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Índice
1. Energia................................................................................................................................................. 5
1.1. Classificação da energia ........................................................................................................... 5
1.2. Leis da conservação de energia .............................................................................................. 6
1.3. Fontes de energia ...................................................................................................................... 6
1.3.1. Comparação das fontes de energia .................................................................................... 8
1.4. Aplicação da energia eléctrica ................................................................................................. 9
1.5. Vantagens e desvantagens da energia eléctrica .................................................................. 9
1.6. Eficiência ................................................................................................................................... 10
1.7. Valor calorífico dos combustíveis ..........................................................................................10
1.8. Vantagens de combustíveis líquidos dos sólidos................................................................11
1.9. Vantagens dos combustíveis sólidos dos líquidos..............................................................12
1.10. Unidades de energia............................................................................................................ 12
1.11. Relações entre as unidades de energia ........................................................................... 13
2. Estrutura principal de um sistema energético.............................................................................. 15
2.1. Fases da sequência energética ................................................................................................. 15
3. Potência de centrais ........................................................................................................................16
3.1. Algumas definições ......................................................................................................................16
3.2. Coeficientes técnicos duma central...........................................................................................17
3.3. Forma e estrutura da energia de consumo .............................................................................. 19
3.4. Principais grupos de consumidores ......................................................................................19
4. Carga..................................................................................................................................................21
4.1. Características de carga.............................................................................................................. 21
4.2. Potência e tensão.........................................................................................................................22
4.3. Modo de tensão ............................................................................................................................22
4.4. Grau de segurança de abastecimento de energia .................................................................. 22
4.5. Determinação da carga ...............................................................................................................23
4.6. Formas de alterar a evolução normal do diagrama de carga................................................24
4.7. Processos mais usados pelas companhias para melhorarem a forma do diagrama de
carga ......................................................................................................................................................24
4.8. Condições que influenciam na forma do diagrama de carga ................................................24
4.9. Princípios gerais de gestão racional do consumo de energia eléctrica...............................24
4.6. Planificação do abastecimento da energia eléctrica...............................................................24
4.7. Grau de consumo de energia eléctrica para diferentes consumidores ...............................25
4.8. Determinação da energia consumida........................................................................................25
5. Centrais Electricas ...........................................................................................................................27
5.1. Partes construtivas.....................................................................................................................27
5.2. Classificação das centrais........................................................................................................... 27
5.3. Potencia a instalar numa central eléctrica................................................................................28
5.4. Localização das centrais eléctricas ...........................................................................................28
5.5. Interligação das centrais ............................................................................................................. 29
6. Centrais Hidroeléctricas ..................................................................................................................30
6.1. Classificação das centrais........................................................................................................... 30
6.2. Escolha do local para instalação de uma central hídrica .......................................................31
6.3. Constituição de uma central Hidroeléctrica.............................................................................. 32
6.4. Vantagens e Desvantagens duma central Hídrica..............................................................33
6.4.1. Vantagens .........................................................................................................................33
6.4.2. Desvantagens ...................................................................................................................33
6.5. Potência da central ..................................................................................................................34
6.6. Turbinas Hidráulicas ................................................................................................................35
6.6.1. Tipos de turbinas hidráulicas..........................................................................................35
6.6.2. Escolha do tipo de turbina ..............................................................................................41
7. Centrais solares................................................................................................................................43
7.1. Solar térmica para aquecimento de água.................................................................................43
7.1.1. Composição de um sistema de energia solar térmica ....................................................44
7.1.2. Algumas tecnologias............................................................................................................. 46
7.2. Solar térmica para produção de energia ..................................................................................48
7.3. Solar Fotovoltaica.........................................................................................................................48
7.3.1. Tipos de células.....................................................................................................................49
7.4. Solar passiva.............................................................................................................................50
7.5. Vantagens e desvantagens das centrais solares.................................................................... 51
7.5.1. Vantagens ..............................................................................................................................51
7.5.2.Desvantagens .........................................................................................................................51
8. Centrais eólicas ................................................................................................................................52
8.1. Turbinas eólicas............................................................................................................................53
8.1.1. Forcas que actuam nas pás da turbina ............................................................................. 53
8.2. Configuração do rotor ..................................................................................................................53
8.3. Principais componentes das turbinas eólicas .......................................................................... 56
Anexos .......................................................................................................................................................59
1. Energia
Energia é a necessidade básica para o desenvolvimento económico de um país. Muitas
funções necessárias hoje em dia podem parar caso não haja fornecimento de energia.
