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Índice
1. Energia................................................................................................................................................. 5
1.1. Classificação da energia ........................................................................................................... 5
1.2. Leis da conservação de energia .............................................................................................. 6
1.3. Fontes de energia ...................................................................................................................... 6
1.3.1. Comparação das fontes de energia .................................................................................... 8
1.4. Aplicação da energia eléctrica ................................................................................................. 9
1.5. Vantagens e desvantagens da energia eléctrica .................................................................. 9
1.6. Eficiência ................................................................................................................................... 10
1.7. Valor calorífico dos combustíveis ..........................................................................................10
1.8. Vantagens de combustíveis líquidos dos sólidos................................................................11
1.9. Vantagens dos combustíveis sólidos dos líquidos..............................................................12
1.10. Unidades de energia............................................................................................................ 12
1.11. Relações entre as unidades de energia ........................................................................... 13
2. Estrutura principal de um sistema energético.............................................................................. 15
2.1. Fases da sequência energética ................................................................................................. 15
3. Potência de centrais ........................................................................................................................16
3.1. Algumas definições ......................................................................................................................16
3.2. Coeficientes técnicos duma central...........................................................................................17
3.3. Forma e estrutura da energia de consumo .............................................................................. 19
3.4. Principais grupos de consumidores ......................................................................................19
4. Carga..................................................................................................................................................21
4.1. Características de carga.............................................................................................................. 21
4.2. Potência e tensão.........................................................................................................................22
4.3. Modo de tensão ............................................................................................................................22
4.4. Grau de segurança de abastecimento de energia .................................................................. 22
4.5. Determinação da carga ...............................................................................................................23
4.6. Formas de alterar a evolução normal do diagrama de carga................................................24
4.7. Processos mais usados pelas companhias para melhorarem a forma do diagrama de
carga ......................................................................................................................................................24
4.8. Condições que influenciam na forma do diagrama de carga ................................................24
4.9. Princípios gerais de gestão racional do consumo de energia eléctrica...............................24
4.6. Planificação do abastecimento da energia eléctrica...............................................................24
4.7. Grau de consumo de energia eléctrica para diferentes consumidores ...............................25
4.8. Determinação da energia consumida........................................................................................25
5. Centrais Electricas ...........................................................................................................................27
5.1. Partes construtivas.....................................................................................................................27
5.2. Classificação das centrais........................................................................................................... 27
5.3. Potencia a instalar numa central eléctrica................................................................................28
5.4. Localização das centrais eléctricas ...........................................................................................28
5.5. Interligação das centrais ............................................................................................................. 29
6. Centrais Hidroeléctricas ..................................................................................................................30
6.1. Classificação das centrais........................................................................................................... 30
6.2. Escolha do local para instalação de uma central hídrica .......................................................31
6.3. Constituição de uma central Hidroeléctrica.............................................................................. 32
6.4. Vantagens e Desvantagens duma central Hídrica..............................................................33
6.4.1. Vantagens .........................................................................................................................33
6.4.2. Desvantagens ...................................................................................................................33
6.5. Potência da central ..................................................................................................................34
6.6. Turbinas Hidráulicas ................................................................................................................35
6.6.1. Tipos de turbinas hidráulicas..........................................................................................35
6.6.2. Escolha do tipo de turbina ..............................................................................................41
7. Centrais solares................................................................................................................................43
7.1. Solar térmica para aquecimento de água.................................................................................43
7.1.1. Composição de um sistema de energia solar térmica ....................................................44
7.1.2. Algumas tecnologias............................................................................................................. 46
7.2. Solar térmica para produção de energia ..................................................................................48
7.3. Solar Fotovoltaica.........................................................................................................................48
7.3.1. Tipos de células.....................................................................................................................49
7.4. Solar passiva.............................................................................................................................50
7.5. Vantagens e desvantagens das centrais solares.................................................................... 51
7.5.1. Vantagens ..............................................................................................................................51
7.5.2.Desvantagens .........................................................................................................................51
8. Centrais eólicas ................................................................................................................................52
8.1. Turbinas eólicas............................................................................................................................53
8.1.1. Forcas que actuam nas pás da turbina ............................................................................. 53
8.2. Configuração do rotor ..................................................................................................................53
8.3. Principais componentes das turbinas eólicas .......................................................................... 56
Anexos .......................................................................................................................................................59
1. Energia
Energia é a necessidade básica para o desenvolvimento económico de um país. Muitas
funções necessárias hoje em dia podem parar caso não haja fornecimento de energia.
É praticamente impossível estimar a magnitude actual da parte de energia usada em
construções nas civilizações actuais. A elevada disponibilidade de energia no mundo
moderno resulta em dias de trabalho curtos, elevada produção agrícola e industrial e na
saúde e melhores facilidades no transporte. Quanto maior for o consumo de energia
num pais, melhor é o estilo de vida da população do mesmo.

A energia existe em diversas formas na natureza, mas a mais importante é a energia


eléctrica. As sociedades modernas são tão dependentes do uso da energia eléctrica,
que chega a tornar-se parte e parcela de suas vidas.

Energia é a capacidade de um agente para realizar trabalho, bem como a produção de


movimento contra uma resistência, mas também pode ser considerada como a
habilidade para realização de certo trabalho que pode ser: iluminação, crescimento,
aquecimento, movimento ou comunicação.

1.1. Classificação da energia


a) Quanto a forma:
 Energia radiante ou luminosa;
 Energia mecânica potencial gravitacional;
 Energia mecânica cinética;
 Energia eléctrica;
 Energia nuclear;
 Energia química;
 Energia magnética;
 Energia eólica;
 energia solar, etc.
b) Quanto ao estilo de transformação ou estágio
 Primária – é a que esta contida nos recursos naturais (petróleo, carvão,
gás natural, água, etc.)

Eng° Maxcêncio Artur Sebastião Tamele e Gervásio Stefan de Amorim Manjate “Em elaboração”
5
 Útil – resultante da primária após varias transformações e que é utilizada
directamente pelos consumidores.
Ex.
Energia química Electrólise Energia eléctrica
Energia radiante Fotoquímica Energia Química

1.2. Leis da conservação de energia


a) Primeira lei da termodinâmica
O uso da energia implica transformações de uma forma para outra, porém
ela não é criada nem destruída. Sejam quantas forem as transformações a
quantidade total de energia no universo permanece constante.
b) Segunda lei da termodinâmica
As transformações não alteram a quantidade de energia no universo, embora
permaneça inalterada em cada transformação, a parcela de energia
disponível torna-se cada vez menor. Na maioria das transformações parte da
energia converte-se em calor, que ao se dissipar caoticamente pela
vizinhança torna-se cada vez menos disponível para realização de trabalho.
Contudo a energia total do universo não muda, mas a parcela disponível para
realização de trabalho, torna-se cada vez menor.

1.3. Fontes de energia


Desde a energia eléctrica é produzida de várias formas disponíveis na natureza, é
necessário procurar as várias fontes de energia. Estas formas de energia são:

a) Sol- o sol é a fonte primária de energia. O calor da energia radiante do sol pode
ser focalizado sobre uma pequena área, por meio de reflectores. Esse calor
pode ser usado para produzir vapor e energia eléctrica, podendo produzir
usando um grupo gerador (combinação de turbina e alternador). Com tudo este
método tem limitações, tais como:
 Esta requer uma larga área para geração, produzindo baixas potências;
 Não podem ser usados em dias totalmente nublados ou de noite;
 É um método antieconómico.
Contudo, existem algumas regiões no mundo com radiação solar quase que regular e
com fontes de combustíveis escassas ou inexistentes, tais regiões são propícias para a
instalação de centrais solares.

b) O vento - esta fonte é usado onde os ventos fluem por em tempo


consideravelmente longo. A energia do vento é usada para girar um moinho de
vento que acciona um pequeno gerador, de forma a obter a energia eléctrica de
forma contínua do moinho de vento. É feito um arranjo de forma que o gerador
carregue baterias. Estas baterias fornecem energia eléctrica quando o vento
pára. Este método tem vantagens como manutenção e geração, com custos
negligenciáveis. Entretanto as desvantagens desta fonte são: potência de saída
variavel; instável, devido a incerteza na velocidade do vento; produz baixas
potências.
c) Água – Quando a água é armazenada num local adequado, esta possui um
potencial energético. Esta energia na água pode ser convertida em energia
mecânica e posteriormente em eléctrica. Este método de produção de energia e
muito conhecido, pois tem baixos custos de produção e manutenção.
d) Combustíveis – A principal fonte de energia são os combustíveis, que podem ser
sólidos (carvão); líquidos (óleo, diesel) e gasosos (gás e gás natural). A energia
térmica contida nos combustíveis é convertida em energia mecânica por
máquinas primárias adequadas, como maquinas a vapor, turbinas a vapor,
motores de combustão interna, etc. A maquina primaria move o alternador, que
converte a energia mecânica em eléctrica. Embora os combustíveis continuem a
ser a fonte de energia mais usada, as suas reservas vão diminuindo dia após
dia. Contudo actualmente a tendência é de aproveitar a energia da água, pois
esta é uma fonte inesgotável.
e) Energia nuclear – No final da segunda guerra mundial, descobriu-se que grande
quantidade de energia térmica era libertada na fissão do urânio e outras fissões
de matérias. É estimado que o calor produzido por 1kg de urânio equivale ao
calor produzido por 4500 toneladas de carvão. O calor produzido da fissão
nuclear é utilizada para gerar vapor com arranjos adequados. O vapor percorre a
turbina accionando um alternador produzindo energia eléctrica. Contudo existem
algumas dificuldades no uso da energia nuclear, a principal é o custo da
implantação; eliminação do lixo radioactivo e a escassez de pessoal qualificado
para manusear a central.

Contudo, a energia do sol e do vento não são usadas em larga escala divido as várias
limitações. A energia da água, dos combustíveis e nuclear são as principais fontes de
energia utilizadas para a produção de energia eléctrica.

Existem duas categorias de fontes de energia: as fontes renováveis e não renováveis.

a) Renováveis – aquelas que periodicamente vai repondo o seu potencia


energético, sendo portanto inesgotável. Ex. Água, vento e sol.
b) Não renováveis – aquela que tem um período limitado de duração, ao fim do
qual se esgota. Ex.: carvão, petroleo, gás natural, etc.

