sua presença. - disse
George. Deu-lhe um tapinha nas costas, e logo se dirigiu para a porta.
Trenton olhou pela janela e respirou. Tinha sido muito duro com seu
pai e talvez fosse hora de uma segunda oportunidade para todos eles.

Teriam que dar tempo ao tempo e ver como funcionava. Seu pai
estava acostumado a ser seu herói. Deu-se conta de que ele culpou seu
pai pela morte de sua mãe. Sabia logicamente que seu pai não podia ter
evitado que a morte acontecesse, mas seu coração tinha feito tanto
dano, tinha necessitado alguém a quem culpar.

Também se dava conta de que não podia continuar castigando


seu pai por algo fora de seu controle. Ver a dor nos olhos de seu pai lhe
fez mal. Trenton sacudiu a cabeça, tratando de esclarecer os
pensamentos deprimentes.

Recolheu suas coisas e saiu. Não estava com humor para estar
sozinho, assim chamou seu irmão, que por sorte estava na cidade, e se
encontraram para uma cerveja e um pouco de conversa. Levantou seu
ânimo.

- Como está situado na chuvosa Seattle? - perguntou Max.

- Não é tão mau como pensei que ia ser, mas não há maneira que
admita na frente do velho - disse Trenton.

- Estou detectando que já conheceu a algumas mulheres locais? -


Max se burlava dele com um rebolado de sobrancelhas.

- Bom, causaram-me uma confusão desde que cheguei, - disse,


mas sua mente estava só em uma mulher em particular.

- Sim, mas eu gostaria que o pai tivesse tido a ideia de mudar-se


para algum lugar quente como Califórnia ou Flórida. As mulheres
levam muito menos roupa ali. - disse Max com um sorriso.

- Estou de acordo. - disse Trenton, mas sem sua ênfase


costumeira. Estava começando a sentir-se vazio de ter uma mulher
diferente todas as noites.

Começou a pensar que uma relação poderia ser interessante,


sobre tudo se a mulher não o aborrecia. Tinha uma sensação de que
Jennifer não o faria.

- Aonde foi? - Perguntou Max.

- Sinto muito, foi um comprido dia no escritório. Quando viajará?

- Tenho que ir ao Alaska no próximo mês. Vou estar ali de vez


em quando durante o próximo ano. Quando terminarmos a instalação
e sabe que eu gosto de ver as coisas de primeira mão. Seattle se sente
como o trópico em comparação a lá em cima.

- Sempre se podem fazer anjos de neve. - riu Trenton.

- Não, obrigado, não quando está cinquenta graus abaixo de zero


em um dia médio. Estou surpreso da quantidade de pessoas que
querem passar uma grande quantidade de meses lá. - disse Max.

- Já sabe como são os cientistas, que não necessitam outra pessoa.


Nada mais que um microscópio. - disse Trenton.
- Hei, a especialização de meu título é em biologia, não há
necessidade de ser insultado. Além disso, sabe que as garotas
inteligentes reprimem muito e quando se soltam liberam tudo. - disse
Max com um olhar lascivo.

- Soa como se tivesse muito conhecimento sobre isso. - brincou


Trenton.

- Fico saciado em lugares remotos, às vezes. - disse Max.

Os dois continuaram as brincadeiras a respeito de sua eleição em


companheiras e sem nem sequer dar-se conta de que estavam fazendo,
voltaram de novo para a fácil camaradagem de anos atrás.
Capítulo 3
Jennifer parou na casa grande, sentindo-se muito impressionada.
Era bastante longe dos limites da cidade de Seattle e ela quase se perdeu
algumas vezes em seu carro. Descendo pelo longo caminho da entrada,
quase deu a volta, pensando que tinha tomado o caminho errado.

Por fim chegou à casa e ficou sentada em seu carro, sentindo-se


intimidada. Seu pequeno carro, que era perfeitamente bom, parecia que
estava completamente fora do contexto quando estava rodeado pelos
outros veículos de luxo.

Molly estava pulando em seu assento, esperando Jennifer tirá-la


do carro. O grito de sua sobrinha, finalmente, tirou-a de seu aturdido
silêncio e lentamente desceu do veículo. Ela sacudiu seu nervosismo,
sentindo-se ridícula por haver-se sentido intimidada.

- Tia, quero sair - sua sobrinha gritou, perdendo a paciência por


ter estado sentada em seu assento de segurança durante tanto tempo.

- Sinto muito carinho - falou e rapidamente a desatou. Molly


tratou de descer as escadas, mas Jennifer a agarrou pela mão e dirigiu-
se lentamente para a parte superior da escada e tocou a campainha.

- Boa tarde - disse uma mulher. - Deve estar aqui para a festa, vá
diretamente através da casa pela porta traseira.

- Obrigada. - Jennifer respondeu e teve que correr para manter-se


perto de Molly enquanto partia na direção do pátio traseiro.

- Você veio! Estou tão contente - disse Emily quando entraram


pela porta.

- Obrigada por nos convidar - Jennifer lhe disse.

- Adoro a Molly, ela é uma grande menina. Esqueci-me de te


dizer que trouxesse um traje de banho para ela, mas temos um montão
de roupa de banho adicional. Se não se importar, ela pode trocar-se
com a Tassia e ir para a piscina com os outros meninos - disse Emily.
- Isso soa muito bem. Têm coletes salva-vidas adicionais?

- Sim, é obvio que sim, também os salva-vidas estão se


revezando, dois a cada vez, assim não há nenhuma possibilidade de as
crianças se machucarem - assegurou-lhe Emily. - Tenho trajes de banho
adicionais para os adultos também, assim por que não se troca? Está
um dia muito quente e se não quiser enfrentar a piscina com os
meninos pode desfrutar da banheira de hidromassagem.

- Obrigada, isso soa bem - disse Jennifer. Trocou-se rapidamente


e não passou muito tempo para que ela começasse a desfrutar da festa.
Nunca antes tinha conhecido uma família rica que era tão sensata.

- Espero que esteja desfrutando - George disse enquanto se


sentava para comer algo.

- Estou tendo um tempo maravilhoso. Não posso acreditar


quantas pessoas estão aqui - disse-lhe.

- Senti falta de estar aqui. A família é muito importante. Perdi a


minha esposa faz alguns anos e desapareci por um tempo, mas sinto-me
bem estar em casa de novo - disse-lhe.

- Sinto por sua perda. Não sabia - Jennifer disse, sentindo


empatia.

- Acho que passarão vários anos e eu sempre sentirei falta, estou


avançando neste momento, mas obrigado. Como vai o trabalho?

- É maravilhoso. Estou tão ocupada a cada dia que chega a hora


de sair e ainda não terminei tudo. Não gosto de trabalho onde ficamos
sentados, olhando o relógio.

- Bom, isso é ótimo. Sei que vai continuar sendo assim. Vou
procurar um pouco de comida e encontrar meu irmão - disse antes de
apertar-se entre a multidão.

Jennifer conversou com várias pessoas e logo ficou muito


acalorada, decidiu tomar um banho. Mergulhou na água e topou com o
que parecia uma parede de tijolo. Ficou sem fôlego, teria afundado na
água se os braços fortes não a tivessem agarrado e levantado.
- Obrigada - disse engasgando-se. Deu-se conta de que estava
olhando para um peito masculino muito sexy. Era duro, definido e
tinha água gotejando, temia que o reconhecesse. Seus olhos lentamente
viajaram na pele bronzeada até os olhos de seu chefe. Ver seu incrível
corpo era uma coisa, mas tocá-lo não era bom para sua pressão arterial.

Sentiu um nó no estômago, algo que nunca tinha experimentado


antes e houve uma dor instantânea em seu interior. Percebeu que estava
na luxúria com Trenton. Ficou imóvel durante uns momentos
enquanto observava seus olhos se dilatarem e sua cabeça começar a
inclinar-se para frente. Ela voltou a si, bem a tempo de empurrá-lo pra
longe. Não podia beijar seu chefe, sobre tudo diante de toda sua
família, em uma piscina, com seu corpo mal coberto.

Seus olhos estreitaram ante seu rechaço, e logo brilharam,


fascinados, como pondo persianas em seu lugar, não permitindo que
um só pensamento se mostrasse em sua expressão.

- Parece que está desfrutando, Jennifer - disse, e o som de sua voz


áspera fez que um calafrio lhe percorresse as espinha.

- É Srta. Stellar. E estou, obrigada - corrigiu-o antes de nadar para


longe. Não podia olhar seu corpo por mais tempo, pois isto enviava o
seu próprio acelerado.

Rapidamente se encontrou com ela e a atraiu para seus braços.


Ela ficou sem fôlego ante ele, mas não era capaz de afastar seu olhar.
Estava perdendo uma batalha interna para manter-se lutando contra
sua atração por ele.

- Está em uma reunião familiar, não crê que a formalidade é um


pouco excessiva? - Grunhiu.

- Não, não é, Sr. Anderson - enfatizou. - Agora me solte, estava


me preparando para sair da piscina. - Olharam um para o outro durante
uns momentos, enquanto Jennifer continha o fôlego. Ela tinha medo de
sua própria reação se fosse beijada, porque o que ele fazia ao seu corpo
com um toque simples ou um olhar era suficiente para começar a ferver
a água ao seu redor. Não podia imaginar o que aconteceria se seus
lábios se tocassem.

- Soltarei no momento, mas ao final deixará de fugir de mim.


Obviamente há algo entre nós e estou muito interessado em explorá-lo.
- Ele a soltou e ela nadou os poucos metros até a escada. Sua distância
a fazia sentir-se muito mais valente, assim que se voltou lhe dirigindo
um olhar desdenhoso.

- Não tenho nem ideia do que está falando, porque não é meu
tipo. Agora, agradeceria se você mantivesse suas mãos e pensamentos
para si mesmo - disse.

Seus olhos se estreitaram e ele nadou para ela.

Jennifer não ficou para que ele respondesse. Rapidamente saiu da


piscina, agarrou uma toalha e encontrou um grupo de pessoas entre as
quais pode se esconder.

- Sei que é uma convidada aqui, mas se importaria em me ajudar


com alguns lanches para os meninos? É quase a hora de sua maratona
de filmes - perguntou Emily.

- Eu adoraria ajudar - Jennifer disse com entusiasmo. Ela faria


qualquer coisa para evitar encontrar-se com Trenton de novo porque o
homem era letal, para seu próprio bem. As mulheres entraram na
cozinha, onde duas mulheres já estavam trabalhando.

- Jennifer, estas são minhas cunhadas, Amy e Jéssica, e garotas,


esta é Jennifer. Está trabalhando com Trenton - Emily apresentou-a a
todas.

- Já a vi nos escritórios antes. É ótimo te conhecer oficialmente -


disse Amy com polidez.

- É um prazer conhecê-las também, a festa está incrível. Vi


inclusive que Molly está tendo um grande momento - respondeu
Jennifer.

- Confie em mim, ela nem sequer saberá que existe, sempre e


quando todos os meninos estejam brincando juntos. Eles tendem a ter
muita diversão juntos - disse Jéssica com um cálido sorriso. As quatro
mulheres passaram uma hora preparando uma grande variedade de
guloseimas para os meninos e colocando-as na sala.

- Bom, acredito que vou embora agora - disse Jennifer. Molly


estivera contente e já dormia, não havia necessidade dela ficar por mais
tempo.
- Oh! Não pode ir ainda. Agora que os meninos se acomodaram,
é o momento da diversão adulta. Meu marido acaba de acender uma
fogueira e temos bebidas e aperitivos prontos - disse Emily. Não deu a
Jennifer a oportunidade de protestar, agarrou-a pelo braço e a levou
para fora.

Estava começando a escurecer e se deu conta de que várias


pessoas partiram enquanto estavam na casa.

Ainda havia um grande grupo de gente ao redor, mas não tantas


como havia antes. Ela não viu Trenton por nenhum lado. Estava
aliviada e, entretanto, decepcionada. Sabia que não poderia envolver-se
com ele, mas não podia negar que a fazia sentir coisas que nunca
ninguém a tinha feito sentir.

Trenton viu quando Jennifer saiu da casa e deixou escapar o


fôlego que não se deu conta que estava segurando. Tinha decidido ficar
a sós com ela essa noite, e estava agradecido por ela estar ainda na
casa. Ela não ia lançar um desafio e logo fugir sem lhe dar a
oportunidade de responder-lhe.
Quando as mulheres constantemente se lançavam a ele, era
gratificante finalmente ser ele o perseguidor.

Pouco a pouco tomou um gole de sua cerveja e olhou às


mulheres que se encontravam junto à fogueira. A festa tinha diminuído
e agora era principalmente só a família que ficava. Com os meninos na
casa, o ambiente escuro era íntimo e perfeito para a sedução. Ele
começou a fazer lentamente seu caminho para o grupo, convencido de
que havia um espaço vazio ao lado de Jennifer.
- Onde esteve, Trenton? Pensamos que tinha escapado - Mark
disse quando Trenton se sentou. Notou que o corpo de Jennifer se
esticou imediatamente e teve que reprimir a vontade de deslizar-se
ainda mais perto dela.

- Fui dar um passeio e vi alguns de seus cavalos, são formosos -


respondeu.

Mark sorriu com orgulho. Amava seus cavalos e qualquer pessoa


que os elogiava terminava como número um em seu livro. À medida
que a família seguiu conversando e rindo juntos, Trenton se sentiu
aliviado que Jennifer começasse a relaxar. Cada vez que ela
inocentemente roçava contra ele era como fogo por suas veias.

À medida que a noite passava, percebeu que ela estava muito


relaxada e gemeu de frustração. Ela tinha consumido muito álcool e
não havia maneira de que pudesse fazer nada com ela nesse estado.
Queria que ela estivesse plenamente consciente do que estavam fazendo
na primeira vez que a levasse para sua cama e não atribuí-lo a nenhum
dos dois estando bêbado.

- Estou muito bem com todos vocês, mas estou esgotada. Vou
terminar a noite - disse Jennifer, tratando de ocultar um enorme bocejo.

- Obrigado por vir. Dispomos de uma manhã cheia de atividades


programadas, assim não se preocupe por recolher Molly até amanhã à
tarde - disse Mark.

Jennifer ficou de pé e se surpreendeu pela falta de equilíbrio em


suas pernas. Não se tinha dado conta de que tinha consumido muito
álcool. O único que a salvou de cair foi um braço que serpenteava ao
redor de sua cintura. Olhou Trenton e tratou de afastar-se mas ele não
se moveu.

Gostava da sensação de seu braço ao redor dela e de repente lhe


sorriu com um sorriso ofuscante. Ela observou fascinada, enquanto
seus olhos se estreitaram e ele respirou profundo.

- Não me tente, mulher. Estou fazendo o correto - murmurou


enquanto a levava pelo lado da casa. Estava tão escuro que estava
agradecida de tê-lo como seu guia.

- Estou muito cansada - disse com um grande bocejo.

- Levarei você em casa e te trarei aqui amanhã - disse-lhe. Ela


estava tão enjoada que nem sequer pensou em discutir. Simplesmente o
seguiu no que parecia um passeio sem fim e logo deixou que a ajudasse
a entrar no carro.

Rapidamente deu a volta ao seu lado e antes de se dar conta


estavam conduzindo pela estrada. Ela não podia tirar os olhos de seu
chefe. O homem era ainda mais sexy no resplendor da luz dos postes,
apesar de que ela tratou de não dar-se conta.
- Cheira tão bem - sussurrou. Trenton apartou a vista da estrada
para olhá-la em estado de choque. A expressão de seu rosto a fez rir e
tomou vários minutos para deter-se. - Bom, cheira! - Ela finalmente
conseguiu dizer através de seus lábios trementes.

O estômago de Trenton estava apertado com a quantidade de


controle que estava tomando para manter suas mãos quietas.
Ele queria essa mulher, muito, e ela era sua para tomá-la.
Realmente estava condenando seus escrúpulos no momento, enquanto
a prega de sua saia se deslizava indecentemente alta sobre suas coxas
brancas deliciosas.

Suas calças estavam muito apertadas e seu coração pulsava com


força. Ela podia haver dito que ele cheirava bem, mas no pequeno
espaço de seu carro, sua essência o estava conduzindo à loucura. Não
sabia como fazia para manter o veículo na estrada.

- Penso muito sobre sexo desde que te conheci - ela arrastou as


palavras. O carro desviou antes que ele pudesse pô-lo outra vez sob
controle. Voltou sua cabeça e a olhou, o qual a enviou a outro ataque
de risadas. Ele pressionou seu pé no freio, precisando sair do veículo
antes que fizesse algo realmente estúpido, como atirar-se nela e tomá-la
aí mesmo, de um lado da estrada.

- É muito afortunada de que eu seja um homem honrado -


grunhiu ele. Finalmente chegou até sua casa e começou a ter segundos
pensamentos. Não queria deixá-la só em casa na sua condição atual,
mas ia ter um tempo de merda para dormir sabendo que ela estava sob
o mesmo teto.

Desceu do carro e deu a volta para o lado do passageiro, logo


gemeu quando se deu conta que ela tinha adormecido. Olhou para o
céu, rezando pela força que ia necessitar para conseguir passar as
próximas horas.

- Jennifer, chegamos, acorde - disse, enquanto sacudia seus


ombros. Ela não se moveu. Tentou de novo antes de render-se.
Colocou suas mãos e a pegou em seus braços. Pesava quase nada,
absolutamente. Tão logo a apertou contra seu peito, ela se aninhou
mais profundamente e suspirou.
Trenton literalmente tremeu com o desejo de lançá-la sobre a
cama e tomá-la. O suor acumulava-se em sua testa e pescoço e seus
dentes estavam apertados firmemente. Tratou de não respirar seu
aroma, mas não pôde evitá-lo. A sensação e o aroma dela estavam
fazendo-o mais duro e teve um momento difícil subindo as escadas.

Colocou-a sobre a cama e ela não se moveu. Tirou-lhe os sapatos


soube que era o mais longe que sua resistência lhe permitiria ir. Nem
sequer ia tentar tirar alguma de suas roupas.

Trenton olhou Jennifer por uns momentos, admirando sua


beleza, especialmente com a guarda baixa. Ela se aconchegou mais
profundamente em sua cama e gemeu. A visão de seu sedoso cabelo
espalhado sobre o travesseiro estava fazendo reconsiderar suas razões
de partir. Com um suspiro, deu a volta e saiu. Dirigiu-se diretamente
para o banheiro e se meteu na ducha. Ficou ali até que a água fosse
como uma avalanche de gelo, deixando seus lábios azuis. Logo se
arrastou para fora, tremendo, botou rapidamente uma calça de
esportes.

Voltou para seu quarto, dizendo a si mesmo que deveria


encontrar outro lugar para dormir, mas ela estava tão tentadora,
recostada em sua cama. Sabia que não podiam fazer amor em sua
condição atual, mas não havia nada mau sentir seu corpo pressionado
contra o seu. Se pudesse conseguir ir além da dureza de seu corpo,
então possivelmente realmente dormiria.

Subiu junto à Jennifer e logo gemeu quando ela imediatamente o


buscou. Voltou-se para ele, envolvendo a perna por cima da sua e
lançou seu braço ao redor de seu quadril a só uns centímetros de
distância de sua tensa ereção. Sua cabeça pressionou contra seu ombro
e pôde sentir seu quente fôlego sobre sua pele nua. Sabia que deveria
haver colocado uma camiseta, mas infernos, pôs uma calça de esportes,
quando normalmente dormia nu. Assim eram as coisas, a calça de
esportes servia como lixa contra seu tenso membro.

Jennifer suspirou em sonhos e se moveu um pouco mais perto


antes de que finalmente se acomodasse. Trenton estava com medo de
mover-se um centímetro. Queria tanto se virar, que estava fazendo que
todo seu corpo transpirasse, inclusive depois da ducha fria.

Depois de quinze minutos rígido ao seu lado, finalmente relaxou


e sentiu seus olhos pesados. Seu corpo quente correndo através dele e a
sensação dela pressionada contra ele era mais agradável do que jamais
admitiria. Ele envolveu seu braço ao redor dela e finalmente se deixou
ir.

Jennifer estava tendo o melhor sonho de sua vida. Esperava não


despertar. Sua vida tinha estado cheia de tanto estresse e merecia ser
egoísta nesse momento. Em seu sonho, estava com Trenton e ele era
tudo o que tinha imaginado e muito mais.

- É muito formosa. Não posso resistir a você - sussurrava-lhe ele.

- Sim, por favor - lhe rogou. Suas mãos chegam ao redor de seu
corpo e sentiu sua camiseta sendo tirada. Quando o ar fresco tocou seus
seios doloridos e seus escuros mamilos rosados se apertam em picos
duros. Necessitava que a tocasse ali para aliviar a dor.

Finalmente, suas mãos se aproximam de seus seios, seus


polegares esfregando sobre os picos doloridos, e ela gemeu em voz alta
em delicioso prazer. Arqueou as costas ao ar, empurrando-se a si
mesmo acima, mais alto contra ele. Necessitava mais, mas não podia
entender o que era.

Ele pressionou seus quadris contra os seus e ela pode sentir a


longitude de sua ereção pressionando contra seu dolorido núcleo. Seu
único pensamento é que havia muita roupa entre eles. Precisa senti-lo
pressionarem-se juntos, pele contra pele, sem nada entre eles.

- Por favor, Trenton, por favor - rogou de novo. Necessitava-o


tanto que sentia que morreria se ele não se apressasse em tomá-la.
Podia ser desenfreado tanto como quisesse, era um sonho depois de
tudo. Teve vários sonhos com seu chefe, mas nenhum tinha parecido
tão real. Sentia-se como se suas mãos estivessem por todo seu corpo.

- Não posso parar - ele sussurrou, o que a fez sorrir. Ela de


maneira nenhuma queria que deixasse de fazer algo. Sentia como se
fosse cair ali mesmo, em seu sonho, se ele se retirasse. Sentiu-o tirar a
última de suas roupas, as últimas barreiras mantendo sua pele na sua.
Gemeu em voz alta quando ele finalmente pressionou seu corpo contra
o dela.

- Agora, preciso de você agora - gemeu ela. Ele estava recostado


sobre ela e pode sentir sua ereção pressionando contra seu úmido calor.
Estava tão quente por ele e o queria dentro dela. Suas mãos estavam
agarrando sua cabeça e finalmente ele levou sua boca à sua.

Ele a beijou tão profundamente, que não sabia como os lençóis


não pegaram fogo debaixo deles. Não pode recordar alguma vez ter
tido um sonho tão vívido. Sentia-se tão viva, tão bem. Necessitava-o
dentro dela. Ele moveu sua cabeça por sua garganta e peito, e logo
tomou um de seus ardentes mamilos na boca, chupando-o com
suavidade. O puxão de sua boca em seu pico sensível enviou uma onda
de emoção por todo o seu corpo, diretamente ao seu calor escorregadio.
Mais, queria mais.

Como se ele pudesse sentir sua urgência, moveu-se em torno de


seu corpo e tomou sua boca uma vez mais. Estirou sua mão para baixo
e deslizou um dedo dentro de seu corpo, sentindo que estava mais que
preparada para sua entrada. Ele gemeu em sua boca ante o calor e a
umidade que vinham dela.

- Abra seus olhos. Quero olhá-los quando tomá-la - ofegou ele


enquanto a cabeça de sua ereção estava posicionada em sua entrada.
Ela sentiu dor enquanto esperava o impulso para frente. Estava tão
perto, mas muito longe. Não queria abrir os olhos. Se os abrisse então o
sonho terminaria e despertaria dolorida e sozinha. Sacudiu sua cabeça
com um não e o atraiu mais perto, fechando seus lábios juntos, de
novo. Ele foi incapaz de resistir sua urgência e em uma investida estava
enterrado profundamente dentro de seu corpo.

Os olhos do Jennifer se abriram de repente pelo choque de seus


corpos conectados. Várias coisas aconteceram nos próximos segundos.
Não poderia deter o que estava passando, inclusive se pudesse ter
reunido o poder de vontade para fazê-lo. Em primeiro lugar sabia que
não estava sonhando, a não ser realmente fazendo amor com Trenton,
o homem que havia desejado do momento em que o tinha visto pela
primeira vez, e em segundo lugar, que estava fazendo amor pela
primeira vez, alguma vez, e doeu o suficiente para despertá-la. A dor se
desvanecia rapidamente ante o prazer que tomou lugar.

Trenton pôde sentir a tensão em seu corpo e sentiu o


estremecimento de dor dela quando sua larga ereção rompeu através de
sua barreira. Estava envergonhado de que pudesse ser tão estúpido e
descuidado. Ela estava agarrando-o com força e apesar de que
realmente podia morrer, sabia que tinha que sair dela. Estava
equivocado, muito equivocado, por tomá-la dessa maneira e tinha que
recompensá-la. Empenhou-se a retroceder. Começou a retroceder,
quando ela, repentinamente se apoderou dele com um forte abraço e
envolveu as pernas ao redor de suas costas. Ela arqueou os quadris e se
moveu debaixo dele. Sabia que iria diretamente ao inferno, mas não
podia encontrar algo nele que lhe importasse.

Começou a mover seus quadris lentamente dentro e fora de seu


corpo, tomando seu tempo, sentindo sua estreiteza acomodá-lo. Seu
corpo tremia da quantidade de controle que tomava deslizar-se
lentamente ao longo de sua escorregadia passagem. Ela estava tão
estreita, molhada e quente e se ajustava ao seu redor como uma luva.
Sua umidade fez que se deslizassem facilmente juntos, como se
tivessem sido criados exclusivamente um para o outro.