É praticamente impossível estimar a magnitude actual da parte de energia usada em
construções nas civilizações actuais. A elevada disponibilidade de energia no mundo
moderno resulta em dias de trabalho curtos, elevada produção agrícola e industrial e na
saúde e melhores facilidades no transporte. Quanto maior for o consumo de energia
num pais, melhor é o estilo de vida da população do mesmo.
Eng° Maxcêncio Artur Sebastião Tamele e Gervásio Stefan de Amorim Manjate “Em elaboração”
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Útil – resultante da primária após varias transformações e que é utilizada
directamente pelos consumidores.
Ex.
Energia química Electrólise Energia eléctrica
Energia radiante Fotoquímica Energia Química
a) Sol- o sol é a fonte primária de energia. O calor da energia radiante do sol pode
ser focalizado sobre uma pequena área, por meio de reflectores. Esse calor
pode ser usado para produzir vapor e energia eléctrica, podendo produzir
usando um grupo gerador (combinação de turbina e alternador). Com tudo este
método tem limitações, tais como:
Esta requer uma larga área para geração, produzindo baixas potências;
Não podem ser usados em dias totalmente nublados ou de noite;
É um método antieconómico.
Contudo, existem algumas regiões no mundo com radiação solar quase que regular e
com fontes de combustíveis escassas ou inexistentes, tais regiões são propícias para a
instalação de centrais solares.
Contudo, a energia do sol e do vento não são usadas em larga escala divido as várias
limitações. A energia da água, dos combustíveis e nuclear são as principais fontes de
energia utilizadas para a produção de energia eléctrica.
ê , =
Sendo a potência uma fracção da energia, a eficiência pode ser expressa de forma
análoga, ou seja:
ê
ê , =
ê
Valor Composição
calorífico
1. Combustíveis
sólidos
a. Lenhite 5.000 kcal/kg C=67%, H=5%, O=20% e cinza= 8%
b. Carvão betuminoso 7.600 kcal/kg C=83%, H=5,5%, O=5% e cinza= 6,5%
c. Carvão antracite 8.500 kcal/kg C=90%, H=3%, O=2% e cinza= 5%
2 Combustíveis
líquidos
a. Óleo natural 11.000 C=86%, H=5% e S= 2%
kcal/kg
b. Diesel 11.000 C=86,3%, H=12,8% e S= 0,9%
kcal/kg
c. Gasolina 11.110 C=86%, H=14%
kcal/kg
3 Combustíveis
gasosos
a. Gás natural 520 kcal/m³ = 84%, = 10% e outros
hidrocarbonetos =5%
b. Gás de carvão 7.600 kcal/m³ = 35%, = 45%, = 8%, =
6% = 2% e outros hidrocarbonetos
=4%
O trabalho realizado sobre um corpo é um Newton por metro (ou joule), ser uma
força de um Newton metro move através de uma distância de um metro, isto é:
1 B.Th.U = 1 lb x 1°F
1 C.H.U. = 1 lb x 1°C
b) Térmicas e Mecânicas
1 B.Th.U. = 1 lb x 1°F = 453,6g x 5/9 °C = 252 calorias ) = 252 x 4,18 joules = 1053
joules
c) Eléctricas e térmicas
36. 10
1 ℎ= = 860. 10 = 860
4,18
1kWh = 36 x 10
36. 10
1 ℎ = . ℎ. .
