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RELATO DE CASO: CONJUNTIVITE, BLACK FLY E ONCOCERCOSE EM EQUINOS

Conference Paper · August 2018

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9 authors, including:

Helio Cordeiro Manso Filho Helena Emília Cavalcanti da Costa Cordeiro Manso
Universidade Federal Rural de Pernambuco Universidade Federal Rural de Pernambuco
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Juliette Gonçalves da Silva Carolina Jones Ferreira Lima da Silva

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Universidade Federal Rural de Pernambuco
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XIX Conferência Anual Abraveq 2018 - Campos do Jordão

e-mail:mendes.fernanda@gmail.com

Resumo:

Cavalos têm o hábito de pastejo, tornando-os suscetíveis a aspiração de corpos estranhos que estão no chão. Durante
o período de 1997 a 2017, na região de Curitiba - Paraná- Brasil, quatro cavalos de diferentes raças e idades, sendo 3
machos e uma fêmea, foram atendidos com histórico de tosse alta e intermitente. A tosse era úmida e presente em
períodos que variavam de dias a meses, com intensificação durante o exercício. Os animais apresentavam secreção
mucopurulenta em ambas as narinas, com odor fétido, sem febre. Com a persistência dos sinais clínicos os animais
foram encaminhados para exame broncoscópico (Olympus, 170 cm de comprimento e 12 mm de diâmetro), sob
sedação com cloridrato de detomidina IV 0,005mg/kg (Eqdomin, Ouro Fino – Cravinhos, Brasil)e instilação local de
solução de lidocaína (Lidovet, Bravet – Rio de Janeiro) diluido a 0,4% em solução salina estéril, realizada com o auxílio
de uma sonda flexível inserida pelo canal de trabalho do endoscópio. Após a avaliação verificou-se a presença de
um ramo de pinheiro da espécie Araucária angustifolia, nativa da região sul do Brasil, clima subtropical. O ramo tem
folhas com hastes lancetadas que se assemelham a escamas de peixe, todas no mesmo sentido. As folhas se fixam
nas paredes das vias aéreas, dificultando a saída espontânea ou a retirada mecânica das mesmas. A retirada total
do ramo foi possível durante o procedimento broncoscópico com polipectomia pelo canal da biópsia em apenas um
dos casos. Em dois casos houve uma remoção parcial, com um dos animais mantidos sob acompanhamento para
nova tentativa de extração. Um caso apresentava ramos aderidos a uma mucosa inchada e não pôde ser extraído,
sendo o animal mantido em monitoramento constante e antibioticoterapia quando necessário. É importante
monitorar equinos em pastejo nas regiões onde há população de Araucária angustifolia, uma vez que a presença de
seus ramos caídos pode representar risco aos animais, já que é de difícil remoção.

Palavras-chave: Corpo estranho traqueal; broncoscopia em equino; tosse produtiva

213. RELATO DE CASO: CONJUNTIVITE, BLACK FLY E ONCOCERCOSE EM EQUINOS

HELIO CORDEIRO MANSO FILHO*1; HELENA EMÍLIA CAVALCANTI DA COSTA CORDEIRO MANSO1; JULIETTE
GONSALVES DA SILVA1; CAROLINA JONES FERREIRA LIMA SILVA1; MONICA MIRANDA HUNKA1; LUZILENE ARAUJO
SOUZA1; FABIANA OLIVEIRA COSTA1; MARCELO VIANA FRAGOSO MEDEIROS2; JOSÉ MÁRIO GIRÃO ABREU3

1.UFRPE, RECIFE, PE, BRASIL; 2.IBGM, RECIFE, PE, BRASIL; 3.UECE, FORTALEZA, CE, BRASIL.

e-mail:equivet@gmail.com

Resumo:

Dentre as enfermidades parasitárias oculares nos equídeos a mais frequente é a habronemose, mas recentemente,
em Pernambuco, tem aparecido alguns animais com conjuntivite purulenta associada a presença moscas conhecidas
como “black flies". Estes dipteros causam sérios problemas clínicos veiculando microfilárias do gênero Onchocerca
spp. e assim promovendo dermatites e conjuntivites, inclusive é um greve problema em algumas regiões do Mundo
por causarem cegueira permanente e sendo a segunda causa de cegueira em humanos após a causada pelos
tracoma. Esse trabalho relata um caso de conjuntivite purulenta causada por oncocercose em equino transmitida
por “black flies". Uma égua com cria ao pé, 8 anos, escore corporal 4/9 de massa corporal, 405Kg PV apareceu
enferma cerca de 6 dias após um grande evento equestre no haras de origem, com a presença de cerca de 200
animais oriundos de diversas regiões de Pernambuco, Paraíba e Alagoas. No animal em questão, observou-se grave
conjuntivite bilateral com secreção purulenta, edema das pálpebras, intenso lacrimejamento e fotofobia, mas se
alimentado normalmente e sem febre. Na localidade ocorreu grande proliferação de moscas do estábulo (Stomoxys
spp.) após o evento equestre. Foi medicada com ivermectina oral (200mic/kg, dose única), dexametazona (solução
2mg/mL - 8mL IM, SID, 5x) e os olhos foram lavados com égua fria 5x ao dia. Estabeleceu-se um programa de
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XIX Conferência Anual Abraveq 2018 - Campos do Jordão