Ela gritou enquanto ele empurrava profundamente dentro dela,


seus corpos se pressionaram justos, com força. Olhou-a nos olhos,
rodando de prazer. A visão de seus lábios rosados, úmidos e apenas
entreabertos, enviaram tremores através de suas vísceras. Seus mamilos
bicudos se esfregavam contra seu peito, a fricção fazendo-o sacudir-se.
Ela era impressionante, e era completamente dele, já que nenhum outro
homem podia reclamá-la. Moveu seus quadris e varreu sua língua pelo
seu lábio inferior, amando seu doce sabor.

Ela enlaçou seu pescoço, aproximando-o mais, convertendo o


beijo de lento e sensual, a quente e apaixonado. Ele se perdeu em sua
última gota de controle e a agarrou pelos quadris, com força.

Começou a empurrar dentro e fora dela, rápido. Tomou seu


quadril com uma mão, mantendo-a fortemente contra ele. Usou sua
outra mão para sustentar seu pescoço para que pudesse seguir beijando-
a, longa e profundamente, sem risco de que se separassem.

Golpeou dentro e fora de sua carne tenra, necessitando-a mais do


que nunca tinha necessitado alguma mulher. Ela repentinamente jogou
a cabeça para trás, rasgando seus lábios entreabertos, enquanto todo
seu corpo se esticava contra ele. Ela gritou enquanto o suor escorria em
sua fronte. Ele sentiu seu núcleo brando aferrá-lo em convulsões e
perdeu completamente sua mente.

Ele golpeou um par de vezes mais dentro dela e soltou seu


próprio grito enquanto uma liberação que destroçaria a terra o sacudia
dos pés à cabeça. Bombeou em seu corpo apertado, pensando que
nunca haveria um fim para o prazer.
Ambos caíram na cama quando os orgasmos finalmente
minguaram. Estava tão exausto, pela forma tão intensa de fazer amor,
que mal teve forças para sair de cima dela. Assim que conseguiu a
tomou em seus braços e caiu rapidamente em um profundo sono.

Jennifer sabia que devia separar-se de Trenton. Sabia que o que


tinham feito foi mau. Mas simplesmente não podia averiguar
exatamente por que. Estava tão cansada que não pôde manter seus
olhos abertos. Decidiu que descansaria por uns momentos e logo se
levantaria e averiguaria exatamente onde estava.
Capítulo 4
Jennifer despertou e não podia mover-se. Entrou em pânico por
um momento, perguntando-se o que poderia estar sujeitando-a para
baixo. Pouco a pouco abriu os olhos e se encontrou olhando fixamente
para Trenton que estava olhando-a com um sorriso enorme.

- Bom dia - ele murmurou sexy.

- O que está se passando? - Perguntou ela, tratando de liberar-se.

- Estamos despertando depois de uma noite muito satisfatória -


disse enquanto apertava seu corpo contra o seu. Ela sentiu sua
excitação evidente e imediatamente se apartou, embora ela quisesse
pressionar-se mais perto.

- Eu não queria fazer isto - disse ela, e ele a soltou. - Está seguro
de que não estávamos brigando faz umas horas? - disse enquanto seus
olhos se estreitaram.

Tinha as mãos em suas costas, o que a fazia perder o fio de seus


pensamentos. Tinha que manter-se forte e não esquecer quem ele era e
muito menos quem era ela.

- Eu pensei que era um sonho - murmurou ela e seu rosto ficou


vermelho brilhante.

- Assim sonha comigo frequentemente? - perguntou-lhe.

- Tenho que me levantar, por favor, deixe-me ir - ela ofegou.

Ele aproximou seus lábios dos dela e a beijou brandamente,


fundindo sua força de vontade para não resistir. Logo a soltou e ela se
deslizou lentamente longe. Não era uma coisa fácil de fazer.

- Pode, por favor, se virar? - Perguntou. Tinha que sair da cama,


mas de maneira nenhuma queria que visse sua pele nua.

- Nunca na vida - disse-lhe.


Sentou-se na cama, a manta de dormir perigosamente sob seu
estômago. Ela podia ver o rastro de cabelo sexy desaparecendo debaixo
da manta. Também podia ver sua evidente excitação empurrando para
liberar-se das mantas.

Ficou uns instantes agarrando a manta com força contra seu


peito. Olhou ao redor da habitação e viu sua roupa pulverizada pelo
chão. Não podia apartar as mantas porque então, ele estaria sentado na
cama nu, e ela não pensava que tivesse força de vontade para não saltar
sobre ele.

Com a cabeça bem alta por fim saiu da cama, agarrou sua roupa
o mais rápido possível e se meteu no banheiro. Podia sentir a dor em
seu corpo pelo uso de músculos que nunca tinha utilizado antes. Ela
sentiu a umidade entre suas coxas, dando prova do que tinha feito no
meio da noite.

Ela se olhou no espelho e se surpreendeu por alguns hematomas


leves em alguns pontos de seu corpo. Ela não podia acreditar que tinha
dormido com seu chefe. Sempre tinha pensado que as mulheres que o
faziam, eram como vagabundas, e agora ela se uniu a essa fileira.

Viu a ducha como um convite e decidiu que não podia vestir-se


sem ir nela primeiro. Ela se encolheu quando viu a evidência de sua
virgindade sendo lavada. Esperava que ele não o tivesse notado. Como
ia explicar que seguia permanecendo virgem durante tanto tempo?
Queria que sua primeira vez fosse resultado de algo especial, logo os
anos passaram e rapidamente se desvaneceu, então nem sequer voltou a
pensar nisso.

Começou a pensar muito nisso depois que tinha conhecido


Trenton. Ela sacudiu a cabeça para esclarecer os pensamentos. Não
podia fazer nada a respeito, assim não havia necessidade de insistir em
algo que não podia mudar. Disse a si mesma que seria uma ducha
rápida, mas quando o fluxo de jorros pulverizados orvalhou sobre seu
corpo dolorido se esqueceu da rapidez e simplesmente desfrutou da
massagem de água.

Jennifer não soube quanto tempo permaneceu ali, finalmente


quando terminou, decidiu que devia sair do banheiro com tanta
dignidade quanto pudesse reunir e insistir em chamar um táxi. Ela não
queria passar mais tempo do que o necessário com seu chefe. O melhor
seria simplesmente afastar-se o mais breve possível para que pudessem
retornar a um ambiente normal de trabalho.

É obvio que ia ser difícil tendo em conta que nunca antes tinha
visto um chefe, ou a qualquer um de seus colaboradores, nu. Ela nunca
tinha se retorcido debaixo de qualquer um deles no prazer. Só de
pensar em fazer amor de novo com ele, levou-a a molhar-se de novo.
Seu corpo traidor ainda queria Trenton, embora sua mente soubesse
que não ia acontecer.

Ela voltou a entrar no dormitório, agradecida de que estivesse


fora da cama. Ficou olhando a roupa da cama enrugada e sentiu o calor
em suas bochechas. Ela não podia acreditar que tivesse pensado, nem
por um momento, que sua experiência sexual tinha sido um sonho.

Nunca tinha sentido o tipo de calor que havia lhe trazido horas
antes em um de seus sonhos. Inclusive pensar em como havia sentido,
dava vontade de fazer tudo de novo. Seus mamilos se arrepiaram e seu
núcleo cresceu quente e pulsando. Decidiu sair dali.

Ela saiu pela porta e encontrou-se em um corredor grande. Viu


que terminava à sua esquerda pelo que se voltou para sua direita e o
seguiu a uma esquina. Ela encontrou uma enorme escada e começou
sua descida onde chegou em um vestíbulo grande. Cheirava a café e
caminhou nessa direção.

Quando ela cheirou uma baforada de bacon, seu estômago


grunhiu. Olhou ao seu redor, agradecida de que não houvesse ninguém
perto. Ela estava morrendo de fome, mas deveria conseguir comida
depois. Tinha que encontrar um telefone e conseguir sair como os
demônios dali.

Entrou por uma porta e encontrou uma anciã de pé junto a uma


estufa. Havia bacon, ovos, batatas e um pouco de outras coisas para
cozinhar. O estômago de Jennifer rugiu tão forte que a mulher se
voltou com um sorriso.

- Soa como se tivesse fome - disse. Ela começou a colocar comida


em um prato e o pôs sobre a barra do café da manhã em frente a
Jennifer e ela perdeu toda sua determinação. Uns poucos minutos
extras na casa não podiam lhe doer e não acreditava no desperdício de
comida, assim podia comer também. Então poderia fazer a caminhada
da vergonha para casa.
- Obrigada - disse, e se afundou no prato como se não tivesse
comido em meses, em comparação com a noite anterior.

- Isto está muito bom! - Murmurou entre um bocado e outro. A


mulher deve ter acrescentado algumas especiarias porque essas não
eram batatas nem ovos comuns. O bacon era grosso e rangente, tal e
como gostava, e as bolachas literalmente derretiam na boca. Antes que
desse conta, o prato estava vazio e ela estava gemendo com a barriga
cheia.

- Estou sendo muito rude! Meu nome é Jennifer e muito obrigada


pela comida, estava espetacular - Jennifer finalmente disse.
- Não foi rude em nada. Sou Sandy, e é muito bom ter alguém
que desfrute de minha comida. Canso-me das meninas magras que
pouco comem o que preparo - disse a mulher. Jennifer sabia que não
era uma típica fêmea. Não lhe importava se ela pesava um quilo ou
dois de vez em quando, porque trabalhava duro e se exercitava
frequentemente. Ela sabia que ia desvanecer com o tempo. Negava-se a
ser um tamanho pequeno ditado pela sociedade.

- Bom, estava delicioso e eu só desejaria poder comer alguns


mais, mas nada disso cabe mais - Jennifer lhe disse com um sorriso. -
Você pode me indicar onde há um telefone, por favor?

- Há um no escritório, que é a primeira porta à esquerda - Sandy


lhe disse.

- Muito obrigada, foi bom conhecer você Sandy, é uma


cozinheira excepcional - Jennifer lhe disse antes de se dirigir para o
escritório.

Não tinha ideia de que Trenton estava na esquina e que escutava


toda a conversa.

- Necessita um telefone? Para que? - Perguntou-lhe, o que a fez


deixar cair o telefone e quase saltar uma milha no ar. O coração lhe
pulsava com força quando ela se voltou para olhá-lo.

- Vou chamar um táxi - disse finalmente, voltou-se para o telefone


e começou a marcar os números. Ficou realmente indignada quando
Trenton tomou o telefone de sua mão e o pendurou de novo.
- O que crê que está fazendo? - Espetou-lhe - Não necessita um
táxi. Disse ontem à noite que levaria você de volta ao rancho em meu
carro – falou.

- Não quero ir com você, assim seja amável, e devolva o telefone,


vou organizar meu próprio transporte - disse-lhe com sua voz mais
altiva.

- Vai vir comigo. Agora, deixa de agir como se fosse uma espécie
de vítima. - O que lhe deu? Nem que estivesse tão boa. - E, além disso,
não recordo que dissesse não ontem à noite - espetou-lhe.

- Eu não estou agindo como uma vítima, mas tenho que ser
muito clara em dizer que foi uma coisa de uma vez só. Não tenho
desejo de me relacionar com meu chefe ou de pular no seu colo cada
vez que mover o dedo - espetou.

Ambos se olharam, de pé a poucos centímetros de distância, com


raiva e lutando contra a paixão e a necessidade de se agarrarem um ao
outro.

- Posso ter sexo em qualquer momento que deseje. Eu não


preciso perseguir uma mulher que, evidentemente, não me quer. Não
se preocupe comigo saltando atrás de você no escritório. - Finalmente
rompeu. Jennifer sentiu como se tivesse recebido um tapa no rosto.

Ela sabia que ele era um homem sexy. A maioria das mulheres se
sentiria orgulhosa de estar em seus braços, mas ela não era como as
outras mulheres. Ela decidiu fazer caso omisso de sua declaração. Não
gostava do endurecimento no estômago ao pensar nele com outra
mulher justo depois que tinha estado com ela.

- Já terminei esta conversa - disse, e voltou a caminhar para fora


do escritório. Pensou ao inferno com a chamada telefônica, iria passear
e chamaria de um telefone público mais próximo. Não valia a pena
ficar com ele e lutar contra suas próprias emoções também.

Ouviu-o dar um som afogado um segundo antes que ela sentisse


que sua mão lhe agarrava o braço. Girou-a para si, golpeando seu
corpo contra o seu. Respirava pesadamente e seus olhos estavam
disparando adagas para ela.
- É uma mulher frustrante! Não importa o muito que lhe
machuca, sempre e quando tenha a última palavra, poderia saltar de
um penhasco, com tanto que a outra pessoa não tivesse a oportunidade
de responder. Aprenderá rapidamente que eu não sou um tipo
ordinário, eu não recebo bem ordens, e adoro uma provocação - disse,
com os lábios a uma polegada dos seus.

Podia sentir o calor de seu corpo e a meia polegada que muito


bem podia ter sido uma milha. Ela queria que ele estivesse além de
algo. Ela tremia de necessidade e pelo triunfo em seus olhos podia dizer
exatamente como se sentia.

O triunfo se desvaneceu rapidamente, entretanto, quando fechou


a brecha, e deu de uma vez o que queriam. Seus lábios não demoraram
e sedutoramente a beijaram, eram urgentes e cheios de desejo. Ela
respondeu com uma paixão que a deixaria surpresa se ela pudesse
pensar com clareza.

Trenton a soltou tão rápido como ele a tinha agarrado e deu


vários passos para trás. Os dois estavam respirando com dificuldade
enquanto se olhavam através do cômodo. Nenhum dos dois estava
disposto a ceder.

- Vamos, a levarei ao seu carro - disse finalmente, e logo a


agarrou pelo braço e a conduziu até a garagem.

Jennifer pensou em lutar contra ele, mas decidiu não fazê-lo. Sua
expressão dava um pouco de medo e ela não estava disposta a provocá-
lo além do que já o tinha feito.

A viagem ao rancho foi silenciosa. Tomou toda a força de


vontade de Jennifer, mas ela se negou a olhar o homem que invadiu
seus pensamentos tanto como invadiu seu espaço durante a semana.
Ela não sabia como ia continuar trabalhando para ele, mas não podia
deixar o trabalho.

Chegaram ao rancho e ela saltou do carro rapidamente e viu


como Trenton se afastava, cuspindo cascalho com os pneus de uma
forma imatura. Observou-o sair e suspirou interiormente. Sabia que
estava mentindo a si mesma ao negar sua atração por ele, mas não
podia aceitar que ela o queria. Ela não queria a qualquer homem, mas
somente a ele.
Era muito crédulo, bonito e arrogante para seu gosto. Ela preferia
os homens que eram amáveis, amorosos e pormenorizados. Certamente
não queria estar com alguém que a agarrasse e a beijasse até deixá-la
sem fôlego sem sua permissão. Só teria necessidade de recordar este
fato uma e outra vez.

Subiu as escadas e podia ouvir os meninos antes que ela batesse


na porta. Sorriu para si mesma, feliz de que sua sobrinha tivesse
encontrado um pouco de alegria na vida uma vez mais. Bateu na porta
e esperou que respondessem.

O mês seguinte no trabalho passou voando para Jennifer. Ela se


assegurou de que nunca estivesse a sós com Trenton por qualquer
período de tempo. Sentia seus olhos nela constantemente e estava
desmoronando seu muro de defesas, o qual ela estava muito orgulhosa
de ter construído.

Estava fazendo novos amigos e percebia que podia fazer frente à


tensão entre ela e Trenton. Ela não queria renunciar ao seu trabalho.
Havia um par de mães solteiras que trabalhavam ali e tinham sido boas
ao dar conselhos e ideias. Ela tinha sido lançada à maternidade, e
embora não estivesse se queixando, sabia que tinha muito que
aprender.

- Ouça, Jennifer, um grupo de nós, vai jogar uma partida em um


clube esta noite. Quer vir conosco? - Uma de suas novas amigas, Tracy,
perguntou.

- Isso parece bom. Molly vai passar a noite com uma amiga,
assim tenho a noite livre. Onde terei que ir?

- Vamos a um clube novo que há na Rua Segunda. Vista calças


apertadas - disse Tracy com um sorriso. Jennifer se ruborizou e Tracy
lhe deu uma piscada grande antes de ir, rindo pelo caminho.

Trenton estava sentado em seu escritório, fervendo. Não tinha


sido capaz de tirá-la de sua mente e ela estava planejando desfrutar de
um clube. Ele queria chamá-la ao seu escritório e lhe recordar quão
bem estavam juntos. Conseguiu permanecer sentado e terminar o
trabalho.
Ao final do dia, quando viu Jennifer sair do escritório com
algumas das outras mulheres, sorrindo e rindo, tomou a decisão de ir a
algum de seus clubes.

Trenton saiu do escritório com uma expressão irritada em seu


rosto, fazendo seus empregados tomar rumo contrário, em lugar de
atrever-se a falar com ele.
Porém, não se deu conta, porque tudo o que tinha em mente era
uma empregada em particular que o estava deixando louco.
Trenton chegou em casa e trocou seu traje favorito por um par de
jeans e camiseta. Ele não queria parecer um homem rico esta noite.
Queria ver-se como um tipo normal e corrente, demonstrar a si mesmo
que ainda havia mulheres que se penduravam por ele. Não necessitava
a atenção de uma mulher obstinada.

Dirigiu-se ao clube, a um que nunca tinha estado antes, e embora


fosse somente dez da noite, o clube já estava cheio de gente, mais do
que gostaria. Dirigiu-se ao balcão e pediu uma cerveja. Estava sentindo
que precisaria umas vinte delas essa noite, mas só podia ter uma. Tinha
que ser capaz de conduzir mais tarde.

Apoiou-se no balcão para ver atentamente o lugar e não demorou


muito em encontrá-la no concorrido clube. Suas vísceras se apertaram e
teve que realmente agarrar-se ao balcão para não ir até ela e arrancá-la
dos braços do menino com o qual estava. O menino tinha puxado ela
com força contra ele e tinha a cabeça arremessada para trás na risada.
Ele a fez girar para fora e rapidamente a empurrou de novo e Trenton
queria cortar o homem em pedaços.

Justo quando estava a ponto de perder a batalha com ele mesmo


e correr por ela, uma loira se esfregou contra ele, pressionando seus
peitos meio expostos ao seu lado e ria.

- Sinto muito - disse a loira com outra risada melosa.

- Não é problema - disse-lhe, apesar de que na realidade era


irritante para ele. O que acontecia com ele? A formosa mulher estava se
atirando para ele e não podia importar menos. Ela era muito mais o seu
tipo que Jennifer, mas ele queria afastá-la para o lado e sair correndo
para sua assistente.
Demônios, tinha chegado ao clube em primeiro lugar para
demonstrar que podia encontrar outras mulheres atrativas.

- Posso convidar você para uma cerveja? - Ofereceu e lhe deu seu
sorriso de milhões de dólares. Ela se desvaneceu de sua atenção.

- Pode sim, bonitão - sussurrou ela antes de esfregar-se ainda mais


perto.

Apertou os dentes e jurou pelo menos tratar de concentrar-se na


loira.

Jennifer apertou os dentes quando o homem, que lhe tinha


pedido para dançar, puxou-a com força contra ele. Era bonito, com um
corpo que tinha certeza levou muitas horas na academia, e um sorriso
que enviaria mulheres ao fracasso total do coração. Suas amigas a
tinham empurrado para dançar com ele, quando ele tinha pedido,
apesar de que realmente não queria. A canção parecia não ter fim e ele
sem dúvida dava todos os sinais de que queria levar a dança ao nível
seguinte.

Ele era bonito e divertido, mas teve que fingir seu entusiasmo
porque não sentia absolutamente nada por ele. Estava aterrorizada de
que seu chefe tivesse estabelecido o padrão tão alto que ela já não se
sentisse atraída por alguém mais. Isso não ia funcionar para ela. Tinha
estado com Trenton fazia mais de um mês no escritório e ele estava
constantemente em sua mente. Tinha sonhado com ele e ele voltava
para ela em seus sonhos à noite.

Ele consumiu seus pensamentos e sonhos em um espaço curto de


tempo. Fez todo o possível por ignorá-lo e tinha feito bem em manter
as coisas no plano profissional, mas isso sem dúvida era o que a fazia
ter uma grande quantidade de estresse e em seu corpo uma grande
quantidade de dor.

A canção terminou e com um sorriso Jennifer soltou o homem e


se dirigiu à mesa com suas amigas. Ele a seguiu e tomou toda sua
energia seguir sendo agradável, sem lhe dizer que ela não estava
interessada em nada mais.

- Obrigado pela dança, carinho. Eu adoraria voltar a fazê-lo.


Posso convidar você para uma cerveja? - Perguntou-lhe no que supôs
era sua voz mais sedutora. A qual não fez nada por ela.
- Agradeço a oferta, mas estou aqui com minhas amigas. Tenha
uma grande noite - disse-lhe e se afastou, atuando como se não
existisse. Deve ter sido por isso que um minuto mais tarde Tracy a
olhou como se estivesse louca.

- Oh meu Deus, Jennifer, estava completamente quente e o


despachou totalmente - disse quase em tom acusador.

- Não estou interessada em homens assim, além disso, não vim


esta noite em busca de um homem, só queria relaxar e passar um bom
momento - disse à sua amiga com seu melhor sorriso. Ela estava
tratando de atuar como se não lhe importasse.

- Está louca, mas está bem - disse Tracy e logo mudou a conversa
para outros temas e o tempo começou a passar rapidamente. Ela
dançou um par de vezes mais com outros homens que deixavam
perfeitamente claro que estavam procurando alguém para ir para casa,
e não lhes importava quem fosse. Ela estava lamentando sua escolha da
roupa.

Já estava tarde e tinha bebido margaridas demais e seu último


parceiro de dança a deixou no chão, sentia-se enjoada e estava tendo
um momento difícil rejeitando seus avanços.

- Preciso me sentar - ela tratou de lhe dizer.

- Está bem - disse e a puxou com força contra ele. Havia uma
parede de gente a seu redor e ela não pôde desprender-se de seus
braços. Estava começando a sentir-se um pouco assustada e já não
fingia estar tendo um bom momento.

- Quero que me solte, agora. Quero voltar para minha mesa -


disse-lhe em uma voz tão firme como pôde. Ele a ignorou e suas mãos
começaram a explorar seu corpo. Ela estava a ponto de chorar quando
se deu conta de como as mulheres podiam ser tão facilmente violadas
em qualquer lugar. Ninguém dava a mínima atenção a ela ou à
situação.

Ela seguiu empurrando-o, mas não o afetava. Ele estava


agarrando seu traseiro e puxando-a para seu corpo. Sentia-se suja e
violada e queria deixar o clube imediatamente. De repente, o homem a
deixou ir e voou para trás com uma expressão de assombro em seu
rosto. Ela olhou a cara zangada de Trenton e se surpreendeu ao vê-lo
ali. Ela não sabia o que dizer.

- A senhora disse que queria que a deixasse ir, sugiro que vá,
agora - disse Trenton e o poder em sua voz deve ter assustado o homem
porque se foi rapidamente, sem dar um olhar para trás. Ela estava tão
agradecida por sua interferência que nem sequer questionou o que
estava fazendo ali, nem seus métodos de mãos altas.

- Obrigada, Sr. Anderson. Ele não escutava a palavra não - disse e


se voltou para retornar a sua mesa. Ela queria sair e suas amigas
pareciam estar passando um bom momento, assim parecia que ia ter
que pegar um táxi. Ela não sabia onde tinha ido Trenton mas isso não
importava.

O grupo pediu que ficasse mas explicou que tinha uma dor de
cabeça e queria ir. Tracy se ofereceu para sair com ela, mas ela estava
se divertindo e não havia necessidade disso. Jennifer disse que não
precisava e se dirigiu à porta dianteira do clube. Saiu para a calçada e se
surpreendeu pela rua vazia. Havia uns quantos carros aqui e ali e várias
pessoas dando voltas, mas não pôde ver um táxi em qualquer parte.
Deu a volta e decidiu caminhar por um tempo para limpar a cabeça.

- Ouça, senhora, está procurando uma direção?- perguntou um


tipo horripilante, enviando calafrios por sua espinha dorsal.

Como foi estúpida para caminhar no centro da cidade de Seattle


no meio da noite. Culpou sua estupidez a muitas margaridas. Ela
sacudiu a cabeça e caminhou um pouco mais rápido. O cara começou a
segui-la, fazendo sugestões grosseiras, começando a assustá-la. Olhou a
seu redor para ver algum lugar seguro aonde ir, pensando se seria mais
sábio dar a volta e voltar para o clube. Ela podia entrar e pedir que
chamassem um táxi. De repente, seu braço foi apanhado e estava a
ponto de gritar, quando viu Trenton. Ela nunca tinha ficado tão feliz de
ver o homem.

- Que demônios está fazendo aqui vagando pelas ruas? - Exigiu. -


Dei a volta por um minuto e você se foi. Não sabe o que poderia
acontecer por aqui a estas horas da noite? - Seu tom de voz
imediatamente a pôs de sobreaviso. Ela não era uma adolescente que
necessitasse de repreensões. Claro, tinha tomado uma decisão estúpida,
mas era uma adulta e se queria tomar decisões estúpidas por sua conta
e tempo, não era de sua incumbência.
- Estou procurando um táxi, não que seja assunto seu - arrastando
as palavras respondeu a ele, surpreendida por sua própria voz.