1.3.1. Comparação das fontes de energia


As principais fontes de energia usadas na produção de energia eléctrica são a água, os
combustíveis e a energia nuclear. A seguir são mostradas algumas diferenças das
principais fontes de produção de energia eléctrica.

Fontes de energia Água Combustíveis Energia


Nuclear
1. Custos iniciais Altos Baixos Muito altos
Custos de Razoáveis Altos Razoáveis
funcionamento
3. Reservas Permanentes Esgotável Inesgotável
4. Nível de Muita limpa Poluente Limpa
poluição
5. Simplicidade Muito simples Complexa Muito complexa
6. Confiabilidade Muito elevava Elevada Muito elevada
1.4. Aplicação da energia eléctrica
Maioritariamente a energia eléctrica tem sua aplicação na:

 Na indústria: fornos, motores eléctricos, fundição eléctrica, martelos eléctricos,


forja eléctrica, galvanoplastia sobre metais, soldadura eléctrica, na
automatização e instalações de iluminação;
 Na agricultura: electrobombas, mecanização, automatização do processamento
dos produtos agrícolas e automatização do processo de extracção do leite;
 Na medicina: cirurgia, raio-X, raios infravermelhos, electroterapia e
electrocautelio;
 Nas telecomunicações: rádio, televisão, telefone, telegrafia, telex, fax, radares
e radiocomunicações;
 Na vida social: fogão eléctrico, forno eléctrico, aquecimento eléctrico, geleira,
aparelho de ar condicionado, ferro de engomar e outros aparelhos
electrodomésticos.

1.5. Vantagens e desvantagens da energia eléctrica


a) Vantagens de energia eléctrica
Em comparação com outras formas de energia a energia eléctrica tem as
seguintes vantagens:
 Pode se transformar noutras formas de energia com um bom rendimento;
 O transporte de energia eléctrica realiza-se sem um transporte de massa;
 Distribuição muito simples, rápida, com grande segurança e perdas
baixas;
 A transformação da energia eléctrica noutras formas de energia realiza-se
sem resíduos;
 Facilidade na medição, manobra e regulação.
b) Desvantagens da energia eléctrica
 Não é possível acumular energia eléctrica em grandes quantidades;
 O transporte e distribuição de energia eléctrica só é feitos através de
cabos ou linhas;
 Elevados custos de produção e redes eléctricas.
1.6. Eficiência
A energia existe em varias formas na natureza, como a pressão da água, energia
química dos combustíveis, energia nuclear das substâncias radioactivas, etc. todas
estas formas podem ser convertidas em energia eléctrica usando arranjos adequados.
No processo de conversão, alguma energia é perdida e a outra é convertida em
energia eléctrica. A razão da energia que entra pela energia que sai é chamada
eficiência do sistema.

ê , =

Sendo a potência uma fracção da energia, a eficiência pode ser expressa de forma
análoga, ou seja:

ê
ê , =
ê

1.7. Valor calorífico dos combustíveis


A quantidade de calor produzida pela combustão completa de uma unidade de peso de
um fluido é conhecida como valor calorífico, que indicam a quantidade de calor
disponível no combustível. Quanto maior for o valor calorífico maior é a habilidade de
produzir calor.

No caso de combustíveis líquidos e sólidos, o valor calorífico é expresso em cal/g ou


kcal/kg, enquanto os combustíveis gasosos são expressos por cal/litro ou kcal/litro.

A tabela abaixo mostra os diversos valores caloríficos e sua respectiva composição.

Valor Composição
calorífico
1. Combustíveis
sólidos
a. Lenhite 5.000 kcal/kg C=67%, H=5%, O=20% e cinza= 8%
b. Carvão betuminoso 7.600 kcal/kg C=83%, H=5,5%, O=5% e cinza= 6,5%
c. Carvão antracite 8.500 kcal/kg C=90%, H=3%, O=2% e cinza= 5%
2 Combustíveis
líquidos
a. Óleo natural 11.000 C=86%, H=5% e S= 2%
kcal/kg
b. Diesel 11.000 C=86,3%, H=12,8% e S= 0,9%
kcal/kg
c. Gasolina 11.110 C=86%, H=14%
kcal/kg
3 Combustíveis
gasosos
a. Gás natural 520 kcal/m³ = 84%, = 10% e outros
hidrocarbonetos =5%
b. Gás de carvão 7.600 kcal/m³ = 35%, = 45%, = 8%, =
6% = 2% e outros hidrocarbonetos
=4%

1.8. Vantagens de combustíveis líquidos dos sólidos


As vantagens dos combustíveis líquidos dos sólidos são:

 Facilidade de manuseamento de combustíveis e necessitam de pouco espaço


para armazenamento;
 A combustão de combustíveis líquidos é uniforme;
 Os combustíveis sólidos têm elevada percentagem de mistura e
consequentemente têm dificuldades na queima. Contudo os combustíveis
líquidos podem queimar com um bom grau de facilidade e atingir altas
temperaturas muito rapidamente comparativamente aos combustíveis sólidos;
 Os combustíveis sólidos produzem muitas cinzas difíceis de ser eliminadas,
enquanto os combustíveis líquidos produzem um teor insignificante de cinzas
após a sua queima;
 A combustão dos combustíveis líquidos é facilmente controlável, isto permite
facilmente satisfazer as variações da demanda.

1.9. Vantagens dos combustíveis sólidos dos líquidos


As vantagens dos combustíveis sólidos dos sólidos são:

 No caso dos combustíveis líquidos, estes têm uma explosão perigosa;


 Os combustíveis líquidos são muito caros comparativamente aos sólidos;
 Por vezes os combustíveis líquidos têm um odor desagradável durante a
combustão;
 Os combustíveis líquidos requerem um modelo especial de combustão;
 Os combustíveis líquidos criam problemas em climas frios desde o
armazenamento em tanques, pois deve ser aquecido para evitar a interrupção
na sua circulação.

1.10. Unidades de energia


A forma mais importante de energia é a energia mecânica, eléctrica e térmica.
Diferentes unidades foram atribuídas a várias formas de energia. Contudo devemos
compreender que desde as mecânicas, eléctricas e térmicas podem ser convertidas,
isto é, podem ser convertidas entre elas, como veremos mais em diante.

a) Energia mecânica – A sua unidade é Newton por metro no sistema


internacional e joule no M.K.S.

O trabalho realizado sobre um corpo é um Newton por metro (ou joule), ser uma
força de um Newton metro move através de uma distância de um metro, isto é:

Energia mecânica em joule = Forca em Newton x distância em metros

b) Energia eléctrica – A sua unidade é watt por segundo ou joule e é definida


como: um watt por segundo (joule) é a energia transferida entre dois pontos e é
o produto de um volt existente entre eles e um ampere passando entre eles em
um segundo, isto é:
Energia eléctrica em um watt por segundo = tensão em volts x Corrente em
amperes x tempo em segundos.

c) Calor – calor é a forma de energia que produz sensação de queimadura. A sua


unidade é calorias, unidade términa britânica (British termal unit – B.Th.U) e
centigrat heat unit (unidade de valor em centigrados- C.HU) em vários sistemas.

Caloria é a quantidade de calor necessária pra elevar a temperatura de uma grama


de água em um grau centígrado, isto é:

1 Caloria = 1g a de água x 1°C

A vez é usada a unidade quilocaloria. Quilocaloria é a quantidade de calor


necessária para elevar a temperatura de um quilograma de água em um grau
centígrado, isto é:

1 Quilocaloria = 1kgx 1°C = 1000g x 1°C = 1000 calorias

1 B.Th.U. é a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de uma


libra de água em um grau fahrenheit, isto é:

1 B.Th.U = 1 lb x 1°F

1 C.HU. é a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de uma libra


de água em um grau centígrado, isto é:

1 C.H.U. = 1 lb x 1°C

1.11. Relações entre as unidades de energia


a) Eléctricas e Mecânicas

1kWh = 1kW x 1 hr = 1000 watts x 3600 second = 36 x 10 watts/s ou joule = 36 x 10


joule

b) Térmicas e Mecânicas

1 caloria = 4,18 joules


1 C.H.U. = 1 lb x 1°C = 453,6g x 1°C = 453,6 calorias = 453 ,6 x 4,18 joules = 1896
joules

1 B.Th.U. = 1 lb x 1°F = 453,6g x 5/9 °C = 252 calorias ) = 252 x 4,18 joules = 1053
joules

c) Eléctricas e térmicas

1 kWh = 1000 watts x 3600 s = 36 x 10 joules

36. 10
1 ℎ= = 860. 10 = 860
4,18

1kWh = 1898 C.H.U.

1kWh = 36 x 10

36. 10
1 ℎ = . ℎ. .
1053

1 kWh = 3418 B.Th.U.

1 B.Th.U. = 1053 joules


2. Estrutura principal de um sistema energético
Um sistema energético é um conjunto de centrais, redes eléctricas e térmicas e
consumidores de energia eléctrica e térmica.

1 2 4 6

3 5

1- Energia natural (ex.: carvão, gás, petróleo, água, etc.)


2- Transformador de energia natural em eléctrica
3- Redes térmicas
4- Redes eléctricas
5- Transformador de energia eléctrica em térmica
6- Consumo de energia eléctrica
7- Consumo de energia térmica

2.1. Fases da sequência energética

Extracção de energia Energia natural

Produção de energia Energia em bruto

Transporte de energia Energia de consumo

Aplicação da energia Energia útil


3. Potência de centrais

3.1. Algumas definições

a) Potência nominal (Pn) – vem indicada na chapa característica.


b) Potencia instalada (Pi) – é o somatório das potências nominais do equipamento
instalado.
c) Potência máxima (Pmax) – potencia máxima que uma central pode conseguir durante
um ano.
d) Potencia planificada - a limitação da potência planificada devido a paragens de algumas
máquinas para trabalhos de manutenção. A limitação da potência que resulta de
paragens de algumas máquinas para conservação planificada.
e) Potência disponível (Pd) – limitação da potência que resulta de avarias não planificadas
das máquinas.
f) Potência útil (Pu) – que é a potência consumida e responde a solicitação das cargas.
g) Potência média – é a área sobre o diagrama de carga dividido pelo total de horas.
( ℎ)
=
24 ℎ
h) Potencia conectada – é a soma dos valores contínuos de potência de todos os
equipamentos conectados à central.
i) Potência girante – é a diferença entre a potência disponível e a potência útil. Dado o
aumento gradual do consumo ao longo do dia para que haja uma boa continuidade ao
longo do serviço, sem interrupções ou flutuações, o conjunto de alternadores ligados a
rede devem ter uma potência superior a que lhe esta a ser exigida pelos consumidores.
j) Reserva estática – é a diferença entre a potência planificada e a potência disponível.
Alem da reserva girante é necessária também uma reserva de máquinas paradas
determinadas a substituir em qualquer momento de máquinas indisponíveis por motivos
de avarias ou revisão ou fazer face a um aumento previsto ou não.

