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N-2318 REV. J 03 / 2024

Inspeção em Serviço de Tanque de


Armazenamento Atmosférico

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A unidade do Sistema Petrobras usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.
Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve
CONTEC ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual
Comissão de Normalização decisão de não a adotar deve ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser
Técnica aprovada e registrada pela unidade do Sistema Petrobras usuária desta Norma.
É caracterizada por verbos de caráter impositivo.

Para adoção da Norma, o prazo efetivo para implementação ou substituição à


revisão anterior é de até 180 dias a partir da data de sua publicação. Caso a
unidade do Sistema Petrobras que está aplicando a Norma entenda que não é
possível implementá-la neste prazo, deve registrar em até 180 dias um Plano de
Implementação definindo as ações necessárias e os respectivos prazos.
SC – 23
Inspeção de Sistemas e A definição do prazo efetivo de implementação dos requisitos desta Norma,
Equipamentos em Operação quando esta é referenciada em contratos de prestação de serviços e aquisição
de bens, é prerrogativa exclusiva do Sistema Petrobras.
Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições
previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela unidade do Sistema
Petrobras usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter não-
impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
Para a melhoria contínua da Norma, solicita-se o envio à Subcomissão Autora
das cópias dos registros das decisões técnico-gerenciais elaboradas pelas
unidades da PETROBRAS e das participações societárias que possam contribuir
para o aprimoramento desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO


BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS, de uso interno no Sistema
Petrobras, e qualquer reprodução para utilização ou divulgação externa,
sem a prévia e expressa autorização da titular, importa em ato ilícito
nos termos da legislação pertinente, através da qual serão imputadas as
responsabilidades cabíveis. A circulação externa será regulada mediante
cláusula própria de Sigilo e Confidencialidade, nos termos do
direito intelectual e propriedade industrial.”

Apresentação

As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho (GT),


formados por especialistas do Sistema Petrobras, comentadas e votadas pelas unidades do Sistema Petrobras e
aprovadas pelas Subcomissões Autoras (SC). A Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer
tempo pela SC e deve ser reanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas
Técnicas PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 26 páginas, Formulário de Registro de Impactos


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Sumário
1 Escopo ................................................................................................................................................. 5

2 Referências Normativas ...................................................................................................................... 5

3 Termos e Definições............................................................................................................................ 6

4 Condições Gerais ................................................................................................................................ 7

4.1 Programação de Inspeção Externa........................................................................................ 7

4.2 Programação de Inspeção Geral ........................................................................................... 8

4.3 Intervalos de Inspeção ........................................................................................................... 8

4.3.1 Inspeção Externa ................................................................................................................ 8

4.3.2 Inspeção Geral ............................................................................................................... 8

4.3.3 Inspeção do Sistema de Proteção Catódica .................................................................. 8

4.4 Requisitos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) ................................................... 8

4.5 Registro da Inspeção ............................................................................................................. 9

4.6 Medições de Espessura ......................................................................................................... 9

5 Roteiro de Inspeção Externa - Tanque em Operação ........................................................................ 9

5.1 Bacia de Contenção ............................................................................................................... 9

5.2 Base ..................................................................................................................................... 10

5.3 Pintura e Isolamento Térmico .............................................................................................. 10

5.4 Escadas, Plataformas e Passadiços .................................................................................... 10

5.5 Costado ................................................................................................................................ 11

5.6 Teto ...................................................................................................................................... 12

5.6.1 Teto Fixo ...................................................................................................................... 12

5.6.2 Teto Flutuante .............................................................................................................. 13

6 Roteiro de Inspeção Geral - Tanque Fora de Operação................................................................... 14

6.1 Inspeção Externa ................................................................................................................. 14

6.1.1 Tanque de Teto Fixo .................................................................................................... 15

6.1.2 Tanques de Teto Flutuante .......................................................................................... 15

6.2 Inspeção Interna................................................................................................................... 16

6.2.1 Pintura .......................................................................................................................... 16

6.2.2 Fundo ........................................................................................................................... 16

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6.2.3 Costado ........................................................................................................................ 18

6.2.4 Teto - Tanques de Teto Fixo ........................................................................................ 18

6.2.5 Teto - Tanques de Teto Flutuante ............................................................................... 19

6.2.6 Acessórios e Equipamentos Auxiliares Internos .......................................................... 20

7 Controle da Qualidade de Reparos ................................................................................................... 20

8 Teste Hidrostático .............................................................................................................................. 20

8.1 Sistema de Aquecimento ..................................................................................................... 20

8.2 Tanque ................................................................................................................................. 20

9 Critérios de Aceitação ....................................................................................................................... 21

9.1 Base ..................................................................................................................................... 21

9.1.1 Recalque ...................................................................................................................... 21

9.1.2 Anel de Concreto ......................................................................................................... 21

9.2 Costado ................................................................................................................................ 22

9.2.1 Espessura Mínima ....................................................................................................... 22

9.2.2 Deformação .................................................................................................................. 22

9.2.3 Verticalidade ................................................................................................................ 22

9.2.4 Circularidade ................................................................................................................ 22

9.3 Fundo ................................................................................................................................... 22

9.3.1 Chapas Recortadas ..................................................................................................... 22

9.3.2 Chapas Anulares.......................................................................................................... 22

9.3.3 Recalque ...................................................................................................................... 22

9.4 Teto ...................................................................................................................................... 22

9.4.1 Chapas ......................................................................................................................... 22

9.4.2 Estrutura do Teto ......................................................................................................... 23

9.4.3 Deformação do Teto Flutuante Tipo Pontão ................................................................ 24

9.5 Pintura .................................................................................................................................. 24

9.6 Anodos de Sacrifício ............................................................................................................ 24

9.7 Ensaios Não Destrutivos ...................................................................................................... 24

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Figura

Figura 1 - Exemplo de Matriz para Mapeamento de Espessura ........................................................... 23

Anexo

ANEXO A - Critérios para Dispensa de Teste Hidrostático por Estudo de Adequação ao Uso (“Fitness-
For-Service”) .......................................................................................................................................... 25

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1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a inspeção em serviço de tanques de armazenamento
atmosférico cobertos pela PETROBRAS N-270.

1.2 Esta Norma não se aplica a:

a) tanques refrigerados;
b) tanques não metálicos;
c) tanques em plataformas “offshore”;
d) tanques de costado não circular.

1.3 Esta Norma não se aplica aos tanques cobertos pela PETROBRAS N-2789.

1.4 Esta Norma se aplica à inspeção em serviço de tanques de armazenamento atmosférico realizada
a partir da data de sua edição.

1.5 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

Portaria MTP n° 1.846 de 1/7/22 - Norma Regulamentadora n° 13 (NR-13) - Caldeiras, Vasos


de Pressão, Tubulações e Tanques Metálicos de Armazenamento;

Portaria MTP n° 1.690 de 15/7/22 - Norma Regulamentadora n° 33 (NR-33) - Segurança e


Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados;

PETROBRAS N-9 - Tratamento de Superfícies de Aço com Jato Abrasivo e Hidrojateamento;

PETROBRAS N-13 - Requisitos Técnicos para Serviços de Pintura;

PETROBRAS N-270 - Projeto de Tanque de Armazenamento Atmosférico;

PETROBRAS N-271 - Montagem de Tanque de Armazenamento;

PETROBRAS N-2368 - Inspeção, Manutenção, Calibração e Teste de Dispositivos de Alívio


de Pressão e/ou Vácuo;

PETROBRAS N-1203 - Projeto de Sistemas Fixos de Proteção Contra Incêndio em


Instalações Industriais Terrestres

PETROBRAS N-1593 - Ensaio Não Destrutivo - Estanqueidade;

PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não Destrutivo - Líquido Penetrante;

PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não Destrutivo - Visual;

PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não Destrutivo - Partículas Magnéticas;

PETROBRAS N-1742 - Tanque de Teto Flutuante - Selo PW;

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PETROBRAS N-1807 - Medição de Recalque de Fundações no Teste Hidrostático de


Equipamentos;

PETROBRAS N-2162 - Permissão para Trabalho;

PETROBRAS N-2298 - Proteção Catódica de Dutos Terrestres;

PETROBRAS N-2637 - Segurança no Trabalho em Espaço Confinado;

PETROBRAS N-2789 - Inspeção em Serviço de Reservatórios Atmosféricos de Uso Geral;

ABNT NBR 5419-3 - Proteção contra descargas atmosféricas Parte 3: Danos físicos a
estruturas e perigos à vida;

ABNT NBR 15248 - Ensaios Não Destrutivos - Inspeção por ACFM - Procedimento;

ABNT NBR 15824 - Ensaios Não Destrutivos - Ultrassom - Medição de Espessura;

API BULL 939-E - Identification, Repair, and Mitigation of Cracking of Steel Equipment in Fuel
Ethanol;

API RP 575 - Inspection Practices for Atmospheric and Low-pressure Storage Tanks;

API RP 581 - Risk-Based Inspection Methodology;

API STD 650 - Welded Tanks for Oil Storage;

API RP 651 - Cathodic Protection of Aboveground Petroleum Storage Tanks;

API STD 653 - Tank Inspection, Repair, Alteration and Reconstruction;

ASTM D 610 - Standard Practice for Evaluating Degree of Rusting on Painted Steel Surfaces;

ASTM D 661 - Standard Test Method for Evaluating Degree of Cracking of Exterior Paints;

ASTM D 714 - Standard Test Method of Evaluating Degree of Blistering of Paints;

ASTM D 4214 - Standard Test Method for Evaluating the Degree of Chalking of Exterior Paints
Films;

NACE SP0193 - Application of Cathodic Protection to Control External Corrosion of Carbon


Steel On-Grade Storage Tank Bottoms.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições das PETROBRAS N-270 e
N-271 e os seguintes.