1053
1 2 4 6
3 5
= ; = 0,4
= ; = 0,6
= ; = 0,8
ℎ + ℎ + ⋯+ ℎ
=
8760
g) Factor de diversidade - é a razão das somas parciais da potencia máxima pela potencia
máxima da central.
f) Utilização da potência instalada – é o número de horas que uma central deveria trabalhar
permanentemente com a potência instalada para produzir a mesma quantidade de energia que
realmente produziu durante um ano.
= ; : −
g) Utilização da ponta – é o número de horas que uma central deveria funcionar durante um
ano com uma potência constante e igual a ponta anual para produzir a quantidade de energia
que efectivamente produziu durante todo o ano.
= ; : −
To – período em que ocorre o processo de produção de energia eléctrica
Td – período em que os equipamentos não trabalham mas estão prontos para entrarem em
funcionamento.
a) Disponibilidade de tempo
+
= . 100%
= . 100%
a) Ciclo de trabalho
Serviço permanente – os consumidores trabalham até tempos normais.
a) Método estatístico
= =
+ + + ⋯+
=
( − ) +( − ) + ⋯+ ( − )²
=
Nota: Para conveniente exploração dum sistema de energia eléctrica é necessário prever um
diagrama de carga tão exacto quanto possível.
Pc – potencia constante
Pv – potencia variável
Wc – energia constante
Wv – energia variavel
= =
+ .
Wm – energia mensal
Wd – energia diária
Renováveis
Hidroeléctricas;
Solares;
Eólicas;
Geotérmicas;
Não renováveis
Termoeléctricas convencionais;
Energia atómica ou nuclear;
Diesel.
Nas centrais termoeléctricas não há qualquer limitação ao valor da sua potência. A potência é
fixada em termos de poder cobrir as necessidades impostas pela zona do diagrama a procurar
satisfazer.
As centrais nucleares têm as mesmas limitações que as térmicas convencionais a que se junta
o problema da hipótese da ocorrência de acidente natural ou por sabotagem, assim são
situadas normalmente em zonas de fraca densidade populacional.
As centrais geotérmicas podem instalar-se em escassas zonas vulcânicas, nas quais se obtêm
pressão e temperatura de vapor suficiente a uma exploração rentável.
Nem toda a água referida é canalizada pelos rios para o mar, pois parte importante
dela vem constituir glaciares nas altas montanhas, bacias subterrâneas, etc. Sendo
resultante da precipitação a energia hídrica é inesgotável
Nb: Teoricamente, qualquer central pode funcionar num ou noutro regime, com maiores
ou menores vantagens económicas e técnicas.
Disponibilidade de água: Uma vez que a condição primária para uma central
hidroeléctrica é uma elevada quantidade de água, esta deve ser construída em locais
como rios, locais onde há abundancia de água.
Armazenamento de água: Dadas as grandes variações de água nos rios durante o ano,
torna necessário o armazenamento da água, por construções de barragens de modo a
garantir a produção de energia durante todo o ano. Este armazenamento ajuda na
regulação do fluxo de água nos tempos chuvosos de modo a compensar nos tempos
secos. Isto leva a conclusão de que a escolha do local da implantação da central hídrica
deverá proporcional facilidades na construção da barragem, bem como no
armazenamento da água.
Custos e tipo de terra: A terra para construção duma central hídrica devera
disponibilizar preços razoáveis. Além disso a capacidade do solo devera suportar o
elevado peso do equipamento a instalar.
Facilidade no transporte: O local escolhido para a implantação da central devera ser
acessível a linhas férreas, estradas, de modo de modo a facilitar o transporte do
equipamento e maquinaria necessária.
6.4.1. Vantagens
Esta na necessita de combustíveis, apenas usa água para produção de energia
eléctrica;
É limpo e não produz fumos nem cinzas;
Os custos de produção são baixos pois a água é uma fonte de energia sem custo;
Comparativamente as outras centrais esta é simples e requer pouca manutenção;
Tem pouco tempo de arranque comparado com as centrais térmicas, devido a este
facto estas podem ser colocadas em serviço instantemente;
São robustas, mas tem longo tempo de vida;
Servem para muitos propósitos, para além de produzir electricidade, elas podem ajudar
na irrigação;
Apesar de necessitarem de muita atenção, devido ao elevado numero de mortes
durante a construção, esta pode ser operadas por indivíduos com pouca experiencia.