- Você vai me dar um ataque do coração. Não sei por que me


preocupo com você – fervia de raiva e a pegou conduzindo-a na direção
oposta. Ela tratou de dar um puxão em seu braço, mas ele tinha um
bom agarre.

- Eu posso caminhar por minha conta - grunhiu ela. Ele a olhou


como se ela não fosse realmente capaz de fazer algo por sua conta e
seguiu caminhando, arrastando-a ao seu lado.

Deteve-se, fez clique em um botão e então ela estava sendo


sacudida para o interior de seu carro. Ela ficou tão estupefata por sua
conduta que permaneceu imóvel, dando-lhe tempo para chegar à porta
do condutor. Quando ligou o carro e dirigiu na rua, ela saiu de seu
estado de choque.

- Você é um idiota arrogante, eu não pedi para dar um passeio,


nem pedi sua ajuda. Pode me deixar sair deste automóvel e vou chamar
um táxi - ela gritou, olhando a um lado de sua cabeça.

- Pode ser que não tenha pedido minha ajuda, mas é óbvio que a
necessitava. Você não pode dirigir alcoolizada e é a principal candidata
para as notícias de amanhã se não chegar em casa a salvo. Não posso
imaginar como conseguiu manter-se com vida tanto tempo - respondeu
com uma voz estranhamente tranquila. Ela estava mais irritada pelo
tom de voz que por outra coisa. Ele estava falando com ela como se
fosse uma criança e ela não apreciava.

- O que está fazendo aqui? - Exigiu ela, esquecendo a ideia dele a


deixar sair do veículo.

- Não é que seja assunto seu, mas sou humano e gosto de sair de
vez em quando - disse no mesmo tom.
- Não pensei que soubesse como tirar o traje formal e mesclar-se
com a gente comum - disse ela, sabendo quão imatura soava. Sabia que
sua língua era prolífera quando bebia.

- Sei exatamente o que fazer quando troco o traje - disse ele e o


olhar em seus olhos lhe fez saber seu exato significado. Ela decidiu
manter a boca fechada durante o resto do trajeto. De repente
encontrou-se em seu apartamento e ela tratou de tirar o cinto de
segurança sem ajuda, para poder afastar-se dele antes que dissesse ou
fizesse qualquer outra coisa.

Trenton saiu do carro e se aproximou para abrir a porta antes que


tivesse terminado. Levantou-se cambaleante em suas pernas e
sustentando sua cabeça alta, começou a caminhar para a porta. Ele a
agarrou pelo braço e a levou ali.

- Eu não necessito de sua ajuda. Vou entrar muito bem por minha
conta - disse ela.

- Obviamente necessita de minha ajuda e não vou deixar uma


senhora só tarde da noite sem me assegurar que está encerrada dentro
de casa, sã e salva - disse, ainda com muita paciência. Ela estava
irritada, parecia tão capaz de manter a calma quando suas próprias
emoções estavam por todo o lugar.

Ela deixou cair as chaves em sua pressa de abrir a porta e só


suspirou, ele agachou-se, agarrou-as e logo abriu a porta. Ela estendeu
a mão pelas chaves, mas ele colocou sua mão nas costas e a levou para
dentro.

- Eu não preciso que entre comigo - espetou antes de desabar-se


no sofá, muito cansada para discutir com ele. Ele a ignorou e se dirigiu
à cozinha e logo ela pôde cheirar a preparação de café. O qual cheirava
celestialmente, mas ela não queria tomar uma xícara até que ele se
fosse.

- Beba isto - disse, e se deu conta de que ela ia à deriva, enquanto


que se inclinava contra a parte posterior de seu sofá. Ela se surpreendeu
de que pudesse relaxar com ele em sua casa, o suficiente para
adormecer.

- Talvez não queira fazê-lo - disse, apesar de que ela realmente


queria o líquido calmante. Elevou a fronte e com um suspiro,
reconheceu e tomou a xícara, tomando um gole comprido. Isso foi o
que gostou e o que a irritou. Ele era mais observador do que lhe tinha
dado o crédito correspondente.

Ficou ali e tomou um gole de café enquanto terminava sua


xícara. Então, aproximou-se e a tirou de seus dedos. Ela conteve o
fôlego, sabendo que não estava à altura de lutar contra ele. Seu corpo
traidor já estava reagindo a sua cercania e ela o queria.

Agachou-se sem dizer uma palavra, arrastou-a fora do sofá em


seus braços, e devorou seus lábios. Beijou-a o suficientemente longo
para que seus joelhos se abrandassem e suas vísceras se fundissem.
Estava pronta para que ele a tomasse. Estava cansada de lutar contra
ele.

Ela envolveu seus braços ao redor de seu pescoço, puxando ele


mais perto e lhe acariciou as costas, enviou um arrepio longo em sua
pele, fazendo-lhe ferver o sangue. Então, tão repentinamente como
começou o beijo, colocou distância e voltou a colocá-la de novo em seu
lugar. Caminhou para a porta.

- Feche a porta depois que eu sair - foi tudo o que disse antes que
se fosse. Ficou imóvel durante vários minutos, surpreendida de que ele
a tivesse beijado com tanto calor e logo se fosse. Por fim, esclareceu-se
o suficiente para trancar a porta, e retornou a seu quarto, deixando-se
cair na cama.

Tirou os sapatos e ficou de roupa, estendida na cama, com dores


musculares e uma necessidade dele maior que qualquer coisa que já
havia necessitado. Ele a tocava mais do que um homem deveria ser
capaz, mas ao que parece ela não tinha o mesmo efeito sobre ele,
porque então, não teria sido capaz de ir sem um segundo olhar.

Jennifer seguiu dando voltas durante várias horas, antes de cair


adormecida. Ela estava agradecida de que o dia seguinte era sábado ou
ela teria tido que fazer-se de doente, porque necessitava um par de dias
antes que pudesse enfrentar seu chefe de novo. O homem era muito
potente e ela estava descobrindo quão fraca era ao seu redor.
Capítulo 5
Trenton esperou até que ouviu os cliques das fechaduras e logo se
dirigiu ao seu carro. Deveria receber uma medalha por afastar-se,
porque era a coisa mais difícil que tinha feito. Tinha estado disposta e
pronta para ele, mas sabia que o odiaria tanto quanto a si mesma pela
manhã e que tinha feito o correto.

Dirigiu para sua casa e se serviu de um uísque duplo antes de


subir as escadas para seu quarto. Tomou um longo banho e se meteu na
cama, onde sabia que ia dar voltas durante horas e horas. Não podia
conseguir tira-la de sua cabeça e isto realmente o estava incomodando.
Nenhuma mulher tinha tido alguma vez sua atenção tanto tempo como
ela.

Tomou a decisão de persegui-la. Sabia que depois de ter tido uma


breve aventura cansaria dela e seria capaz de seguir adiante com sua
vida. Demônios, isso seria bom para os dois e as coisas poderiam voltar
para a normalidade. Encontraria para ela uma nova posição dentro da
empresa para que não ficasse sem um trabalho e poderia voltar a
dormir à noite.

Tinha uma longa viagem de negócios por vir e pensou que era o
tempo perfeito para pôr seu plano em ação. Ia deixá-la saber na
segunda-feira pela manhã sobre a viagem. Sentiu-se melhor uma vez
que tinha um plano. Tudo sairia bem, apesar de que uma parte de seu
cérebro tratava de lhe dizer que estava louco. Optou por ignorar a parte
mais racional de seu cérebro e se centrou no prazer em seu lugar.
Finalmente conseguiu dormir e ela invadiu seu pensamento, inclusive
ali.

Jennifer entrou para trabalhar na segunda-feira pela manhã e


sabia que tinha mal aspecto. Quase não dormiu durante o fim de
semana e sabia que seu rosto mostrava os resultados. Estava frustrada
de que Trenton tinha tanto poder sobre ela que até afetava seu sono.

Logo que se sentou e ligou o computador, seu comunicador


tocou e foi chamada ao escritório de Trenton. Endireitou os ombros,
manteve a cabeça alta e se dirigiu ao seu escritório. Esperava que seu
rosto estivesse profissional.
Quando Jennifer entrou em seu escritório Trenton notou que
parecia esgotada. Apesar de parecer que tinha dormido ainda menos
que ele, se mostrava impressionante. Essa viagem seria uma grande
coisa para os dois, apesar de que seria necessário um tempo para ela
dar-se conta disso.

- Tenho uma viagem de negócios prevista para o final desta


semana e preciso que venha comigo. - disse-lhe, indo diretamente ao
ponto.

Ela abriu os olhos e parecia estressada.


- Até quando vamos ficar fora? - Perguntou. Não queria deixar a
sua sobrinha durante muito tempo.

- Se as coisas forem bem, não nos levará uma semana, se as


coisas não saírem conforme o planejado, então pode tomar até três
semanas. - disse, e seus olhos se abriram ainda mais.

- Eu n... Não posso estar fora durante tanto tempo. Tenho que
cuidar de minha sobrinha. - disse-lhe.

De maneira nenhuma queria perder seu trabalho, mas não podia


deixar a sua sobrinha durante três semanas. Molly pensaria que tinha
sido abandonada de novo.

- Entendo que tem a sua sobrinha, mas como lhe disseram


quando fez a entrevista para esta posição, há certa quantidade de
viagens. Preciso de você comigo nesta viagem. Já arrumei quem cuide
da menina, ela está acostumada à família de meu primo, assim estará
bem. Seu computador portátil também vem equipado com uma câmera
de vídeo, para que possa vê-la a noite se quiser. - disse-lhe. Já estava
preparado para seus argumentos e se ocupou deles.

- Se for nesta viagem, então preciso de alguns dias livres para


ficar com Molly, para que possa lhe explicar o que está acontecendo e
que não entre em pânico. - disse-lhe. A pressão desceu por sua espinha
dorsal.

- Está bem. Pode trabalhar em sua casa o resto da semana. Leve


seu computador com você, e se houver algum documento que precise
ser transportado vou enviar um veículo. - disse-lhe. - Entretanto, pode
terminar hoje no escritório.
- Obrigada - respondeu e saiu rapidamente de seu escritório.

Trenton se sentia muito bem consigo mesmo. Nunca tinha


desejado que uma semana terminasse tão rápido. Não podia esperar
para tê-la para si por uma ou duas semanas. Sentou-se para trás em sua
cadeira e sorriu.

- A tia quer você muito e vamos nos falar todas as noites com a
câmera que te mostrei, está bem? - disse Jennifer à sua sobrinha. Estava
trabalhando duro para não deixar cair suas lágrimas. Estavam em pé
fora da companhia de jatos e felizmente Emily tinha concordado em
levar Molly ao aeroporto privado para dizer adeus.

- Vou ficar bem, tia. Vou brincar com meus amigos. - disse Molly,
mas Jennifer podia ver que estava um pouco assustada porque sua tia se
ia.

- Também vou trazer para você um montão de presentes. -


Jennifer lhe disse, por último, antes de deixá-la ir.
- Eu gosto de presentes. - disse Molly, com entusiasmo.

- Eu sei carinho. Agora seja uma boa garota com o Mark e a


Emily, de acordo? - perguntou.

Molly concordou e antes que desse conta já estava a bordo do


avião e acenando para sua sobrinha pela janela. Emily levou Molly
para seu automóvel e desapareceram. De repente, Jennifer se deu conta
de que estava sozinha com Trenton e o batimento de seu coração
disparou. Nem sequer sabia aonde iam ou quão longe estava. Tinha
estado tão centrada em sua sobrinha que nada mais lhe importava.

Olhou ao seu redor no jato de luxo com temor. Era mais luxuoso
que qualquer um que já tivesse visto. Tinha formosos tapetes, suaves e
cômodas cadeiras, sofás e um salão que levava a outras áreas. Tinha
pisado em alguns jatos comerciais em sua vida, mas nem sequer se
comparavam.

- Quer dar uma olhada? Não vamos decolar até daqui uns quinze
minutos. - disse Trenton.

- Isso seria genial. - respondeu. Queria ver como viviam os ricos.


Ele deu-lhe um tour e se surpreendeu de que tal coisa existisse. Havia
vários cômodos na parte traseira da aeronave, um com uma grande
mesa e cadeiras ao seu redor, além de uma enorme televisão, outra com
uma cozinha bastante decente.

Havia incríveis aromas saindo dali, assegurando-lhe de que


comeriam bem no vôo.

Ao chegar na ala de dormir, podia sentir como suas bochechas se


esquentaram pela enorme cama no quarto principal. Inclusive tinha um
banheiro, maior que o de seu apartamento. Não via como poderiam
encaixar isso no jato. Eram grandes, mas não tão grandes quanto os do
exterior.

Pensou que dormiria na sala de estar, se é que o vôo era muito


longo, porque não havia maneira de que ela compartilhasse a cama
com ele. Esperava que isso não se convertesse em um problema.

- Para onde vamos? - Perguntou finalmente.

-Tenho negócios na Áustria. Trata-se de um vôo bastante longo,


mas na comodidade do jato não deve ser um problema. - respondeu.

Teve que conter o grito que queria escapar. Parecia que estaria
experimentando a comodidade do sofá, depois de tudo. Já era tarde,
então não chegariam até algum momento do dia seguinte. Não tinha
nem ideia da hora que chegariam à Áustria.

- O capitão pediu para colocarem o cinto de segurança, Sr.


Anderson. Conseguiu autorização para a decolagem. - disse uma
mulher.

Jennifer se sentou rapidamente e colocou o cinto tão apertado


quanto ela podia fazê-lo. Odiava a parte de decolagem e aterrissagem
do voo.

Estaria bem, uma vez que estivessem no ar, isso, é obvio, a


menos que houvesse turbulências.

Odiava turbulência e se o jato golpeasse numa das ondas de ar e


afundasse, começaria a entrar em pânico.

Sentou-se tensa, agarrando o braço de seu assento até que


estiveram a salvo no ar e a aeromoça retornou e lhes ofereceu bebidas.
Pediu algo forte e foi para o banheiro para tomar um par de fortes
pílulas para o sono. Queria dormir durante o voo e despertar uma vez
que aterrissassem.

Voltou a sair e tomou um gole de sua bebida e logo algo com um


aroma celestial foi colocado diante dela.

Pegou o aperitivo na mão, amando o que fosse. Não estava


acostumada a comer essa comida incrível e pensou que poderia
acostumar-se a ela.

- Bom, parece que está desfrutando da comida. - disse Trenton


com uma risada. Ruborizou-se e pensou: 'Que diabos' não se importava
se ela pensasse que era um porco.

- Tenho que saber como o fizeram. É tão bom. – disse - Têm a


receita?

- Eu poderia perguntar. - disse em tom divertido.

Não lhe importava o que ele pensasse, estava acostumado às


coisas boas da vida, mas ela sempre tinha tido que trabalhar duro por
tudo o que quisesse. Era uma grande cozinheira e sabia que seria capaz
de chegar muito perto do mesmo sabor.

Mais pratos foram servidos e parecia que cada um era melhor que
o anterior. Quando a sobremesa foi servida, seu estômago já estava
cheio até o limite, mas o chocolate rico estava gotejando e não podia
negá-lo. Suas pílulas para dormir estavam fazendo efeito e podia sentir
o peso de seus olhos. Não ia durar muito mais tempo.
Terminaram de comer e depois uma xícara quente de café foi
colocada diante dela. Tinha um cheiro delicioso e se deu conta de que
devia ter um pouco de rum no mesmo. Era ainda melhor do que
cheirava. Terminou a xícara e apoiou a cabeça contra o assento. Ela
não ia durar muito tempo, pensou alegremente.

- Temos que trabalhar um pouco antes que chegue a noite. - disse


Trenton, olhando seu computador portátil. Murmurou algo, e logo
deixou que a névoa caísse sobre ela, em seguida estava profundamente
adormecida, sentada reta na cadeira.

Trenton levantou o olhar e se deu conta que Jennifer estava


dormindo e não só tomando uma sesta, mas realmente dormindo.
Diabos, ele provavelmente não teria sido capaz de conseguir nenhum
trabalho feito, de maneira nenhuma, não quando estava muito ansioso
para que a viagem realmente começasse. Tinha uma tonelada de
trabalho para terminar, mas também tinha planejado um montão de
romance. Queria-a em sua cama todas as noites e sabia que ia ter que
cortejá-la.

A aeromoça veio de novo e a dispensou para a noite, pôs seu


computador portátil de lado, se inclinou e levantou Jennifer em seus
braços. Ela imediatamente se aconchegou contra ele, fazendo seu corpo
crescer duro e seus lábios abrirem-se com um sorriso.

Não acreditava que seria difícil seduzir a sua sexy assistente.


Levou-a de volta ao quarto e deitou-a na cama. Retirou seus sapatos e
calças e deixou o resto de suas roupas em seu lugar. Indubitavelmente
não ia violá-la dormindo.

Depois de colocá-la na enorme cama, decidiu que era muito cedo


para dormir, assim foi à cabine principal e trabalhou em alguns papéis
por algumas horas. Quando sua mente continuou desviando-se para
Jennifer, em sua cama, finalmente se rendeu e uniu-se a ela.

Ficou ali por algumas horas, com seu corpo pressionado contra o
seu, simplesmente desfrutando da sensação dela em seus braços. Podia
acostumar-se a ela compartilhando sua cama. Esse foi o último
pensamento que teve antes que o sono finalmente o vencesse.

Trenton despertou com Jennifer pressionada apertadamente


contra ele e foi incrivelmente difícil se afastar de seu quente corpo.
Estava dolorido e duro e não queria nada mais que mergulhar de volta
em seu calor convidativo, mas mesmo que isso fosse grandioso, as
consequências não valeriam a pena.

Queria-a quente e disposta, e a queria consciente. Caminhou para


fora da cabine principal e tratou de fazer algum trabalho, mas se rendeu
depois de reler a mesma linha pela décima vez. Não estava feliz que
essa mulher tivesse tanto controle sobre suas emoções e seu corpo.
Fazia-o sentir-se débil e nenhuma mulher deveria ter esse controle.

Soube o instante em que entrou na cabine, inclusive com sua


cabeça inclinada contra o assento e seus olhos fechados. Não só podia
cheirar seu aroma, que permaneceria com ele pelo resto de sua vida,
mas sim podia senti-la.
- Como consegui chegar ali atrás? - perguntou, quando tomou o
assento transversal ao dele.

- Eu te levei, estava congelando, - respondeu sem levantar o


olhar.

- Oh, hum, obrigada. - murmurou. A aeromoça então entrou,


rompendo o silêncio incômodo.

- Gostariam do café da manhã? - perguntou ela.

- Isso seria genial. - disse Trenton. Jennifer estava esfomeada e


ficou feliz que ele dissesse sim.

- O que gostariam de beber?

- Adoraria café extra doce e também um grande copo de leite. -


disse Jennifer.

- Café preto. - adicionou Trenton e logo a aeromoça foi conseguir


suas ordens. Voltou rapidamente com suas bebidas e algumas massas
que Jennifer engoliu. Trenton a observou com um sorriso em seu rosto.

- Temos alguns dias antes que as reuniões comecem. Compramos


algumas terras ali, perto de um ano atrás e estão desenvolvendo um
novo resort. Tudo estava bem até a semana passada, quando algumas
companhias fizeram alguns ajustes de última hora nos trabalhos,
tratando de dizer que havia fatores ambientais a serem considerados.
Fizemos nossa investigação inclusive antes de comprar a terra e essas
coisas são trapaças de pessoas tentando conseguir mais dinheiro de nós.
Isto poderia levar um tempo, mas tenho um sentimento que será
resolvido rapidamente. - informou Trenton a ela.

Jennifer sentiu um estremecimento viajar por sua coluna ao olhar


em seus olhos. Não queria sua inimizade, ou estar no lado errado de
um trato de negócios com ele. Não tinha se transformado no tubarão
corporativo que era por voltar atrás. Não sabia dizer, quando nem
sequer sabia em realidade como tinha conseguido o trabalho em
primeiro lugar. Ela precisava enormemente do fator frio requerido por
seu tipo de posição. Não podia desviar de seu caminho por nada,
terminaria perdendo uma companhia de milhões por ceder em
determinados assuntos.
- Então, o que vamos fazer? - finalmente perguntou.

- Vamos nos reunir com meus advogados que estiveram


trabalhando neste caso e logo pôr o plano que criei em marcha. Estive
pensando sobre as queixas toda a semana e há muitos vácuos nas
reclamações e deveríamos ser capazes de chegar a um acordo mútuo. -
disse a ela de forma casual. Não parecia sequer estar preocupado.

- Porque necessitava que eu viesse?

- Há um montão de trabalho para fazer Jennifer. Disseram-lhe


que havia um montão de viagens envolvidas quando lhe entrevistaram.
- recordou-lhe.

- Eu sei. - Felizmente a aeromoça apareceu com o resto do café


da manhã e assim foi capaz de romper o olhar que enviou em sua
direção. Ele talvez fosse seu chefe e ela possivelmente tinha um horrível
amor por ele, mas ele logo descobriria que ela não era fácil de pisar.

Terminaram sua comida e antes de um suspiro o capitão estava


anunciado que aterrissariam logo. Jennifer odiava aterrissar, era muito
pior, especialmente quando a aeronave ricocheteava na pista.

Agarrou o apoio de braços de seu assento e começou a ofegar.


Estava lutando contra o pânico quando Trenton se moveu ao assento
da direita junto dela. Não disse uma palavra, mas sua mão se apoderou
das suas e sentiu o pânico fluir e pôde respirar de novo.

Assombrava-a como o simples gesto era capaz de confortá-la e


muito. Ela não afastou suas mãos, ou inclusive reconheceu que
estivesse ali. Simplesmente deixou que seu toque a relaxasse. O jato
tocou o solo mais brandamente do que tinha experimentado antes, e
deixou ir o fôlego que nem sequer sabia que tinha estado prendendo.

- Não tem nada com que preocupar-se, já sabe. - disse Trenton


com um sorriso e ela olhou para ele com surpresa. Tinha esquecido que
estava ali por um momento.

- Sei que é mais provável que uma pessoa morra em um acidente


de carro que em um acidente aéreo, mas há algo terrível sobre estar tão
alto e no ar em algo que pesa tanto. - disse com um sorriso
autodepreciativo.
- Há muitas pessoas que temem voar, só estou tão acostumado a
isso, que já nem sequer noto mais. - disse a ela.

- Sortudo. - disse ela, não querendo dizer. Teria preferido


permanecer em terra firme o tempo todo se pudesse escolher.

- Logo que chegarmos ao aeroporto iremos para o hotel. Temos


um montão de trabalho para fazer antes que as reuniões oficiais
comecem. - disse a ela, de retorno aos negócios.

- Estou pronta. - respondeu, embora se sentisse sobrecarregada.

Saíram do jato e foram levados a um luxuoso hotel. Seguiram


para uma enorme suíte com dormitórios múltiplos, uma grande sala de
estar, e uma cozinha completa. Havia uma mesa preparada para que
trabalhassem, assim, imediatamente se sentaram e tiraram caixas cheias
de papéis.

Ela passou o resto da tarde escrevendo notas e arquivando coisas


até que sentiu que seu cérebro estava completamente frito. Perguntou-
se se o homem faria ao menos um aviso para terminar o trabalho.
Quando seus olhos pareciam-se como se bolsas de areia tivessem sido
derramadas diretamente neles, ele ainda parecia completamente
acordado e com muita vontade de continuar. Finalmente levantou o
olhar, e notou seu cansaço, e decidiu terminar essa noite.

Trabalharam tão duro durante os dias seguintes. Seus advogados


entravam e saíam, dando-lhe mais papéis e recolhendo páginas que
haviam modificado. Jennifer rapidamente deixou de tentar saber do
que estavam falando e simplesmente fez seu trabalho.

Olhava com nostalgia para fora das janelas da linda suíte,


querendo tão desesperadamente explorar a cidade que nunca pensou
que inclusive conseguiria visitar, mas no horário de trabalho de Trenton
não havia tempo. Esperava conseguir ao menos um dia antes que
tivesse que retornar.

Tinha estado paranoica a respeito de compartilhar a suíte, mas


ele não tinha parecido nem um pouco interessado em sexo, assim sua
paranoia era por nada. Como uma questão de fato, começou a sentir-se
um pouco frustrada quando se deitava em seu próprio quarto, todas as
noites, sentindo-se dolorida, como se estivesse perdendo algo.
- Jennifer, precisamos ir. - disse Trenton, tirando-a de seus
devaneios.

- Estou pronta. - respondeu, recolhendo os arquivos que


precisariam. Tinha sido uma tortura passar muito tempo só com
Trenton e ajudaria estar em um lugar cheio de pessoas. Não tinha
nenhuma dúvida que isso iria ser à sua maneira, porque nada era
perdido em sua busca pela perfeição. Não havia um simples 't' que não
estivesse cortado, ou um 'i' que não estivesse pontilhado. Parecia ser
impecável.
Chegaram ao lugar da reunião e foi aparente em questão de minutos
quem estava no comando. É obvio, as coisas terminaram indo à sua
maneira e a agenda imediatamente voltou aos trilhos. Ele caminhou
para fora da reunião com o melhor humor que já tinha visto.

- Isso ajusta as coisas por alguns dias, mas há algumas outras


coisas que precisam ser terminadas antes que voltemos para casa. A
próxima reunião é na quarta-feira. - disse a ela quando voltavam ao
hotel. Era tarde e ela estava cansada, mas também emocionada. Ia
conseguir explorar essa surpreendente cidade.
Capítulo 6
Tinha três dias, três preciosos, maravilhosos dias para explorar
tudo o que fosse possível. Queria ver tudo e sabia que ia ser a típica
turista irritante, mas não se importava. Ela nunca tinha estado fora do
país antes e não podia esperar para explorar o formoso país que era a
Áustria.