3.1
barriga
deformação do costado do tanque, caracterizada pelo afastamento em relação à geratriz do cilindro

3.2
chapa de soleira da porta de limpeza
chapa do fundo pertencente ao conjunto da porta de limpeza

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3.3
inspeção externa
inspeção de todos os componentes que devem ser verificados com o tanque em operação, incluindo
base, diques e bacia de contenção

3.4
inspeção geral
executada com o tanque fora de operação consistindo de inspeção interna e externa de todos os seus
componentes, incluindo base, diques e bacia de contenção

3.5
produtos pesados
produtos de alta densidade tais como: asfalto, óleo combustível e óleo de desasfaltação

3.6
profissional legalmente habilitado
profissional que tem competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades
referentes a projeto de construção, acompanhamento da operação e da manutenção, inspeção e
supervisão de inspeção

3.7
rodo ou rodapé
região de conexão entre o primeiro anel do costado e fundo do tanque

3.8
selo de vidro
componente de vedação da câmara de espuma conforme PETROBRAS N-1203

3.9
Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA)
sistema utilizado para reduzir danos físicos devido às descargas atmosféricas em uma estrutura,
consistindo de subsistema de captação da descarga, subsistema de descida e subsistema de
aterramento

3.10
teste com martelo
teste suplementar a inspeção visual com o objetivo de identificar, através do som e/ou amassamento
localizados, regiões com redução de espessura significativa. Também é utilizado para identificação
componentes fixados sem aperto

4 Condições Gerais

4.1 Programação de Inspeção Externa

Deve ser elaborada a programação de inspeção externa considerando o intervalo de inspeção definido
em 4.3.1.

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4.2 Programação de Inspeção Geral

Deve ser elaborada e revista anualmente, com a participação de representantes das áreas de
manutenção, inspeção e operação, considerando as seguintes informações:

a) prazo de inspeção conforme descrito em 4.3.2;


b) recomendações emitidas decorrentes da inspeção externa;
c) histórico de problemas ocorridos em campanha.

NOTA Recomenda-se a participação de representantes das áreas de programação de produção,


segurança e meio ambiente. [Prática Recomendada]

4.3 Intervalos de Inspeção

4.3.1 Inspeção Externa

A inspeção externa deve ser realizada no máximo a cada 5 anos.

NOTA Em nenhum caso a inspeção externa deve ultrapassar o prazo de 1/4 da vida remanescente
estimada para o costado.

4.3.2 Inspeção Geral

Os intervalos de inspeção geral devem atender aos critérios descritos no API STD 653.

NOTA Em caso de incêndio, vazamento ou dano mecânico que possa afetar a integridade do
equipamento, as partes afetadas devem ser inspecionadas extraordinariamente para avaliar
as condições físicas antes do retorno do equipamento à operação.

4.3.3 Inspeção do Sistema de Proteção Catódica

Quando houver sistema de proteção catódica por corrente impressa, devem ser inspecionados os
retificadores do sistema e efetuada a leitura dos potenciais conforme especificado na PETROBRAS
N-2298.

NOTA Recomenda-se a realização de inspeção bimestral dos retificadores do sistema de proteção


catódica como parte de um plano de manutenção preventiva e inspeção completa do sistema
com periodicidade anual, em conformidade com a NACE SP 0193 e a API RP 651. [Prática
Recomendada]

4.4 Requisitos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS)

4.4.1 Devem ser considerados os aspectos, riscos e impactos ambientais causados pela atividade de
inspeção em serviço de tanque de armazenamento atmosférico.

4.4.2 Antes do início dos trabalhos de inspeção, deve ser obtida uma permissão de trabalho, conforme
a PETROBRAS N-2162, onde são definidos os requisitos de segurança para a execução dos trabalhos
de inspeção. Em caso de não conformidade, comunicar ao órgão gestor da segurança industrial e meio
ambiente.

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4.4.3 Verificar as condições físicas antes de andar sobre o teto. Nos tetos com suspeita de baixa
espessura, deve ser realizada uma análise prévia de risco junto com a operação e o órgão gestor de
segurança industrial e meio ambiente, com o objetivo de avaliar a viabilidade da inspeção.

NOTA A inspeção não deve ser executada quando o produto do tanque estiver sendo movimentado.

4.4.4 Nos tanques de teto flutuante, a inspeção externa do teto deve ser realizada com o teto no nível
máximo. Inspeção em nível inferior ao máximo ou no interior dos flutuadores pode ser realizada desde
que autorizada pelo órgão gestor da segurança industrial e meio ambiente.

4.4.5 Utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) necessários para execução dos serviços
de inspeção.

4.4.6 Não deve ser realizado o teste com martelo com o tanque em operação.

4.4.7 Verificar se os acessos, andaimes e iluminação são suficientes e adequados.

4.4.8 Verificar se os trabalhos de manutenção em paralelo não oferecem riscos à segurança pessoal.

4.4.9 Para serviços em espaços confinados devem ser atendidos os requisitos das PETROBRAS
N-2637 e NR-33.

4.5 Registro da Inspeção

As condições físicas observadas, os reparos e testes efetuados, os certificados de inspeção e teste


dos dispositivos de sobrepressão e vácuo, bem como os valores de medição de espessura, devem ser
registrados em relatórios de inspeção.

4.6 Medições de Espessura

Todas as medições de espessura citadas nesta Norma devem ser realizadas conforme a
ABNT NBR 15824.

5 Roteiro de Inspeção Externa - Tanque em Operação

5.1 Bacia de Contenção

5.1.1 Inspecionar visualmente o dique quanto às condições físicas e integridade dos taludes. A grama
do dique deve ser rasteira.

5.1.2 Inspecionar visualmente a bacia quanto ao acúmulo de sujeira, indícios de vazamentos e


condições físicas.

5.1.3 Inspecionar visualmente o sistema de drenagem, em relação aos seguintes itens:

a) canaletas: quanto ao acúmulo de detritos;


b) válvulas e grades: quanto à corrosão e emperramento;
c) adufas ou comportas: quanto à corrosão e emperramento;
d) minidiques (quando existentes): quanto à estanqueidade e acúmulo de detritos.

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5.1.4 Verificar as condições físicas das plataformas sobre o dique, os cruzamentos das linhas de
entrada e saída de produto com o talude da bacia e dos acessos para veículos ao interior da bacia.

5.1.5 Verificar as condições físicas dos eletrodutos: do sistema de iluminação, dos misturadores, da
instrumentação eletrônica e dos atuadores das válvulas.

5.2 Base

5.2.1 Verificar a existência de recalques. Caso necessário, executar medição do prumo do costado
e/ou levantamento topográfico.

NOTA No caso de levantamento topográfico, o número mínimo de pontos de medição ao longo do


perímetro é N = D/3, onde D é o diâmetro do tanque em metros. O valor N deve ser
arredondado para o próximo número inteiro par. O espaçamento máximo entre pontos deve
ser de 10 m. Para fins de comparação, avaliar a existência de pinos de referência (conforme
previsto na PETROBRAS N-1807) e histórico de medições anteriores. Adicionalmente,
medições de verticalidade devem ser efetuadas 0,30 m acima de cada solda circunferencial
e no topo do costado, alinhadas com os pontos de medição do perímetro.

5.2.2 Inspecionar visualmente o anel de concreto ou berma quanto às fissuras, ferragens expostas,
avarias mecânicas, desagregação do concreto e declividade.

5.2.3 Inspecionar visualmente a extremidade da chapa de fundo quanto à corrosão e


impermeabilização.

5.2.4 Verificar a existência de possíveis vazamentos nas regiões dos drenos de fundo ou pelo concreto
da berma.

5.2.5 Inspecionar visualmente a impermeabilização da base, principalmente sob a porta de limpeza e


drenos do fundo, quando aplicável.