6.4.2. Desvantagens
Elevado capital para a sua implantação;
Incertezas acerca da disponibilidade de grandes quantidades de água, devido a elevada
dependência pela condição hidrológicas;
Necessita de indivíduos hábeis e experientes durante a construção;
Elevados custos na transmissão da energia, pois localizam-se longe dos centros de
consumo.
6.5. Potência da central
= ℎ
Onde:
m- massa de agua, em kg
h-queda util, em m
= .
Onde:
= . . .ℎ [ ] = 100. . ℎ. [ ] = 9,8. . ℎ[ ]
Onde:
= . 9,8. . ℎ [ ]
= . .
Onde:
Rendimento da turbina -
Rendimento da conduta -
Rendimento da Gerador -
6.6. Turbinas Hidráulicas
São máquinas primárias que tem por missão converter a energia (potencial e /ou
cinética) armazenada na água em qualquer outro fluido ou em energia mecânica.
Nb: Nas turbinas pelton, não há um sistema de pás móveis, e sim um bocal com uma
agulha móvel, semelhante a uma válvula, o qual e responsável pelo controlo da vazão
volumétrica.
Uma turbina e constituída basicamente por cinco partes: Caixa espiral, pré-distribuidor,
distribuir, rotor e eixo e tubo de sucção.
Eng° Maxcêncio Artur Sebastião Tamele e Gervásio Stefan de Amorim Manjate “Em elaboração”
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a) Turbinas de acção (ou impulso) – aquela em que o trabalho mecânico é obtido
pela obtenção da energia cinética da água em escoamento através do rotor. Ex.:
Turbinas Pelton.
b) Turbinas de reacção (ou Propulsão) – são todas turbinas em que o trabalho
mecânico é obtido pela formação das energias cinéticas e de pressão da água
em escoamento através do rotor.
Ex.: Turbinas Francis e Kaplan.
Um dos maiores problemas destas turbinas devido a alta velocidade com que a água
se choca com as pás da turbina, é a corrosão provocada pelo efeito abrasivo da areia
misturada com a água, comum em rios de montanhas.
É uma típica turbina de reacção, pois recebe a água sob pressão na direcção radial e
descarrega numa direcção axial, havendo transformação tanto de energia cinética
como de energia de pressão de trabalho. A vazão trazida ate a turbina pela conduta
forcada é dirigida em direcção radial para a roda e, ao sair ganha uma direcção axial,
indo ao canal de restituição através do tubo de sucção.
A roda Francis apresenta um íntimo contacto com a água que percorre os seus canais,
não sendo, por isso recomendável o seu emprego em centrais cuja água possua alto
teor de sólidos em suspensão, que acarretam excessivo desgaste da roda por
corrosão.
As turbinas Francis podem ser instaladas de eixo horizontal ou vertical, sendo este
último mais comum nas centrais de grande potência. As turbinas Francis, relativamente
as pelton, tem um rendimento máximo mais elevado, velocidades maiores e menores
dimensões.
Tipicamente turbinas modernas têm uma eficiência entre 85 a 99%, o que varia
conforme a vazão da água e a potência gerada.
A escolha desta para uma dada potência faz-se a partir da velocidade específica.
√
=
√
Onde:
Uma forma de resolver esse problema é recorrer cada vez mais a energia limpa e ilimitada,
neste caso a solar entre os abastecimentos de energia para as nossas necessidades.
Através de uma superfície absorvente é possível captar com melhor rendimento a radiação
electromagnética do sol. A figura seguinte ilustra um exemplo de captação de energia solar
para efeito de aquecimento de águas.
A energia solar é absorvida pela superfície absorvente do colector e aquece-a, e esta, por sua
vez, aquece o fluido que circula. É muito importante um bom contacto térmico entre a superfície
absorvente e o fluido, e embora o fluido passa ser um líquido ou em gás, em geral consideram-
se os líquidos como os mais eficientes.
