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N-2414 REV. F 01 / 2024

Inspeção em Serviço de
Esfera de Armazenamento

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A unidade do Sistema Petrobras usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

CONTEC Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve
ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual
Comissão de Normalização
Técnica decisão de não a adotar deve ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser
aprovada e registrada pela unidade do Sistema Petrobras usuária desta Norma.
É caracterizada por verbos de caráter impositivo.

Para adoção da Norma, o prazo efetivo para implementação ou substituição à


revisão anterior é de até 180 dias a partir da data de sua publicação. Caso a
unidade do Sistema Petrobras que está aplicando a Norma entenda que não é
possível implementá-la neste prazo, deve registrar em até 180 dias um Plano de
Implementação definindo as ações necessárias e os respectivos prazos.

A definição do prazo efetivo de implementação dos requisitos desta Norma,


SC – 23 quando esta é referenciada em contratos de prestação de serviços e aquisição
Inspeção de Sistemas e de bens, é prerrogativa exclusiva do Sistema Petrobras.
Equipamentos em Operação
Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições
previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela unidade do Sistema
Petrobras usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Para a melhoria contínua da Norma, solicita-se o envio à Subcomissão Autora


das cópias dos registros das decisões técnico-gerenciais elaboradas pelas
unidades do Sistema Petrobras que possam contribuir para o aprimoramento
desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno no Sistema Petrobras, e qualquer
reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa
autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação
pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis.
A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho (GT), formados por especialistas do
Sistema Petrobras, comentadas e votadas pelas unidades do Sistema Petrobras e aprovadas pelas Subcomissões
Autoras (SC). A Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela SC e deve ser
reanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1.

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PROPRIEDADE DA PETROBRAS 12 páginas e Formulário de Registro de Impactos
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Sumário

1 Escopo ................................................................................................................................................. 3

2 Referências Normativas ...................................................................................................................... 3

3 Termos e Definições............................................................................................................................ 3

4 Adições à ABNT NBR 15417:2007 ..................................................................................................... 4

4.1 Dispositivos de Segurança (Válvulas de Segurança e Alívio) ............................................... 4

4.2 Lista Auxiliar à Inspeção de Vaso de Pressão em Serviço ................................................... 5

4.2.1 Pernas de Sustentação .................................................................................................. 5

4.2.2 Tirantes de Pernas de Sustentação............................................................................... 5

4.3 Testes de Pressão (Hidrostático e Pneumático).................................................................... 5

4.4 Tubulações e Conexões de Pequeno Diâmetro .................................................................... 6

4.5 Válvulas de Bloqueio .............................................................................................................. 6

4.6 Aplicação de Inspeção Baseada em Risco (RBI) .................................................................. 6

4.7 Aplicação de Inspeção Não Intrusiva (INI) ............................................................................. 7

4.8 Inspeção Interna com Uso de Drones ................................................................................... 8

Anexo A

Figura A.1 – Regiões Recomendadas para a Varredura por PEC nas Pernas de Sustentação.. 9

Anexo B

Requisitos Específicos para a Execução de Inspeção Interna em Esferas com RPAS ............. 10

B.1 Generalidades...................................................................................................................... 10

B.2 Requisitos Mínimos para Equipamentos e Contratação ..................................................... 10

B.2.1 Requisitos Mínimos do RPA para Espaços Confinados ............................................. 10

B.2.2 Requisito Mínimo para Operação de RPA em Espaços Confinados .......................... 10

B.2.3 Requisito Mínimo para Técnico de Inspeção Responsável pelo Laudo das Imagens 10

B.3 Planejamento da Inspeção .................................................................................................. 11

B.4 Execução da Inspeção ........................................................................................................ 11

B.5 Registros da Inspeção ......................................................................................................... 12

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1 Escopo

1.1 Esta é uma norma complementar à ABNT NBR 15417:2007 e fixa as condições exigíveis para
inspeção de esferas de armazenamento em serviço.

1.2 A norma base ABNT NBR 15417:2007 deve ser aplicada integralmente com as adições
especificadas na Seção 4 desta Norma.