5.2.6 Verificar as condições físicas e fixação do cabo terra, quando aplicável.

5.3 Pintura e Isolamento Térmico

5.3.1 O estado físico da pintura deve ser verificado e avaliado em comparação com os padrões
fotográficos das ASTM D 610, D 661, D 714 e D 4214.

5.3.2 Verificar as condições físicas do isolamento térmico, conforme requisitos da API STD 653.
[Prática Recomendada]

5.4 Escadas, Plataformas e Passadiços

5.4.1 Inspecionar visualmente todos os degraus, corrimãos e plataformas quanto à corrosão e peças
danificadas.

5.4.2 Verificar a existência de furos para o escoamento de água nos degraus e pisos das plataformas.

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5.4.3 Verificar as condições físicas dos dispositivos antiderrapantes dos degraus e pisos.

5.4.4 Inspecionar visualmente, conforme a PETROBRAS N-1597, as soldas de fixação das estruturas
ao tanque, quanto à existência de trincas ou corrosão. Caso necessário, realizar ensaio por líquido
penetrante conforme PETROBRAS N-1596.

5.4.5 Para os tanques de teto flutuante, verificar a escada de acesso ao teto: quanto à corrosão nos
trilhos, quanto à verticalidade das rodas, amassamento nos perfis e folgas nas buchas. Verificar
também se a articulação e o sistema rolante da escada podem se mover livremente, verificando
visualmente a existência de algum obstáculo que possa impedir a movimentação da escada.

5.4.6 Inspecionar o aterramento entre o costado e o teto flutuante e entre a escada do teto e o teto
flutuante. Deve ser realizada inspeção visual dos pontos de conexão entre teto flutuante e escada
articulada e entre escada articulada e costado, de forma a verificar se estes elementos estão
interconectados, se as conexões e condutores estão em bom estado de conservação, firmes e livres
de corrosão.

5.5 Costado

5.5.1 Inspecionar visualmente, em todo o costado, os seguintes itens:

a) vazamentos;
b) corrosão nas chapas e juntas soldadas (locais mais susceptíveis: rodo, região sob degraus
da escada helicoidal, eventuais frestas entre os perfis soldados e o costado e regiões de
acúmulo de vegetação);
c) deformação nas chapas;
d) verticalidade (ver Nota de 5.2.1 desta Norma).

5.5.2 Realizar medição de espessura em todos os anéis, em pontos predeterminados pela área de
Inspeção, ao longo da escada. No anel superior deve-se efetuar uma medição na região abaixo do
nível de líquido e outra medição na região correspondente à fase gasosa. Caso constatada baixa
espessura ou alta taxa de corrosão, aumentar a quantidade de medições e, sendo necessário,
providenciar acesso para medição em outras regiões.

5.5.3 Inspecionar visualmente as conexões do costado e as respectivas válvulas quanto à corrosão


nas faces dos flanges, vazamentos e condição dos estojos.

5.5.4 Realizar medição de espessura nas conexões do costado, quando aplicável.

5.5.5 Inspecionar visualmente a porta de limpeza e as bocas de visita quanto a vazamento, corrosão
e condição dos estojos.

5.5.6 Verificar as condições físicas dos componentes do sistema de combate a incêndio, tais como
tubulação e câmara de espuma, quanto à deterioração. Caso a câmara de espuma permita a abertura
manual para acesso visual interno, verificar ainda condições físicas do selo de vidro.

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5.5.7 Inspecionar visualmente os acessórios, equipamentos e instrumentos quanto às condições


físicas, conforme a seguir:

a) sistema de içamento do tubo móvel (cabos e roldanas);


b) misturadores: bocais, tirantes, motores e suportes;
c) indicador de nível;
d) indicador de temperatura;
e) demais acessórios existentes.

5.5.8 Inspecionar visualmente o anel de contraventamento e suportes quanto à corrosão. Verificar a


existência e a situação dos furos para escoamento de águas pluviais.

5.5.9 Verificar a conexão do cabo de aterramento do costado com o solo nos pontos de aterramento.
Deve ser realizada inspeção visual das barras de terra e pontos de aterramento do costado dos tanques
de armazenamento de forma a verificar se os mesmos estão ligados à malha de aterramento e se as
conexões estão em bom estado de conservação, firmes e livres de corrosão.

5.6 Teto

5.6.1 Teto Fixo

5.6.1.1 Inspecionar visualmente as chapas e juntas soldadas quanto à corrosão, deformação e furos
(regiões mais susceptíveis: regiões de acúmulo de água e sob isolamento térmico deteriorado, caso
existente).

5.6.1.2 Executar medição de espessura em no mínimo 5 % das chapas do teto ou em 20 chapas (o


que resultar na maior quantidade de chapas), proporcionalmente distribuídas pelas regiões periférica,
intermediária e central.

NOTA 1 Os pontos de medição devem ser escolhidos, preferencialmente, nas regiões de


empoçamento de água, regiões de maior insolação, próximo aos amostradores e respiros e
nas regiões de apoio sobre as vigas.
NOTA 2 Em cada chapa deve ser executada uma medição no centro e outra próxima à solda na região
de sobreposição. Caso constatada baixa espessura ou alta taxa de corrosão, aumentar a
quantidade de medições.
NOTA 3 Se a taxa de corrosão indicar que na próxima inspeção programada o teto apresente
espessura inferior a 3 mm, a medição do teto deve ser antecipada para a data em que a
espessura projetada atingir 3 mm. Nesta ocasião, antes de a medição ser realizada, o acesso
ao teto deve ser restringido, ficando condicionado à Análise de Risco (AR) específica, que
deve definir as medidas mitigadoras para o controle dos riscos associados.
NOTA 4 Para os tetos com histórico de furos ou previsão de corrosão localizada, recomenda-se a
realização de varredura com o ensaio de ultrassom automatizado C-scan (ou outra técnica
de varredura) para a avaliação da integridade do teto. A amostragem da área a ser ensaiada
deve ser definida por profissional legalmente habilitado, incluindo minimamente a região do
teto onde é previsto tráfego de pessoas (acesso a bocais e instrumentos). [Prática
Recomendada]
NOTA 5 Para os tetos fixos fabricados em aço inoxidável, o critério de amostragem descrito acima
pode ser redefinido por profissional legalmente habilitado.

5.6.1.3 Inspecionar visualmente as bocas de visita e conexões do teto quanto à corrosão e


vazamentos.

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5.6.1.4 Inspecionar visualmente os acessórios a seguir quanto à corrosão, limpeza, obstrução e


estanqueidade:

a) válvulas de pressão e vácuo;


b) corta-chamas;
c) respiros ou “vent’s”;
d) dispositivo de emergência;
e) guarda-corpo;
f) sistema de medição e tomada de amostra (verificar se a escotilha de medição atende à
condição antifaiscante).

5.6.1.5 Para os dispositivos de segurança citados em 5.6.1.4 das alíneas a) a d) deve ser elaborado
pela Unidade Operacional um Plano de Inspeção, Manutenção Preventiva e Calibração abordando
requisitos específicos desses acessórios, tais como: periodicidade, procedimentos de manutenção e
reparo.

5.6.2 Teto Flutuante

5.6.2.1 Inspecionar visualmente as chapas e juntas soldadas quanto à corrosão, deformação e


vazamentos.

NOTA Nos tanques de teto pontão, regiões com deformações devem ser avaliadas quanto à
condição de drenagem do teto.

5.6.2.2 Executar medição de espessura no disco central dos tetos tipo pontão de acordo com o
seguinte critério:

a) diâmetro do disco < 20 m: no mínimo 5 chapas sendo 4 na periferia e 1 no centro;


b) diâmetro do disco > 20 m: no mínimo em 8 chapas sendo 4 na periferia, 3 na região
intermediária e 1 no centro.

NOTA Em cada chapa deve ser executada uma medição no centro e outra próxima à solda na região
de sobreposição.

5.6.2.3 Executar medição de espessura no lençol superior em 10 % dos flutuadores periféricos dos
tetos tipo pontão, uniformemente defasados, com o mínimo de 4 flutuadores.

NOTA Em cada chapa deve ser executada uma medição no centro e outra próxima à solda na região
de sobreposição.

5.6.2.4 Executar medição de espessura no lençol superior do teto duplo, de acordo com o seguinte
critério:

a) diâmetro do teto < 20 m: no mínimo 5 chapas sendo 4 na periferia e 1 no centro;


b) diâmetro do teto > 20 m: no mínimo em 8 chapas sendo 4 na periferia, 3 na região
intermediária e 1 no centro.

NOTA Em cada chapa deve ser executada uma medição no centro e outra próxima à solda na região
de sobreposição.

5.6.2.5 Remover a tampa dos flutuadores para verificar se há vazamento de produto ou deformação
das chapas. Caso haja suspeita de baixa espessura, realizar medições de espessura seguindo os
requisitos de segurança necessários.