Existem condução de calor através de tubo, o que esteja em contacto com o colector, sendo
importante o isolamento das partes laterais e traseiras. Além disso, verifica-se que existem
perdas por convecção, pois quando o ar entra em contacto com qualquer superfície quente,
sobe transportando consigo calor. O vento tem uma influência muito grande nas perdas por
convecção. Existem também, perdas por irradiação a partir da superfície do colector.
Divido ao manuseamento anteriormente, se pode entender a razão para uma placa de vidro.
Em primeiro lugar ela reduz as perdas por convecção porque a sua superfície exterior fica que
a própria superfície da placa do colector (superfície absorvente). Uma placa de qualquer
material faria isso, mas o vidro tem a propriedade de ser transparente às radiações visíveis, e
permite que a luz do sol penetre através dela. Além disso, tem uma outra propriedade útil: é
opaco às radiações infravermelhas (excepto para uma região dessas ondas com o
comprimento de onda próximo da luz visível). No processo de radiação dos corpos aquecidos,
se a superfície absorvente do colector é aquecida, mas nunca ao rubro, irradiará energia quase
inteiramente sob a forma de ondas infravermelhas. Assim a placa de vidro permitirá a travessia
de maior parte da energia solar que lhe chega, sem deixar sair para o exterior a maior parte da
radiação emitida pela superfície absorvente do colector, o chamado efeito estufa.
Interessa referir que num sistema solar térmico apenas parte da energia disponível vai ser
transferida para o fluido. Este processo está dependente do rendimento do colector,
considerando-se este como quociente entre a energia recebida e a energia disponível.
Consequentemente quanto maior o rendimento maior será a energia disponível, devendo-se
por este motivo prestar especial atenção a este ponto.
A água quente é extraída da parte superior do depósito, logo o abastecimento dos colectores
deverá ser feito pela parte inferior do depósito. Os acumuladores podem receber a energia de
apoio de uma forma directa ou indirecta. Nos directos, a fonte de aquecimento está situada no
interior do deposto (a mais comum é a resistência eléctrica). Nos indirectos, a fonte energética
está situada exteriormente e a transferência de calor é efectuada por intermédio de um
permutador. Se por razões físicas não houver espaço vertical deverá optar-se pelos depósitos
horizontais.
7.1.2.1.Plano
Também denominado por colector plano selectivo, apresenta-se como a tecnologia mais
difundida e destina-se, normalmente, para a produção de água quente a temperaturas
inferiores a 60 °C.
a) Principais constituintes:
Cobertura transparente: provoca o efeito de estufa e reduz as perdas de calor e
assegurando a estanquicidade do colector.
Placa Absorsora: capta a energia e transforma-a em calor, efectua a transmissão para
o fluido térmico que circula por uma série de tubos em paralelo ou serpentina. De modo
a maximizar o rendimento, utilizam-se superfícies selectivas que absorvem energia
como um corpo negro e perdem menos radiação.
Caixa: Têm como função evitar perdas de calor, conferir rigidez e proteger o interior do
colector dos agentes externos.
Isolamento: Normalmente está aplicado na parte traseira da placa absorsora e nas
paredes laterais do colector e evita as perdas de energia por condução. Poderão ser
utilizados diversos materiais como poliuretano, fibra de vidro, entre outros.
Os colectores planos apresentam uma boa relação preço/qualidade, bem como uma grande
possibilidade de hipóteses de montagem (sob uma cobertura, na estrutura do telhado ou
isolado).
c) Tubos de vácuo
Estes colectores são constituídos por tubos de vidro transparentes cujo interior contem tubos
metálicos (absorvedores). O interior dos tubos está sob vácuo, livre de ar, eliminando quase
totalmente as perdas por condução e convecção.
Um tubo de vácuo consiste num tubo de vidro de borosilicato de parede dupla, dentro do qual
existe vácuo. A parede interna está coberta de nitrato de alumínio, material com excelente
capacidade de absorção de calor. No interior existe um tubo de cobre, denominado de heat-
pipe, ao qual estão fixos receptores solares de alumínio selectivo.