O dia começou com uma fresca manhã fria com céu claro. Estava
desfrutando de um café da manhã fresco divino no luxuoso hotel,
preparado pelo pessoal. Havia a seleção da norma europeia de frutas,
iogurte, diferentes tipos de carnes e queijos, pão, ovos, salsichas e chá
quente cheio de creme e açúcar.

Jennifer pensou que ia terminar ganhando pelo menos dez quilos


nesta viagem, porque a comida rivalizava com tudo o que tinha comido
antes. Normalmente para o café da manhã tinha sorte de ter uma fatia
de pão torrado e umas cinco xícaras de café extra doce.

Ela não sabia o que eram férias, uma folga do trabalho, que lhe
desse vontade de comer muito, mas com o gosto dos alimentos que
estavam diante dela, não se importava, ela continuou comendo e disse
a si mesma que faria muitos exercícios quando chegasse em casa.

Jennifer falou com o pessoal na noite anterior e ficou sabendo


que tinha sorte de estar ali no inverno. A região era certamente linda
em qualquer época do ano, mas havia uma transformação mágica no
final do outono. O local se transformava em um sonho saído direto das
páginas de um livro de contos infantis e havia magia em qualquer parte.
Ela terminou seu café da manhã e foi para o seu quarto vestir-se. Não
podia conter a emoção e tinha que sair rapidamente, antes que Trenton
mudasse de ideia e terminasse fazendo com que ficasse trabalhando em
vez de sair.

Jennifer vestiu roupas quentes, calças de lã, um suéter pesado e


muito abrigador, junto com as botas brancas que Trenton lhe tinha
dado para a viagem. Ela queria tanto lhe dizer onde podia enfiar seus
presentes, mas sabia que tinha que vestir-se apropriadamente com seu
emprego em uma viagem de negócios e tudo, e apaixonou-se
loucamente pelas botas. Eram bonitas e confortáveis, e se negou a
saber, o muito que devem ter custado, porque então se sentiria muito
culpada para usá-las. Por uma só vez, decidiu que a ignorância era
definitivamente sorte.

Ela saiu de seu quarto e parou em seco, dizendo a si mesma que


não tinha nada pelo que sentir-se culpada. Ela não tinha tido um tempo
livre, e Trenton havia dito que não podia fazer mais trabalho durante
três dias, assim não havia nada de errado com sua saída. Ele não era
seu pai e ela não tinha que lhe informar todos seus movimentos quando
não estavam trabalhando.
Trenton estava de pé na sala de estar olhando-a, entretanto, e ela
se sentiu como se tivesse feito algo errado. Devolveu-lhe o olhar,
irritada que pudesse fazê-la sentir-se mau, sobretudo quando não havia
dito uma só coisa para ela.

- Aonde vai?

- Nenhum lugar especial, disse na noite passada que não teremos


trabalho durante alguns dias, então vou explorar a cidade. - disse ela na
defensiva.

- Tem alguma ideia de onde ir?

- Oh, sim, falei com o pessoal do hotel e deram-me um mapa e


disseram alguns pontos turísticos. - disse com entusiasmo, esquecendo
que estava irritada com ele em seu entusiasmo por explorar.

- Estava pensando em simplesmente sair e fazer com que me


preocupasse com você? - disse em uma voz exasperada.

- Não há razão para que se preocupe comigo. Sou uma mulher


adulta e você está gastando minha pequena quantidade de tempo, você
pode me repreender por isso quando eu voltar. Quero ir agora. - disse-
lhe e se dirigiu para a porta. Ela o ouviu grunhir algo em voz baixa e
logo a empurrou contra a porta.

- É tão excessivamente frustrante! - disse antes de baixar a cabeça


e seus lábios devorarem os seus. Ela empurrou-o, aterrorizada pelo
calor imediatamente aceso em seu estômago. Tinha-a apertada contra a
porta e em questão de segundos perdeu a vontade de lutar contra ele.

Suas mãos, que tinham estado pressionadas contra seu peito, de


repente agarraram sua camisa com força, atraindo ele ainda mais perto
dela. Nunca tinha querido a um homem como ela queria Trenton, o
que deveria preocupá-la, mas não havia espaço para nada mais, exceto
a paixão de seus lábios e o caminho de desejo que foi aberto em seu
corpo.

Ele se separou dela, tão rápido como a tinha agarrado, e deu um


passo atrás. Os dois estavam respirando com dificuldade, ambos
estavam com receio, ambos tratando de conseguir o fôlego sobre
controle.

- Não queria que isso acontecesse neste momento, só que você


me empurra mais longe que qualquer outra pessoa. Nós começamos
com o pé esquerdo esta manhã. Eu gostaria de mostrar a você
pessoalmente a cidade. Estive aqui muitas vezes antes e sinto que
estaria mais segura comigo. - disse, ficando rapidamente sobre controle
de si mesmo.

Jennifer olhou Trenton com receio. Ele não se desculpou com


exatidão, mas ele parecia sincero. Não podia entender por que
escolheria levá-la ao redor pelos lugares turísticos. Além do beijo, não
tinha mostrado muito interesse nela por um tempo. Ela teria mais
tempo com ele, entretanto, por isso decidiu aceitar sua oferta.

- Se realmente não se importar. - começou e ele assentiu com a


cabeça – Bem, nesse caso, eu gostaria de ter um guia, mas nada mais de
beijos. - disse com firmeza. Então ele deu o primeiro sorriso autêntico
em muito tempo. Deixou-a sem fôlego com seu brilho.

- Vamos continuar isso depois. - prometeu. Ela arregalou os


olhos, mas rapidamente conseguiu ficar sobre controle. Ela sabia que
ele era um homem típico e tinha que ter a última palavra para que
deixasse isso ir.

Ela não queria que houvesse nenhuma possibilidade de seu


passeio ser arruinado.

- Bom, se for ser meu guia, então quero fazer as coisas bem. Não
quero a experiência do homem rico. Quero visitar realmente, como
qualquer pessoa comum. Quero viajar pelo metrô e tomar os ônibus.
Nego-me a levar o chofer. - disse. Ele imediatamente ficou rígido, como
se estivesse pedindo para cometer algum tipo de crime.
- Não há maneira de que possamos fazer isso. Há problemas de
segurança, e é simplesmente estúpido. - espetou.

- Bom, então tenha um bom dia, vou sozinha. - disse Jennifer e se


voltou para a porta. Ela preferiria passar o dia com ele, mas se negou a
ceder em seu último ponto.

- Muito bem, vamos deixar o chofer, mas insisto em ter dois


homens da segurança nos acompanhando. Nem sequer saberá que
estão lá. Os guardas vêm, venha comigo ou não. - disse enquanto
soltava outro suspiro de frustração e passava a mão pelo cabelo. Deu-se
conta que ele bagunçou muito seu cabelo ao seu redor.

Descobriu que se estava colocando sob sua pele. Fazia sentir-se


capitalista de uma maneira que nunca havia sentido antes.

- Bom, melhor irmos, então. - disse ela, sorrindo, e com um


sorriso enorme caminhou para abrir a porta e praticamente saltou fora.
Rapidamente se encontrou com ela e passou o braço pelo seu. Ele tinha
razão, rapidamente se esqueceu dos homens da segurança quando
saíram às ruas muito frias. Estava tão emocionada que abriu os braços e
girou, fazendo com que várias pessoas virassem e os olhasse como se
tivessem perdido um par de parafusos.
Encontraram rapidamente o metrô e se dirigiram ao centro da
cidade de Viena. Jennifer estava praticamente saltando em seu assento
e se negou a reconhecer o mau humor de Trenton ao seu lado. Parecia
que não gostava de viajar no metrô. Ela achava estimulante. Sabia que
era um grande lugar para ver as pessoas reais.

- Vê quão incrível é este lugar, realmente confiam nos outros.


Eles sabem que não vão roubar um passeio e não têm que deixá-los
fora. - disse, assinalando o sistema de entrada do metrô.

Não havia catracas para mantê-los fora, só tinha que comprar seu
passe e subir no vagão. Se alguém chegasse e pedisse para ver seu passe
e não tivesse um, então haveria consequências graves, mas não
revistavam em todas as viagens e uma pessoa desonesta poderia correr
o risco.

Trenton encontrava o entusiasmo de Jennifer difícil de resistir. Ela


estava emocionada pelas coisas mais simples e embora estivesse menos
que encantado de estar andando no metrô, estava contente de estar com
ela, e a busca de sua alegria era contagiosa. Ela sorriu a todas as
pessoas que passaram e foi rapidamente correspondida com um sorriso.
Alegrou-se que tivesse decidido não deixá-la sair de sua vista, ou ela
poderia ter terminado sendo levada por um homem local muito
inteligente.

- Oh, esta é nossa parada. - disse, e se levantou para dirigir-se à


porta. Mal teve tempo de agarrar sua mão.

Olhou por cima do ombro para seus guardas e deu-lhes um olhar


exasperado. Um deles em realidade teve o descaramento de sorrir,
antes que fosse capaz de endireitar seus lábios.

Trenton sabia que provavelmente era uma alegria para seus


guardas vê-lo literalmente ser levado de um lugar a outro atrás de uma
mulher, que era como um tornado em seus pés. Ele os olhou uma vez
mais antes de perseguir Jennifer. Ouviu uma risada atrás dele e pensou
que não havia maneira de que fosse de seus guardas, não se atreveriam.

- Este é o maior mercado de Natal em Viena, Madge me falou


dele, então ande depressa, não quero perder nada. - disse Jennifer, logo
que saiu do metrô. Havia um enorme mercado ao ar livre com todo
tipo de cabines.

- Este é o mercado Rathus de Natal e abre uma semana antes que


os outros. Ela me disse que foi a um local Punsch e é possível conseguir
uma caneca especial decorada para levar para casa - disse.

- Por que tem que levar uma caneca de café para casa?
- Porque é algo para recordar a viagem. - respondeu ela.
Comprou para cada um uma bebida quente, que tinha um pouco de
álcool que necessitava desesperadamente para sobreviver ao dia. Ele
obedientemente tomou a sua caneca em vez de voltar seu conteúdo
para o pequeno tanque. Então lhe deu a caneca para que pudesse ter
um par.

Quando lhe entregou a caneca, ela agiu como se fosse um


verdadeiro tesouro. Demônios, tinha dado diamantes que foram
recebidos com muito menos reconhecimento. Não podia entender
como uma coisa tão simples podia emocioná-la tanto. Descobriu que
gostava de seu entusiasmo.

Ela começou a arrasta-lo de um lugar a outro e,


surpreendentemente, estava se divertindo. Ela estava tão feliz que era
impossível não se contagiar. O mercado tinha uma variedade de
alimentos e postos de artesanato e ela parecia decidida a parar em cada
um.

Comprou adornos de Natal, velas, brinquedos, mantimentos e


luvas. Disse-lhe que tinha que conseguir um montão de lembranças
para as pessoas em casa. Não estava gastando uma enorme quantidade
de dinheiro, mas logo levava várias bolsas grandes. Olhou para seus
seguranças e quando se aproximaram, ele as entregou. Ela ia protestar,
mas lhe disse que os artigos seriam deixados no carro, onde estavam a
salvo e isso pareceu acalmá-la.

Ele já estava se aborrecendo no mercado e começou a conduzi-la


para a saída. É obvio, tinha que fazer ooh e aah sobre as árvores que
bordeavam as ruas com enfeites que se penduravam de seus ramos,
junto com milhares de luzes iluminadas. Teria se encantado de ter visto
quando menino na manhã de Natal. Demônios, pensou que
provavelmente não estaria tão emocionado.

- Tenho algo para te mostrar que acredito que você gostará. -


Trenton lhe disse.

- Soa muito bom para mim. - ela concordou, seguro que


conheceria melhor que ninguém os lugares interessantes para visitar.

- Sabe algo a respeito dos famosos Hapsburgs, que era a família


real de Viena? - perguntou.

- Não ouvi nada sobre eles. - disse-lhe ela, começando a ficar


mais emocionada. Não havia nada como uma família real.

- Bom, então, deixe que eu te mostre seu palácio. - disse, e


rapidamente a levou ali. Uniram-se a um grupo de turistas e se
encontrou cativada ao passar de um cômodo a outro.
- Normalmente, é necessário fazer reservas com alguns meses de
antecipação, mas resulta que tenho algumas conexões. - disse-lhe com
seu sorriso arrogante. Ela estava, por uma vez, agradecida de sua
riqueza, porque não queria ter perdido a oportunidade de conhecer o
palácio.

- Isto é genial, obrigada. - disse, olhando ao seu redor com


assombro.
Chegaram a ver os cavalos de Viena da Escola Espanhola de
Equitação atuando, e ela ficou fascinada por sua precisão e a facilidade
com que controlavam os cavalos. Logo se sentaram e escutaram o coro
de meninos de Viena, que tinha começado originalmente como um
grupo de músicos da corte que tinham sido selecionados pessoalmente
para entreter à família real.

Jennifer sentiu como se tivesse voltado no tempo, e estivesse


sentada no palácio real, sendo entretida. Era notável e a levou de volta
a seus dias como uma menina, desejando ser uma bela princesa a ponto
de ser resgatada por seu príncipe azul. Olhou Trenton e pensou que
seria um impressionante príncipe, cavalgando em seu corcel. Ela não
pôde reprimir o calafrio que percorreu todo seu corpo. Estava
agradecida que estivesse focado com os artistas, porque sabia que seu
coração devia estar a mostra em seus olhos.

Entraram na Biblioteca Nacional, com sua incrível arquitetura.


Estava surpreendida pelo impressionante detalhe, enquanto caminhava
pelo local. As idades dos livros na sala a aturdiram. Havia tanta história
em um lugar tão importante e sabia que estaria feliz acampando na
biblioteca durante semanas, ou inclusive meses, enfim.

Havia prateleiras do piso ao teto de livros encadernados em


couro, alguns dos quais datavam dos princípios do século XVI. Entre os
livros de incalculável valor havia impecáveis peças de arte, algumas
grandes, outras discretas, globos históricos, estátuas e pinturas de valor
incalculável.

O dia passou rapidamente e se sentia como se não tivesse visto


nada. Rapidamente a levou ao Museu da Porcelana e da Prata que
estava cheio de talheres e louça real. Ao olhar as diversas peças da
exposição se deu conta que a família real tinha comido nesses mesmos
pratos e utilizado esses garfos e colheres. Não podia imaginar como
elementos tão delicados tinham sobrevivido através dos anos.

- Tudo é tão notável. - sussurrou a Trenton. Ele via tudo através


de seus olhos e teve que sorrir. Estava tão acostumado à riqueza e as
coisas boas, que tinha um tempo difícil apreciando os tesouros diante
dele, mas se ele olhasse através de seus olhos, tudo era diferente.

Descobriu que não queria que o dia terminasse. Sua felicidade


estava fazendo algo ao seu interior e tratou de distanciar-se. Ele estava
tratando de convencer a si mesmo que só estava jogando de guia
turístico assim estaria agradecida mais tarde essa noite, mas sabia que
estava se apaixonando por ela em formas que não tinham nada que ver
com sexo.

Ela era impressionante, cheia de vida, leal à família e tinha tal


paixão. Negou com a cabeça, enquanto mentalmente enumerava suas
virtudes. Estava seguro de que era a romântica cidade de Viena e que
seria capaz de pensar com clareza uma vez que chegassem em casa.

- Temos que nos apressar se quer ver o Tesouro Real. - disse-lhe,


quando estava vendo uma intrincada porcelana.
Capítulo 7
Trenton conteve a respiração quando viu Jennifer sair de seu
dormitório. Tinha visto o vestido em um espetáculo de moda um par de
semanas antes da viagem e sabia que foi feito para ela. Comprou-o
imediatamente, sem saber se teria a oportunidade de lhe dar, mas sabia
que ninguém mais que ela poderia usá-lo. Tinha razão.

O vestido flutuava sobre seu corpo, acentuando a perfeição de


sua figura deliciosa. Ela tinha seios redondos, que rogavam pelo toque
masculino, rogavam que ele os tocasse, sua cintura fina e seus quadris
redondos gritavam sexo. O vestido caía pela frente e ele sabia que por
atrás era decotado e mal podia esperar para leva-la à pista de dança e
correr suas mãos por sua pele nua.
As sandálias de salto alto e com tiras faziam com que suas pernas
parecessem mais longas, e ele tinha visões delas envoltas ao redor de
suas costas. Estava pensando que mais tarde enquanto estivessem
fazendo amor deixaria as sandálias. Necessitava tanto dela que seu
corpo estava em um estado constante de excitação e se sentia
incômodo.

Ela estava incrível e o que a fazia melhor era o fato de que não
era consciente do poder de sua visão. Mordia o lábio inferior enquanto
ele a examinava lentamente, e o olhar nervoso em seus olhos dizia que
ela não sabia se ele a aprovava ou não. Não podia acreditar que não se
desse conta de sua beleza.

Estava acostumado a mulheres que sabiam alardear seus atrativos


e em como manter feliz um homem. Eram boas jogando esses jogos e
sabiam como obter o máximo que podiam de seu amante. Trenton
tinha a sensação de que Jennifer nunca tinha jogado nenhum desses
jogos em sua vida.

- Só usarei o vestido e as sandálias esta noite. Estou segura de que


são muito caros para que eu os tenha – Ela disse enquanto ele
continuava examinando-a. Por alguma razão essa afirmação o zangou.
Ele tinha escolhido o vestido e as sandálias para ela e não gostava que
um presente fosse jogado de novo em seu rosto.
- Sinto muito, mas são seus. A cor não combina comigo - disse
com um tom zombador e levantando sua sobrancelha. Ela o olhou por
um momento e logo girou e agarrou sua jaqueta. Ele quase teve um
ataque cardíaco quando viu seu traseiro redondo tão perto dele. Teve
que agarrar-se a cadeira em frente dele para deter-se e não ir e agarrá-la.

Ela estava surpreendente e queria exibi-la pela maravilhosa


cidade. Agradaria a ambos muito mais se apenas a levasse logo para a
cama, mas não tinha terminado com sua sedução. Esta noite seria algo
que ela sempre recordaria.
- Esta não é uma discussão. Também, tenho alguns acessórios
para que use – disse quando seu temperamento ainda estava sob
controle.

Caminhou para frente e abriu um estojo com um imponente colar


de safira e diamante e com brincos combinando. Seus olhos se abriram
e ele podia ver sua pulsação visivelmente em seu pescoço quando ela o
olhou surpreendida. Antes que tivesse tempo para protestar, ele girou
seu corpo e lhe pôs o colar.

Ela pôs sua mão contra seu pescoço, sentindo as frias safiras e
diamantes descansando ali. Ele estava desfrutando de sua reação. Não
estava acostumado a mulheres que eram tão modestas quando
recebiam um presente. Oh, atuavam surpreendidas, mas a cobiça
brilhava facilmente em seus olhos.

- Não posso usar isto. O que acontece se romperem ou se eu os


perder? Não há maneira de que me ponha esses brincos. Sabe quantos
pares já perdi? - disse e deu um passo atrás.

Ele a seguiu como se ela fosse sua presa, até que ela esteve contra
a parede. Tinha seu cabelo levantado em um sexy coque na cabeça,
com algumas mechas emoldurando seu rosto, assim teve um acesso
fácil a seus delicados lóbulos. Sem dizer outra palavra, ele tomou os
brincos pendentes do estojo e pôs o primeiro e logo o outro em seus
lóbulos.

Ela o olhou enquanto suas mãos tremiam. Os brincos tinham um


fecho especial, assim eram difíceis de perder, e ele viu como ela tratou
de querer tirar-lhes mas ficou frustrada por que não podia abri-los. -
Disse que não queria usá-los.
- Aceite... Você está assombrosa, combinam com o vestido. Além
disso, se nem sequer pode encontrar a maneira de tirar isso, como vai
perdê-los? -questionou-a. Ela o olhou uma vez mais, mas finalmente
desistiu de tirar as joias.

- Bom, vou estar estressada toda a noite caso os perca - disse


zangada.

- Manterei um olho em você - disse-lhe rindo.

- Bom, os usarei por agora, mas só porque quero ir e porque


perdemos tempo - concedeu-lhe e caminhou pela porta. Queria ir, não
brigar com Trenton sobre o que podia ou não usar.

- Isso soa bem para mim - disse um pouco irritado porque ela era
teimosa. Ele gostava do fato dela não ser ambiciosa, mas ele tomou o
tempo para escolher coisas lindas, e ela poderia apreciar um pouco o
fato e ser menos questionadora pela situação.

Conduziu-a fora do hotel, para um bonito restaurante, onde uma


vez mais ele pediu sua comida. Sua única petição era tentar algo
diferente da outra vez. Ela queria provar os pratos locais enquanto fosse
possível antes que tivessem que ir e ela não tinha encontrado algo que
não amasse imediatamente.

O momento crucial da noite foi quando a levou a um concerto


onde tocavam Mozart e Strauss. O primeiro ato foi com as
composições de Mozart, exclusivamente, e ela estava linda com seus
olhos cheios de lágrimas. Trenton estava ali para lhe dar um lenço, mas
ela estava tão cativada pela música que não se pôde virar para
agradecê-lo, só tomou e limpou seus olhos e nariz.

Também houve um solista que tocou junto com os músicos e os


bailarinos, adicionando magia. Uma estupenda cantora de ópera
interpretou com muito poder em sua voz e o lugar fazia eco com suas
palavras. O entreato chegou rápido demais e ela se virou para Trenton
com olhos ansiosos.

- Não posso acreditar quão rápido passou. Espero que a segunda


metade seja mais longa.

- Certamente é um grande espetáculo, mas há um grande número


de espetáculos nos Estados Unidos com igual qualidade – ele disse.
- Nunca antes tinha ido a um espetáculo como este. Tinha
escutado sobre eles, claro, mas nunca pensei que seria o tipo de pessoa
que iria a um. Pensei que era para ricos e famosos, e mais sobre ser
visto, que existe em realidade uma beleza pura - disse ela.

Ele se sentou um pouco incômodo. Ele ia à maioria dos


espetáculos como nada mais que um encontro de negócios. Era um
bom lugar para ver e ser visto e tinha fechado muitos negócios depois.
Seu puro desfrute da música e a beleza a seu redor era humilde.

- Estou contente de que o desfrute - disse finalmente, e pelo olhar


em seus olhos, ela sabia que ele era uma dessas pessoas das quais
acabava de falar. Ele não deixaria que sua crítica o afetasse de algum
jeito, mas surpreendentemente o fez.

Ele foi e conseguiu bebidas e uma rolha quando se sentaram de


novo, compartilhando um camarote com outras pessoas, enquanto
esperavam que a segunda metade se iniciasse. Como Jennifer não
falava alemão, ela escutou, mas para sua surpresa, não parecia
incômoda de ser excluída da conversa.

As luzes piscaram e ela virou para frente, uma vez mais


completamente chamando a atenção dele e das pessoas, enfocando-se
na cortina que se levantava diante dela.
A música de Strauss encheu o lugar e Jennifer esteve uma vez
mais hipnotizada. Sua música a levou a outra dimensão.

A música tinha o poder de levá-la a um novo mundo e quando


terminava ela era atirada novamente na realidade. Esteve surpreendida
pelas lágrimas que caíam por suas bochechas e pelos silenciosos soluços
que escapavam de seus lábios. Todo o espetáculo esteve esplendido,
inclusive quando não foi capaz de controlar suas emoções. Não queria
ver o olhar no rosto de Trenton, ao menos não até que pudesse se
recompor.

- Você gostaria de ir ao camarim? - perguntou-lhe ele. Seus olhos


aumentaram com prazer. Ela nunca pensou que seria capaz de
conhecer pessoas que executavam músicas tão maravilhosas. Nem
sequer podia falar, assim simplesmente assentiu.
Ele a conduziu pelo corredor e rapidamente chegaram ao
camarim, onde ela estava rodeada com gente, que ria e visitava, todos
pareciam estar animados depois de uma atuação fabulosa.

Um dos cantores de ópera, um homem muito bonito, estava


dando a ela muita atenção, a qual ela não notava, até que Trenton pôs
seu braço a seu redor e deu um olhar ao homem lhe fazendo saber que
estava mais do que acompanhada. Um pouco mais tarde na noite, ela
bebia uma taça de champanhe e se encontrou sozinha e o homem
novamente se aproximou dela.

- Se quer fugir desse homem bruto, posso tirar você pela porta
traseira - sugeriu ele, o qual fez que seu rosto se voltasse rosa e uma
risada escapasse de seus lábios. Era adulada por um homem tão
talentoso que a achava o suficientemente atrativa para querer fugir com
ela. Estava tentada, só para mostrar a Trenton que não lhe pertencia.
Deu um sorriso, quando repentinamente foi arrancada por detrás.

- A mulher está acompanhada - disse a voz de Trenton por trás,


enquanto seus braços se deslizaram ao redor de sua cintura e a atraía
com força para ele. Ela se surpreendeu por seu comportamento, já que
nunca antes o tinha visto atuar tão possessivamente. De todos os
modos, não era como se estivessem em um encontro de verdade. Ela
era sua empregada e simplesmente lhe estava mostrando a cidade em
uma viagem de negócios.

Não lhe deu tempo para dizer nada mais, só a conduziu para a
porta, onde estavam seus seguranças, e a guiou para seu carro que os
aguardava. Ela deslizou dentro, sentindo-se totalmente eufórica pela
noite maravilhosa. Inclusive o mau comportamento dele não afetou em
nada seu grande estado de ânimo.