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5.6.2.6 Inspecionar visualmente as bocas de visita e conexões do teto quanto à corrosão e


vazamentos.

5.6.2.7 Inspecionar visualmente o sistema de sustentação do teto (pernas, camisas e chapas de


reforço), quanto à corrosão e trincas. Adicionalmente, deve ser verificado se as pernas de sustentação
se encontram travadas na posição de operação.

NOTA 1 Recomenda-se remover 10 % das pernas de sustentação ou 5 pernas, o que for maior, com
o teto flutuando, verificando se as pernas deslizam livremente nas camisas. Caso haja
previsão de apoiar o teto, recomenda-se remover 30 % das pernas de sustentação ou
5 pernas, o que for maior. [Prática Recomendada]
NOTA 2 Remover apenas 1 perna de cada vez para evitar trocas das respectivas posições originais.
NOTA 3 Deve ser realizada uma análise prévia de risco junto com a operação e o órgão gestor de
segurança industrial e meio ambiente, com o objetivo de avaliar a viabilidade da remoção das
pernas.

5.6.2.8 Verificar o selo de vedação do teto quanto à falha na vedação e condições físicas.

5.6.2.9 Inspecionar visualmente o anel de contenção de espuma, quando aplicável.

5.6.2.10 Inspecionar visualmente os acessórios quanto à corrosão, limpeza e funcionamento,


conforme a seguir:

a) quebra -vácuo;
b) tubo antirrotacional, roletes e selo;
c) sistema de medição e tomada de amostra;
d) dreno do teto (bacia, válvula de retenção e grade);
e) drenos de emergência;
f) dentre outros acessórios existentes.

5.6.2.11 Verificar se a tampa da tomada de amostra atende à condição antifaiscante.

5.6.2.12 Verificar o sistema de aterramento do teto flutuante com o costado.

6 Roteiro de Inspeção Geral - Tanque Fora de Operação

6.1 Inspeção Externa

Seguir conforme descrito na Seção 5.

NOTA Antes da parada do tanque, recomenda-se realizar a inspeção preliminar externa, e emitir
recomendação prévia. [Prática Recomendada]

Para os tanques de teto flutuante, antes de apoiar o teto, o sistema de sustentação deve ser
inspecionado quanto à corrosão e trincas com remoção de no mínimo 30 % das pernas de sustentação.

NOTA 1 Remover apenas 1 perna de cada vez para evitar trocas das respectivas posições originais.
NOTA 2 Realizar uma análise prévia de risco junto com a operação e área de SMS antes da remoção
das pernas.

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6.1.1 Tanque de Teto Fixo

6.1.1.1 Executar teste com martelo em todas as conexões.

6.1.1.2 Executar medição de espessura em conexões com diâmetro maior ou igual a 2”.

6.1.1.3 Para tetos isolado termicamente, recomenda-se retirar 2 faixas do isolamento (defasadas de
90°), com 1 m de largura e comprimento igual ao raio do teto para exame visual e medição de espessura
das chapas. A remoção do isolamento deve ser executada, preferencialmente, nos pontos de infiltração
de água, depressões do teto ou nas regiões de descolamento da proteção do isolamento térmico.
[Prática Recomendada]

NOTA Caso seja constatada corrosão severa sob o isolamento, remover integralmente o isolamento
térmico e inspecionar as chapas do teto.

6.1.1.4 As válvulas de pressão e vácuo devem ser desmontadas, limpas, inspecionadas quanto à
corrosão, entupimento, estanqueidade, movimentação e verificadas quanto à calibração, conforme
PETROBRAS N-2368 e ABNT NBR ISO 28300.

6.1.1.5 Os corta-chamas devem ser removidos, limpos e inspecionados quanto à corrosão,


entupimento e estanqueidade.

6.1.1.6 Remover os tampões “caps” dos esticadores dos cabos-guia da boia, para inspeção visual das
molas, quando aplicável.

6.1.1.7 Inspecionar visualmente os flanges das conexões e bocas de visita (ressalto e ranhuras).

NOTA Recomenda-se, após a manutenção, pintar as faces dos flanges, exceto as ranhuras, e vedar
o espaço entre as abas após a montagem. [Prática Recomendada]

6.1.1.8 Retirar os filtros e purgadores do sistema de aquecimento para limpeza e manutenção, quando
aplicável.

6.1.1.9 Para costados isolados termicamente, remover o trecho do isolamento térmico do costado em
amostragem conforme 6.1.1.3.

6.1.2 Tanques de Teto Flutuante

Seguir conforme descrito em 6.1.1.1 a 6.1.1.7, quando aplicáveis, complementados com os seguintes
itens:

a) inspecionar visualmente os flutuadores quanto à estanqueidade;


b) retirar os roletes e selo do tubo anti-rotacional para inspeção;
c) realizar inspeção, limpeza e teste hidrostático de vedação na válvula de retenção do dreno
primário;
d) nos compartimentos flutuadores periféricos, executar 2 medições de espessura no lençol
inferior (no centro e na região de sobreposição) e também executar uma medição nas
chapas laterais externas dos compartimentos no mínimo em 10 % do total de
compartimentos periféricos (com um mínimo de 4 flutuadores defasados de 90º).

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NOTA Nos tanques com flutuadores não periféricos, a amostragem de flutuadores não periféricos a
inspecionar deve contemplar, de forma representativa, o projeto do teto e seu histórico de
corrosão.

6.2 Inspeção Interna

Antes de iniciar a inspeção, verificar se as superfícies internas do tanque tais como chapas, juntas
soldadas no teto, fundo, costado e os equipamentos e acessórios internos estão limpos, sem
incrustações, carepas e produto aderido. Caso não apresentem condições adequadas para inspeção,
deve ser aplicado hidrojateamento ou jateamento comercial, parcial ou em toda superfície a examinar.

NOTA O jateamento abrasivo, quando aplicado, deve seguir o padrão Sa 2, e o hidrojateamento o


padrão WJ-1, conforme descrito na PETROBRAS N-9.

6.2.1 Pintura

Verificar o estado da pintura interna.

6.2.2 Fundo

6.2.2.1 Inspecionar visualmente a existência de recalques das chapas do fundo, principalmente nas
chapas sob as colunas de sustentação e periferia. Caso haja evidências de recalque, deve ser efetuada
avaliação conforme indicado no Anexo B da API STD 653, o qual inclui minimamente medição de
recalque na periferia, levantamento planialtimétrico e avaliação de recalque localizado.

NOTA 1 Caso o recalque se localize na periferia, executar medição da profundidade do recalque e


ensaio por partículas magnéticas conforme PETROBRAS N-1598, líquido penetrante
conforme PETROBRAS N-1596 ou “Alternating Current Field Measurement” (ACFM)
conforme ABNT NBR 15248 das soldas do rodo na região do recalque.
NOTA 2 Recomenda-se a avaliação periódica de recalque de tanques de armazenamento conforme
previsto no Anexo B da API STD 653, com periodicidade igual ou inferior a periodicidade de
inspeção interna do tanque, de acordo com predições de recalque do solo por engenheiro
geotécnico. [Prática Recomendada]

6.2.2.2 Inspecionar as chapas e juntas soldadas, através de ensaio visual quanto à corrosão e trincas.

6.2.2.3 Tanques sujeitos ao mecanismo de dano por corrosão sob tensão em função do produto
armazenado devem ser submetidos a ensaios para detecção de trincas em regiões de maior
susceptibilidade. Recomenda-se o uso de ensaio por “Alternating Current Field Measurement” (ACFM)
conforme ABNT NBR 15248 como técnica de varredura e partículas magnéticas fluorescentes via
úmida conforme PETROBRAS N-1598 para detalhamento dos danos identificados.

NOTA 1 Para tanques que operem com etanol, empregar API BULL 939-E como referência para
definição da abrangência do ensaio.
NOTA 2 Para tanques que operem com produtos que contenham de H2S em fase aquosa, considerar
tabela de efetividade de inspeção relativa ao mecanismo de dano corrosão sob tensão por
H2S da API RP 581. Informações complementares podem ser obtidas na PETROBRAS
N-1706 e na ISO 17945.

6.2.2.4 As seguintes regiões são mais susceptíveis à corrosão e trincamento pelo meio e devem ser
submetidas a inspeção, conforme definido no item 6.2.2.3: depressões, chapa de soleira da porta de
limpeza, ao redor das colunas, ao redor de suportes, região de apoio das pernas de sustentação em
tanques de teto flutuante, solda de ligação do fundo com o costado (rodo) e bacias de drenagem.

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6.2.2.5 Verificar as condições físicas da mesa de medição, quando aplicável.

6.2.2.6 Os drenos por baixo devem ser removidos, por corte, se necessário, visando ter melhor acesso
para teste com martelo e medição de espessura. Para os drenos sifonados realizar inspeção visual e
medição de espessura.