3.2. Coeficientes técnicos duma central


a)Factor de vazio – é a relação existente entre a potência máxima e mínima dum diagrama.

= ; = 0,4

b)Factor de carga – é a relação existente entre a potência média e máxima

= ; = 0,6

c) Factor de utilização – é a relação existente entre a potência média e a potência instalada.

= ; = 0,8

d) Factor de tempo de serviço – é a relação entre a soma de horas de marcha (funcionamento)


de cada máquina durante o ano e o número que se obteria supondo todas máquinas em
trabalho contínuo.

ℎ + ℎ + ⋯+ ℎ
=
8760

Onde n é o número de máquinas.

e) Factor de reserva – é a relação entre a potência instalada e a potência máxima.


=

f) Factor de demanda – é a razão entre a potência máxima e a potência conectada.

g) Factor de diversidade - é a razão das somas parciais da potencia máxima pela potencia
máxima da central.

h) Factor da capacidade da central – é a razão da energia anual produzida, pela energia


máxima possível de ser produzida durante um dado período.

f) Utilização da potência instalada – é o número de horas que uma central deveria trabalhar
permanentemente com a potência instalada para produzir a mesma quantidade de energia que
realmente produziu durante um ano.

= ; : −

g) Utilização da ponta – é o número de horas que uma central deveria funcionar durante um
ano com uma potência constante e igual a ponta anual para produzir a quantidade de energia
que efectivamente produziu durante todo o ano.

= ; : −
To – período em que ocorre o processo de produção de energia eléctrica

Ts – período de funcionamento da central

Pppl – período de paragem planificado

Tpmpl – período de paragem não planificado

Td – período em que os equipamentos não trabalham mas estão prontos para entrarem em
funcionamento.

Dentro destes períodos e necessário conhecer os seguintes factores:

a) Disponibilidade de tempo
+
= . 100%

b) Disponibilidade de potência – Indica a partir da potência instalada que pode ser


utilizado.

= . 100%

3.3. Forma e estrutura da energia de consumo


As principais formas de energia útil são:

 Energia térmica para aquecimento, secagens, fusão e revestimentos metalúrgicos;


 Energia mecânica – que é usado para mecanismos de amortecimentos;
 Energia electroquímica – usada para electrólise e galvanotecnia;
 Energia radiante para a iluminação;
 Energia eléctrica para processos de regulação e manutenção.

3.4. Principais grupos de consumidores


 Cargas Domesticas: consistem em iluminação, ventilação, refrigeração,
aquecedores, televisores, pequenas bombas para fornecimento de água. Muitas
cargas residenciais ocorrem somente algumas horas durante o dia, a carga de
iluminação durante a noite e aplicações domésticas ocorrem em poucas horas,
por isso o factor de carga é baixo (10 a 12%).
 Cargas comerciais: consistem e iluminação de lojas, ventilação de aplicações
em restaurantes, etc. Esta classe a carga ocorre muitas horas durante o dia
comparado com as cargas domestica.
 Cargas industriais: constituídos pelas demandas das industriais. A sua
magnitude depende do tipo de indústria, industria de pequena escala (25 kW),
media escala (entre 25 a 100 kW) e larga escala (acima de 500 kW). As cargas
industriais geralmente não dependem do tempo.
 Cargas Municipais: consistem em iluminação pública, energia para sistemas de
drenagem. A iluminação pública é praticamente constante de noite. Para
fornecimento de água, as bombas são geralmente ligadas no período nocturno.
 Cargas de Irrigação: este tipo de cargas necessitam de energia para bombas
para fornecimento de água, geralmente levam cerca de 12 horas.
 Carga de tracção: este tipo de cargas consiste em comboios eléctricos, bondes
e linhas férias. Esta classe tem variações de carga. Atinge picos durante as
manhas e nas tardes.
4. Carga
A energia eléctrica não é um produto simples, mensurável através dum único parâmetro. As
características de consumo impõem a modulação da energia consumida no tempo através de
uma função, o diagrama de carga , que traduz a variação desse consumo ao longo das horas
do dia e dos dias do ano.

4.1. Características de carga


As características que definem a carga são:

a) Ciclo de trabalho
 Serviço permanente – os consumidores trabalham até tempos normais.

 Serviço abreviado ou Curta duração


 Serviço intermitente

4.2. Potência e tensão


 Consumidores de grande potencia ( P > 8Kw);
 Consumidor de pequena potencia ( P ≤ 8Kw).

4.3. Modo de tensão


 Corrente alternada;
 Corrente contínua.

4.4. Grau de segurança de abastecimento de energia


 Instalações de classe 1: A interrupção de energia neste tipo de instalações significa
perigo para as pessoas a danos no processo de produção, como: instalações de
defesa, hospitais, industriam, etc.
 Instalações de classe 2: A interrupção de energia só é admissível durante o período de
conservação e reparação.
 Instalações de classe 3: A interrupção de energia eléctrica nestas instalações não
causa danos.
4.5. Determinação da carga
Para determinação da carga tem-se dois métodos:

a) Método estatístico

= =

+ + + ⋯+
=

( − ) +( − ) + ⋯+ ( − )²
=

b) Método de coeficiente de potência máxima


Pmax=Kmax.Ped
Kmax- coeficiente de potência máxima.
4.6. Formas de alterar a evolução normal do diagrama de carga
 Redução de picos;
 Redução de vazios;
 Estimular o consumo nas horas de vazio e desencorajar nas horas de ponta;

4.7. Processos mais usados pelas companhias para melhorarem a forma


do diagrama de carga
 Tarifação múltipla de energia eléctrica;
 Corte de cargas desnecessárias em determinadas horas do dia;
 Introdução de taxas de potência (tarifas domesticas, industriais, etc.);
 Comando automático em grandes edifícios e centros comerciais de energia, por corte
de cargas desnecessárias (aquecimento de ambiente, nível de iluminação, etc.), por
meio de micro processadores devidamente programados;

4.8. Condições que influenciam na forma do diagrama de carga


 Época do ano;
 Dias da semana;
 Horas do dia;
 Condições atmosféricas;
 Acontecimentos especiais;
 Legislação.

Nota: Para conveniente exploração dum sistema de energia eléctrica é necessário prever um
diagrama de carga tão exacto quanto possível.

4.9. Princípios gerais de gestão racional do consumo de energia eléctrica


 Vigiar o consumo;
 Comparar a energia aos melhores preços, estudando cuidadosamente as tarifas de
energia eléctrica;
 Reduzir as perdas;
 Utilizar os equipamentos.

4.6. Planificação do abastecimento da energia eléctrica


Na planificação de produção de energia eléctrica é necessário considerar 3 factores:
 Determinação das necessidades de energia eléctrica;
 Determinação da variável de produção mais económica;
 Determinação de volume de produção e das necessidades em matérias-primas.

4.7. Grau de consumo de energia eléctrica para diferentes consumidores


Consumidor Energia consumida (%)
Industria 76,7
Domestico 8,5
Comercio 7
Agricultura 3,4
Edifícios públicos 1
Outros 3,4

4.8. Determinação da energia consumida


Onde:

tv – tempo de alta carga

tm – tempo de baixa carga

Wn – energia referente a baixa carga

Pc – potencia constante

Pv – potencia variável

Wc – energia constante

Wv – energia variavel

= =
+ .

Wm – energia mensal

Wd – energia diária

r – numero de dias de trabalho

Kr – coeficiente de necessidades de energia Kn=0,63/0,8

d – numero de dias de festas ( sábados, domingos e feriados )


5. Centrais Eléctricas

5.1. Partes construtivas


 Motores primários e respectivos equipamentos;
 Alternadores, onde se transforma em energia eléctrica, a forma de energia
fornecida ao alternador;
 Postos de comando central e protecção para transmissão e distribuição da
energia eléctrica.

5.2. Classificação das centrais


a) Segundo o tipo de serviço

 Centrais de base – destinados a fornecer a maior parte da energia eléctrica de forma


continua. Elas também se designam centrais principais.
 Centrais de ponta – projectadas exclusivamente para cobrir a procura de enrgia nas
horas de ponta. Elas devem ser postas em serviço rapidamente, bem como
responderem ao aumento rápido da carga.
 Centrais de reserva – tem como objectivo substituir total ou parcialmente as centrais
de base em caso duma avaria ou de conservacao destes.
 Centrais de emergência ou de socorros – destinados a abastecer consumidores que
inesperadamente deixam de ser alimentados pela fonte de energia habitual. São
normalmente de pequena potencia constituídos por grupos electrogenio.
 Centrais de bombagem ou de armazenamento – centrais hidroeléctricas que
aproveitam a potencia excedente duma central hídrica principal nas horas de vazio do
seu diagrama para levar a agua de um rio ou de um lago para um deposito mediante
bombas centrifugas accionadas pelos alternadores da central que se utilizam como
motores. Nas horas de ponta os alternadores funcionam como geradores accionados
por turbinas que utilizam a água previamente levada.

b) Segundo o tipo de energia primária

 Renováveis
 Hidroeléctricas;
 Solares;
 Eólicas;
 Geotérmicas;
 Não renováveis
 Termoeléctricas convencionais;
 Energia atómica ou nuclear;
 Diesel.

5.3. Potência a instalar numa central eléctrica


A potência a instalar numa central vária de acordo com o tipo de combustível. Uma central
hidroeléctrica a potência máxima a instalar depende das condições naturais do local, pois não
vale a pena instalar uma potência superior a que não seja adequada as possibilidades
hidrológicas.

Nas centrais termoeléctricas não há qualquer limitação ao valor da sua potência. A potência é
fixada em termos de poder cobrir as necessidades impostas pela zona do diagrama a procurar
satisfazer.

5.4. Localização das centrais eléctricas


A primeira condição que deve satisfazer a localização duma central é a de ficar na vizinhança
dos centros de consumo para reduzir os encargos de transporte e aumentar a garantia de
consumo. Independentemente desta condição geral, há condições específicas a que uma
central deve obedecer.