1.3 A presente revisão desta Norma não se aplica a procedimentos iniciados antes desta publicação.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

Portaria n° 1.846 de 1/7/22 - Norma Regulamentadora n° 13 (NR-13) - Caldeiras, Vasos de


Pressão, Tubulações e Tanques Metálicos de Armazenamento;

Portaria INMETRO 537/2015 - Aprovar o aperfeiçoamento da Instrução Normativa Inmetro


para Serviços Próprios de Inspeção de Equipamentos - SPIE;

PETROBRAS N-2368 - Inspeção, Manutenção, Calibração e Teste de Dispositivos de Alívio


de Pressão e/ou Vácuo;

PETROBRAS N-2555 - Inspeção em Serviço de Tubulação;

PETROBRAS N-2688 - Teste de Pressão em Serviço de Vasos de Pressão e Caldeiras;

ABNT NBR 15417:2007 - Vasos de Pressão - Inspeção de Segurança em Serviço;

ABNT NBR 16455:2016 - Vasos de pressão - Metodologia para inspeção não intrusiva.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições da Seção 3 da


ABNT NBR 15417:2007 e os seguintes.

3.1
ARC - Avaliação do Risco de Corrosão
estabelecimento da suscetibilidade da estrutura sob investigação a todos os mecanismos de
degradação em serviço que possam estar presentes, conforme ABNT NBR 16455:2016

3.2
calota
conjunto de chapas dos polos de cada hemisfério da esfera, que se fixa à esfera pela solda horizontal
mais próxima do polo

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3.3
esfera
vaso esférico para armazenamento sob pressão de gases liquefeitos

3.4
INI - Inspeção Não Intrusiva
toda e qualquer inspeção realizada pela parte externa do vaso de pressão sem necessidade de sua
abertura e que pode ser executada quando este estiver em operação ou fora de operação

3.5
OCP - Organismo de Certificação de Produto
trata-se de órgão com competência para a homologação, certificação e acreditação de conformidade
de produto em determinada área, como por exemplo o estabelecimento de Serviço Próprio de Inspeção
de Equipamentos (SPIE)

3.6
PLH
Profissional Legalmente Habilitado definido pela Norma Regulamentadora n° 13 (NR-13)

3.7
probabilidade de detecção
indica a probabilidade de um sistema de exame detectar uma determinada descontinuidade. É definida
como a razão entre o número de detecções de uma determinada descontinuidade realizada com
sucesso e o número de inspeções executadas

3.8
RBI - “Risk-based Inspection” (Inspeção Baseada em Risco)
técnica de tomada de decisão para planejamento de inspeção através de avaliação de risco focada na
prevenção da perda de contenção de equipamentos pressurizados, devido a deterioração do material.
Estes riscos, determinados com base na probabilidade de falha e na consequência da falha, são
gerenciados primariamente através da inspeção do equipamento

3.9
RPA - Aeronave Remotamente Pilotada (“Remotely Piloted Aircraft”)
veículo projetado para operar sem piloto a bordo e utilizado para fins não recreativos

3.10
RPAS - Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (“Remotely Piloted Aircraft System”)
conceito que compreende a aeronave (RPA), a estação de pilotagem remota e os sistemas de
comunicação entre ambas

4 Adições à ABNT NBR 15417:2007

4.1 Dispositivos de Segurança (Válvulas de Segurança e Alívio)

A Seção 6 da ABNT NBR 15417:2007, que trata de dispositivos de segurança se aplica integralmente
com as observações descritas em 4.1.1 e 4.1.2 desta Norma.

4.1.1 A inspeção de válvulas de segurança (PSVs) deve ser efetuada conforme descrito na
PETROBRAS N-2368 e a periodicidade estabelecida no Plano de Inspeção.

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4.1.2 Verificar o sistema de intertravamento das válvulas de segurança, quanto às condições físicas e
à funcionalidade.

4.2 Lista Auxiliar à Inspeção de Vaso de Pressão em Serviço

A inspeção das fundações, suportes e elementos de fixação descrito em 8.2 da ABNT NBR 15417:2007
deve ser complementada com as 4.2.1 e 4.2.2 desta Norma.

4.2.1 Pernas de Sustentação

4.2.1.1 Revestimento (“Fire Proof”)

Deve ser realizado o ensaio visual do concreto tipo “fire proof” quanto à deterioração, fissuras e
existência de infiltração. Na presença de danos relevantes, deve-se efetuar a quebra do revestimento
para a inspeção detalhada da perna de sustentação, incluindo avaliação de perda de espessura na
coluna metálica, empregando ultrassom, “pit gauges” ou similares.