O transporte de calor para água é efectuado pelo heat-pipe. Este tubo contém no seu interior
um gás facilmente evaporável que sofre um ciclo evaporação/condensação. A condensação
ocorre na parte superior do heat-pipe, que se encontra em contacto com a água. Transmitindo-
lhe assim o calor rendimentos e altas temperaturas é maior devido aos menores coeficientes de
perda. Os tubos de vácuo apresentam como vantagem o facto de trabalharem eficientemente e
altas temperaturas de absorção e com radiação reduzida.
7.2. Solar térmica para produção de energia
O principio é o mesmo do que uma central a combustível fóssil oi nuclear: A energia entrada é
utilizada para produzir vapor que alimenta um turbo-gerador.
Os raios solares incidem sobre o colectores solares, estes por sua vez aquecem um fluido
térmico que em contacto com o fluido que passa da caldeira de vapor, gerando o vapor que ira
accionar a turbina a vapor instalada na central. A turbina está conectada por meio de um veio
com um alternador que transformara a energia mecânica e eléctrica. O vapor restante e
condensado no condensador e mandado de volta para a caldeira de vapor por meio de uma
bomba, fechando assim o circuito.
Tecnologia Eficiencia
Silício mono – cristalino 13-15%
Silício poli – cristalino 11-13%
Silício amorfo 7%
Pode –se-á reduzir os ganhos solares através da utilização de cores claras nas fachadas e na
cobertura.
7.5.1. Vantagens
Alta fiabilidade, não têm peças móveis, o que é muito útil em aplicações em locais
isolados;
Fácil portabilidade e adaptabilidade dos módulos;
Permite montagem simples e adaptável a várias necessidades energéticas. Os sistemas
podem ser dimensionados para aplicações de alguns Mw ou kW;
O custo de operação é reduzido;
A manutenção é quase inexistente;
Não necessita de combustível, transporte, nem trabalhadores altamente qualificados;
A tecnologia fotovoltaica apresenta qualidades ecológicas, pois o produto final não é
poluente, é silencioso e não polui o ambiente.
7.5.2.Desvantagens
O fabrico de módulos fotovoltaicos necessita de tecnologia muito sofisticada, levando a
um elevado custo de investimento;
O rendimento real de conversão de um modulo fotovoltaico é reduzido ( o limite teórico
máximo numa célula de silício é de 28%, face ao custo do investimento;
Quando é necessário proceder ao armazenamento de energia sob forma química
(Baterias), o custo do sistema fotovoltaico torna-se ainda mais elevado.
8. Centrais eólicas
Uma central eólica é uma central que produz energia eléctrica a partir do vento e é constituída
fundamentalmente por uma turbina eólica, gerador eléctrico, tore e um posto de comando,
controle e protecção.
= 0,12
Onde:
= ; ≈ 0,15 0,45
b) Forca de sustentação – existem tipos de turbinas que utilizam pás com perfil
aerodinâmico, cuja forca resultante da iteração do vento com o rotor não possui
somente a componente de arrasto na mesma direcção de velocidade relativa, mas
também uma componente perpendicular à velocidade relativa, denominada de forca de
sustentação.
Essa turbulência gera ruídos que dificultam a autorização e aceitação deste tipo de
turbina, principalmente em áreas próximas de cidades.
Nas turbinas Upwind, o vento incide na área de varredura do rotor pela frente da
turbina. A principal vantagem deste tipo de turbina é que eles evitam o distúrbio
causado pela torre no vento. Devido a este facto, a maior parte das turbinas eólicas
utilizadas actualmente são upwind. As desvantagens das turbinas upwind são a
passagem periódica das pás pela torre que causam pulsações de torque na turbina
eólica e a necessidade do mecanismo de orientação direccional que provoca uma
maior carga na torre se comparado com as turbinas downwind.
A questão do número de pás está indirectamente relacionada ao TSR (Tip speed ratio).