A localização das centrais hidroeléctricas depende das condições hidrológicas, topográficas e


geológicas. Devido a limitação natural, frequentemente as centrais hidroeléctricas localizam-se
longe dos principais centros de consumo.
A localização das centrais térmicas convencionais depende das seguintes condições:

 Natureza administrativa – não e consentida a montagem no interior das cidades ou sua


vizinhança imediata, bem como na vizinhança dos aeroportos.
 Natureza técnica – acesso fácil de combustível; eliminação fácil de cinzas; abundância
de agua para alimentação das caldeiras, condensadores, etc; acesso fácil para pecas
pesadas e de grande dimensão.

As centrais nucleares têm as mesmas limitações que as térmicas convencionais a que se junta
o problema da hipótese da ocorrência de acidente natural ou por sabotagem, assim são
situadas normalmente em zonas de fraca densidade populacional.

As centrais maremotrizes somente podem situar-se em locais de elevada amplitude de mares,


motivada por ressonâncias em oscilações de origem gravítica, pelo que existem muito poucos
pontos do globo com essas características.

As centrais geotérmicas podem instalar-se em escassas zonas vulcânicas, nas quais se obtêm
pressão e temperatura de vapor suficiente a uma exploração rentável.

5.5. Interligação das centrais


Dada grande variação dos consumos eléctricos durante vinte e quatro horas (24h) do dia e
ainda a possibilidade de avarias nas centrais ou nas linhas de transporte, é usual fazer-se a
interligação de centrais, isto é, ligação das centrais entre si, por meio de linhas de transporte
em alta tensão com as seguintes vantagens:

 Fazer trabalhar mais intensamente as centrais onde se obtenha energia eléctrica a


preços mais baixos;
 Reduzir a potência de reserva em cada central, pois que, por estarem interligados, a
reserva de cada central constitui a reserva das restantes;
 Permitir uma melhor qualidade de serviço, na satisfação dos diagramas de carga, isto é,
em caso de avarias de algum grupo gerador ou de uma central as restantes fazem a
cobertura;
 Recorrer a importação de energia, em caso de necessidade, através de interligação
com a rede regional, por intermédio da rede local.

A interligação tem no entanto, algumas desvantagens como: despesas com a instalação do


sistema e a manutenção periódica dessas linhas.
6. Centrais Hidroeléctricas
A utilização da energia contida nas correntes ou queda de água é feita desde os
tempos remotos para substituição do trabalho humano. Com o advento da revolução
industrial, a utilização cada vez maior da energia levou ao aparecimento de grandes
fábricas de energia – as centrais hídricas, das quais a primeira entrou em serviço em
1885, com a potência de 62kW. A energia hidráulica existente na natureza é fornecida
pela precipitação atmosférica, que se verifica sob forma de vapor de água, chuva,
neve, etc.

Nem toda a água referida é canalizada pelos rios para o mar, pois parte importante
dela vem constituir glaciares nas altas montanhas, bacias subterrâneas, etc. Sendo
resultante da precipitação a energia hídrica é inesgotável

A central hidroeléctrica é um conjunto de instalações de construção civil e de


equipamentos electromagnéticos que transformam a energia dos fluxos da água em
energia eléctrica, cujos motores primários são as turbinas hidráulicas accionadas por
fluxos de água. As centrais hidroeléctricas pode ainda ser consideradas como centrais
que aproveitam a energia contida nas grandes massas de agua para produzirem
movimento em turbinas acopladas a alternadores, os quais transformam esse
movimento em energia eléctrica.

6.1. Classificação das centrais


a) De acordo com a queda útil:

 Central de alta queda, se h> 250 m;


 Central de média queda, se h≤250 m;
 Central de baixa queda, se h <250 m.

b) De acordo com o caudal:

 Centrais de grande caudal, se Q> 100 m³/s;


 Centrais de médio caudal, se Q≤100 m³/s;
 Centrais de pequeno caudal, se Q <100 m³/s;
c) De acordo com o tipo de aproveitamento:

 Centrais de fio de água – são aquelas que não têm a possibilidade de


efectuar grande armazenamento de água. Assim se o volume excede os
limites para os quais a instalação foi dimensionada a água é esvaziada e
turbinada de modo a não haver desperdícios;
 Centrais albufeira – são aquelas que tem capacidade de armazenamento
de grande volume de água, podendo regular o fluxo da água de modo a
utiliza-la de modo conveniente.

c) De acordo com o devido aproveitamento:

 Centrais de base – quando funciona de modo continuam, com carga


praticamente constante. É o caso das centrais a fio de água, cujo
funcionamento é permanente, para anão desperdiçar água turbinada.
 Central de ponta - quando funciona para cobrir as necessidades
energéticas de certas pontas do consumo. É o caso das centrais de
albufeira, que apenas são chamadas a intervir nas pontas de consumo,
portanto durante algumas horas.

Nb: Teoricamente, qualquer central pode funcionar num ou noutro regime, com maiores
ou menores vantagens económicas e técnicas.

6.2. Escolha do local para instalação de uma central hídrica


A seguir alguns factores de que devem ser levados em conta a quanto da implantação de uma
central hidroeléctrica:

 Disponibilidade de água: Uma vez que a condição primária para uma central
hidroeléctrica é uma elevada quantidade de água, esta deve ser construída em locais
como rios, locais onde há abundancia de água.
 Armazenamento de água: Dadas as grandes variações de água nos rios durante o ano,
torna necessário o armazenamento da água, por construções de barragens de modo a
garantir a produção de energia durante todo o ano. Este armazenamento ajuda na
regulação do fluxo de água nos tempos chuvosos de modo a compensar nos tempos
secos. Isto leva a conclusão de que a escolha do local da implantação da central hídrica
deverá proporcional facilidades na construção da barragem, bem como no
armazenamento da água.
 Custos e tipo de terra: A terra para construção duma central hídrica devera
disponibilizar preços razoáveis. Além disso a capacidade do solo devera suportar o
elevado peso do equipamento a instalar.
 Facilidade no transporte: O local escolhido para a implantação da central devera ser
acessível a linhas férreas, estradas, de modo de modo a facilitar o transporte do
equipamento e maquinaria necessária.

6.3. Constituição de uma central Hidroeléctrica

a) Barragens – são obras artificiais de construção civil realizadas para desviar o


caudal de um rio de modo a formar-se uma bacia de armazenamento de grande
capacidade.
b) Tomada de água – destina-se a conduzir a agua da albufeira ao canal de
derivação e pode estar localizado na barragem ou na montante desta. As
tomadas de água são munidas de comporta para regulação de caudal e de
grelhas para impedir a entrada de materiais sólidos.
c) Canal de derivação – Serve para conduzir a água da tomada de água até a
bacia de acumulação, quando a central fica longe da barragem.
d) Bacia de acumulação – destina-se a regular o fluxo de água à conduta forcada
e compreende essencialmente uma bacia de acumulação e um tanque de carga.
e) Chaminé de equilíbrio – localizado no extremo do canal, destina-se a limitar as
sobrepressões e depressões resultantes das variações bruscas do caudal.
f) Turbinas – as maquinas que transformam em energia mecânica a energia
cinética possuída pela agua e torna-se disponível no eixo ao qual e ligado o rotor
do gerador eléctrico.
g) Canal de restituição – destina-se a recolher a água proveniente das turbinas e
conduzi-la ao rio ou a uma bacia artificial.

6.4. Vantagens e Desvantagens duma central Hídrica

6.4.1. Vantagens
 Esta na necessita de combustíveis, apenas usa água para produção de energia
eléctrica;
 É limpo e não produz fumos nem cinzas;
 Os custos de produção são baixos pois a água é uma fonte de energia sem custo;
 Comparativamente as outras centrais esta é simples e requer pouca manutenção;
 Tem pouco tempo de arranque comparado com as centrais térmicas, devido a este
facto estas podem ser colocadas em serviço instantemente;
 São robustas, mas tem longo tempo de vida;
 Servem para muitos propósitos, para além de produzir electricidade, elas podem ajudar
na irrigação;
 Apesar de necessitarem de muita atenção, devido ao elevado numero de mortes
durante a construção, esta pode ser operadas por indivíduos com pouca experiencia.

6.4.2. Desvantagens
 Elevado capital para a sua implantação;
 Incertezas acerca da disponibilidade de grandes quantidades de água, devido a elevada
dependência pela condição hidrológicas;
 Necessita de indivíduos hábeis e experientes durante a construção;
 Elevados custos na transmissão da energia, pois localizam-se longe dos centros de
consumo.
6.5. Potência da central
= ℎ

Onde:

m- massa de agua, em kg

h-queda util, em m

g-aceleracao de gravidade em m/s²

= .

Onde:

Q- caudal da água ao cair duma determinada altura provoca uma potência.

δ- peso especifico da água (δ=1000kg/m³)

= . . .ℎ [ ] = 100. . ℎ. [ ] = 9,8. . ℎ[ ]

Onde:

P – potencia hidráulica produzida, mas sabe-se que ao longo da caminhada há perdas,


logo a potência eléctrica será:

= . 9,8. . ℎ [ ]

= . .

Onde:

Rendimento da turbina -

Rendimento da conduta -

Rendimento da Gerador -
6.6. Turbinas Hidráulicas
São máquinas primárias que tem por missão converter a energia (potencial e /ou
cinética) armazenada na água em qualquer outro fluido ou em energia mecânica.

6.6.1. Tipos de turbinas hidráulicas


A turbina hidráulica possui uma grande variedade de formas e tamanhos, efectua a
transformação de energia hidráulica em energia mecânica. Estas dividem-se em quatro
grupos mais usados: Pelton, Francis, Kaplan e Bulbo, cada um destes tipos é adaptado
para funcionar em centrais com uma determinada faixa de queda útil. As vazões
volumétricas podem ser igualmente grandes em qualquer um deles, mas a potência
será proporcional ao produto da queda útil e a vazão volumétrica.

Em todos os tipos há alguns princípios de funcionamento comuns: A água entra pela


tomada de água, a montante e é levada através de uma conduta forçada até a entrada
da turbina. Lá a agua passa por um sistema de pás móveis que controlam a vazão
volumétrica fornecida à turbina. Para se aumentar a potência abrem-se as pás e para
diminuir fecham-se as mesmas. Após passar por este mecanismo a água chega ao
rotor da turbina.