4.2.1.2 Coluna Metálica

A inspeção das colunas consiste na avaliação da espessura quanto à mecanismos de perda de massa
e deve ser executada através da técnica de Correntes Parasitas Pulsadas (PEC), nas pernas onde não
houve demanda de remoção do “fire proof” (item 4.2.1.1).

NOTA 1 É recomendada a varredura da coluna em toda sua circunferência, conforme apresentado na


Figura A.1. [Prática Recomendada]
NOTA 2 A quantidade de colunas a inspecionar e o intervalo entre as inspeções por PEC devem ser
definidos pelo PLH, com base no histórico de ensaios e na evolução da perda de espessura
ao longo do tempo. Por se tratar de um ensaio não intrusivo, é possível a execução desse
ensaio em campanha.
NOTA 3 O percentual de perda de massa admissível das colunas corroídas deverá ser determinado
através de estudo específico, de acordo com as condições de projeto de cada esfera. Em
caso de perdas identificadas acima do valor admissível, deve ser efetuada a remoção do
“fire proof” para inspeção detalhada.

4.2.1.3 Ligação Soldada com o Casco

As soldas de ligação das pernas de sustentação com o costado da esfera devem inspecionadas
visualmente quanto a condições físicas gerais e submetidas a ensaios não destrutivos para detecção
de trincas, tais como Partículas Magnéticas, ACFM (“Alternate Current Field Measurement”) ou
Líquidos Penetrantes.

NOTA A quantidade de soldas a inspecionar e o intervalo entre as inspeções devem ser definidos
pelo PLH.

4.2.2 Tirantes de Pernas de Sustentação

Verificar o tensionamento dos tirantes das pernas (não devem estar folgados) bem como o estado de
suas roscas, pintura e condições físicas.

4.3 Testes de Pressão (Hidrostático e Pneumático)

Os testes de pressão devem seguir a Seção 9 da ABNT NBR 15417:2007 com adição da PETROBRAS
N-2688 ou a critério do PLH.

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4.4 Tubulações e Conexões de Pequeno Diâmetro

Inspecionar as tubulações, suportes, pintura e isolamento quanto às condições físicas e corrosão,


incluindo o sistema de combate a incêndio e linha de equalização, conforme a PETROBRAS N-2555.

4.5 Válvulas de Bloqueio

As válvulas de bloqueio das PSVs devem ser testadas quanto à vedação, visando à retirada das PSVs
para a manutenção com a esfera em operação.

4.6 Aplicação de Inspeção Baseada em Risco (RBI)

4.6.1 A periodicidade de inspeção interna pode ser estabelecida a partir de análise de inspeção
baseada em risco devidamente documentada e de acordo com normas específicas, observando os
limites previstos na NR-13, em complemento ao descrito no item 4.1 da ABNT NBR 15417:2007.
[Prática Recomendada]

4.6.2 A análise por RBI pode ser realizada considerando a esfera como um corpo esférico único ou
subdividindo-a em hemisférios (superior e inferior), ficando essa decisão a critério dos responsáveis
pela sua implementação e aprovação. A subdivisão facilita a indicação de eventuais mecanismos de
deterioração que estejam ativos em apenas um dos hemisférios. [Prática Recomendada]

NOTA Para análises quantitativas da consequência de falha, deve-se atentar que a subdivisão da
esfera em hemisférios pode levar a um resultado subestimado do valor da consequência,
tendo em vista que a massa do fluido no componente hemisférico é menor que no
componente esférico total. Nestes casos, a equipe de implementação deve verificar a
necessidade de correção no valor calculado. [Prática Recomendada]

4.6.3 Os mecanismos de deterioração a serem analisados devem estar de acordo com o histórico do
equipamento, bem como considerar os contaminantes possíveis de estarem presentes no envelope
pressurizado, dados operacionais e os materiais de construção da esfera.