- Isso foi incrível. Estou segura que vou ter que ir aos espetáculos
nos Estados Unidos. Sei que não vou chegar a ter uns assentos tão
bons, mas não acredito que vá fazer diferença se estiver nos camarotes
de luxo ou na última fila. A música é tão poderosa que chegará até os
limites do teatro - disse-lhe. Ele se deu conta de que sua mão, uma vez
mais, acariciava as joias, como o tinha feito durante toda a noite.

Para ela as peças caras nada importavam e se encontrou ainda


mais frustrado de que ainda estivesse preocupada por isso. Ele a
empurrou no carro e fechou seus lábios nos dela, tirando o fôlego de
ambos. O condutor se deteve em seu hotel e a contra gosto a soltou,
nenhum dos dois disse uma palavra na comprida viagem de elevador
até o último piso.

Entraram na suíte e ela tirou o casaco, ficando diante dele com o


vestido que lhe tinha estado incomodando durante toda a noite. Ele
serviu a cada um uma taça e lhe entregou uma. Ela avidamente bebeu
da taça. Ele tragou de uma só vez, com os nervos à flor da pele.

- Muito obrigada pelo dia maravilhoso, senhor Anderson - disse,


e se voltou para seu quarto. Ele a olhou em estado de choque. Ela
quase lhe escapou porque ele estava tão surpreso por suas palavras.
Finalmente conseguiu o equilíbrio justo quando ela passava através de
sua porta, então irrompeu depois dela, antes que tivesse a oportunidade
de fechar a porta e a fechadura. Demônios, teria quebrado a porta de
todos os modos, com o estado de ânimo no qual se encontrava.

- Como diabos pode me chamar de Senhor Anderson depois dos


últimos dias que tivemos? - gritou. Ela o olhou um pouco surpresa e
deu um passo atrás. Pouco a pouco, seguiu-a, sem deixar que sua presa
estivesse fora de sua vista.

- Ou... Você é meu chefe - gaguejou, vendo a irritação que tinha


causado nele e rapidamente se retirou.

Ele a seguiu até que seus joelhos golpearam a cama e ela não
tinha aonde mais ir. Ambos respiravam pesadamente enquanto ele
parava a poucas polegadas de distância.

- Jennifer, acredito que faz tempo que passamos das


formalidades, e você sabe. É somente sua maneira de criar distância e
estou farto disso - grunhiu e não lhe deu oportunidade de responder.
Tomou-a em seus braços e golpeou seus lábios com os dela, todos seus
dias de frustração se acabaram com um longo beijo.

Por um momento, ela paralisou aniquilada em seus braços, e logo


seu corpo explodiu maior que qualquer vulcão em erupção. Envolveu
seus braços ao redor do pescoço dele e lhe retornou o beijo tão
apaixonadamente como ele o fazia com ela. Ela não podia ter suficiente
dele e descobriu que havia muita roupa no caminho.
Sabia que possivelmente se arrependeria da decisão pela manhã, mas já
não lhe importava. Estava cansada da dor e somente estava se
enganando. Queria-o.
Ele abaixou a alça de seu vestido e o deixou cair em um monte
no chão, deixando que ela ficasse diante dele com nada mais que um
pedaço de tecido que cobria sua feminilidade, e uma liga muito sexy e
os saltos. Suas mãos se abaixaram e subiram por seu esbelto corpo,
detendo-se em suas curvas, para moldá-las com suas mãos.

Suas mãos tiraram seu casaco e lhe tiraram sua gravata. Nenhum
deles tinha paciência para lutar com seus botões, e as mãos dele
abaixaram e romperam a camisa até que as mãos dela puderam roçar
seu poderoso peito, tão suave e tão duro sob seu toque.

Ele gemeu em sua boca, quando seus dedos rodearam seus


mamilos e os apertou, rodeando sua forma. Ela queria prová-lo e se
moveu para seu pescoço, sua pele parecia tão bem como cheirava. Foi
mais abaixo e rodeou seu mamilo endurecido, beliscando-o
gentilmente, fazendo com que ele gemesse. Ele levantou sua cabeça,
unindo seus lábios de novo em outro beijo abrasador.

Ela se agachou e desabotoou suas calças e as abaixou aos quadris


junto com sua cueca. Sua pequena mão agarrou sua ereção palpitante,
que aproveitou seu tato suave. Ela esfregou seu polegar sobre sua
cabeça lisa e gemeu em sua boca de novo. Ele se separou dela, sabendo
que viria em sua mão se não a detivesse. Tinha que cair em suas dobras
quentes e sabia que não ia durar muito mais tempo se ela o seguisse
acariciando.

Lançou-a sobre a cama, rapidamente seguindo-a, e passou sua


língua pela suave coluna de sua garganta. Ela tinha sabor de morangos
e algo mais que não podia descrever. Não tomou muito tempo para
chegar às exuberantes montanhas de seus peitos e rapidamente chupava
o mamilo endurecido em sua boca, o que a fez arquear suas costas da
cama, empurrando a si mesmo mais em seu rosto.

Cavou seus peitos, massageando-os com a boca e as mãos,


fazendo-a gritar de prazer. Então, arrastou sua boca por seu ventre
plano, rodeando seu pequeno umbigo com a língua, desfrutando da
sensação de seu corpo. Por último, dirigiu-se ao seu lugar mais sagrado,
agarrando seus quadris com as mãos, afundando o rosto em seu calor
úmido.

A primeira degustação fez a sua própria ereção saltar


dolorosamente. Seus gemidos de prazer quase o enviaram em um gozo.
Passou a língua por suas dobras rosadas, logo chupou seu endurecido
clitóris, saboreando e a agradando de uma maneira que nunca tinha
desfrutado com outra mulher.
- Por favor, Trenton - rogou, arrastando os dedos por seu cabelo.
Ele sabia o que ela necessitava, porque ele também queria muito.
Deslizou seus dedos dentro dela, apertando os dentes por sua umidade.
Estava mais que preparada para ele.

Pouco a pouco se abriu para dar passagem ao seu corpo,


arrastando seus lábios ao longo de suas curvas, uma vez mais, até que
sua boca tomou a dela com tanta fome que deixou a ambos sem
respiração. Agarrou suas coxas, separando cada uma delas para seu
fácil acesso.

Não precisava nada mais de insistência, suas pernas giravam ao


redor de suas costas e sua cabeça rodou de novo em êxtase quando se
afundou completamente nela em um movimento rápido. Estava tão
perto, quando se retirou e se afundou nela outra vez e se atirou na
cama, gritando quando a explosão passou através de seu corpo sensível.

Ele a olhou em estado de choque quando seu orgasmo seguiu


passando através dela, agarrando seu corpo uma e outra vez com a
força de seu prazer. Em lugar de enviá-lo, seu prazer parecia acalmá-lo.
Freou seus movimentos, impulsionando seu prazer. Deslizou-se dentro
e fora de seu corpo, desfrutando da forma em que seu calor se apoderou
dele com força. Quando ela deixou de tremer, e seus olhos se abriram,
apressou seus movimentos. Sua boca tremeu, enquanto lentamente
começou a acariciar seu corpo em chamas uma vez mais.

Ele a empurrou em seus braços, com vontade de ver o balanço de


seus peitos enquanto empurrava dentro e fora de seu corpo, amando os
tremores que sacudiam seu corpo continuamente. Estava um tanto
ofegante e se sentia poderoso e másculo enquanto ela o tomava em seu
interior.

Levou a mão à frente, pegando seu cabelo úmido em seus olhos,


deixando-os ao lado de seu rosto. Era tão íntimo, sentiu que a emoção
brotava em seu interior. Pouco a pouco, inclinou-se para frente, tendo
que beijá-la. Passou a língua por seus lábios inchados, saboreando-a,
antes de abrir a boca lentamente, enquanto seu corpo já estava aberto
para ele. Ela suspirou em sua boca antes de chupar sua língua
profundamente para dentro, enredando-a junto com a sua.
Perdeu todo pensamento enquanto suas línguas se enredaram
entre si e o seu último controle se rompeu. Ele começou a empurrar
rapidamente dentro e fora de seu corpo inundando-se profundamente
em seu interior. Sentiu o calor construindo-se e seu corpo se esticou.
Seu corpo se esticou enquanto ela gritava em seu segundo orgasmo. De
repente disparou sua própria liberação dentro dela e gritou com o
prazer que era tão intenso que pensou que seu coração poderia parar.
Ela o agarrou com seu corpo, extraindo até a última semente dele
enquanto suas pernas permaneceram firmemente envoltas ao redor de
suas costas. Suas unhas se cravaram em seus ombros e sua boca sobre
seu suave pescoço, ambos estreitando-se durante muito tempo. Parecia
que nunca se deteria, mas finalmente seu corpo relaxou e soltou dele,
como se imediatamente se debilitasse.

Ela tratou de apartar-se dele, mas ele não o permitiu. Não ia


permitir que ela se separasse dele, nunca mais, não até que tivesse
terminado com ela. Ele não acreditava na eternidade, mas sabia que o
que tinham era especial e se negava a deixá-la partir.

- Não vai se afastar de mim novamente - disse, inclinando a


cabeça para cima pelo que não teve mais remédio que olhá-lo. Seus
olhos arredondados enquanto inclinava a cabeça e tomava seus lábios
com os seus em um beijo suave, seus olhos fixos nos dela todo o tempo.

Ela fechou seus olhos, sentindo que o momento era muito


íntimo, estava muito exposta. Não queria que ele visse o amor que ela
sentia por ele. Era seu segredo para guardá-lo e não podia compartilhá-
lo com ele.

Ele golpeou seu quadril, fazendo que seus olhos se abrissem de


novo, e a olhou com satisfação. Ela se moveu para liberar-se dele, não
gostava da quantidade de poder que tinha sobre ela.

- Já disse isso a você, não se afaste de mim outra vez, e o dizia a


sério, assim deixa de brigar comigo - disse com um sorriso de
satisfação.

- Já terminei e eu gostaria que se retirasse de cima - disse ela de


novo em uma voz tão altiva como pôde, tendo em conta que ele ainda
estava deitado em cima dela com eles seguindo conectados da maneira
mais íntima que podiam estar. Não estava contente de como soava sua
voz rouca.
- Agora está enganada, porque eu certamente não terminei, e
posso sentir cada centímetro de seu corpo. Seus mamilos estão duros e
pressionados fortemente contra meu peito. Seu calor é ainda molhado e
me rodeia com força, e sua pulsação está rápida debaixo da pele lisa,
aqui - disse enquanto mordiscava seu pescoço, fazendo que seu pulso
saltasse.

Jennifer amaldiçoou, a ele e a ela, pelo poder que tinha sobre ela.
Sacudiu-se debaixo ele, tratando de apartar-se, e sua luta provocou que
se endurecesse em suas dobras. Seus olhos se arredondaram no intenso
prazer dele crescendo em seu interior. Nunca havia sentido algo assim,
e quando ele, uma vez mais começou a mover-se dentro dela, perdeu
todo o controle.

- Maldito seja - disse com um suspiro sem fôlego, antes que ele
tomasse seus lábios com os seus e a levasse ao limite uma vez mais.
Depois que tinham terminado, o que foi muito tempo depois, ele a
envolveu em seus braços, e ela ficou adormecida com a cabeça apoiada
em seu peito, escutando os batimentos de seu coração e desfrutando de
seu aroma masculino. O que realmente a assustava era que estar em
seus braços se sentia como estar em casa e que não queria estar em
outro lugar.

Os dias seguintes passaram voando em um borrão. Trenton se


negou a deixá-la afastar-se dele. Fizeram amor várias vezes ao dia e ela
respondeu cada vez. Ele conhecia seu corpo mais intimamente do que
ela o fazia.

Estava dolorida de uma maneira prazerosa e decidiu deixar-se


levar e desfrutar de sua estadia em Viena. Ela sabia que o mundo real
viria de novo ao seu redor e se ocuparia disso então. Ela não podia
lutar contra ele quando ela o queria tanto, por que fingir?

Levou-a a Salzburgo e ela estava muito emocionada percorrendo


a zona onde se filmou “O som da música” (A Noviça Rebelde). Sempre
tinha sido um de seus filmes favoritos e não pôde resistir à tentação de
cantar em voz alta nas mesmas colinas como Júlia Andrews o tinha
feito. Trenton, simplesmente riu e a seguiu quando ela dançou ao redor
dele na famosa cidade.

Foram às grandes montanhas, onde se rodou a abertura do filme


e foram ao redor do lago Fuschl. Inclusive permitiu que os levassem em
um ônibus através de toda a região, apesar de ter se queixado que seus
seguranças não estavam muito contentes com ela, tampouco. Ela sorriu
e lhes disse para relaxarem e vivessem como verdadeiros turistas.

Ela inclusive conseguiu que todo o ônibus cantasse "As colinas


estão vivas" no passeio ao redor do lago, inclusive os seguranças nem
sempre sorridentes. Trenton se assombrou de como seu entusiasmo
passou a todo mundo ao seu redor.

A neve seguiu caindo ligeiramente ao longo dos dias e já que não


havia muito dela em Seattle, desfrutava-a. Quando eles estavam
esperando o ônibus para a volta, Trenton estava olhando a pureza ao
seu redor quando sentiu uma bola de neve que veio do nada e acertou
em um lado de seu rosto.

Ele se virou e olhou Jennifer com incredulidade. Não podia


acreditar que ela se atreveu a lhe pegar com neve. Olhou para os seus
seguranças, que o olharam de volta e encolheram de ombros, lhe
dizendo que estava sozinho. Eles, de maneira nenhuma, iriam protegê-
lo de uma bola de neve de uma garota.

Antes que ele pudesse encontrar a maneira de responder, ela o


golpeou outra vez, justo na cara, e logo se agachou, rindo tão forte que
estava tendo problemas para respirar. Ouviu uma risada proveniente de
seus seguranças e se voltou para olhá-los. Nem sequer tratavam de
ocultar sua alegria, o que o irritava. Estavam se tornando muito
brandos em sua presença.

Começou a ir até ela, que levantou a vista a tempo para ver seu
olhar ameaçador e logo se virou e pôs-se a correr, escorregando e
deslizando-se sobre a superfície congelada. Não levou muito tempo
para ficar diante dela, e a levantou em seus braços e a atirou em um
pequeno banco de neve. Ela o olhou em estado de choque, a meio
caminho enterrada na fria neve.

Agarrou um punhado de neve e lançou contra ele, e se agachou


mais. Ele a pegou antes que fosse capaz de liberar outra bola de neve e
logo lutavam ao redor, ambos molhando-se, e seu corpo se endureceu
rapidamente ante a sensação do corpo dela. Ele tomou seus lábios frios
nos seus, esquentando os dois imediatamente.

O ônibus retornou e ele a soltou a contra gosto. Ela conseguiu


disparar uma última bola de neve, antes de correr rapidamente para a
segurança do ônibus. Comprometeu-se a fazê-la pagar mais tarde.
Olhou seus seguranças enquanto caminhavam junto com ele, em
realidade rindo sem fôlego.

Almoçaram e visitaram a casa de Mozart chamada Mozartplatz.


Também foram à bonita Praça Residenzplatz adornada com uma fonte
histórica. Mostrou-lhe a Catedral de Salzburgo, com sua maravilhosa
beleza e história. Atravessaram cemitérios antigos e seu coração estava
carregado de tristeza pelos meninos desconhecidos que morreram
muito jovens. Havia muitas das pequenas tumbas.

Outro lugar favorito de Jennifer foi a alta fortaleza na colina


sobre o Altstadt que foi construída para proteger a cidade. Em realidade
nunca se utilizou para defender-se dos ataques do inimigo, mas era um
lugar muito impressionante.

Tiveram o melhor strudel de maçã no alto da colina. Resultava-


lhe fascinante que a deliciosa sobremesa fosse inventada na Áustria.
Havia tanta história rica na região e desejava que houvesse um tempo
ilimitado para explorar. Talvez algum dia seria capaz de levar Molly ali
e levá-la a seu redor.

Depois de explorar a fortaleza, finalmente permitiu que Trenton a


levasse de volta para o hotel. Eles estavam tão esgotados que
terminaram comendo no hotel o resto de seus dias de viagem.

Trenton se queixou várias vezes de que nunca tinha caminhado


tanto em sua vida. Ela não fez conta, já que ele estava, obviamente, em
uma forma incrível.

Quando a parte turística da viagem tinha terminado e tiveram


que voltar para o trabalho, Jennifer estava extremamente decepcionada.
Gostaria de ter visto muito mais da região e sabia que necessitaria ao
menos um mês.
Terminaram seus negócios em Viena, para grande satisfação de
Trenton, e logo chegou o momento de voltarem para casa. Era triste ver
sua viagem terminar, mas estava contente de ver Molly. Tinham estado
fora durante duas semanas, mas pareciam que eram meses. Mal podia
esperar para sustentar sua sobrinha em seus braços outra vez.

Quando subiram no jato para casa, Trenton parecia ser o que se


separou dela e embora seu coração doesse com a distância, sabia que
era o melhor.
Retornaram para casa e ele teve que sair novamente para costa,
onde teria que ficar por uma semana.

Deu-se conta que em realidade sentia saudades em formas que


não acreditava que fossem possíveis.
Capítulo 8
Jennifer gostava do Natal mais do que qualquer outra época do
ano. Amava tudo sobre ele: as luzes, as decorações, a comida e a
atmosfera de felicidade quase em qualquer lugar que fosse. Ela sabia
que tendia a levar um pouco demais as coisas, mas não importava, e se
negava a mudar.

Ela foi cedo ao trabalho, caminhando rapidamente, seus braços


estavam cheios e havia dois guardas de segurança atrás dela, apenas
capazes de caminhar... Levavam umas caixas pesadas que insistiram
em carregar por ela.

- Meninos, obrigada pela ajuda. Na verdade apreciei muito. Se


não fosse pela ajuda teria feito um monte de viagens até que tivesse
carregado tudo - disse enquanto eles colocavam as caixas no escritório.

- Senhorita Stellar, não podíamos deixar que você carregasse isto


sozinha - disse um dos seguranças, como se ele estivesse contra a ideia
só de imaginá-lo. Ficou feliz em saber que ainda havia verdadeiros
cavalheiros no mundo.

- Bom, aprecio sua ajuda, realmente não há Natal sem centenas


de decorações - disse ela.

- Não sei o que o chefe pensará disto. Ele mandou um


comunicado, para lembrar ao pessoal que as festas não eram desculpa
para a breguice - disse um pouco cautelosamente o segurança.

- Deixe que eu me encarrego do chefe, não permitirei que ele seja


um avaro e arruíne minhas festas - disse aos homens enquanto os tirava
do escritório. Ela imediatamente ficou a trabalhar: pendurar decorações
e luzes por toda a área.
Trenton ia estar fora do escritório todo o dia, dando-lhe muito tempo
para terminar as coisas. Ela trataria com ele quando retornasse, e é
obvio, tomaria completa responsabilidade das decorações festivas. Sua
irritação valeria a pena quando retornasse ao seu escritório e visse as
lindas cores.
Logo, o pessoal de outros escritórios começaram a vir. Os novos
empregados estavam surpreendidos e maravilhados pelas belas cores,
enquanto seus empregados, os que foram transferidos de Chicago,
advertiram a ela que ele não estaria muito feliz por isso. Embora seu
entusiasmo fosse contagioso. A seguir, quase todos a acompanharam
pondo todo tipo de decorações.

Logo o pessoal saiu para seu descanso do almoço, e compraram


mais decorações e no final do dia todo o piso estava transformado. Ela
as arrumou para terminar todo seu trabalho, assim Trenton não poderia
zangar-se, mas para o próximo mês ele seria capaz de caminhar a seu
escritório e sentir o espírito natalino. Ela sorriu e desejou a todo o
pessoal um Feliz Natal enquanto se foram para terminar o expediente.

Era segunda-feira à tarde e Molly uma vez mais iria passar a


noite com sua nova melhor amiga, já que não haveria escola para ela
no dia seguinte porque era feriado escolar. E isso deu a Jennifer tempo
de terminar o resto de seu trabalho. Ela pendurou o último ramo de
muérdago, quando houve um som de alguém clareando a garganta. Ela
virou sentindo-se culpada, pensando que teria que encarar Trenton um
pouco antes do que esperava. Mas seu rosto se acendeu quando em
troca olhou para George e Joseph.

- Escutamos sobre as decorações e decidimos subir e vê-las - disse


George. Dando um enorme sorriso.

- Gostou? - perguntou ela ansiosamente.

- Estava acostumado a ver desta maneira quando minha esposa


ainda vivia. Ela se assegurava que as festas estivessem nos rodeando e
ela mantinha a magia viva. Estou contente de que tenha trazido isso de
volta - disse George com um olhar brilhante pelas lágrimas.

Ela sempre tinha sido uma pessoa afetuosa e não pôde evitar de
lhe dar um abraço. Parecia que ele necessitava de um nesse momento.
George aceitou o abraço e beijou sua testa. Com as festas chegando e
tendo somente Molly como sua família, sentiu-se como estar em casa,
envolta nos braços de George. Ela não entendia como Trenton se
distanciou de tão maravilhoso homem.

- Jennifer, realmente é uma brisa de ar fresco em nossa família, e


estou feliz de que tenha trazido tudo isto de retorno a nós - disse ele
antes de soltá-la.
- Acredito que teremos que mandá-la aos outros andares para nos
assegurar que todo o edifício brilhe - adicionou Joseph.

Os olhos de Jennifer se acenderam com o pensamento. Ela não


sabia se ele falava a sério ou não, mas ela amaria decorar o edifício.

- Só diga uma data e lugar e eu estarei lá - disse ansiosamente.

- Acredito que poderemos fazer com que seu chefe lhe dê folga o
resto da semana. Não acredita? - perguntou Joseph.

- Eu contaria com isso - disse George. Ela esperava que realmente


o fizesse, seria muitíssimo melhor que estar sentada atrás do escritório
todo o dia. Ela apreciava seu trabalho, mas não a emocionava tanto
como a decoração.
- Eu poderia trabalhar o fim de semana se conseguir um lugar
para Molly - ofereceu-lhes, sem querer zangar Trenton por tomar livre
a semana.

- O fim de semana é tempo com a família. Nunca esperaríamos


que você trabalhasse. Não haverá problema em você decorando o
edifício, falaremos com Trenton sobre o assunto - disse George, como
se lesse sua mente.

- Bom, se vocês acreditam que não será um problema - disse ela,


ainda soando insegura.

- Estamos completamente seguros - adicionou Joseph. Os dois


disseram que se encontrasse com eles na loja departamental para que
pudessem comprar as decorações as quais precisavam, e saíram. Ela
terminou o trabalho que precisava ser completado e decidiu que ela se
asseguraria de visitar os escritórios ao menos umas horas durante o dia
para que nada fosse desfeito.

Quando todo o trabalho estava pronto, Jennifer se encaminhou


para casa. Ela entrou no apartamento vazio e sentiu saudades de Molly.
Era surpreendente o quanto tinha crescido o carinho que sentia por sua
linda sobrinha em um curto período de tempo. Ela percebia isso ao
final de cada dia quando elas passavam a noite juntas.
Ela amava os abraços e os beijos que Molly lhe dava. Mas o que mais
amava de sua sobrinha era que finalmente parecia estar curada como
qualquer criança que perde seus pais. Elas estavam fazendo um lar
verdadeiro por si mesmas.
Ela foi dormir, emocionada por decorar o edifício e esperava que Molly
retornasse para casa. Ela já tinha canções natalinas correndo por sua
mente.

Trenton saiu do elevador e um ofego escapou de seus lábios. Ele


olhou ao redor as decorações vermelhas e verdes e parou
silenciosamente enquanto se deu conta de que canções de natal soavam
pelos alto-falantes. Os escritórios pareciam como se um papai Noel
tivesse posto sua oficina justo ali.

Ele caminhou pelos escritórios, dando-se conta de que não havia


uma só área sem tocar, havia luzes, muérdagos, grinaldas e sinos. As
decorações estavam por toda parte. Ele caminhou para seu escritório e
ligou seu computador.

Ele procurou o comunicado que enviou e o releu. Ele pensou que


obviamente seus empregados não podiam ler porque o comunicado
dizia especificamente que ele não queria decorações natalinas por toda
parte.

Trenton estava se preparando para sair pela porta, para convocar


uma reunião e despedir quem quer que fosse por se atrever a vir com a
ideia de ignorar seu comunicado. Levantou e caminhou para a porta,
quando esta se abriu e seu pai e seu tio entraram.

- Está aqui cedo, menino - disse seu papai.

- Tenho muito trabalho a fazer pai. Este, na realidade não é um


bom momento.

- Oh, sempre há tempo para a família. Estamos aqui para dizer


que sequestramos a sua linda assistente para decorar o edifício, já que
ela fez um bom trabalho aqui - disse Joseph.

A cabeça de Trenton virava rapidamente enquanto olhava


boquiaberto de seu pai a seu tio. Ele devia saber que Jennifer era a
responsável por esta dor de cabeça. Ela parecia ser sempre a que o
empurrava até o limite. Eles certamente teriam que se falar.

- Onde está ela agora? - perguntou Trenton entre dentes. Ele não
percebeu o olhar que seu pai e seu tio deram um ao outro.
- Encontraremos com ela na loja - disse George.

- Não pensaram que deviam me perguntar se podia prescindir


dela? - disse ele tranquilamente. Os dois homens o olharam curiosos,
como se não pudessem averiguar por que ele pediria tal coisa. Ele teve
que contar até vinte em sua cabeça antes que dissesse algo mais.