Nb: Nas turbinas pelton, não há um sistema de pás móveis, e sim um bocal com uma
agulha móvel, semelhante a uma válvula, o qual e responsável pelo controlo da vazão
volumétrica.

Uma turbina e constituída basicamente por cinco partes: Caixa espiral, pré-distribuidor,
distribuir, rotor e eixo e tubo de sucção.

a) Caixa espiral – é uma tubulação de forma toroidal que envolve a região do


rotor, esta parte fica integrada a estrutura civil da central, não sendo possível ser
removida ou modificada. O objectivo é distribuir a água igualmente na entrada
da turbina. É fabricada com chapas de aço carbono soldadas em segmentos. A
caixa espiral conecta se à conduta forcada na secção de entrada e ao pré-
distribuidor na secção de saída.
b) Pré-Distribuidor – a finalidade deste é direccionar a água para a entrada do
distribuidor. É composto de dois anéis superiores, entre os quais são montados
um conjunto de dezoito a vinte quatro pás fixas com perfil hidrodinâmico de
baixo arrasto, para não gerar perda de carga e não provocar turbulência no
escoamento. É uma parte sem movimento soldada a caixa espiral e fabricada
com chapas ou placas de aço carbono.
c) Distribuidor – É composto de uma serie de dezoito a vinte quatro pás móveis,
accionadas por um mecanismo hidráulico (sem contacto com agua). Todas as
pás tem o seu movimento conjugado, isto é, todas se movem ao mesmo tempo
e de maneira igual. O accionamento é feito por um ou dois pistões hidráulicos
que operam numa faixa de pressão de 20 bar, nas mais antigas, até 140 bar,
nos modelos actuais. O distribuidor controla a potência da turbina, pois regula o
fluxo da água. É um sistema que pode ser operado manualmente ou em modo
automático, tornando o controlo da turbina praticamente isento de interferência
do operador.
d) Rotor e eixo – No rotor da turbina é onde ocorre a conversão de energia
hidráulica em potência de eixo.
e) Tubo de sucção - conduta de saída de água, geralmente com diâmetro final
maior que o inicial, desacelera o fluxo da água após esta ter passado pela
turbina, devolvendo-a ao rio.

Fig 1. Representação de algumas componentes básicas de uma turbina

As turbinas hidráulicas podem ser classificadas como: Turbinas de acção e de reacção.

Eng° Maxcêncio Artur Sebastião Tamele e Gervásio Stefan de Amorim Manjate “Em elaboração”
36
a) Turbinas de acção (ou impulso) – aquela em que o trabalho mecânico é obtido
pela obtenção da energia cinética da água em escoamento através do rotor. Ex.:
Turbinas Pelton.
b) Turbinas de reacção (ou Propulsão) – são todas turbinas em que o trabalho
mecânico é obtido pela formação das energias cinéticas e de pressão da água
em escoamento através do rotor.
Ex.: Turbinas Francis e Kaplan.

6.6.1.1. Turbinas Pelton


Essa turbina foi idealizada cerca de 1880, pelo americano Pelton, onde originou o
nome. São adequadas para operar entre quedas de 380 até 1100 metros, sendo por
isso muito mais comuns em países montanhosos. Este modelo de turbina opera com
velocidades de rotação maior que os outros e tem um rotor de características bastante
distintas (encontra-se no centro, cercado por bocais), cada bocal é controlado por um
servo motor e tem uma válvula na forma de agulha para o controlo do fluxo.

Os jactos de água ao se chocarem com as Pás da turbina geram o impulso.


Dependendo da potencia que se queira gerar podem ser accionados os 6 bocais
simultaneamente, ou apenas 5, 4, etc. O número de bocais vária de 2 a 6, igualmente
espaçados angularmente para garantir um balanceamento dinâmico do rotor.

Um dos maiores problemas destas turbinas devido a alta velocidade com que a água
se choca com as pás da turbina, é a corrosão provocada pelo efeito abrasivo da areia
misturada com a água, comum em rios de montanhas.

As turbinas pelton, devido a possibilidade de accionamento independente nos


diferentes bocais, tem uma curva geral de eficiência plana, que lhes garante bom
desempenho em diversas condições de operação.
Fig 2. Componentes de uma turbina Pelton

6.6.1.2. Turbinas Francis


Tem sido aplicadas largamente, pelo facto das suas características cobrirem um
grande campo de rotação específica. Actualmente se constroem para grandes
aproveitamentos, podendo ultrapassar a potência unitária de 750MW.

É uma típica turbina de reacção, pois recebe a água sob pressão na direcção radial e
descarrega numa direcção axial, havendo transformação tanto de energia cinética
como de energia de pressão de trabalho. A vazão trazida ate a turbina pela conduta
forcada é dirigida em direcção radial para a roda e, ao sair ganha uma direcção axial,
indo ao canal de restituição através do tubo de sucção.

A roda Francis apresenta um íntimo contacto com a água que percorre os seus canais,
não sendo, por isso recomendável o seu emprego em centrais cuja água possua alto
teor de sólidos em suspensão, que acarretam excessivo desgaste da roda por
corrosão.

As turbinas Francis podem ser instaladas de eixo horizontal ou vertical, sendo este
último mais comum nas centrais de grande potência. As turbinas Francis, relativamente
as pelton, tem um rendimento máximo mais elevado, velocidades maiores e menores
dimensões.

fig. 3: Componentes de uma turbina Francis

6.6.1.3. Turbinas Kaplan e Hélice


São turbinas de reacção, adaptadas às quedas fracas e caudais elevados, são
constituídas por uma câmara de entrada que pode ser aberta ou fechada por um
distribuidor e por uma roda com quatro ou cinco pás em forma de hélice. Quando estas
pás são fixas diz-se que a turbina e do tipo hélice. Se as pás são móveis, o que permite
variar o ângulo de ataque por meio de um mecanismo de orientação que é controlado
pelo regulador das turbinas, diz-se que a turbina é do tipo Kaplan.

As turbinas kaplan também apresentam uma curva de rendimento “plana” garantindo


bom rendimento em uma ampla faixa de operação. As turbinas kaplan e Helice têm
normalmente o eixo vertical, mas podem existir turbinas deste tipo com eixo horizontal,
as quais se designam por turbinas bulbo.
fig. 3: Componentes de uma turbina Kaplan

6.6.1.4. Turbinas Bulbo


Operam em quedas abaixo de 20 metros, foram inventadas na década de 30 e
aplicadas na década de 60, na franca para uma central maremotriz de La Rance e
depois desenvolvidas por outras finalidades. Possui a turbina similar a uma turbina
Kaplan horizontal, porem devido a baixa queda o gerador hidráulico encontra-se em
bulbo por onde a água flui ao seu redor antes de chegar as pás da turbina.

Tipicamente turbinas modernas têm uma eficiência entre 85 a 99%, o que varia
conforme a vazão da água e a potência gerada.

fig. 3: Componentes de uma turbina Bulbo


Dois fenómenos devem ser conhecidos e controlados nas centrais hidroeléctricas:
golpes de aríete e capitação.

a) O golpe de aríete é um transitório hidráulico máximo (onda de pressão) que


ocorre sempre que a velocidade media de escoamento e modificado por
actuação do dispositivo de controlo de vazão.
b) Cavitação – fenómeno de mudança de fase da agua, quando bolhas de vapor e
gases no interior da turbina ao alcançarem regiões de pressões elevadas
retomam a fase liquida cujos efeitos são destrutivos com queda de potencia
fornecida e redução da vida útil da instalação.

6.6.2. Escolha do tipo de turbina


A escolha da turbina é crucial para um bom rendimento da central, devendo ser feita de
acordo com a altura da queda útil, o caudal e a velocidade específica da turbina.

A escolha desta para uma dada potência faz-se a partir da velocidade específica.


=

Onde:

ns- Velocidade especifica dada em rotações por minuto [r.p.m];

P- potência de turbina dada em cavalo-vapor [C.V];

H – Queda útil da água dada em metros [m].

Tipo de Turbina Tipo de Rotor Queda útil H [m] ns [r.p.m]


Pelton Normal >300 20 – 40
Francis Lento 150 – 300 50 – 150
Francis Normal 50 – 150 150 – 250
Francis Rapido 10 – 50 250 – 450
Kaplan Normal 4 – 30 600 - 800
Nb: As turbinas necessitam de uma grande manutenção periódica, uma vez que sofrem
um grande desgaste devido a acção da água, deixando em alguns anos de funcionar
de forma rentável.
7. Centrais solares
O uso de colectores solares ( painéis solares) tem vindo a crescer nos últimos anos divido ao
aumento na preocupação geral pelos efeitos destrutivos da utilização das formas convencionais
da energia sobre o ambiente. Hoje-em-dia sabe-se que os actuais consumos energéticos são
responsáveis em grande parte pela contaminação do ar, da água, alterando o clima do nosso
planeta.

Uma forma de resolver esse problema é recorrer cada vez mais a energia limpa e ilimitada,
neste caso a solar entre os abastecimentos de energia para as nossas necessidades.

7.1. Solar térmica para aquecimento de água


Um sistema de captação de energia solar térmica converte a energia da radiação fornecida
pelo sol em energia térmica contida na água que pretendemos utilizar. Numa habitação essa
energia pode ter diversas aplicações, tais como a produção de água quente sanitária para
banhos, lavagem de loica, mãos, etc. ou como complemento do aquecimento central ou
aquecimento de piscinas.

Através de uma superfície absorvente é possível captar com melhor rendimento a radiação
electromagnética do sol. A figura seguinte ilustra um exemplo de captação de energia solar
para efeito de aquecimento de águas.
A energia solar é absorvida pela superfície absorvente do colector e aquece-a, e esta, por sua
vez, aquece o fluido que circula. É muito importante um bom contacto térmico entre a superfície
absorvente e o fluido, e embora o fluido passa ser um líquido ou em gás, em geral consideram-
se os líquidos como os mais eficientes.

Existem condução de calor através de tubo, o que esteja em contacto com o colector, sendo
importante o isolamento das partes laterais e traseiras. Além disso, verifica-se que existem
perdas por convecção, pois quando o ar entra em contacto com qualquer superfície quente,
sobe transportando consigo calor. O vento tem uma influência muito grande nas perdas por
convecção. Existem também, perdas por irradiação a partir da superfície do colector.