4.6.4 Abaixo encontram-se listados mecanismos de deterioração que podem estar presentes em
esferas de armazenamento, conforme sua posição no processo, e devem ser avaliados segundo
prescrições da metodologia de RBI utilizada.

a) perda de espessura;
b) corrosão externa;
c) trincamento cáustico por corrosão sob tensão;
d) corrosão sob tensão por H2S (“Sulfide Stress Cracking” - SSC);
e) trincamento induzido pelo hidrogênio em meio contendo H2S (“Hydrogen-induced
Cracking” - HIC / “Stress-Oriented Hydrogen-Induced Cracking in Hydrogen Sulfide
Services” - SOHIC -H2S).

NOTA 1 A ausência de contaminantes (como H2S ou NaOH, por exemplo), conforme registro histórico
de análises laboratoriais, pode ser empregada como justificativa para não considerar alguns
dos mecanismos de dano listados.
NOTA 2 Outros mecanismos de danos podem estar eventualmente presentes em função de
particularidades do processo e, nesse caso, devem ser considerados. Aspectos construtivos
do equipamento também podem determinar avaliações adicionais como, por exemplo,
corrosão sob isolamento ou deterioração da pintura (no caso de esferas pintadas
internamente).
NOTA 3 Caso sejam identificados mecanismos de dano que não estejam contemplados na
metodologia de RBI escolhida para a análise, considerações complementares devem ser
efetuadas.
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4.6.5 Tipicamente, para fins de análise de consequência em um estudo de RBI, a esfera é considerada
um grupo de inventário único, dado o volume deste tipo de equipamento em relação ao volume das
linhas de transferência de produto. Porém, esta condição deve ser verificada e confirmada pelos
responsáveis pela sua implementação e aprovação.

4.6.6 É importante salientar que a análise de inspeção baseada em risco não contempla as pernas de
sustentação, as quais devem seguir as orientações especificadas no item 4.2.1 desta Norma.

4.7 Aplicação de Inspeção Não Intrusiva (INI)

4.7.1 A periodicidade de inspeção interna de esferas de armazenamento pode ser ampliada através
da execução de metodologia de inspeção não intrusiva com base na norma ABNT NBR 16455:2016.

4.7.2 A inspeção não intrusiva pode resultar na extensão dos intervalos de inspeção visual interna
(IVI), conforme a cobertura, localização e eficácia dos ensaios não destrutivos a serem realizados.

4.7.3 A aplicação da metodologia INI está condicionada ao atendimento dos seguintes itens:

a) estabelecimentos com SPIE que possuem homologação de INI, cuja obtenção ocorre
mediante processo de auditoria específica conduzida por OCP.
b) a análise deve contemplar a Avaliação do Risco de Corrosão (ARC) para a qual houve
homologação.

NOTA Recomenda-se que aplicação de INI esteja restrita a ARC tipo 2, ou seja, o equipamento deve
ser submetido a pelo menos a primeira inspeção visual interna. [Prática Recomendada]

4.7.4 O planejamento da INI deve ser realizado por equipe multidisciplinar experiente em atividades
relacionadas a operação, inspeção e manutenção de esferas de armazenamento. A equipe
multidisciplinar é responsável pela elaboração, revisão e aprovação do documento de planejamento da
INI.

4.7.5 A equipe multidisciplinar deve ser liderada por profissional da gerência de inspeção de
equipamentos e composta minimamente por profissionais de gerências de SMS, operação, processo e
otimização e manutenção.

4.7.6 Para registro da INI, deve ser elaborado um documento de planejamento contendo os seguintes
tópicos, no mínimo:

a) condições de projeto mecânico (código, cálculo e localização);


b) histórico de variáveis operacionais (pressão, temperatura e nível);
c) caracterização do produto armazenado (considerando contaminantes);
d) Avaliação do Risco de Corrosão (ARC);
e) histórico de inspeção (condições físicas e ensaios);
f) sequência e aplicação de metodologia (processos decisórios);
g) planejamento da inspeção da esfera (locais e ENDs).

NOTA 1 Quando da realização da ARC, recomenda-se que sejam avaliados os mecanismos de danos
listados no item 4.6.4. [Prática Recomendada]
NOTA 2 Recomenda-se a realização de ensaio do tipo emissão acústica na fase de planejamento da
inspeção para esferas sujeitas a trincamento induzido pelo meio (ver item 4.6.4 subitens “c”,
“d” e “e”), visando aumento de cobertura e probabilidade de detecção (POD). [Prática
Recomendada]

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4.7.7 O documento de planejamento da INI deve ser formalmente aprovado por todos os membros da
equipe multidisciplinar e registrado conforme sistemática adotada pelo SPIE.