combate as moscas com controle das larvas na esterqueira e iscas com cola nas instalações sendo identificadas
pequenas moscas negras da familia Simuliidae. Após 4 dias, os sinais regrediram com remissão da conjuntivite e
do edema palpebral, sem deixar maiores sequelas. No haras haviam 15 animais, além da égua, e apenas um outro
apareceu com os sinais semelhantes, sendo tratado de forma similar, recuperando-se rapidamente e sem sequelas.
O diagnóstico foi presuntivo, pois foram encontradas moscas capazes de levar as microfilárias aos olhos e lesões
oculares características delas, além do mais o tratamento foi eficaz e a as condições epidemiológicas no haras em
questão. A ocorrência desse tipo de enfermidade ocular não é comum em nossa região, e o intenso trânsito de
animais e a presença dos insetos podem favorecer sua disseminação ocorrência. Concluí-se que as características
clínicas da afecção associadas com a presença de “black flies” sugerem um diagnóstico presuntivo de Oncocercose
conjuntival e a resposta terapêutica propiciou uma rápida recuperação e evitou maiores lesões na córnea e anexos
oculares.

Palavras-chave: Olhos; inflamação; parasitas

214. RELATO DE CASO DE NECRÓSE DE MEMBRO POR TROMBOSE SÉPTICA EM NEONATO COM
ONFALITE

SOFIA CICOLO SILVA*1; YUMI DE BARCELOS HAYASAKA1; CAROLINA MARTIRE PELLEGRINI1; VIVIAN FRATTI PENNA
RISPOLI1; LUCIANA NEVES TORRES1; JULIO DAVID SPAGNOLO1; CARLA BARGI BELLI1; ANDRE LUIZ DO VALLE DE
ZOPPA1

1.FMVZ USP, SAO PAULO, SP, BRASIL.

e-mail:sofiacicolo@gmail.com

Resumo:

Infecções em neonatos equinos levam à sepse e podem ser causadas por bactérias do ambiente como E.coli.
Essa bactéria gram negativa é umas das principais responsáveis pela placentite em éguas, podendo levar a um
subdesenvolvimento do potro com alterações de tamanho, maturidade e conformação. Ao nascimento esse
neonato é fraco apresenta dificuldade para mamar o colostro no período adequado. As onfalites seguidas por
sepse também contribuem para a mortalidade perinatal em diversas espécies sendo os microrganismos mais
comumente envolvidos nos equinos são E.coli e S.zooepidemicus. O quadro de trombose em potros neonatos
está associado à sepse por gram negativos. A toxemia e a perda entérica de antitrombina III resulta em um quadro
de hipercoagulabilidade. Além disso, potros neonatos apresentam uma concentração menor de fibrinogênio e
antígeno de proteína C, antitrombina III, plasminogênio, antiplasmina alfa 2 e ativadores de plasminogênio tecidual
no primeiro mês pós parto o que também contribui para a formação de trombos arteriais. Trombocitopenia leva a
aderência das plaquetas no colágeno sub-endotelial exposto, induzindo a ativação por contato do sistema intrínseco
de coagulação. Choque hipovolêmico, hipóxia e acidose metabólica alteram a viscosidade e as características
reológicas do sangue, aumentando o risco de trombose. A hipóxia e a desidratação causam hipoperfusão, lesão do
endotélio, edema e consequentemente necrose da porção distal do membro. Relatamos um caso de um equino
de 4 dias, American Trotter, fêmea, encaminhada para o HOVET-USP. O parto foi de madrugada e não foi assistido.
No dia seguinte o animal foi encontrado com dificuldade para levantar e mamar, micção e defecação normais,
sem histórico sobre a ingestão de colostro. Foi tratado na propriedade com dipirona e penicilina por dois dias.
No terceiro dia estava apático, mas mamava com auxílio. No quarto dia apresentou gotejamento de urina pelo
úraco e leucocitose. Foi então encaminhada para o hospital, onde apresentou neutrófilos tóxicos, porém sem
leucocitose, proteína total 4,25mg/dL, 1,91mg/dL de albumina e azotemia. O animal foi submetido a cirurgia para
correcão da persistência do úraco, sendo tratado com maxicam(0,6mg/kg), ceftiofur(10mg/Kg), amicacina(30mg/
kg) e morfina(0,1mg/Kg). Após o procedimento apresentou dificuldade para se manter em estação, sendo notada
uma linha com sangue na coroa do casco do membro pélvico esquerdo, que apresentava extremidade fria,
arroxeada, sem fluxo sanguíneo ao ultrassom. No dia seguinte o casco desprendeu e as lâminas dérmicas estavam
roxas, compatíveis com necrose asséptica. Devido ao prognóstico mau foi realizada a eutanásia. Na necrópsia
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