Eles tinham chegado de Viena um par de semanas e tinha


tomado todo seu bem afiado autocontrole para manter-se afastado dela.

Ela não havia se insinuado para ele ou falava sobre a viagem ou


seu desejo aparentemente insaciável uma vez mais, e ele se encontrava
muito irritado por isso.

Ele não queria nenhum apego com uma mulher molesta que se
pendurava em cima dele, mas ela ao menos poderia mostrar um pouco
de desejo por ele. Certamente, ele não tinha perdido nada de sua paixão
por ela. Ela entrava em uma sala e seu corpo respondia imediatamente.
Ele não tinha feito nenhum movimento por ela, porque estava tratando
de manter-se sob controle, mas isso estava indo rapidamente pela
janela. Ela certamente não estava caindo por ele de um jeito que não
pudesse aguentar muito mais. A viagem à Áustria não tinha feito o que
se supunha que deveria ter feito, tira-la de seu sistema.

- Bom, ela fez um grande trabalho aqui, queríamos que ela


decorasse todo o lugar - disse Joseph, olhando perplexo para seu
sobrinho mal-humorado.

- Sinto muito, tio Joseph, tem razão, ela fez um grande trabalho e
não me importa empresta-la, entretanto, por favor, só a leve pela
metade do dia, já que tem coisas a fazer aqui também - disse com os
dentes apertados.
Seu tio, aparentemente, não se deu conta de que havia algo mau.
Deu-lhe uma palmada nas costas e se foi com seu pai. Trenton se
sentou em seu escritório, jogando fumaça pelos pulmões, já que os
anciões tinham conseguido outra vez seu objetivo, e não só isso, mas
também levado sua assistente. Queria persegui-la, mas sabia que não
seria uma boa ideia em seu estado de ânimo atual.

Depois do almoço, ela chegou ao escritório, usando uma louca


camisa de férias e sorrindo. Havia um pedaço de papel grudado em seu
cabelo, ela não parecia dar-se conta disso, e ele se obrigou a ficar em
seu assento. Queria aproximá-la e marcá-la como dele. Teria que fazer
algo e logo, antes que explodisse.

- Não acredita que deveria ter falado comigo antes de tomar outro
trabalho? - perguntou surpreso pela calma de sua voz. Seu sorriso se
desvaneceu.

- Disseram-me que estava de acordo com isto - disse um pouco


inquieta.

- Não tinha remédio que estar de acordo com isso, com meu pai e
meu tio querendo te levar longe de seu trabalho - virtualmente grunhiu.

- Oh, sinto muito, Sr. Anderson, lhes direi que não posso
terminar - disse, e seu temperamento se foi pelas nuvens. Ali estava ele,
sentado com uma ereção furiosa, querendo-a mais que a qualquer outra
mulher, e ela se atrevia a chamá-lo por seu sobrenome. Ele saiu
disparado tão rápido que sua cadeira saiu voando pela sala, deixando-a
olhando-o em estado de choque e com um pouco de medo.

Ela imediatamente retrocedeu, correndo até a porta. Sabia


quando ficar e lutar, e quando retirar-se. Ele a agarrou e a arrastou de
novo para seu escritório e a olhou, causando-lhe um tremor por sua
espinha.

- Cale-se - ameaçou, e ela não se atreveu a desafiá-lo. Marcou o


botão de sua secretária, que respondeu imediatamente. - Diga a todos
para irem embora. Não me importa no que estão trabalhando, o dia
terminou, pode contar como um bônus de férias - disse, e cortou a
comunicação.

Jennifer estava surpreendida e um pouco assustada por suas


palavras. Ele a arrastou até a porta fechando-a e logo a recostou sobre o
sofá, onde a pressionou, ofegando. Ela se surpreendeu por seu
comportamento. Certamente o tinha visto zangado antes, mas ele
estava tão controlado, com um fogo ardendo em seus olhos.

- Adverti a você que deixasse de me chamar por meu sobrenome.


- Foi tudo o que disse antes de cair no sofá e lhe fazer esquecer tudo a
respeito da distância entre eles no último par de semanas.
Ela nem sequer pensou lutar contra ele enquanto a tomava em
seus braços. A surpresa foi consumida rapidamente pela paixão. Ele era
glorioso zangado e ela tinha sentido saudades da sensação de seu corpo
colado ao dela. Sentia falta da sensação de seu sexo entrando e saindo
dela. Sentia falta de tocá-lo, sem barreiras entre eles.

Tirou suas roupas e logo as suas em um tempo recorde, e estirou


seu corpo sobre o dela, sua pele quente brilhante no escritório de pouca
luz. Ele era magnífico. Levou seus lábios aos dela, empurrando sua
língua ao redor dos contornos de sua boca, fazendo-a gritar de prazer.
Suas mãos percorreram cada centímetro de sua pele, tomando seu
tempo em suas zonas mais íntimas.

Ele chupou o mamilo até que alcançou seu ponto máximo em


sua boca, agitando sua língua ao redor da superfície dura de cor rosa, o
que a fez gemer enquanto agarrava sua cabeça com força contra seu
peito. Moveu sua língua e ela gemeu de frustração. Ele a olhou, com os
olhos brilhando de calor inocultável. Ele arrastou sua língua entre o
vale de seus peitos sensíveis fazendo com que sua pele arrepiasse.

Sua boca se deteve abaixo, passando muito tempo na superfície


branda de seu ventre, fazendo com que seu ponto mais sensível
palpitasse de umidade. Ela estava pronta para ele. Duas semanas
pareciam ser também dois anos.

Era viciada nele, sem importar o muito que tentasse negá-lo.


Dava-lhe prazer que nem sequer podia imaginar em outro.

Ele moveu sua boca por suas coxas, lambendo e mordendo no


interior. Seus lábios perdendo-se ao redor de seu núcleo, aproximando-
se, mas sem tocá-la onde ela muito o queria. Ela queria gritar em sua
frustração.

Ela agarrou sua cabeça, tratando de guiá-lo, sem lhe importar


como se voltava audaz em seus braços. Necessitava dele para aliviar a
pressão, como só ele podia.

- Por favor, Trenton, por favor - rogou, em um sopro agitado de


ar. Por último, passou a língua por suas dobras quentes, o que a fez
tremer de prazer. Beijou-a intimamente, tendo sua mente e corpo a um
nível totalmente distinto. Formou redemoinhos com sua língua ao
longo de seu sexo, deslizando sua língua acima e abaixo de suas dobras
de seda. Ela se esticou quando ele passou sua língua por seu núcleo,
enviando-a à borda de um orgasmo delirante. Brandamente tirou sua
língua, prolongando seu prazer, antes que ele mordiscasse seu caminho
de volta ao seu corpo.
Ele pressionou seus corpos juntos, os mamilos doloridos à
medida que se esfregavam contra seu duro peito. Logo que teve forças
para envolver seus braços ao redor de seu pescoço, abraçando-o
estreitamente contra ela. Ela o olhou nos olhos com uma expressão de
satisfação. Sorriu, cheia de alegria. Inclinou-se lentamente,
mordiscando seus lábios, deslizando a língua por seus lábios. Podia
beijá-lo assim todos os dias.

Ele levantou seu quadril e deslizou sem esforço no calor de seu


sexo. Ela estava mais que pronta para ele. Deteve-se dentro dela,
deixando que o prazer viesse, uma vez mais, cegando seu sistema. Eles
se encaixavam entre si perfeitamente. Ele não podia recordar alguma
vez ser mais feliz. Ela sacudiu seus quadris e seguiu o seu ritmo.
Moveu-se rapidamente dentro e fora dela, procurando seu próprio
prazer.

Não passou muito tempo para que o corpo de Jennifer gozasse


uma vez mais, e juntos ao climax enquanto ele soltava sua semente em
seu interior. Ela se afundou no sofá, ainda agarrando-o com força, com
medo de deixá-lo ir e do momento íntimo acabar. Virou-a para embalá-
la em seus braços e suas mãos acariciaram de cima abaixo suas costas,
atraindo-a em um profundo sentido de segurança. Eles dormiram por
um período indeterminável de tempo e ela despertou por suas mãos
errantes.

Amou-a várias vezes no sofá e ela respondeu de uma maneira na


qual mostrou que a distância que pensava ter criado tinha sido só em
sua imaginação.
Depois que ambos estavam totalmente saciados e começaram a vestir-
se, Jennifer ficou de pé, sem saber o que dizer ou fazer. Ela tinha
desfrutado a fundo, fazer amor, e certamente não podia se queixar mas
se sentia como uma pessoa depois de uma escapada de uma noite.
Estava tão insegura do que devia fazer a seguir.

- Meu tio terá sua festa anual de Natal este fim de semana. Virá
comigo - disse ele finalmente, fazendo contato visual. Era uma ordem,
não um convite. Ela entrecerrou os olhos. Ele não era capaz de deixar
de dar ordens ao seu redor.

- Talvez já tenha planos. - Mentiu. Ele a olhou e ela finalmente


rompeu o contato visual. Podia sentir seus olhos perfurando-a e tratou
desesperadamente de pensar em uma desculpa para evitar a festa, mas
gostava de sua família e da ideia de desfrutar de uma festa na famosa
Mansão Anderson da qual tinha ouvido falar tanto.

- Vou enviar um carro para você e Molly, formalmente - disse,


fazendo caso omisso de sua outra declaração. Já que estava permitindo
que Molly fosse, decidiu ir. Ela sabia que sua sobrinha teria um bom
momento. Estava um pouco preocupada com o vestuário, entretanto.
Havia devolvido o vestido que lhe tinha dado em Viena e o deixou em
seu escritório depois que retornaram.

Quando ele retornou e o encontrou, voltou e lhe disse que ou


tomava o vestido de novo ou ele pessoalmente o poria. Tinha decidido
que era melhor mantê-lo, mas nunca se comprometeu a usá-lo
novamente.

Bom, ela usaria a maldita coisa e seria conveniente para a festa,


por isso supôs que podia ceder nesta questão e usar o vestido uma vez
mais. Ela se negou rotundamente a levar as joias, entretanto. Ele não
podia tomar as peças de volta, mas ela as tinha escondidas debaixo de
uma taboa no chão solto em sua casa, aterrorizada de que alguém
roubasse as peças caras. Estava decidida a devolver-lhe em algum
momento, quando não tivesse que lutar com as consequências de sua
ira.
Ela saiu do escritório sem dizer uma palavra mais. Ela sabia que não
lhe faria nenhum bem e não era o momento de todos os modos. Ambos
sabiam que tinha perdido sua pequena batalha, então para o bem
poderia sair com a cabeça erguida.
Jennifer foi para casa e disse a Molly a respeito da festa, o que extasiou
sua sobrinha pelo resto da semana.

Sua semana também provou ser gratificante. Decorou todo o


edifício com uma grande quantidade de ajuda adicional de outros
empregados e sentiu alegria ao caminhar nele a cada dia, escutando as
canções de natal através dos alto-falantes.
A festa chegou antes que se desse conta e tomou seu tempo
preparando-se. Enquanto ela deslizava o lindo vestido de novo, ela se
surpreendeu de quão bonita a fazia se sentir. Supôs que o dito a
respeito de que a roupa formava a pessoa tinha algum mérito, porque se
sentia bem no vestido magnífico e surpreendentemente feliz.

Molly parecia adorável no vestido que Jennifer lhe comprou. O


azul do vestido era bonito porque sua sobrinha tinha insistido em que
combinassem ambas. Jennifer não estava de acordo em usar vestidos
que combinassem, mas ela tinha encontrado uma cor similar que
agradou a Molly. Também tinha encontrado uns brilhantes sapatos que
sua sobrinha amou instantaneamente.

Quando o carro chegou para busca-las seus nervos estavam se


acalmando e ela estava incrivelmente ansiosa. Sentiu-se aliviada
quando viu que Trenton não estava no carro. Tomou um tempo para
acalmar-se antes de ter que enfrentá-lo.

Trenton estava muito mais que irritado quando finalmente


chegou à festa. Estenderam-se com o negócio e tinha chegado mais de
uma hora atrasado. Tinha querido acompanhar Jennifer à festa e perder
esse pequeno tempo não o fazia feliz. Encontrou-se com a necessidade
de estar ao seu redor cada vez mais, não podia negar.

Logo que entrou na mansão de seu tio se dedicou a procurá-la,


encontrou Molly sem problemas, estava com seus sobrinhos. Estava
recebendo uma grande quantidade de presentes. Trenton teve que
sorrir, por como seu tio se voltava e arranjava tudo pela casa quando se
tratava de seus netos, e se lhe adicionassem alguns, muito melhor,
pensava o idoso. Todas as crianças estavam abrindo presente após
presente e gritando de alegria. Procurou Jennifer na multidão mas não
foi capaz de encontrá-la.

Estava a ponto de ir procura-la em outra sala quando a ouviu rir e


se voltou nessa direção. Sentia que podia encontrá-la em qualquer lugar
e fazer desaparecer os que estivessem no meio. Quando por fim o mar
de pessoas que a rodeavam se separaram e finalmente a viu, sentiu um
nó de ciúmes profundo em seu interior e pela primeira vez em sua vida
quis atirar na cabeça de seu irmão.
Começou a dirigir-se a ambos, encontravam-se distante dele, quando
entraram em contato visual. A lógica lhe dizia saber que seu irmão não
ia tirar a sua mulher apesar de que ainda não a tivesse reclamado, ele
sabia que ela estava longe de estar disponível. Tinha a necessidade de
deixar claro que ela não estava mais disponível.

- Boa noite, bela. - Pôs seus braços a seu redor, e na frente de


todos a beijou, contudo, esqueceu onde estava. Seus braços a
envolveram e riscaram ao redor de seu pescoço atraindo-o perto e ela
seguia os rítmicos movimentos de sua ereção em seu estômago.
E do modo que começou de repente ele a jogou para trás, ela
gemeu, tratando de trazê-lo de volta. Viu-lhe os olhos nublados com
frustração em sua cara e finalmente afogou uma risada.

Jennifer olhou com horror a cara zombadora de George e


imediatamente sentiu o rubor subir a suas bochechas. Enterrou sua cara
no pescoço de Trenton por um momento, tratando de ficar composta.
Ela nunca tinha beijado a um homem como o tinha devorado na sala.

Ela ouviu conversas ao seu redor e enfrentou com várias olhadas.


Não estava segura de que pudesse se tranquilizar ficando aí.

- Acredito que alguém esclareceu seu ponto - disse Max por trás.

- Demônios - disse Trenton, ainda sem olhá-la.

- Me deem licença, por favor - disse Jennifer empurrando-o para


poder sair da sala. Ela encontrou um banheiro e se encerrou dentro.
Não sabia o que estava sentindo nesse momento, raiva ou vergonha.

Estava furiosa porque Trenton decidiu reclamá-la dessa maneira


e envergonhá-la dessa forma na frente de sua família. Seguramente eles
poderiam pensar que era uma faminta pelo dinheiro, isso é o que ela
pensava das mulheres que dormiam com seus chefes.
Desejou não haver ficado com o vestido sexy, sentia que estava
mostrando muita pele. Lavou o rosto, deixou um pouco de
maquiagem, endireitou os ombros e saiu. Queria agarrar Molly e sair,
mas não podia arruinar um bom momento.

Não encontrou ninguém a olhando diferente depois do beijo e


começou a relaxar, mas tentaria evitar Trenton, ainda sentia seus olhos
postos em algum lugar dela. Definitivamente ia falar com ele depois de
que desfrutassem da festa de Natal.

Trenton via Jennifer, querendo mais que agarrá-la e leva-la até


um quarto e atirá-la em uma cama. Normalmente tomava o que queria,
quando o queria; mas sua família havia dito que fazê-lo não ia diminuir
sua luta, então controlou sua frustração e se encontrou tendo um bom
tempo o resto da confraternização.

Tinha estado afastado de seus primos e seus irmãos por um bom


tempo, e sentia-se bem estando perto deles. Encontrou-se rindo e
passando um bom momento, sem preocupar-se sobre o que falava, ou
onde estava, sabia onde estava Jennifer. Não o fazia conscientemente,
mas sabia onde estava.

A noite passou mais rápido do que Jennifer esperava, começou a


bocejar e decidiu que era hora de levar Molly para casa. Sua sobrinha
tinha tido um bom momento, mas era hora de ir dormir. Foi onde
estavam Joseph e Katherine, agradeceu-lhes por um momento
esplêndido e encontrou Molly dormindo em um quarto cheio de
crianças.

Sorriu ao ver seu delicado corpo e soltou uma risada por seus
amigos. A família Anderson tinha sido muito boa com sua vulnerável
sobrinha.

- Deixe que eu a levo pra você – Ouviu Trenton dizer, ela saltou
surpreendida. Não sabia que a tinha seguido até o quarto.

- De verdade o aprecio. Ela pode ser pequena, mas dormindo é


bastante pesada.

Trenton carregou Molly em seus braços como se não pesasse


nada. A cabeça de Molly descansando em seu peito lhe trouxe lágrimas
aos olhos. Sua pobre sobrinha tinha perdido sua mãe e seu pai e
merecia uns pais que a amassem. Ela faria o que fosse para lhe dar todo
o amor que merecia.

Caminhou para fora com Trenton, e desfrutou do frio que lhe


tocava o rosto. Sabia que tinha tomado muitas taças de champanhe e
não tinha comido quase nada na festa. Tampouco tinha comido nada
antes de ir e não tinha seu carro.

- Vou chamar um táxi - disse a Trenton, que começou a descer. -


Aonde vai? - perguntou um pouco enjoada e o seguiu.
- Te levarei até sua casa.

- Não é necessário, posso tomar um táxi. - Tentou de novo, não


muito segura de poder dirigir o caminho para casa com ele. Seus
hormônios estavam alvoroçados e ela tinha pouca resistência justo
nesse momento.

- Lute com isso. - Parou e pôs Molly no assento de trás. Sua


sobrinha estava tão cansada que não se moveu. Abriu a porta do
passageiro e esperou até que Jennifer entrasse. Não se moveu nem um
pouco, considerando que sua sobrinha estava atrás.

Ele dirigiu por ruas desertas e pareceu como se fosse o dobro do


comprimento que o normal devido à tensão rondando pelo carro. Ela
suspirou aliviada quando estacionaram frente ao apartamento.
Imediatamente saiu do carro, planejando pegar Molly e entrar
correndo. Trenton tinha outro plano, entretanto, quando chocou com
ele ao tentar pegar Molly na porta.

- Eu a levo - Foi tudo o que disse, e ela resmungou frente à porta


quando a tocou com os dedos e tudo dentro dela se sacudiu enquanto
abria a porta. - Onde fica seu quarto? - perguntou. Ela assinalou o
corredor curto e logo foi para a cozinha. Levantar-se na manhã com
uma ressaca não era uma opção, assim preparou uma forte xícara de
café e esperou até que estivesse pronto.

- Não despertou quando a deixei na cama - disse Trenton,


despertando-a. Não o tinha ouvido retornar à cozinha. - Me faria bem
uma xícara de café - disse, já que ela não lhe ofereceu nenhuma.

- OK, mas estou realmente cansada, assim... - deixou as palavras


no ar. Pareceu não gostar de ser jogado de sua casa. Aceitou a xícara,
apoiando-se no aparador a pouco espaço dela. Todo seu corpo era
consciente da presença dele. Não tinham estado sozinhos desde o dia
em seu escritório e sentia tudo correndo através dela, necessitando seu
toque de uma maneira que a enfurecia.

- Me convide para ficar. – Ele sussurrou sedutoramente,


deixando-a tremendo.

- Essa não é uma boa ideia - disse ela, agarrando a xícara e


esforçando-se em não ceder para que ele ficasse.

- Nossa relação não foi uma boa ideia - disse-lhe e rapidamente se


dirigiu para ela, suas intenções estavam claras em seus belos olhos. Ela
tratou de esquivá-lo, mas foi inútil em um espaço tão pequeno. Ele a
tomou em seus braços e sua débil resistência se evaporou quando seus
lábios a tocaram. Ela sofria por ele de uma maneira que nunca pensou
ser possível, e cada vez que estava em seus braços era um alívio. Que
diferença faria uma noite mais?
Trenton nem sequer podia pensar com clareza quando a pegou
no colo. Perdeu qualquer coerência que não fosse encontrar uma cama
e usá-la. Soube que não importava quantas vezes ele a tomasse, nunca
seria suficiente. Não acreditava que alguma vez o fosse. Ajeitou-a em
seus braços e a levou até o pequeno quarto.

Mal foi capaz de tirar a sua roupa antes que ele se afundasse
profundamente em seu acolhedor calor. Seus gemidos de prazer o
levaram à borda e a primeira vez dessa noite foi muito rápida. Fez que
as seguintes duas horas fossem de inteiro prazer, fazendo amor
lentamente durante a metade da noite. Ela estava surpreendida pelo
tempo em que levou até que ambos estivessem satisfeitos.

Tanto Trenton como Jennifer caíram em um profundo sono,


acordando quando o sol estava começando a sair. Nesse momento ele
se deu conta que não podia deixá-la ir. Pensou que ia tomar um
montão de tempo para convencê-la, mas ela era sua mulher e se negava
a deixá-la ir.
Capítulo 9
Jennifer foi despertada por golpes em sua porta. Ela abriu os
olhos assustada, ficou aliviada ao perceber que suas pálpebras não
estavam tremendo. Tentou mover-se e encontrou-se presa na cama.
Deitou a cabeça e lembrou-se rapidamente da noite passada. Trenton
estava olhando-a com um sorriso de satisfação nos lábios.

- Bom dia - murmurou antes de beijá-la suavemente, fazendo-a


esquecer de tudo a respeito dos golpes, até que outro insistente golpeou
a sua porta.

- Um, tenho que abrir a porta – disse, nada feliz com a conversa
pela manhã, tendo em conta que ele era o único com quem tinha tido
uma. Saltou da cama, consciente de seu estado muito nu. Ela agarrou
seu roupão de banho e o vestiu, antes de dirigir-se à porta principal,
consciente de que provavelmente parecia um desastre, apesar de que já
chegava a parte da tarde. Sentia-se horrível de ter dormido tanto tempo.
A casa estava em silêncio, o que significava que sua sobrinha ainda
estava dormindo. Não se surpreendeu tendo em conta toda a emoção
da noite anterior e que tinha ido para a cama tarde.

Jennifer abriu a porta para ver o olhar de desaprovação da


assistente social de sua sobrinha. Perguntou-se o que a mulher estava
fazendo ali.

- Olá, Sra. Ellis, esqueci-me de uma entrevista? - Perguntou ela,


muito mais consciente de sua própria aparência desigual. A mulher a
olhou dos pés à cabeça e pelo olhar em seus olhos, não aprovava.

- Tenho algumas notícias para compartilhar com você que não


podiam esperar. Posso entrar? - A mulher declarou e se dirigiu para
dentro da sala. Jennifer percebeu que a mulher estava grosseira e
aborrecida, mas não podia deixar que seu temperamento tirasse o
melhor dela. A mulher fazia diferença para que ela tivesse sua sobrinha
de forma permanente ou não, por isso seria agradável.

- Gostaria de uma xícara de café? - Ofereceu.


- Isso seria genial, obrigado - disse ela. Jennifer rapidamente pôs
uma garrafa e colocou uma xícara em frente da mulher e logo se sentou
com ela na mesa. Ela tirou vários papéis de seu arquivo e um suor frio
escapou da pele de Jennifer. Esta não parecia ser uma visita feliz.

- Como você sabe, a custódia de Molly foi temporária até que se


determinasse se este seria o melhor ambiente para ela - explicou a
mulher e por seu tom de voz, parecia estar dizendo que em realidade
não acreditava que se tratava de um bom ambiente.
-Tivemos entrevistas com Molly e logo com você, é obvio, e chegamos
à conclusão de que Molly estaria muito melhor em torno de um leito
familiar mais tradicional. Ela tinha dois pais muito amorosos e não
pensamos que ficar em uma família monoparental seja o melhor para
ela - disse a mulher no mesmo tom frio. Tomou uns momentos para
Jennifer dar-se conta do que estava dizendo, mas quando chegou,
sentiu toda a cor drenar-se de seu rosto. A mulher lhe dizia que iriam
tirar Molly de seus cuidados.

- Eu não entendo. Molly está muito bem comigo. Tenho-a na


escola e tenho um bom trabalho, por isso cuidar dela não é um
problema. Sou sua tia e não acredito que viver com estranhos seria bom
para ela. - declarou Jennifer.

- Nós deixamos as crianças com os parentes se isso for o que é


melhor para eles, mas com suas largas horas de trabalho e o estado de
solteira, isto não é um ambiente de vida ideal - disse a mulher, olhando
ao redor da pequena casa e encontrando-a defeituosa.

Trenton escolheu esse momento para entrar na sala, luzindo sexy


como o pecado em sua roupa da noite anterior. Certamente, não se via
desalinhado como ela. Parecia o serio empresário que era. Aproximou-
se da cafeteira e se serviu de uma xícara e logo se uniu a elas na mesa.
Inclusive a assistente social esnobe parecia um pouco ruborizada em
sua presença já que o homem parecia ter esse efeito em todas as
mulheres, sem importar sua idade.

- Boa tarde. Sou Trenton Anderson - disse ele, enquanto estendia


mão. A mulher se ruborizou enquanto tomava sua mão e Jennifer se
sentou ali em estado de choque.

- Olá, sou Betsy - respondeu ela, e Jennifer ficou de boca aberta.