4.7.8 A execução da INI deve atender os seguintes requisitos:

a) execução especificamente conforme planejamento;


b) ensaios não destrutivos realizados por pessoal certificado, cuja qualificação (tipo, nível e
subnível) deve atender as exigências técnicas previstas no planejamento.

4.7.9 A extensão da campanha a ser adotada, mediante a aplicação de INI, deve ser equivalente ao
menor valor entre o limite permitido pela NR-13 e o intervalo admissível calculado na
ABNT NBR 16455:2016 com base nas informações da inspeção realizada (efetividade e cobertura)
com relação ao planejamento.

NOTA Recomenda-se que a INI seja planejada minimamente com um ano de antecedência da data
de vencimento da inspeção interna (conforme programação de inspeção e prazos previstos
na NR-13) para permitir sua viabilidade e execução. [Prática Recomendada]

4.8 Inspeção Interna com Uso de Drones

A inspeção visual da superfície interna de esferas de armazenamento pode ser executada com auxílio
de drones, conforme orientações do Anexo B. [Prática Recomendada]

NOTA 1 A inspeção da superfície interna de esferas com uso de drones dispensa a instalação de
andaimes, gruas, alpinismo industrial ou similares para acesso à superfície interna do
equipamento.
NOTA 2 Recomenda-se que a inspeção por drone seja complementada por inspeção visual interna
parcial na região da calota inferior, conforme PETROBRAS N-1597, por meio de acesso
através da boca de visita inferior (sem necessidade de meios complementares para acesso,
conforme descrito na Nota 1 acima), além da realização de ensaios não destrutivos aplicáveis,
conforme mecanismos de danos presentes (ver item 4.6.4) e efetividade desejada. [Prática
Recomendada]

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ANEXO A - Figura

Figura A.1 – Regiões Recomendadas para a Varredura por PEC nas Pernas de Sustentação

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ANEXO B- Requisitos Específicos para a Execução de Inspeção Interna em Esferas


com RPAS

B.1 Generalidades

Este anexo visa apresentar requisitos específicos a serem atendidos por equipes próprias ou empresas
prestadoras de serviço, seus sistemas de aeronaves remotamente pilotadas e câmeras utilizadas na
inspeção em espaços confinados, em atendimento à PETROBRAS N-2414.

NOTA A legislação brasileira emanada da agência reguladora ANAC (Agência Nacional de Aviação
Civil) não é aplicável para operação de RPAS em espaços confinados ou cobertos.

B.2 Requisitos Mínimos para Equipamentos e Contratação

B.2.1 Requisitos Mínimos do RPA para Espaços Confinados

B.2.1.1 O equipamento utilizado deve ser um quadricóptero multirotor dotado de proteção das hélices
e demais componentes do RPA, o qual deve ser resistente a colisões.

B.2.1.2 A gravação de vídeo deve ser efetuada em cartão SD ou microSD embarcado no RPA, com
resolução mínima full HD (1920x1080) / 30 fps, sendo, contudo, desejável uma resolução de 4 K / 30 fps
para câmera RGB com sensor mínimo de 12 MPixels.

B.2.1.3 O sistema de estabilização de voo deve ser baseado em processamento de imagens, LIDAR
(“Light Detection and Ranging”), instrumentos ultrassônicos ou uma combinação desses.

B.2.1.4 O equipamento deve apresentar uma resistência mínima à ventos de 12 km/h.

B.2.1.5 O grau de liberdade do gimbal da câmera (movimento vertical) mínimo deve ser de ± 90°,
comandado através de controle remoto.

B.2.1.6 O equipamento deve possuir autonomia mínima de voo de 10 minutos e ser dotado de sistema
de iluminação próprio controlado remotamente com pico de 16 000 lumens.

B.2.2 Requisito Mínimo para Operação de RPA em Espaços Confinados

O operador de RPA deve ser ter treinamento no modelo do RPA a ser utilizado. O treinamento deve
ser comprovado pela empresa responsável pela prestação do serviço.