6.2.2.7 Realizar ensaio de vazamento de fluxo magnético “Magnetic Flux Leakage” (MFL) e/ou outros
métodos aplicáveis em 100 % das chapas do fundo para avaliar as condições físicas das chapas.

NOTA 1 Caso não seja possível o ensaio MFL ou outros métodos aplicáveis para avaliar as condições
físicas das chapas, retirar no mínimo 5 discos com diâmetro mínimo de 500 mm, sendo 4 na
periferia e 1 no centro, para inspeção visual e medição de espessura, sendo que um dos
discos da periferia deve estar localizado em frente à porta de limpeza. Calcular a taxa de
corrosão e vida remanescente.
NOTA 2 Quando houver indicação de corrosão externa acima de 50 % de perda de espessura,
recomenda-se que seja realizada correlação, por amostragem, com ensaio de medição de
espessura por ultrassom, conforme ABNT NBR 15824, ou remoção de discos nessa região.
[Prática Recomendada]
NOTA 3 Recomenda-se a varredura complementar de regiões de sombra do ensaio MFL com uso de
ferramenta MFL handscan, especialmente da região da zona crítica. [Prática Recomendada]

6.2.2.8 Na impossibilidade de realização de ensaio MFL, além da remoção de discos, recomenda-se


a realização de medição de espessura pontual em todas as chapas do fundo, para fins de estudos de
inspeção baseada em risco. Em cada chapa deve ser executada uma medição no centro e outra
próxima à solda na região de sobreposição. Caso constatada baixa espessura ou alta taxa de corrosão,
aumentar a quantidade de medições.

NOTA Alternativamente a execução de medição de espessura em todas as chapas do fundo, um


menor número de pontos para medição pode ser definido pelo profissional legalmente
habilitado desde que seja evidenciada a relevância estatística desse quantitativo, conforme
metodologia selecionada com esta finalidade.

6.2.2.9 Após limpeza geral dos anodos, quando existentes, realizar inspeção visual para verificação
quanto ao desgaste e avaliação da eficiência da proteção catódica. Durante a inspeção avaliar a
necessidade da substituição, adição ou redistribuição dos anodos, conforme critério descrito em 9.6.

6.2.2.10 Quando houver sistema de proteção catódica por corrente impressa e não houver semi-célula
de medição de potencial instalada, devem ser removidos discos da chaparia de fundo para realizar o
levantamento do potencial fundo/solo e avaliar a proteção do fundo do equipamento.

NOTA 1 Os discos devem ser removidos ao longo de um diâmetro do tanque, com espaçamento de
5 m a 10 m entre cada disco, com pelo menos um disco próximo ao centro do fundo do
equipamento.
NOTA 2 Nos casos em que não houver semi-célula de medição de potencial instalada, recomenda-se
a instalação das mesmas por ocasião da troca integral de chapas do fundo. A quantidade de
semi-células e sua disposição deve atender aos requisitos da API RP 651. [Prática
Recomendada]

6.2.2.11 Para tanques com vazamentos em operação através do fundo, executar inspeção conforme
descrito em 6.2.2.2 e 6.2.2.5.

NOTA 1 Caso o vazamento não seja detectado, realizar jateamento do fundo conforme padrão Sa 2
conforme PETROBRAS N-9 e, em seguida, realizar ensaio de estanqueidade com caixa de
vácuo, conforme PETROBRAS N-1593 ou outro método alternativo aceitável pelo
API STD 650.

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NOTA 2 Recomenda-se a substituição do solo contaminado para tanques que operem com petróleo,
água de formação e outros produtos que contenham contaminantes que possam acelerar o
processo corrosivo do lado do solo. [Prática Recomendada]

6.2.3 Costado

6.2.3.1 Inspecionar, através de ensaio visual e medição de espessura, as chapas e juntas soldadas
quanto à corrosão.

NOTA Deve ser dada especial atenção aos seguintes locais: último anel (acima do nível do líquido),
região do rodo (acúmulo de água no fundo), solda do rodo, regiões de maior incidência solar
e regiões posicionadas na direção preferencial de incidência de ventos.

6.2.3.2 Inspecionar internamente, através de ensaio visual e medição de espessura as conexões,


bocas de visita e portas de limpeza, quanto à corrosão e trincas nas soldas. Nas conexões e acessórios
dos misturadores mecânicos e nas portas de limpeza realizar, no caso de suspeita de trinca, inspeção
por partículas magnéticas conforme a PETROBRAS N-1598, líquido penetrante conforme
PETROBRAS N-1596 ou ACFM conforme ABNT NBR 15248.

6.2.3.3 Nos tanques de teto flutuante verificar se as chapas do costado não apresentam rebarbas
internas que possam danificar o selo de vedação. Durante o esvaziamento do tanque, acompanhar a
descida do teto e verificar o assentamento do selo ao costado (deformações do costado e pressão do
selo).

6.2.4 Teto - Tanques de Teto Fixo

6.2.4.1 Inspecionar visualmente as chapas quanto à corrosão dando especial atenção aos seguintes
locais: acima da estrutura de suportação do teto, regiões das juntas sobrepostas, regiões próximas às
conexões que permitam entrada de ar, regiões com maior incidência solar e regiões com empoçamento
de água.

NOTA Caso seja necessário, remover as chapas para inspeção da região de sobreposição com as
vigas.

6.2.4.2 Inspecionar visualmente e, quando necessário, executar medição de espessura da estrutura


de sustentação do teto, conforme a seguir:

a) coroa central e chapas de fixação quanto à corrosão;


b) colunas quanto à corrosão, verticalidade e flecha;
c) vigas radiais e transversais quanto à corrosão e flecha;
d) parafusos quanto à corrosão, desgaste e trincas.

NOTA Observar as posições dos componentes da estrutura de sustentação em relação aos furos
oblongos e, caso necessário, prolongar os furos após verificação do recalque de fundo. De
acordo com o resultado obtido na inspeção visual dos parafusos instalados na estrutura,
remover no mínimo 10 % do total para a execução de inspeção mais detalhada (visual,
dimensional e líquido penetrante conforme PETROBRAS N-1596).

6.2.4.3 Inspecionar visualmente as conexões e bocas de visita quanto à corrosão.

NOTA Verificar a existência de obstrução na conexão do dispositivo de alívio de pressão.

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6.2.5 Teto - Tanques de Teto Flutuante

6.2.5.1 Inspecionar visualmente as chapas quanto à corrosão dando especial atenção aos seguintes
locais: regiões das juntas sobrepostas, periferia, abaixo dos perfis de reforço e chapas laterais externas
dos flutuadores (espaço de vapor).

6.2.5.2 Inspecionar visualmente quanto à existência de trincas nas soldas e chapas do lençol inferior
do teto nas regiões das divisórias dos flutuadores do teto, ao redor do sistema de sustentação do teto
e nos locais sujeitos à concentração de tensões.

NOTA 1 Para tanques de grande diâmetro com relação D/H > 4 (diâmetro/altura), inspecionar por
amostragem as intersecções de cordões de solda e as quinas das caixas boias, através de
partículas magnéticas conforme PETROBRAS N-1598, ACFM conforme ABNT NBR 15248
ou líquido penetrante conforme PETROBRAS N-1596.
NOTA 2 Para tanques de teto duplo com diâmetro superior a 20 m, inspecionar todas as soldas das
camisas das pernas de sustentação com o lençol inferior, com líquido penetrante conforme
PETROBRAS N-1596, partículas magnéticas conforme PETROBRAS N-1598 ou ACFM
conforme ABNT NBR 15248. Para os tanques de teto duplo com diâmetro inferior a 20 m,
adotar uma amostragem de 30 % do total das pernas de sustentação.
NOTA 3 Para os tanques de teto pontão, inspecionar com amostragem mínima de 10 % as soldas das
camisas das pernas de sustentação com o lençol inferior, com líquido penetrante conforme
PETROBRAS N-1596, partículas magnéticas conforme PETROBRAS N-1598 ou ACFM
conforme ABNT NBR 15248.

6.2.5.3 Inspecionar visualmente o sistema de sustentação do teto (pernas, camisas e chapas de


reforço) quanto à corrosão e adequado apoio no fundo.

NOTA 1 Retirar as pernas de sustentação, para inspeção visual, tomando cuidado quanto à
suportação do teto e reposição da perna na posição original.
NOTA 2 Executar medição de espessura, no mínimo em 30 % das camisas das pernas de
sustentação, principalmente na região de nível de líquido.

6.2.5.4 Inspecionar visualmente as bacias de drenagem e os drenos do teto. Realizar medição de


espessura nos tubos rígidos do sistema de drenagem. Caso as juntas do dreno sejam removíveis,
retirar e desmontar todas as juntas para inspeção e manutenção.