Divido ao manuseamento anteriormente, se pode entender a razão para uma placa de vidro.
Em primeiro lugar ela reduz as perdas por convecção porque a sua superfície exterior fica que
a própria superfície da placa do colector (superfície absorvente). Uma placa de qualquer
material faria isso, mas o vidro tem a propriedade de ser transparente às radiações visíveis, e
permite que a luz do sol penetre através dela. Além disso, tem uma outra propriedade útil: é
opaco às radiações infravermelhas (excepto para uma região dessas ondas com o
comprimento de onda próximo da luz visível). No processo de radiação dos corpos aquecidos,
se a superfície absorvente do colector é aquecida, mas nunca ao rubro, irradiará energia quase
inteiramente sob a forma de ondas infravermelhas. Assim a placa de vidro permitirá a travessia
de maior parte da energia solar que lhe chega, sem deixar sair para o exterior a maior parte da
radiação emitida pela superfície absorvente do colector, o chamado efeito estufa.

7.1.1. Composição de um sistema de energia solar térmica


Os componentes mais importantes de um sistema são os colectores e o depósito, que se
encontram incluídos num circuito com diversos acessórios. Na maior parte das vezes, os
colectores do sistema situam-se na cobertura e o depósito de água quente no sótão, cave ou
numa divisão técnica reservada ao sistema de aquecimento central.

a) Colector – A energia da radiação solar é captada e transferida através de colectores


solares, sendo depois acumulada no depósito sob a forma de água quente. Existem
diversos tipos de colectores que poderão ser utilizados conforme a utilização que se
pretende.
A área de colectores depende do consumo de água quente e da temperatura de utilização,
sendo tanto maior quanto maiores forem as necessidades de energia.

Interessa referir que num sistema solar térmico apenas parte da energia disponível vai ser
transferida para o fluido. Este processo está dependente do rendimento do colector,
considerando-se este como quociente entre a energia recebida e a energia disponível.
Consequentemente quanto maior o rendimento maior será a energia disponível, devendo-se
por este motivo prestar especial atenção a este ponto.

b) Depósito – Num sistema de energia solar térmico existe necessidade de acumular a


energia obtida durante as horas de sol na água de consumo, de modo a que esta possa
estar disponível em quantidades suficiente para satisfazer as necessidades. Os
materiais mais utilizados são: aço, aço inoxidável, cobre, alumínio e fibra de vidro
forcada. Os acumuladores verticais de água são geralmente de forma cilíndrica e sua
altura deverá ser maior que o diâmetro, para que ocorra a estratificação térmica no
interior do depósito.

A água quente é extraída da parte superior do depósito, logo o abastecimento dos colectores
deverá ser feito pela parte inferior do depósito. Os acumuladores podem receber a energia de
apoio de uma forma directa ou indirecta. Nos directos, a fonte de aquecimento está situada no
interior do deposto (a mais comum é a resistência eléctrica). Nos indirectos, a fonte energética
está situada exteriormente e a transferência de calor é efectuada por intermédio de um
permutador. Se por razões físicas não houver espaço vertical deverá optar-se pelos depósitos
horizontais.

c) Acessórios – para além dos colectores e depósitos, os sistemas de energia solar


térmica necessitam de acessórios para que o sistema funcione correctamente:
 Válvulas de redução, não retornam, segurança e isolamento;
 Central de controlo;
 Permutador;
 Estacão de bombagem;
 Vaso de expansão;
 Purgadores
 Fluído térmico (anticongelante).
7.1.1.1. Tipos de circulação
a) Circulação forcada
 Principais vantagens: permite a colocação do depósito em qualquer sítio, permitem a
regulação de temperatura do sistema através da acção de uma bomba circuladora,
sensores e controlador.
 Principais desvantagens: requerem energia eléctrica (Bomba de circulação e
controlador), custo mais elevado e maior complexidade.
b) Circulação natural ou termos sifão
 Principais vantagens: Não requerem energia eléctrica (Bomba de circulação, etc.),
simples e de custo muito baixo.
 Principais desvantagens: Dificuldades de circulação em sistemas de maior dimensão,
peso total do sistema concentrado, o depósito estão situadas sempre acima dos
colectores.

7.1.2. Algumas tecnologias

7.1.2.1.Plano
Também denominado por colector plano selectivo, apresenta-se como a tecnologia mais
difundida e destina-se, normalmente, para a produção de água quente a temperaturas
inferiores a 60 °C.

a) Principais constituintes:
 Cobertura transparente: provoca o efeito de estufa e reduz as perdas de calor e
assegurando a estanquicidade do colector.
 Placa Absorsora: capta a energia e transforma-a em calor, efectua a transmissão para
o fluido térmico que circula por uma série de tubos em paralelo ou serpentina. De modo
a maximizar o rendimento, utilizam-se superfícies selectivas que absorvem energia
como um corpo negro e perdem menos radiação.
 Caixa: Têm como função evitar perdas de calor, conferir rigidez e proteger o interior do
colector dos agentes externos.
 Isolamento: Normalmente está aplicado na parte traseira da placa absorsora e nas
paredes laterais do colector e evita as perdas de energia por condução. Poderão ser
utilizados diversos materiais como poliuretano, fibra de vidro, entre outros.
Os colectores planos apresentam uma boa relação preço/qualidade, bem como uma grande
possibilidade de hipóteses de montagem (sob uma cobertura, na estrutura do telhado ou
isolado).

b) Cilindro Parabólico Composto ( CPC)

A tecnologia CPC, resultante da investigação no campo da óptica, combina as propriedades


dos colectores planos com a capacidade de produção de temperaturas mais elevadas (> 60°C),
conferindo uma maior possibilidade de aplicações. Possuem um grande ângulo de visão, o que
permite a captação da radiação difusa, conferindo um maior rendimento e maior capacidade de
disponibilizar energia.

c) Tubos de vácuo

Estes colectores são constituídos por tubos de vidro transparentes cujo interior contem tubos
metálicos (absorvedores). O interior dos tubos está sob vácuo, livre de ar, eliminando quase
totalmente as perdas por condução e convecção.

Um tubo de vácuo consiste num tubo de vidro de borosilicato de parede dupla, dentro do qual
existe vácuo. A parede interna está coberta de nitrato de alumínio, material com excelente
capacidade de absorção de calor. No interior existe um tubo de cobre, denominado de heat-
pipe, ao qual estão fixos receptores solares de alumínio selectivo.

O transporte de calor para água é efectuado pelo heat-pipe. Este tubo contém no seu interior
um gás facilmente evaporável que sofre um ciclo evaporação/condensação. A condensação
ocorre na parte superior do heat-pipe, que se encontra em contacto com a água. Transmitindo-
lhe assim o calor rendimentos e altas temperaturas é maior devido aos menores coeficientes de
perda. Os tubos de vácuo apresentam como vantagem o facto de trabalharem eficientemente e
altas temperaturas de absorção e com radiação reduzida.
7.2. Solar térmica para produção de energia
O principio é o mesmo do que uma central a combustível fóssil oi nuclear: A energia entrada é
utilizada para produzir vapor que alimenta um turbo-gerador.

Os raios solares incidem sobre o colectores solares, estes por sua vez aquecem um fluido
térmico que em contacto com o fluido que passa da caldeira de vapor, gerando o vapor que ira
accionar a turbina a vapor instalada na central. A turbina está conectada por meio de um veio
com um alternador que transformara a energia mecânica e eléctrica. O vapor restante e
condensado no condensador e mandado de volta para a caldeira de vapor por meio de uma
bomba, fechando assim o circuito.

7.3. Solar Fotovoltaica


Através de finas placas de silício com uma dimensão de poucos milímetros, pode-se gerar uma
tensão eléctrica quando uma luz incide sobre elas. A milimétrica célula solar gera apenas
microwatts, e, para produzir potências na ordem dos megawatts são necessárias centenas de
metros quadrados.
O custo relativamente alto das células solares não se deve à escassez de matéria prima. O
silício é o segundo elemento químico mais abundante na crosta terrestre, e as suas reservas
tendem a ser consideradas “Ilimitadas”. O custo sobe por duas razões: A primeira é que o
silício produzido tem que ser de elevada pureza ( O silício é considerado como extremamente
impuro com um átomo “errado” num milhão). A segunda razão ‘e que tem que ser fundido e
seguidamente arrefecido muito lenta e cuidadosamente para que os seus átomos fiquem com
uma estrutura cristalina perfeita. A necessidade de dispor de grandes monocristais de alta
qualidade é uma das dificuldades existentes, e têm sido desenvolvidos muitos esforços para
conseguir produzir células fotovoltaicas com bom rendimento que tenham uma estrutura com
menos exigências.

A figura que segue ilustra o princípio de funcionamento do efeito fotovoltaico.

7.3.1. Tipos de células


Existem 3 principais células solares:

a) Células mono -cristalinas: Representam a primeira geração, os seu rendimento eléctrico


e relativamente elevado, mas as técnicas usadas na sua produção são complexas e
caras, por outro lado é necessário uma grande quantidade no seu fabrico devido a
exigência de utilizar materiais em estado puro e uma estrutura cristalina perfeita.
b) Células poli – cristalinas: Tem um custo de produção inferior por necessitar de menos
energia no seu fabrico, mas apresenta um rendimento eléctrico inferior. Esta redução de
rendimento e causada pela imperfeição do cristal devido ao sistema de fabrico.
c) Célula de silício amorfo ou filme fino: são as que apresentam o custo mais reduzido mas
em contra partida o seu rendimento é também o mais reduzido.

Tecnologia Eficiencia
Silício mono – cristalino 13-15%
Silício poli – cristalino 11-13%
Silício amorfo 7%

7.4. Solar passiva


a) Localização, orientação e construção de edifícios

A escolha da localização, orientação e construção de edifícios é muito importante na


optimização energética do edifício.

b) Sistema de arrefecimento evaporativo


 Através da colocação de plantas (arbustos ou árvores) junto ou em contacto com a
envolvente do edifício;
 Através da criação de espelhos de água ou fontes com repuxo junto das fachadas, ou
outros processos relacionados com água.

c) Pintura de edifícios com cores claras

Pode –se-á reduzir os ganhos solares através da utilização de cores claras nas fachadas e na
cobertura.

d) Arrefecimento passivo e ventilação natural

É possível melhorar o conforto térmico e a redução de consumo energético através do


arrefecimento passivo e da ventilação natural, nomeadamente:
 Criando correntes de ar naturais através da remocao de paredes interiores ou criando
aberturas adequadas em fachadas ou em paredes interiores;
 Criando aberturas na cobertura por cima da caixa de escadas – efeito chaminé.