B.2.3 Requisito Mínimo para Técnico de Inspeção Responsável pelo Laudo das Imagens

A contratada deve prover relatório de inspeção com laudo das imagens, o qual deve ser elaborado por
técnico de inspeção de equipamentos com formação comprovada conforme Anexo B da Portaria
INMETRO 537/2015 - Instrução Normativa INMETRO para Serviços Próprios de Inspeção de
Equipamentos - SPIE.

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B.3 Planejamento da Inspeção

B.3.1 A empresa prestadora do serviço de inspeção por meio de RPAS deve apresentar procedimento
contendo um planejamento para a realização da inspeção, o qual deve contemplar minimamente os
aspectos discutidos nos itens abaixo.

B.3.2 Os documentos de projeto da esfera devem ser avaliados a fim de identificar pontos de interesse
de inspeção dentre chapas e componentes internos. O histórico de inspeções anteriores e os
mecanismos de danos previstos também devem ser considerados para definição dos pontos de
interesse.

B.3.3 Uma rota de voo que cubra todos os pontos de interesse de forma eficiente deve ser estabelecida
utilizando um dos métodos abaixo recomendados ou uma combinação desses:

a) método de varredura em faixas.


• Planejar uma rota de voo em que o drone voe em linhas paralelas, cobrindo toda a
superfície interna do vaso de pressão.
• A distância entre as faixas pode ser determinada levando em consideração a resolução
da câmera ou dos sensores e a área de sobreposição desejada para garantir uma
cobertura completa.
b) método de varredura em zigue-zague.
• Dividir a superfície interna do vaso de pressão em setores.
• Realizar o voo em um padrão de zigue-zague dentro de cada setor.

B.3.4 Avaliar distâncias adequadas para a inspeção, considerando a influência dos seguintes
parâmetros:

a) dimensões da esfera;
b) características do ambiente interno;
c) especificações do drone.

B.3.5 Diferentes perspectivas devem ser empregadas para identificação de anomalias como desgaste,
corrosão ou danos estruturais.

B.4 Execução da Inspeção

B.4.1 Posicionar o drone em local de lançamento seguro e verificar se não há obstruções no caminho.

NOTA 1 O operador precisa de linha de visão constante com o RPA, logo é necessária a montagem
de acesso à BV (Boca de Visita) utilizada para entrada da aeronave.
NOTA 2 Considerar que a existência de particulado livre no interior do equipamento dificulta a captura
de imagens.

B.4.2 Iniciar o drone e voar até a entrada do vaso de pressão. Iniciar a captura de imagens e a
navegação conforme planejamento.

A.4.3 Navegar pelo interior do vaso de pressão usando o drone, mantendo uma distância segura das
paredes e outros componentes.

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B.4.4 Durante a varredura, ao detectar uma possível anomalia, devem ser efetuados ajustes no
posicionamento do drone e na câmera, reduzindo a distância e os ângulos da captura das imagens
para melhor avaliação da anomalia.

NOTA 1 As distâncias e o nível de iluminação devem ser ajustados para melhor resultado da captura
das imagens e segurança da operação.
NOTA 2 Durante a inspeção é importante que se mantenha sempre um ponto de referência definido
para o início de inspeção de cada seção planejada, de modo que seja possível definir a
localização de possível anomalia durante a verificação das imagens registradas.

B.5 Registros da Inspeção

A.5.1 Os resultados da inspeção por RPA devem ser entregues nos seguintes formatos:

a) fotos e vídeos em meio digital;


b) relatório fotográfico elaborado por técnico de inspeção de equipamentos.

A.5.2 Os relatórios devem conter minimamente as informações abaixo:

a) local/unidade de realização da inspeção;


b) identificação / TAG do equipamento inspecionado;
c) data de início e fim da inspeção;
d) RPAS utilizado e sistemas de câmera;
e) listagem dos pontos de interesse inspecionados (abrangência da inspeção);
f) eventuais anomalias identificadas;
g) nomes dos profissionais envolvidos;
h) campo para assinatura e carimbo dos profissionais da contratada;
i) campo para assinatura e carimbo da fiscalização do serviço;
j) campo para registro de ocorrências relevantes ao serviço.

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FORMULÁRIO DE REGISTRO DE IMPACTOS (FRI)

REV. F
Potenciais Impactos Gerais das Mudanças:

- As áreas de projeto e de contratação de serviços devem avaliar projetos e contratos em fase de


planejamento para verificar eventuais necessidades de ajustes na documentação.