NOTA 1 Caso existente, inspecionar visualmente o mangote de ligação do dreno do teto com o
costado.
NOTA 2 Realizar teste hidrostático do dreno articulado ou mangueira flexível para verificação de
estanqueidade.

6.2.5.5 Inspecionar visualmente o tubo antirrotacional e suportes quanto à verticalidade, corrosão e


estado da pintura.

6.2.5.6 Inspecionar visualmente as conexões, bocas de visita e drenos de emergência quanto à


corrosão.

6.2.5.7 Inspecionar visualmente o estado físico do selo de vedação do teto. Avaliar se há regiões do
selo com folgas em relação ao costado ou excesso de compressão. Caso necessário, realizar avaliação
dimensional do selo.

NOTA Para selos PW seguir orientações da PETROBRAS N-1742.

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6.2.6 Acessórios e Equipamentos Auxiliares Internos

Avaliar as condições físicas dos acessórios e equipamentos internos existentes, conforme a seguir:

a) sistema de aquecimento (serpentina, aquecedores, linhas de vapor e condensado e feixe


tubular);
b) sistema de medição de nível (boia e cabos suportes); verificar a existência de produto no
interior da boia de medição de nível;
c) tubo móvel e sistema de içamento (tubo, cabos e roldanas);
d) misturador;
e) instrumentação;
f) sistema anti-vortex;
g) sistema de amostragem.

NOTA 1 Para a inspeção de serpentinas, recomenda-se a retirada de amostras, para possibilitar a


inspeção visual interna. [Prática Recomendada]
NOTA 2 Realizar ensaio por líquido penetrante conforme PETROBRAS N-1596, nas hélices dos
misturadores e boias de medição de nível.

7 Controle da Qualidade de Reparos

Realizar a inspeção dos reparos efetuados conforme os critérios descritos no API STD 650,
API STD 653, PETROBRAS N-271 ou outras normas aplicáveis.

8 Teste Hidrostático

8.1 Sistema de Aquecimento

No sistema de aquecimento (serpentina ou aquecedores) deve ser realizado teste hidrostático com
pressão de 1,5 vezes o valor da pressão do projeto, permanecendo no valor da pressão de projeto
durante 30 minutos somados ao tempo de inspeção. Para o sistema tipo feixe tubular, a pressão
utilizada deve ser a especificada no projeto.

NOTA Na ausência de realização de reparos, o teste hidrostático pode ser substituído por teste de
estanqueidade utilizando como fluido de teste o próprio vapor do sistema.

8.2 Tanque

8.2.1 O teste hidrostático deve ser realizado quando ocorrer um grande reparo ou uma grande
modificação conforme descrito no API STD 653.

8.2.2 O teste hidrostático pode ser dispensado desde que atendidos todos os requisitos técnicos do
API STD 653 e as seguintes autorizações formais por escrito:

a) do engenheiro PETROBRAS, com experiência em construção, montagem, manutenção


ou inspeção de tanques de armazenamento, que aprovou o reparo;
b) da gerência operacional responsável onde o tanque está instalado.

NOTA 1 Nessa situação, o tanque deve ser observado durante os primeiros 5 dias de operação
(operação assistida).
NOTA 2 Mesmo para casos em que grandes reparos tenham sido executados, a API STD 653 permite
a realização de uma avaliação de adequação ao uso (“fitness-for-service") para dispensar a
execução de teste hidrostático, caso as demais alternativas previstas para dispensa do teste
não tenham sido atendidas. Orientações gerais podem ser verificadas no Anexo A desta
Norma.

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8.2.3 A temperatura da água de teste deve seguir conforme a PETROBRAS N-271.

8.2.4 Antes do início do teste e durante o enchimento do tanque, verificar a existência de umidade
proveniente de fatores externos (produto ou água infiltrada entre o fundo e o solo).

8.2.5 Verificar se a altura máxima de enchimento é compatível com a resistência do tanque


(espessuras remanescentes).

8.2.6 A inspeção deve ser iniciada de 1 dia a 2 dias após o enchimento completo do tanque. Caso não
seja constatado nenhum problema, após a inspeção, o teste hidrostático é considerado aprovado.

8.2.7 Durante a inspeção do teste, a base do tanque não deve apresentar umidade, com exceção da
umidade constatada em 8.2.4.

8.2.8 Caso ocorra à reprovação do teste hidrostático, um novo teste deve ser realizado após os reparos
necessários.

8.2.9 Para tanques que armazenam produtos pesados, recomenda-se a utilização do sistema de
aquecimento durante o teste hidrostático para facilitar o escoamento de produtos acumulados entre o
fundo e a base, decorrentes de vazamentos anteriores, permitindo assim a livre passagem da água de
teste. [Prática Recomendada]

8.2.10 Caso não haja possibilidade de enchimento total do tanque, realizar ensaio de estanqueidade,
conforme PETROBRAS N-1593, nas soldas do costado que passaram por manutenção na região que
não foi verificada pelo teste hidrostático.

8.2.11 Quando requerida a execução de teste hidrostático, o mesmo deve ser acompanhado por
medição de recalque do tanque, exceto para os casos de tanques que possuírem um histórico
documentado de operação com valores aceitáveis de recalque e não haja previsão de ocorrência de
recalque no teste. A medição de recalque deve ser realizada conforme API STD 653 e PETROBRAS
N-1807.

9 Critérios de Aceitação

9.1 Base

9.1.1 Recalque

Conforme descrito no Anexo B da API STD 653.

9.1.2 Anel de Concreto

Fissuras com abertura igual ou superior a 2,0 mm são inaceitáveis independente do comprimento ou
localização. Não deve haver ferragens expostas.

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9.2 Costado

9.2.1 Espessura Mínima

Conforme descrito no API STD 653.

9.2.2 Deformação

No caso de existência de barriga, avaliar conforme descrito na PETROBRAS N-271.

9.2.3 Verticalidade

Conforme descrito no API STD 650.

9.2.4 Circularidade

Conforme descrito no API STD 650.

9.3 Fundo

9.3.1 Chapas Recortadas

A espessura mínima das chapas deve ser igual a 2,5 mm.

NOTA Recomenda-se, caso mais de 50 % da área do fundo apresente espessura abaixo da mínima,
efetuar a troca total das chapas do fundo. [Prática Recomendada]

9.3.2 Chapas Anulares

A espessura mínima das chapas deve atender o API STD 653.

9.3.3 Recalque

Conforme descrito no API STD 653.

9.4 Teto

9.4.1 Chapas

9.4.1.1 A Tabela 1 lista as espessuras mínimas para chapas de teto de tanques de teto fixo.

Tabela 1 – Espessura mínima conforme ponto de fulgor do produto armazenado.

Ponto de fulgor do produto Espessura mínima


≥ 60°C 2,50 mm
< 60 °C com SPDA 2,50 mm
< 60 °C sem SPDA 4,76 mm

NOTA A espessura mínima de 4,76 mm é aplicável também para tanques aquecidos armazenando
produto acima de seu ponto de fulgor.

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9.4.1.2 As chapas do teto dos tanques de teto fixo devem ser avaliadas segundo os seguintes critérios:

a) Tanques armazenando produtos com ponto de fulgor maior ou igual a 60 °C: quando um
determinado ponto apresentar espessura inferior a 2,50 mm, deve ser realizado
mapeamento da espessura em uma área de 250 mm x 250 mm (o ponto medido deve
estar incluído), utilizando uma matriz quadrada 5 por 5 (ver Figura 1). Caso a espessura
média encontrada na área pesquisada seja inferior a 2,50 mm, a região deve ser reparada
ou substituída.
b) Tanques armazenando produtos com ponto de fulgor inferior a 60 °C sem SPDA: calcular
a média das medições efetuadas conforme 5.6.1.2 desta Norma. Caso a espessura média
encontrada pesquisada seja inferior a 4,76 mm, deve ser recomendada a instalação de
um Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) ou substituição do teto.
c) Tanques armazenando produtos com ponto de fulgor inferior a 60 °C com SPDA: aplicar
critério da alínea a).
d) Se alguma região do teto estiver furada, a mesma deve ser reparada ou substituída.

NOTA 1 Os itens b) e c) aplicam-se também para tanques aquecidos armazenando produto acima de
seu ponto de fulgor.
NOTA 2 Caso seja identificada necessidade de instalação de SPDA, essa deve ser executada
conforme estratégia de priorização definida pela Unidade Operacional ou por ocasião da
inspeção interna do equipamento.
NOTA 3 Para os tanques de teto autoportante, a espessura mínima operacional do teto deve ser
determinada considerando o peso próprio da chapa do teto e uma sobrecarga de 60 kgf/m2
no teto. Atender no mínimo os critérios do 9.4.1.2 desta Norma.

Figura 1 - Exemplo de Matriz para Mapeamento de Espessura

9.4.1.3 No caso de tanques de teto flutuante, a espessura mínima das chapas do teto é 2,50 mm. As
chapas devem ser avaliadas conforme 9.4.1.2 a).