Por exemplo, para os moinhos de vento americanos, devido ao seu baixo TRS (λ=1),
requer uma área de varredura bastante sólida por isso, estes são normalmente,
construídos com 20 a 30 pás de metal. Por outro lado, as turbinas que operam em alta
velocidade (λ=6) são construídas com duas pás.
Outro facto importante que contribui para utilização de um baixo número de pás e o alto
custo deste componente. Tipicamente, o custo do rotor com 3 pás, é de
aproximadamente 20% do custo total da turbina, por esta razão a primeira geração de
turbinas, na faixa de megawatts, foram construídas com rotor de 2 pás. Os rotores com
uma pá, embora tendo a vantagem de diminuir os custos, tem um projecto do rotor
mais complexo para evitar os esforços causados pela passagem das pás pela torre.
Alem disso devido a necessidade de uma maior velocidade rotacional para produzir a
mesma quantidade de potencia que um rotor de 3 pas. Por outro lado, os rotores com 3
pás possuírem distribuição mais balanceada do peso dobre a área da varredura do
rotor, desta forma são dinamicamente estáveis, portanto, a principal razão para usar-se
um rotor com 3 pás, e que devido a melhor distribuição do peso sobre a área de
varredura do rotor, elas são dinamicamente estáveis, reduzindo as cargas mecânicas
nos componentes da turbina, principalmente na torre e no conjugado de accionamento.
Fig 2: TSR para diferentes tipos de turbinas eolicas
Pás – o vento incide sobre as pás gerando uma forca de sustentação, que ira mover o
rotor;
Freio – o freio a disco pode ser mecânico, eléctrico u hidráulico, e é ultimado como
sistema auxiliar (o freio principal da turbina eólica é o freio aerodinâmico), para parar a
turbina em condições adversas de operação.
Eixo de baixa velocidade - devido ao TSR das turbinas eólicas, a velocidade de rotação
do rotor esta na faixa de 10 a 60 rpm.
Torre – As torres podem ser feitas de aço tubular de treliças ou de concreto. Como a
velocidade do vento aumenta com a altura, as torres são altas para captar mais
energia;
I.
1. A potência máxima duma central é de 100 MW, se a carga anual for de 40%, calcule a
energia total gerada na central.
2. A carga conectada a uma central é de 43 MW, a carga máxima é de 20MW, se a
energia produzida por ano for de 6,5MWh, calcule 0 factor de carga e o factor de
demanda.
3. Uma central de 100 MW fornece 100MW por 2 horas, 50 MW por 6 horas e fica fora de
serviço para o resto de cada dia. Também fica em manutenção por 45 dias. Calcule o
factor de carga anual.
4. A geração de uma central tem uma potencia máxima de 25 MW, o factor de carga de
60%, factor de capacidade da central de 50%, factor de utilização 72%. Encontre:
a) Capacidade de reserva da central;
b) A energia produzida por dia;
c) A energia máxima que poderia ser produzida.
5. Uma central à diesel fornece aos seguintes consumidores a seguintes potências:
Consumidor industrial (1500 kW); Estabelecimento comercial (750 kW); Potência
doméstica (100 kW) e iluminação doméstica (450 kW).
6. Uma central tem uma potência máxima de 15000 kW, O factor anual de carga de 50% e
o factor de capacidade da central de 40%. Determine a capacidade de reserva da
central.
7. A central tem as seguintes cargas:
Desenhe o diagrama de carga e determine o factor de diversidade, a energia produzida por dia
e diagrama de carga.
= 15 ; = 0,6
= 12 ; = 0,4
Determinar o coeficiente de utilização do grupo e a potência média do grupo.