- As áreas operacionais devem avaliar as eventuais necessidades de ajustes nos Padrões SINPEP
e Especificações/Documentos Operacionais.

Item da Norma Mudança Razão para a Mudança Potenciais Impactos


Possibilitar que os Os impactos são
Inclusão de requisitos usuários da norma positivos, possibilitando
inerentes ao prazo de tenham tempo hábil para ao usuário planejar
Folha de rosto
implementação da implementação dos adequadamente a
norma. requisitos e gestão das implementação da
mudanças. norma.
1.3 Alteração de texto. Para melhorar a Sem impacto.
interpretação do texto.
2 Revisão das Refletir as normas Sem impacto.
referências normativas. referenciadas no corpo
de norma.
Inclusão de novos Permitir uma melhor Sem impacto.
3.1, 3.4, 3.5, termos e definições. compreensão dos termos
3.6, 3.7, 3.8, e definições citados ao
3.9 e 3.10 longo do corpo de
norma.
Revisão do item. O item indica a Impacto positivo em
necessidade de remoção evitar a remoção
do concreto apenas desnecessária do
4.2.1.1
quando identificado os concreto.
danos na inspeção
visual.
Revisão do item. A inspeção por PEC das Impacto positivo na
pernas da esfera passa a redução de custo ao
o método preferencial de evitar a remoção
4.2.1.2
inspeção para evitar a desnecessária do
remoção do concreto concreto
sem evidencias de danos
Revisão e inclusão de As Notas passam a Esta inclusão
Notas. fornecer instruções e recomenda uma
requisitos mínimos para metodologia
Notas do item a inspeção por PEC das padronizada para a
4.2.1.2 pernas da esfera, em aplicação da técnica
função do método ser de PEC.
indicado como
preferencial.
Item movido de Nota Reorganizar o texto uma Sem impacto, uma vez
de revisão anterior da vez que a orientação de que já estava previsto
4.2.1.3 Norma. uso preferencial de PEC na revisão anterior da
passa a ser o escopo Norma.
exclusivo do item 4.2.1.2.

PÚBLICA
IR 1/2
-PÚBLICA-

N-2414 REV. F 01 / 2024

Item da
Mudança Razão para a Mudança Potenciais Impactos
Norma
Inclusão de novo item. Inclusão de possibilidade Impacto positivo pela
de definir novos prazos possibilidade de
de inspeção de esferas alcançar prazos de até
de armazenamento em 10 anos entre
função de revisão inspeções internas
recente da NR-13. O (periodicidade de
4.6 texto inserido na Norma inspeção interna). A
conter diretrizes mínimas inclusão dos requisitos
para a realização de listados na Norma
estudo de RBI. permite uma
padronização mínima
na realização dos
estudos.
Inclusão de novo item. Inclusão de possibilidade Impacto positivo pela
de definir novos prazos possibilidade de
de inspeção de esferas alcançar extensão de
de armazenamento em prazo até metade do
função de revisão prazo fixado pela NR-
recente da NR-13. O 13 para inspeções
4.7
texto inserido na Norma internas. A inclusão
conter diretrizes mínimas dos requisitos listados
para a realização de na Norma permite uma
estudo de INI. padronização mínima
na realização dos
estudos.
Inclusão de novo item. Inclusão de orientações Impacto positivo em
gerais para o uso de ganho de
drones na inspeção produtividade, redução
interna de esferas de exposição ao risco,
conforme lições redução de custo com
4.8
aprendidas e boas montagem de
práticas do Refino. andaimes ou gruas e
redução do tempo total
de parada de
manutenção.
Inclusão de nova figura Inclusão de figura Impacto positivo em
ilustrativa de inspeção recomendar uma
com a técnica de PEC padronização de locais
Anexo A -
contendo e forma para execução
Figura A.1
recomendações da inspeção com a
decorrente de estudos técnica de PEC em
realizado no Refino. pernas de esfera.
Inclusão de novo Inclusão de Anexo com Impacto positivo em
Anexo requisitos específicos uma padronização
para a execução de mínima quanto ao tipo
Anexo B inspeção interna em de equipamento,
esferas com drones operação e execução
da inspeção interna
por drones.

PÚBLICA
IR 2/2

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