7.5. Vantagens e desvantagens das centrais solares

7.5.1. Vantagens
 Alta fiabilidade, não têm peças móveis, o que é muito útil em aplicações em locais
isolados;
 Fácil portabilidade e adaptabilidade dos módulos;
 Permite montagem simples e adaptável a várias necessidades energéticas. Os sistemas
podem ser dimensionados para aplicações de alguns Mw ou kW;
 O custo de operação é reduzido;
 A manutenção é quase inexistente;
 Não necessita de combustível, transporte, nem trabalhadores altamente qualificados;
 A tecnologia fotovoltaica apresenta qualidades ecológicas, pois o produto final não é
poluente, é silencioso e não polui o ambiente.

7.5.2.Desvantagens
 O fabrico de módulos fotovoltaicos necessita de tecnologia muito sofisticada, levando a
um elevado custo de investimento;
 O rendimento real de conversão de um modulo fotovoltaico é reduzido ( o limite teórico
máximo numa célula de silício é de 28%, face ao custo do investimento;
 Quando é necessário proceder ao armazenamento de energia sob forma química
(Baterias), o custo do sistema fotovoltaico torna-se ainda mais elevado.
8. Centrais eólicas
Uma central eólica é uma central que produz energia eléctrica a partir do vento e é constituída
fundamentalmente por uma turbina eólica, gerador eléctrico, tore e um posto de comando,
controle e protecção.

O processo de aproveitamento da energia eólica compreende 3 fases: captação (vento),


armazena, armazenamento e utilização.

A captação faz-se expondo à acção do vento um sistema de superfícies em torno de um eixo.


Esse sistema constitui a maquina primaria de aproveitamento eólico e pode assumir diversas
formas o possuído o sei eixo em posição horizontal ou vertical. Os problemas levantados pela
irregularidades do vento ao longo do tempo, traduzida pelas variações da respectiva velocidade
tem a sua solução mais simples no armazenamento da energia eléctrica produzida. O
armazenamento da energia produzida é facilmente conseguido recorrendo ao empregue de
bactérias de 12, 24 ou 60 V que é fornecida à rede quando necessário.

A potencia da turbina é dada por:

= 0,12
Onde:

d – diâmetro da hélice em metros;

v – velocidade do vento em metros por segundo

A potencia eléctrica e dada por:

= ; ≈ 0,15 0,45

O valor mínimo indispensável da velocidade do vento é de 35 km/h, para que se comece a


gerar uma potência, abaixo desta velocidade considera-se a velocidade zero, isto é, não há
produção de potência.

8.1. Turbinas eólicas


As turbinas eólicas também conhecidas por aerogeradores, tem como função
transformar a energia cinética do vento em trabalho mecânico e consequentemente em
energia eléctrica.

8.1.1. Forcas que actuam nas pás da turbina


a) Forcas de Arrasto – existem tipos de turbinas que utilizam a forca que actua sobre
em área perpendicular à direcção o vento. Um exemplo de turbina eólica que utiliza a
forca de arrasto é o moinho do vento tipo pérsia.

b) Forca de sustentação – existem tipos de turbinas que utilizam pás com perfil
aerodinâmico, cuja forca resultante da iteração do vento com o rotor não possui
somente a componente de arrasto na mesma direcção de velocidade relativa, mas
também uma componente perpendicular à velocidade relativa, denominada de forca de
sustentação.

8.2. Configuração do rotor


Quanto à posição do eixo de rotação, as turbinas podem ser classificadas como
turbinas de eixo horizontal e turbinas de eixo vertical. Actualmente são muito mais
usadas de eixo horizontal.As turbinas de eixo horizontal podem ser classificadas
baseadas na posição do rotor em relação a torre em upwind e downwind.
Nas turbinas Downwind, o vento incide na área de varredura do rotor por traz da
turbina eólica. Essa turbinas possuem uma vantagem teórica é o facto de não
necessitarem de um mecanismo para direccionamento da turbina em relação ao vento,
entretanto, esta vantagem é utilizada somente para turbinas eólicas de pequena
escala, pois para turbinas de grande escala, devido a flexibilidade do rotor durante
fortes rajadas de vento, as pás podem colidir com a torre. A principal desvantagem
desta configuração é a turbulência causada no vento pela torre da turbina.

Essa turbulência gera ruídos que dificultam a autorização e aceitação deste tipo de
turbina, principalmente em áreas próximas de cidades.

Nas turbinas Upwind, o vento incide na área de varredura do rotor pela frente da
turbina. A principal vantagem deste tipo de turbina é que eles evitam o distúrbio
causado pela torre no vento. Devido a este facto, a maior parte das turbinas eólicas
utilizadas actualmente são upwind. As desvantagens das turbinas upwind são a
passagem periódica das pás pela torre que causam pulsações de torque na turbina
eólica e a necessidade do mecanismo de orientação direccional que provoca uma
maior carga na torre se comparado com as turbinas downwind.

Fig 1: Turbinas upwind e downwind

A questão do número de pás está indirectamente relacionada ao TSR (Tip speed ratio).
Por exemplo, para os moinhos de vento americanos, devido ao seu baixo TRS (λ=1),
requer uma área de varredura bastante sólida por isso, estes são normalmente,
construídos com 20 a 30 pás de metal. Por outro lado, as turbinas que operam em alta
velocidade (λ=6) são construídas com duas pás.

Outro facto importante que contribui para utilização de um baixo número de pás e o alto
custo deste componente. Tipicamente, o custo do rotor com 3 pás, é de
aproximadamente 20% do custo total da turbina, por esta razão a primeira geração de
turbinas, na faixa de megawatts, foram construídas com rotor de 2 pás. Os rotores com
uma pá, embora tendo a vantagem de diminuir os custos, tem um projecto do rotor
mais complexo para evitar os esforços causados pela passagem das pás pela torre.
Alem disso devido a necessidade de uma maior velocidade rotacional para produzir a
mesma quantidade de potencia que um rotor de 3 pas. Por outro lado, os rotores com 3
pás possuírem distribuição mais balanceada do peso dobre a área da varredura do
rotor, desta forma são dinamicamente estáveis, portanto, a principal razão para usar-se
um rotor com 3 pás, e que devido a melhor distribuição do peso sobre a área de
varredura do rotor, elas são dinamicamente estáveis, reduzindo as cargas mecânicas
nos componentes da turbina, principalmente na torre e no conjugado de accionamento.
Fig 2: TSR para diferentes tipos de turbinas eolicas

8.3. Principais componentes das turbinas eólicas


Anemómetro – Mede a velocidade do vento e transmite para o controlador;

Pás – o vento incide sobre as pás gerando uma forca de sustentação, que ira mover o
rotor;

Freio – o freio a disco pode ser mecânico, eléctrico u hidráulico, e é ultimado como
sistema auxiliar (o freio principal da turbina eólica é o freio aerodinâmico), para parar a
turbina em condições adversas de operação.

Controlador – É utilizado para a partida e/ou desligamento da turbina, através do


monitoramento de todas as partes da turbina.

Caixa de engrenagens – conecta o eixo de baixa velocidade com o eixo de alta


velocidade rotacional de, aproximadamente 10 – 60 r.p.m, para aproximadamente 1200
– 1800 r.p.m, que é requerida para os geradores assíncronos. Existem configurações
que não utilizam caixa de engrenagens, devido a utilização de geradores síncronos que
operam a baixa velocidade;

Gerador – o gerador mais utilizado para as turbinas ‘e o gerador assíncrono, embora


algumas turbinas utilizarem geradores síncronos;

Eixo de alta velocidade - acciona o gerador assíncrono;

Eixo de baixa velocidade - devido ao TSR das turbinas eólicas, a velocidade de rotação
do rotor esta na faixa de 10 a 60 rpm.

Caixa de Maquinas – protege todos os componentes da turbina, incluindo o conjugado


de accionamento, o gerador, mancais e os demais acoplamentos, dependendo da
configuração da turbina;

Rotor – este e forma do pelas pás e o cubo do rotor;

Torre – As torres podem ser feitas de aço tubular de treliças ou de concreto. Como a
velocidade do vento aumenta com a altura, as torres são altas para captar mais
energia;

Medidor de direcção do vento – mede a direcção do vento e comunica com o


mecanismo de orientação direccional;

Mecanismos de orientação direccional – turbinas upwind operam com o rotor de frente


para o vento. O mecanismo de orientação direccional é usado para manter o rotor de
frente para o vento quando este mudar de direcção.
Fig 3: Representação de alguns componentes de turbinas eólicas
Anexos
Ficha de exercícios N° 1

I.

1. Preencha os espaços em branco inserindo as palavras/ figuras apropriadas:

a) A fonte primária de energia é ___________________.

b) A forma mais importante de energia é ____________________.

c) 1 kWh = __________________ 1 kCal.

d) O valor calorífico do combustível sólido e expresso é ___________________.

e) As três fontes principais de energia usadas na geração de energia eléctrica são


_____________________________________________________________________.

2. Seleccione a palavra/figura correcta e preencha os espaços em branco:

a) A energia eléctrica é _______________________ em relação as outras formas de


energia. ( mais barata; mais cara).

b) A energia eléctrica, calorífica e mecânica _________________ pode ser expressas


pelas mesmas unidades. (Pode; não pode).

c) _____________________ Continua a liderar nas fontes de energia usadas na


geração de energia eléctrica. (combustíveis; substâncias radioactivas; água).

d) A unidade básica da energia é ________________________. (joule: Watt).

e) Um alternador é uma maquina que converte ________________________ em


__________________. (Energia eléctrica: Energia Mecânica).

III. Responda as perguntas que seguem:

a) Porque a energia eléctrica é a mais preferida em relação as outras formas?


b) Escreva uma breve nota sobre a geração da energia.
c) Discuta as diferentes fontes de energia existentes na natureza.
d) Compare as principais fontes de energia usadas na geração de energia
eléctrica.

e) Fundamente as seguintes relações:


(i) 1kWh = 36 x 10
(ii) 1 B.Th.U. = 1053 joules
(iii) 1kwh = 860 kCal
(iv) 1 C.H.U. = 1896 joules
f) O que entendes por eficiência de um sistema?
g) Quais são as vantagens dos combustíveis líquidos em relação aos combustíveis
sólidos.
h) Quais são as vantagens dos combustíveis sólidos em relação aos combustíveis
líquidos.