16. Considere o sistema eléctrico composto por uma central a alimentar duas zonas
de consumo
17. Uma central hídrica, têm instalado cinco grupos geradores de potência nominais
300MW; 200MW; 100MW; 400MW e 500MW. O grupo de 300 devido ao
envelhecimento passou a ter uma limitação de 50MW da sua capacidade
nominal. A central funciona com grupo de 300 a 76% da sua capacidade, o
grupo de 200W a 150MW e o de 400MW a 50% da sua capacidade. Os
restantes grupos estão disponíveis mas não ligados na rede. Durante o mês de
Outubro, por decisão estratégica da administração da central, tirando proveito da
redução de carga verificada involuntariamente, decidiu-se fazer manutenção do
grupo de 400MW, deixando a central funcionando com os grupos anteriormente
em serviço a 87% da sua capacidade. O plano foi elaborado juntamente com o
grupo de consumidores ligados a esta central de modo a evitar várias
interrupções durante o ano. Durante a retirada do grupo para a manutenção
houve um disparo do grupo de 200 MW, tendo entrado o grupo de 500MW a
plena carga de modo a suprir a carga, deixando o grupo de 200 MW para
verificação e o grupo de 300 funcionando a 90% da sua capacidade. Dados os
eventos decorridos na central, Determine:
a) A reserva estática e girante; a potência instalada, útil, planificada e disponível
durante o período normal bem como no período de manutenção.
b) Se a carga máxima da central é de 800 MW e a energia eléctrica produzida
anualmente é de 15x 10 MWh, determine os coeficientes do regime de
funcionamento da central.
c) Em que medida a decisão da administração de retirar um Grupo Gerador
para manutenção pode ou não ser economicamente viável.
18.
Os diagramas de carga diários associados aos barramentos de consumo 1 e 2 são os
seguintes:
1. Uma central hídrica tem um reservatório com capacidade de 5x10 metros cúbicos e
uma queda útil de 200 metros. Calcule a energia total disponível em kWh se o
rendimento da central for de 75%.
2. A água de uma central hídrica é levada de um reservatório de 100 metros de queda útil.
Calcule a energia eléctrica gerada por hora, por um metro cubico de água, se a
eficiência hidráulica for de 86% e a eficiência eléctrica for de 92%.
3. É estimado um fluxo de aproximadamente 94 / e o projecto hidráulico prevê uma
queda útil de 39 m. Determine a potência esperada e a produção bruta anual. Assuma a
eficiência global de 80%.
4. Calcule a potência média em kW que pode ser gerada em uma central hídrica
projectada para os dados que seguem:
Área de captação: 5x10
Queda útil media, H=30 m
Pluviosidade anual, F=1,25
Factor de produção, K=80%
Eficiência global de 80%
Se o factor de carga e de 40%, qual deve ser a capacidade dos geradores instalados?
5. Uma central hidroeléctrica tem um reservatório com uma área de 2,4 e uma
capacidade de 5x10 . A queda útil e efectivamente de 100 m. As eficiências da
tubagem da turbina e do alternador são 95%, 90%, e 85% respectivamente. Calcule a
energia eléctrica total que pode ser gerada por esta central. Se a carga for de 15.000
kW fornecida em 3 horas, encontre a queda no nível do reservatório.
6. Uma central localiza-se próximo de uma queda de água onde e usada para geração
uma queda útil de 25 cm. A central requer uma potência anual de 400 kW. Fluxo anual
de rio é:
10 / Por 4 meses;
6 / Por 2 meses;
1,5 / Por 6 meses
a) Se construirmos uma central a fio de água, sem armazenamento, determine a
capacidade de reserva. Assuma uma eficiência global de 80%.
b) Se um reservatório for colocado a montante, será necessária qualquer unidade de
espera? Qual será a potencia excedente.
7. Uma central hídrica a fio de água tem os seguintes dados:
Potencia instalada = 10 MW;
Queda útil, H = 10m;
Eficiência global de 80%;
Factor de carga de 40%
a) Calcule o caudal em / Necessário para a central.
b) Se num dado dia o fluxo do rio for de 20 / , Qual é o factor de carga que a central
pode fornecer.
8. O fluxo semanal duma central é mostrado na tabela abaixo:
A central tem uma queda útil efectiva de 15 m e a eficiência global de 85%. Se a central opera
com um factor de carga de 40%, estime o fluxo médio, o volume necessário e a capacidade da
central.
Ficha de exercícios N° 4