Ela nem sequer sabia que a mulher tinha um nome e muito menos que
deixasse ouvi-lo. Ela enviou a Trenton um olhar e de fato ele teve a
coragem de piscar para ela. Teria uma conversa com ele mais tarde, já
que seu temperamento estava começando a subir. Odiava o poder que
ele tinha, quando ela mesma, sentia-se tão desesperada.

- É um nome bonito, sinto interromper, mas não pude evitar de


escutar sua conversa - disse, fazendo que a mulher se ruborizasse de
novo.

- Isso está perfeitamente bem, Sr. Anderson - disse ela. Jennifer


tinha a sensação de que se ela fosse a que tivesse interrompido, não
teria conseguido uma resposta tão agradável.

- Você não terá que se preocupar mais com o estado de solteira de


Jennifer já que ela é minha noiva. Vamos nos casar no final de semana.
Meu pai sempre quis um casamento no Natal – disse para mulher. Ela
o olhou distraidamente enquanto Jennifer ficou novamente em estado
de choque. Não podia acreditar que ele tinha mentido para assistente
social. Não era como se ela não fosse descobrir a verdade quando não
acontecesse um casamento.

- Bom, Jennifer, por que não me disse isso - voltou-se para


Jennifer com reprovação. Jennifer não podia falar.

- As coisas aconteceram tão rápido e sei que ela estava pensando


em chamar você imediatamente, como uma questão de fato, nós
gostaríamos de lhe convidar desde que esteve tão presente na vida de
Molly - disse ele calmamente, tomando a mão de Jennifer na sua e
levando-a aos lábios, onde beijou brandamente a palma de sua mão,
enviando uma sensação de formigamento por todo o caminho até os
pés.

- Me parece uma maravilha, Sr. Anderson, e vão viver em um


lugar mais adequado para a menina? - Perguntou, ignorando por
completo Jennifer.

- Sim, Molly terá uma bonita casa para correr livremente, com
um parque infantil, é obvio como todas as crianças necessitam -
respondeu. Conforme as mentiras foram aumentando, Jennifer sentiu a
bílis em sua garganta. Não sabia como ia sair de tudo isto. Certamente
sabia que ia estrangular Trenton logo que a Sra. Ellis fosse embora.

- Soa perfeito. Vamos pôr um fim nesta transferência e daremos


tempo para fazerem as coisas - disse, enquanto ficava de pé estendeu a
mão para Trenton e logo saindo pela porta principal. Nem sequer se
tinha incomodado em dizer adeus à Jennifer. Uma vez que ela sabia
que estava tudo calmo, voltou-se para Trenton com assassinato em seus
olhos.

- Como se atreve a mentir, você todo pomposo, egoísta,


arrogante? Quando este casamento não acontecer, ela vai pensar que
sou uma mentirosa, assim como incompetente, e levará Molly de mim
para um lar seguro - gritou, enquanto espreitava mais perto dele. Nunca
em sua vida queria machucar fisicamente a alguém, mas nesse
momento queria golpeá-lo repetidamente.

Trenton viu Jennifer e sentiu seu corpo esquentar. Sua ira era
algo impressionante de ver e se encontrou querendo-a tanto que lhe
doía todo o corpo. Ele sorriu e fez com que os olhos dela saíssem
faíscas e o seu rosto esquentasse. Estava fascinado com sua reação e se
encontrou querendo empurrar seus botões ainda mais.

Ela se aproximou dele com sua mão levantada. Não sabia se ela
pensava golpeá-lo ou arrancar seus olhos, mas não lhe deu tempo para
fazer nada. Tomou-a em seus braços e a beijou com tanto calor, que
não sabia como ambos não estavam em combustão.
Ela lutou com ele por uns momentos e logo a ira se voltou
rapidamente em paixão e acabaram agarrando um ao outro. Ele a
levantou no mostrador estava se preparando para abrir o roupão e
afundar-se profundamente em seu interior, quando escutou um ruído
detrás dele virou a cabeça na nevoa cheia de paixão e ficou agradecido
que o fez, porque Molly estava de pé na porta, com os olhos sonolentos
sobre eles.

Jennifer ainda não a tinha visto e seguia agarrando-se a ele, o


necessitando para terminar o que tinha começado. Ele separou-se dela
fazendo-a gemer, sentindo fria e vazia, sem ele se apertando contra ela.
Levou-lhe um momento, mas finalmente olhou e viu sua sobrinha, e
logo sua cara se esquentou com vergonha. Rogou que sua sobrinha
inocente não tivesse visto muito. Olhou com rapidez para sua roupa e a
de Trenton, e se sentiu aliviada ao ver que tudo estava perfeitamente
coberto.

- Bom dia, Anjo - disse através de um nó na garganta.


- Bom dia tia, tenho fome - Molly respondeu e se sentou à mesa,
atuando como se nada tivesse acontecido ao encontrar a sua tia
agarrada nos braços de um homem na cozinha.

- Vou te fazer umas panquecas - disse, e rapidamente foi trabalhar


nelas, contente de ter algo que fazer e tirar Trenton de sua mente e a
situação de custódia por uns momentos. Enquanto sua pele quente se
esfriava e sua mente tinha tempo para pensar, começou a estressar-se
uma vez mais, perguntando-se o que ia fazer e como ia sair de sua
situação atual.

Terminou as panquecas e se sentou à mesa com Molly, olhando


para ela. Não podia deixá-la ir, era tão preciosa para ela e romperia o
coração das duas não poderem estar mais juntas.

Molly terminou seu café da manhã e foi para a sala ver um filme
enquanto despertava. Jennifer finalmente se voltou para Trenton,
pronta para resolver as coisas com ele.

- Como pôde ter mentido? Ela saberá que inventou todo o


assunto e logo me culpará por isso. Inferno terei sorte se eu puder
visitar minha sobrinha depois de tudo isto - terminou com a voz
abafada.

- Eu não menti. Ouvi sua conversa com ela e me pareceu a


melhor solução. Casaremos e você pode manter a sua sobrinha - disse
em um tom serio. Ela o olhou com incredulidade.

- Não posso me casar com você.


- Então perderá a sua sobrinha. - Pronunciou as palavras sem
emoção, sem romper o contato visual. Ela ficou ali, deixando que o que
ele disse se assentasse. Poderia casar-se com um homem por outra
razão a não ser amor? Ela tinha acabado de dizer que não poderia
perder sua sobrinha e se o matrimônio era a solução para mantê-la,
então, que dano podia fazer realmente?

Pensou em sua conversa sobre casamentos arrumados há


algumas semanas e a forma em que ele estava convencido de que todos
os matrimônios eram de conveniência. O casamento com ele não era
mais que um contrato. Ele não estava oferecendo o matrimônio de
maneira emocional, seria puramente negócios com ele.
- Por que fez isto, não terá nada a ganhar? - Ela finalmente
perguntou.

- Em caso de que não o tenha notado, somos geniais na cama.


Isso é digno de um anel de casamento - disse ele e ela estremeceu.

Ele estava trocando um anel de casamento por sexo ilimitado.


Ela podia na verdade se vender assim? Não era como se dormir com ele
fosse um sofrimento, mas ainda parecia muito frio. Teve que piscar
para não cair às lágrimas quando pensou sobre isso. Deu-lhe as costas,
olhando para fora da janela.

- Preciso pensar sobre tudo isto.

- Não há nada que pensar, Jennifer. Ou faz isto por sua sobrinha,
ou não. Um casamento leva tempo para planejar e já disse a Sra. Ellis
que nos casaremos em uma semana, assim precisa decidir agora - disse,
com uma voz fria. Estava empurrando-a em uma encruzilhada, ela não
queria nada mais do que correr para longe. Olhou para a sala de estar e
para sua sobrinha, que estava muito feliz nesse momento. Tinha se
aberto muito mais nos últimos meses e Jennifer sabia que se ela
passasse para o sistema de assistência de adoção, se retrairia
rapidamente de novo. Pensaria que a sua tia a tinha abandonado. Não
podia deixar que isso acontecesse.

- Sim - disse, com um sussurro. Não podia virar e olhar para ele
quando disse a singela palavra. Ele não precisava de nenhuma
confirmação, pois sabia que tinha ganhado a batalha.

- Me responsabilizarei por tudo - disse a ela e caminhou para fora


de sua porta principal. Sentia-se como se tivesse que vender sua alma
ao diabo, mas faria muito pior para manter sua sobrinha a salvo.
Sentou-se no sofá com ela, puxando-a para perto, precisando recordar
que sua própria vida não importava, pois isso era sobre Molly, que era
sua responsabilidade.

Trenton deixou a casa sentindo-se culpado por empurrar Jennifer


em uma encruzilhada, mas sabia que não a deixaria ir. Não queria lhe
dar tempo para pensar em qualquer outra solução. Queria-a para ser
sua esposa, e quando queria algo, sempre ia atrás até que fosse dele.

Jennifer estava assustada de como as coisas rapidamente


ocorriam depois da resposta com uma simples palavra. Recebeu uma
chamada tardia de Emily Anderson, desejando felicidades pelo seu
casamento e perguntando se poderia ajudar na preparação dos detalhes
da cerimônia. A contra gosto aceitou a oferta, não querendo fazer uma
grande coisa sobre um casamento falso, mas tampouco querendo ferir
Emily, que tinha se tornado uma amiga para ela.

Chegou ao rancho, onde estavam todas as mulheres Anderson,


junto com os irmãos e primos de Trenton. A casa estava cheia de
pessoas e objetos. Tinha sido convidada a ficar no rancho, embora isso
tivesse sido mais uma ordem, assim poderiam conseguir tudo o que
precisavam e terminar no curto período de tempo.

Tinha sido dispensada do trabalho, ela estava ocupada dia e noite


com a cerimônia, e não tinha visto Trenton a sós, nem sequer uma vez.
Viu-o aqui e lá, mas sempre à distância. Entretanto os olhares que eles
trocavam a deixava em chamas. Parecia quase tão faminto dela como
ela estava por ele e tinha a sensação de que sua noite de lua de mel ia
ser explosiva.

Foi medida, arrumada, depilada e exposta a cada tratamento de


beleza que não podia sequer imaginar, e antes de perceber o dia do
casamento já tinha chegado. Disse a todo mundo repetidamente que
não queria uma grande cerimônia, mas ninguém a escutou.

Olhou a si mesma no espelho de corpo inteiro, em um dos


quartos de hóspedes do rancho e não podia se reconhecer. Amava seu
vestido, todo branco, esponjoso e repleto com contas e bordados. Era
um vestido de sonho e não podia lamentar o vestido de qualquer
maneira. Seu cabelo foi tirado de seu pescoço, colocado no lugar por
presilhas, contas e uma tiara brilhante. Sua maquiagem tinha sido
aplicada por um profissional e se sentia bonita.

-Tia Jennifer, já está na hora? - Molly, que parecia como uma


versão em miniatura de si mesma, perguntou.

- Acredito que sim, linda, - disse, causando que Molly risse.

- Sou uma princesa - disse Molly e girou em círculo. Parecia


como uma pequena princesa em seu vestido branco e tiara. Estava tão
bonita que fez a garganta de Jennifer doer por sua irmã que nunca
conseguiria ver sua filha crescer. Algumas vezes o mundo era um lugar
cruel e se prometeu nunca deixar a lembrança de sua irmã sumir e
Molly a conheceria bem.
- Sim, você é a princesa mais bonita do mundo - disse Jennifer a
ela, que a fez rir mais, houve uma batida na porta e George entrou.

- Ambas estão maravilhosas - disse, e Molly lhe deu um sorriso


radiante.

- Obrigada - disse Jennifer timidamente. Aproximou-se de


George, que era um homem maravilhoso, e estava agradecida de ser
parte de sua vida.

- Estarei honrado de levar você pelo corredor, desde que seu pai
não pode estar aqui - ofereceu, fazendo seus olhos se encherem de
lágrimas de novo. Ele era um cavalheiro e um homem amável e ela
odiava que não soubesse a razão real do matrimônio.

- Eu serei a única honrada - respondeu e pegou um lenço


recompondo-se outra vez, antes de sair pela porta. A cerimônia passou
como um borrão e antes que Jennifer soubesse o que estava
acontecendo, o pregador estava anunciando-os marido e mulher.

-... Marido e mulher pode beijar a noiva agora - disse, e Trenton


não perdeu tempo, puxou-a em seus braços, o que não era uma tarefa
fácil, considerando a quantidade de tecido separando-os, e tomou sua
boca em um beijo apaixonado. Encontrou-se provando com avidez seus
lábios e desejando que estivessem sozinhos. Eles não tiveram muito
tempo juntos depois na festa de casamento, e ela reagiu a ele como se
estivesse esfomeada.

- De acordo, vocês têm muito tempo para isso depois - alguém


gritou da multidão, fazendo com que o rosto de Jennifer se esquentasse,
assim realmente parecia com uma noiva ruborizada. Trenton, na outra
mão, girou frente à multidão com uma expressão triunfante, causando
muitas risadas.

- Não posso esperar para ter você sozinha - Trenton sussurrou em


seu ouvido, fazendo que seu rosto permanecesse em um constante
estado de rubor. Levou-a pelo corredor e ela estava afligida quando
saíram fora.

A área tinha sido transformada, com uma enorme tenda


estabelecida com aquecedores, uma pista de dança, e garçons levando
comida e bebidas e mais uma banda completa. Era assombroso como a
família tinha conseguido em tão pouco tempo.

Logo que entraram na pista de dança, a banda começou uma


canção lenta e Trenton a puxou em seus braços e o resto do mundo se
dissolveu longe. Não soube quanto tempo dançou ao redor da pista de
dança em seus braços, mas podia ter sido a noite inteira.

- É o momento de cortar o bolo - anunciou George e fizeram as


coisas obrigatórias que noivo e noiva faziam. Ela dançou com umas
poucas pessoas, mas Trenton sempre parecia encontrá-la rapidamente e
chamá-la de volta para si mesmo. Isso a fazia se sentir querida e como
se fosse um casamento de verdade, depois de tudo. Estava nervosa
sobre sua noite de núpcias, como se não soubesse como devia se
comportar.

Sabia que tinham química e estar na cama juntos não era


nenhum problema, mas algumas coisas pequenas a deixavam insegura.
Se poderia dar-lhe beijos quando lhe desse vontade ou se poderia tocá-
lo casualmente? Se se juntaria a ele depois do trabalho? Não sabia
como ele estava esperando que ela se comportasse. Realmente a
deixava assustada pois queria recebê-lo à porta com um sorriso e um
beijo e queria envolver a si mesmo em seus braços e não só para fazer
amor. Estava completamente apaixonada por ele, quando ele somente
sentia luxúria por ela.
Esse último pensamento a assustou mais que tudo, porque a luxúria
eventualmente desapareceria e estava com medo de que ele se cansasse
dela. Ao menos para esse momento a guarda de Molly seria dela e
sempre teria as lembranças quando olhasse para trás.

- Quero ir agora, - sussurrou Trenton. Ela assentiu com a cabeça,


querendo estar a sós também. Molly ia ficar nos próximos dias com
Emily e Mark, assim poderiam ter uma verdadeira lua de mel e tinha a
sensação que não teria nada do que preocupar sobre ela durante esse
tempo, enquanto o mais provável era que nem sequer deixassem a
cama e mais ainda do quarto.

- Tenho uma surpresa para você - ele disse quando a levou pelo
corredor onde as pessoas estavam gritando e jogando arroz. Ela entrou
na parte traseira de uma enorme limusine, cheia de risos quando girou
em sua direção. Sua respiração ficou presa em sua garganta com a
impressionante visão dele. Sua gravata estava afrouxada, junto com os
botões superiores de sua camisa, o que a deixou com vontade de
alcançá-lo e sentir a gloriosa pele suave de seu peito. Quis terminar de
desabotoar sua camisa.

Como se ele pudesse ler seu pensamento, ela viu como os olhos
de Trenton se obscureceram e ele logo a puxou para seu colo. Ela ainda
estava usando seu enorme vestido de casamento e teve problemas para
conseguir se sentar, mas sua boca veio abaixo sobre a sua em uma
demanda e ela facilmente aceitou o desafio, cravando seus dedos
através de seu cabelo e provando avidamente os contornos de sua boca.

Não podia acreditar como lasciva era em sua presença. A garota


reservada e fria era instantaneamente levada à vida pela paixão que seu
toque invocava. Um grunhido desceu em sua garganta e logo se
empurrou longe dela. Pressionou sua cabeça abaixo em seu ombro e ela
não pôde evitar a não ser morder brandamente a pele ali. Sentiu um
tremor correr através de seu corpo e sorriu com satisfação ao ser ela
quem o causou.

- Estou tentando me recompor e te falar - gruniu Trenton, embora


suas mãos estivessem correndo ao longo de suas costas e quadris,
fazendo-a retorcer-se em cima dele e lamber mais seu pescoço exposto.
Ele finalmente se rendeu e levantou sua cabeça para tomar seus lábios
de novo, causando-lhe um estremecimento e fazendo-a chegar mais
perto. Ela não estava tão apaixonada por seu vestido mais, enquanto o
mantinha muito longe.

Continuaram amando um ao outro na parte traseira do


automóvel e não tinha ideia de quanto tempo passou mas
eventualmente a limusine se deteve e a porta se abriu. Ela mirou acima
embora seus olhos cheios de luxúria à porta aberta e Trenton a contra
gosto a soltou. Saiu da limusine e a ajudou a sair.

Ela olhou admirada a enorme casa em frente a ela, sem ter ideia
onde estavam. Tinha esperado ser levada a algum hotel ou em seu jato
privado, para serem levados para longe. Ele tinha sido muito misterioso
sobre sua lua de mel. Depois de todas as suas longas viagens de negócio
não há muito tempo, não tinha vontade de ir a qualquer lugar longe,
preferindo não estar longe de Molly, mas deixou a decisão para ele.
Não tinha esperado estar em alguma casa, entretanto. Talvez
estivessem fazendo outra parada.

Era uma enorme casa de três andares com largas vigas e luzes
brilhantes. A porta principal estava aberta e um homem em um
uniforme parecia estar esperando por eles. Talvez fosse um desses
hotéis que eram exclusivos e pareciam como casas, pensou.

- Este é seu presente de casamento. A casa está em seu nome


assim não importa o que ocorra saberá que sempre estará a salvo -
disse. Tomou alguns minutos para que suas palavras a penetrassem. Ele
tinha lhe comprado uma casa como um presente e estava muito
surpresa que não sabia o que dizer. O outro presente que lhe tinha
comprado, que estava dentro de sua bolsa, parecia pequeno agora. Não
podia aceitar uma casa dele. Poderia viver ali enquanto eles estivessem
casados, mas quando o conto de fadas terminasse, não poderia manter
o lugar. Ainda estava assustada e ameaçada que ele fizesse algo tão
generoso.

- Eu nem sequer sei o que dizer. Parece muito simples para dizer
obrigada, mas muito obrigada... - disse com uma voz abafada em
lágrimas.

Seu sincero agradecimento o deixou aquecido, mais do que


qualquer outra palavra dirigida a ele. Uma coisa que ele sabia era que
ela não era ambiciosa. Nunca tinha comprado um presente tão caro
para uma mulher, mas nenhuma outra mulher o tinha merecido. Tinha
pagado centenas de milhares de dólares em joias e as mulheres com as
quais tinha estado no passado só tinham visto as peças com cobiça.
Jennifer olhou a casa com amor. Essa foi uma das razões pelo que ele
sabia que nunca a deixaria ir.

- Quer entrar? - perguntou com um sorriso enquanto ela só seguia


olhando o lugar um pouco assustada.

Saiu de seu transe e sorriu com alegria.

- Muito - disse-lhe e logo foram caminhando em direção a porta,


tirou os saltos e correu escada acima. Saudou o homem na porta, que
era seu mordomo e entrou na casa, ofegando de alegria.

Durante a seguinte meia hora, seguiu-a enquanto ela explorava


cada centímetro da casa. Queria explorar um quarto, um único quarto,
mas não pôde lhe tirar o prazer. Cada coisa nova que encontrou enviou
deleite em sua expressão. Inclusive o beijou um par de vezes e tomou
toda sua força de vontade para não puxá-la com força contra ele e levá-
la para o quarto deles.
- Oh, Trenton, este lugar é a casa mais incrível que vi em minha
vida. É mais que perfeita, simplesmente não há palavras suficientes
para expressar quão apaixonada estou por ela. Vou me perder, é tão
grande e a biblioteca é incrível. Não posso esperar para ir nadar. Quero
seguir explorando, para sempre, obrigada - disse, jogando os braços em
seu pescoço.

Trenton não pôde aguentar mais e rapidamente agarrou-se nela


com força, pressionando seus lábios contra os seus, sem deixar lugar a
dúvidas que era hora de explorar seu quarto. Seus olhos se dilataram e
passou da emoção à paixão rapidamente. Ele a tomou em seus braços e
rapidamente correu pelas escadas para chegar ao quarto.

Gemeu de frustração com todos os pequenos botões na parte


posterior de seu vestido, mas não queria rasgar seu traje especial, assim
apertou os dentes ao descobrir sua perfeita pele branca, leitosa, meia
polegada de cada vez. Quando o vestido finalmente caiu no chão e viu
a pequena calcinha cobrindo seu corpo perdeu o resto de seu controle e
a tombou na cama.

Não lhe importava se destruísse sua delicada calcinha porque


tinha que tocar sua carne e parecia estar tão necessitada dele, pelos sons
que provinham de sua garganta.

Passou as mãos ao longo de seu sedoso cabelo, eliminando pouco


a pouco as presilhas que o sustentavam em seu lugar, o que a fez
suspirar.

Lentamente desceu pelo arco de suas costas, tocando sua pele


quase nua, o que a fez querer muito mais dele, mas lhe assustava pedir.
Queria ter confiança suficiente para tomar e lhe exigir, mas não podia,
assim simplesmente desfrutava de suas carícias, rezando para que não
se detivesse.

Trenton grunhiu e desceu em sua garganta enquanto Jennifer se


apertou contra seu corpo duro, sentindo seus peitos suaves apertarem-se
com ele. Rapidamente arrancou a camisa, precisando sentir sua pele
nua roçar junto à sua. Soltou o sutiã e logo não havia nada para
bloquear a não ser sentir seus mamilos endurecidos e a pressão em seu
peito. Passou a língua pela garganta, lambendo seu pulso palpitante e
inalando seu aroma.
Cheirava tão bem, que não se cansava dela. O aroma e o contato
com Jennifer estavam rapidamente enviando-o por cima da borda da
prudência. Não acreditava que houvesse o suficiente, mas morreria
muito feliz de pudesse seguir tentando.

Ela levou suas mãos ao seu pescoço, aproximando-o mais.


Adorava quando ela tomava a iniciativa, assim embora quase o
matasse, diminuiu a velocidade e a deixou explorar sua pele quente.
Ele gemeu sua aprovação quando suas mãos correram por seus braços e
em círculos por suas costas e empurrou seus quadris em sua vulva.
Trenton adorava cada centímetro de seu corpo voluptuoso, sua
forma, sua textura, sua essência, tudo. Não podia imaginar estar com
outra mulher e rapidamente perdeu sua decisão de deixá-la lentamente
explorar. Precisava tomá-la.

Jennifer ficou sem fôlego quando ele a levantou e a jogou sobre a


cama. O brilho em seus olhos quase lhe fez ter um orgasmo com seu
corpo superexcitado. Parecia quase fora de controle com paixão,
enquanto arrancava o resto da roupa de seu corpo e se unia a ela na
cama.

- Preciso tanto de você, sinto muito - disse com os dentes


apertados, com uma gota de suor correndo por seu rosto.

Ela se surpreendeu de que fosse capaz de levar um homem tão


forte a ponto de perder o controle e com uma audácia que nunca tinha
pensado que podia ter, decidiu empurrá-lo até o final.

- Eu também preciso de você - sussurrou-lhe e se moveu com


rapidez antes que pudesse ficar por baixo dele.

Ele gemeu desaprovando seu movimento, e logo ofegou quando


ela o empurrou e correu rapidamente a língua até seu estômago.

- Eu... Não posso... - tratou de detê-la, ao dar-se conta de suas


intenções. Sorriu-lhe e logo pegou sua ereção palpitante na mão,
esfregando o eixo grosso, fazendo que uma gota de umidade se
derramasse.
Jogou a cabeça para trás com um gemido de êxtase quando sua
boca quente rodeava a cabeça de seu dolorido pênis. Estava claro, a
princípio, agarrou-lhe firmemente em sua pequena mão, esfregando
para baixo no umedecido eixo, enquanto sua boca chupava a cabeça
palpitante, lambendo para cima e para baixo do seu comprimento.
Ficou mais ousada e começou a tomá-lo mais profundo em sua úmida
boca, a lhe chupar a fundo, fazendo que seus quadris se sacudissem na
cama.

Trenton finalmente não pôde aguentar mais e pôs fim ao seu


prazer antes do tempo. Agarrou-lhe a cabeça com as mãos e a atraiu
para seu corpo, amando a sensação escorregadia de seu suor quando
seus corpos se roçaram entre si.

O aspecto da excitação pura em seus olhos fez saltar sua ereção


quase dolorosamente.

Voltou-a sobre suas costas e agarrou suas duas mãos com uma
das suas, sobre sua cabeça. Adoraria se ela pusesse suas mãos sobre seu
corpo, uma vez mais. Seu quente fôlego roçou o rosto antes que
bloqueasse seus lábios nos dela, beijando-a profundamente, fazendo-a
retorcer-se debaixo dele.