9.4.2 Estrutura do Teto

a) área da seção reta: redução máxima de 15 %;


b) flecha vertical das vigas: conforme PETROBRAS N-271;
c) verticalidade das colunas: altura da coluna/200.

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9.4.3 Deformação do Teto Flutuante Tipo Pontão

Em regiões com deformações que impeçam a drenagem pelos drenos existentes, colocando em risco
a estabilidade do teto, a drenagem multiponto é obrigatória, conforme PETROBRAS N-270.

NOTA Deformações que impeçam a instalação da drenagem multiponto (cota inferior da região
deformada abaixo do fundo da bacia do dreno primário) devem ser obrigatoriamente
corrigidas.

9.5 Pintura

9.5.1 Conforme descrito na PETROBRAS N-13.

9.5.2 Caso seja verificada deterioração da pintura em pontos esparsos e generalizados, somando mais
de 30 % da área total de uma determinada região do tanque, efetuar a repintura total da região.

9.5.3 Para avaliação de pintura interna dos componentes fundo e costado após campanha, realizar
testes de descontinuidade, aderência por tração e medição de espessura de película seca conforme
previsto na PETROBRAS N-13. Adotar critério de aceitação da PETROBRAS N-2913 para teste de
aderência.

NOTA 1 Caso a pintura seja previamente reprovada por meio de inspeção visual, é dispensada a
realização dos ensaios descritos acima.
NOTA 2 Após uma campanha operacional de 20 anos, recomenda-se a repintura integral interna do
tanque na próxima parada programada para manutenção, conforme especificação da PETROBRAS
N-2913. [Prática Recomendada]

9.6 Anodos de Sacrifício

Trocar os anodos quando o percentual da massa média residual dos anodos instalados for menor que
100 - F.

M residual
x 100 < (100 - F)
M inicial

Onde:
F é o fator de utilização do anodo conforme projeto de proteção catódica;
Mresidual é a massa residual;
Minicial é a massa inicial.

9.7 Ensaios Não Destrutivos

Conforme descrito no API STD 653.

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ANEXO A - Critérios para Dispensa de Teste Hidrostático por Estudo de Adequação


ao Uso (“Fitness-For-Service”)

A.1 A API STD 653 determina a execução de Teste Hidrostático (TH) para tanques que foram
submetidos a grandes reparos ou alterações, conforme definição contida em seu corpo de norma.
Alternativamente, a norma lista requisitos adicionais que podem ser atendidos de forma a permitir a
dispensa de TH, os quais incluem exigências relativas à soldagem, materiais, projeto, ensaios não
destrutivos etc. Contudo, para reparos localizados em regiões específicas e com uma determinada
extensão, a dispensa de TH exige adicionalmente a realização de uma avaliação de adequação ao
uso.

A.2 Abaixo encontram-se listados os grandes reparos ou alterações para os quais a API STD 653 não
possibilita a dispensa de TH através de aplicação de requisitos adicionais:

a) Remoção e substituição de solda interna ou externa de ligação do fundo ao costado


abrangendo mais de 50 % da seção com mais de 12" de extensão;
b) Múltiplos reparos em solda interna ou externa de ligação do fundo ao costado abrangendo
mais de 50 % da seção com espaçamento inferior a 12";
c) Reforço metálico ou não-metálico no costado em área com mais de 12" de altura;
d) Macaqueamento do costado.

NOTA Adicionalmente, a API STD 653 determina também a realização de TH para tanques que
foram reconstruídos e para os casos em que houve aumento da severidade do serviço.

A.3 Os itens que compõem o presente anexo contêm orientações gerais para o desenvolvimento de
um estudo de adequação ao uso (“fitness-for-service”) visando a dispensa de TH no âmbito da API
STD 653. Recomenda-se que tal estudo seja elaborado por profissional com experiência adequada em
modelagem numérica de problemas de engenharia, análise de tensões, projeto de equipamentos,
avaliações de adequação ao uso e disciplinas correlatas, além de atender aos requisitos do 8.2.2 desta
Norma. [Prática Recomendada]

NOTA Destaca-se que o TH não introduz uma solicitação adicional que possa avaliar a qualidade
de reparos que foram executados conforme prescrições da API STD 653. Contudo, o TH pode
ter um papel importante na detecção de descontinuidades resultantes de danos não
detectados através de ensaios não-destrutivos ou remanescentes da manutenção, em uma
etapa prévia à colocação de produto. De forma análoga, o enchimento de tanques com água
após manutenção pode ter outras aplicações práticas como teste de flutuabilidade de teto,
avaliação de comportamento do sistema de selagem, verificação de estanqueidade de drenos
e compartimentos flutuadores.

A.4 A API STD 653 considera como pressuposto para dispensa de TH o atendimento pleno aos
requisitos normativos relativos as características dos reparos e alterações, execução de soldagem e
ensaios não destrutivos, ou seja, a manutenção do tanque deve ter sido efetuada conforme requisitos
da norma.

A.5 Para a avaliação da viabilidade de dispensa de TH deve ser elaborado um estudo de engenharia
com foco na avaliação estrutural do equipamento, tendo como base os procedimentos de análise de
tensões dos documentos ASME Seção VIII – Divisão 2 – Parte 5 e API 579 / ASME FFS – 1 – Nível 3,
juntamente com os requisitos contidos no código de fabricação original do equipamento, no caso,
API STD 650.

A.6 É necessário comprovar pelo estudo que a condição de carregamento imposta pelo teste
hidrostático não é suficiente para promover uma falha em regiões e componentes submetidos a
alterações e/ou grandes reparos e que foram objeto de método/procedimento de inspeção efetivo.

PÚBLICA 25
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N-2318 REV. J 03 / 2024

A.7 Recomenda-se que, como primeira etapa de uma avaliação de adequação o uso, o projeto
mecânico do tanque seja revisado, com o objetivo analisar aspectos diversos como regiões do costado
com maiores níveis de tensão, adequação de espessuras de fundo e teto, adequação da estrutura de
suportação do teto fixo (quando existente) e análise da região crítica do tanque na ligação do 1º anel
com o fundo. [Prática Recomendada]

NOTA 1 A verificação do projeto mecânico não está diretamente relacionada ao estudo de adequação
ao uso a ser desenvolvido para a dispensa do teste hidrostático após reparos. No entanto, o
estudo de adequação ao uso somente deve ser realizado se comprovado que o equipamento
encontra-se em conformidade com o código original de projeto.
NOTA 2 No caso da existência de não conformidades com os requisitos da norma de projeto ou
presença de descontinuidades reprovadas pelo código de inspeção, o equipamento sob
estudo deve se submetido a uma análise preliminar de adequação ao uso com foco nas
anomalias observadas.

A.8 O estudo de adequação ao uso deve avaliar os aspectos listados abaixo, minimamente:

a) Nível de tensões e deformações impostas pelo carregamento de teste hidrostático nos pontos
de interesse no tanque, relacionados aos reparos realizados;
b) Métodos de inspeção utilizados nos reparos efetuados e defeitos postulados nestes locais,
compatíveis com o limiar de detecção dos ensaios não destrutivos aplicados;
c) Propriedades mecânicas e de tenacidade do material, que representem um comportamento
seguro a ser utilizado para a avaliação da condição de solicitação devido ao teste hidrostático;
d) Aplicação de critério de avaliação de criticidade de defeitos, conforme descritos nos
documentos BSI BS 7910 e/ou API 579/ASME FFS-1.

A.9 O estudo de adequação ao uso deve concluir se a inspeção executada nas soldas e regiões de
reparos foi suficiente para garantir que defeitos não inspecionáveis (ou seja, com dimensões abaixo do
limiar de detecção) não são críticos para a operação normal do tanque, sem limitações para a vida útil
do equipamento, quando aplicadas as solicitações provenientes do teste hidrostático no equipamento.

NOTA Limiares de detecção para diversos ensaios não destrutivos podem ser encontrados no Anexo
T da BSI BS 7910.

A.10 Adicionalmente, recomenda-se que, minimamente, os mecanismos de danos e falha listados


abaixo sejam contemplados no estudo de adequação ao uso para fins de dispensa de TH. [Prática
Recomendada]

a) Colapso plástico;
b) Flambagem;
c) “Ratcheting”;
d) Fadiga;
e) Fratura frágil;
f) Falha local.

NOTA O mecanismo de falha por fadiga possui maior importância para equipamentos aquecidos.
Um critério para determinação de número de ciclos para estudo de vida em fadiga da ligação
do fundo com o costado pode ser verificado no Anexo M da API STD 650. Alternativamente,
pode-se realizar contagem dos ciclos de operação pelo método “rain-flow”, conforme
ASTM E1049.