IV. Discuta as questões que seguem:

a) Porque temos recorrido ao uso da energia da água na geração da energia


eléctrica?
b) Qual é a importância da energia eléctrica?
c) Quais são os problemas no uso da energia nuclear?
d) Dê um exemplo prático do uso de roda moinho.
e) Qual é a principal fonte de geração de energia eléctrica.
Ficha de exercícios N° 2

1. A potência máxima duma central é de 100 MW, se a carga anual for de 40%, calcule a
energia total gerada na central.
2. A carga conectada a uma central é de 43 MW, a carga máxima é de 20MW, se a
energia produzida por ano for de 6,5MWh, calcule 0 factor de carga e o factor de
demanda.
3. Uma central de 100 MW fornece 100MW por 2 horas, 50 MW por 6 horas e fica fora de
serviço para o resto de cada dia. Também fica em manutenção por 45 dias. Calcule o
factor de carga anual.
4. A geração de uma central tem uma potencia máxima de 25 MW, o factor de carga de
60%, factor de capacidade da central de 50%, factor de utilização 72%. Encontre:
a) Capacidade de reserva da central;
b) A energia produzida por dia;
c) A energia máxima que poderia ser produzida.
5. Uma central à diesel fornece aos seguintes consumidores a seguintes potências:
Consumidor industrial (1500 kW); Estabelecimento comercial (750 kW); Potência
doméstica (100 kW) e iluminação doméstica (450 kW).

Se a potência máxima da central ‘e de 2500 kW e a energia anual produzida é de 4500


kWh, determine o factor de diversidade e o factor de carga anual

6. Uma central tem uma potência máxima de 15000 kW, O factor anual de carga de 50% e
o factor de capacidade da central de 40%. Determine a capacidade de reserva da
central.
7. A central tem as seguintes cargas:

Tipos de carga Potência máxima em Factor de demanda Diversidade do grupo


KW
Domestica 1500 1,2 0,8
Comercial 2000 1,1 0,9
Industrial 10.000 1,25 1

Se o factor de diversidade global 1,35, determine a potencia máxima do sistema e a carga


conectada de cada tipo de carga.
8. Uma central tem a seguinte configuração do diagrama de carga:

Tempo em 0-6 6-10 10-12 12-16 16-20 20-24


horas
Potência 40 50 60 50 70 40
em MW
Desenhe o diagrama de carga e encontre a potência máxima, a energia anual produzida pela
central, a energia diária produzida pela central e o factor de carga.

9. Uma central tem as seguintes potências máximas:


 Grupo A: 200 kW entre 8 e 18 horas;
 Grupo B: 100 kW entre 6 e 22 horas;
 Grupo C: 50 kW entre 6 e 22 horas;
 Grupo D: 100 kW entre 10 e 18 horas e depois entre 18 e 6 horas.

Desenhe o diagrama de carga e determine o factor de diversidade, a energia produzida por dia
e diagrama de carga.

10. O factor de carga dum sistema eléctrico é de 0,65. Determine a energia


produzida por este sistema em 500 horas de funcionamento e a potência mínima
sabendo que a respectiva potência da fonte não excede 1000kW.
11. Uma central eléctrica tem 3 turbogeradores de potência 10 cada.
Determinar o factor de utilização, factor de carga, de reserva e a utilização de
potência instalada se a potência anual de energia for de 178,7*10 ℎe a
carga máxima da central for de 28,3*10 .
12. Uma central eléctrica tem instalado 3 turbogeradores de potência a 50*10
cada. Sabendo que a energia produzida anualmente é de 8,28* 10 ℎ.
Determinar o factor de utilização de potência instalada e a potência máxima.
13. Dado o diagrama seguinte determinar a potencia máxima e mínima, usando
todos métodos aprendidos (ver fig. 1)
14. Uma zona de desenvolvimento predominantemente industrial apresenta
diagrama de carga diários que podem em primeira aproximação ser
considerados de 2 tipos (ver fig. 2)
O primeiro para o período invernal de 150 dias, o segundo para o período de
verão num total de 215 dias. Determine:
a) E energia consumida nos 2 períodos
b) A energia consumida durante um ano
c) O coeficiente de carga de cada diagrama
d) O coeficiente de vazio de cada diagrama
e) Número de horas de utilização das potências máximas
15. 3 Consumidores alimentados por uma central eléctrica apresentam as seguintes
características:
= 10 ; = 0,3

= 15 ; = 0,6

= 12 ; = 0,4
Determinar o coeficiente de utilização do grupo e a potência média do grupo.

16. Considere o sistema eléctrico composto por uma central a alimentar duas zonas
de consumo
17. Uma central hídrica, têm instalado cinco grupos geradores de potência nominais
300MW; 200MW; 100MW; 400MW e 500MW. O grupo de 300 devido ao
envelhecimento passou a ter uma limitação de 50MW da sua capacidade
nominal. A central funciona com grupo de 300 a 76% da sua capacidade, o
grupo de 200W a 150MW e o de 400MW a 50% da sua capacidade. Os
restantes grupos estão disponíveis mas não ligados na rede. Durante o mês de
Outubro, por decisão estratégica da administração da central, tirando proveito da
redução de carga verificada involuntariamente, decidiu-se fazer manutenção do
grupo de 400MW, deixando a central funcionando com os grupos anteriormente
em serviço a 87% da sua capacidade. O plano foi elaborado juntamente com o
grupo de consumidores ligados a esta central de modo a evitar várias
interrupções durante o ano. Durante a retirada do grupo para a manutenção
houve um disparo do grupo de 200 MW, tendo entrado o grupo de 500MW a
plena carga de modo a suprir a carga, deixando o grupo de 200 MW para
verificação e o grupo de 300 funcionando a 90% da sua capacidade. Dados os
eventos decorridos na central, Determine:
a) A reserva estática e girante; a potência instalada, útil, planificada e disponível
durante o período normal bem como no período de manutenção.
b) Se a carga máxima da central é de 800 MW e a energia eléctrica produzida
anualmente é de 15x 10 MWh, determine os coeficientes do regime de
funcionamento da central.
c) Em que medida a decisão da administração de retirar um Grupo Gerador
para manutenção pode ou não ser economicamente viável.
18.
Os diagramas de carga diários associados aos barramentos de consumo 1 e 2 são os
seguintes:

a) Para cada um diagrama de carga, calcule os seguintes parâmetro: factor de


vazio, factor de carga e a utilização da ponta.
b) Para a central, calcule: o factor de utilização, a utilização da potência instalada.
Ficha de exercícios N° 3

1. Uma central hídrica tem um reservatório com capacidade de 5x10 metros cúbicos e
uma queda útil de 200 metros. Calcule a energia total disponível em kWh se o
rendimento da central for de 75%.
2. A água de uma central hídrica é levada de um reservatório de 100 metros de queda útil.
Calcule a energia eléctrica gerada por hora, por um metro cubico de água, se a
eficiência hidráulica for de 86% e a eficiência eléctrica for de 92%.
3. É estimado um fluxo de aproximadamente 94 / e o projecto hidráulico prevê uma
queda útil de 39 m. Determine a potência esperada e a produção bruta anual. Assuma a
eficiência global de 80%.
4. Calcule a potência média em kW que pode ser gerada em uma central hídrica
projectada para os dados que seguem:
 Área de captação: 5x10
 Queda útil media, H=30 m
 Pluviosidade anual, F=1,25
 Factor de produção, K=80%
 Eficiência global de 80%

Se o factor de carga e de 40%, qual deve ser a capacidade dos geradores instalados?

5. Uma central hidroeléctrica tem um reservatório com uma área de 2,4 e uma
capacidade de 5x10 . A queda útil e efectivamente de 100 m. As eficiências da
tubagem da turbina e do alternador são 95%, 90%, e 85% respectivamente. Calcule a
energia eléctrica total que pode ser gerada por esta central. Se a carga for de 15.000
kW fornecida em 3 horas, encontre a queda no nível do reservatório.
6. Uma central localiza-se próximo de uma queda de água onde e usada para geração
uma queda útil de 25 cm. A central requer uma potência anual de 400 kW. Fluxo anual
de rio é:
 10 / Por 4 meses;
 6 / Por 2 meses;
 1,5 / Por 6 meses
a) Se construirmos uma central a fio de água, sem armazenamento, determine a
capacidade de reserva. Assuma uma eficiência global de 80%.
b) Se um reservatório for colocado a montante, será necessária qualquer unidade de
espera? Qual será a potencia excedente.
7. Uma central hídrica a fio de água tem os seguintes dados:
 Potencia instalada = 10 MW;
 Queda útil, H = 10m;
 Eficiência global de 80%;
 Factor de carga de 40%
a) Calcule o caudal em / Necessário para a central.
b) Se num dado dia o fluxo do rio for de 20 / , Qual é o factor de carga que a central
pode fornecer.
8. O fluxo semanal duma central é mostrado na tabela abaixo:

Dia Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado


Fluxo 500 520 850 800 875 900 546
( )

A central tem uma queda útil efectiva de 15 m e a eficiência global de 85%. Se a central opera
com um factor de carga de 40%, estime o fluxo médio, o volume necessário e a capacidade da
central.

Ficha de exercícios N° 4

1. Qual é a finalidade da ligação dos painéis solares em série?


2. Qual é a finalidade da ligação dos painéis solares em série?
3. Uma pequena central fotovoltaica dispõe de 2 painéis ligados em paralelo. Cada
painel dispõe de 60 células ligadas em série. Num dado momento as células
proporcionam 4,3 A, a uma tensão de 0,5 V. qual é a potência que a central
fornece nesse momento.
4. Uma central solar fotovoltaica têm instalado 5 painéis solares de 100 células
cada ligadas em série. Cada célula proporciona 1 V a uma corrente de 5ª.
Calcule a tensão, corrente e potência de geração da central.
5. Suponha que uma central solar instalada na vila de songo com 10 painéis
solares de 15m², com uma radiação de 5,23 kWh e um tempo de radiação médio
de 10 horas. Calcule da potência da central considerando um rendimento de
12%. Se o factor de utilização da central for de 60%. Determine a energia anual
gerada por esta central
6. Prevê-se a instalação de uma central, capaz de alimentar uma carga de 5MW.
Os painéis disponíveis têm uma área de 10 m² e o tempo médio de duração da
luz solar é de 8 horas. Considerando que os painéis a usar têm um rendimento
de 10%. Qual devera ser a radiação capaz de gerar a potência desejada.

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