Com a outra mão, desceu pelo seu corpo e colocou o dedo em


sua vulva, gemendo enquanto se deu conta de que estava mais que
pronta. Ela empurrou seus quadris contra seu dedo, gritando de prazer
enquanto seus lábios seguiam roçando os seus.

Jennifer podia sentir seu coração expandir tão grande no peito


que não sabia como não lhe saía. Amava-o tanto que parecia ser uma
dor constante, gostava de seu corpo, mais do que necessário. Era como
se fosse um pedaço de sua alma e ela não seria capaz de respirar sem
ele.

A forma em que sua boca se movia ao longo da dela era tão


diferente de qualquer outro beijo que jamais tinha experimentado.
Derreteu-lhe os ossos, converteu-a em mais puro prazer com um
simples golpe de sua língua. Manteve seu pênis em sua abertura,
atentando-a com a ponta de sua cabeça. Ela empurrou seus quadris
para ele, necessitando-o para preencher-se e mesmo assim não lhe deu
o que tanto desejava.

- Por favor, Trenton, preciso de você - gritou, olhando o triunfo


em sua expressão e sem lhe importar que mantivesse um controle total
sobre ela, porque sabia que era igual. Sabia que não podia ficar afastado
dela por nenhum motivo e lhe dava mais confiança do que jamais tinha
tido.
Finalmente empurrou dentro dela e não podia pensar em outra
coisa, mais que no prazer que estava experimentando. Ela sacudiu seus
quadris para cima, tratando de não ter mais que meia polegada entre
eles. Ele começou a mover-se dentro e fora dela, parecendo chegar mais
e mais com cada investida de grande alcance.

Envolveu sua perna ao redor de suas costas, puxando-o mais


forte, fazendo com que realmente tivesse que trabalhar para mover seus
quadris dentro e fora de seu calor. Soltou-lhe as mãos e ela
imediatamente se agarrou em suas costas, arranhando para cima e para
baixo, puxando-o com mais força dentro dela. Chegou ao redor dos
quadris, trocando o ângulo de sua penetração, fazendo-a gritar quando
seu orgasmo atravessou seu corpo.

Manteve-se dentro dela, enviando ondas de liberação para cima e


abaixo de sua coluna vertebral e provocando que a respiração se
apanhasse em sua garganta e suas costas se arqueasse completamente
fora da cama. Trenton jogou sua cabeça para trás e gritou enquanto
golpeava profundamente dentro dela, derramando sua semente
profundamente dentro de seu corpo.

Agarrou-o com força, inclusive depois de que o tremor se deteve,


não queria deixá-lo ir, porque não queria romper a conexão mágica que
haviam criado. Tinha tanto medo de romper o momento e perder a
incrível sensação que compartilhavam.

- Estou esmagando você - sussurrou com uma risada suave e tirou


suas mãos de seu pescoço, retirando-se lentamente. Não podia deter o
gemido escapando de sua boca. Riu de novo e ficou do seu lado, ainda
abraçando-a. Sua mão apartou o cabelo, a cara avermelhada e roçou
brandamente seus lábios contra os dela, fazendo que o gemido se
convertesse em um suspiro. Seus lábios eram tão suaves e atraentes, fez
com que seus olhos enchessem de lágrimas e rapidamente piscou longe,
não queria que ela soubesse que estava emocionalmente investindo em
sua relação.

- É impressionante - disse entre beijos suaves, fazendo que um


calor se propagasse ao longo dela que não tinha nada que ver com a
paixão e tudo que ver com o amor puro.

- Você que é impressionante – ela lhe disse, sentindo que se


ruborizava. Não sabia por que ainda era tão difícil lhe fazer um elogio
completo.
- Sinto muito, isso foi muito duro. Perco o controle quando estou
em seus braços - disse, enquanto seguia acariciando seu corpo,
causando calor para começar de novo a mover-se.

- Nunca se desculpe por me querer. Faz-me sentir coisas que não


sabia que era possível sentir e sei que nunca me faria mal - disse,
referindo-se ao que havia dito. Nunca lhe tinha feito mal fisicamente,
mas emocionalmente era outra história.
- Bom, quero manter isto, de todo modo - disse-lhe e logo
terminou a conversa mantendo sua promessa e lhes deu tão incrível
prazer até altas horas da noite.
Capítulo 10
Jennifer acordou e correu para o banheiro. Felizmente, Trenton
não estava ali, ele normalmente saia muito antes que acordasse. O
homem não podia ter mais de umas poucas horas de sono cada noite,
mas nunca era menos que perfeito.

Depois que seu estômago estava vazio, começou a sentir-se um


pouco melhor e foi tomar banho para se limpar e pouco a pouco desceu
pela escada. Uma nova pessoa tinha sido contratada para substituí-la
no trabalho e seu último dia já tinha sido algumas semanas atrás, sendo
a primeira vez em sua vida em que tinha seus dias livres.

Adorava o momento que tinha com sua sobrinha e viu Molly se


abrir ainda mais durante as últimas semanas, mas não gostava que seu
modo de vida dependesse completamente de Trenton. Amava-o mais
do que jamais tinha acreditado que seria possível e apesar de que
faziam amor cada noite, sabia que ainda queria algo em troca.

Tinha uma equipe completa contratada pela casa, por isso era
difícil para ela ser ainda capaz de cozinhar ou limpar. Tentava-o
quando tinha a oportunidade. No domingo era seu dia favorito porque
ela havia falado com o pessoal lhes dando o dia livre, o que lhe
permitia preparar a comida e ordenar a casa.

- Tia Jennifer, olhe minhas bonitas panquecas - disse Molly


quando Jennifer entrou na cozinha. O pessoal se apaixonou por Molly
imediatamente e a mimavam em cada oportunidade possível. Tinha
uma gigante panqueca no prato com uma cara sorridente nela, feito
com nata batida e xarope de morango.

- Isso parece tão delicioso, acredito que vou ter que roubar -
brincou com sua sobrinha.

- Vou dividir com você - Molly disse, estendendo-lhe o garfo com


uma mordida nele. Jennifer tomou a mordida e suspirou
dramaticamente, o que fez Molly rir. Tomaram juntas o café da manhã
e logo decidiram ir brincar no parque. Era estranho um dia ensolarado
em Seattle e Jennifer ia tirar o máximo proveito do fato.
Molly estava tendo um grande tempo brincando com outros meninos e
Jennifer se sentou em um dos bancos, lutando contra as náuseas,
odiando que ela ainda se sentisse mal. Sabia que estava grávida, mas
tinha tanto medo de confirmar. Então, teria que compartilhar seu
segredo com Trenton e ela não queria fazê-lo ainda. Ela ficaria muito
devastada se ele não ficasse contente com o fato, já que não tinham
falado de filhos. Ela nem sequer sabia quanto tempo pensavam ficar
casados e muito menos se queriam filhos.

Ele era incrível com Molly, mas isso não queria dizer que queria
ter seus próprios filhos com uma mulher que não amava. Ela sabia que
ele se preocupava com ela, a sua maneira, porque quando fazia amor,
ele era apaixonado e carinhoso, mas ele nunca dizia com palavras e ele
era distante durante os dias.

Ela apoiou a cabeça entre as pernas durante uns instantes,


tentando manter a náusea sob controle. Finalmente começou a se sentir
um pouco melhor, agradecida por que não ia vomitar diante das
pessoas ao redor dela. Olhou para os balanços e não viu Molly. Olhou
a seu redor, por todo o parque, e não a encontrava em qualquer lugar.

Ela saltou do banquinho, gritando seu nome, procurando em


cada centímetro quadrado do parque e não pôde encontrá-la. Logo,
outros pais se uniram na busca e depois de uns dez minutos, ela sabia
que algo ia terrivelmente mal. Imediatamente chamou à polícia e logo a
Trenton, mas nunca deixou de procurar.

Trenton chegou tão rápido como a polícia e depois que lhe


explicou a última vez que tinha visto Molly, Trenton a tomou em seus
braços. Ela finalmente se deixou chorar e soluçou em seus braços,
aterrorizada além do que jamais havia sentido antes.

- Não sei o que pode ter acontecido. Fechei os olhos por um


momento e logo ela não estava mais lá, - disse-lhe, soluçando
incontrolavelmente.

- Vamos encontrá-la e ela estará bem, - disse com doçura,


enquanto tratava de consolá-la. Mas ela estava além de ser capaz de ser
consolada, entretanto. Já tinha perdido a sua irmã, não podia perder a
sua sobrinha, também.

- Temos que encontrá-la, não posso acreditar que algo aconteceu


com ela - continuou soluçando.
- Isto não é sua culpa - disse-lhe, levantando seu queixo para ele
para que ela pudesse olhá-lo nos olhos.

Logo que pode fazer contato visual, sentia tanta culpa e miséria.
Não lhe respondeu por que não havia ninguém mais responsável, mas
ela já se culpava. Tinha deixado sua sobrinha sair de sua vista.

- Sra. Anderson, ela não está no parque. Um casal de pais disse


que viram um homem estranho rondando pela zona do parque e foram
capazes de nos dar uma descrição. Acreditam que é um sequestro e que
o melhor que você pode fazer é ir imediatamente para casa e esperar
junto ao telefone. Vamos enviar o FBI e pôr um rastreador no telefone,
mas acreditam que é alguém que a conhece e que exigirá um resgate - o
oficial lhe disse.

Jennifer olhou através dele, o terror era entristecedor. Não podia


imaginar qualquer um que desejasse sequestrar Molly. Não havia
necessidade, Jennifer era um João ninguém, sem nada para dar. Nem
sequer podia pôr as peças juntas de que ela estava casada com um
homem muito poderoso e que haveria gente que quereria atacá-la por
isso. Seu cérebro finalmente se fechou e ela se afundou na escuridão
enquanto seu corpo se negou a enfrentar a realidade.

Trenton se aterrorizou quando Jennifer desmaiou em seus braços.


Não podia acreditar que tivesse sido tão estúpido para não ter uma
segurança atribuída a ela e a Molly. Sabia que com sua quantidade de
dinheiro sempre havia gente que lhe incomodava e que o tirariam dele
se tivessem oportunidade. Ele tinha uma esposa e uma filha em quem
pensar e não podia acreditar que tivesse permitido que Molly
possivelmente saísse prejudicada.

Levantou Jennifer em seus braços, levando-a para seu carro e se


dirigiu rapidamente para casa. Estava começando a agitar-se de novo
quando ele a deixou no sofá e lhe cobriu imediatamente com um
cobertor.

- Molly - disse com otimismo, esperando por um momento que


não fosse nada mais que um pesadelo.

- Vamos encontrá-la logo - disse ele e sentiu uma dor física ao ver
o medo em seus olhos. Desejou ter sido capaz de lhe dizer que tudo
estava bem. Que pudesse fazer com que tudo desaparecesse e ter as
duas mulheres mais importantes de sua vida a salvo.

O oficial estava certo, já tinham instalado o sistema de


rastreamento no telefone quando uma chamada entrou. Jennifer se
sentou no sofá, tremendo, ocultando-se em si mesmo, com lágrimas
silenciosas correndo por suas bochechas. Trenton queria desfazer a si
mesmo. Estava tão assustado de que algo acontecesse com Molly, mas
sabia que um deles tinha que manter-se forte e independente de tudo.
Também sabia que Jennifer amava Molly mais que a sua própria vida e
estava lutando com seu medo, fechando-se. Era a única maneira de
sobreviver à terrível experiência.

- Só tem que responder o telefone, mantenha a calma, faça


quantas perguntas puder, sem irritar o sequestrador, é dinheiro o que
querem. Sua vida vale mais que qualquer quantidade de dinheiro -
disse-lhe o segundo agente antes que ele atendesse ao telefone.

- Entendo - disse-lhe Trenton e logo pegou o telefone com um


pequeno tremor em sua mão. Ele não podia prejudicar a chamada
telefônica. Faria o que fosse preciso para recuperá-la. Agarrou o
telefone e falou com uma saudação cortante na voz.

- Trenton Anderson?

- Sim - respondeu.

- Tenho Molly comigo e por agora está a salvo, mas se não fizer
exatamente o que eu digo, então será o único responsável por sua
morte. Ficou claro? - Perguntou a pessoa que ligava.

- Entendo - disse Trenton, tendo que controlar sua raiva. Ouviu a


porta abrir e deu um suspiro de alívio ao ver seu pai, irmãos e primos.
Toda sua família tinha chegado para apoiá-los.

Viu como seus primos e suas mulheres foram imediatamente ao


sofá e abraçaram Jennifer, puxando ela para seus braços e a deixando
chorar sobre seus ombros. As mulheres se sentaram e choraram juntas,
enquanto sua família formava um círculo, mostrando-lhe uma parede
de apoio que quase o levou sobre seus joelhos.

- Fico feliz que não é um homem estúpido. Quero dois milhões


de dólares em notas não marcadas, números não consecutivos -
começou o homem. Deu instruções do lugar e a hora para a entrega. -
Se fizer o que te peço, poderá estar com Molly no final da tarde, se não,
você vai assistir ao seu funeral - o homem desligou. Trenton queria
arrancar as extremidades ao homem e se assombrou de ser capaz de
manter sua voz acalmada.

Trenton desligou o telefone e sentiu a mão de seu pai no ombro.


Estava surpreso pela comodidade que sentia pelo simples gesto. Ele
baixou a cabeça e respirou fundo várias vezes, tentando controlar sua
raiva. Ele explicou tudo à sua família. Olhou para Jennifer, que tinha
os olhos fixos nele, parecendo mais alerta, mas ainda cheia de terror.

Caminhou para o sofá, precisando manter Jennifer em seus


braços. Não disse uma palavra, simplesmente se sentou junto a ela e a
puxou para seus braços. Ela apoiou a cabeça em seu ombro e ele
passou as mãos pelo cabelo, eles precisavam consolar um ao outro.

- Por favor, traga-a de volta - ela finalmente sussurrou, fazendo


que seu coração doesse com a confiança que pôs nele.

- Trarei - prometeu a ela e a si mesmo que seria uma promessa


que ele se asseguraria de cumprir sem importar o que acontecesse.

Seu pai conseguiu o dinheiro e logo não demorou em sair da


casa, rezando que quando entrasse de novo pelas portas fosse com
Molly. Estava aterrorizado, não por si mesmo, mas sim pelo que ele
não tinha feito. Não podia se importar com dinheiro, não significava
nada para ele. Ele só queria que Molly voltasse para casa. Quando ela
voltasse, ele e Jennifer precisavam sentar juntos e conversar, porque se
tinha aprendido algo com essa experiência, era que Jennifer e Molly
eram sua família e agora não poderia viver sem elas, nem sequer um
dia mais.

Seguiu as instruções do jogo do sequestrador e logo estava


esperando no lugar informado, segurando uma bolsa com os dois
milhões de dólares. Um menino se aproximou dele e lhe entregou uma
nota que dizia para lhe entregar a bolsa na mão e que fosse à cafeteria a
uma quadra dali. Ele fez o que dizia a nota e rapidamente se dirigiu à
loja.

Caminhou pelas portas e ali em uma mesa do fundo estava


Molly, sentada sozinha, bebendo um copo de chocolate quente. Correu
ate a mesa e a tomou em seus braços.
- Tio Trenton, chegou tarde - disse enquanto tomava outro gole
de seu chocolate.

- Sinto muito - disse-lhe, enquanto pegava seu telefone e chamava


os agentes, deixando-os saber que tinha Molly e poderiam ir atrás do
sequestrador. Nem sequer importava o que aconteceria nesse momento.
Ele só queria chegar em casa com Molly, de volta para os braços de
Jennifer.

- Está bem, o homem disse para que esperasse aqui por você -
disse-lhe ela, e se sentiu aliviado por que parecia não dar-se conta do
que tinha acontecido. Queria lhe fazer perguntas, mas decidiu chegar a
sua casa e só então fazê-las ali. Ele não se sentiria completamente
seguro até que estivesse sob seu teto de novo.
- Vamos para casa. Tia Jennifer precisa ver você - disse, com a voz
abafada, graças a Deus que ela não se deu conta.

Foi para seu carro e para casa. Enquanto passava pelas portas
com Molly em seus braços, a sala ficou em movimento. Jennifer olhou
para cima, com o rosto manchado de lágrimas, ficando com um
enorme sorriso. Saltou do sofá e agarrou Molly em seus braços e
Trenton nunca esteve mais agradecido em sua vida do que tinha estado
por ter sido capaz de manter sua promessa.

Ela olhou por cima da cabeça de Molly, seus olhos e a sua


conexão, dedicou um sorriso totalmente desprotegido e não pôde
resistir a puxar os dois em seus braços. Comprometeu-se mantê-las
sempre a salvo.

- Obrigada, Trenton. Muito obrigada, amo você - soluçou, o que


o sacudiu até a medula.

Ela nunca havia dito essas palavras antes. Ele sabia que ela estava
vulnerável nesse momento, mas sabia que estava sendo sincera. Sabia
que iam estar bem. Beijou-a brandamente, com vontade de sentir seus
lábios suaves sob os próprios, querendo assegurar-se de que o momento
era real. Molly riu, rompendo o feitiço e a beijou no nariz, o que a fez
rir ainda mais.

- Tenho que falar com minha família e logo vamos ter um grande
jantar para celebrar - disse a Jennifer, beijando-a de novo. Sorriu-lhe e
ela levou Molly pra cima, estava certo que era para dar-lhe um banho e
analisar cada centímetro quadrado de seu corpo. Dirigiu-se para seu
pai, precisava falar com ele. Justo quando estava a ponto de falar,
alguém bateu na porta e o agente ao qual tinha chamado, deu um passo
dentro da casa com um grande sorriso em seu rosto.

- Agarramos o homem. O idiota se encontrava em um veículo


deteriorado que não arrancava, assim ainda estava na área. Ele é
apenas maior que um adolescente e tentando fazer um pouco de
dinheiro fácil. A boa notícia é que não acredito que tivesse nenhum
desejo de machucar a menina, mas ele ficará preso por um longo tempo
e sua família não tem nada do que se preocupar - disse o agente.

- Obrigado por seu trabalho. Vou deixar que minha esposa saiba -
disse Trenton, estendendo a mão para o homem. Deixou-os e Trenton
puxou seu pai de lado, tinha que falar com ele. Foram caminhar e
como se seu pai soubesse que precisava organizar seus pensamentos,
dirigiu-se em silêncio ao seu lado.

- Papai, fui muito injusto com você. Quando perdemos a mamãe,


eu não podia suportar a dor, por isso me fechei para o mundo, você
incluído. Eu sabia que não era sua culpa, mas você era meu pai e eu o
culpava e sinto muito. Nunca pensei na dor que deve ter
experimentado, mas agora com Jennifer em minha vida, não posso
imaginar o que seria perder o amor de minha vida. Sinto por me
afastar, e sinto pela dor com que ainda tem que viver agora - disse
Trenton a seu pai.

- Amo você Trenton. Essas palavras significam mais para mim do


que poderia imaginar. Também me fechei para o mundo todo, tentando
levar a vida sem sua mãe. Eu a amava mais que tudo neste mundo. Ela
era minha rocha e a cola que nos mantinha juntos, mas acredito que
estamos em fase de recuperação. Acredito que estamos sendo a família
que sempre fomos. Só nos perdemos por um tempo -disse George.

Os dois homens se deram um abraço sincero, sentindo que a dor


começava a desaparecer e que de novo as coisas eram como quando
sua mãe ainda estava viva. Trenton se sentia completo.

- Preciso falar com Jennifer - disse e foi correndo para casa. Não
podia esperar nem um minuto mais para manter a sua esposa em seus
braços. Precisava gritar seu amor aos limites do mundo e necessitava
seu perdão pelo modo em que a tinha excluído, já que nada mais
importava se ela não estivesse ao seu lado.
Ele tinha tido tanto medo de abrir seu coração que quase tinha
perdido a relação maior que poderia possivelmente ter. Ele a amava, e
ela lhe deu algo que nem sequer sabia que precisava até que teve uma
parte de sua vida.

Rapidamente subiu as escadas e se encontrou no quarto de


Molly. Ela devia estar esgotada por seu dia, porque estava dormindo
profundamente e Jennifer estava passando a mão em sua cabeça,
olhando-a fixamente, aproximou-se das duas e se colocou de novo ao
lado de Jennifer.

- Estava cansada, dormiu assim que lhe dei um banho. Não há


nem um só hematoma nela, graças a Deus. Não fui capaz de sair do seu
lado- ela disse.

- Ela vai ficar bem. Agora venha comigo, quero conversar com
você - falou em voz baixa. Ela levantou os olhos, surpresa pelo tom de
sua voz e logo a contra gosto se levantou da cama e o seguiu para seu
quarto.

- O que foi? - Perguntou ela com nervosismo. Tinha medo que


sua declaração de amor o tivesse assustado.

- Jennifer, hoje foi o pior dia de minha vida. Nunca estive tão
assustado. Você e Molly se converteram em uma parte importante de
minha vida e não posso imaginar estar sem vocês duas - começou, e
logo franziu o cenho preocupado.

- Sentimos o mesmo - disse-lhe ela com cautela, sem saber aonde


a conversa estava se dirigindo.

- Sinto pela forma com que fiquei com você. Fechei-me durante
tanto tempo que não sabia outra maneira, mas a ideia de perder Molly
hoje, me despertou. Eu a amo e eu gostaria de adotá-la, por isso ela
será minha filha oficial. Eu também amo você Jennifer, e quero fazer
deste matrimônio uma coisa real - disse, vendo sua cara. Tomou-lhe
uns minutos para entender o que estava dizendo e logo surpreendeu a
ele, saltando em seus braços.

- Sim, Trenton! Sim, um milhão de vezes. Quero muito você e


quero que isto seja sobre nós e nada mais - exclamou, cheia de alegria.
- Também quero mais umas vinte pequenas Molly correndo -
disse com um enorme sorriso. Seus olhos alargados em suas palavras e
seu coração a transbordar.

- Eu não sei nada de vinte crianças, mas acredito que poderia


conseguir mais uma em uns sete meses - disse, e esperou que suas
palavras fossem assimiladas. Seus olhos se aumentaram e logo a
surpreendeu ao cair de joelhos e agarrando a barra de sua blusa,
levantando-a para olhar o estômago ainda plano.
- É muito cedo ainda, não dá para notar ainda - acrescentou com uma
risada.
- De verdade, você está grávida? - Perguntou-lhe com esperança
brilhando em seus olhos.

- Não fiz o teste, ainda, mas perdi meus dois últimos ciclos, e
estive enjoada todas as manhãs, é horrível.

- Obrigado, Jennifer. Deu-me muito mais do que jamais imaginei,


inclusive me quer. Amo você e vou protegê-la pelo resto da sua vida -
prometeu. Beijou-a com reverência no estômago, fazendo com que as
lágrimas saíssem de seus olhos.
Ela se encheu com mais alegria do que nunca pensou que poderia ser
possível. Fizeram amor lento, doce e o fato de que a família os
esperava, não esteve na mente de nenhum deles durante um bom
momento.
Epílogo
- Temos feito muito bem - disse George em voz baixa, enquanto
sustentava a sua pequena neta em seus braços. Ela só tinha duas
semanas de vida e era o bem mais precioso em sua vida. - Não posso
acreditar que tenho duas netas lindas em só um ano - disse com
admiração.

- Bom, nós os Anderson nunca fomos conhecidos por fazer nada


pela metade - disse Joseph, sustentando a um de seus netos. Ambos
eram muito felizes de ter uma criança em seus braços durante o resto de
suas vidas.

- Jennifer é uma mulher tão maravilhosa e ela ama tanto Trenton.


Desde que chegou à sua vida, vejo meu filho feliz e cheio de vida mais
uma vez - disse George. Tornou-se muito próximo de sua nora. Era um
verdadeiro raio de sol.

- Vovô, é hora do jantar - disse Molly, enquanto corria à sala. -


Papai disse que vão comer tudo se não vierem depressa - terminou.

Jennifer e Trenton tinham adotado oficialmente Molly e ela tinha


começado a chamá-los de mamãe e papai, certo dia. Não tinham feito
uma grande coisa disso, mas George viu a alegria em seus rostos por
Molly os amar tanto.

- Está bem, menina, já vamos - assegurou-lhe. Ela saiu correndo


diante deles. Os dois irmãos entraram na grande sala, onde a família
estava rodeando uma mesa enorme. Havia risadas em toda a sala e os
homens encontraram a sua família com um sentido de alegria e paz, a
diferença de qualquer outra coisa que nunca tinham conseguido em
seus muitos anos.

- Nenhuma quantidade de dinheiro pode substituir uma grande


família - disse Joseph.

- Estou de acordo - disse George, acariciando seu irmão nas


costas. - Obrigado por ter nos reunido uma vez mais.
- Então, quem é o seguinte? - Joseph perguntou com alegria. Não
podia esperar para começar a trabalhar no próximo menino.

- Estou pensando que é hora do Max se estabelecer. Certamente,


esteve vindo mais ao redor desde que nos mudamos, mas ainda não
chegamos onde uma vez estivemos e acredito que uma boa mulher
arrumaria as coisas - respondeu George.

- Bom, então, vamos ter que arrumar um plano depois do jantar -


disse Joseph. Como se Max soubesse que estavam falando dele,
levantou a vista e lhes dirigiu um olhar suspeito. Os meninos estavam
começando a suspeitar um pouco, já que todos foram caindo tão
rapidamente. Se pudessem confirmar suas suspeitas os dois homens
estariam com sérios problemas.

- Vamos desfrutar de uma boa comida - disse George e logo os


dois homens se uniram à família.

Fim

Você também pode gostar