PÚBLICA 26
-PÚBLICA-

N-2318 REV. J 03 / 2024

FORMULÁRIO DE REGISTRO DE IMPACTOS (FRI)


REV. F
Potenciais Impactos Gerais das Mudanças:

- As áreas de projeto e de contratação de serviços devem avaliar projetos e contratos em fase de


planejamento para verificar eventuais necessidades de ajustes na documentação.

- As áreas operacionais devem avaliar as eventuais necessidades de ajustes nos Padrões SINPEP
e Especificações/Documentos Operacionais.

Item da Norma Mudança Razão para a Mudança Potenciais Impactos


Possibilitar que os Os impactos são
Inclusão de requisitos usuários da norma positivos, possibilitando
inerentes ao prazo de tenham tempo hábil para ao usuário planejar
Folha de rosto
implementação da implementação dos adequadamente a
norma. requisitos e gestão das implementação da
mudanças. norma.
2 Revisão das Refletir as normas Sem impacto.
referências normativas. referenciadas no corpo
de norma.
Revisão dos termos e Atualização do conceito Sem impacto.
definições de Profissional
3.6 Legalmente Habilitado
conforme revisão da
NR-13.
Revisão dos termos e Alteração da redação Sem impacto.
3.7 definições para melhor
compreensão do termo.
Inclusão de definição Novo termo citado no Sem impacto.
3.9
corpo de norma.
Inclusão de definição Termo citado no corpo Sem impacto.
3.10
de norma.
4.3.1 Alteração de texto. Buscar conformidade Não limitação da
com o API 653. periodicidade da
inspeção externa em
função do estado de
degradação do teto.
4.3.3 - NOTA Inclusão de NOTA Inclusão de NOTA Orientar quanto as
recomendando avaliações que devem
periodicidade de ser feitas no sistema e
inspeção do sistema de sua frequência.
proteção catódica.
Inclusão de texto Inclusão dos certificados Conformidade com a
de inspeção e teste dos atual revisão da
4.5 dispositivos de NR-13.
sobrepressão e vácuo
nos registro de inspeção.
Inclusão de NOTA Inclusão de NOTA Inclusão de um
orientando quanto ao método de como fazer
5.2.1
levantamento topográfico o levantamento
do costado. topográfico.
Alteração de texto Inclusão de Orientação de norma
recomendação de base que pode ser utilizada
5.3.2
normativa para avaliação para avaliação de
de isolamento térmico. isolamento térmico.
Alteração de texto Inclusão de aspecto de Melhorar a avaliação
dano a ser avaliado na da condição física da
5.4.5
inspeção da escada de escada de acesso.
acesso.

PÚBLICA IR 1/3
-PÚBLICA-

N-2318 REV. J 03 / 2024

Alteração de texto Inclusão de aspecto a Melhorar a avaliação


ser avaliado na inspeção da condição física do
5.4.6
do aterramento da aterramento da
escada. escada de acesso.
Alteração de texto. Alteração de texto para Possibilitar a correta
possibilitar a correta execução da inspeção
5.5.6 execução da inspeção do selo de vidro.
do selo de vidro, quando
aplicável.
Inclusão de texto Inclusão de texto para a Aumento da
avaliação do aterramento segurança com a
5.5.9 do costado ao solo. correta avaliação do
sistema de
aterramento.
Alteração de NOTA 4 Alteração de NOTA para Ganho de
inclusão da possibilidade produtividade com o
de outra técnica de uso de outras técnicas
5.6.1.2 –
varredura além de e de segurança com a
NOTA 4
ultrassom e definição de avaliação das áreas
área a ser minimamente onde há circulação de
avaliada. pessoas.
Inclusão da palavra Abrangência de evento Determinar a
“obstrução” no item. ocorrido no Refino. verificação de
5.6.1.4 obstrução em
dispositivo de
segurança.
Inclusão da palavra Reforçar a necessidade Ressaltar a
“preventiva” da execução da necessidade da
manutenção de caráter manutenção
5.6.1.5
preventivo associados à preventiva.
garantia da segurança
dos equipamentos.
Inclusão da verificação Prevenir a ocorrência de Prevenir a ocorrência
de pernas de danos nas pernas de eventos
5.6.2.7
sustentação durante a operação do indesejáveis.
tanque.
Inclusão da verificação Prever a manutenção Garantir que as pernas
5.6.2.7 - da liberdade de adequada das pernas. estejam em condição
NOTA 1 deslizamento das de uso na parada de
pernas manutenção.
Inclusão de requisito Fazer a associação das Garantir que as
6.1.1.4 normativo normas aplicáveis. normas aplicáveis
sejam atendidas.
Remoção da Avaliou-se como viável a Retirar a necessidade
obrigatoriedade de execução da da remoção
6.1.2 c) retirada da válvula de manutenção solicitada obrigatória da válvula
dreno para no local. para manutenção.
manutenção
Inclusão obrigatória da Atendimento ao requisito Garantir que a norma
avaliação quantitativa normativo indicado no aplicável seja
6.2.2.1
de recalque em fundo Anexo B da atendida.
de tanque API STD 653.
Inclusão da avaliação Atendimento ao requisito Garantir que a norma
6.2.2.1 -
periódica de recalque normativo do Anexo B da aplicável seja
NOTA 2
quando recomendado API STD 653. atendida.
Reorganização dos Melhorar a clareza para Maior assertividade na
requisitos de detecção a avaliação dos identificação dos
6.2.2.3
de trincamento em mecanismos de danos danos associados.
fundo de tanque associados.

PÚBLICA IR 2/3
-PÚBLICA-

N-2318 REV. J 03 / 2024

Inclusão de referência Indicação de como tratar Indicar a referência


6.2.2.3 - normativa para a ocorrência de corrosão aplicável para
NOTA 1 corrosão sob tensão sob tensão por etanol. corrosão sob tensão
por etanol por etanol.
Inclusão de referências Indicação de como tratar Indicar as referências
6.2.2.3 - normativas para a ocorrência de corrosão aplicáveis para
NOTA 2 corrosão sob tensão sob tensão por H2S. corrosão sob tensão
por H2S por H2S.
Reorganização dos Melhorar a clareza para Maior assertividade na
requisitos de detecção a avaliação dos identificação dos
6.2.2.4
de trincamento em mecanismos de danos danos associados.
fundo de tanque associados.
Inclusão de Melhoras a efetividade Melhoras a cobertura
6.2.2.7 - recomendação para da inspeção por MFL. da inspeção por MFL.
NOTA 3 inspeção de região de
sombra
Recomendação de Garantir informações Disponibilizar
medição de espessura para realização posterior informações para
6.2.2.8 e
mesmo para os casos de estudo de inspeção realização posterior de
NOTA
em que haja remoção baseada em risco. estudo de inspeção
de discos baseada em risco.
Recomendação de Melhorar o Permitir melhor
instalação de semi- monitoramento da monitoramento da
6.2.2.10 - células onde houver eficácia da proteção proteção do fundo de
NOTA 2 proteção catódica por catódica na região tanque.
corrente impressa central do fundo de
tanque.
Recomendação de Prevenir a ocorrência de Garantir menores
6.2.2.11 - substituição de solo elevadas taxas de taxas de corrosão em
NOTA 2 contaminado corrosão em chapas de chapas recém
fundo recém instaladas. instaladas.
Inclusão de medição de Melhorar o Melhorar o
espessura nos tubos acompanhamento da acompanhamento da
6.2.5.4 rígidos do sistema de corrosão em tubos corrosão em tubos
drenagem rígidos do sistema de rígidos do sistema de
drenagem. drenagem.
Revisão da NOTA para Melhorar a clareza do Melhorar a clareza do
8.2.2 - NOTA
inclusão de referência texto e associar ao novo texto.
2
a novo anexo criado anexo.
Inclusão de requisito Garantir a conformidade Garantir a aplicação
para avaliação com norma de de norma de
8.2.11
qualitativa durante o referência. referência.
teste hidrostático
Revisão integral do Inclusão na Norma de Promover maiores
item ações de abrangência ganhos para
associadas a eventos segurança nos
9.4.1 provocados por tanques de
incidência de descarga armazenamento
atmosférica em tanques quanto a incidência de
de armazenamento. descarga atmosférica.
Reorganização do texto Estabelecer critérios Definir critérios
e inclusão de requisito quantitativos para objetivos para definir a
9.5 para avaliação avaliação de pintura necessidade de
quantitativa de pintura após longo período de intervenção na pintura.
após campanha operação.
Inclusão de Anexo A Apresentar orientações Apresentar
com critérios para gerais para o orientações objetivas
dispensa de teste desenvolvimento de um para realização de
Anexo A
hidrostático por estudo estudo de adequação ao estudo de dispensa de
de adequação ao uso uso visando a dispensa TH.
(“fitness-for-service”) de TH.

PÚBLICA IR 3/3

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